DETANIA DA SILVA PEREIRA. A EDUCAÇÃO FISCAL E CIDADANIA: um estudo de caso no Município de Unaí MG

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1 Campanha Nacional de Escolas da Comunidade Instituto de Ensino Superior Cenecista Administração DETANIA DA SILVA PEREIRA A EDUCAÇÃO FISCAL E CIDADANIA: um estudo de caso no Município de Unaí MG Unaí MG Junho / 2011

2 Campanha Nacional de Escolas da Comunidade Instituto de Ensino Superior Cenecista Administração A EDUCAÇÃO FISCAL E CIDADANIA: um estudo de caso no Município de Unaí MG Monografia apresentada ao Instituto de Ensino Superior Cenecista como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Administração. Professor Orientador: Esp., Danilo Bijos Crispim Unaí MG Junho / 2011

3 Pereira, Detania da Silva A Educação Fiscal e Cidadania: um estudo de caso no Município de Unaí MG. Detania da Silva Pereira. Unaí MG, f. : il. Monografia (bacharelado) Instituto de Ensino Superior Cenecista, Orientador: Prof. Esp., Danilo Bijos Crispim 1. Educação Fiscal 2. Cidadania 3. Finanças Públicas. I. Título C.D.U

4 Campanha Nacional de Escolas da Comunidade Instituto de Ensino Superior Cenecista Administração A EDUCAÇÃO FISCAL E CIDADANIA: um estudo de caso no Município de Unaí MG A Comissão Examinadora, abaixo nominada, aprova o Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da aluna Detania da Silva Pereira Especialista, Danilo Bijos Crispim Professor-Orientador Especialista, Diane Almeida Professora-Examinadora Especialista, Eva Nilce de F. Pires Professora-Examinadora Unaí MG, 17 de Junho de 2011

5 À minha família, pelo apoio incondicional em mais esta etapa da minha vida. Em especial à minha mãe, Rosa Maria, exemplo de força e dedicação. E à minha filha, Caroline Evelin, razão da superação de todas as minhas dificuldades.

6 Agradeço primeiramente a Deus, que com o seu amor alicerça minha vida, acalma minha alma, equilibra minhas energias e fortalece meu espírito. Aos meus pais, irmãos e filha pelo apoio tão necessário ao longo desta caminhada. Ao INESC, professores e colegas, que contribuíram para o meu aprendizado. Em especial ao meu professor orientador Danilo Bijos Crispim, pela dedicação, apoio, compromisso, paciência e amizade que estimularam meu trabalho. Aos meus colegas de trabalho pelo incentivo e cooperação. Enfim, obrigada a todos que contribuíram para que eu pudesse alcançar essa vitória.

7 [...] devemos sempre nos lembrar de que cada homem, num certo sentido, representa toda a humanidade e sua história. O que foi possível na história da raça humana em grande escala também é possível em pequena escala em cada indivíduo. Aquilo de que a humanidade precisou pode um dia também ser necessário ao indivíduo [...]. Carl Gustav Jung

8 RESUMO O presente trabalho aborda a questão da educação fiscal e cidadania e tem como objetivo geral verificar o nível de consciência fiscal e cidadã dos munícipes de Unaí MG, analisando a importância da prática da educação fiscal como instrumento de fortalecimento social e a percepção da população quanto à educação fiscal no que se refere à função social dos tributos. Como instrumento de pesquisa, foram utilizados dois questionários distintos, aplicados a 121 pessoas físicas e 114 pessoas jurídicas. A pesquisa constatou que os munícipes de Unaí MG não possuem consciência fiscal e cidadã, pois atitudes como não ter o hábito de solicitar a nota fiscal na aquisição ou venda de um bem/serviço e não participar de audiências públicas realizadas na Câmara Municipal mostram o desinteresse da população em relação ao bem comum. Assim sendo, a educação fiscal poderia, através da conscientização do indivíduo, apontar novas maneiras para atender as exigências sociais como saúde, educação, saneamento e segurança e, ao mesmo tempo, proteger as fontes tributárias já existentes. Palavras-chave: 1. Educação Fiscal 2. Cidadania 3. Finanças Públicas

9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CONFAZ Conselho Nacional de Políticas Fazendárias CTN Código Tributário Nacional FACISA Faculdade de Ciências de Saúde FACTU Faculdade de Ciência e Tecnologia de Unaí FAEL Faculdade Educacional da Lapa GEFE Grupo de Educação Fiscal Estadual IBASE Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas IBGC Instituto Brasileiro de Governança Corporativa IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviço IE Imposto de Exportação IGP Imposto sobre Grandes Fortunas II Imposto de Importação INESC Instituto de Ensino Superior Cenecista IOF Imposto sobre Operações Financeiras IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPI Imposto sobre Produtos Industrializados IPTU Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana IPVA Imposto sobre Transmissão a Propriedade de Veículos Automotores IR Imposto de Renda IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte ISS Imposto Sobre Serviços ITBI - Imposto sobre a Transmissão de Bens Inter Vivos ITCMD Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens e Direitos ITR Imposto Territorial Rural

10 PIB Produto Interno Bruto PNAFE Programa Nacional de Apoio à Administração Fiscal para os Estados Brasileiros PNEF Programa Nacional de Educação Fiscal PROEFE Programa de Educação Fiscal Estadual SEFAZ Secretaria Estadual da Fazenda UNIMONTES Universidade de Montes Claros UNIP Universidade Paulista

11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Formulação do Problema Hipótese Objetivo Geral Objetivos Específicos Justificativa REFERENCIAL TEÓRICO Organização do Estado Governo e Administração Sistema Tributário Brasileiro Carga Tributária Brasileira Os Serviços Públicos O Tributo no Brasil Capacidade Contributiva Função Social do Tributo Educação Fiscal Programa Nacional de Educação Fiscal Programa de Educação Fiscal Estadual Programa Municipal de Educação Fiscal Ética e Cidadania Responsabilidade Fiscal e Social MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Tipo e Descrição Geral da Pesquisa Caracterização da Área do Objeto de Estudo Instrumento(s) de Pesquisa População e Amosta Procedimentos de Coleta e de Análise de Dados RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES...63 REFERÊNCIAS Anexo A - Questionário Anexo B - Questionário

12 12 1 INTRODUÇÃO A necessidade do homem em se relacionar com outros indivíduos, estabelecendo limites e meios de controlar seus direitos e deveres deu origem ao Estado, que tem como propósito oferecer qualidade de vida, através de ações sociais, promovendo o bem-estar. A Constituiçao Federal de 1988, no seu Título I, apresenta a organização da República Federativa do Brasil, destacando a estrutura do Estado brasileiro e seus princípios fundamentais: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. O tributo é a base de sustentação do Estado, logo o sistema tributário é um instrumento para distribuição de renda, ou seja, o que foi pago deve retornar em benefícios para a sociedade. A Educação Fiscal é um processo que visa à construção de uma consciência voltada ao exercício da cidadania. O objetivo é propiciar a participação do cidadão no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controles social e fiscal do Estado. O cidadão consciente da função social do tributo como forma de redistribuição da renda e elemento de justiça social é capaz de participar do processo de arrecadação, aplicação e fiscalização do dinheiro público. Busca-se, nesta pesquisa, investigar o nível de consciência fiscal e cidadã, a percepção em relação à função social dos tributos e a prática da Educação Fiscal como instrumento de fortalecimento do controle social no município de Unaí MG. Educação Fiscal é um tema relativamente novo, por isso existe a necessidade de conscientizar a população, informando-a sobre a importância de contribuir junto ao Fisco. O retorno dessas ações visa à melhoria da qualidade de vida da população, através de serviços sociais de qualidade como saúde, segurança, educação e outros. A melhor forma de acabar com a visão de que o Governo é um inimigo e cobrador de imposto é através da educação, da conscientização. O ideal é que este processo

13 13 inicie na infância, nas escolas, e, consequentemente, em casa, expandindo-se para toda a sociedade. Para isso foi instituído o Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF). Na intenção de abranger todo o território nacional, também foram implantados os programas de educação fiscal a nível Estadual e Municipal, e assim atingir o maior número de pessoas. 1.1 Formulação do problema Para se viver em harmonia é preciso que todos tenham consciência de seus direitos e deveres. A falta de educação ocasiona ausência de cidadania, gerando conflitos e gastos. Nesse sentido, é visível a necessidade de abordar o tema da Educação Fiscal e Cidadania no Município de Unaí MG. Percebe-se a falta de educação pela quantidade de lixo nas ruas da cidade, no trânsito, nas escolas públicas pela quantidade de carteiras quebradas, na Câmara Municipal pela ausência da participação dos munícipes, no comércio onde todos querem levar vantagem em tudo, nos lares quando os pais não dão atenção aos filhos. É através da educação que se forma cidadãos, que por sua vez conscientes participam ativamente da sociedade, do controle social, sobretudo no que se refere à arrecadação de tributos. A Educação Fiscal vem auxiliar o exercício da cidadania, ajudando o cidadão entender seus direitos e deveres, além do funcionamento da máquina pública e a gestão de seus recursos. Neste contexto, a problemática será: os cidadãos de Unaí possuem consciência fiscal e cidadã no tocante aos tributos e à sua aplicação pelo Poder Público?

14 Hipótese Os cidadãos de Unaí não possuem consciência fiscal e cidadã por ausência de comprometimento com as questões públicas, especialmente porque falta-lhes conhecimento sobre o assunto. 1.3 Objetivo Geral Este trabalho tem como objetivo geral verificar o nível de consciência fiscal e cidadã dos munícipes de Unaí - MG. 1.4 Objetivos Específicos Como objetivos específicos, os quais contribuem e permitem o alcance do objetivo geral proposto, busca-se: Analisar a importância da prática da Educação Fiscal, como instrumento de fortalecimento do controle social; Averiguar a percepção da população, pessoas físicas e jurídicas, de Unaí, quanto à Educação Fiscal no que se refere à função social dos tributos; Investigar a percepção da população, pessoas físicas e juridicas, quanto ao pagamento de tributos. de Unaí

15 Justificativa A escolha pelo tema educação fiscal e cidadania no município de Unaí - MG se deu pelo fato da necessidade de maior conscientização da relação Estado-cidadão, principalmente quanto à importância da função dos tributos. A elevada carga tributária aliada à má gestão dos recursos públicos faz com que seja necessário despertar a cidadania. É notória a desinformação quanto à obrigatoriedade de emissão de documentos fiscais por parte dos empresários, e como consequência os consumidores também não tem o hábito de solicitar tal documento. Quanto à cidadania, apenas os clubes de serviço da cidade e poucos empresários praticam ações sociais espontaneamente. Assim sendo, faz-se necessário trabalhar a conscientização da população em relação à importância do pagamento de impostos, do retorno por parte do Estado. Na verdade, o contribuinte é quem sustenta o Estado através do pagamento de tributos. Por outro lado, o Estado devolve ao cidadão benefícios, quando oferece trabalho, saúde, segurança, educação, etc. Diante do conflito existente entre sociedade-estado, existe uma lacuna, que pode ser preenchida com o pleno exercício da cidadania. Com o objetivo de conscientizar cada indivíduo, foi criado o Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), que trata da relação do cidadão com o Estado, abordando a arrecadação e o gasto público, cuidando para que ambos sejam realizados com transparência, honestidade e eficiência. A presente pesquisa busca conferir, junto aos cidadãos unaienses, o real nível de conhecimento sobre o assunto tratado, pois mesmo de forma superficial todos já ouviram falar de pagamento de imposto, todos utilizam diariamente algum serviço público. Então, se conhecem, porque não praticam? O que a sociedade espera receber do Estado? Os empresários que burlam o sistema tributário agem eticamente? Nessa situação, procura-se saber até que ponto a Educação Fiscal poderia melhorar a participação dos cidadãos. Nesse contexto, este trabalho tem importância institucional e social, possui caráter informativo, além de ser uma oportunidade de apresentar aos acadêmicos e à

16 16 comunidade unaiense o nível de consciência fiscal e cidadã da população tanto pessoas físicas como pessoas jurídicas. Este projeto é viável, pois a partir dele outros trabalhos poderão ser realizados, ações poderão ser planejadas de forma a beneficiar o município de Unaí - MG e seus moradores.

17 17 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Organização do Estado A necessidade do homem em se relacionar com outros indivíduos, estabelecendo limites e meios de controlar seus direitos e deveres deu origem ao Estado. O Brasil nasceu com o descobrimento em 1500, período em que os europeus conquistaram a terra e os habitantes. A colonização foi um empreendimento comercial, investiram na produção de açúcar, tabaco, mineração, entre outros. O Estado brasileiro é oficialmente denominado República Federativa do Brasil. Identifica-se claramente a forma de Governo - República -, a forma de Estado Federativa e o nome Brasil. Ferreira (2008, p. 375) define a palavra Estado [...] como um conjunto de poderes politicos duma nação; governo. Divisão territorial de certos países. Nação politicamente organizada [...]. O filósofo grego Aristóteles ( a.c) disse que o propósito da existência do Estado é prover não simplesmente a vida, mas qualidade de vida. Para Dallari (1991, p. 101), Estado é [...] a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território [...]. Então, Estado pode ser conceituado como uma instituição capaz de organizar o povo objetivando o bem comum. A Constituiçao promulgada em 1988, no seu Título I, apresenta a organização da República Federativa do Brasil, destacando a estrutura do Estado brasileiro e seus princípios fundamentais: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituise em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania;

18 18 III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. (BRASIL, 2007, p. 8) O Estado brasileiro é constituído de três elementos: povo, território e governo soberano. É composto por entidades distintas e autonômas. A organização políticoadministrativa compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Em função disso, a organização politico-administrativa divide o poder em três áreas, Legislativo, Executivo e Judiciário, e em três níveis, federal, estadual e municipal. Cada Estado é regido e organizado conforme a Constituição e leis que adota, mantendo em âmbito regional a separação entre os três poderes. O Distrito Federal ganhou autonomia política, administrativa e financeira com a Constituição de Os terrritórios federais são criados e organizados pela União e administrados pelo Governo Federal. As unidades da Federação são divididas em Municípios, os quais têm sua autonomia regulada pelas constituições federal e estadual, possuindo dois poderes: o Legislativo e o Executivo (MEIRELLES, 2004). Neste contexto, cada ente federado tem autonomia de governar e administrar conforme competências traçadas pela Constituição Governo e Administração Os termos Governo e Administração são muitas vezes confundidos e embora andem juntos, os conceitos são diferentes em vários aspectos. Governo Em sentido formal, é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais; em sentido material, é o complexo de funções estatais básicas; em sentido operacional, é a condução política dos negócios públicos. [...] Administração Pública Em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços do Estado ou por ele assumido em benefício da coletividade. (MEIRELLES, 2004, p. 64)

19 19 O Governo fixa objetivos e atua com autonomia política, mediante atos de soberania, enquanto que a Administração é o mecanismo de execução segundo a competência do órgão ou de seus agentes, é uma atividade vinculada à lei ou norma técnica. Por exemplo: o Sistema Tributário Nacional foi criado pela Constituição Federal com a finalidade definir as competências tributárias dos entes políticos da Federação, consagrar os princípios e normas de direito tributário, instituir limitações ao poder de tributar, estatabelecer a repartição de receitas tributárias e vinculações compulsórias. 2.2 Sistema Tributário Brasileiro O sistema tributário são prescrições legais que regulamentam as atividades tributárias de um Estado, é um instrumento para distribuição de renda. É conceituado por Rebouças (2009, p. 98) da seguinte forma: Um conjunto de princípios e normas que estruturam e estabelecem as diretrizes básicas para que Poder Público possa exercer seu direito de exigir do particular uma quantia em dinheiro suficiente para a manutenção do Estado, entidade superior que organiza a vida em sociedade, possibilitando a convivência harmoniosa do homem em seu grupo social. O Sistema Tributário Brasileiro é composto dos tributos estabelecidos conforme a Constituição Federal de 1988, no seu Título VI, Capítulo I, através dos princípios e normas que regulam tais tributos. Nesta conjuntura, o tributo é a mola central de recursos para financiamento dos serviços públicos. É pecuniário, tem que ser pago somente em moeda corrente. Cabe destacar que o Sistema Tributário Brasileiro é composto por três espécies: impostos, taxas e contribuições de melhoria, conforme dispõem os artigos 145, incisos I, II, III, da Constituição Federal e artigo 5º, do Código Tributário Nacional, conforme (PNEF, 2005c). O critério adotado pela Constituição Federal é o que reúne os diversos impostos do país conforme o campo de competência de cada ente federativo. Nesse sentido,

20 20 imposto é a quantia em dinheiro paga ao poder público por pessoa física ou jurídica com a finalidade de atender as despesas em prol do interesse comum, sem levar em conta interesse pessoal ou particular. Os impostos federais são: Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (IE), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Renda (IR), Imposto Territorial Rural (ITR), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) (PNEF, 2005c). Os impostos Estaduais e do Distrito Federal são: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD) (PNEF, 2005c). O ICMS é o mais importante imposto estadual porque representa a mais expressiva fonte de receita tributária e pode chegar a 90% (noventa por cento) do total arrecadado. É um imposto seletivo, ou seja, não é igual para todas as mercadorias, incidindo mais sobre alguns produtos e menos sobre outros. Sua arrecadação é controlada por meio de documentos fiscais e o grau de incidência ou a isenção deste imposto depende de a mercadoria ser considerada essencial, necessária ou supérflua (PNEF, 2005c). Os impostos dos Municípios e do Distrito Federal são: Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e Imposto sobre a Transmissão de Bens Inter Vivos (ITBI) (PROEFE, 2000). O atual sistema tributário concentra a arrecadação dos tributos na União e nos Estados. A União reparte um percentual de suas receitas tributárias com os Estados e Municípios. Os Estados, por sua vez, também repartem parte de suas receitas com os Municípios. A Constituição Federal prevê um mecanismo para a repartição das receitas. A repartição das receitas pode ser feita de forma direta ou indireta. Quando são formados fundos e a repartição depende de roteiros previstos na legislação se dá a repartição indireta: ICMS: 25% do ICMS arrecadado pelos Estados pertence aos Municípios; o principal critério para distribuição é o movimento econômico do Município.

21 21 IR e IPI: 48% do produto da arrecadação desses impostos pela União é dividido da seguinte forma: 21,5% para o Fundo de Participação dos Estados (FPE), que é dividido entre as unidades federadas, observando-se critérios da legislação; 23,5% para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é distribuído aos Municípios, observados alguns critérios da legislação; essa constitui a principal fonte de arrecadação da maioria dos Municípios do Brasil; 3,0% para os programas de financiamento do setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Do total que cabe ao Nordeste, 50% é destinado à região semi-árida; Existe ainda um fundo de compensação aos Estados e Municípios por suas exportações isentas do ICMS. Para isso, a União repassa 10% do IPI aos Estados, proporcionalmente às suas exportações de produtos industrializados. Esse valor limita-se a 20%, no máximo, para cada Estado. Por sua vez, cada Estado repassa 25% do que recebe da União aos Municípios, obedecendo aos mesmos critérios de rateio do ICMS. Quando um percentual do imposto arrecadado pela União ou pelo Estado é repartido entre os entes tributantes, ocorre a repartição direta. Aos Estados e Municípios cabe o produto da arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre os rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e fundações. 50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do ITR, que é de competência da União, cabem aos Municípios em cujo território está localizado o imóvel. 50% (cinquenta por cento) do que o Estado arrecada com o IPVA é destinado ao Município, ficando para o Estado a mesma porcentagem (PNEF, 2005c). Considera-se que a repartição de rendas tributárias a favor dos Estados e Municípios é uma das principais causas do aumento da carga tributária.

22 Carga Tributária Brasileira Os Serviços Públicos A sociedade constitui o Estado e espera ter benefícios como: a garantia dos direitos sociais, educação, saúde, trabalho, moradia, segurança, lazer, justiça entre outros. O Estado tem a função de manter a ordem e segurança interna, garantir a defesa externa, estabelecer e regular o convívio social. Dessa forma, é fundamental a cobrança de tributos e manutenção de um quadro administrativo que possibilite a execução dos serviços públicos. De forma simplificada, o PNEF (2005c) diferencia serviços públicos e serviços de utilidade pública. Os primeiros são os serviços que o cidadão solicita ao Poder Público, ou que este coloca à sua disposição, por exemplo; coleta de lixo, atividade própria do Estado. Já o segundo são os serviços realizados ou subsidiados pelo Estado porque são relevantes para a sociedade ou condição para o exercício da cidadania, como exemplo: órgãos de defesa do consumidor. Para que o Estado ofereça os serviços públicos, é necessário recursos para financiamento de suas atividades. Essa fonte de arrecadação é o tributo, que pelo seu conteúdo econômico interfere profundamente na vida econômica, política e social do país O Tributo no Brasil O tributo certamente seguiu a evolução do homem. Na Idade Antiga, a criação das primeiras sociedades, o surgimento de líderes tribais ou chefes guerreiros. No princípio, a manifestação tributária era de forma voluntária, ou seja, ofereciam presentes por seus serviços prestados ou por feitos em favor da comunidade. Mais tarde, os vencidos de guerra eram forçados a entregar parte ou todos os seus bens aos vencedores. Dessa forma, as contribuições passaram a ser obrigatórias. Em Roma, a cobrança de impostos fortaleceu exércitos e contribuiu para a formação e manutenção do império. Na França, o sistema tributário era arbitrário e absoluto. Visando definir claramente os direitos fundamentais e inalienáveis da pessoa

23 23 humana, em 1789 surge a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, destaca o PNEF (2005c). No Brasil, a história do tributo tem início com a chegada dos portugueses, em 1500, que se apossaram das terras e riquezas tornando-as monopólio real. Os brasileiros foram obrigados a pagar ao reino português um quinto de tudo que produzia. Pagar tributos e não desfrutar de benefícios que eles podiam proporcionar, fez com que o povo se revoltasse. Liderada por Tiradentes, ocorreu a Conjuração Mineira mais conhecida como Inconfidência Mineira. Com a independência do Brasil, houve a instituição e cobrança dos tributos, foram editadas leis que regulamentaram as questões dos tributos e suas finalidades sociais. Foram estabelecidos limites e fundamentos de Direito Tributário que evoluíram dando origem ao Código Tributário Nacional (CTN), aprovado em 1966 (PNEF, 2005c). Conforme o Art. 3º do Código Tribunal Nacional (CTN): Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. (BRASIL, 2005, p. 77) Hoje, o tributo tem significado social, é o grande responsável pelo financiamento dos programas e ações do governo. Nesse sentido, tributo é aquilo que deve ser entregue ao Estado, ou seja, é a participação obrigatória de toda a sociedade para financiamento dos gastos e manutenção do Estado (SOUSA, 1975). É importante lembrar que a concepção de Estado vem evoluindo. Leis foram criadas para definir a aplicação dos tributos visando o bem-estar social. Outro aspecto de relevante é destacar que em relação ao gasto público, quantidade, qualidade e eficácia das políticas públicas o Brasil deixa muito a desejar. Daí a necessidade de maior participação da sociedade no controle democrático e fiscalização do gasto público (PNEF, 2005c). A evolução do Estado gerou aumento nas despesas. Consequentemente, houve aumento da carga tributária. Vale destacar que a carga tributária acompanha a

24 24 evolução das despesas, pois se trata da relação entre o que se arrecada (tributos) e a quantidade de riqueza produzida no país Capacidade Contributiva Como a tributação é o que sustenta o Estado, o Art. 145, 1º, da Constituição Federal, descreve o principio da capacidade contributiva, relacionado com o princípio da equidade. Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. (BRASIL, 2007, p. 44) Fundamentada em estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) para o ano 2008, a Carga Tributaria Bruta foi de 36,2 % do Produto Interno Bruto (PIB). Se dividida homogeneamente ao longo do ano, a Carga Tributaria Bruta per capta no Brasil equivaleu, em média 132 dos 365 dias do ano de Em função disso, um estudo elaborado pelo IPEA mostra que o princípio da capacidade contributiva não vem sendo praticado em sua plenitude, ocasionando tributação desigual (REBOUÇAS, 2009). O sistema tributário brasileiro faz exatamente o contrário tributa mais os mais pobres. Os 10 % mais pobres da população brasileira destinam 32,8 % da sua pouca renda para o pagamento de tributos, enquanto que para os 10 % mais ricos, o ônus estimado é de 22,7 %. Utilizando o salário mínimo como referência para classificar os níveis de renda, números ainda mais contundentes confirmam a regressividade da tributação no Brasil: famílias com renda acima de 30 salários-mínimos, cerca de 26,3 % (Comunicado da Presidência Nº 22, de 30 de junho de 2009, p. 3 e 4). (REBOUÇAS, 2009, p. 135)

25 25 Os dados permitem concluir que quando se prioriza a tributação sobre o consumo, se cobra mais de quem tem menos renda. Nesse processo, os gastos públicos em programas sociais ainda são insuficientes e ineficazes. Mais de um terço do que é produzido em um exercício é apropriado pelo Estado na forma de tributos e retorna para a sociedade na forma de pensões, aposentadorias e outros benefícios. O Brasil é um dos líderes da recuperação global. Previsões indicam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 5% em A carga tributaria está em torno de 40% do PIB. O Estado cresceu para cobrir os gastos do governo em salários, transferência de renda e custeio da máquina. Para sustentar esse crescimento precisa-se de investimentos. Para elevar o nível de investimento, seria necessário aumentar a produtividade. O governo consome muito em custeio e pessoal, sobrando pouco para investir em melhoria das condições de transportes, energia, educação, saúde, etc. É preciso ampliar a eficácia no uso dos recursos, agilizar a execução dos projetos públicos, além de estimular os investimentos privados via parcerias público-privadas (LAVORATTI, 2009). A elevada carga tributária é um fator negativo. O Estado deveria gastar os recursos arrecadados na construção de políticas públicas eficientes, na geração de empregos e em infraestrutura, aplicando o tributo na sua função social, o que é melhor à vida social Função Social do Tributo O Brasil é um país com visíveis contrastes econômicos e sociais. O sistema tributário é o principal instrumento em poder do Estado para promover a redistribuição da renda. É necessário observar que a carga tributária imposta no Brasil é considerada elevada, tanto para as pessoas jurídicas como pessoas físicas, pois dificulta o poder de investimento de ambos. Nesse contexto, deve-se ressaltar que empresas deixam de investir em mão de obra, equipamentos, ocasionando baixa produção, baixo rendimento. Como

26 26 consequência passa a ser inadimplente, a sonegar. Em muitos casos, ocorre a demissão de funcionários e chega-se à falência da empresa. Nessas circunstâncias, a pessoa física muitas vezes fica na informalidade (MAGANHINI; LANDIM, 2006). Os brasileiros suportam uma elevada carga tributária e recebem serviços públicos ineficientes. Isto ocorre devido à falta de controle social dos gastos públicos e como consequência estimula práticas lesivas à sociedade, como a sonegação fiscal (elisão e evasão fiscal) (PNEF, 2005c). A partir dos princípios, fundamentos e objetivos da República Federativa do Brasil, cabe ao Estado assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a segurança, a liberdade, o bem-estar, a igualdade e a justiça, concretizando a função social do tributo, ou seja, se é dever do cidadão pagar, também é direito ter um retorno justo, de qualidade. Se é um direito do Estado tributar, também é um dever do Estado devolver à sociedade de forma justa. Grosso modo, pode-se afirmar que o tributo tem como objetivo a consecução de obras, prestação de serviços e bem estar social. A função social do tributo só será concretizada quando o cidadão tiver uma consciência fiscal presente no seu dia-adia, tendo conhecimento do valor arrecadado pelo Estado e de seus gastos públicos. 2.4 Educação Fiscal A conscientização do cidadão confirma a responsabilidade do indivíduo em relação à sociedade. Dessa forma, a consciência fiscal é um instrumento mais adequado para formar indivíduos conscientes do seu papel social. Nesse sentido, Educação Fiscal é um processo de sensibilização que visa à construção de uma consciência voltada ao exercício da cidadania, levando à sociedade conhecimentos sobre a administração pública, incentivando o acompanhamento da aplicação dos recursos públicos. A Educação Fiscal tem como missão estimular a mudança de valores, crenças e culturas do indivíduo para o exercício da cidadania, contribuir para a formação do indivíduo de modo a propiciar a transformação social, visando ao desenvolvimento

27 27 da conscientização sobre seus direitos e deveres no tocante ao valor social do tributo e ao controle social do Estado democrático (PNEF, 2005a) Programa Nacional de Educação Fiscal As primeiras idéias de Educação Fiscal foram implantadas no Brasil nas décadas de 1960 e 1970, quando o Ministério da Fazenda, através da Receita Federal, criou programas educativos de informações sobre tributos federais e seu retorno social (ONDINA, 2009). Objetivando aumento de arrecadação e diminuição do conflito entre Estado e sociedade, o Conselho Nacional de Políticas Fazendárias (CONFAZ), realizou um seminário na cidade de Fortaleza CE, no período de 27 a 30 de maio de 1996, sobre Administração Tributária, cujo tema foi Educação Tributária. Nas conclusões um dos itens em destaque foi a introdução do ensino nas escolas do programa de consciência tributária é fundamental para despertar nos jovens a prática da cidadania, o respeito ao bem comum e a certeza de que o bem-estar social somente se consegue com a conscientização de todos. (PROEFE, 2000, p.14) O Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF) trata da relação do cidadão com o Estado, abordando a arrecadação e o gasto público, cuidando para que ambos sejam realizados com transparência, honestidade e eficiência. Em 13 de setembro de 1996, celebrou se o Convênio de Cooperação Técnica entre a União, os Estados e o Distrito Federal. A partir daí houve a elaboração e implantação de um programa permanente de conscientização tributária, para ser desenvolvido nos Estados e Distrito Federal. Então, é criado o Programa Nacional de Apoio à Administração Fiscal para os Estados Brasileiros (PNAFE). Em dezembro de 2002, o Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF) foi ampliado para os três níveis de governo Federal, Estadual e Municipal, através da Portaria nº. 413, assinada pelos ministros da Fazenda e Educação (ONDINA, 2009).

28 28 Cabe destacar que o PNEF foi idealizado em cinco módulos, para que todos os brasileiros possam participar, conforme destaca: O Módulo I - destina-se às crianças do ensino fundamental, de forma que, da 1ª à 8ª série, elas possam conhecer gradativamente todos os conceitos ligados à Educação Fiscal. O Módulo II - envolve os adolescentes do ensino médio (de quinze a dezessete anos), com aprofundamento maior dos assuntos. O Módulo III - é para os servidores públicos, num processo de sensibilização e envolvimento no Programa. O Módulo IV - está voltado para os universitários, portanto acompanhando o cidadão em toda sua vida estudantil. O Módulo V - para a sociedade em geral, para abranger aqueles que não teriam a chance de voltar mais aos bancos escolares, utilizando de preferência as organizações a que pertencem, como clubes, associações, sindicatos, clubes de serviço, ONGs. (PNEF, 2005a, p. 41) Programa de Educação Fiscal Estadual O PNEF é coordenado pelo Ministério da Fazenda, através da Escola Superior de Administração Fazendária (ESAF) juntamente com todos os estados da Federação. Em Minas Gerais, o Programa de Educação Fiscal Estadual (PROEFE) é desenvolvido pela Secretaria Estadual da Fazenda (SEFAZ), tem o cidadão mineiro como público alvo e surgiu em No início, priorizou se a preparação dos próprios servidores fazendários: Os municípios estão despertando para o desenvolvimento de Programa de Educação Fiscal municipais, pois reconhecem que cidadãos participantes poderão ser melhor atendidos nas questões como educação, saúde, habitação e segurança. É na vivência da cidadania que se apóia a Educação Fiscal. Noções de coletividade, representatividade dos administradores públicos e participação popular na vida pública fortalecem a compreensão do exercício da cidadania, incluído a valorização socioeconômica do tributo. (CADERNO DE CAPACITAÇÃO, PROEFE, 2000, p. 7) Ao implantar a Educação Fiscal no Estado, Minas Gerais busca melhorar a qualidade de vida social. É fundamental que a Educação Fiscal se popularize e alcance a todos os cidadãos, pois com conhecimento e uma sociedade consciente haverá melhor governabilidade.

29 29 Nesse contexto, percebe-se a importância da adoção PROEFE, onde o grande diferencial de ação é sua atuação junto às escolas, especialmente, as municipais. O Grupo de Educação Fiscal Estadual (GEFE) funciona como forma de disseminação do Programa de Educação Fiscal, atua junto aos professores municipais organizando a construção coletiva de um Caderno Referencial de Educação Fiscal, adotando em sua elaboração as características e peculiaridades de cada localidade. O Caderno Referencial, também chamado de Caderno de Educação Fiscal do município, tem como proposta a criação de um instrumento facilitador, quase um plano de aula, onde o educador possa buscar os subsídios necessários à utilização, no dia a dia da escola, dos temas alusivos à Educação Fiscal. (ZANON, 2010 p. 14) Programa Municipal de Educação Fiscal Como já mencionado anteriormente, o Programa de Educação Fiscal é de abrangência nacional, seu objetivo é promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o pleno exercício da cidadania. Na prática, o programa focaliza, prioritariamente, alunos e professores das escolas de ensino fundamental e ensino médio. A implantação do programa no município segue algumas ações, conforme relata (ZANON, 2010, p. 16). O trabalho é iniciado a partir da realização de uma reunião técnica com os dirigentes municipais para a apresentação do Programa de Educação Fiscal. Normalmente participam desta etapa os membros do Grupo de Educação Fiscal, o prefeito municipal, os secretários de educação e fazenda do município e outros convidados. Se nesta reunião houver um consenso sobre a implantação do Programa de Educação Fiscal no município, serão organizadas reuniões com os representantes locais para a definição das ações a serem desenvolvidas. Uma destas ações é a elaboração de um Caderno Referencial de Educação Fiscal do município. Este trabalho é totalmente desenvolvido por educadores do município com o apoio de integrantes do Grupo de Educação Fiscal do Estado de Minas Gerais. É um documento referencial, composto por projetos, cujos temas são definidos a partir das características e necessidades do município.

30 30 Especificamente no município de Unaí MG, o Programa de Educação Fiscal está em andamento. Nos dias 29 e 30 de março 2010, foi realizado o Primeiro Seminário de Educação Fiscal na Cidade de Unaí MG, com o objetivo de criar o Caderno Referencial de Educação Fiscal, o qual será utilizado nas escolas municipais a partir de Soares (2010) informa que o tema Educação Fiscal será abordado como conteúdo diversificado e possibilitará aos alunos do ensino fundamental e médio uma melhor percepção sobre cidadania. A aceitação dos programas de Educação Fiscal depende do comprometimento de todos. Em tempo onde o conhecimento é o maior bem do ser humano, investir em educação é a principal forma de transformação, pois oferece ao individuo condições de compreender, intervir e interpretar o ambiente em que está inserido. Nesse sentido, ética e responsabilidade são peças fundamentais, tanto para o indivíduo como para a administração pública, fazendo prevalecer a cidadania. 2.5 Ética e Cidadania Ética é uma característica específica do ser humano. É um fator preponderante na tomada de decisão em todos os setores, seja na vida pessoal, no trabalho, na política, pois garante uma boa convivência entre os homens. O homem é um ser transformador, capaz de se adaptar conforme a necessidade. Nesse sentido, vale destacar a Teses sobre Feuerbach, (KARL MARX, 1945 apud SÁ, 2009, p. 51) que diz: A teoria materialista de que os homens são produtos das circunstâncias esquece que as circunstâncias são modificadas precisamente pelos homens. Os homens fazem suas histórias, porém depende das circunstâncias que encontra ao longo do caminho. A filosofia acompanha as transformações, à medida que as mudanças ocorrem se pensa mais no outro, ou seja, viver e conviver em sociedade. A convivência com o outro gera conflitos, devido a divergências de interesses, opiniões. Para minimizar os conflitos e facilitar o convívio se impõe regras, normas e códigos. É preciso que se diga ética é diferente de moral. De acordo com PNEF (2005b), ética é uma reflexão crítica da moralidade. São princípios e disposições voltados para as ações humanas. A moral é a regularização dos valores e comportamentos

31 31 considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa tradição cultural, etc. Segundo Amoêdo (2007, p. 17, grifo do autor), o conceito de ética não é igual para todos, quando cita outros autores e conceitos: Para Adolfo Vãzquez a ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Jório Picardi discorda de tal posição, ao considerar que é a ética que fundamenta a moral e não o contrário. Muniz Sodré apimenta o debate: Ética distingue-se de moral. Esta também é um conjunto de prescrições normativas, relativas à formação caracterial e à conduta dos indivíduos.[...] A ética assegura a existência da personalidade no sujeito pela exigência que lhe faz. Moral e Ética seguem um caminho comum. Juntas resultam em Cidadania que é o direito do cidadão participar efetivamente da sociedade. Para Ferreira (2008, p. 234) [...] Cidadania é condição de cidadão [...] e [...] Cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado[...]. Tais significados se referem a sujeito e sociedade. Levando em conta o sentido etimológico da palavra cive em latim significa cidade e política, Gallo (1997 apud SÁ, 2007, p. 62) diz: [...] Cidadania, portanto, é sinônimo de política no sentido grego, assim como cidadão e política são a mesma coisa [...]. A cidadania é mais que direitos, é um mecanismo de participação popular fundamentada na Constituição Federal: Entretanto, no Estado Democrático de Direito, cidadania não se restringe apenas a direito, pois o cidadão há que cumprir com seus deveres, dentre eles: o cumprimento das leis, o pagamento de tributos, o respeito a seu semelhante e às instituições públicas, a fiscalização da correta aplicação dos recursos arrecadados pelo Estado, além de outras formas de intervenção na Administração Pública. (GOMES, 2009, p. 76) É visível o crescimento da conscientização do cidadão quanto às suas necessidades, aos seus direitos e deveres. Essa evolução mostra que há um maior entendimento sobre Administração Pública. Assim, quanto mais consciência a

32 32 sociedade tiver sobre o papel a ser desempenhado pelo Estado, maior a possibilidade de retorno de serviços de qualidade (PNEF, 2000b, p. 11). Para uma compreensão mais ampla, Amadei e Oliveira (2009, p. 84) afirmam que [...] quando cada cidadão paga o tributo direta ou indiretamente, também está investindo e comprando civilização [...]. Ainda neste sentido completam dizendo: Para a cidadania, não interessa tanto a consciência tributária, a consciência do dever de pagar tributos, mas sobretudo, interessa a consciência fiscal, a consciência da responsabilidade de construir um país, de distribuir a riqueza acumulada pelo esforço de todos a fim de garantir, minimamente, vida plena a todos. (AMADEI; OLIVEIRA, 2009, p. 93) Para Amoêdo (2007), a cidadania passa a ser atributo não só das pessoas físicas, mas das personalidades jurídicas, sobretudo porque as empresas passam a ter dimensão e influência econômica, social e cultural na coletividade. O Estado não consegue suprir todas as necessidades da sociedade, esta é uma realidade visível, então, as empresas ocupam as lacunas deixadas e promovem o desenvolvimento econômico e social, através de ações sociais voltadas para o bemestar da população. 2.6 Responsabilidade Fiscal e Social As responsabilidades fiscal e social se complementam. Na prática, uma define o que um órgão público não pode gastar e a outra, o que é prioritário gastar. O conceito de responsabilidade fiscal está relacionado à administração de receitas e despesas de um governo. Já a responsabilidade social, está associada à promoção humana, transparência e controle social. Mas este é o elo fraco da Lei de Responsabilidade Fiscal. Daí a necessidade de se constituir uma lei de responsabilidade social, que equilibre esta equação (RICCI, 2009).

33 33 Essa distinção passou a ocorrer quando entrou em vigor a Lei de Responsabilidade Fiscal, instituída pela Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de A Lei de Responsabilidade Fiscal abrange os três níveis de governo, as responsabilidades são definidas para cada poder e seus titulares, existem regras e limites ao ciclo orçamentário, medidas corretivas e transparência. Toda despesa deve estar autorizada pelo orçamento aprovado pelo legislativo correspondente ao ente federativo (Câmaras de Vereadores, Assembléias Legislativas ou Congresso Nacional) e a autoridade deve seguir à risca toda definição contida no ciclo orçamentário público (Plano Plurianual, que define diretrizes de gastos para os próximos quatro anos, após a posse da autoridade pública; a Lei de Diretrizes Orçamentárias Anual, e a Lei Orçamentária Anual). As despesas, por seu turno, sofrem controle interno, a partir da declaração do ordenador de despesas e estimativas de impacto financeiro sobre as contas públicas. Destaca-se ainda, o limite de gastos com pessoal: limite máximo de 50% do orçamento, no caso da União; 60% nos casos estaduais e municipais. Em caso de se observar algum desajuste, a autoridade pública terá dois quadrimestres para corrigi-lo. (RICCI, 2009, p. 203) A busca pelo crescimento econômico e não pelo desenvolvimento cooperou para o crescimento da riqueza, produção e tecnologia. Por outro lado, aumentou a desigualdade social. Os governos não conseguem mais atender às demandas econômicas, sociais, políticas e ambientais, cabendo às empresas dividir essa responsabilidade tornando uma grande força alavancadora na sociedade (KRIGSNER, 2010). Em princípio, responsabilidade social se resumia em campanhas e doações que a organização realizava em prol da comunidade. Para Amoêdo (2007, p. 91), hoje, o conceito [...] é mais complexo, abrangendo as relações, processos, produtos e serviços de uma organização, que podem interagir com o meio ambiente e com os contextos econômicos e sociais [...]. Reis e Medeiros (2009, p. 8) refletem sobre os movimentos culturais que ocorreram nos anos 60, nos EUA, quando dizem que [...] a responsabilidade social remete à questão da filantropia, enquanto caridade e contribuição financeira, mas que se contrapõe aos interesses econômicos das organizações [...]..

34 34 Autores contemporâneos apresentam outras definições para responsabilidade social, como Churchill e Peter (2000, p. 40) quando dizem que [...] é um termo usado para descrever as obrigações de uma empresa com a sociedade [...] na medida em que eles podem afetar os interesses de outros [...].. No Brasil, em 2004, ocorreu a normatização da responsabilidade social ou certificação de desempenho de gestão ética através da ABNT NBR16001, embasado nos ideais difundidos pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) (AMOÊDO, 2007). É fundamental a parceria entre governo e iniciativa privada: [...] afinal todas as partes são interessadas num mundo melhor, porque obviamente todos ganham com isso. Se o governo fizer a sua parte e se aliar à iniciativa privada, o resultado será uma combinação muito positiva de visões diferentes e complementares que só beneficia a sociedade. Juntos, somos sempre mais fortes. (KRIGSNER, 2010, p. 3) As ações de responsabilidade fiscal, social e de cidadania são instrumentos que possibilitam o desenvolvimento sustentável da sociedade, com participação consciente capaz de transformar um Estado falido em Estado justo.

35 35 3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Segundo Markoni e Lakatos (2005) o método é formado de etapas a serem seguidas para se chegar aos objetivos propostos ao longo da pesquisa. Para Gil (2002, p.162) [...] na metodologia descrevem-se os procedimentos a serem seguidos na realização da pesquisa.. Complementando, Figueiredo e Souza (2006, p. 62) ressaltam que [...] método é o caminho a ser percorrido passo a passo, do início ao fim, por fases ou etapas. A idéia é sempre uma direção definida ou ordenada na tentativa de chegar a um resultado.. Nesse norte, Gil (2002, p. 160), compreende: [...] metodologia ou método científico é a organização sistemática dos princípios racionais e dos processos que devem guiar a investigação científica. A metodologia cuida dos caminhos, dos procedimentos e das formas de fazer ciência. É uma preocupação instrumental na construção do saber. Enquanto o método refere-se ao conjunto de regras que se elege em um determinado contexto de estudo, a metodologia é a disciplina que se ocupa de estudar e ordenar os vários métodos. Nesse sentido, em razão dos objetivos propostos neste estudo, será apresentado a seguir o delineamento da pesquisa, a caracterização dos instrumentos de pesquisa e os procedimentos de coleta e de análise de dados. 3.1 Tipo e Descrição Geral da Pesquisa Este estudo tem como objeto verificar o nível de consciência fiscal e cidadã dos munícipes de Unaí - MG. O método utilizado foi hipotético-dedutivo, pois parte-se de uma questão geral (cidadania e consciência fiscal) no país e infere-se sobre ela no particular, em Unaí - MG.

36 36 A pesquisa foi dividida em duas partes: uma teórica e uma prática. O problema tem abordagem qualitativa e quantitativa. Na primeira abordagem, Silva e Menezes (2001) consideram que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito. É utilizada quando se busca percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão. A segunda abordagem se refere a fatos relativos ao mundo real, objetivo e mensurável. É mais indicado para apurar opiniões e atitudes explícitas dos entrevistados. Além disso, representa a intenção de garantir a precisão e aumentar a margem de segurança dos resultados, pois diminui os erros de interpretação (FIGUEIREDO; SOUZA, 2005). A pesquisa descritiva, segundo Gil (2004) é aquela que tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou então, o relacionamento entre variáveis. Em relação ao propósito, foi realizada uma pesquisa aplicada, que objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos, envolvendo verdades e interesses locais (SILVA; MENEZES, 2001). A forma a ser adotada foi o estudo de caso, que é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. É encarado como o delineamento mais adequado para investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real, onde os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente percebidos (GIL, 2004). No presente trabalho, abordou-se na pesquisa bibliográfica a organização do Estado, o sistema tributário brasileiro e carga tributária brasileira destacando serviços públicos e tributos. Abordou ainda Educação Fiscal, destacando conceito e os Programas de Educação Fiscal a nível federal, estadual e municipal. E de forma superficial, também foram abordados ética, cidadania e responsabilidade social e fiscal.

37 Caracterização da área do objeto de estudo A pesquisa foi realizada no município de Unaí MG. Oficialmente instalado em 15 de janeiro de 1944, através do Decreto-Lei nº 1.058, de 31 de dezembro de 1943, o Governador Benedito Valadares Ribeiro cria o município de Unaí. O município de Unaí possui grande extensão territorial, com uma área de km², hoje composto da seguinte forma: distrito sede, Santo Antonio do Boqueirão, Garapuava, Palmeirinha, Ruralminas e Pedras de Marilândia, este último, foi criado no ano de 2004, através da Lei Municipal nº , de 12 julho, localizado a cerca de 80 km de Unaí. Além dos distritos, existem também alguns povoados, tais como: Boa Vista, Boqueirãozinho, Jataí e Sapezal. A cidade está acima do nível do mar, cerca de 720 metros em média, possui clima quente e ameno em algumas áreas da zona rural. Segundo dados do IBGE, o município está com uma população estimada em habitantes (IBGE, 2010). Nos últimos dez anos, a cidade melhorou significativamente sua infraestrutura na área da educação, com várias escolas estaduais, municipais e faculdades dentre elas, Instituto de Ensino Superior Cenecista (INESC), Faculdade de Ciência e Tecnologia de Unaí (FACTU), Faculdade Tecnológica e Científica de Unaí (UNITEC), Faculdade de Ciências de Saúde (FACISA), além de Unidades de Ensino Superior on-line como Faculdade Educacional da Lapa (FAEL), Universidade Paulista (UNIP) e uma extensão da Universidade de Montes Claros (UNIMONTES). Em relação à saúde, a cidade conta com três hospitais particulares e um hospital municipal e algumas clínicas particulares (CÂMARA MUNICIPAL DE UNAÍ, 2010). A segurança pública é realizada através da 16ª Região de polícia Militar que comanda o 28 Batalhão de Polícia Militar e a 16ª Companhia de Polícia Militar Independente de Meio Ambiente e Trânsito. O município conta também com o 3º Pelotão de Bombeiros Militar.

38 Instrumento(s) de Pesquisa Foram utilizados como instrumento de pesquisa dois questionários distintos elaborado com clareza e objetividade, que foram aplicados à população de Unaí MG, que foi dividida em pessoas físicas e pessoas jurídicas. O questionário é o instrumento de coleta de dados mais utilizado em pesquisa de grande escala, como as que se propõem obter informações mais específicas, mensurar alguma coisa, levantar opiniões e preferências. Para Gil (2004) o questionário consiste basicamente na elaboração de uma série de perguntas ordenadas que traduzam os objetivos específicos da pesquisa em itens redigidos de forma clara e precisa tendo como base o problema formulado ou a hipótese levantada. Os questionários foram divididos em dois blocos. O Questionário 1 foi destinado às pessoas físicas, o bloco A com 9 perguntas dedicadas ao perfil dos entrevistados e o bloco B com 13 perguntas de múltipla escolha, cuja finalidade é averiguar a consciência fiscal e cidadã dos pesquisados. Já o Questionário 2 foi direcionado aos respondentes pessoas jurídicas, onde o bloco A foi constituído por 7 perguntas destinadas ao perfil dos respondentes e o bloco B com 11 perguntas de múltipla escolha com o objetivo de verificar o nível de consciência fiscal e cidadã dos respondentes. 3.4 População e Amosta A pesquisa será realizada através de amostras, geralmente feita quando o universo é muito grande e não se dispõe de recursos suficientes para saber do seu todo. Mas as amostras devem representar com fidedignidade às características do universo. Gil (2004) relata que a amostra é uma parte do universo que se quer conhecer escolhida segundo algum critério de representatividade.

39 39 O público alvo pesquisado foram os munícipes de Unaí. As pessoas foram escolhidas aleatoriamente, e abordadas em diversos locais da cidade. Nesse sentido, a população será finita. Para Fonseca e Martins (1996, p ) a fórmula utilizada para calcular o tamanho da amostra segue abaixo. n = Z². ^ p. q ^. N d² (N 1) + Z². ^ p. q ^ Onde: N = tamanho da população Z = abscissa da normal padrão ^ p = estimativa da população q ^ = 1 p d = erro amostral Visando obter uma amostra significativa, foram utilizados os dados informados pelo IBGE no Censo Demográfico realizado em 2007, apresentando a população de Unaí MG com um total de habitantes, sendo que habitantes acima de 15 anos de idade. Além da população destacam-se como parte do objeto de estudo as empresas atuantes no município, cujo Censo Demográfico de 2007 confirma empresas. n = 1,65² x 0,5 x 0,5 x ² x ( ) + 1,65² x 0,5 x 0,5 = 121 n = 1,65² x 0,5 x 0,5 x ² x (2115 1) + 1,65² x 0,5 x 0,5 = 114

40 40 Após aplicação na fórmula acima mencionada chegou-se a uma amostra de 121 pessoas físicas e 114 pessoas jurídicas. Para se chegar às amostras de 121 e 114 utilizou-se Z = 1,65, p ^ e q ^ = 0,5, d = 7,5% e N = para pessoas físicas e N = 2115 para pessoas jurídicas. O ideal seria utilizar a margem de erro de apenas 2,5% cuja amostra seria de aproximadamente 400 pessoas. Porém, devido ao tempo e recursos para realizar a pesquisa, optou-se por utilizar uma margem maior: 7,5% com amostra de 235 pessoas. O pré-teste foi realizado com 12 pessoas físicas e 8 pessoas jurídicas. A aplicação do mesmo se deu entre os dias 1º e 6 de setembro de Não houve dificuldade de entendimento, nem rejeição por parte dos respondentes. Após aplicação do préteste foram obtidos os valores de ^ p e ^ q iguais a 0,5. O resultado foi satisfatório, pois a maioria demonstrou interesse sobre o assunto abordado. 3.5 Procedimentos de coleta e de análise de dados Segundo Gil (2004) diversas técnicas são adotadas na pesquisa-ação. A mais usual é a entrevista aplicada coletiva ou individualmente. Também se utiliza questionários, sobretudo quando o universo a ser pesquisado é constituído por grande número de elementos. Quanto aos dados da pesquisa, os mesmos foram coletados pessoalmente pela autora do estudo. Houve uma explicação sobre a participação e sobre o assunto, antes da aplicação do questionário. Algumas pessoas abordadas optaram por preencher o questionário, a maioria apenas respondeu as questões. Os dados foram coletados entre os dias 1º de setembro com a aplicação do préteste até o dia 20 de outubro de Vale destacar, que a aplicação dos questionários destinados aos respondentes pessoas físicas se deu em diversos pontos da cidade, em vários horários, dentre

41 41 eles praças, casas lotéricas, filas de bancos e principalmente no dia 3 de outubro nas filas para votação, ocasião da eleição presidencial. A escolha dos locais se deu devido ao grande fluxo de pessoas e com tempo disponível para responder. A forma de aplicação dos questionários elaborados para os respondentes pessoas jurídicas se deu por meio de s, telefones e pessoalmente. No início da pesquisa alguns questionários foram deixados nas empresas. O retorno foi pequeno, com a justificativa de falta de tempo. Assim sendo, a autora optou por métodos mais eficientes, uma vez que a mesma possui contato direto com os empresários. Os dados colhidos foram analisados e processados no Excel, permitindo graficamente uma interpretação objetiva e uma posterior redação com clareza. Através dela, pretende-se conhecer o nível de conscientização fiscal e cidadã dos munícipes de Unaí.

42 42 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados serão apresentados em blocos de questões, perfil e consciência fiscal e cidadã, seguindo a ordem dos questionários e iniciando com os resultados do questionário desenvolvido aos respondentes pessoas físicas, em seguida pessoas jurídicas. Em relação ao perfil, foram realizadas nove perguntas, destacando fatores como: gênero, idade, escolaridade, renda bruta mensal, chefe de família, condição de emprego, se possui casa própria, veículo automotivo e propriedade rural para os respondentes considerados pessoa física. Quanto às pessoas jurídicas, foram realizadas sete perguntas com destaque para fatores como: natureza jurídica, tempo de existência da empresa, opção pelo Simples Nacional, número de funcionários, possui estabelecimento filial, faturamento médio mensal e cargo do respondente. Dentre os 235 respondentes, 121 foram pessoas físicas e 114 responsáveis por pessoas jurídicas. 4.1 Respondentes pessoas físicas Bloco de perguntas relacionadas ao perfil dos entrevistados pessoas físicas Na variável gênero, identificou-se que 38% dos respondentes são do gênero feminino, 62% masculino, conforme mostra o Gráfico 1. Gráfico 1: Gênero

43 43 Quanto à faixa etária, as classes foram determinadas a partir das fórmulas K n para n > 25, tendo como resultado K 11, para determinar a amplitude das classes utilizou-se h R K, onde o resultado foi h 5. O Gráfico 2 apresenta que 10% têm entre 18 e 23 anos de idade, 18% têm entre 23 e 28 anos, 18% têm entre 28 e 33 anos, 13% têm entre 33 a 43 anos, 12% têm entre 43 e 48 anos, 4% tem idade de 48 a 53 anos, 10% tem entre 53 a 58 anos, 3% tem idade de 58 a 63 anos, 2% da população pesquisada têm idade de 63 a 68 anos e 2% 68 a 73 anos. Gráfico 2: Histograma para idade Com relação ao nível de escolaridade da população analisada, no Gráfico 3 observou-se que 22% tem o ensino fundamental, 57% tem ensino médio, 16% têm ensino superior, 5% têm pós-graduação. Nenhum dos pesquisados possui mestrado e/ou doutorado. Gráfico 3: Escolaridade Para determinar as classes referentes às rendas foram usadas as fórmulas K n

44 44 para n > 25, tendo como resultado K 11, para determinar a amplitude das classes utilizou-se h R K, onde o resultado foi h 1.545,45. O Gráfico 4 mostra que do total de 121 respondentes 87 declararam ter renda bruta pessoal mensal até R$ 1.545,45, 19 respondentes declararam ter renda entre R$ 1.545,45 e R$ 3.090,90, 5 respondentes afirmaram ter renda pessoal mensal entre R$ 3.090,90 e R$ 4.636,35, 7 respondentes possuem renda entre R$ 4.636,35 e R$ 6.181,80, 1 respondente afirmou ter renda bruta pessoal mensal entre R$ 6.181,80 e R$ 7.727,25, 1 respondente declarou ter renda mensal entre R$ 9.272,70 e R$ ,15, apenas 1 respondente declarou ter renda bruta pessoal mensal entre R$15.454,50 e R$ ,00. Gráfico 4: Histograma para renda bruta mensal O Gráfico 5 apresenta a variável chefe de família. A população pesquisada foi de 121 pessoas, 69% dos pesquisados afirmaram ser chefe de família. Gráfico 5: Chefe de família

45 45 Os percentuais referentes à variável condição de emprego apresentados no Gráfico 6 são: 69% trabalhem em empresa particular, 25% são autônomos, 5% aposentados e 1% encontrava-se desempregado no momento da pesquisa. Gráfico 6: Condição de emprego O Gráfico 7 apresenta a parcela da população pesquisada que possui casa própria, enfatizando que 69% afirmaram que sim enquanto 31% responderam não possuir casa própria. Gráfico 7: Casa própria Observa-se no Gráfico 8 que 36% da população pesquisada informaram não possuir veículo automotivo, enquanto que 33% declarou ter carro, 20% tem moto e 11% possui carro e moto. Gráfico 8: Veículo automotivo

46 46 Depois dos dados tabulados, o Gráfico 9 mostra que apenas 8% possui propriedade rural, enquanto 92% respondeu que não possui. Gráfico 9: Propriedade rural Bloco de perguntas relacionadas à consciência fiscal e cidadã As variáveis ligadas à consciência fiscal e cidadã se referem ao conhecimento dos respondentes acerca da existência dos tributos, sua importância, finalidade e aplicabilidade por parte dos governos e de que forma a população pesquisada participa exercendo sua cidadania. Com relação à nota fiscal, pôde-se perceber que 62%, ou seja, 75 respondentes às vezes exigem a nota fiscal ao adquirir um produto ou serviço. Contudo, dentre os 121 entrevistados, 30 respondentes disseram exigir sempre a nota fiscal, enquanto 16 respondentes afirmaram que nunca solicitam documento fiscal quando adquirem um produto/serviço. Ainda em relação à nota fiscal, 85%, ou seja, 103 respondentes informaram que as empresas às vezes emitem a nota fiscal quando efetua uma venda/serviço, 11 entrevistados responderam que as empresas de Unaí sempre emitem a nota fiscal, e 7 respondentes asseguraram que as empresas unaienses não emitem nota fiscal no ato de suas vendas/serviços, conforme indicam os Gráficos 10 e 11.

47 47 Gráfico 10: Exige a nota fiscal quando adquire um produto/serviço Gráfico 11: Empresas emitem a nota fiscal sempre que efetuam uma venda O Gráfico 12 apresenta que apenas 1% dos entrevistados, ou seja, uma pessoa informou que sempre participa das audiências realizadas semanalmente na Câmara Municipal, 24% dos respondentes informaram que às vezes participam das audiências públicas. Já 75% ou 91 pessoas disseram que nunca frequentaram as audiências públicas. Gráfico 12: Participa das audiências públicas, realizadas na Câmara Municipal de Unaí Para 75 pessoas, que equivale a 62%, a relação Estado-cidadão não se resume às questões tributárias e 77% afirmaram saber o que é tributo e sua finalidade, conforme dados apresentados nos Gráficos 13 e 14.

48 48 Gráfico 13: Para você, a relação Estado-cidadão se resume às questões tributárias Gráfico 14: Você sabe o que é tributo é qual é sua finalidade Conforme mostra o Gráfico 15, foram apresentados 10 tributos, dentre eles 4 impostos federais, 3 estaduais e 3 municipais. O imposto municipal IPTU foi citado por todos os respondentes, ou seja, 121. Logo, é o imposto mais conhecido, seguido do ICMS que foi citado por 101 respondentes, o IPVA foi citado por 96 entrevistados, 78 respondentes mencionaram o IR, 72 citaram o IPI, 46 respondentes destacaram o ISS, 40 entrevistados informaram conhecer o ITR, 36 mencionaram o IOF, 32 respondentes citaram o ITBI e 24 respondentes destacaram o imposto estadual ITCMD.

49 49 Gráfico 15: Quais dos tributos você conhece Foi questionado aos respondentes qual dos tributos é mais oneroso no orçamento doméstico. O Gráfico 16 apresenta o seguinte resultado: 49% declararam o IPTU como imposto mais oneroso, seguido do ICMS com 39%. Para 13% dos pesquisados o IR é o mais oneroso. O IPI e o IPVA são os mais onerosos para 6% dos pesquisados. Vale destacar que no Gráfico 15 o imposto mais conhecido é o IPTU, logo é o mais oneroso levando-se em conta também que a maioria da população pesquisada possui uma renda bruta pessoal mensal de até R$ 1.545,45 e possuem casa própria conforme destacado nos Gráficos 4 e 7. Gráfico 16: Tributo que você considera mais oneroso em seu orçamento doméstico O Gráfico 17 revela que 78% dos entrevistados concordam que a administração pública arrecada o suficiente para atender as demandas sociais.

50 50 Gráfico 17: A administração pública dispõe de arrecadação suficiente para atender as demandas sociais Foi questionado se os custos dos serviços públicos influenciam na qualidade dos serviços prestados à sociedade, sendo que, dos respondentes, 38% concordam totalmente, 39% concordam parcialmente, 2% não opinaram, 6% discordam parcialmente e 15% discordam totalmente com a afirmação, segundo o Gráfico 18. É evidente nesse quesito que 77% dos entrevistados concordam com a afirmativa. Gráfico 18: Os custos dos serviços públicos influenciam na qualidade dos serviços prestados à sociedade Outro ponto considerado pela pesquisa foi a participação do cidadão nas audiências públicas. Perguntados se quem participa das audiências públicas cumpre seu dever e busca melhorias para a sua comunidade, o Gráfico 19 mostra que: 69% concordam totalmente, 23% concordam parcialmente e apenas 8% discordam, ou seja, 92% concordam com a afirmativa.

51 51 Gráfico 19: O cidadão que participa das audiências públicas, na Câmara Municipal, está cumprindo seu dever e buscando melhorias para a sua comunidade Com relação à possibilidade do governo garantir os direitos constitucionais sem a participação da população, 74% dos entrevistados discordaram, 22% concordaram e 4% não opinaram. Gráfico 20: É possível ao governo garantir os direitos constitucionais sem a participação da população O desconhecimento dos direitos e deveres por parte da população é visível, apesar da promoção da cidadania estar presente em vários artigos da Constituição. Assim, o Gráfico 21 revela que 64% dos entrevistados concordam que a não contribuição tributária ocorre porque a população desconhece seus benefícios, 34% discordam da afirmativa apresentada e 2% não opinaram.

52 52 Gráfico 21: A não contribuição tributária ocorre porque a população desconhece seus benefícios Diante da afirmativa apresentada no Gráfico 22, 83% discordam que é possível ser ético e moral sonegando impostos, 10% não opinaram e 7% concordam. Gráfico 22: É possível pensar ética e o agir moral sonegando impostos 4.2 Pessoas Jurídicas Bloco de perguntas relacionas ao perfil dos entrevistados pessoas jurídica O Gráfico 23 mostra que 4% das empresas são de Pequeno Porte (EPP), 5% são Micro Empreendedor Individual (MEI), 40% são empresas com Sociedade Limitada (LTDA) e 51% são Micro Empresa (ME).

53 53 Gráfico 23: Natureza jurídica da empresa Quanto ao tempo de existência das empresas, as classes foram determinadas a partir das fórmulas K n > 25, tendo como resultado K 11. Para determinar a amplitude das classes utilizou-se h R K, onde o resultado foi h 4. O Gráfico 24 revela que das 114 empresas pesquisadas, 21 tem de 0 a 4 anos de idade, 25 tem de 4 a 8 anos, 20 empresas pesquisadas possuem de 8 a 12 anos de existência no mercado unaiense, 11 empresas têm entre 12 e 16 anos, 10 empresas têm entre 16 e 20 anos, 15 empresas possuem entre 20 e 24 anos, 6 delas têm entre 24 e 28 anos, 1 empresa tem entre 28 e 32 anos de existência, não houve registro de empresas com existência de 32 a 36 anos, 1 empresa tem entre 36 a 40 anos, 4 empresas possuem mais de 40 anos de existência na cidade de Unaí. Gráfico 24: Histograma para tempo de existência da empresa

54 54 O Gráfico 25 apresenta o resultado encontrado para a variável optante pelo Simples Nacional. Identificou-se que 92% são optantes pelo Simples Nacional e apenas 8% são cadastradas como Lucro Real ou Débito e Crédito. Gráfico 25: Optante pelo simples nacional A variável, número de funcionário é apresentada através da Tabela 1, onde se observou que a maioria das empresas pesquisadas possui funcionários registrados. Do total de 114 empresas, 22 são compostas apenas pelo proprietário. Vale destacar que em 92 empresas a média de funcionário é de 7,25, a moda é 0 e a mediana é 3.

55 55 Tabela 1 Número de funcionários Número de Funcionários Freqüência Absoluta Já o Gráfico 26 mostra a relação empresa e filial. Das 114 empresas pesquisadas, 93% são estabelecimento único e 7% possuem filiais, conforme apresenta a Tabela 2. Gráfico 26: Empresa com filial

56 56 Tabela 2 Relação de empresa e filial Nº de filiais Frequencia Absoluta Fonte: Dados da pesquisa Em relação à variável faturamento médio mensal, as classes foram determinadas a partir das fórmulas K n > 25, tendo como resultado K 11. Para determinar a amplitude das classes utilizou-se h R K, onde o resultado foi h ,90. O Gráfico 27 mostra que das 114 empresas pesquisadas, 98 apresentaram faturamento médio mensal entre R$ 1.500,00 a R$ ,90, 8 empresas possuem faturamento entre R$ ,90 e R$ ,80, 6 empresas apresentaram faturamento entre R$ ,80 e R$ ,70, 1 empresa apresentou faturamento médio mensal entre R$ ,40 e R$ ,30, apenas 1 empresa apresentou faturamento médio mensal acima de R$ ,30. Gráfico 27: Histograma para faturamento médio mensal Percebe-se no Gráfico 28 que 46% dos respondentes são proprietários, 41% são sócios-proprietários e 13% são gerentes.

57 57 Gráfico 28: Respondente do questionário Bloco de perguntas ligadas à consciência fiscal e cidadã dos contribuintes considerados pessoa jurídica As variáveis ligadas à consciência fiscal e cidadã se referem ao conhecimento dos respondentes acerca da existência dos tributos, sua importância, finalidade e aplicabilidade por parte dos governos e de que forma a população pesquisada participa exercendo sua cidadania. Foi perguntado: você sabe qual é importância do tributo? O Gráfico 29 apresenta 94% para sim, dizem saber qual é a importância do tributo, e 6% declararam não saber. Gráfico 29: Você sabe qual é importância do tributo? O Gráfico 30 revela que 93% dos respondentes declararam que os governos não podem fazer obras e prestar serviços públicos sem que se cobre tributos, enquanto que 7% dizem sim.

58 58 Gráfico 30: Você acha que os governos podem fazer obras e prestar serviços públicos sem que se cobre tributos? A Tabela 3 revela que, para a maioria dos entrevistados considerados pessoas jurídicas, os tributos não são bem aplicados no Brasil, em Minas Gerais e em Unaí. Tabela 3 Você acha que os tributos são bem aplicados Tributos bem aplicados Sim Não No Brasil Em Minas Gerais Em Unaí Depois dos dados tabulados, o Gráfico 31 apresenta o seguinte percentual: 99% afirmam que ao emitir a nota fiscal em seu estabelecimento comercial está contribuindo para o desenvolvimento do município. Gráfico 31: Ao emitir a nota fiscal você contribui para o desenvolvimento do seu município? Quando questionado se o comércio informal contribui para a sonegação, o Gráfico 32 mostra que 75% responderam sim, enquanto 25% não.

59 59 Gráfico 32: O comércio informal contribui para a sonegação? Em relação à questão: a alta carga tributária contribui para a sonegação? O Gráfico 33 revela que 99% concordam. Gráfico 33: A alta carga tributária contribui para a sonegação? Conforme o mostra o Gráfico 34, 83% dos respondentes concordam que a cultura da população em não exigir a nota fiscal no ato de suas compras, contribui para a sonegação. Já 17% discordam. Gráfico 34: A cultura da população em não exigir a nota fiscal contribui para a sonegação?

60 60 Outro ponto questionado pela pesquisa foi se a diferença de alíquota interestadual prejudica o comércio em Minas Gerais, elevando o preço das mercadorias. O Gráfico 35 revela que 93% dos respondentes concordam e 7% discordam. Gráfico 35: A diferença de alíquota interestadual prejudica o comércio em Minas Gerais, elevando o preço das mercadorias? Em relação ao questionamento se a exigência da assinatura da carteira de trabalho e o custo da legalização dificultam a contratação de funcionários, o Gráfico 36 apresenta os seguintes percentuais: 40% concordam totalmente, 37% concordam parcialmente, 10% discordam parcialmente, 11% discordam totalmente e 2% não opinaram. Gráfico 36: A exigência da assinatura da carteira de trabalho e o custo da legalização dificultam a contratação de funcionários?

61 61 Outro aspecto identificado pela pesquisa foi que 96% dos respondentes concordam que a elevada carga tributária inviabiliza a abertura de novas empresas, 3% discordam e 1% não opinou, conforme mostra o Gráfico 37. Gráfico 37: A elevada carga tributária inviabiliza a abertura de novas empresas? O Gráfico 38 revela que 97% dos respondentes concordam que a empresa que paga corretamente seus tributos está cumprindo seu papel social. Enquanto que 3% discordam. Gráfico 38: A empresa que paga corretamente seus tributos está cumprindo seu papel social? 4.3 Síntese dos resultados Pessoas Físicas Percebe-se que a maioria dos respondentes são do sexo masculino, com idade de 23 a 33 anos, onde a escolaridade que prevalece é o ensino médio e renda bruta mensal é de até R$ 1.545,45. Nota-se também que a maioria trabalha em empresa privada e 64% dos pesquisados possuem veículo automotor (carro ou moto).

62 62 Em relação a consciência fiscal e cidadã, a maioria dos pesquisados afirmam que a administração pública dispõe de recursos suficientes para atender as demandas sociais. Nesse sentido, a análise mostra que o município de Unaí possui uma população jovem onde o nível de escolaridade e salários são relativamente baixos, uma vez que no município não há indústrias, prevalecendo as pequenas empresas. A falta de conscientização da população é visível quando a maioria dos respondentes afirma que nunca participaram das audiências públicas e que às vezes exige nota fiscal ao adquirir um bem ou serviço. Nota-se um desinteresse da comunidade em relação ao bem comum do município. Não há participação da população. Além disso, solicitar nota fiscal é uma forma de aumentar a arrecadação. Assim, o empresário paga o tributo que retorna ao município em forma de benefícios Pessoas jurídicas O comércio de Unaí é formado na sua maioria de Pequenas e Micro Empresas com idade até 12 anos, faturamento médio mensal de até R$ ,90. Devido ao porte das empresas, o número de funcionários também é limitado. É visível que a carga tributária brasileira é alta. Porém, percebe-se que 18% das empresas possuem até 4 anos de idade, ou seja, abriram recentemente. Vale ressaltar que os empresários têm consciência fiscal e cidadã quando declaram saber o que são os tributos e reconhecem que o governo precisa recolher tributos para fazer obras e prestar serviços públicos. Afirmaram também que os tributos não são bem aplicados. Porém, deixam a desejar quando não emitem a nota fiscal e/ou praticam a sonegação. Assim sendo, conclui-se que a falta de consciência fiscal e cidadã das pessoas físicas reflete na falta de consciência dos responsáveis pelas pessoas jurídicas, pois, conforme o Gráfico 28, 87% dos respondentes são proprietários e/ou sócioproprietário.

63 63 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Compreender a percepção da população unaiense com relação à consciência fiscal e cidadã não é trabalho fácil, porém é gratificante e importante. Este trabalho teve como questão problema e objetivo geral verificar o nível de consciência fiscal e cidadã dos munícipes de Unaí - MG. Foi formulada uma hipótese, a qual se deduz que os cidadãos de Unaí não possuem consciência fiscal e cidadã por ausência de comprometimento com as questões públicas, especialmente porque falta-lhes conhecimento sobre o assunto. Diante dos resultados obtidos pôde-se concluir que realmente existe falta consciência fiscal e cidadã tanto para pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, devido ao pouco conhecimento por parte dos pesquisados sobre o assunto. A análise relacionada à consciência fiscal e cidadã das pessoas físicas apresenta um alto índice de falta de cidadania quando os respondentes afirmam que não participam das audiências públicas, que não têm o costume de solicitar nota fiscal ao adquirir um produto/serviço. Da mesma forma ocorre com as pessoas jurídicas, que não emitem notas fiscais ao efetuarem suas vendas, o que caracteriza sonegação de imposto. Esses resultados mostram a necessidade de mudança de comportamento de toda a população, principalmente em relação à cidadania. A educação fiscal, através da conscientização do indivíduo, busca novas maneiras para atender as exigências sociais como saúde, educação, saneamento e segurança, protegendo as fontes tributárias já existentes e aplicando uma política fiscal baseada na justiça social, na ética, na transparência, na responsabilidade fiscal e social, na solidariedade e na cidadania. Para esta pesquisa, selecionou-se uma amostra da população que foi divida em pessoas físicas e pessoas jurídicas para as quais foram aplicados questionários diferentes. Dessa forma, pode ser considerado positivo o resultado da pesquisa de campo, dando validade significativa ao trabalho acadêmico. Procurou-se também identificar os níveis de percepção relacionados à arrecadação da administração pública, se esta é suficiente para atender às demandas sociais.

64 64 Para a maioria, a arrecadação é suficiente para atender todas as demandas sociais. Isso revela que a população não tem conhecimento da arrecadação do município e suas demandas sociais. Isso se confirma quando os respondentes afirmaram que não participam das audiências públicas realizadas na Câmara Municipal. Torna-se preocupante o desinteresse da comunidade em participar do desenvolvimento do município. Percebeu-se que a não contribuição tributária ocorre porque a população desconhece seus benefícios. Logo, é necessário trabalhar de forma efetiva mecanismos para informar a sociedade. Ficou evidenciado que o mercado unaiense é promissor. Existem empresas sólidas, as quais empregam grande parte da população. Devido ao faturamento médio mensal das empresas, os salários pagos aos funcionários não são altos. O resultado da pesquisa ainda mostrou que os empresários sabem qual é a importância dos tributos, concordam que o governo precisa cobrar tributos para fazer obras e prestar serviços públicos. Contudo, se tornam omissos quanto ao seu compromisso com a sociedade no que se refere ao recolhimento dos impostos. Assim sendo, verificou-se que o problema de pesquisa, o objetivo geral e os objetivos específicos foram respondidos e alcançados. Entre as respostas, percebe-se a necessidade de investir em informação e na formação do cidadão, iniciando no ensino fundamental e ensino médio. Desta forma, a criança desenvolve valores fundamentais para ser cidadão de fato, capaz de lutar por seus direitos e de cumprir seus deveres. Assim, a educação fiscal é uma excelente alternativa, pois trabalha com a construção da cidadania, justiça, ética, responsabilidade política e social, de modo a formar seres humanos integrais, fortalecendo a democracia participativa. Finalizando, é preciso ressaltar que este trabalho deve ser considerado como um ponto de partida para novas pesquisas que colaboram para melhorias das políticas públicas, pois, com a população informada, haverá maior participação no desenvolvimento do município. Em razão da importância de pesquisas como essa, outros estudos nesse segmento devem ser realizados com a finalidade de verificar se o governo local e a população estão trabalhando em prol do bem comum.

65 65 REFERÊNCIAS AMADEI, A.; OLIVEIRA, L. C. D. Direitos humanos e cidadania fiscal. Fortaleza: Universidade Aberta do Nordeste, p. AMOÊDO, S. Ética do trabalho na era da pós-qualidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, BRASIL, Código Tributário Nacional. Lei 5.172/66. São Paulo: Vértice, BRASIL. Constituição Federal de ed. Brasília: Câmara dos Deputados, CÂMARA MUNICIPAL DE UNAÍ - MG. A História de Unaí. Disponível em: < Acesso em: 25 abr CHURCHILL, G. A.; PPETER, J. P. Marketing: criando valor para os clientes. 2ª. ed. São Paulo: Saraiva, DALLARI, D. A. Elementos de Teoria Geral do Estado. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 1991, p FERREIRA, A. B. H. Miniaurélio: o minidicionário da língua portuguesa. 7. ed. Curitiba: Ed. Positivo, FIGUEIREDO, A. M.; SOUZA, S. R.G. Como elaborar projetos, monografias, dissertações e teses: da redação científica à apresentação do texto final. Rio de Janeiro: Lumen Júris, FONSECA, J. S.; MARTINS, G. A. Curso de Estatística. 6. ed. São Paulo: Atlas, GIL. A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, GOMES, L. S. O Estado Constitucional. Fortaleza: Universidade Aberta do Nordeste, p. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: < Acesso em: 15 abr.2010.

66 66 KRIGSNER, M. O que é Responsabilidade Social? Disponível em: < >. Acesso em: 21 abr LAVORATTI, L. O tamanho do Estado. In: Fundação Getúlio Vargas. São Paulo: Conjuntura Econômica. v. 63, nº 12, p , dez MAGANHINI, T. B; LANDIM, M. A função Social do Tributo. Disponível em: < Acesso em: 24 mar MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 29. ed. São Paulo: Malheiros ONDINA, L. Educação fiscal no Brasil: um resgate histórico. Fortaleza: Universidade Aberta do Nordeste, p. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PROEFE. Cadernos de capacitação. SEF/MG, Belo Horizonte, PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL PNEF. Caderno 1: educação fiscal no Contexto Social. 2. ed. Brasília : ESAF, 2005a. PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL PNEF. Caderno 2: relação estado - sociedade. 2. ed. Brasília : ESAF, 2005b. PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL PNEF. Caderno 3: sistema tributário nacional. 2. ed. Brasília : ESAF, 2005c. REBOUÇAS, O. J. Sistema Tributário Nacional. Fortaleza: Universidade Aberta do Nordeste, p. REIS, C. N.; MEDEIROS, L. E. Responsabilidade Social das Empresas e Balanço Social. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

67 67 RICCI, R. Responsabilidade Fiscal e Social. Fortaleza: Universidade Aberta do Nordeste, p. SÁ, A. Ética e Cidadania. Fortaleza: Universidade Aberta do Nordeste, p. SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. Disponível em; < o.pdf>. Acesso em: 25 abr SOARES, T. P. N. Programa Municipal de Educação Fiscal PMEF. Unaí: SEMED, 19 abr (Depoimento pessoal). SOUSA, R. G. Competência de legislação tributária. São Paulo: Resenha Tributária, ZANON, L. A. Cadernos referenciais de educação fiscal para educadores: um diagnóstico avaliativo. Brasília: ESAF- DIRED, p.

68 68 APÊNDICES Visando fundamentar o estudo, foi desenvolvido pela autora o Questionário 1, que foi aplicado aos respondentes pessoas físicas e o Questionário 2, aplicado aos representantes das empresas, ou seja, responsáveis pela pessoa jurídica. Anexo A Questionário 1 Instituto de Ensino Superior Cenecista Curso: Administração Disciplina: Estágio Supervisionado II Aluna: Detania da Silva Pereira PESQUISA Prezado(a) respondente, Este questionário faz parte de uma pesquisa acadêmica para graduação em Administração de Empresas pelo Instituto de Ensino Superior Cenecista INESC de Unaí - MG. O objetivo da pesquisa é verificar o nível de consciência fiscal e cidadã da população de Unaí. Neste sentido, e de forma a obter informações para a pesquisa mencionada, gostaria de contar com a sua colaboração, respondendo as questões a seguir. Sua identidade não será revelada os dados aqui coletados serão utilizados somente para fins acadêmicos. Para a obtenção de dados corretos, solicito que não deixe nenhuma questão em branco e que seja sincero(a) nas suas respostas. Obrigada pela sua colaboração! Bloco A - Perfil do Entrevistado QUESTÕES 01- Identifique seu gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino 02- Qual é a sua idade? anos 03- Grau de Escolaridade (Completa): ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Superior ( ) Pós-graduação ( ) Mestrado ( ) Doutorado 04- Qual é o valor de sua renda bruta pessoal mensal? R$. 05- Você é chefe de família? ( ) Sim ( ) Não 06- Qual é sua condição de emprego? ( ) Serviço público ( ) Empresa particular ( ) Autônomo ( ) Aposentado(a) ( ) Desempregado(a)

69 Você possui casa própria? ( ) Sim ( ) Não 08- Você possui veículo automotivo? ( ) Sim carro moto carro e moto outro ( ) Não 09- Você possui propriedade rural? ( ) Sim ( ) Não Bloco B Consciência Fiscal e Cidadã 10- Você exige a Nota Fiscal quando adquire um produto ou serviço? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca 11- As empresas de Unaí emitem a Nota Fiscal sempre que realizam uma venda? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca 12- Você participa das audiências públicas, realizadas na Câmara Municipal de Unaí? ( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca 13- Para você, a relação Estado-cidadão se resume às questões tributárias? ( ) Sim ( ) Não 14- Você sabe o que é tributo e qual é sua finalidade? ( ) Sim ( ) Não 15- Quais dos tributos abaixo você conhece? ( ) IR ( ) ITR ( ) IPTU ( ) ICMS ( ) IOF ( ) IPI ( ) ISS ( ) ITBI ( ) ITCMD ( )IPVA 16- Quais dos tributos abaixo você considera mais oneroso em seu orçamento doméstico? ( ) IR ( ) ITR ( ) IPTU ( ) ICMS ( ) IOF ( ) IPI ( ) ISS ( ) ITBI ( ) ITCMD ( )IPVA RESPOSTAS QUESTÕES Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Não sei opinar Discordo Parcialmente Discordo Totalmente 17- A administração pública dispõe de arrecadação suficiente para atender as demandas sociais. 18- Os custos dos serviços públicos influenciam na qualidade dos serviços prestados à sociedade. 19- O cidadão que participa das audiências públicas, na Câmara Municipal, está cumprindo seu dever e buscando melhorias para a sua comunidade. 20- É possível ao governo garantir os direitos constitucionais sem a participação da população. 21- A não contribuição tributária ocorre porque a população desconhece seus benefícios. 22- É possível pensar ética e o agir moral sonegando impostos.

70 70 Questionário 2 Instituto de Ensino Superior Cenecista Curso: Administração Disciplina: Estágio Supervisionado II Aluna: Detania da Silva Pereira PESQUISA Prezado(a) respondente, Este questionário faz parte de uma pesquisa acadêmica para graduação em Administração de Empresas pelo Instituto de Ensino Superior Cenecista INESC de Unaí - MG. O objetivo da pesquisa é verificar o nível de consciência fiscal e cidadã da população de Unaí. Neste sentido, e de forma a obter informações para a pesquisa mencionada, gostaria de contar com a sua colaboração, respondendo as questões a seguir. Sua identidade não será revelada os dados aqui coletados serão utilizados somente para fins acadêmicos. Para a obtenção de dados corretos, solicito que não deixe nenhuma questão em branco e que seja sincero nas suas respostas. Obrigada pela sua colaboração! QUESTÕES Bloco A - Perfil do Entrevistado 01- Identifique a natureza jurídica da empresa; ( ) Micro Empresa (ME) ( ) Sociedade Empresária Ltda ( ) Sociedade Anônima (S.A) ( ) Outra 02- Qual é o tempo de existência da empresa? anos e/ou meses 03- A empresa é optante pelo Simples Nacional? ( ) Sim ( ) Não 04- Qual é o número de funcionários? funcionário(s) 05- A empresa possui estabelecimento filial? ( ) Não ( ) Sim Quantos? 06- Qual é o faturamento médio mensal da empresa? R$. 07- Este questionário está sendo respondido por: ( ) Sócio proprietário ( ) Proprietário ( ) Gerente Bloco B Consciência Fiscal e Cidadã 08- Você sabe qual é a importância dos tributos? ( ) Sim ( ) Não 09- Você acha que os governos podem fazer obras e prestar serviços públicos sem que se cobre tributos? ( ) Sim ( ) Não

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