Estatísticas do Sector Externo

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1 Estatísticas do Sector Externo Adoção da Sexta Edição do Manual da Balança de Pagamentos e Posição Internacional de Investimento (BPM6) Julho de Introdução Desde Janeiro de 1999, a compilação das estatísticas do sector externo pelo Banco de Cabo Verde (BCV) tem por base as recomendações de carácter metodológico da quinta edição do manual da balança de pagamentos e da posição de investimento internacional (BPM5) do Fundo Monetário Internacional (FMI). O surgimento de novos instrumentos financeiros e de novos interesses analíticos, bem como a necessidade de harmonização e integração entre as estatísticas macroeconómicas, nomeadamente, com o Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas (System of National Accounts, SNA 2008), impôs o desenvolvimento de um novo manual de compilação das estatísticas do sector externo pelo FMI. A sexta edição do manual da balança de pagamentos e da posição de investimento internacional (BPM6) incorpora desenvolvimentos económicos e financeiros da economia mundial nos últimos quinze anos e avanços metodológicos ocorridos. O objetivo é assegurar não apenas a consistência entre as várias estatísticas macroeconómicas, mas também permitir a comparabilidade das mesmas entre os países. Em Cabo Verde, esta atualização metodológica permitirá o aperfeiçoamento do padrão estatístico nacional, alinhando-o com as melhores práticas internacionais. A presente Nota Metodológica aborda os aspetos gerais relacionados à adoção do BPM6. 2. Notas Concetuais e Metodológicas O BPM6 define as estatísticas do sector externo, a Balança de Pagamentos (BP) e a Posição de Investimento Internacional (PII), como sendo estatísticas macroeconómicas que cobrem todas as transações realizadas entre entidades residentes em Cabo Verde (Governo, Autoridade Monetária, Sector Financeiro, Empresas, Organismos não Governamentais e Particulares) e não residentes. A BP é um documento estatístico que agrega todas as informações de transações (fluxos) entre residentes e não residentes da economia nacional, usualmente, entre Cabo Verde e o resto do Banco de Cabo Verde /

2 mundo. Compreende a conta de bens e serviços, conta de rendimento primário, conta de rendimento secundário, conta de capital e conta financeira (par. 2.12). São contabilizados a crédito os valores recebidos por unidades institucionais residentes, referentes a pagamentos efetuados por não residentes, e a débito são registados os valores pagos a unidades institucionais não residentes por parte de entidades residentes. Uma unidade residente em Cabo Verde pode ser qualquer indivíduo, empresa, ou outra organização, normalmente domiciliado no país e cujo centro de interesse económico esteja em Cabo Verde. 1 O momento de registo é o instante em que se cria, transforma, troca, transfere ou extingue o valor económico que é objeto da transação. No caso das importações e das exportações, o momento de registo é o momento em que os bens e serviços cruzam as fronteiras. Todos os valores pagos e recebidos das transações entre residentes e não residentes são registados na balança de pagamentos em escudos cabo-verdianos. As transações são valorizadas a preços de mercado (valor que o comprador paga ao vendedor, considerando todos os descontos, abatimentos e outros ajustamentos efetuados pelo vendedor). A PII apresenta os saldos (stock ou posição) das disponibilidades e responsabilidades financeiras externas de uma economia, no final de um determinado período de tempo. A PII inclui, além das estimativas dos instrumentos negociados valorizados a preço de mercado, as variações da posição de cada instrumento, devido a alterações cambiais, alterações de preços e a outras reclassificações. Em termos estruturais, a PII distingue os ativos e passivos financeiros dos quatro tipos de funções de investimento da balança financeira, como sejam: investimento direto; investimento de carteira; ativos de reserva; e outro investimento. 3. Cobertura de Dados e Práticas de Compilação da BP e PII Cabo-Verdiana Em Cabo Verde, as estatísticas de BP têm como principal fonte de informação as informações de registos de liquidações cambiais do sistema de liquidação de transações internacionais, (SNTI), complementadas com as estatísticas do comércio externo, com as informações recolhidas através dos inquéritos trimestrais a uma amostra de 50 grandes empresas, bem como outros registos administrativos (nomeadamente do Ministério das Finanças, da Bolsa de Valores de Cabo Verde, do Bank for International Settlements). 2 1 Por centro de interesse económico entende-se o local no qual, ou a partir do qual, uma unidade realiza e pretende continuar a realizar operações e atividades económicas por um longo período de tempo (por um ano ou mais). 2 O Sistema Nacional de Transações Internacionais (SNTI), International Transactions Reporting System (ITRS) em inglês, consiste fundamentalmente em registros individuais de cada transação, o que permite um acompanhamento tempestivo dos fluxos da economia cabo-verdiana com o exterior. Banco de Cabo Verde /

3 O inquérito de stock e o exploratório (empresas em inicio de atividade), realizado anualmente a uma amostra representativa de todos sectores da atividade económica (cobre cerca de 120 instituições) completam as informações recolhidas para a compilação das estatísticas trimestrais. As principais mudanças metodológicas com impactos na compilação das estatísticas de BP e PII são apresentadas na seção seguinte. 4. Principais Alterações Metodológicas O BPM6, além de esclarecer recomendações efetuadas nos manuais anteriores, considera a globalização económica, as inovações financeiras e os desenvolvimentos económicos recentes para propor novas abordagens e conceitos para as estatísticas externas. Simultaneamente, ao elevar a PII à condição de maior destaque em relação aos manuais anteriores, enfatiza-se a análise integrada de stock (posições) e fluxos como instrumento para avaliação da sustentabilidade e das perspetivas das economias ante os desenvolvimentos dos mercados internacionais. Ao promover a visão integrada das transações internacionais sobre a composição e dimensão de ativos e passivos por categorias funcionais de investimento (investimentos direto, em carteira e outros investimentos), por instrumento e por vencimento, as estatísticas de sector externo sob a nova metodologia concedem aos usuários da informação maior conteúdo analítico. 4.1 Balança de Pagamentos (BP) O BPM6 traz modificações que incluem a apresentação da BP, a nomenclatura de algumas contas, as convenções estatísticas e conceitos, mantendo-se a distinção entre as contas corrente, de capital e financeira, não obstante algumas alterações funcionais. A conta corrente apresenta os fluxos das contas de bens, serviços, rendimento primário e rendimento secundário. Na balança de bens, as mercadorias gerais passam a incorporar as reexportações, bem como os bens adquiridos em portos e aeroportos. Os bens para reparação e transformação que entram e saem de uma economia, sem que haja transferência de propriedade, ficam excluídos da balança de bens e passam a integrar a balança de serviços. A conta de rendimento primário, que no BPM5 era denominada rendimento, permanece indicando os montantes a pagar ou a receber em troca do uso temporário de recursos financeiros, trabalho ou ativos não financeiros não produzidos. A abrangência foi alargada, passando a incluir os subsídios e impostos sobre a produção (antes classificados em transferências correntes) e o aluguer de recursos naturais (direitos de pesca), facilitando a análise das taxas de retorno. De acordo com o BPM6, os juros devem ser ajustados para excluir as tarifas de serviços financeiros cobradas de forma implícita, sobre depósitos e empréstimos. Banco de Cabo Verde /

4 A conta de rendimento secundário, antes denominada transferências unilaterais correntes, tem a sua nomenclatura ajustada às contas nacionais e apresenta a renda gerada em uma economia e distribuída para outra. As transferências privadas (das quais, remessas emigrantes) permanecem como item mais importante da conta. Na conta de capital figuram as transações envolvendo a compra e a venda de ativos não financeiros não produzidos, bem como as transferências de capital. As transferências de migrantes (ou seja, a mudança de residência de pessoa física ou empresa, e a consequente mudança do seu conjunto de ativos e passivos de uma economia para outra) deixam de ser entendidas como transação, na medida em que não requerem transferência de propriedade económica de bens ou direitos entre um residente e um não residente. Assim sendo, ficam excluídas da BP, passando a figurar apenas na PII. A conta financeira as categorias funcionais mantiveram-se inalteradas (investimento direto estrangeiro, investimento de carteira, derivados financeiros, outros investimentos e ativos de reserva). No entanto, o BPM6 apresenta um detalhe maior de outros investimentos, com base na classificação dos instrumentos. Contempla as aquisições de ativos e passivos ao exterior, identificados nas categorias de investimento direto, investimento de carteira (ações e títulos de dívida) e outros investimentos (depósitos, empréstimos, créditos comerciais e outros ativos e passivos). Como principais categorias da balança de pagamentos tem-se: 1. Bens: regista os valores recebidos e pagos pela exportação e importação de bens; 2. Serviços: agrega os valores liquidados por conta de serviços prestados, a ou por, unidades institucionais residentes em Cabo Verde, i.e., importação e exportação de serviços. Compreende, a aquisição ou venda de serviços: de manufaturação ou transformação de bens; de manutenção e reparação de bens; de transporte; de viagens; de construção; de seguros e pensões; financeiros; relacionados ao uso de propriedade intelectual; de telecomunicação, informática e informação; de pesquisa e desenvolvimento; de consultoria, de gestão de empresas e outros serviços empresariais diversos; relacionados com comércio; pessoais, culturais e recreativos; e serviços governamentais; 3. Rendimento primário: refere-se à compensação das unidades institucionais pela sua contribuição no processo de produção, pelo empréstimo de ativos financeiros e pelo arrendamento de recursos naturais para outras unidades institucionais; 4. Rendimento secundário: corresponde a transferências unilaterais, i.é., sem qualquer contrapartida, privadas, como por exemplo as remessas de emigrantes em divisas e em bens para uso corrente dos familiares, e públicas, como sejam donativos em dinheiro, em bens (alimentares, medicamentos, máquinas, equipamentos), em assistência técnica e em bolsas de estudo, de outros governos, organizações internacionais não-governamentais e organização supranacionais (donativos oficiais); Banco de Cabo Verde /

5 5. Investimento Direto Estrangeiro: refere-se à participação (por pessoas singulares ou coletivas) no capital social de uma empresa residente da economia declarante por um investidor externo, que passa a deter pelo menos dez por cento do capital social da empresa residente, bem como o direito de voto nas decisões e estratégias de gestão da empresa; 6. Investimento de Carteira: participação (por pessoas singulares ou coletivas) no capital social de uma empresa residente da economia declarante por um investidor externo que detém menos de dez por cento do capital de uma determinada empresa residente e/ou detém títulos de dívida emitidos por uma entidade residentes; 7. Outros Investimentos: ativos e passivos financeiros externos (outros que não tenham características de investimento direto estrangeiro e de investimento de carteira) detidos por uma empresa (e pelas empresas nas quais tem investimento e exerce controlo), pelo governo, pela autoridade monetária, pelos bancos e indivíduos residentes na economia declarante; 8. Ativos de reserva: instrumentos financeiros que as autoridades monetárias dispõem para financiar ou absorver desequilíbrios de pagamentos entre o país e o resto do mundo. As reservas externas também poderão contribuir para o cumprimento das obrigações legais internas, podem ser utilizadas como garantia em empréstimos contratados com o exterior, sendo, então, importantes para a preservação da confiança na economia nacional. O anexo I apresenta a Matriz de conversão BPM5 - BPM Posição de Investimento Internacional O BPM6 define a PII como o demonstrativo estatístico que apresenta, em determinado momento, o valor dos ativos financeiros de residentes de uma economia, que compõem direitos contra não residentes, e os passivos de residentes de uma economia, que constituem obrigações junto a não residentes. A PII apresenta os stocks de ativos e de passivos externos de uma determinada economia. A diferença entre ativos e passivos é o valor líquido da PII e pode representar tanto um direito quanto uma obrigação face/com o resto do mundo. Nesse sentido, constitui a versão atualizada e a mais abrangente do chamado Passivo Externo Líquido de uma economia (par. 2.8). No BPM6, ao contrário do BPM5, a PII passa à condição de componente da apresentação padrão principal das estatísticas de sector externo, sob a forma de demonstrativo integrado, Banco de Cabo Verde /

6 ao conciliar os stocks de abertura e fechamento de ativos e passivos em cada período com os fluxos da conta financeira (transações da BP) e outras variações (cambial, de preços e outras variações de volume) (par. 2.10). O anexo II apresenta um Exemplo do quadro resumo da PII, em conformidade com o BPM Convenção de sinais A interpretação dos sinais das contas da BP representa mudança importante no BPM6, em comparação ao sistema vigente até o BPM5. No BPM5, a convenção aplicada na compilação da BP era registar cada transação em duas entradas com valores absolutos iguais. Uma dessas entradas era registada a crédito, com sinal positivo, a outra era registrada como débito, com sinal negativo. A princípio, a soma de todas as entradas de crédito é idêntica à soma de todas as entradas de débito e o saldo líquido de todas as entradas na BP é igual a zero. Neste contexto, as exportações, receitas de rendas e de transferências e as reduções nos ativos e aumentos nos passivos eram apresentadas com sinal positivo na BP, enquanto as importações, as despesas de rendas e de transferências, os aumentos nos ativos e as reduções nos passivos eram registados com sinal negativo. No BPM6, utilizam-se sinais positivos tanto para as exportações como para as importações, tanto para as receitas como para as despesas de rendas, tanto para as receitas e como para as despesas de transferências e aumentos em ativos e passivos. Sinais negativos só são utilizados para indicar renda negativa (perdas) e reduções de ativos ou passivos (por exemplo, quando os investimentos são retornados, ou seja, quando há desinvestimentos). 3 A nova convenção visa simplificar a interpretação das estatísticas e manter a coerência entre as transações da conta financeira e as correspondentes variações nas posições de ativos e passivos apresentados na PII integrada (par. 3.31). Na conta financeira, os fluxos que contribuem liquidamente para o aumento (a diminuição) de stocks dos ativos e passivos financeiros são representados por sinal positivo (negativo). O BPM6 recomenda que se registem apenas as variações líquidas dos ativos e passivos, sem reporte dos fluxos brutos. Por exemplo, para o caso de empréstimos, apenas os desembolsos líquidos, constituído pela diferença entre contratações e amortizações, seria informado. Na BP de Cabo Verde, no entanto, serão apresentados os valores brutos das rubricas das contas financeiras (exceto derivativos), ou seja, as transações que aumentam e as que reduzem os ativos e passivos serão informadas separadamente. Voltando ao exemplo, além do desembolso líquido de empréstimos, serão apresentados os valores de desembolsos brutos, as contratações, e de amortizações. Esta abertura é essencial para o cálculo de taxas de rolagem. 3 Exceções podem surgir em algumas transações especificas. Por exemplo, bens sob merchanting (bens comprados e revendidos fora do país sem entrar ou sair fisicamente do território nacional) podem, em certas circunstâncias, resultar em registro negativo de exportações. Banco de Cabo Verde /

7 O anexo III compara as convenções para sinais dos registros conforme recomendações do BPM5 e BPM Princípios contábeis Além da convenção de sinais, há outros princípios contábeis que regem os registros na BP, e são discutidos no BPM6. Tais princípios têm por objetivo garantir a consistência entre fluxos e stocks e a simetria dos registros realizados por dois países contrapartes. O sistema de partidas dobradas, o momento de registro e os critérios de valoração exemplificam os princípios contábeis (par. 3.1). O BPM6 não alterou o princípio da contabilidade de partidas dobradas, que requer que cada transação da BP seja registada a crédito e a débito (par. 3.27). Por exemplo, se um exportador realiza uma exportação com recebimento à vista, na BP será registado, simultaneamente, a transação a crédito na conta de exportações e a débito a aquisição de ativo financeiro, a moeda estrangeira agora em posse da instituição financeira que operou em câmbio. Igualmente, não houve alterações substanciais no momento de registo das transações. Como regra geral, este deve ser o momento em que o valor económico é criado, transformado, trocado ou extinto (par. 3.35). Este pode não ser, necessariamente, o momento da entrega ou recebimento de recursos financeiros. Por exemplo, bens e serviços comprados ou vendidos a prazo constituem transações nas quais o fluxo financeiro e a mudança de propriedade do bem e prestação/consumo de serviços não são coincidentes. O critério de valoração recomendado pelo BPM6 para transações e stocks é o preço de mercado, definido pela quantidade de dinheiro pela qual o comprador estaria disposto a comprar e o vendedor disposto a vender (par. 3.68). Os preços de transferência devem ser ajustados e os valores históricos ou de aquisição devem ser substituídos por valores de mercado. O BPM6 hierarquiza diversas metodologias possíveis para a compilação do valor de mercado, dependendo das informações disponíveis. O BPM6 reforçou as recomendações metodológicas quanto a determinados registos, nomeadamente: A compra ou a venda de um ativo externo entre residentes, que não deve ser registada como transação da BP (uma vez que a transação não ocorre entre residente e não residente), mas como uma reclassificação, afetando os stocks mensurados pela PII, caso os residentes pertençam a sectores institucionais diferentes (par. 3.7). Seria o caso, por exemplo, de uma empresa residente em Cabo Verde que adquire uma empresa no exterior, propriedade de outra empresa, também residente em Cabo Verde; As intervenções no mercado de câmbio entre residentes, por exemplo, ainda que o Banco de Cabo Verde compre ou venda moeda estrangeira de/para um dealer Banco de Cabo Verde /

8 residente em Cabo Verde a transação deve ser registada na BP; A transferência de migrante, ou seja, a mudança de residência de pessoa física ou empresa e a consequente mudança do seu conjunto de ativos e passivos de uma economia para outra, que passa a ser tratada como reclassificação e não transação de BP. Pois, trata-se de uma operação da mesma pessoa ou empresa, o que não configura o conceito de transação, definido como interação entre duas unidades institucionais que ocorrem por acordo mútuo ou força da lei e envolve troca de valor ou transferência (pars. 3.4 e ). O BPM6 introduz o termo "propriedade económica" e enfatiza a sua distinção em relação à "propriedade legal". A exportação ou importação de bens ou a aquisição de ativos ou a incidência em passivos devem ser registradas na BP, no instante em que ocorre mudança de propriedade económica. Diferentemente da propriedade legal, a económica é atribuída à parte que assume todos os riscos, responsabilidades, direitos e benefícios do bem ou do ativo. É comum que as propriedades económicas e legais sejam transferidas ao mesmo tempo, mas há casos em que os proprietários legais e económicos são distintos, sendo exemplo clássico o arrendamento mercantil (par. 3.41). 4.5 Território económico, unidades, sectores institucionais e residência O BPM6 define território económico como a área sob efetivo controle económico de um único governo (par. 4.4). De forma distinta do BPM5, o conceito não impõe a existência de livre circulação de pessoas, bens e capitais. As embaixadas, bases militares e outros enclaves continuam pertencendo ao país de origem. Assim sendo, o território económico não é considerado, necessariamente, como contínuo. O novo manual reforça a recomendação que um escritório ou uam representação comercial, ainda que não formalizados enquanto empresa ou personalidade jurídica, seja classificado como unidade institucional. Por exemplo, o escritório de uma obra de construção civil, mesmo não sendo uma empresa formalizada pode figurar, para efeitos de compilação na BP, como uma unidade capaz de efetuar transações económicas. Conforme estipula o BPM6, o escritório seria considerado residente no país onde a obra está sendo realizada e não no país onde está sedeada a empresa construtora, caso este possuísse: i) contabilidade separada da sede; e ii) tenha obrigações junto ao sistema tributário onde está situada a obra ou caso a obra tenha duração superior a um ano (par. 4.27). Em relação aos sectores institucionais, enquanto o BPM5 distinguia os seguintes sectores institucionais, governo-geral, autoridade monetária, bancos e outros sectores, o BPM6 altera a nomenclatura de autoridade monetária para banco bentral e de bancos para instituições que aceitam depósitos, exceto banco central, de modo a coincidir com a nomenclatura do Sistema de Contas Nacionais de 2008 (SNA 2008). A modificação mais substancial é o detalhamento de outros sectores, que passa a apresentar subcontas para as instituições financeiras que não captam depósitos, como fundos de investimento, empresas de seguro, fundos de pensão e Banco de Cabo Verde /

9 outros auxiliares (corretoras e distribuidoras, holdings, entre outros). Adiciona-se também as empresas não financeiras, famílias e organizações não-governamentais (Tabela 4.2 do BPM6). Não há mudanças substanciais na definição de residência. Entretanto, o BPM6 especifica o tratamento para indivíduos que possuem domicílio em diferentes territórios. Nesse caso, a BP considerará a pessoa como residente no local onde passa a maior parte do tempo (par ). A residência de empresas com pouca ou nenhuma presença física é determinada pelo território económico que abriga o conjunto de leis sob as quais a corporação foi criada. (par ). 4.6 Classificação dos ativos e passivos financeiros O BPM6 assegura a harmonização com o SNA 2008 também na classificação detalhada de ativos e passivos financeiros (Tabela 5.3), em linha também com as estatísticas monetárias. Nesse sentido, os ativos e passivos contingentes, acionados sob determinadas condições ou ocorrências, não compõem os stocks, mas recomenda-se a divulgação de informação suplementar (par. 5.10). Os depósitos interbancários passam a constituir categoria própria sob o instrumento depósitos. Com o objetivo de evitar assimetrias na distinção entre depósitos e empréstimos, o BPM6 recomenda que todas as posições bancárias que não sejam títulos e outras contas a pagar ou receber sejam classificadas como depósitos interbancários (par. 5.42). As expressões utilizadas para identificar títulos de características específicas, como obrigações, notas promissórias e papéis comerciais, são substituídas por títulos de longo prazo (par. 5.44). A expressão créditos comerciais é acrescida de adiantamentos (par. 5.70), explicitando a inclusão de operações de pagamentos antecipados de exportação e importação (PAs), em que o envio ou recebimento de recursos financeiros precede a transferência de propriedade da mercadoria. O BPM6 assinala a importância do critério de endividamento por prazo de vencimento residual, embora o critério de prazo original permaneça como o padrão recomendado. O prazo de vencimento residual, que passa a integrar a informação suplementar, considera a totalidade dos vencimentos para determinados períodos futuros, independente do prazo original de contratação do passivo (par ). A publicação da composição dos ativos e passivos por moeda é incentivada, dada sua utilidade para análise de exposição de risco a variações cambiais. A composição por moeda para a dívida de curto prazo por vencimento residual é outro detalhamento recomendável (Tabelas A9-I-1a e A9-I-2a). A classificação dos stocks por taxas de juros fixas e flutuantes é outra informação suplementar, permitindo análises de sensibilidade da posição do país a variações nas taxas de juros internacionais (par ). Banco de Cabo Verde /

10 Anexo I Matriz de conversão BPM5 - BPM6 BPM5 BPM6 Conta Corrente Bens Mercadorias Gerais Exportações (FOB) Importações (FOB) Bens para Transformação Reparação de Bens Bens Adquiridos em Portos e Aeroportos por Transportadoras Serviços Transportes Transporte Marítimo Transporte Aéreo Viagens Negócios Pessoais Estudo Saúde Turismo Serviços de Comunicação Serviços de Construção e Obras Públicas Serviços de Seguros Serviços Financeiros (excluindo Seguros) Serviços de Informática e de Informação Royalties e Licenças Outros Serviços Empresariais Serviços Pessoais, Culturais e de Lazer Serviços Governamentais Rendimento Remuneração de Empregados Rendimentos de Investimentos Investimento Directo Investimento de Carteira Outros Investimentos Autoridade Monetária Governo Bancos Outros Sectores Transferências Correntes Governo Geral Donativos Divisas Bens Alimentares Outros Outros Sectores Remessas de Migrantes Outras Transferências Bens Mercadorias em Geral Exportações (FOB) reexportação de combustíveis e víveres nos portos e aeroportos Importações (FOB) importações de bens para reexportação Bens para transformação Reparação de bens Serviços Serviços de Manufacturação Serviços de Manutenção e Reparação Transportes Transporte Marítimo Transporte Aéreo Viagens Negócios Pessoais Estudo Saúde Turismo Construção Serviços de Seguros e Fundos de Pensões Serviços Financeiros Royalties e Licenças Telecomunicações e Serviços de Informática e de Informação Outros Serviços Empresariais Serviços Pessoais, Culturais e de Lazer Serviços Governamentais Rendimento Primário Remuneração de Empregados Rendimentos de Investimentos Investimento Directo Investimento de Carteira Outros Investimentos Rendimentos de Activos de Reservas Outros Rendimentos Primários Rendas Impostos e Direitos sobre a Produção e Importação Subsídios à Produção Rendimento Secundário Governo Geral Cooperação Internacional (fluxos correntes) Impostos Correntes sobre o Rendimento, o Património, etc. Segurança Social (contributos e benefícios) Outras Transferências Correntes Empresas (financeiras e não financeiras) e Famílias Remessas de Migrantes Cooperação Internacional (fluxos correntes) Impostos Correntes sobre o Rendimento, Saúde, etc. Segurança Social (contributos e benefícios) Prémios e Indemnizações de Seguros Não Vida Outras Transferências Correntes Banco de Cabo Verde /

11 BPM5 BPM6 Conta de Capital Aquisição/Alienação de Activos não Financeiros não Produzidos Aquisição/Alienação de Activos não Financeiros não Produzidos Transferências de Capital Transferências de Capital Governo Geral Governo Geral Perdão de Dívidas Perdão de Dívidas Outras Transferências de Capital Outras Transferências de Capital Outros sectores Outros sectores Perdão de Dívidas Perdão de Dívidas Outras Transferências de Capital Outras Transferências de Capital Remessas de Migrantes Remessas de Migrantes Impostos Impostos Conta Financeira Investimento Directo No Exterior Na Economia Declarante Investimento de Carteira Activos Participações Títulos de Dívida Passivos Participações Títulos de Dívida Outros Investimentos Activos Créditos Comerciais Empréstimos Moeda e Depósitos Outros activos Passivos Creditos comerciais Emprestimos Moeda e Depósitos Outros Passivos Investimento Directo Aquisição Líquida de Activos Financeiros Subscrição Líquida de Passivos Investimento de Carteira Activos Participações Títulos de Dívida Passivos Participações Títulos de Dívida Outros Investimentos Activos Créditos Comerciais e Avanços Empréstimos Moeda e Depósitos Outras Participações Insurance, pension, and standardized guarantee schemes Outros activos Passivos Créditos Comerciais e Avanços Empréstimos Moeda e Depósitos Outras Participações Participações em Seguros, Prevdiência e Sistemas de Garantia Padronizados Outros Passivos Activos de Reserva Activos de Reserva Ouro monetário Ouro monetário Direitos Especiais de Saque Direitos Especiais de Saque Posição da Reserva no FMI Posição da Reserva no FMI Outros Activos Outros Activos Banco de Cabo Verde /

12 Anexo II Exemplo do quadro resumo da PII, em conformidade com o BPM6 Posição Final 2015 Transacções (conta financeira da BP) Variação de Posição devido a: Variações de Preços e Câmbial** Posição Final 1ºT 2016 Ativos Investimento Direto Investimento de Carteira Outro Investimento Ativos de Reserva Passivos Investimento Direto Investimento de Carteira Outro Investimento Posição Internacional Líquida (Ativo - Passivo) Anexo III Convenção de sinais BPM5 x BPM6 Contas do BP BPM5 BPM6 Transações correntes, receitas + + Transações correntes, despesas + - Saldo de transações correntes Receitas despesas = +/- Receitas + despesas = +/- Receitas de transferências de capital + + Despesas de transferências de capital + - Saldo da conta capital Receitas despesas = +/- Receitas + despesas = +/- Aquisição líquida de ativos financeiros (no BPM5, saída líquida de capitais brasileiros) + - Incidência líquida de passivos financeiros (no BPM5, entrada líquida de capitais estrangeiros) + + Concessões líquidas (+) / captações líquidas (-) (saldo da Conta financeira) Resumo Aquisição líquida de ativos financeiros incidência líquida de passivos financeiros = +/ saldo da Conta financeira saldo de Transações correntes saldo da Conta capital = Erros e omissões Entrada de capital + saída de capital = +/- (saldo de Transações correntes + saldo da Conta capital + saldo da Conta financeira) * ( 1) = Erros e omissões Banco de Cabo Verde /

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