2
|
|
- Diego Garrido Castel-Branco
- 7 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1
2 2
3 À Deus! 3
4 4
5 AÇÃO PENAL 5
6 6
7 SUMÁRIO AÇÃO PENAL 1. Conceito Características Autonomia Abstrato Subjetivo Público Condições da ação Modalidades Possibilidade jurídica do pedido Legitimidade ad causam Interesse de agir Interesse-necessidade Interesse-adequação Interesse-utilidade Justa causa Carência da ação Modalidades de ação penal Ação penal pública Princípios da ação penal pública Princípio da obrigatoriedade (ou compulsoriedade) Princípio da indisponibilidade Princípio da indivisibilidade Princípio da intranscendência Princípio da oficialidade Princípio da autoritariedade Princípio da oficiosidade Ação penal pública incondicionada Ação penal pública condicionada Representação da vítima ou de seu representante legal Natureza jurídica Destinatários Legitimidade ativa
8 Prazo Retratação da representação Ausência de rigor formal Eficácia objetiva Não-vinculação Requisição do Ministro da Justiça Natureza jurídica Destinatário Legitimidade ativa Prazo Retratação da requisição Eficácia objetiva Não-vinculação Crimes sexuais (Lei /2009) Ação penal de iniciativa privada Conceito Princípios Princípio da oportunidade ou conveniência Princípio da disponibilidade Princípio da indivisibilidade Princípio da intranscendência Modalidades de ação penal privada Ação penal privada exclusiva ou propriamente dita Ação penal privada personalíssima Ação penal privada subsidiária da pública Questões especiais Ação penal pública subsidiária da pública Ação penal secundária Ação penal adesiva Legitimidade concorrente (concurso de ações) Ação de prevenção penal
9 AÇÃO PENAL 1. Conceito Em verdade, a palavra ação pode ser analisada sob vários prismas. Tradicionalmente, ação é tida como um direito, direito à prestação jurisdicional, enfim, ação como o direito constitucional de ação. Porém, sob outro enfoque, ação pode ser considerada um ato, o ato de provocar a jurisdição. Esse ato, no processo penal, é a denúncia do promotor ou a queixa da vítima, visando à punição do suposto autor do delito, concretizando o jus puniendi. Nesse passo, vale transcrever as palavras do ilustre professor e doutrinador Nestor Távora, que assevera sobre o conceito de ação penal, in verbis : É o direito público subjetivo de pedir ao Estado- Juiz a aplicação do direito penal objetivo ao caso concreto. 1 Assim, pode-se dizer que a ação penal é um direito. 1 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
10 2. Características As principais características do direito de ação são: 2.1. Autonomia O direito de ação é um direito autônomo, é dizer, autonomia em relação ao direito material. A ação não depende do direito material Abstrato A ação não depende do direito material, nem do resultado do processo, ela é exercida independentemente da procedência ou improcedência do pedido. Independe do resultado do processo Subjetivo É um direito subjetivo porque o titular da ação pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional. 10
11 2.4. Público A atividade jurisdicional que se pretende provocar é de natureza pública. 3. Condições da ação As condições da ação traduzem uma série de requisitos legais para o exercício regular do direito de ação, enfim, são requisitos para o exercício válido da ação, sob pena de configurar a chamada carência de ação. Carência de ação é a ausência de uma condição da ação. Nesse rumo, cabe mencionar o entendimento do douto Nestor Távora, que aduz sobre as condições da ação, ipsis litteris : São requisitos necessários e condicionantes ao exercício regular do direito de ação. 2 Sendo assim, as condições da ação, nada mais são, do que requisitos condicionantes de validade da ação penal. 2 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
12 3.1. Modalidades São quatro as condições da ação: a) Possibilidade jurídica do pedido; b) Legitimidade ad causam ; c) Interesse de agir; d) Justa causa Possibilidade jurídica do pedido Pedido juridicamente possível é aquele previsto em lei, em outras palavras, no processo penal, para que pedir a condenação do acusado, o fato deve ser típico (formal e material). Por exemplo, é juridicamente impossível pedir a condenação de alguém por crime de adultério, pois esse fato é atípico no Brasil Legitimidade ad causam A legitimidade ad causam traduz a pertinência subjetiva da ação. No processo penal, o pólo ativo é do titular da ação penal, ou seja, o Ministério Público na ação penal pública e 12
13 o querelante na ação penal de iniciativa privada. De outro lado, temos o réu, o acusado, o querelado, o suposto autor do delito, figurando no pólo passivo Interesse de agir O interesse de agir se subdivide em interessenecessidade, interesse-adequação e interesse-utilidade. A ação deve ser necessária. A ação deve ser o meio adequado. A ação deve obter um resultado útil Interesse-necessidade O interesse-necessidade no processo penal é presumido. Haja vista ser impossível a aplicação de uma sanção penal sem o devido processo legal criminal Interesse-adequação A ação deve ser o meio adequado. Por exemplo, não cabe habeas corpus se não existe risco à liberdade de locomoção. Por isso que se diz que não cabe HC quando a pena 13
14 é de multa, que não cabe HC quando a ré for pessoa jurídica, pois nesses casos não existe risco à liberdade de locomoção. Assim, a impetração do habeas nesses casos se mostra inadequado. Nessa trilha, impende registrar os verbetes 693, 694 e 695, da súmula do Supremo Tribunal Federal, verbis : Súm. 693 do STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. Súm. 694 do STF: Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública. Súm. 695 do STF: Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. Desse modo, temos que a ação deve ser instrumento adequado na tutela de um interesse Interesse-utilidade O provimento jurisdicional dever ser útil. No processo penal essa utilidade se manifesta na possível aplicação de uma sanção penal ao infrator. Se não for possível a aplicação de pena 14
15 ao suposto criminoso, a deflagração do processo se mostra inútil. Questão interessante e controvertida na doutrina e na jurisprudência atine à chamada prescrição virtual, antecipada, em prognóse ou em perspectiva. Em verdade, a prescrição virtual não é modalidade de prescrição, mas de ausência de condição da ação, especificamente na vertente falta de interesse-utilidade. É o clássico exemplo do furtador primário e com bons antecedentes: Imaginemos um crime de furto simples (art. 155, caput, do CPP), e mais, que o agente é primário e com bons antecedentes, e ainda, que o crime ocorreu dia 02/01/2002 e os autos do inquérito policial chegam ao promotor no dia 02/01/2009, por fim, que o indiciado é menor de 21 anos (prescrição pela metade). Nesse caso, em função da primariedade do agente, o julgador, provavelmente, irá aplicar a pena em seu mínimo legal de 01 ano. O membro do Ministério Público ao analisar o caso, percebe, de plano, uma prescrição retroativa, pois entre a data do fato e a do recebimento da denúncia já transcorreram mais de 07 anos. Assim, em perspectiva, o promotor pode requerer o arquivamento, sob o 15
16 fundamento de que falta interesse-utilidade, enfim, vislumbra uma carência da ação, porquanto ser o processo inútil. Nessa toada, é mister colacionar o entendimento do eminente Nestor Távora, que leciona sobre a prescrição virtual, ad litteram : Poderíamos imaginar a hipótese do membro do Ministério Público deixar de promover a ação penal, requerendo o arquivamento, pautando sua fundamentação na inutilidade da demanda, pois, em face da possível pena que será aplicada na sentença final, provavelmente operar-se-á a prescrição retroativa. É fenômeno que tem ganhado força, inclusive no seio da Procuradoria- Geral de Justiça do Estado de São Paulo, e que tem a denominação de prescrição virtual, antecipada ou em perspectiva. Em trabalho específico sobre o tema, Igor Teles Fonseca de Macedo chancela que a prescrição em perspectiva é o reconhecimento da carência de ação (falta de interesse-utilidade), por conta da constatação de que eventual pena que venha a ser aplicada, numa condenação hipotética, inevitavelmente será abarcada pela prescrição retroativa, tornando inútil a instauração da ação penal, ou, se for o caso, a continuação da ação já iniciada. 3 3 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
17 Por último, registre-se que os nossos tribunais superiores (STF e STJ) não acatam a tese da prescrição virtual Justa causa Posto que tenha divergência, prevalece o entendimento, no processo penal, de que a justa causa é uma condição da ação. A justa causa consiste em um lastro probatório mínimo para o exercício da ação penal, são indícios de autoria e indícios da materialidade. Impende registrar que a ação penal pode ser iniciada sem o exame de corpo de delito. A perícia dos vestígios do delito não é condição necessária para o recebimento da denúncia ou queixa, essa prova deve ser analisada, fundamentalmente, no momento do julgamento. Todavia, no crime de tráfico e no crime contra a propriedade imaterial que deixa vestígio, a denúncia só será recebida se conter o laudo do exame de corpo delito (condição de procedibilidade). Posto isso, a justa causa é um lastro probatório mínimo para o exercício da ação penal Carência da ação 17
18 Conforme mencionado anteriormente, carência da ação traduz a ausência de uma condição da ação. Se configurada a carência da ação a denúncia ou a queixa deve ser rejeitada, nos termos do inciso II do art. 395 do CPP, verbis : Art A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (...) II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal. (Grifo nosso). Aliás, há doutrina no sentido de que durante a fase processual, se verificada ausente uma condição da ação, é possível a extinção do processo sem julgamento do mérito, consoante o disposto no art. 267 do Código de Processo Civil. Condição da ação é matéria de ordem pública, e, conforme doutrina tradicional, pode ser analisada a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição. Contudo, modernamente, defende-se, na aferição da condição da ação, a denominada teoria da asserção. A teoria da asserção consiste em aferir, no início da ação, se estão presentes as condições da ação, isto é, o magistrado, ao receber a inicial, se questiona se estão presentes as condições da ação, se naquele momento embrionário as condições da ação 18
19 estão presentes, superada essa fase inicial, o que era condição da ação vira matéria de mérito, devendo o julgador absolver ou condenar o acusado e não extinguir o processo sem julgamento do mérito. Nessa trilha, vale mencionar o entendimento do douto defensor público Nestor Távora, que assevera sobre a teoria da asserção, in verbis : (...) as condições da ação devem ser aferidas de acordo com a narrativa constante na inicial acusatória. Apresentada a inicial ao magistrado, este analisaria a presença ou não das condições da ação de acordo com aquilo que foi narrado pelo autor da demanda. Constatando a ausência de uma ou algumas das condições da ação, deve rejeitar a inicial (art. 395, II e III, CPP). Contudo, concluindo que estão atendidas as condições da ação por esta análise prelibatória, meramente superficial, deve receber a inicial dando início ao processo. No transcorrer deste, aquilo que anteriormente tratamos como condição da ação deve ser reputado matéria de mérito, cabendo ao juiz absolver ou condenar o réu TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
20 Posto isso, tem-se que as condições da ação devem ser verificadas no início do processo (teoria da asserção), superada essa fase, o juiz deve julgar o mérito. 4. Modalidades de ação penal Classificação quanto ao titular da ação penal (classificação subjetiva): Ação penal pública e ação penal privada Ação penal pública Consoante o disposto no art. 129, I, da CF/88 e do art. 257 do CPP, o titular privativo da ação penal pública é o Ministério Público, seja ela incondicionada ou condicionada. A ação penal pública é a pedra fundamental do sistema acusatório. Nesse passo, indaga-se: Admite-se o processo judicialiforme no Brasil? A resposta é negativa. O processo judicialiforme era aquele no qual o próprio magistrado, ou até mesmo o delegado, iniciava, deflagrava a ação penal de ofício, sem provocação. O juiz ou delegado, diante de uma contravenção penal podia ex officio iniciar a ação penal. 20
21 Contudo, à luz de uma interpretação sistemática e constitucional, art. 129, I, da CF/88, cabe, privativamente, ao Ministério Público a promoção da ação penal, assim, o processo judicialiforme (art. 26 do CPP) não foi recepcionado pela Carta Maior Princípios da ação penal pública Princípio da obrigatoriedade (ou compulsoriedade) A mola-mestra dos princípios da ação penal pública é o princípio da obrigatoriedade. Dispõe o art. 24 do CPP, verbis: Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público (...). Diante da ocorrência de um crime o membro do Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia. É dever funcional do promotor. Ao parquet não é dado juízo de conveniência e oportunidade. O oferecimento da denúncia é dever do promotor. 21
22 Contudo, nas infrações de menor potencial ofensivo, previstas na lei dos juizados especiais (Lei 9.099/95), em conformidade com o art. 76, o promotor ao invés do oferecimento da denúncia pode ofertar a transação penal. Essa exceção recebe a denominação de princípio da obrigatoriedade mitigada ou discricionariedade regrada. Desse modo, tem-se que o promotor é obrigado a oferecer denúncia, se presentes os pressupostos legais Princípio da indisponibilidade Diante da ocorrência de um crime o promotor deve ajuizar a ação penal, e mais, deve denunciar e não pode desistir da ação. O membro do Ministério Público não pode desistir da ação, esse é o chamado princípio da indisponibilidade. O parquet não pode dispor da ação penal. Com efeito, tal princípio gera reflexos na etapa recursal, pois o promotor não pode desistir da ação penal e não pode desistir do recurso interposto. O promotor não é obrigado a recorrer, mas se recorrer não pode desistir do recurso. Desse modo, não só o titular da ação penal não pode desistir da ação ajuizada, mas também não pode desistir do recurso interposto. 22
23 Da mesma forma que o princípio da obrigatoriedade encontra exceção na transação penal, o princípio da indisponibilidade também encontra exceção na lei dos juizados especiais, porém no instituto da suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95). O promotor, nas infrações de menor potencial ofensivo, cuja pena mínima seja igual ou inferior a 01 ano, pode ofertar a suspensão condicional do processo, o que de certa forma veio a mitigar o princípio da indisponibilidade. O titular da ação penal não pode desistir da ação penal, mas, se o crime for do JECRIM e com pena mínima de até 01 ano, pode ofertar a suspensão condicional do processo. Frise-se que a pena mínima deve ser igual ou inferior a 01 ano para comportar a suspensão condicional do processo. Isso posto, tem-se que o promotor não pode desistir da ação penal intentada Princípio da indivisibilidade O promotor, diante de um crime, deve denunciar todos os envolvidos no delito, ou seja, não pode escolher quem vai denunciar. Por exemplo, o promotor não pode deixar para aditar 23
24 futuramente. Se A, B e C, praticam o crime de furto, A, B e C, devem estar incluídos na denúncia. O princípio da indivisibilidade é majoritário na doutrina, contudo, o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça se filiam ao entendimento de que o princípio aplicável à ação penal pública é o da divisibilidade. Com efeito, o promotor pode fracionar e aditar, posteriormente, para incluir novos coautores. Nessa toada, cabe citar o eminente doutrinador e professor Nestor Távora, que ensina, sobre o princípio da indivisibilidade, ipsis litteris : A ação penal deve estender-se a todos aqueles que praticaram a infração criminal. Assim, o parquet tem o dever de ofertar a denúncia em face de todos os envolvidos. Neste sentido, a doutrina majoritária, nos ensinamentos de José Antônio Paganella Boschi, Luiz Flávio Gomes, Tourinho Filho, dentre outros. Há, entretanto, posição contrária a aqui esboçada, filiando-se ao princípio da divisibilidade, ao argumento de que, optando o Ministério Publico por angariar maiores elementos para posteriormente processar os demais envolvidos, o processo poderá ser desmembrado, utilizando-se o promotor do aditamento da denúncia para posteriormente 24
25 lançá-los aos autos. Neste sentido, o magistério de Mirabete (...). 5 Em face de tudo quanto foi exposto, entende-se que o princípio da indivisibilidade é aceito pela doutrina, mas na jurisprudência dos nossos tribunais superiores (STF e STJ) o que prevalece é o oposto: Princípio da divisibilidade da ação penal pública Princípio da intranscendência (ou pessoalidade) Os efeitos da ação penal não podem atingir terceiros, apenas a pessoa do réu Princípio da oficialidade O Ministério Público é um órgão oficial do Estado Princípio da autoritariedade 5 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
26 O promotor, enfim, os membros do Ministério Público são autoridades públicas Princípio da oficiosidade A ação penal pública incondicionada é promovida de ofício pelo membro do Ministério Público. O promotor não depende de ninguém para oferecer denúncia Ação penal pública incondicionada A ação penal pública incondicionada é aquela na qual o titular da ação penal (Ministério Público) não depende de ninguém para oferecer a denúncia, enfim, não depende da aquiescência de terceiros, nem da vítima, age por vontade própria Ação penal pública condicionada Inversamente, a ação penal pública condicionada é aquela na qual o titular da ação penal depende da aquiescência de terceiros para deflagrar a denúncia. 26
27 Representação da vítima ou de seu representante legal Nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, o titular privativo da ação penal é o Ministério Público, mas a ação penal só pode ajuizada se a vítima ou seu representante legal pedir e autorizar, assim, a representação é, ao mesmo tempo, um pedido e uma autorização para o oferecimento da denúncia Natureza jurídica da representação A natureza jurídica da representação é de condição da ação. É uma condição de procedibilidade, ou seja, uma condição da ação especial. Nesse passo, indaga-se: Posso instaurar inquérito policial sem a representação da vítima? Posso ajuizar a ação penal sem a representação da vítima? Posso lavrar um auto de prisão em flagrante (APF) sem a representação da vítima? Por exemplo, um crime de lesão corporal leve (ação penal pública condicionada), se a vítima não representar: Posso prender o infrator? A resposta é não! O delegado não pode instaurar o inquérito sem a representação da vítima. O promotor não pode 27
28 oferecer denúncia sem a representação da vítima. A autoridade policial não pode lavrar o APF sem a representação da vítima. Porém, é possível a captura e condução, visando à cessação da conduta. Desse modo, temos que a natureza jurídica da representação, nos crimes de ação penal pública condicionada, é de condição de procedibilidade, uma especial condição da ação Destinatários A representação pode ser ofertada ao delegado, ao promotor ou ao próprio magistrado Legitimidade ativa Em regra, é a vítima quem representa, mas, se o ofendido for menor ou incapaz, cabe ao representante legal fazer a representação. Registre-se que, a vítima emancipada civilmente não está apta para representar nos crimes de ação penal pública condicionada. A emancipação civil não surte efeitos na esfera 28
29 processual penal. Nesse caso (emancipação) a representação é feito por um curador especial. De outro lado, se a vítima falecer, o direito de representar é transferido aos seus sucessores, trata-se de sucessão processual. Existe um rol taxativo e preferencial no que tange a sucessão processual: Se o ofendido morrer, o primeiro legitimado é o seu cônjuge, na impossibilidade deste, o segundo legitimado é o seu ascendente, depois descendente, e por fim, o irmão (CCADI). Questão interessante versa sobre o companheiro e a companheira, pois diante de uma união estável, essas figuras estão autorizadas a representar, consoante o entendimento majoritário e à luz de uma interpretação constitucional sobre o tema. Por fim, a pessoa jurídica se faz presente na pessoa designada em seu estatuto social, e na omissão deste, através de seus diretores ou de seus sócios administradores Prazo A representação tem prazo decadencial de 06 meses. Assim, a vítima deve fazer a representação dentro desse período, sob pena de perder o direito de representar. 29
30 A natureza desse prazo é decadencial, por isso ele não se suspende, não se interrompe e não se prorroga. O marco inicial na contagem do prazo para representar é o do momento da ciência da autoria do delito, a partir do instante em que a vítima souber quem é o criminoso conta-se o prazo de 06 meses. Ciência da autoria. Além disso, vale destacar que esse prazo é contado nos termos do art. 10 do CP, é dizer, inclui o dia do início e exclui o dia do final. Para fins de fixação da matéria segue um exemplo da contagem do prazo: Se o crime ocorreu no dia 10/03/2010, e nesse momento a vítima sabe quem é o autor do delito, o prazo para oferecer a representação vai até o dia 09/09/2010, pois, na contagem, inclui o dia do início e exclui o dia do final. Cuidado para não pensar que o dia do fim é o dia 10/09/2010! Por último, merece registro que contra o menor de idade não existe esse prazo decadencial de 06 meses, para ele o prazo só começa a correr no dia em completar 18 anos, ou seja, no dia em se tornar maior de idade, portanto, capaz civilmente, aí sim, conta-se os 06 meses para representar. Essa observação ganha destaque no caso do representante legal, que diante da ocorrência de um delito, por exemplo, estupro de menor de 18 anos, não representa o criminoso, desse modo, completando a 30
31 maioridade a vítima poderá representar. Antes disso é possível a nomeação de um curador especial para o ato. Isso posto, tem-se que a representação tem prazo decadencial de 06 meses que não se suspende, não se interrompe nem se prorroga Retratação da representação Cabe retratação da representação. A vítima pode desistir de representar. Mas o marco para a retratação é até o OFERECIMENTO da denúncia. Não confundir oferecimento com recebimento da denúncia, o primeiro é ato do promotor, o segundo, do juiz. Questão interessantíssima versa sobre a denominada retratação da retratação da representação, ou seja, a vítima representa e retrata, depois retrata a retratação e representa novamente. Prevalece na doutrina e na jurisprudência a possibilidade da retratação da retratação da representação, desde que feita dentro do prazo decadencial. Esse é posicionamento majoritário. Porém, na lição do ilustre doutrinador Fernando da Costa Tourinho Filho, a retratação da representação gera a renúncia, 31
32 logo, não cabe retratação da retração da representação, segundo o autor. Nessa senda, cabe transcrever as palavras do eminente professor Nestor Távora, que ensina sobre a retratação da representação, verbis : Para a doutrina majoritária, a vítima pode retratar-se e reapresentar a representação quantas vezes entender conveniente. Tal significa que pode retratar-se da representação e, em se arrependendo, reapresentá-la, respeitando apenas o marco do oferecimento da denúncia e o prazo decadencial dos seis meses, pois, uma vez oferecida a peça acusatória, a representação passa a ser irretratável. Assim, num pequeno jogo de palavras, com a vênia do leitor, concluímos que cabe retratação da retratação da representação, ou seja, a vítima que representa e se retrata, pode novamente representar. Em posição francamente minoritária, encontra-se Tourinho Filho, entendendo que a retratação da representação implicaria em renúncia ao direito de representar (...). 6 Por derradeiro, merece registro a Lei /06, que disciplina a matéria em tom de excepcionalidade, vejamos: É possível a retração da representação na Lei Maria da Penha, 6 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
33 crimes de violência doméstica e familiar, no entanto em audiência específica para isso e até o recebimento da denúncia (não é o oferecimento). Sendo assim, conclui-se que é possível a retratação da representação até o oferecimento da denúncia, salvo, nos crimes de violência doméstica e familiar, até o recebimento da denúncia em audiência específica Ausência de rigor formal É errado dizer que a representação não tem forma. Em verdade, a representação tem forma, mas forma livre. A representação pode ser oral ou escrita, ou, até mesmo, por meio de gestos. O que importar para fins de representação é a vontade clara e inequívoca de que a vítima deseja representar Eficácia objetiva Se a vítima representa dois criminosos e deixa de lado um terceiro coautor ou partícipe o promotor pode denunciar todos os envolvidos no delito? A resposta dessa questão passa pela denominada eficácia objetiva. 33
34 A eficácia objetiva consiste no reconhecimento de que a representação é uma autorização para a persecução dos fatos, mas o aspecto subjetivo, de autoria, é o Ministério Público quem irá apurar, independentemente de quem conste como coautores do delito na representação. O ilustre doutrinador Luiz Flávio Gomes defende que se a vítima não representa contra todos, sabendo quem são os infratores, isso implica em reconhecimento de renúncia ao direito. Posição minoritária. Desse modo, conclui-se que o promotor pode denunciar todos os envolvidos em um delito, independentemente de quem conste na representação da vítima Não-vinculação O promotor não está vinculado ao entendimento da vítima, isto é, o parquet pode discordar da capitulação feita na representação ou até mesmo requerer o arquivamento dela. A representação é um pedido. Se a vítima representa por um crime de furto, mas o promotor entende que é um roubo, ele pode denunciar pelo crime mais grave, pois não há vinculação do Ministério Público, 34
35 assim, o parquet pode fazer o enquadramento legal que julgar o correto, em homenagem ao princípio da independência funcional Requisição do Ministro da Justiça Além do crime de ação penal pública condicionado à representação, existe o delito condicionado à requisição do Ministro da Justiça. Situações muito semelhantes. A principal diferença está finalidade política da requisição pelo Ministro da Justiça. Por exemplo, nos crimes contra a honra do Presidente da República, cabe ao Ministro da Justiça fazer a requisição. A requisição é um pedido, e ao mesmo tempo, uma autorização para perseguir o crime, da mesma forma que a representação, condiciona o início do processo Natureza jurídica da requisição A natureza jurídica da requisição é de condição de procedibilidade. É uma condição da ação especial. 35
36 Destinatário O destinatário da requisição é o Procurador-Geral. No âmbito estadual o Procurador-Geral de Justiça, e no federal, o Procurador-Geral da República Legitimidade ativa Somente o Ministro da Justiça Prazo Em verdade, não há prazo decadencial de 06 meses. O Ministro da Justiça pode oferecer a requisição a qualquer tempo, desde que o crime não esteja prescrito. Assim, em que pese não haver prazo para a requisição, o Ministro da Justiça deve respeitar os prazos prescricionais previstos no art. 109 do CP Retratação da requisição A lei é omissa nesse assunto. Por isso, principalmente, o ilustre e eminente doutrinador Fernando da Costa Tourinho 36
37 Filho diz não ser possível a retração da requisição. Posição minoritária, mas é a cobrada em concurso. De outro lado, ampla maioria, defende ser possível a retratação da requisição, em analogia à retratação da representação. Nesse caminho, vale destacar o pensamento do douto Nestor Távora, que aduz sobre a retratação da requisição, verbis : (...) a doutrina está longe de pacificar o tema, havendo forte posição no sentido da admissibilidade de retratação da requisição até oferecimento da denúncia, em analogia à representação.. 7 O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça ainda não examinaram a possibilidade ou não de retratação da requisição. Portanto, só há posicionamento na doutrina. Desse modo, pode-se dizer que a doutrina é divergente no que tange à retratação da requisição, uns admitem, outros não. 7 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
38 Eficácia objetiva A requisição versa sobre fato, o aspecto subjetivo quem define é o promotor. Assim, se o Ministro da Justiça faz a requisição, mas deixa de lado algum infrator, o membro do Ministério Público pode e deve incluí-lo na denúncia. É a mesma eficácia objetiva da representação Não-vinculação Item idêntico à representação. O promotor não está vinculado à capitulação dada ao crime, nem sobre a tipicidade ou não do delito. A requisição é um pedido. O promotor pode denunciar por crime diverso, por exemplo, de furto para roubo, ou, até mesmo, requerer o arquivamento da requisição Crimes sexuais (Lei /2009) A Lei de 2009 alterou profundamente a sistemática processual das ações penais nos crimes contra a dignidade sexual, antes da referida lei, os crimes sexuais, em 38
39 regra, eram de ação penal de iniciativa privada (o que não existe mais!). Hodiernamente, a ação penal, nos crimes contra a dignidade sexual, é pública condicionada à representação da vítima. Contudo, encontra-se duas exceções no ordenamento, nas quais a ação penal será pública incondicionada: a) Vítima menor de 18 anos; b) E os vulneráveis (vítima menor de 14 anos, ou deficiente mental ou pessoas que não possam resistir ao ato, a exemplo de alguém desmaiado ou em coma alcoólico). Assim, a regra é ação penal pública condicionada, com as exceções acima mencionadas (incondicionadas). Por fim, destaca-se que a súmula 608 do Supremo Tribunal Federal está sem eficácia, uma vez que o crime de estupro praticado com violência real se enquadra na regra geral, ou seja, o estupro violento (leve, grave ou morte) é de ação penal pública condicionada Ação penal de iniciativa privada 39
40 Conceito A ação penal privada é aquele titularizada pela própria vítima ou por seu representante legal. Frise-se que o ofendido, nesse caso, atua em nome próprio, mas na defesa de direito alheio (o direito de punir estatal), assim, a vítima atua como substituto processual. Por fim, merece registro que a tendência no Direito Processual Penal Contemporâneo, no que tange a ação penal privada, é a sua eliminação, sob o fundamento de que a vítima não tem o equilíbrio necessário para ajuizar uma ação penal. Os crimes de ação penal privada passarão a ser de ação penal pública condicionada, a exemplo do que ocorreu com a Lei de 2009, os crimes sexuais deixaram de ser de ação penal privada para ser de ação penal condicionada Princípios Princípio da oportunidade ou conveniência 40
41 A vítima deflagra a ação penal privada se quiser. Dentro de critérios de conveniência e oportunidade, o ofendido escolhe entre deflagar ou não a ação penal. Dois institutos processuais penais estão intimamente relacionados com o princípio da oportunidade da ação penal privada: Decadência e a renúncia. Vejamos. A decadência traduz a perda de um direito, e no caso da ação penal privada, é a perda do direito de deflagar a ação em virtude do decurso do tempo. O prazo para o ajuizamento da ação privada é de 06 meses, contados do conhecimento da autoria. Esse prazo decadencial de 06 meses não se suspende, não se interrompe nem se prorroga. A decadência gera a extinção da punibilidade, à luz do art. 107 do CP. Frise-se que, a extinção da punibilidade é matéria de mérito, ou seja, produz coisa julgada material. Nesse passo, cabe citar o douto Nestor Távora, que assevera sobre o instituto da decadência, ipsis litteris : A decadência: pela omissão da vítima em propor a ação privada, quedando-se inerte no transcurso do prazo de seis meses de que dispõe para exercer o seu direito, contados como regra do conhecimento da autoria da infração (art. 38, CPP, c/c o art. 107, IV, CP). Vale destacar, 41
42 sempre por oportuno, que sendo o referido prazo de natureza decadencial, não se prorroga, não se suspende nem se interrompe, contando-se na forma do art. 10 do CP, incluindo-se o primeiro dia e excluindo-se o do vencimento. Portanto, a vítima tem prazo para exercer a ação privada. Se não o fizer, decai do direito, ocasionando a extinção da punibilidade.. 8 De outro lado, a renúncia traduz a manifestação de vontade do ofendido no sentido de não querer processar o deliquente, ela pode ser expressa ou tácita. Por exemplo, há renúncia tácita quando a vítima convida o criminoso para ser seu padrinho de casamento. Da mesma forma que a decadência, a renúncia gera a extinção da punibilidade, por isso, a renúncia é irretratável. Operada a extinção da punibilidade não é possível uma eventual retratação. Nesse rumo, cabe transcrever a lição do nobre defensor Nestor Távora, que aduz sobre o instituto da renúncia, ad litteram : 8 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
43 Renúncia: opera-se pela prática de ato incompatível com a vontade de ver processado o infrator, ou através de declaração expressa da vítima neste sentido. Já que a vítima é movida pelo princípio da oportunidade, é possível que ela revele o desejo de não exercer a ação, seja de forma expressa, declarando que não o fará, seja de forma tácita, praticando ato incompatível com a vontade de dar início a ação penal.. 9 Posto isso, conclui-se que a ação penal de iniciativa privada é permeada pelo princípio da oportunidade, ou seja, a vítima oferece a queixa-crime se quiser, além disso, a decadência e a renúncia são institutos intimamente ligados a esse princípio Princípio da disponibilidade A vítima pode desistir da ação penal privada. Depois de ajuizada a queixa-crime, o ofendido pode desistir da ação. Notese que, ao contrário do princípio da oportunidade, o princípio da disponibilidade é aplicado na fase processual, depois de deflagrada a ação penal. 9 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
44 Dois institutos processuais penais estão intimamente relacionados com o princípio da disponibilidade da ação penal privada: Perdão e perempção. Vejamos. O perdão é a manifestação de vontade da vítima no sentido de não querer mais processar o querelado. Ele pode ser expresso ou tácito (conduta incompatível com a vontade de processar). Aliás, registre-se que o perdão é ato bilateral, em outras palavras, o querelado, para que o perdão produza efeitos, deve aceitá-lo. A aceitação também pode ser expressa ou tácita. A seu turno, a aceitação tácita ocorre, por exemplo, quando há perdão declarado nos autos e o juiz concede o prazo de três dias para o querelado se manifestar, permanecendo calado este, sem se manifestar, tem-se como aceito o perdão. Nessa toada, impende colacionar o pensamento do ínclito Nestor Távora, que preleciona sobre o perdão da vítima, verbis : Perdão da vítima: é uma espécie de benevolência. Qualquer motivo pode levar a vítima a não mais desejar prosseguir com a ação, perdoando o réu. O perdão tem por consequência a extinção da punibilidade (art. 107, V, CP), contudo precisa ser aceito pelo imputado, senão 44
45 não operará efeitos. Uma vez oferecido o perdão mediante declaração nos autos, o demandado será intimado para dizer se concorda, dentro de três dias. Se nada disser, o silencio implica em acatamento.. 10 De outra banda, temos a perempção. A perempção é uma sanção processual, em virtude do descaso processual da vítima. Mais importante do que conhecer as hipóteses de perempção é entender a ideia do instituto. Na perempção, em geral, o querelante atua com descaso, com desleixo, com desídia, enfim, não é cuidadoso na condução da ação penal privada, o que gera a extinção da punibilidade. Nessa senda, cabe destacar as palavras do eminente professor Nestor Távora, que ensina sobre a perempção, in verbis : Perempção: esta revela a desídia do querelante que já exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual ocasionada pela inércia na condução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade (art. 107, IV, CP) TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
46 O art. 60 do CPP prevê as hipóteses mais conhecidas de perempção, porém esse rol não é taxativo. Dispõe o art. 60 do CPP, verbis : Art Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguidos; II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no Art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. Isso posto, concluí-se que a vítima pode desistir da ação penal privada, princípio da disponibilidade, além disso, que o perdão e a perempção são institutos interligados a esse princípio Princípio da indivisibilidade 46
47 Na ação penal de iniciativa privada aplica-se o princípio da indivisibilidade, isto é, a vítima deve ajuizar a queixa-crime em face de todos os envolvidos no delito. O ofendido não pode escolher quem vai processar. Contudo, o fiscal da aplicação desse princípio é o Ministério Público. Nessa batida, cabe citar o preclaro doutrinador Nestor Távora, que assevera sobre o princípio da indivisibilidade da ação penal privada, verbis : Da indivisibilidade: o art. 48 do CPP reconhece de forma expressa o princípio da indivisibilidade da ação penal privada, devendo o particular, ao optar pelo processamento dos autores da infração, fazê-lo em detrimento de todos os envolvidos. É dizer, ou processa todos, ou não processa ninguém, cabendo ao Ministério Público velar pela indivisibilidade da ação penal privada, afinal, atua como custos legis.. 12 Diante da omissão voluntária da vítima, no que atine ao pólo passivo da relação processual criminal, ou seja, se o ofendido deixar, voluntariamente, de processar um dos 12 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
48 coautores, operar-se-á a renúncia em favor de todos (princípio da estensividade). O mesmo se diga no caso de perdão. É nesse sentido que deve versar o parecer do promotor. Se a omissão for involuntária, cabe a vítima aditar a queixa para incluir novos querelados, mas o promotor também pode aditá-la com essa finalidade. Essa é a posição prevalente na doutrina e na jurisprudência. Desse modo, pode-se dizer que a vítima não pode escolher quem vai processar, ou processa todos, ou não processa ninguém Princípio da intranscendência Os efeitos da queixa-crime só atingem o querelado. A ação penal não pode prejudicar terceiros Modalidades de ação penal privada São três os tipos de ação penal privada: Ação penal privada exclusiva ou propriamente dita, ação penal privada personalíssima e a ação penal privada subsidiária da pública. 48
49 Ação penal privada exclusiva ou propriamente dita A ação penal privada exclusiva pode ser titularizada pela vítima ou pelo seu representante legal, e mais, a nota característica desse tipo de ação é a possibilidade de sucessão processual no caso de morte ou ausência da vítima. Se a vítima morre ou é declarada ausente abre-se a sucessão processual, em ordem preferencial e taxativa. O primeiro legitimado é o seu cônjuge (companheira), na impossibilidade deste, o seu ascendente, depois o descendente, e por fim, o irmão Ação penal privada personalíssima Ao contrário do que ocorre na ação penal privada exclusiva, a personalíssima não admite sucessão processual, assim, somente a vítima pode exercer o direito de queixa-crime. Existe apenas um único caso no ordenamento jurídico brasileiro da ação penal privada personalíssima, consoante o disposto no art. 236 do CP, crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento ao casamento. Afora esse 49
50 caso, tal modalidade de ação penal privada não tem relevo algum. A vítima tem prazo decadencial de 06 meses para ofertar a queixa, mas a contagem é peculiar, não são 06 meses contados da ciência de autoria, conta-se 06 meses a partir do trânsito em julgado da sentença anulatória do casamento na esfera cível Ação penal privada subsidiária da pública Essa ação está prevista no rol de direitos e garantias fundamentais do art. 5º da CF/88, portanto, é uma cláusula pétrea. O cabimento da ação penal privada subsidiária da pública ocorre quando o Ministério Público é inerte, ou seja, se o promotor não oferece denúncia (ou não toma outra providência), a vítima pode ajuizar a queixa-crime substitutiva. Aliás, vale registrar que, se a vítima for a coletividade, como no crime de tráfico ou no crime contra o meio ambiente, não cabe ação subsidiária. Assim, o promotor deve, depois de receber os autos do inquérito policial: oferecer denúncia, requisitar diligências, requerer o arquivamento ou declinar do feito. Se o parquet 50
51 não toma nenhuma dessas atitudes, o ofendido pode oferecer a queixa substitutiva. Frise-se que, só caberá a ação subsidiária se o promotor não agir (inércia total). Por exemplo, se o membro do Ministério Público pedir o arquivamento, a vítima não pode fazer nada. O promotor, diante de uma queixa-crime substitutiva, não é mero expectador dos fatos, ele é protagonista, ao lado da vítima. Oferecida a queixa-crime substitutiva pela vítima, o juiz, antes de receber a inicial, deve abrir vista ao promotor, no prazo de 03 dias. O Ministério Público atua como interveniente adesivo obrigatório ou assistente litisconsorcial, sob pena de nulidade do processo. O promotor tem amplos poderes nesses casos. A lei privilegia a atuação do Ministério Público. Desse modo, diante da queixa substitutiva, o parquet poderá: a) propor provas. b) apresentar recurso. c) aditar a queixa-crime. Inclusive para lançar novos réus. d) retomar a ação penal. Se a vítima não der continuidade no processo o promotor pode retomar a titularidade 51
52 da ação penal. Por isso, fundamentalmente, na ação penal privada subsidiária da pública não existe perdão ou perempção. Os princípios aplicáveis são da ação pública, principalmente, o princípio da indisponibilidade da ação penal. Vacilando a vítima, o promotor retoma a titularidade da ação penal. e) repudiar a queixa. Aqui é preciso um cuidado especial, porque está como última alternativa, mas em verdade é uma prerrogativa do promotor quando ele entender que não foi desidioso ou que a queixa-crime é inepta. O repúdio pelo promotor, e, por conseguinte, o oferecimento da denúncia é denominada de denúncia substitutiva. Nessa pegada, vale registrar o ensinamento do douto Nestor Távora, que assevera sobre a atuação do promotor na ação penal privada subsidiária, verbis : Atuação do Ministério Público: o Parquet, na ação penal privada subsidiária, figura com interveniente adesivo obrigatório, atuando em todos os termos do processo, sob pena de nulidade (art. 564, III, d, CPP), tendo amplos poderes. Caberá ao MP dentre outras atribuições (art. 29, CPP): - aditar a queixa, até mesmo para lançar co-réu, afinal, em última análise, trata-se de crime de ação pública; - repudiar a queixa-crime apresentada, se entender que não foi desidioso, oferecendo em 52
53 substituição denúncia (denúncia substitutiva). Quando a vítima ingressa com a ação penal privada subsidiária, a petição inicial é a queixacrime substitutiva da denúncia que não foi apresentada. Por sua vez, quando o MP repudia a queixa, por entender que não houve omissão, a denúncia é substitutiva da queixa repudiada. Entendemos que o MP tem que fundamentar o repúdio, cabendo ao magistrado, concluindo que houve arbítrio do promotor e que a desídia existia, rejeitar o repúdio e a denúncia substitutiva, acatando a queixa-crime; - fornecer elementos de prova; - interpor recurso; - a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. A ação privada subsidiária é indisponível. Se o querelante sinalizar com o perdão ou for desidioso, tentando com isso ocasionar a perempção, será afastado, assumindo o MP dali por diante como parte principal. Restará ao querelante afastado habilitar-se como assistente de acusação.. 13 No que atine ao prazo para o ajuizamento da queixacrime substitutiva, ele é contado a partir do momento em que se esgota o prazo para o Ministério Público oferecer denúncia, com efeito, depois do 5º dia, se o réu estiver preso, ou, depois do 15º dia, se o réu estiver solto. 6º dia e 16º dia, respectivamente. 13 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar A. R. C. Curso de Direito Processual Penal. 2 ed. Salvador: Juspodivm p
54 Por fim, destaca-se que a perda do prazo para o oferecimento da denúncia não gera sanção pecuniária, à luz do princípio da irredutibilidade de vencimentos. 5. Questões especiais 5.1. Ação penal pública subsidiária da pública Era a possibilidade do Procurador-Geral da República oferecer denúncia diante da omissão do Procurador-Geral de Justiça, nos crimes de responsabilidade dos prefeitos, consoante o disposto no Decreto-lei 201/67. Tal instituto não foi recepcionado pela Constituição Federal, uma vez que não existe hierarquia entre o Ministério Pública Federal e o Ministério Público Estadual. A saída, nesse caso, inércia do Procurador-Geral de Justiça, é o ajuizamento de uma ação penal privada subsidiária da pública e a provocação administrativa ao colégio de procuradores para apurar a conduta do Procurador-Geral Ação penal secundária 54
55 É a possibilidade de um mesmo delito ser perseguido por ação penal pública ou ação penal privada, a depender das circunstâncias legais de cada caso. Isso era o que acontecia com os crimes sexuais, que em regra, eram de ação penal privada, mas de forma excepcional, dependendo das circunstâncias eram de ação penal pública. Frise-se que, atualmente, os crimes sexuais são de ação penal pública somente, não existe crime sexual de ação privada. O melhor exemplo de ação penal secundária ocorre nos crimes contra a honra, que em regra (primariamente), são de ação penal privada, no entanto nos crimes contra a honra de servidor público em razão de suas funções, secundariamente, são de ação penal pública condicionada à representação da vítima Ação penal adesiva É a possibilidade de litisconsórcio ativo facultativo entre o Ministério Público e o querelante quando houver conexão entre um crime de ação penal pública e um crime de ação penal privada. O querelante adere à ação penal do promotor, por isso, a ação penal adesiva. 55
56 5.4. Legitimidade concorrente (concurso de ações) Enuncia o verbete 714 da súmula do Supremo Tribunal Federal, verbis : Súm. 714 do STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. Desse modo, pode-se afirmar que o funcionário público vitimado em sua honra, em razão de suas funções, tem a possibilidade de escolher entre ajuizar uma queixa-crime ou oferecer uma representação. Assim, conclui-se que a legitimidade é concorrente entre o funcionário público e o Ministério Público Ação de prevenção penal A ação de prevenção penal, nada mais é, do que a ação ajuizada com o objetivo de aplicar uma medida de segurança ao inimputável. 56
57 Quadro sinóptico AÇÃO PENAL 1. Conceito a ação penal é um direito público subjetivo de pedir ao Estado- Juiz a aplicação do direito penal objetivo ao caso concreto. 2. Características autonomia, abstrato, subjetivo e público. 3. Condições da ação são requisitos legais para o exercício regular do direito de ação Modalidades possibilidade jurídica do pedido, legitimidade ad causam, interesse de agir e justa causa Possibilidade jurídico do pedido o pedido deve, ao menos em tese, ser admitido em nossa legislação, enfim, o pedido deve ser típico (formal e material) Legitimidade ad causam traduz a pertinência subjetiva da ação. Autor e réu. MP/querelante e acusado/querelado Interesse de agir interesse-necessidade, interesse-adequação e interesse-utilidade. A ação deve ser necessária. A ação deve ser o meio adequado. A ação deve obter um resultado útil. Obs: STF e STJ não acatam a tese da prescrição virtual Justa causa traduz o lastro probatório mínimo para deflagração da ação penal Carência da ação traduz a ausência de uma condição da ação. Art. 395, II e III, do CPP, a carência da ação gera a rejeição de denúncia ou queixa. Durante a fase processual, a carência da ação pode gerar a extinção 57
DIREITO PROCESSUAL PENAL I. Princípios que Regem o Processo Penal... 002 II. Lei Processual Penal e Sistemas do Processo Penal... 007 III. Inquérito Policial... 009 IV. Processo e Procedimento... 015 V.
Leia maisAÇÃO PENAL. Noções preliminares e conceito. Características:
AÇÃO PENAL Noções preliminares e conceito Características: 1 Condições para o exercício da ação penal 1.1 Condições genéricas a) Possibilidade jurídica do pedido Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada
Leia maisProfessor Wisley Aula 06
- Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA 1. PRINCÍPIOS a) PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE: presente
Leia maisTratado nos artigos a a do d o CP C. P
AÇÃO PENAL Tratado nos artigos 100 a 106 do CP. Conceito: Direito de exigir do Estado a aplicação da norma penal ao infrator. É o ius puniendi do Estado. CLASSIFICAÇÃO Conhecimento Cautelar Execução Art.
Leia maisProfessor Wisley Aula 07
- Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 5 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA 1. INTRODUÇÃO Querelante: autor Querelado: réu Queixa-crime:
Leia maisAÇÃO PENAL. PROF. VILAÇA
AÇÃO PENAL PROF. VILAÇA NETO @vilaca_neto Persecução Penal PERSECUÇÃO PENAL: Atividade estatal de perseguir/apurar o crime. Tem 2 etapas: Investigação preliminar + Ação Penal Investigação preliminar, em
Leia maisESPÉCIES DE AÇÃO PENAL
Ação Penal ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL 1) PÚBLICA a) Incondicionada b) Condicionada 2) PRIVADA a) Exclusivamente Privada; b) Subsidiária da Pública c) Personalíssima AÇÃO PENAL PÚBLICA Ação Penal Pública Incondicionada
Leia maisINICIO DA AÇÃO PENAL
AÇÃO PENAL INICIO DA AÇÃO PENAL OFERECIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA ART.24CPPeART.129,I,CF/88 REJEIÇÃO DA DENÚNCIA OU QUEIXA- APLICA-SE AO DIREITO AO CASO CONCRETO, RESPONDENDO AO PLEITO DO INTERESSADO.
Leia maisProfessor Wisley Aula 05
- Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 5 AÇÃO PENAL 1. CONCEITO É o direito público subjetivo de provocar o Estado-Juiz a
Leia maisAula 3: Ação Penal. Prof. Ma. Luane Lemos. São Luis,
Aula 3: Ação Penal Incondicionada Ação Penal Pública Condicionada Exclusiva À representação À requisição do MJ Privada Personalíssima Subsidiária da pública 4.1 Ação Penal Pública 4.1.2 Ação Penal Pública
Leia maisProf. Luis Fernando Alves
1 Prof. Luis Fernando Alves www.professorluisfernando.jur.adv.br 2 PARTE I - TEORIA 1º PASSO - COMPREENDENDO O PROBLEMA 1. DICAS INICIAIS 3 Compreensão do problema: é a partir dos dados nele contidos que
Leia maisAÇÃO PENAL. PÚBLICA Ministério Público denúncia PRIVADA
AÇÃO PENAL AÇÃO PENAL PÚBLICA Ministério Público denúncia PRIVADA 1 Art. 129 da Constituição da República: São funções institucionais do Ministério Público: I promover, privativamente, a ação penal pública,
Leia maisCondições da Ação Penal -Possibilidade jurídica do pedido A pretensão do autor deve referir-se a providência admitida pelo direito objetivo. Para que
AÇÃO PENAL Ação é o direito subjetivo de se invocar do Estado- Juiz a aplicação do direito objetivo a um caso concreto. Tal direito é público, subjetivo, autônomo, específico, determinado e abstrato (TOURINHO
Leia maisIUS RESUMOS. Ação Penal Parte II. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante
Ação Penal Parte II Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante SUMÁRIO I. AÇÃO PENAL PARTE II... 3 1. Ação Privada... 3 1.1 Princípios... 4 1.2 Modalidades... 5 2. Casos Especiais... 6 2.1 Crime contra
Leia maisAULA 08. Critérios utilizados pelo legislador para escolher que ação penal de um delito será privada.
Turma e Ano: Regular/2015 Matéria / Aula: Processo Penal Professora: Elisa Pitarro AULA 08 Ação penal privada Critérios utilizados pelo legislador para escolher que ação penal de um delito será privada.
Leia maisConteúdo: Ação Penal: Ação Penal Pública: Princípios, Espécies. Ação Penal Privada: Princípios, Espécies.
Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 07 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Ação Penal: Ação Penal Pública: Princípios, Espécies. Ação Penal Privada: Princípios, Espécies. 3.1
Leia maisProcesso Penal. Ação Penal Pública. Ação Penal Privada. conveniência / oportunidade. obrigatoriedade. disponibilidade mitigada.
Processo Pública x Privada obrigatoriedade indisponibilidade conveniência / oportunidade disponibilidade mitigada mitigada Art. 76 da Lei 9.099/95 Transação Art. 89 da Lei 9.099/95 Sursis Pública x Privada
Leia maisPROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM
PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM 1ª QUESTÃO José Augusto foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de receptação (Art. 180 do Código Penal pena: 01 a 04 anos de reclusão
Leia maisDireito Processual Penal CERT Promotor de Justiça 6ª fase
CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Processual Penal CERT Promotor de Justiça 6ª fase Período 2010-2016 1) CESPE Promotor de Justiça - MPE/TO - 2012 Jair, dirigindo de maneira imprudente, causou a
Leia maisCURSO Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará Nº 06
CURSO Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará Nº 06 DATA 30/08/2016 DISCIPLINA Direito Processual Penal PROFESSOR Rodrigo Bello MONITORA Marcela Macedo AULA 06 Ação penal Ação Penal 1. Teoria Geral
Leia maisAtos de Ofício Processo Penal. Professor Luiz Lima CONCURSO TJMG - BANCA CONSULPLAN
Atos de Ofício Processo Penal Professor Luiz Lima CONCURSO TJMG - BANCA CONSULPLAN Cargo Especialidade Escolaridade Vencimentos Oficial de apoio judicial Oficial Judiciário (Classe D) --- Conclusão de
Leia maisAção Penal continuação
Ação Penal continuação 7. Peças acusatórias A. Requisitos (art. 41 do CPP): Essenciais: narração do fato delituoso e qualificação do acusado; Acidentais: classificação legal do delito e rol de testemunhas
Leia maisDireito Processual Penal
Direito Processual Penal 01- Analise as assertivas a seguir: I. A incomunicabilidade, que não excederá de dez dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial,
Leia maisAula 15. Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
Página1 Curso/Disciplina: Direito Processual Penal Aula: Direito Processual Penal - 15 Professor (a): Marcelo Machado Monitor (a): Caroline Gama Aula 15 Ação Penal Privada Subsidiária da Pública 1. Previsão
Leia maisUNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS DEPARTAMENTO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PENAL I
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS DEPARTAMENTO DE DIREITO DISCIPLINA: DIREITO PENAL I EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE Acadêmico: Rafael Mota Reis EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE
Leia mais23/09/2012 PROCESSO PENAL I. Processo penal I
I 10ª -Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Processo penal I 2 1 CLASSIFICAÇÃO - Quanto ao titular; A ação penal pública é condicionada sempre que houver exigência de alguma observância formal à sua
Leia mais]âü áw ûé x T ûé cxçtä MARQUE CERTO ( C ) OU ERRADO ( E ) PARA AS QUESTÕES DE JURISDIÇÃO E AÇÃO PENAL
MARQUE CERTO ( C ) OU ERRADO ( E ) PARA AS QUESTÕES DE JURISDIÇÃO E AÇÃO PENAL 1 - (CESPE/Agente Penitenciário/1998) Embora a função jurisdicional seja função precípua do Poder Judiciário, não pode o juiz,
Leia maisDIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Ação Penal Militar Parte 3 Prof. Pablo Cruz Indisponibilidade O princípio da indisponibilidade, decorrência da obrigatoriedade, informa que uma vez instaurada a ação penal
Leia maisConteúdo: Ação Penal nos Crimes contra a Honra: Pedido de explicações, audiência de conciliação, exceção da verdade. Jurisdição: Conceito, Princípios.
Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 08 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Ação Penal nos Crimes contra a Honra: Pedido de explicações, audiência de conciliação, exceção da
Leia maisDIREITO PROCESSUAL PENAL
DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais JECRIM Parte 2 Prof. Gisela Esposel - Artigo 62 da lei 9099/95.
Leia maisSUMÁRIO. 1. DOS PRINCípIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 2. DO INQUÉRITO POLICIAL
SUMÁRIO 1. DOS PRINCípIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 1.1. Princípio do Devido Processo Legal, 15 1.2. Princípio do Contraditório, 16 1.3. Princípio da Ampla Defesa, 16 1.4. Princípio da Presunção de Inocência,
Leia maisMaterial Didático de Direito Penal n.5:
[Digite o nome da empresa] Material Didático de Direito Penal n.5: AÇÃO PENAL Produzido por Gisele Alves e Ieda Botelho 14 AÇÃO PENAL De acordo com Cleber Masson (2012, p. 833) a ação penal é o direito
Leia maisDIREITO PROCESSUAL PENAL
DIREITO PROCESSUAL PENAL www.monsterconcursos.com.br pág. 1 Preparam-se os cavalos para o dia da batalha, porém só Deus lhe dará Vitória A AÇÃO PENAL Na ação penal temos a) Ações de conhecimento: Declaratórias:
Leia maisDireito Penal. Da Ação Processual Penal
Direito Penal Da Ação Processual Penal Ação Processual Penal Conceito: - Poder ou direito de apresentar em juízo uma pretensão acusatória. Fundamento: - Princípio da inafastabilidade do poder jurisdicional
Leia maisCurso/Disciplina: Empurrão para Tribunais. Aula: Processo Penal para Tribunais 01. Professor (a): Leonardo Galardo Monitor (a): Amanda Ibiapina
Página1 Curso/Disciplina: Empurrão para Tribunais. Aula: Processo Penal para Tribunais 01. Professor (a): Leonardo Galardo Monitor (a): Amanda Ibiapina Nº da aula 01 1. AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA
Leia maisREINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL
REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL CARGOS: OFICIAL DE JUSTIÇA E ANALISTA JUDICIÁRIO FUNÇÃO JUDICIÁRIA PROVA OBJETIVA: 9.1.3. A Prova Objetiva será
Leia maisDIREITO ELEITORAL. Processo Penal Eleitoral. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues
DIREITO ELEITORAL Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues Código Eleitoral Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública. Ac.-TSE 21295/2003: cabimento de ação penal privada subsidiária
Leia maisa) descrição do fato em todas as suas circunstâncias;
DENÚNCIA Requisitos - art. 41 do CPP a) descrição do fato em todas as suas circunstâncias; O autor deve indicar na peça inicial, todas as circunstâncias que cercaram o fato...o processo penal do tipo acusatório
Leia mais4. AÇÃO CIVIL EX DELICTO 4.1 Questões
SUMÁRIO 1. APLICAÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 1.1 A lei processual no espaço 1.2 A lei processual no tempo (irretroatividade) 1.3 A lei processual em relação às pessoas 1.3.1 Imunidades 1.3.2 Imunidade
Leia maisAula nº 09. Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula 09 - Exercícios Comentados
Página1 Curso/Disciplina: Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula: Juizados Especiais Criminais Objetivo Aula 09 Professor(a): Elisa Pittaro Monitor(a): Analia Freitas Aula nº 09. Juizados Especiais
Leia maisMARATONA EOAB XXVIII EXAME. PROCESSO
MARATONA EOAB XXVIII EXAME PROCESSO PENAL @vilaca_neto CITAÇÕES CITAÇÃO: É o ATO PROCESSUAL utilizado para cientificar o acusado dos termos da denúncia ou queixa e chamá-lo ao processo para responder as
Leia maisIUS RESUMOS. Inquérito Policial Parte II. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante
Inquérito Policial Parte II Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante SUMÁRIO I INQUÉRITO PÓLICIAL PARTE II... 3 1. Destino do Inquérito Policial... 3 2. Novas diligências requeridas pelo Ministério
Leia maisDIREITO PROCESSUAL PENAL TRF3º-TJ--TRE/SP ROBERTO FERNANDES
1. AÇÃO PENAL: Inicia-se a FASE PROCESSUAL da persecução penal. 1.1. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL Art. 5º, XXXV da CF/88: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito Dessa
Leia maisJuizados Especiais Criminais
Direito Processual Penal Juizados Especiais Criminais Constituição Federal Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados,
Leia maisAÇÃO PENAL.
AÇÃO PENAL www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. CONCEITO E CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL... 4 Conceito...4 Condições Genéricas Da Ação...4 Condições Específicas da Ação... 5 Falta Das Condições da Ação... 5 Classificações...
Leia maisSumário CAPÍTULO I CAPÍTULO II
Sumário CAPÍTULO I Introdução ao processo penal... 17 1. Conceito e função do processo penal... 17 2. Ação. Processo. Procedimento... 18 3. Princípios do processo penal... 19 3.1. Devido processo legal...
Leia maisEDUARDO FARIAS DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL
EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL 1. Acerca da aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue. A legítima
Leia maisSumário. Capítulo 1 Introdução Capítulo 2 Processo Penal Capítulo 3 Ação Penal... 5
Sumário Capítulo 1 Introdução... 1 Capítulo 2 Processo Penal... 3 Capítulo 3 Ação Penal... 5 3.1. Considerações Gerais...5 3.1.1. Ação penal pública incondicionada...5 3.1.2. Ação penal pública condicionada
Leia maisProcesso Penal. Professor Luiz Lima CONCURSO TJSP - VUNESP
Processo Penal Professor Luiz Lima CONCURSO TJSP - VUNESP BLOCO II: Conhecimentos em Direito (24) Questões de português; (16) Questões de informática; (4) atualidades; (6) matemática; (40) questões: 1.
Leia maisCEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Processual Penal. Ação Penal TRF CERT 1ª FASE. Período:
CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Ação Penal TRF CERT 1ª FASE Período: 2010 2016 1) CONSULPLAN - PJ (MPE MG)/MPE MG/2012 Assinale a alternativa CORRETA. Impede o ajuizamento da ação civil para reparação
Leia maisProfessor Sandro Caldeira Concurso de Crimes
Professor Sandro Caldeira Concurso de Crimes Concurso de crimes Espécies: Concurso material artigo 69 do CP; Concurso formal artigo 70 do CP; Continuidade delitiva artigo 71 do CP Concurso de crimes Espécies:
Leia maisDIREITO AMBIENTAL. Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 3. Prof. Rodrigo Mesquita
DIREITO AMBIENTAL Responsabilidade ambiental Leis dos Crimes Ambientais-Lei nº 9.605/98 Parte 3 Prof. Rodrigo Mesquita A lei nº 9.605/98 tutela o direito de todos os homens possuírem o direito fundamental
Leia maisDIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Juiz, Auxiliares e Partes no Processo Penal Militar Parte 2 Prof. Pablo Cruz Suspeição entre adotante e adotado Art. 39. A suspeição entre adotante e adotado será considerada
Leia maisFaculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento Sumaríssimo. Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Procedimento Sumaríssimo Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017 PLANO DA AULA 1. Noções gerais 2. Infrações penais de menor potencial ofensivo
Leia mais- INQUÉRITO POLICIAL -
Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 04 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Inquérito Policial - INQUÉRITO POLICIAL - 4. INSTAURAÇÃO DO IP: a) Ação Penal Pública Incondicionada:
Leia maisSúmula vinculante 35-STF
Súmula vinculante 35-STF Márcio André Lopes Cavalcante DIREITO PROCESSUAL PENAL TRANSAÇÃO PENAL SÚMULA VINCULANTE 35-STF: A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz
Leia maisCurso/Disciplina: Direito Processual Penal Militar Aula: Revisão Criminal e HC Professor (a): Marcelo Uzeda Monitor (a): Tathyana Lopes.
Curso/Disciplina: Direito Processual Penal Militar Aula: Revisão Criminal e HC Professor (a): Marcelo Uzeda Monitor (a): Tathyana Lopes Aula 18 A respeito dos embargos infringentes e de nulidade, o artigo
Leia maisINQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO
INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO TERMO CIRCUNSTANCIADO TERMO CIRCUNSTANCIADO -Substitui o inquérito policial, é utilizado para crimes de menor potencial ofensivo (pena máxima
Leia maisProfessor Wisley Aula 04
- Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 1. INDICIAMENTO É atribuir a alguém a autoria de determinada infração penal na fase
Leia maisCapítulo 1 Introdução...1. Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5
S u m á r i o Capítulo 1 Introdução...1 Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5 2.1. Início do IP... 17 2.2. Indiciamento... 24 2.3. Identificação Criminal a Nova Lei nº 12.037/2009... 27 2.4. Demais Providências...
Leia maisJuizados Especiais Criminais Elisa Pittaro
Juizados Especiais Criminais Elisa Pittaro www.masterjuris.com.br 1-Godofredo tem a obrigação legal de cuidar de determinado idoso, mas o abandonou em um hospital conduta prevista no art. 98, do Estatuto
Leia maisQUESTÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL
QUESTÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL Sobre a ação penal, é correto afirmar: a) Na ação penal privada, se o ofendido for mentalmente enfermo e não tiver representante legal o direito de queixa poderá ser
Leia mais12/08/2012 PROCESSO PENAL II PROCESSO PENAL II
II 3ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 II Acessem!!!!!! www.rubenscorreiajr.blogspot.com 2 1 PROCESSOS E PROCEDIMENTOS PENAIS Forma padrão de procedimento - ordinário (art.395 a 405 CPP) Procedimento
Leia maisa) só poderia ordenar o arquivamento se houvesse requerimento do Ministério Público nesse sentido.
O concurso para o Tribunal Regional Federal da 1 região (TRF1) deverá acontecer ainda este ano. Embora não haja previsão para divulgação do edital, a preparação deve ser iniciada o quanto antes. Para auxiliar
Leia maisSUMÁRIO. Abreviaturas...
SUMÁRIO Abreviaturas.............................. II CAPÍTULO I - PARTE GERAL 1. Direito processual penal...... 14 2. Leis processuais brasileiras............... 14 3. Sistemas processuais......... 14
Leia maisXXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA
XXIII EXAME DE ORDEM PROCESSO PENAL PROF CHRISTIANO GONZAGA Princípios Devido Processo Legal Juiz Natural PRINCÍPIOS IMPORTANTES Ampla Defesa Presunção de Inocência Aplicação da lei processual Art. 2º,
Leia maisFaculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Sujeitos Processuais. Gustavo Badaró aula de
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Sujeitos Processuais Gustavo Badaró aula de 11.10.2016 1. Noções Gerais 2. Juiz PLANO DA AULA Peritos, interpretes e auxiliares da justiça 3. Ministério
Leia maisConteúdo: Procedimento na Lei de Drogas (Lei /06). Procedimento nos Crimes contra a Propriedade Material.
Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 19 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Procedimento na Lei de Drogas (Lei 11.343/06). Procedimento nos Crimes contra a Propriedade Material.
Leia maisDIREITO PROCESSUAL PENAL
DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais JECRIM Parte 3 Prof. Gisela Esposel - Da representação. - Artigo
Leia maisINCONDICIONADA TITULARIDADE:
AÇÃO PENAL Conceito: AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA TITULARIDADE: Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de
Leia maisProcedimento sumário.
Procedimento sumário. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO Devido processo legal PROCESSO E PROCEDIMENTO Inicialmente, é importante ressaltar
Leia maisProcedimento comum ordinário.
Procedimento comum ordinário. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO Devido processo legal PROCESSO E PROCEDIMENTO Inicialmente, é importante
Leia maisDIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal
DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumário Prof. Gisela Esposel - Do procedimento comum sumário: Procedimento comum sumário - Artigo 394, caput do CPP. O procedimento será comum
Leia maisTJ - SP Processo Penal NILMAR DE AQUINO
TJ - SP Processo Penal NILMAR DE AQUINO 1)Cabe recurso de apelação das decisões em que a) julgarem procedentes as exceções, salvo a de suspeição b) decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta
Leia maisDo Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado e Defensor, Dos Assistentes e Auxiliares da Justiça
Direito Processual Penal Do Juiz, Do Ministério Público, Do Acusado e Defensor, Dos Assistentes e Auxiliares da Justiça Juiz Art. 251: Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem
Leia maisDireito Processual Penal
Direito Processual Penal Ação Penal Professor Joeberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal AÇÃO PENAL PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 1. CONCEITO : é o direito de o Ministério Púbico,
Leia maisFaculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Correlação entre acusação e sentença. Gustavo Badaró aula de
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Correlação entre acusação e sentença Gustavo Badaró aula de 11.08.2015 1. Noções Gerais PLANO DA AULA 2. Distinção entre fato penal e fato processual penal
Leia maisProvas Juiz não pode proferir uma sentença condenatória somente com base nas provas coletadas na fase investigatória (art.
INQUÉRITO POLICIAL - Escrito (art. 9º do CPP) - Feito por órgãos oficiais - Conteúdo informativo, tendo valor probatório relativo - Inquisitivo - Sigiloso (art. 20 do CPP) Súmula Vinculante 14 STF: É direito
Leia maisMonitoria. 02. (DEFENSOR PÚBLICO) Com a morte do ofendido, o direito de oferecer queixa não passa para os ascendentes.
Monitoria 01. (DEFENSOR PÚBLICO) Em tema de ac ão penal privada, correto afirmar que: A) o perdão do ofendido independe de aceitac ão. B) o requerimento de instaurac ão de inquérito policial não interrompe
Leia maisNoções de Direito Processual Penal
TRF 4ª REGIÃO Noções de Direito Processual Penal Direito Processual Penal Felipe Faoro Bertoni @felipefaorobertoni felipe@fbps.adv.br TRF 4ª REGIÃO NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL Ação Penal: Ação Penal
Leia mais1. Sobre as medidas cautelares pessoais no processo penal, é correto afirmar que:
P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PROCESSUAL PENAL 1. Sobre as medidas cautelares pessoais no processo penal, é correto afirmar que: I - De acordo com o Código de Processo Penal, as
Leia maisProfessor Wisley Aula 19
- Professor Wisley www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 7 SUJEITOS NO PROCESSO PENAL 1. JUIZ A relação jurídica é composta de 3 sujeitos: Juiz,
Leia maisDIREITO ELEITORAL. Processo penal eleitoral Parte 2. Prof. Roberto Moreira de Almeida
DIREITO ELEITORAL Processo penal eleitoral Parte 2 Prof. Roberto Moreira de Almeida Competência Regra geral A competência da Justiça Eleitoral, inclusive a criminal, nos termos do caput do art. 121 da
Leia maisPROCESSO E PROCEDIMENTO PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE
PROCESSO E PROCEDIMENTO PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE PROCEDIMENTO E DEVIDO PROCESSO LEGAL Quando a lei fixa um procedimento, o juiz deve observá-lo (como regra), ainda que haja concordância das
Leia maisDireito Processual Penal. Aula demonstrativa. Prof. Aurélio Casali
Direito Processual Penal Aula demonstrativa Prof. Aurélio Casali 1 (SEJUS/PI 2017) Quanto a lei processual no tempo, marque a alternativa CORRETA. a) Um processo que tiver sido encerrado sob a vigência
Leia maisProcedimento especial: crimes contra a propriedade imaterial
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Procedimento especial: crimes contra a propriedade imaterial Gustavo Badaró aula de 15 de setembro de 2015 PLANO DA AULA 1. Noções gerais 2. Procedimento
Leia maisAULA 06. O artigo 7º da lei de 51 é compatível com a constituição?
Turma e Ano: regular/2015 Matéria / Aula: Processo Penal Professora: Elisa Pitarro AULA 06 Continuação de Inquérito Policial Se o juiz discordar do pedido de arquivamento ele deverá aplicar o artigo 28
Leia maisMARATONA EOAB XXVII EXAME. PROCESSO
MARATONA EOAB XXVII EXAME PROCESSO PENAL @vilaca_neto INQUÉRITO POLICIAL Características ESCRITO INQUISITIVO SIGILOSO DISPENSÁVEL DISCRICIONÁRIO INDISPONÍVEL OFICIAL OFICIOSO AUTORITARIEDADE INQUÉRITO
Leia maisDIREITO PROCESSUAL PENAL
DIREITO PROCESSUAL PENAL 2008 IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Todos os direitos
Leia maisUNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES
2007/1 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES Disciplina: DIREITO PROCESSUAL PENAL I Curso: DIREITO Código CR PER Co-Requisito Pré-Requisito
Leia maisIUS RESUMOS. Da Ação Civil Ex Delicto. Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante
Da Ação Civil Ex Delicto Organizado por: Max Danizio Santos Cavalcante SUMÁRIO I DA AÇÃO CIVIL EX DELICTO... 3 1. Noções introdutórias... 3 1.1 Modalidades de ação civil ex delicto... 4 2. Legitimidade...
Leia maisDIREITO PROCESSUAL PENAL
DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal dos Juizados Especiais Criminais JECRIM Parte 4 Prof. Gisela Esposel - Do procedimento Sumaríssimo. Artigo 77 e seguintes da Lei 9099/95 - Recusada a transação,
Leia maisAula 10. Qual o vício quando o Ministério Público oferece denúncia em face de agente que possui apenas 17 anos?
Turma e Ano: Regular 2015 / Master B Matéria / Aula: Direito Processual Penal / Aula 10 Professor: Elisa Pittaro Monitora: Kelly Soraia Aula 10 NULIDADES EM ESPÉCIE Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes
Leia maisPODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 4ª Câmara de Direito Criminal
Correição Parcial nº 2194554-13.2014.8.26.0000 Origem: DIPO 4/Barra Funda Corrigente: MINISTÉRIO PÚBLICO Corrigido: MM. Juiz de Direito do Departamento de Inquéritos Policiais da Capital DIPO 4 Voto nº
Leia maisExtinção da Punibilidade
Extinção da Punibilidade Denison Machado Oliveira Fabricio Nunes da Costa João Carlos Ramos Pinheiro Júnior Jonh Climaco Rodrigues Marques Kaio de Araújo Flexa Luiz Eduardo Monteiro da Silva Luiz Carlos
Leia maisSUMÁRIO. Capítulo 5 Inquérito policial (arts. 4º a 23 do cpp) 5.1 Conceito
SUMÁRIO Introdução Capítulo 1 PRINCÍPIOS INFORMADORES DO PROCESSO PENAL 1.1 Devido processo legal (due process of law) ou justo processo 1.2 Publicidade dos atos processuais 1.3 Presunção de inocência,
Leia maisCENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ
AULA X DIREITO PENAL II TEMA: AÇÃO PENAL PROFª: PAOLA JULIEN O. SANTOS AÇÃO PENAL INTRODUÇÃO Ação Penal, faculdade que tem o Poder Público de, em nome da sociedade, apurar a responsabilidade dos agentes
Leia maisANA CRISTINA MENDONÇA GEOVANE MORAES PENAL PRÁTICA 2ª FASE
ANA CRISTINA MENDONÇA GEOVANE MORAES PENAL PRÁTICA 2ª FASE 2017 2 QUEIXA-CRIME 1. INTRODUÇÃO O presente assunto tem muita importância para a prática penal. Em virtude disso, inicialmente, será abordado
Leia maisDIREITO PROCESSUAL PENAL
DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum ordinário Parte II Prof. Gisela Esposel - 3- Citação do acusado para apresentar a resposta à acusação : - Artigo 396 A do CPP. Na resposta,
Leia mais