Plano de Insolvência de. SOLMATE Comércio de materiais de construção, S.A.

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1 Plano de Insolvência de SOLMATE Comércio de materiais de construção, S.A. Processo N.º 748/12.7TYLSB 3º Juízo do Tribunal do Comércio de Lisboa Apresentação pelo devedor de acordo com Art. 193.º do CIRE (Decreto-Lei 53/2004 de 18-03, redacção do Decreto-Lei 200/2004 de 18-08)

2 Índice 1. Enquadramento da empresa e das razões que determinaram a insolvência 1.1. Apresentação da empresa História Caracterização da empresa Causas da Situação de insolvência 2. Descrição da situação patrimonial, financeira e reditícia da insolvente (al. a) do nº 2 do Art. 195.º do CIRE) 2.1. Situação actual da empresa Departamento Comercial Direcção Financeira Recursos Humanos Património 2.2. Enquadramento Macroeconómico e Sectorial 3. Objectivos do Plano de Insolvência (al. b) do nº 2 do Art. 195.º do CIRE) 3.1. Objectivos e estratégias a implementar 3.2. Medidas necessárias à execução 3.3. Alterações decorrentes do Plano, para as posições jurídicas dos credores 4. Impacto espectável do Plano, por comparação 5. Reestruturação do passivo e planos de pagamentos 5.1. Créditos Laborais 5.2. Fazenda Nacional 5.3. Segurança Social 5.4. Créditos Garantidos 5.5. Créditos Comuns 5.6. Créditos Subordinados 5.7. Créditos sob condição suspensiva e resolutiva 5.8. Outras condições 6. Fiscalização do Plano de Insolvência 7. Anexos Anexo 1 - Estudo de Viabilidade Económica e Financeira 1 Conta de Exploração previsional Demonstração previsional de fluxos de caixa Demonstração de resultados previsional Balanço previsional Anexo 2 - Situação Patrimonial da empresa Demonstrações Financeiras Individuais Exercício 2011 Balancete Analítico actualizado 1 Os documentos a que se refere o Anexo 1 protestam-se juntar no prazo de 30 dias, em virtude de se aguardar o encerramento definitivo das contas da empresa, bem como a certificação legal das mesmas. 2

3 1 - Enquadramento da empresa e das razões que determinaram a insolvência 1.1. Apresentação da Empresa 1. História A sociedade Solmate Comércio de materiais de Construção, S.A. iniciou a sua actividade em Julho de 1988, tendo a sua sede na Urb. Lapinha, lote 15 segunda fase, lojas A e B. Em Março de 1990 mudou a sua sede para a Est. Nacional 125 Marateca Chinicato em Lagos. A empresa foi constituída com o Capital Social de 1500 contos (7.481,97 euros) e inicialmente, contando com um quadro de 3 funcionários (sendo um o sócio-gerente). Nos três primeiros anos de actividade a empresa registou um crescimento exponencial das suas vendas. Em 1995 deu-se o primeiro aumento de capital social, que passou então a ser de contos ( ,53 euros). Até 1999 a gerência da empresa apostou numa forte política de fidelização de clientes, no reforço da sua imagem e na prestação de um bom serviço pós venda, em detrimento do crescimento acelerado das vendas. Em 1999 deu-se um novo aumento de capital social, que passou então a ser de contos (261868,90 euros). Nesta altura a empresa contava com um quadro de 19 pessoas (sendo um o sócio-gerente) e o seu volume de vendas tinha crescido cerca de 43% face ao ano de Em 2001 deu-se um novo aumento de capital social, passando para EUR ,00 (quinhentos e um mil euros). Neste ano, o armazém de mercadorias mudou a sua localização (que até essa data se encontrava junto da sede) para o Sargaçal (actualmente com 5000 m2), em Lagos. Em 2002 abriu a nova exposição de materiais, com 900 m2, junto à sede. Em 2003 a empresa passou de sociedade por quotas para sociedade anónima tendo-se verificado um novo aumento de capital, passando para EUR ,00 (um milhão e duzentos mil euros). Em Novembro de 2005, o Armazém e Loja de canalização passaram para o Armazém Geral no Sargaçal. A 21 de Julho de 2006, a Solmate obtém a Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, pela Q.S.C.B. Quality System Certification Bureau, segundo a Norma NP EN ISO 9001:2000, no 3

4 âmbito da Comercialização e Distribuição de Produtos para a Construção Civil, com o Certificado de Conformidade C Em Dezembro de 2006, efectuou uma Fusão por incorporação da empresa SOLPROM, detentora dos Armazéns do Sargaçal. Em Dezembro de 2007, mudaram-se os escritórios centrais para junto dos armazéns e dos escritórios da Logística, no Sargaçal. Em Março de 2008, dois dos accionistas transmitiram as suas acções à Empresa Solmate II, SGPS, Lda. Nesse mesmo anos, a Solmate adquiriu 50% da Empresa Comunical, Empreendimentos Turísticos e Imobiliários, Lda. Em 2008 a imagem da Solmate sofreu ainda alterações - nova frase, imagem associada e o Logótipo mudou de cores (azul acinzentado em vez do laranja). Em 2009, a Administração começou a ponderar a possibilidade da empresa alargar o seu negócio a outros mercados emergentes. Em 21 de Julho de 2009, a empresa renovou a Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, segundo a Norma NP EN ISO 9001:2008, com o Certificado C Ainda neste ano, a empresa mudou de sistema informático, de SAP para Xsoft. Abriu também uma Loja em Loulé e alterou o seu Capital Social para EUR ,00 (um milhão de euros). Em Julho de 2010 a empresa mudou de Organismo Certificador e assinou contrato com a TUV Rheinland. Nesse mesmo ano, mudou de Técnico Oficial de Contas. No final de 2011, por força da queda da facturação e da conjuntura sócio económica, encerrou a Loja de Loulé. Apesar do fecho, mantiveram-se as relações comerciais com alguns Clientes. Em Abril de 2012, o capital social foi reduzido para 195 mil euros, estando associado a um único Administrador Eduardo Santana. Nessa mesma data, foi alterada a morada da sede social para Av. Miguel Bombarda, nº 70, 1º piso, letra F, Lisboa, de modo a diversificar os mercados da Solmate, tendo com consideração a redução da actividade verificada na área geográfica e de negócio da Solmate. No dia 24 de Abril foi pedida Insolvência com Recuperação Económica. 4

5 2. Missão A Solmate tem por missão comercializar produtos (equipamentos, materiais e ferramentas) para a construção civil de forma a: oferecer uma adequada relação qualidade preço; satisfazer as necessidades e expectativas intrinsecas e extrinsecas dos seus clientes; gerar riqueza para os seus investidores; contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos seus colaboradores. 3. Visão A Solmate é uma empresa conceituada e reconhecida pela qualidade e pela capacidade técnica dos seus profissionais. Pretende recuperar a solidez e estabilidade económica para os difíceis anos que se avizinham. 4. Política da Qualidade A política da qualidade da Solmate visa a satisfação dos seus clientes através de uma boa oferta de produtos tendo como orientação a Visão da Administração que se empenha em que a empresa esteja comprometida com: o cumprimento dos requisitos assumidos (do cliente, internos, normativos e legais) a redução de falhas e defeitos; a reutilização e posterior encaminhamento de resíduos para destino adequado, numa perspectiva de preservação do meio ambiente; a optimização dos resultados em função da satisfação das pessoas que nela trabalham; a optimização dos recursos; e a melhoria contínua da eficácia do seu sistema de gestão. 5

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7 Caracterização da empresa A Solmate é detida em 100% pela Solmate II, SGPS, Lda. a qual é, pos sua vez, detida por Eduardo Santana, administrador da Solmate. A Solmate dedica-se, essencialmente, à compra e venda de materiais de construção em Portugal, tendo exercido a sua actividade nos últimos anos, essencialmente, na Região do Algarve. A Solmate é uma referência regional na comercialização de materiais de construção, quer em termos organizacionais quer em termos de instalações de exposição de produtos. Exercendo a sua actividade com um grande rigor e exigência, podendo ser considerada uma referência e uma escola de boas práticas. Não obstante, e tendo em consideração o clima económico existente que afecta de forma relevante toda a cadeia de valor do sector imobiliário, o volume de facturação da Requerente tem vindo a diminuir e os recebimentos previstos não se têm concretizado em resultado da insolvência de diversos clientes Causas da situação de insolvência A Solmate, em 2009, 2010 e 2011 teve uma facturação de, respectivamente, ,73, ,97 e ,76, tendo a facturação vindo a diminuir de forma significativa desde o mês de Novembro de Acontece que as entradas de dinheiro na tesouraria da Solmate não têm correspondido ao valor da facturação da Solmate, fruto dos incumprimentos, moras de pagamento e insolvências de alguns clientes da Solmate, resultantes do ambiente económico em que vivemos. O não pagamento à Solmate de produtos vendidos por esta fez com que a Solmate recorresse a financiamentos bancários para necessidades de fundo de maneio, com os respectivos encargos bancários associados. Desde 2008 até à presente data, já foram declarados insolventes 40 clientes da Solmate, que originou o não recebimento definitivo pela Requerente de facturação no valor de ,49. Refira-se, em particular, o pedido de insolvência da FDO apresentado em Fevereiro de 2012, que determinou o não recebimento de ,83. 7

8 Em resultado das imparidades reconhecidas por dívidas de clientes incobráveis, dos custos de pessoal da Solmate, dos custos financeiros que têm vindo a aumentar significativamente nos últimos anos e da forte redução de vendas iniciada em Novembro de 2011, a Solmate apresentou em 2011 um resultado líquido negativo de ,99, tendo procedido em consequência à redução do seu capital social de ,00 para ,00, mediante deliberação da Assembleia Geral da Solmate e através de cobertura de prejuízos acumulados. Finalmente, não obstante o Balanço da Solmate evidenciar a 31 de Dezembro de 2011 um capital próprio positivo de ,25, de acordo com a certificação legal das contas de 2011 da Solmate, emitida pelo respectivo Fiscal Único, o capital próprio pode estar sobreavaliado em ,00, em resultado do saldo da rubrica imparidades de saldos de clientes constituída de acordo com critérios fiscais poder ser insuficiente naquele montante, considerando também de difícil recuperabilidade um crédito existente sobre a Solmate II, SGPS, Lda., no valor de ,37, referente a um financiamento conferido pela Solmate à Solmate II, SGPS, Lda. destinado ao investimento na internacionalização da Solmate e ao financiamento da actividade da Solmate II, SGPS, Lda. Em resultado da situação exposta, a Solamte já iniciou um processo de redução de custos da sua estrutura, tendo realizado um procedimento de despedimento colectivo em Março de 2012, de modo a adaptar a sua estrutura ao actual mercado e à sua capacidade de compra e venda de materiais de construção, estando a procurar diversificar as suas áreas de negócio. Sem prejuízo da administração da Solmate já ter iniciado um processo de reestruturação, revela-se essencial para o sucesso do mesmo que este seja realizado através do presente processo de insolvência, tendo em consideração a pressão de tesouraria existente e o facto da Solmate não conseguir fazer face à totalidade das responsabilidade vencidas e vincendas. A situação de pressão de tesouraria acima relatada levou a uma situação de insolvência actual da Solmate verificada em Abril de Sem prejuízo da situação de insolvência actual em que a Solmate se encontra, esta considera que reúne todas as condições para continuar a sua actividade, através de um processo de ajustamento e reestruturação da empresa, orientando todas as suas vendas para clientes cujo risco de crédito seja reduzido ou inexistente, privilegiando-se pagamentos a pronto pagamento. Tal reestruturação passará por uma redução dos custos de estrutura, por uma maior selecção de clientes, pela procura de novas geografias e pela prestação de serviços de valor acrescentado 8

9 associados à compra e venda de materiais de construção, o que levará a uma provável diminuição da facturação da Requerente, mas a uma correspondência real entre facturação e recebimentos. 2 - Descrição da situação patrimonial, financeira e reditícia da insolvente (al. a) do nº 2 do Art. 195.º do CIRE) 2.1. Situação actual da empresa Actualmente e após declaração de insolvência, a Solmate, mantém a sua actividade diária corrente com todas as suas responsabilidades cumpridas, nomeadamente os impostos, contribuições para a Segurança Social e salários, encontrando-se contudo sujeita a restrições e constrangimentos diversos decorrentes da sua situação financeira, existindo uma grande dificuldade em gerir fornecedores e clientes mediante a declaração de insolvência, o que, nesta fase, torna a tesouraria bastante debilitada e sem boas perspectiva antes de aprovado o Plano de Insolvência agora apresentado. Refira-se que a notícia da insolvência da empresa, tanto no seio de fornecedores como de clientes, tem claramente consequências que em nada favorecem o normal funcionamento da empresa que, exige nesta fase um esforço de gestão redobrado, sendo esta a altura em que efectivamente se evidencia a credibilidade que a sua Administração tem perante estas entidades que, se pode considerar, um dos principais activos da empresa. Não pode também deixar de se referir que as linhas de crédito que habitualmente são utilizadas na gestão financeira da empresa, estão actualmente comprometidas e facilmente se poderá concluir que esforço dos credores terá também de atingir as instituições financeiras que não poderão deixar de apoiar a empresa e a sua tesouraria de curto prazo. Por seu turno, também a situação reditícia, ou seja, a capacidade que a empresa possui de gerar lucro, de criar riqueza, está também dependente da aprovação do Plano, podendo contudo concluir-se que mesmo assim a actividade não é actualmente deficitária, mas está longe da velocidade cruzeiro que se espera possa atingir, e que permitirá cumprir o que agora se propõe aos credores. Como se verá ao longo do presente documento, é entendimento desta administração e em função das causas da situação de insolvência, que a empresa tem capacidade de recuperação com a aprovação do Plano ora apresentado, e pode, no futuro, gerar lucros e a honrar os seus compromissos, pagando aos seus credores da forma ora proposta. 9

10 Departamento Comercial O Departamento Comercial da Solmate, nesta data, está a ser gerido e coordenado directamente pela sua administração, tendo a Solmate mantido a relação com os seus clientes após a declaração de insolvência, sendo essencial para o sucesso do presente plano de insolvência a manutenção da loja da Solmate aberta ao público, uma vez que parte relevante da sua facturação é proveniente de vendas directas realizada a clientes que se deslocam a essa loja Direcção Financeira A Solmate irá manter os procedimentos organizacionais e de controlo de gestão existentes na empresa, os quais permitem avaliar ao dia o estado financeiro da empresa, permitindo, dessa forma, a rigorosa implementação do plano de insolvência que se propõe pelo presente Recursos Humanos Ainda antes de se apresentar à insolvência, a Solmate promoveu em Março de 2012 um despedimento colectivo para ajustar a sua estrutura de custos fixos ao volume de facturação estimado. Sem prejuízo, e tendo em consideração que o volume de facturação continua a diminuir, a Solmate irá iniciar um novo processo de despedimento colectivo, em Junho de 2012, de modo a que a estrutura de pessoal da Solmate fique reduzida a 13 trabalhadores, sendo estes os adequados e essenciais à implementação do plano de insolvência. 10

11 Património A empresa possui património circulante e imobilizado, devidamente descriminado nos documentos integrantes do anexo 2, concretamente o Balancete Geral Analítico e Demonstrações Financeiras individuai, que em resumo totalizam os seguintes montantes: Descrição ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS (Leasings excluídos) Valor Aquisição Valor Contab. Terrenos e Recursos Naturais , ,00 Edifícios e Outras Construções , ,51 Valor espectável de Liquidaçao / Recuperação ,00 Equipamento Básico , , ,00 Equipamento de Transporte , , ,00 Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo , , ,00 Taras e Vasilhame Imobilizações em Curso , , ,00 Outras Imobilizações Corpóreas , , ,00 Total dos Activos Fixos Tangíveis , , ,00 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Propriedade Industrial e outros activos , ,00 - Total dos Activos Fixos Tangíveis , ,00 - PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS Termate (100%) ,00 Comunical (50%) - Emacor ACE - Fundo de Garantia ,00 Emacor ACE - Fundo de Tesouraria ,00 Total das participações financeiras ,00 VALORES A RECEBER DAS PARTICIPADAS (suprimentos) Termate ,00 Comunical ,00 Total de suprimentos ,00 CLIENTES Clientes Conta Correntes ,00 Clientes titulos a receber ,00 Ajustamentos de Clientes ,00 Total de Clientes ,00 INVENTÁRIOS Mercadorias ,00 Provisão para deprecição de existências ,00 Total de Clientes ,00 Total do património da empresa ,00 11

12 2.2. Enquadramento Macroeconómico e Sectorial Enquadramento Macroeconómico As projecções do Banco de Portugal apontam para uma contracção da economia portuguesa em 2011 e 2012, seguida de uma virtual estagnação em Esta contracção da actividade económica, a qual não tem precedente na economia portuguesa, traduz uma queda significativa da procura interna, tanto pública como privada, num quadro de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos básicos. A forte contracção da procura interna é acompanhada por um crescimento significativo das exportações, o qual não é no entanto sufi ciente para compensar o impacto do ajustamento dos níveis de procura por parte dos agentes residentes, num quadro de desalavancagem do sector privado e consolidação orçamental. No quadro da crise da dívida soberana na área do euro, a economia portuguesa intensificou em 2011 o inadiável processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados ao longo dos últimos anos. Estes desequilíbrios tinham-se traduzido em necessidades de financiamento externo persistentes e elevadas e, consequentemente, numa trajectória insustentável da posição de investimento internacional. Num contexto de fortes tensões nos mercados financeiros internacionais, estes desequilíbrios constituem uma vulnerabilidade da economia portuguesa, que contribuiu para a perda de acesso do sector público e, em consequência, do sector bancário a financiamento de mercado em condições regulares. Deste modo, o Estado português solicitou assistência financeira junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia. Este pedido deu lugar à formalização de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), em que o Governo de Portugal se comprometeu a adoptar medidas de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de carácter estrutural. Estas medidas visam assegurar condições indispensáveis ao aumento do potencial de crescimento da economia portuguesa e permitir um padrão de crescimento sustentável face ao novo quadro de funcionamento dos mercados financeiros internacionais, mas têm um inevitável efeito contraccionista no curto prazo. Assim, as projecções para o período apontam para uma contracção sem precedente da actividade económica e da procura interna, acompanhada de uma redução substancial do desequilíbrio externo da economia portuguesa. Atendendo ao nível de endividamento externo atingido, a redução da procura interna necessária para assegurar as condições de solvabilidade externa da economia portuguesa tem uma magnitude sem precedente. O seu impacto sobre a actividade económica dependerá em larga medida do enquadramento externo da economia portuguesa. 12

13 Ao nível interno, a projecção do Banco de Portugal é fortemente condicionada pela adopção de medidas de consolidação orçamental no âmbito do Orçamento de Estado para 2012 (OE2012). A composição da despesa agregada da economia alterar-se-á significativamente ao longo do horizonte de projecção. As condicionantes de origem interna implicarão uma queda da procura interna privada, que traduz uma contracção sem precedente do consumo privado, em particular do consumo de bens duradouros, depois de um período prolongado de crescimento acima do PIB, e do investimento privado (tanto empresarial como residencial). A queda acumulada do volume de consumo público no período será da ordem de 7.5 por cento, contrastando com o aumento persistente registado no passado. Ao longo deste período, assume-se a continuação da redução das despesas de investimento das Administrações Públicas. Em sentido contrário, as exportações deverão manter um crescimento próximo do considerado para a procura externa dirigida à economia portuguesa, sendo mesmo a única componente da procura agregada a registar taxas de crescimento positivas ao longo de todo o horizonte de projecção. Esta alteração da composição da despesa agregada traduz-se numa posição próxima do equilíbrio da balança corrente e de capital em 2013, a qual é fundamental para assegurar as condições de solvabilidade da dívida externa, um dos requisitos necessários para o regresso da posição de investimento internacional a uma trajectória sustentável. A inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) deverá manter-se em níveis elevados em 2012 e descer para próximo de 1 por cento em As projecções do Banco de Portugal apontam para que a contracção da actividade económica em 2011 tenha sido menos pronunciada que a antecipada no Boletim Económico do Outono. Esta revisão traduz uma evolução da actividade no segundo semestre menos desfavorável do que a antecipada, com destaque para a revisão em alta do crescimento das exportações. Para 2012 perspectiva-se uma maior contracção da actividade económica, decorrente da reavaliação da queda da procura interna e das medidas de consolidação incluídas no OE2012. Adicionalmente, a revisão em baixa do crescimento económico mundial implicou uma revisão não negligenciável da procura externa, com impacto na evolução das exportações. Em termos prospectivos o enquadramento internacional incorpora uma significativa desaceleração da actividade económica mundial em 2012, num quadro de recente recrudescimento das tensões nos mercados financeiros internacionais, decorrente, em larga medida, da intensificação da crise da dívida soberana na área do euro. Esta evolução implica um expressivo abrandamento da procura externa dirigida às empresas portuguesas em 2012, que deverá recuperar de forma significativa em

14 As condições de financiamento da economia portuguesa deverão manter-se restritivas, sendo marcadas pelo processo de desalavancagem gradual e ordenado do sector bancário e pela redução dos níveis de endividamento de famílias e empresas. A informação disponível sobre a evolução recente da economia portuguesa aponta para que a actividade económica tenha contraído 1.6 por cento em Esta evolução traduz uma queda generalizada das componentes da procura interna, que contrasta com um crescimento significativo das exportações no período (cerca de 8 por cento). No mesmo período, o consumo privado caiu 3 por cento. De destacar ainda a magnitude de redução do consumo público, após anos consecutivos de aumento expressivo. Não obstante o aumento das exportações, a redução da procura interna traduziu-se numa queda da procura agregada, induzindo uma significativa redução das importações de bens e serviços, em particular devido ao elevado conteúdo importado das componentes da procura que registaram quedas mais expressivas. As perspectivas para a procura externa publicadas no Boletim de Dezembro de 2011 do Banco Central Europeu (BCE) apontam para um abrandamento expressivo da procura externa dirigida às empresas portuguesas em 2012 (de 4.7 por cento em 2011 para 3.2 por cento em 2012), seguido de um aumento de 5.7 por cento em O abrandamento da procura mundial em 2012 decorre do recrudescimento das tensões financeiras internacionais associado inter alia à crise da dívida soberana na área do euro e da consequente necessidade de ajustamento dos desequilíbrios das contas públicas num conjunto mais alargado de países na área do euro. As condições de financiamento da economia portuguesa deverão manter-se restritivas. O processo de desalavancagem do sector bancário deverá continuar, implicando a manutenção de condições de concessão de crédito restritivas, em linha com o observado ao longo dos últimos meses. Prevê-se a manutenção das taxas de juro Euribor em níveis médios claramente inferiores aos observados no período imediatamente anterior à eclosão da crise económica e financeira internacional. O processo de consolidação orçamental em curso afectará negativamente o crescimento da economia portuguesa, mas deverá criar condições para um crescimento sustentável no longo prazo. No conjunto de medidas do lado da receita com impacto em 2012, é de salientar a passagem de um conjunto de bens e serviços que estavam sujeitos a taxa reduzida ou intermédia para a taxa normal do IVA, incluindo o efeito remanescente do aumento do IVA sobre a electricidade e o 14

15 gás a partir de 1 de Outubro de 2011, a que acresce a introdução de portagens nas SCUTs e o aumento das taxas moderadoras na saúde. O OE2012 contempla ainda um aumento da tributação directa sobre as famílias e as empresas, nomeadamente através da redução ou eliminação de benefícios fiscais e o agravamento da tributação dos rendimentos empresariais. De entre as medidas do lado da despesa é de destacar a suspensão diferenciada e progressiva dos subsídios de férias e de Natal para os funcionários públicos, a não actualização das tabelas de remunerações, a par da manutenção do corte dos salários aplicado em 2011 e da redução do número de efectivos da Administração Pública. Oferta, procura e contas externas As projecções apontam para a manutenção do quadro recessivo que caracterizou a economia Portuguesa ao longo de 2011, no contexto do ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos que a marcaram ao longo da última década. Assim, perspectiva-se uma redução do PIB de 3.1 por cento em 2012 e um crescimento de apenas 0.3 por cento em 2013 (após uma contracção de 1.6 por cento em 2011), acompanhada por uma expressiva contracção da procura interna. Esta evolução da actividade económica em Portugal determinará um afastamento do produto per capita face à média da área do euro. A redução continuada da procura interna, tanto pública como privada, até final do horizonte de projecção e o crescimento das exportações implicam uma redução do peso da procura interna no PIB. Este padrão de despesa contribuirá para a redução significativa do défice externo crónico que caracterizou a economia portuguesa ao longo da última década. A contracção da actividade económica projectada para o total da economia em 2012 deverá ser extensível aos sectores privado e público. Em 2013, a actividade no sector público deverá continuar a retrair, determinada pelo processo de consolidação orçamental, ao passo que a actividade no sector privado deverá apresentar um aumento ao longo do ano, ainda que de magnitude limitada. É de salientar contudo que o sector de bens e serviços transaccionáveis - indústria transformadora e actividades do sector de serviços orientadas para a exportação deverá beneficiar do aumento da procura externa dirigida à economia portuguesa em 2013, que tenderá a compensar, ainda que parcialmente, a contracção da procura interna. Por seu turno, a evolução da actividade nos sectores da construção e de serviços não transaccionáveis será determinada pela forte contracção da procura interna. Relativamente ao mercado de trabalho, contempla-se uma redução do emprego de 1.8 e 0.6 por cento, respectivamente em 2012 e 2013 (queda de 1.0 por cento em 2011), que resulta de 15

16 efeitos contemporâneos e desfasados da evolução da actividade económica. Em 2012 a magnitude da contracção do emprego será relativamente similar nos dois sectores - público e privado - ao passo que em 2013 será mais intensa no sector público. Desta forma, o contributo do factor trabalho para a evolução do PIB deve manter-se negativo. Estima-se que o contributo do stock de capital para o crescimento do PIB também seja negativo, cerca de 0.2 p.p. nos dois anos, dada a acentuada quebra do investimento. Por fim, espera-se que o contributo da produtividade total de factores para o crescimento do PIB passe de -1.8 p.p. em 2012 para +0.9 p.p. em Esta evolução da produtividade total dos factores sugere uma redução na intensidade de utilização dos factores em 2012, seguida de um aumento em 2013, num quadro de contínua queda do emprego em termos médios anuais. As projecções apontam para uma diminuição do consumo privado de 6.0 por cento em 2012 e de 1.8 por cento em 2013 (queda de 3.6 por cento em 2011), o que corresponde a uma queda acumulada de 11.0 por cento no período Esta redução é determinada por uma queda da mesma ordem de grandeza do rendimento disponível real das famílias, num quadro caracterizado por condições de financiamento restritivas, que dificultarão o alisamento do consumo e deverão implicar alguma reestruturação dos balanços das famílias. Desta forma, o consumo privado, que cresceu a um ritmo similar ao registado na área do euro no período e a um ritmo superior em , deverá apresentar uma forte queda, que contrasta com o aumento antecipado na área do euro. A evolução do rendimento disponível real será marcada quer pelas medidas de consolidação orçamental quer pela redução do emprego e contenção salarial. Num contexto de manutenção de condições especialmente adversas no mercado de trabalho, em particular com um forte aumento do desemprego, perspectiva-se uma redução das remunerações reais no sector privado, sendo particularmente acentuada em A redução significativa do rendimento disponível deverá tornar activas as restrições orçamentais intertemporais para um maior número de famílias, aumentando consequentemente a proporção de agregados familiares com restrições de liquidez activas. Neste contexto, espera-se uma subida gradual da taxa de poupança média das famílias no período , não só devido à poupança forçada associada às amortizações do crédito, em particular à habitação, mas também por motivos de precaução. De facto, a situação no mercado de trabalho deverá ampliar a incerteza quanto à evolução do rendimento e da riqueza futura das famílias, constituindo um travão adicional para a evolução do consumo privado. 16

17 A componente de consumo de bens duradouros deverá reduzir-se muito mais intensamente nesta fase de retracção da actividade económica, apresentando uma marcada evolução prócíclica que será mais pronunciada devido à maior restritividade no acesso ao crédito ao consumo. A redução acumulada do consumo de bens duradouros no período deverá ser superior a 40 por cento. Por seu turno, o consumo de bens não duradouros deverá também registar uma contracção sem precedentes. As exportações de bens e serviços devem manter-se como a única componente da procura agregada com variação positiva ao longo do horizonte de projecção. Em concreto, espera-se um abrandamento muito pronunciado em 2012 (de 7.3 por cento em 2011 para 4.1 por cento em 2012), e uma aceleração para 5.8 por cento em A evolução projectada para as exportações segue de perto o crescimento da procura externa. Ao nível das componentes, é expectável um padrão de crescimento relativamente similar para as exportações de mercadorias e para as de serviços. Por fim, constata-se que o padrão de comportamento das exportações de bens e serviços tem seguido uma trajectória de evolução similar à média da área do euro. Por sua vez as importações de bens e serviços deverão cair significativamente em 2012, após a queda estimada para 2011, e crescer ligeiramente em Esta evolução das importações é largamente determinada pela contracção da procura interna, em particular das componentes com maior conteúdo importado. As necessidades de financiamento externo da economia portuguesa, medidas pelo saldo conjunto das balanças corrente e de capital em percentagem do PIB, devem reduzir-se no horizonte de previsão de um défice de 6.8 por cento do PIB em 2011 para 1.6 por cento em 2012, esperando-se um ligeiro excedente em 2013 (0.8 por cento). Este processo de redução do desequilíbrio externo da economia portuguesa ocorre no contexto de uma expressiva queda da procura interna, traduzindo a desalavancagem gradual e ordenada do sector privado bem como a redução progressiva do défice do sector público - combinada com a manutenção de uma procura externa relativamente dinâmica. A redução projectada das necessidades de financiamento externo traduz uma diminuição expressiva do défice da balança de bens e serviços em percentagem do PIB, de 3.7 por cento em 2011 para excedentes de 0.3 e 2.4 por cento respectivamente em 2012 e A redução do défice da balança comercial reflecte essencialmente a evolução do volume das exportações e das importações, uma vez que o efeito dos termos de troca é negligenciável. O défice da balança de rendimentos deverá reduzir-se marginalmente em 2012 e adicionalmente em

18 para um nível próximo de 5.5 por cento do PIB, não obstante a deterioração da posição de investimento internacional. Por sua vez, o excedente conjunto da balança de transferências correntes e de capital em percentagem do PIB deverá registar uma melhoria temporária, em linha com as hipóteses para as transferências da União Europeia. Preços e salários Os preços no consumidor, medidos pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), deverão apresentar um crescimento médio de 3.2 por cento em 2012, valor próximo do esperado para 2011 (3.6 por cento), seguido de um abrandamento muito pronunciado em 2013 (1.0 por cento). A relativa estabilidade da taxa de inflação em 2012 resulta da combinação de uma aceleração dos preços da componente não energética (de 2.3 por cento para 2.7 por cento), com um forte abrandamento da componente energética (de 12.8 por cento para 6.1 por cento). De acordo com os principais determinantes macroeconómicos evolução globalmente favorável dos custos unitários de trabalho no sector privado e dos preços das importações seria expectável um nível de inflação claramente inferior a 2 por cento em No entanto, o conjunto de medidas discricionárias de âmbito orçamental com impacto significativo nos preços implica uma projecção para a inflação em 2012 acima de 3 por cento. O actual cenário macroeconómico prevê uma desaceleração muito pronunciada dos custos unitários de trabalho e dos preços de importações de bens não energéticos, assim como do preço do petróleo em euros no horizonte de projecção. A evolução dos salários no sector privado, um dos principais determinantes dos preços no consumidor, deverá ser condicionada pela continuada deterioração das condições no mercado de trabalho redução de emprego em termos líquidos e aumento da taxa de desemprego para níveis historicamente elevados - no actual contexto de retracção pronunciada da actividade económica. Conclusões A evolução da economia portuguesa ao longo do horizonte de projecção será indelevelmente marcada pelo processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos estruturais, no contexto do PAEF acordado com a União Europeia, os países da área do euro e o Fundo Monetário Internacional. A redução dos níveis de endividamento de famílias e empresas, em conjugação com o processo de desalavancagem gradual e ordenada do sector bancário, é essencial para garantir o contributo do sector privado para a recuperação da actividade económica no médio prazo. O sistema bancário, enquanto intermediário financeiro com um relacionamento privilegiado com 18

19 os clientes, deverá canalizar os recursos financeiros disponíveis para as empresas financeiramente viáveis e com planos de negócio sustentáveis no médio e longo prazo, contribuindo por esta via para uma reestruturação eficiente do sector empresarial. A implementação de reformas estruturais deve ser acelerada de forma a promover a competitividade da economia portuguesa e a concorrência nos mercados de trabalho e do produto, reduzir os custos de contexto da actividade empresarial e aumentar a qualificação da população activa. Pela sua natureza, estas medidas não têm um impacto imediato, pelo que protelar a sua implementação atrasará a recuperação da economia e impedirá que a economia portuguesa acompanhe a fase ascendente do ciclo económico global. O equilíbrio entre as medidas destinadas à correcção dos desequilíbrios macroeconómicos estruturais, com efeitos contraccionistas no curto prazo, e as reformas estruturais, que visam o aumento do crescimento potencial e a criação de emprego, é fundamental para assegurar um ajustamento eficiente e rápido da economia portuguesa. Estas condições são indispensáveis ao sucesso do processo de ajustamento económico e financeiro e à construção de um paradigma económico que promova o crescimento de forma sustentável em Portugal Enquadramento Sectorial De acordo com a análise de conjuntura do sector de construção divulgada pela Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção, o quarto trimestre do ano 2011 foi particularmente negativo para a atividade da construção, tendo-se verificado um aumento da intensidade de deterioração em todos os indicadores. Com efeito, o índice de produção no sector da construção e obras públicas caiu 8,8% no quarto trimestre de 2011 quando comparado com trimestre anterior. A diminuição foi de 6,95% no segmento de obras de engenharia e de 10,92% no segmento de construção de edifícios. Em termos homólogos, a redução superou mesmo a observada no terceiro trimestre, tendo-se verificado uma diminuição de 12,64% no índice total da produção na construção e obras públicas (contra 10,71% no trimestre anterior), o que correspondeu a uma diminuição de 12,22% na construção de edifícios e de 13,16% nas obras de engenharia. A diminuição observada na evolução trimestral do licenciamento de obras revela, também, uma maior intensidade. O número de edifícios licenciados no terceiro trimestre de 2011 diminuiu 5,96% quando comparado com o trimestre anterior (5,5% no terceiro trimestre), ao mesmo tempo que a variação homóloga registou uma diminuição de 12,29%. Por sua vez, o número total de fogos 19

20 licenciados em construções novas para habitação familiar registou uma variação trimestral de - 10,45% (-8,31% no trimestre anterior). A construção nova de habitação permanece em queda acentuada, tendo sido emitidas licenças de construção para apenas 3581 fogos, a nível nacional, contra 3999 no trimestre anterior, a que corresponde uma variação homóloga de -33,82% e uma variação média anual de -30,2% (que compara com -19,87% e -26,1%, respetivamente, no terceiro trimestre). No total, o número de fogos para habitação licenciados durante o ano de 2011 foi inferior a 17 mil, o que constitui o mínimo desta série, iniciada em 1995 e que atingiu o seu máximo em 1999, ano em que foram licenciados cerca de 120 mil fogos. De assinalar que 2011 foi o 12º ano consecutivo de quebras no licenciamento de fogos. O subsector da reabilitação, que vinha mostrando há dois trimestres consecutivos alguma resistência à crise, foi também afetado, tendo o número de licenças de obras de reabilitação registado um decréscimo no trimestre de 4,71% (de 2363 para 2264), mantendo-se mesmo assim positivas, quer a variação homóloga que se cifrou em 2,35%%, quer a variação média no último ano que atingiu os 3,6%. O número de licenças de obras de reabilitação já representa 39,5% do total das licenças, embora tal se fique a dever mais à diminuição das obras novas do que ao aumento da reabilitação Mas, talvez o melhor indicador de todos seja mesmo a evolução das vendas de cimento para o mercado interno que, desde meados de 2008 não pararam de baixar. Ao longo de 2011 a variação homóloga trimestral foi mesmo a mais negativa de sempres, atingindo no quarto trimestre uma redução de 21,1%. Esta contração da atividade do setor exprimiu-se, também, ao nível do emprego, tendo, só a construção, perdido 23 mil postos de trabalho, no quarto trimestre de O futuro próximo não trará, infelizmente melhorias, antes pelo contrário. Com o crédito à habitação muito dificultado (passou de 1,2 milhões de Euros/mês em 2007 e 2008, para cerca de 200 milhões de Euros/mês no final de 2011) e o crédito para promoção e construção completamente bloqueado, a atividade nos próximos meses deverá reduzir-se ainda mais. E, se em 2011, o valor dos concursos abertos tinha registado um decréscimo (-29%) face ao ano anterior, as novas obras públicas foram adiadas e muitas das que estão em curso sofreram interrupções por falta de financiamento. As autarquias, responsáveis por uma fatia importante deste segmento, encontram-se, na sua maioria, em grave situação financeira o que inviabilizará, nomeadamente em face da legislação recente (Lei 8, de 2012), que venham a assumir 20

21 compromissos num prazo de tempo porventura longo. Nos dois primeiros meses de 2012, as quebras nos concursos abertos cifravam-se já em -64%, em valor, relativamente ao período homólogo, enquanto as quebras nos adjudicados atingiram os -37%. Obras Licenciadas O número de edifícios licenciados no quarto trimestre de 2011 diminuiu 5,96% quando comparado com o trimestre anterior. A variação homóloga registou uma diminuição na ordem dos 12,29%. Edifícios Licenciados A variação média anual no trimestre em análise foi de -9,9%. Edifícios Licenciados O número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar registou uma variação trimestral de -10,45%. A variação homóloga atingiu os -33,82% e a variação média anual foi de 30,2%. Licenciamento de Obras No que diz respeito ao número de licenças de obras, verificou-se um decréscimo, em termos trimestrais, de 4,71%. Licenças para Obras de Reabilitação A variação homóloga das licenças para obras de reabilitação no quarto trimestre manteve-se, todavia, positiva (2,35%), assim como a variação anual média (3,6%). Produção na Construção e Obras Públicas O índice de produção no sector da construção e obras públicas revelou uma diminuição de 8,80% no quarto trimestre do ano de 2011 quando comparado com trimestre anterior. A diminuição verificou-se no segmento de obras de engenharia em 6,95% e no segmento de construção de edifícios em 10,92%. Em termos homólogos, verificou-se uma diminuição de 12,64% no índice total da produção na construção e obras públicas, o que correspondeu a uma diminuição de 12,22% na construção de edifícios e de 13.16% nas obras de engenharia. Índice de Produção na Construção e Obras Públicas 21

22 A variação média anual no índice de produção total foi de -9,85%, verificando-se uma quebra de 10,12% no sector dos edifícios e de 9,69% nas obras de engenharia. Vendas de Cimento No quarto trimestre de 2011 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno diminuíram, em termos homólogos, 21,1%. De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, a confiança no sector da construção desceu face ao trimestre anterior, fixando-se nos -62,8 (valor mais baixo dos últimos 4 anos). Emprego No último trimestre do ano de 2011, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga de -11,99% e uma taxa de variação trimestral de -4,38% relativamente ao trimestre anterior. A variação média nos últimos 12 meses terminados em dezembro foi de -10.1% (-9,3% em setembro). Remunerações No quarto trimestre de 2011, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga de -8,71%, e uma variação trimestral de 3,00% relativamente ao terceiro trimestre. A variação média nos últimos 12 meses terminados em dezembro foi de -5,8% (-5,2% em setembro). Taxas de Juro A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação atingiu em dezembro o valor de 2,720%, o que traduz um acréscimo mensal de 0,015 pontos percentuais face ao mês de novembro. Em dezembro, as taxas de juro implícitas nos contratos para Aquisição de Habitação aumentaram p.p., comparativamente com o mês anterior, para 2.736%. Em ambos os Regimes de Crédito observou-se uma tendência crescente das taxas de juro, passando para 2,676% no Regime Geral (0,015 p.p. superior ao nível do mês anterior) e para 3,010% no Regime Bonificado Total (acréscimo de 0,019 p.p.). 22

23 Inquérito de Conjuntura promovido pela Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção (4.º Trimestre de 2011) - Vendas diminuem novamente para a maioria das empresas - Nível de Atividade permanece fortemente negativo - Queda das Vendas Homólogas atinge mais fortemente as empresas retalhistas - Prevê-se aprofundamento da recessão no 1º trimestre de 2012 Apreciação Global Como se esperava, os negócios das empresas do setor voltaram a diminuir no último trimestre do ano e de forma ainda mais intensa que nos períodos anteriores. A percentagem de empresas que registou quebras de vendas face ao trimestre anterior foi de 55%, ligeiramente inferior à observada no trimestre anterior, mas o saldo negativo das respostas extremas no item vendas foi bastante superior (-52,5%, contra -47,6% no 3º Trimestre), tendo ficado, todavia, um pouco abaixo do que se previa (-56,1%). Tal ficou a dever-se a uma maior diminuição do número de empresas que afirmaram o aumento das vendas (2,5%, o que compara com os 8,7% registados no trimestre anterior). A percentagem de empresas que afirmou ter diminuído as existências (29,2%) voltou a ficar bastante aquém da percentagem dos que viram reduzir as vendas, verificando- se as habituais dificuldades de ajustamento dos stocks ao nível de actividade, com reflexos negativos na rentabilidade e na tesouraria. No que respeita ao comportamento relativo dos subsectores armazenista e retalhista, apesar de continuarem a partilhar uma evolução de sentido negativo, voltaram a apresentar diferenças significativas, sobretudo no indicador vendas homólogas. De facto, as empresas retalhistas, com exceção da correção do nível de existências que se mostrou mais coerente com a variação das vendas, evidenciaram uma degradação mais acentuada em todos os outros indicadores. Em especial, os retalhistas registaram, no indicador vendas homólogas, um total de respostas (100%) no sentido da diminuição, enquanto os armazenistas registaram um saldo negativo de 55%. 23

24 Os resultados relativos aos preços de venda, parecem continuar a revelar uma menor sensibilidade dos armazenistas à concorrência e a sua evolução negativa, no conjunto, deve ser considerada preocupante já que continua a verificar-se uma forte pressão inflacionista nos preços dos mais diversos bens e serviços em Portugal, nomeadamente nos combustíveis. Assim, pelo segundo trimestre consecutivo, os preços de venda apresentaram um sentido de descida, apesar de menos intenso que no período anterior. A tendência de diminuição dos preços foi mais ou menos generalizada, à exceção dos seguintes grupos de produtos: tintas, vernizes e colas, perfis, caixilharias e acessórios e tetos e divisórias. Os grupos de produtos que revelaram maior pressão no sentido da descida dos preços de venda foram telhas, tijolos e outros produtos de barro vermelho e grés e azulejos, ladrilhos e mosaicos. Apesar da evolução do setor medida por todos os indicadores ser clara e fortemente negativa, a intensidade de agravamento foi mais reduzida no último trimestre, salvo no caso das vendas e das vendas homólogas. No caso das existências, esta menor intensidade, ainda que signifique um menor desinvestimento em stocks, não tem uma leitura necessariamente positiva, uma vez que, porque não acompanhou a variação do número de respostas que afirmaram a diminuição das vendas, poderá ter implícita uma diminuição da rentabilidade e maiores dificuldades de tesouraria. No que diz respeito à variação das apreciações sobre o nível de atividade face ao trimestre antecedente, verificamos uma enorme diferença entre os dois subsetores, não obstante a percentagem global das respostas que referem a sua deterioração seja semelhante à apurada no 3º trimestre. De fato, enquanto entre os armazenistas houve uma clara diminuição do número de respostas que classificaram como mau o nível de atividade realizado, verificou- se que entre as empresas retalhistas foram as respostas que haviam considerado bom o nível de atividade no trimestre anterior que não se repetiram. A situação mais preocupante e ao mesmo tempo que melhor ilustra a contínua redução do mercado dos materiais de construção, resulta da leitura da evolução do indicador vendas homólogas, que desde o 4º Trimestre de 2010 vem apresentando, de forma sistemática, um comportamento mais desfavorável, indiciando que as quebras de vendas face ao mesmo período do ano anterior são, trimestre após trimestre, sentidas por um cada vez maior número de empresas. 24

25 O saldo negativo das respostas extremas observado neste 4º trimestre de 2011 foi de -75,7% (contra - 70,7% no trimestre anterior), percebendo-se que são cada vez em menor número as empresas que têm conseguido evitar a diminuição do respetivo volume de negócios. A confirmá-lo está o aumento registado na percentagem das empresas que afirmou ter diminuído as vendas face ao período homólogo do ano anterior. Foram 83,8% (contra 80,5% no segundo trimestre). Entretanto, apenas 8,1% das empresas afirmou o aumento das vendas face ao trimestre homólogo (9,8% no trimestre anterior). As expectativas para o primeiro trimestre de 2012 são novamente negativas, se bem que exprimam um menor pessimismo, até porque, em termos de sazonalidade, o último trimestre do ano tem sido historicamente o pior período do ano. Na verdade, não é de esperar outra coisa que não seja a retração do mercado e a diminuição das vendas, acompanhando a forte recessão que a economia portuguesa está a atravessar e que se deverá agravar ao longo de, pelo menos, os primeiros seis meses de Se tomarmos em linha de conta que a evolução do licenciamento de obras é um indicador que permite antecipar a evolução dos trabalhos de construção e a venda de materiais de construção, então as estatísticas oficiais só podem significar que, nos próximos meses, não poderemos esperar outra coisa que não seja redução de atividade. De fato, em dezembro de 2011 foram licenciados 997 fogos em construção nova, o que traduz uma quebra de 42% face ao período homólogo. Sublinhe-se que, até à presente data, não havia qualquer registo de se terem licenciado menos de mil fogos num mês. No cômputo do ano, foram licenciados fogos em construção nova o que revela uma quebra de 32,2%, face a Em termos de área licenciada na construção de edifícios para habitação, a quebra em 2011 foi de 1.627m2, em termos homólogos. O subsector da reabilitação pese o seu enorme potencial, também não irá contribuir, no curto prazo, para alterar a situação do setor já que o número de licenças de obras de reabilitação registou no último trimestre de 2011, inclusive, um decréscimo, em termos trimestrais, de 4,71%, não obstante se manterem ligeiramente positivas, quer a variação homóloga que se cifrou em 2,35%, quer a variação anual média que atingiu os 3,6%. As perspetivas para os próximos meses, por isso, afiguram-se ainda mais negativas, se atendermos também ao aumento do desemprego e da tributação dos imóveis, bem como às crescentes restrições ao crédito, em especial para aquisição de habitação. 25

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