REGRAS DE INSTALAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE TUBAGENS. Sistemas de Tubagem para Instalações de Água em Edifícios Hospitalares
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- Maria das Graças Amélia da Mota Sanches
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1 REGRAS DE INSTALAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE TUBAGENS Sistemas de Tubagem para Instalações de Água em Edifícios Hospitalares
2 REGRAS GERAIS Cuidados a ter com o transporte e armazenamento de tubagens ou quaisquer outros elementos destinados ao fabrico de sistemas prediais de distribuição de água Os sistemas deverão ser executados em conformidade com as especificações regulamentares aplicáveis, os requisitos do projecto, as regras contidas neste documento, bem como as recomendações dos fabricantes dos diferentes tipos de tubagens 2
3 No traçado das redes de distribuição de água deverão ser tidos em consideração os seguintes aspectos: Preferencialmente, as tubagens deverão ser montadas Nas em zonas exteriores ao edifício podem ser instaladas em valas, paredes ou caleiras devendo-se considerar aspectos como o clima da região 3
4 As canalizações não deverão desenvolver-se sob elementos de fundação, em zonas de acesso difícil, ou ser embutidas em elementos estruturais ou em pavimentos (admite-se esta última situação nos casos de tubagens flexíveis protegidas por magas), em chaminés ou condutas de ventilação O traçado das canalizações deverá ser constituído por troços rectos, com trajectórias horizontais e verticais (com excepção dos sistemas de PER instalado com manga de protecção), ligados entre si através de acessórios apropriados (salvo as situações que a seguir se enumerarão) 4
5 Sempre que o traçado das redes não seja de molde a evitar a acumulação de ar no interior das tubagens e a facilitar a sua saída, deverá equacionar-se a necessidade da instalação de purgas de ar Em tubagens que possibilitem a sua dobragem (em que seja possível prescindir de acessórios para execução mudanças de direcção, como por ex.: cobre em rolo, PER e sistemas Multicamadas) Na opção dos percursos deverá optar-se pelos percursos de menor dimensão Tubagens destinadas ao transporte de água quente 5
6 Deverá prever-se a instalação de válvulas de seccionamento Nas tubagens destinadas à distribuição de água quente, deverá prever-se a aplicação de isolantes térmicos envolventes Os ramais de ligação deverão ser instalados a uma profundidade 0,8 m, que pode ser reduzida para 0,5 m nas zonas não sujeitas a circulação viária 6
7 As tubagens deverão ser identificadas de acordo com o tipo de água transportada, em conformidade com a normalização portuguesa aplicável Em tubagens que disponham de isolamento térmico, ou quaisquer outros revestimentos, a identificação quanto ao tipo de água transportada, deverá ser aposta sobre este As tubagens, quando não embutidas, deverão ficar instaladas de modo a garantir um afastamento mínimo de 0,05 m entre si e o elemento de suporte 7
8 No caso de tubagens instaladas em caleiras, e sempre que se verifique a possibilidade de para as mesmas poderem ser encaminhas águas de lavagem ou outras, deverão estas dispor de sistema de drenagem de modo a evitar o contacto e eventual contaminação da água transportada pelas tubagens aí instaladas As tubagens deverão ser instaladas e/ou fixadas, de modo a que não fiquem sujeitas a quaisquer constrangimentos, salvo os previstos No atravessamento de elementos estruturais ou outros, deverá ficar assegurada a não ligação das tubagens a estes No caso de atravessamentos em que se pretenda evitar através dos mesmos a propagação de eventuais incêndios, as juntas deverão ser seladas com materiais que possuam características intumescentes 8
9 PROTECÇÃO E REVESTIMENTOS (isolamento térmico) As tubagens destinadas ao transporte de água potável fria não devem ficar sujeitas a significativos gradientes térmicos O isolamento térmico das tubagens assume especial relevância quando se trata do transporte de água quente, para reduzir o gradiente entre a temperatura da água à saída do dispositivo de aquecimento e a sua chegada ao dispositivo de utilização, ou no seu regresso ao dispositivo de aquecimento 9
10 A temperatura da água quente na distribuição, quando destinada a fins domésticos e sanitários i 60 ºC e 50 ºC nas unidades d de produção e acumulação, entre os 70 e os 80 ºC Outros factores a considerar serão a possível influência na temperatura (ambiente e eventuais queimaduras por contacto) O isolamento das tubagens deve ser abrangente, incluindo i acessórios de união e zonas de suporte ou amarração. 10
11 Admite-se o não isolamento térmico dos ramais de alimentação dos aparelhos sanitários, devido à sua reduzida dimensão linear. Os produtos a utilizar no isolamento térmico das tubagens (por ex.: coquilhas de polietileno) devem ser imputrescíveis não corrosíveis resistentes aos microrganismos resistentes à humidade ter em conta os aspectos inerentes do comportamento ao fogo referidos (ponto 5) quando sujeitos a acções extremas, deverão ser protegidos de modo a evitar a sua degradação ou envelhecimento, de acordo com as indicações do fabricante (por ex.: aplicação de revestimento exterior de folha de alumínio). 11
12 O Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização dos Edifícios Espessura do isolante (mm) Diâmetro exterior do Temperatura da água (ºC) tubo (mm) Água fria Água quente 0,1 a 10 > a a 100 D < D < < D < < D < > Exceptuam-se destes requisitos as tubagens destinadas à distribuição de água quente sanitária sem circulação permanente em anel, em edifícios de habitação sem sistema de produção centralizado e eventualmente, situações diferenciadas para tubagens enterradas As espessuras indicadas no quadro são válidas para isolamentos com condutibilidade térmica de referência de 0,040 W/(m.K) 12
13 Quando as tubagens estejam instaladas no exterior, os valores das espessuras indicadas no deverão ser incrementados de 10 ou de 20 mm, respectivamente para tubagens transportando água quente ou água fria. 13
14 JUNTAS DE DILATAÇÂO Quando as tubagens ficam sujeitas a significativos gradientes térmicos (com maior relevância para as tubagens destinadas ao transporte de água quente), verifica-se: a variação das suas dimensões o reajustamento no seu posicionamento (o qual é geralmente acompanhado da produção de ruídos e da eventual introdução de tensões) estes efeitos podem ser atenuados ou evitados, através da inserção de juntas de dilatação 14
15 Nas situações de tubagens embutidas, sempre que as suas dimensões lineares o justifiquem As mudanças de direcção das tubagens também poderão ser consideradas como zonas de absorção das variações das suas dimensões lineares Preferencialmente e, sempre que existam juntas de dilatação nas edificações com direcção transversal ao desenvolvimento das tubagens, dever-se-ão instalar nessas zonas juntas de dilatação das tubagens 15
16 Os tipos de juntas de dilatação mais vulgarmente utilizados, são constituídas por: braços de dilatação liras tipo telescópico, devendo este último, ser considerado como a solução preferencial 16
17 AFASTAMENTO ENTRE ELEMENTOS DE SUPORTE OU AMARRAÇÃO (abraçadeiras) Nas situações de não-embutimento, as tubagens deverão ser fixadas através de elementos de suporte ou amarração (abraçadeiras) As abraçadeiras deverão ser dotadas de anéis de elastómero ou de outro material com propriedades elásticas e dieléctricas 17
18 RAIOS DE CURVATURA DAS TUBAGENS Na ligação entre os diversos troços de tubagem e nas mudanças de direcção deverão utilizar-se os métodos de união preconizados pelos respectivos fabricantes Alguns tipos de tubagens, como sejam as de cobre em rolo, as de polietileno reticulado, multicamadas e polibutileno, possibilitam que em algumas situações, se possa prescindir de acessórios de união para obtenção das mudanças de direcção, através da sua dobragem As dobragens deverão ser efectuadas com raios de curvatura amplos, em função dos diâmetros das tubagens, de forma a evitar a redução das suas secções, bem como a eventual introdução de tensões nessas zonas 18
19 DISPOSITIVOS DE PROTECÇÃO E DE SECCIONAMENTO DOS SISTEMAS Nos sistemas prediais de distribuição de água, deverá prever-se a instalação de válvulas de seccionamento à entrada dos ramais de distribuição a montante de purgadores de ar nos ramais de introdução a montante e a jusante dos contadores nas entradas das diferentes instalações sanitárias nos ramais de alimentação de autoclismos nos ramais de alimentação de equipamento de lavagem nos ramais de alimentação fluxómetros nos ramais de alimentação equipamentos destinados à produção de água quente quaisquer outros em que seja previsível a necessidade de corte no abastecimento de água para eventuais operações de manutenção ou reabilitação 19
20 Todos os equipamentos ligados a redes de água destinada ao consumo humano e, sempre que nos mesmos seja previsível a alteração das características da água fornecida, deverão os ramais que os alimentam ser munidos de dispositivos de protecção, do tipo válvula de retenção Todos os sistemas ou partes dos sistemas, em que se torne previsível a degradação da água, quer por estagnação, quer por contacto com meios eventualmente contaminantes 20
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