O PROJECTO EUROPEU UMA EUROPA FORTE

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1 União Geral de Trabalhadores O PROJECTO EUROPEU UMA EUROPA DESENVOLVIDA FORTE MAIS SOCIAL Projecto financiado com o apoio da Comissão Europeia. A informação contida nesta publicação (comunicação) vincula exclusivamente o autor, não sendo a Comissão responsável pela utilização que dela possa ser feita.

2 INTRODUÇÃO A UGT tem procurado fomentar espaços de reflexão e de debate sobre o futuro da Europa, nomeadamente em domínios como o reforço da cidadania, o aprofundamento da construção europeia, o alargamento, o reforço e modernização do Modelo Social Europeu e a Europa Social. Os trabalhadores e os sindicatos têm participado de forma activa, empenhada e inovadora na construção europeia colocando uma forte ênfase na necessidade de um projecto europeu que promova de forma equilibrada o progresso económico e o progresso social, ou seja que promova uma Europa forte e mais social. É neste contexto que a UGT, e uma vez mais com o apoio da Comissão Europeia, desenvolve este projecto procurando manter vivos os debates e reflexões sobre aquelas matérias e incorporar também os mais recentes desenvolvimentos. 1

3 I. PORQUÊ UMA EUROPA SOCIAL? A Europa Social representa nos dias de hoje uma realidade que, pelas suas características, importa implementar e reforçar. Apesar das fortes diferenças que hoje existem na União Europeia em termos de modelo social sobretudo agora numa União a 25 - as bases da Europa social resultam de algo que todos os Estados-membros partilham: a existência de serviços públicos fortes, de um alto nível de protecção social, de segurança social e de saúde, do reconhecimento dos direitos dos trabalhadores, do reconhecimento dos sindicatos e dos parceiros sociais, de um alto nível de diálogo social e de um sistema desenvolvido de relações de trabalho. Por conseguinte, estamos convictos que se pode e deve falar de um modelo social europeu e ainda convictos que a estratégia de desenvolvimento e de progresso da União se deve fazer por via de um reforço da dimensão social do Projecto Europeu. A resolução dos problemas económicos tem de andar a par com a dos problemas sociais e o equilíbrio entre estas duas dimensões faz parte integrante do Contrato Social que se foi desenvolvendo ao longo dos anos na construção do mercado único. Obviamente que esta visão implica necessariamente um quadro comum para uma sólida legislação europeia. É certo que a União Europeia e os seus Estados-membros têm vindo a ser confrontados com novos desafios riscos e oportunidades num quadro mundial cada vez mais dinâmico, competitivo e globalizado, muito marcado por um paradigma neo-liberal que pode condicionar o aprofundamento do Modelo Social Europeu e pôr em causa a Europa Social. Assim, fenómenos como a globalização, o recente alargamento da União Europeia e a futura adesão de novos Estados bem como a tendência de envelhecimento são desafios importantes que vêm pôr ainda mais à prova o modelo social. A construção e o aprofundamento da construção europeia foram durante muitos anos marcados por um paradigma neo-liberal que vingava à escala global, especialmente em muitas das instituições mundiais. A crescente globalização e a procura de competitividade à custa da desregulamentação social - aumento do desemprego, precariedade do emprego, baixos salários, desrespeito pelos direitos dos trabalhadores e desrespeito pela negociação colectiva, aumento da pobreza e da exclusão social - são totalmente inaceitáveis e põem em causa a Europa Social. 2

4 O movimento sindical reconhece que estes desafios colocam novas exigências à União Europeia, exigindo medidas que promovam o crescimento e o desenvolvimento sustentado e que assegurem a melhoria e modernização do modelo social europeu. O movimento sindical europeu tem vindo a dar provas da sua disponibilidade para discutir essa modernização. Mas, é fundamental ter presente que precisamos de uma Europa com maior coesão económica e social, o que implica uma nova abordagem das políticas económicas, das políticas sociais, novas perspectivas financeiras e a revisão dos Tratados. Neste contexto de mudança e de novos desafios, o reforço do diálogo e da concertação social assume um papel estratégico, quer no plano europeu, quer no seio de cada Estado-membro, em especial dos Estados que recentemente aderiram à UE. A Europa necessita de renovar as suas politicas económicas e sociais com o intuito de fazer face a estes desafios e continuar a construir e a aperfeiçoar o modelo social europeu os sindicatos e os cidadãos têm um papel nuclear nesta renovação e mudança. E, nesse sentido, importa realçar o desempenho muito positivo de Estados-membros como a Finlândia, país que actualmente ocupa uma das posições cimeiras no ranking mundial da competitividade e que tem apostado no diálogo, na concertação social e na melhoria da protecção social. Ou seja, Estado-membro que demonstrou ser totalmente possível aliar alto desempenho económico e competitividade com o aprofundamento do modelo social. II. BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONSTRUÇÃO EUROPEIA A União Europeia tem na sua génese a reconstrução da Europa após a 2ª Guerra, tendo-se procurado criar um espaço de paz e prosperidade política, económica e social bem como afastar os nacionalismos ainda sobreviventes. Poder-se-á afirmar que foram muito fortes os sucessos desta integração europeia. A Europa transformou-se actualmente num dos espaços mais fortes e competitivos a nível mundial assegurando-se de facto um importante progresso económico e social. E, contrariamente ao que muitos afirmam, entendemos que a Europa Social tem sido, ao longo das últimas décadas, uma vantagem competitiva para os Estados-membros e para o espaço comunitário como um todo. 3

5 Considera-se, portanto, que o modelo social europeu deve ser preservado e defendido, pelo que haverá que procurar as devidas reformas, quer a nível nacional, quer a nível europeu. Importa, porventura, melhor compreender os progressos (e retrocessos) desta Europa Social ao longo do processo de construção europeia. II.1. A COMUNIDADE EUROPEIA O Tratado que instituiu a Comunidade Económica Europeia representa um marco muito importante no caminho traçado para a construção de uma Europa Social. No entanto, é importante notar que este Tratado resultou, também ele, de uma evolução que importa conhecer para se compreender de forma clara a rota que tem sido efectuada no sentido de alcançar o modelo social europeu. Em 1951, é celebrado o Tratado de Paris que institui a CECA (Comunidade Económica para o Carvão e o Aço). Este tinha como objectivos contribuir, graças ao mercado comum do carvão e do aço, para a expansão económica, para o aumento do emprego e para a melhoria do nível de vida. Com vista à criação do mercado comum, o Tratado instaurou a livre circulação dos produtos, sem direitos aduaneiros nem encargos. Proibiu igualmente as medidas ou práticas discriminatórias, as subvenções, os auxílios e os encargos especiais impostos pelo Estado, bem como as práticas restritivas. O Tratado de Paris, que esteve na origem das actuais instituições, integrava um Comité Consultivo junto da Alta Autoridade, com o objectivo de promover a consulta de empregadores e trabalhadores. Na medida em que não existiam nesse momento organizações de trabalhadores ou empregadores a nível europeu - que só mais tarde vieram a surgir - foram as organizações de âmbito nacional que asseguraram tal participação. Em 25 de Março de 1957 assinou-se, em Roma, o Tratado que fundou a Comunidade Económica Europeia (CEE). O Tratado que instituía a CEE afirmava, no seu preâmbulo, que os estados signatários estavam "determinados a estabelecer os fundamentos de uma união sem brechas e mais estreita entre os países europeus". Assim deixavam claramente afirmado o objectivo político de integração progressiva dos diferentes países membros e estavam visivelmente subjacentes os valores e princípios de uma Europa Social. 4

6 Na prática, avançou-se mais fortemente para uma união aduaneira assegurando-se a livre circulação de bens, mas limitando fortemente o livre movimento de pessoas, capitais e serviços - e relegou-se para um plano secundário outras matérias nucleares, nomeadamente de cariz social. Desse Tratado sai reforçada a presença das organizações de trabalhadores e empregadores através da criação do Comité Económico e Social Europeu, organismo de consulta em matérias relacionadas com a aplicação das disposições sociais do Tratado, onde têm assento representantes nacionais dos parceiros sociais (3 grupos - trabalhadores, empregadores e sociedade civil organizada). A Comissão Europeia passa a ter como competência a de promover a cooperação entre Estados-membros de forma a assegurar o direito de associação e a negociação colectiva entre trabalhadores e empregadores. E, nas décadas de 60 e 70 foram-se desenvolvendo espaços de consulta das organizações profissionais, inter-profissionais e sectoriais europeias, portanto espaços de diálogo social à esfera comunitária. O Acto Único europeu, aprovado em 1986 e em vigor desde 1 de Janeiro de 1987, aparece como a primeira revogação dos Tratados fundadores das Comunidades Europeias. As principais novidades introduzidas pelo Acto Único foram as seguintes: No campo institucional, consagra a existência do Conselho da Europa, quer dizer, a reunião periódica dos chefes de Estado e do Governo, como o organismo onde têm lugar as grandes negociações políticas entre os estados membros e se tomam as grandes decisões estratégicas. O Parlamento Europeu viu também ligeiramente reforçados os seus poderes. Desenvolvimento uma base legal e específica para o desenvolvimento do diálogo social, reforçando-se as responsabilidades da Comissão em matéria de promoção desse diálogo social a nível europeu e no seio de cada Estado-membro. A existência de um artigo com o seguinte teor: "a comunidade adoptará medidas tendentes ao progressivo estabelecimento do mercado único durante o período que terminará em 31 de Dezembro de (o que significará) uma área sem fronteiras em que a livre circulação de bens, pessoas, serviços e capital seja assegurada. Estabeleceram-se medidas para coordenar a política monetária dos estados membros, na preparação do caminho até ao objectivo da União Económica e Monetária. Foram aprovadas diversas iniciativas para promover uma integração, no terreno, dos direitos sociais (saúde e segurança dos trabalhadores), da investigação e tecnologia e do meio ambiente. 5

7 No sentido de atingir o objectivo de uma maior coesão económica e social nos diversos países e regiões da Comunidade aprovou-se a reforma e o apoio financeiro dos chamados fundos estruturais, Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícolas (FEOGA), Fundo Social Europeu (FSE) e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), já criado no Tratado de Roma. II.2. A UNIÃO EUROPEIA: NOVO RUMO PARA A CONSTRUÇÃO EUROPEIA. O Tratado da União Europeia (TUE), conhecido também como Tratado de Maastricht (1992) constitui uma pedra angular no processo de integração europeia, tendo ultrapassado de forma inequívoca e explicita o objectivo económico que prevalecia na Comunidade Europeia (constituir um mercado comum) dando-lhe uma maior vocação de unidade política e reforçando-se a dimensão social. As novidades introduzidas por este Tratado representam uma importância crucial na construção do Modelo Social europeu que, já na altura, se procurava implementar. A saber: O reconhecimento da cidadania europeia; Assegura a consulta dos parceiros sociais em matérias sociais, abrindo novos espaços para a negociação entre parceiros sociais; A decisão de criar uma União Económica e Monetária (UEM) com recurso à implementação de uma moeda única para todos os membros da União Europeia; A consagração da procura da coesão económico-social das diversas regiões e países comunitários como um dos objectivos da União; Aborda o tema da educação geral e da formação profissional. Os estados membros têm responsabilidade exclusiva nos planos de estudo e na organização do sistema educativo. A tarefa da comunidade limita-se a promover a cooperação entre os estados na educação, apoiando e complementando as medidas adoptadas por cada país; O Parlamento aumenta os seus poderes, o Conselho de Ministros passa a denominar-se Conselho da União Europeia, a Comissão recebe o nome oficial de Comissão das Comunidades Europeias, o Tribunal da Justiça, o Tribunal de Contas e o Comité Económico e Social reforçam as suas competências, cria-se o Comité das Regiões, de carácter consultivo e prevê-se a criação do Banco Central Europeu, ao iniciar-se a terceira fase da União Económica e Monetária; Estabeleceu-se uma Política Externa e de Segurança Comum (ESC) que permite empreender acções comuns em matéria de política externa; Opera-se a cooperação intergovernamental que se baseia na Justiça e nos Assuntos Internos no que concerne a assuntos de interesse comum para todos os Estados- 6

8 membros: o terrorismo, a imigração clandestina, a politica de asilo, o tráfico de drogas, a delinquência internacional, as alfândegas e a cooperação judicial. Note-se que, devido à grave e profunda crise económica que a Europa sofreu, às tensões monetárias que puseram em causa o sistema monetário Europeu e o objectivo da União Económica e Monetária e à incapacidade de implementar uma politica exterior e de segurança comum na crise da Jugoslávia, a ratificação do tratado de Maastricht foi extremamente complicada e repleta de avanços e retrocessos. Uma das importantes conquistas para o movimento sindical foi a integração nesse Tratado ainda que apenas como anexo e com o Reino-Unido a exercer a possibilidade do opting-out, contrariamente ao defendido pelo movimento sindical do Protocolo sobre Política Social, que retoma quase na íntegra o Acordo Social subscrito em 1991 por todos os parceiros sociais comunitários. Esse Acordo apresentava à Comissão propostas de reformas quanto a modalidades de decisão no domínio da política social, procurando assim promover a dimensão social europeia. O Tratado de Amesterdão (1997) apresenta como objectivo alterar determinadas disposições do tratado da União Europeia no sentido de fazer do emprego e dos direitos dos cidadãos o ponto fulcral da União Europeia, suprimir os últimos entraves à livre circulação e reforçar a segurança, permitir que a Europa faça ouvir melhor a sua voz no mundo e tornar mais eficaz a arquitectura institucional da União. Não obstante as pretensões invocadas, este Tratado foi alvo de severas criticas que defendiam que o mesmo não apresentou a solução para os grandes problemas pendentes na União (adaptação das instituições de uma comunidade cada vez mais ampla). No âmbito destas críticas, alegava-se que o mesmo representava um passo pouco significativo no sentido da unidade politica e não solucionava o que se viria a chamar deficit democrático da União. Apesar destas criticas é inegável que o Tratado de Amesterdão representou mais um passo em frente no sentido da concretização do Modelo Social Europeu que se pretendia implementar. O Tratado de Nice (2003) estabeleceu essencialmente uma reforma das Instituições, a fim de assegurar o funcionamento eficaz da União após o seu alargamento para 25 Estados-Membros. II. 3. O PROJECTO DE TRATADO CONSTITUCIONAL 7

9 O projecto de Tratado substitui por um texto único o conjunto dos Tratados existentes e representa um avanço claro em relação aos Tratados actualmente em vigor. De entre os diversos motivos que fazem deste Tratado um progresso notório, destacamos os seguintes: O Tratado Constitucional foi elaborado por uma convenção composta por um total de 105 membros que representaram os Governos e Parlamentos dos Estados-Membros e dos países candidatos à adesão e com a participação da CES, tornando-se, por isso, no primeiro Tratado a ser realizado de forma democrática. É atribuída, pela primeira vez, uma personalidade jurídica única à União, o que constitui um passo importante no sentido de uma actuação e de um posicionamento institucional mais coesos, colmatando os défices de intervenção que se foram sentindo à luz dos anteriores Tratados. Estabelece uma obrigação clara para a União de adoptar um diálogo aberto e transparente com as organizações representativas e com a sociedade civil, afirmando assim, claramente, o princípio da democracia participativa. Este facto é particularmente relevante nas disposições fundamentais, não sendo esquecidos o movimento sindical e o reconhecimento inequívoco do papel dos parceiros sociais, com a assunção do compromisso de promoção desse mesmo papel e o reconhecimento da sua autonomia. Reconhece o direito de iniciativa popular mediante o qual um milhão de cidadãos podem suscitar perante a Comissão Europeia (que mantém o exclusivo da iniciativa legislativa na União Europeia) a necessidade de um procedimento legislativo (ou outro procedimento decisório). Atende aos problemas actuais dos trabalhadores como as deslocalizações, reestruturações, organização do tempo de trabalho e trabalho precário entre outros. O projecto de Tratado Constitucional é constituído por quatro partes: A Parte I Disposições fundamentais - versa sobre os valores, objectivos, competências, e instituições da UE. Nesta parte, é patente que valores tão fundamentais como o respeito pela dignidade humana, a liberdade, a democracia, a igualdade, o Estado de Direito e do respeito dos direitos, incluindo os direitos das pessoas pertencentes a minorias, constituem a pedra basilar da Cidadania Europeia. Associando-se o progresso económico à democracia política e à participação dos cidadãos, estabelecem-se as bases do que comummente designamos como Modelo Social Europeu. 8

10 A Parte II consiste na incorporação do texto da Carta dos Direitos Fundamentais, conferindolhe a força vinculativa - com a entrada em vigor do Tratado que não tem actualmente com a sua integração como anexo aos Tratados aprovados em 8 de Dezembro de Nesta parte é importante realçar que, ao incorporar o texto da Carta dos Direitos Fundamentais, o Tratado consagra um vasto leque de direitos e garantias muito ligados aos direitos dos trabalhadores, dos quais destacamos: Liberdade profissional e direito ao trabalho; Não discriminação; Igualdade entre homens e mulheres; Proibição da escravidão e do trabalho forçado; Direito à informação e consulta dos trabalhadores na empresa; Direito de negociação e acção colectiva; Protecção em caso de despedimento sem justa causa; Condições de trabalho justas e equitativas; Segurança social e assistência social; Conciliações da Vida familiar e vida profissional; Proibição do trabalho infantil. Na Parte III As Políticas da União, encontramos a tradução e o desenvolvimento dos princípios de actuação que regem a União e os Estados-membros na políticas a prosseguir. São retomadas e adaptadas aqui muitas disposições dos anteriores Tratados sobre liberdade de circulação, estabelecimento do mercado interno e política de imigração e asilo ou acção externa da União e são ainda introduzidas novas disposições referentes à construção da União enquanto espaço de liberdade, segurança e justiça. Na Parte IV sob a epígrafe de Cláusulas Finais, é estabelecido um conjunto de regras que se referem ao processo de adopção do Tratado (mantém-se a exigência de unanimidade), à necessidade da sua ratificação (por todos os Estados-membros) e à forma de entrada em vigor e sua revisão (por uma CIG). III. O MODELO SOCIAL EUROPEU E O DIÁLOGO SOCIAL Como referimos previamente, não obstante a heterogeneidade existente entre os modelos dos 25 Estados-membros, entendemos relevante falar de um Modelo Social Europeu. 9

11 O Modelo Social Europeu assenta num conjunto de princípios e valores que se foram desenvolvendo e consolidando ao longo do processo de construção da União Europeia, tendo como pilares essenciais: Um bom desempenho económico; Elevados níveis de Protecção Social, de Segurança Social e de Saúde para todos os cidadãos; Alto nível de relações entre trabalhadores e empregadores, nomeadamente: o Reconhecimento dos direitos dos trabalhadores; o Reconhecimento dos sindicatos e dos parceiros sociais; o Direito dos parceiros sociais à informação, consulta e negociação por parte dos governos em matérias de carácter económico e social; o Sindicatos com direito à negociação e com direitos de informação e consulta; Conjunto de garantias sociais mínimas, com a promoção de políticas de coesão social, de educação e de emprego com qualidade; Garantia de serviços de interesse geral, cujo âmbito abrange actividades essenciais à coesão social. O Modelo Social Europeu não é um custo para a Europa, mas sim uma vantagem competitiva na base da qual a Europa se transformou num espaço de desenvolvimento económico e social a nível mundial. III.1. O PAPEL DO DIÁLOGO SOCIAL NO MODELO SOCIAL EUROPEU O diálogo social ocupa actualmente um papel fundamental na sociedade europeia, sendo um elemento central do Modelo Social Europeu e, por todos, reconhecido enquanto elemento essencial de um desenvolvimento mais harmonioso da União Europeia e do reforço da Dimensão Social. A OIT define como objectivos primordiais do Diálogo Social: permitir o consenso e o envolvimento democrático entre os principais actores do mundo do trabalho. O diálogo social europeu é um instrumento fundamental para a mudança, conciliando o aumento da competitividade com a solidariedade. O diálogo social é meio privilegiado de antecipar e gerir as alterações sociais, com uma forte presença dos parceiros, tornando-se assim um instrumento de garantia de uma melhor governação na União Europeia. A UGT participa, desde a primeira hora, no diálogo social, considerando-o fundamental no quadro da participação organizada dos cidadãos na Construção Europeia, interessando 10

12 continuar o aprofundamento do sistema europeu de relações de trabalho que é parte integrante dos Tratados desde Note-se que o diálogo social teve a sua génese em 1985, com o processo de Val-Duchesse. As grandes datas do diálogo social europeu Lançamento do diálogo social bi-partido, com forte apoio da Comissão Europeia (processo de Val-Duchesse) Os parceiros sociais começam a adoptar Pareceres conjuntos não vinculativos. A UGT esteve presente Entrada em vigor do Acto Único Europeu, que reforma o Tratado de Roma. A Comissão assume o compromisso de desenvolver o diálogo social entre as partes, nomeadamente conduzindo a relações convencionais. Introduzida, ainda, a decisão por maioria qualificada em matéria de saúde e segurança no trabalho. Os Parceiros Sociais negoceiam e subscrevem o Acordo Social de 31 de Outubro, com propostas de reformas 1991 quanto a modalidades de decisão no domínio da política social. Estas propostas são quase na íntegra retomadas pelo Protocolo sobre a Política Social, anexado ao Tratado da União Europeia (com o opting-out do Reino Unido). Comunicação da omissão sobre a implementação do Protocolo de Política Social COM(1993) 600 final 1994 Entrada em vigor do Tratado sobre a União Europeia 1995 Assinado o 1º Acordo-Quadro pelos Parceiros Sociais (ao abrigo do Artº139) relativo à Licença Parental, posteriormente transposto para uma Directiva do Conselho 1996 Comunicação da Comissão sobre o desenvolvimento do diálogo social comunitário COM(1996)448 final 1997 Assinado o 2º Acordo-Quadro pelos Parceiros Sociais sobre o Trabalho a tempo parcial, posteriormente transposto para uma Directiva do Conselho. As disposições do Protocolo de Política Social são integradas no Tratado de Amsterdão (Art. 138 e 139) Comunicação da Comissão Adaptar e promover o diálogo social a nível comunitário COM(1998) 322 final. Esta define a criação e o funcionamento dos comités de diálogo sectorial Assinado o 3º Acordo-Quadro pelos Parceiros Sociais (ao abrigo do Artº139) sobre Contrato de Trabalho a Prazo, posteriormente transposto para uma Directiva do Conselho 2000 Cimeira Europeia de Lisboa define como objectivo da União obter um crescimento económico sustentável, acompanhado de um melhoria qualitativa e quantitativa do emprego e de uma maior coesão social e defende uma maior participação dos parceiros sociais. Em Dezembro, apresentação da Agenda Social, sublinhando a importância do diálogo social na promoção da competitividade, da solidariedade e de um adequado equilíbrio entre a segurança e a flexibilidade em matéria de emprego Contributo comum dos Parceiros Sociais ao Conselho Europeu de Laeken Parceiros Sociais adoptam um Quadro de Acção para o desenvolvimento das competências e qualificação ao longo da vida; Em Julho, os parceiros sociais aprovam o 1º Acordo-Quadro voluntário sobre o Teletrabalho (Art. 139); Em Novembro, os parceiros sociais adoptam o 1º Programa de Trabalho Plurianual ( ) ª Cimeira Social Tripartida para o Crescimento e o Emprego Comunicação da Comissão Partenariado para a Mudança numa Europa alargada - Reforçar o contributo do diálogo social europeu. COM(2004) 557 final Adopção, pelos parceiros sociais, do 2º Acordo Quadro voluntário sobre o Stress no local de trabalho. 11

13 III.1.1. Os Parceiros Sociais O diálogo social é realizado pelos parceiros sociais que são: Em representação dos trabalhadores, a CES- Confederação Europeia de Sindicatos, criada em 1973 tem como filiados, para além das 76 confederações sindicais nacionais, 11 federações sindicais europeias, representando mais de 60 milhões de trabalhadores. Existem ainda, ao nível europeu, outras estruturas sindicais como o EUROCADRES (Conselho dos Quadros Superiores) e a FERPA (Federação Europeia dos Reformados e Pessoas Idosas) que desenvolvem os seus trabalhos sob a égide da CES; Em representação dos empregadores, temos duas organizações: a UNICE - União das Confederações da Industria e Empregadores da Europa, que integra as organizações patronais de 27 países e o CEEP - Centro Europeu das Empresas com Participação Pública e das Empresas de Interesse Geral. A UEAPME União europeia do artesanato e das pequenas e médias empresas participa no diálogo social enquanto delegação da UNICE e em representação das PME. III.1.2. Principais Instâncias Europeias de Diálogo Social As principais instâncias europeias de diálogo social são: O Comité do Diálogo Social é o principal órgão de diálogo social bipartido. Integra actualmente três Grupos de Trabalho de carácter técnico: diálogo macroeconómico, sobre o Emprego e mercado de trabalho e sobre a Educação e a Formação; Os Comités do Diálogo Social Sectorial estruturas de carácter sectorial. III.1.3. O diálogo social e a negociação europeia O diálogo social europeu contribui de forma significativa para a construção do Modelo Social Europeu na medida em que é um instrumento da democracia participativa e permite efectuar uma aproximação entre as legislações dos diferentes estados membros. Este diálogo e concertação foram evoluindo ao longo dos anos, assumindo modalidades diferenciadas. O desenvolvimento e aprofundamento do diálogo social europeu permitiu que os Parceiros Sociais encetassem negociações sobre determinadas matérias, tendo alcançado alguns acordos. Os Parceiros Sociais realizaram acordos que foram ratificados pelo Conselho Europeu e que passaram a fazer parte da legislação europeia, nomeadamente no que concerne à licença 12

14 parental (1996), ao trabalho em Part-time (1997) e aos contratos a termo certo (1999). Também foram celebrados acordos autónomos, que incidem em outras matérias, tal como o Teletrabalho (2002), ou o stress relacionado com o trabalho (2004). Os três primeiros Acordos-quadro subscritos a nível europeu tornaram-se vinculativos através da sua adopção por via de Directivas Comunitárias e posteriormente da transposição destas para a legislação de cada Estado-membro. É importante notar que para muitos Estados-membros a celebração destes acordos-quadro representou avanços muito significativos em matéria de condições de trabalho e direitos dos trabalhadores que importa ter presente. Acordo-quadro sobre a licença parental, concluído a 14 de Março de 1995 (CES, UNICE e CEEP) Directiva 96/34/CE de 03 de Junho 1996 (modificada pela Directiva 97/75/CE de 15 Dezembro de Este Acordo teve como objectivo definir disposições mínimas sobre a licença parental, enquanto meio de promover a conciliação da vida profissional e familiar e a igualdade entre homens e mulheres. Este Acordo fixou assim o direito individual a uma licença parental de pelo menos 3 meses para todo o trabalhador pelo nascimento ou adopção de uma criança bem como as condições de acesso a essa licença, as diferentes modalidades de aplicação e a salvaguarda dos direitos adquiridos ou/ e em formação. Acordo-quadro sobre o trabalho a tempo parcial, concluído a 6 de Junho de 1997 (CES, UNICE e CEEP) Directiva 97/81/CE de 15 de Dezembro 1997 (modificada pela Directiva 98/23/CE de 7 Abril de Este Acordo teve por objectivo eliminar as discriminações que recaiam sobre os trabalhadores a tempo parcial e melhorar as condições de trabalho destes trabalhadores. Procurou-se incentivar o trabalho a tempo parcial contribuindo para uma organização mais flexível do tempo de trabalho, tendo em conta necessidades dos empregadores e trabalhadores, mas salvaguardando sempre a base voluntária. Acordo-quadro sobre o trabalho com duração determinada, concluído a 18 de Março de 1999 (pela CES, UNICE e CEEP) Directiva 99/70/CE de 28 de Junho Este Acordo surge na sequência de um processo de consulta lançado pela Comissão aos Parceiros Sociais e diz respeito aos trabalhadores com contrato de duração determinada, (incluindo os trabalhadores sazonais), com excepção dos trabalhadores temporários (relação triangular por via de uma empresa de trabalho temporário). O Acordo visa sobretudo melhorar a qualidade deste tipo de trabalho, assegurando o respeito pelo princípio da não discriminação e prevenir abusos quanto à utilização deste tipo de contratação. 13

15 Apesar dos progressos sentidos na última década em termos de negociação colectiva, os parceiros sociais defendem que, apenas um diálogo mais autónomo, que permitirá ir ao encontro das temáticas que mais directamente interessem aos trabalhadores e empregadores, permitirá que a negociação colectiva cumpra a sua missão. III.1.4. Agenda de Trabalhos dos Parceiros Sociais europeus Tendo em consideração que o diálogo social europeu - elemento fundamental do Modelo Social Europeu compete aos Parceiros Sociais, estes, com o intuito de desempenharem convenientemente o seu papel, decidiram criar um programa de trabalho para ser desenvolvido para os anos O supra mencionado programa de trabalho, que se anexa ao presente documento, tem como objectivo genérico poder contribuir para a implementação dos valores e politicas subjacentes ao Modelo Social Europeu, desde, há muito, defendidas pelos Parceiros Sociais. Neste sentido, e perante os desafios que se colocam à União Europeia, os Parceiros Sociais decidiram agrupar as suas acções em torno de três grandes prioridades: emprego, alargamento e mobilidade. No âmbito de cada uma destas três prioridades são tratados diversos temas que constituem bases importantes para o reforço e coesão do Modelo Social Europeu e, são de interesse comum para trabalhadores e empregadores. Assim sendo, e tal como consta do referido programa, em cada uma das áreas prioritárias estabelecidas são abordados os seguintes temas: EMPREGO: Directrizes de emprego, aprendizagem ao longo da vida, stress no trabalho, igualdade de género, reestruturações, deficiência, jovens, racismo, envelhecimento da população activa, assédio, teletrabalho e trabalho ilegal. ALARGAMENTO: Relações industriais, diálogo Social, reestruturações, aprendizagem ao longo da vida, implementação do corpo de leis da EU, políticas sociais e de emprego da UE depois do alargamento. MOBILIDADE: Plano de acção sobre competências e mobilidade. 14

16 No âmbito de cada um destes temas foram desenvolvidas as mais variadas acções, referindo-se a título meramente exemplificativo os seminários, estudos de casos concretos, actualizações de declarações conjuntas, relatórios sobre as actividades desempenhadas pelos Parceiros Sociais e comités de diálogo social, entre outras. As acções definidas pelos Parceiros Sociais reflectem bem a sua preocupação no que concerne ao reforço do Modelo Social Europeu. Com efeito, atendendo ao teor das mesmas, podemos constatar que estas visam identificar os problemas mais prementes em cada uma das áreas estabelecidas, de forma a definir estratégias para superar os actuais desafios e assim construir uma Europa cada vez mais social. Actualmente, os Parceiros Sociais encetaram um novo processo de diálogo visando definir o programa de acção para os próximos anos. III.2. A AGENDA SOCIAL EUROPEIA A dimensão social assume uma nova dinâmica a partir de 2000, ano em que o Conselho Europeu aprova uma Agenda de trabalhos, integrando um conjunto de princípios, orientações e medidas em matéria social. Note-se que esta surge fortemente impulsionada pelo movimento sindical que desde há muito vem exigindo uma melhoria da dimensão social no desenvolvimento comunitário. 1ª Fase: Agenda Social Europeia Em 2000, e com base numa Comunicação da Comissão, o Conselho Europeu de Nice aprovou a Agenda Social Europeia para o período , instrumento que pretendia impulsionar o desenvolvimento no domínio social. A Agenda Social Europeia é constituída por um preâmbulo onde são abordados, com carácter geral, temas como as orientações politicas definidas pelo Conselho Europeu, a modernização e melhoria do Modelo Social Europeu, os desafios que se colocam à União Europeia e as modalidades de aplicação. Esta tem ainda seis temas específicos que representam os objectivos que se pretendem alcançar no âmbito deste modelo. 15

17 1) Criar mais e melhores empregos Reforçar e prosseguir a estratégia coordenada para o emprego, tomando como base os trabalhos do Comité do Emprego Tomar em melhor consideração os objectivos relativos à qualidade do emprego e à sua importância para o crescimento, enquanto elemento importante de atracção e de incentivo ao trabalho Lutar contra o desemprego de longa duração através do desenvolvimento de estratégias activas de prevenção e reinserção, baseadas na identificação precoce das necessidades individuais e na melhoria da capacidade de inserção profissional Melhorar o acesso efectivo à educação e à formação ao longo da vida Promover a identificação e a difusão de boas práticas sobre o emprego 2) Antecipar e aproveitar a mudança do ambiente de trabalho, desenvolvendo um novo equilíbrio entre flexibilidade e segurança 3) Lutar contra todas as formas de exclusão e de discriminação para favorecer a integração social. A Agenda enfatiza a necessidade de serem tomadas medidas específicas nesse sentido dado que o crescimento económico não assegura, por si só, que as situações de pobreza e exclusão regridam. 4) Modernizar a protecção social. A modernização deve confirmar as exigências de solidariedade, tanto em matéria de reforma e de saúde como para se chegar a um Estado Social activo que incentive resolutamente a participação no mercado de trabalho. Reitera-se a ideia de que é essencial prosseguir a cooperação e o intercâmbio entre os Estados sobre as estratégias adequadas para garantir, no futuro, pensões seguras e viáveis. 5) Promover a igualdade entre homens e mulheres, defendendo a sua concretização de forma transversal no conjunto do documento e completada por um certo número de acções específicas que incidam simultaneamente sobre o acesso das mulheres ao poder de decisão, o reforço dos direitos em matéria de igualdade e de articulação entre a vida profissional e a vida familiar. 6) Reforçar a vertente social do alargamento e das relações externas da União. 2ª Fase: Agenda Social Europeia Decorridos cinco anos, a Agenda Social Europeia entra numa nova fase que se prolonga até Nesta segunda fase, que tem como lema Uma Europa Social na economia global: 16

18 empregos e oportunidades para todos, a Agenda desenvolve uma estratégia em duas vertentes: 1. Reforço da confiança dos cidadãos 2. Medidas fundamentais no âmbito de duas temáticas prioritárias: o emprego e a igualdade de oportunidades e inclusão Reforço da Confiança dos Cidadãos As medidas propostas pela agenda têm por objectivo permitir aos cidadãos adquirir confiança na sua própria capacidade de gerir o processo de mudança caracterizado pela concorrência acrescida num contexto global, desenvolvimento tecnológico e envelhecimento demográfico. Neste contexto, a Agenda afirma que a existência de uma abordagem intergeracional, a parceria entre as autoridades públicas, os parceiros sociais e a sociedade civil e a integração da dimensão externa (integração do Modelo Social Europeu nos diálogos e acções externas a nível bilateral, regional e multilateral) são três condições essenciais para o sucesso da mesma. Domínios de intervenção prioritários Emprego A Agenda Social continua a eleger esta área como fundamental do progresso económico e social da Europa e dos seus Estados-membros, considerando que é essencial fazer do trabalho uma verdadeira opção para todos, reforçar a qualidade e a produtividade do trabalho e antecipar e gerir as mudanças. Com o intuito de alcançar os objectivos acima enunciados, a Comissão prevê diversas medidas das quais destacamos: Ciclo renovado da Estratégia Europeia de Emprego no âmbito da revisão intercalar da Estratégia de Lisboa, de forma a sustentar o crescimento económico a longo prazo, combater o desemprego e promover a coesão social Criação de uma estratégia para antecipar e gerir as mutações económicas com maior eficácia, através de uma melhor interacção entre as politicas europeias, um envolvimento acrescido dos parceiros sociais, uma sinergia reforçada entre as politicas e os instrumentos financeiros e uma ligação mais intensa entre a Estratégia Europeia de Emprego e a evolução dos quadros regulamentares e dos acordos dos parceiros sociais 17

19 Nova estratégia para o período de no que toca à saúde, caracterizada pelo ênfase atribuído à prevenção dos acidentes e doenças profissionais que reduzem a produtividade, aumentam os custos, e reduzem a qualidade no trabalho Promoção do diálogo social europeu interprofissional e sectorial com pleno respeito pela autonomia dos parceiros sociais Adopção de uma proposta destinada a disponibilizar aos parceiros sociais um instrumento para formalizar a natureza e os resultados da negociação colectiva Igualdade de Oportunidades e a Inclusão A União Europeia tem desempenhado um papel catalisador na aplicação do princípio da igualdade de tratamento. Assim sendo, a Comissão propõe várias acções destinadas a resolver problemas como as disparidades salariais entre homens e mulheres, o acesso e a participação das mulheres no mercado de trabalho, a conciliação da vida familiar e profissional, a igualdade de oportunidades para pessoas com deficiência, entre outras. Das diversas actividades que a Comissão prevê, salientamos a promoção do Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades em 2007 e o Ano Europeu do Combate à exclusão e à pobreza em Quer a igualdade de oportunidades, quer o combate à exclusão social desde há muito que merecem a actuação da UGT, reconhecendo-as como questões centrais e fortemente debatidas no meio sindical a nível nacional e internacional. Em traços gerais, considera-se que a Agenda Social Europeia estabelece um quadro de medidas sociais muito positivas para a modernização e o reforço do Modelo Social Europeu. Contudo, o sucesso das mesmas depende sobretudo da sua efectiva implementação nos Estados-membros e na União, o que implica uma adequada atribuição de recursos financeiros, nomeadamente no âmbito do quadro financeiro para E, não obstante ainda não ter sido aprovado aquele quadro financeiro, as actuais propostas e cenários não nos deixam totalmente tranquilos. 18

20 IV. SUSTENTABILIDADE DO MODELO SOCIAL EUROPEU E A PROMOÇÃO DA EUROPA SOCIAL Acontecimentos como o reforço da globalização, o alargamento a novos Estados-membros e o envelhecimento populacional introduzem novos desafios que exigem medidas e reformas que melhor garantam a sustentabilidade do modelo social europeu e que promovam a Europa Social. No plano internacional, a União Europeia deve bater-se por uma competitividade e uma globalização mais justa e mais social. O regresso ao proteccionismo não é solução. Mas cabe à Europa tornar-se mais activa junto de instâncias internacionais como o FMI, a OMC e a OIT no sentido de difundir o seu modelo social e assegurar que a globalização assuma um novo rosto mais social, mais justo, mais respeitador do ambiente e sobretudo mais respeitador dos direitos humanos e dos trabalhadores. Assegurar a existência de uma regulação internacional dos mercados financeiros, combatendo movimentos de capitais meramente especulativos. Assegurar ainda a adopção de cláusulas sociais e ambientais nos acordos de comércio internacional. Mas, também medidas e reformas no plano interno de forma a assegurar um desenvolvimento mais equilibrado e sustentado. Com efeito, nos últimos anos, a Europa tem tido um baixo crescimento económico - principalmente quando comparado com outros espaços mundiais como os Estados Unidos -, tem registado perdas de competitividade e tem sido confrontada com um elevado nível de desemprego e de situações de pobreza e exclusão social. Muitos têm apontado como causa para um menos bom desempenho da União, os custos associados ao modelo social europeu principalmente quando comparado com os Estados- Unidos. Desde há muito que o movimento sindical vinha alertando para os perigos de uma política macroeconómica fortemente orientada para o controlo e equilíbrio das finanças públicas, da inflação e das taxas de juro, pondo em risco o próprio crescimento económico dos Estadosmembros e da União Europeia e ameaçando fortemente o emprego e o bem-estar das pessoas. Contudo, as instâncias comunitárias insistiram repetidamente na estabilidade económica como objectivo nuclear da União Europeia, dando prioridade às questões económicas e relegando para 2º plano questões como o emprego, a exclusão social, a educação e formação. Hoje confrontamo-nos com dificuldades em retomar um ciclo de crescimento económico e de ganhos 19

21 de competitividade mais intensos o que prejudica a UE como um todo, mas em especial pequenas economias como a portuguesa. O movimento sindical congratulou-se com a adopção, em 2000 e sob Presidência Portuguesa, de uma estratégia de desenvolvimento integrada que visava inverter aquele rumo, ao definir como objectivo para a Europa Tornar-se na economia baseada no conhecimento mais dinâmica e competitiva do mundo, capaz de garantir um crescimento económico sustentável, com mais e melhores empregos, e com maior coesão social e que viria a designar-se por Estratégia de Lisboa. Contudo, o seu grau de implementação nos Estados-membros e na União Europeia tem levado a UGT e o movimento sindical europeu a reivindicar fortemente a redinamização e a efectiva adopção daquela estratégia. IV.1. A ESTRATÉGIA DE LISBOA A Estratégia de Lisboa ou Agenda de Lisboa é um conjunto de linhas de acção política interdependentes dirigidas à modernização e crescimento sustentável da economia europeia, através do incremento da produtividade, com base na valorização dos recursos humanos e no modelo europeu de protecção social. Assenta de forma organizada em quatro grandes conjuntos de acções: Economia mais competitiva e dinâmica baseada no conhecimento Modernizar o Modelo Social Europeu através do investimento nas pessoas e da construção de um Estado-Providência activo e dinâmico Assegurar o equilíbrio ambiental através de uma eficiente gestão dos recursos que melhorem a qualidade de vida actual e futura das populações e que permita a sustentabilidade do modelo europeu de desenvolvimento Promover um novo método de coordenação Esta estratégia visa permitir à União reconquistar as condições do pleno emprego e reforçar a coesão regional da União Europeia, solidificando o conceito de desenvolvimento sustentável para a Europa. A Europa é hoje um espaço cultural heterogéneo, mas é também um espaço de desenvolvimento económico e social assimétrico. A cidadania europeia implica o reconhecimento dessa realidade que as estatísticas frequentemente escondem e exige uma forte unidade na diversidade europeia. A relação entre os três domínios conduz à conciliação de 20

22 imperativos e às opções políticas que resultam da diversificada ponderação em relação a cada um dos referidos domínios. Contudo, os avanços na implementação da Estratégia de Lisboa foram pouco significativos nos anos subsequentes à sua adopção e as principais metas estabelecidas não foram concretizadas, o que levou o movimento sindical a defender reiteradamente a necessidade e a importância das políticas da União e de cada um dos Estados-membros irem ao encontro dos objectivos de Lisboa. A redinamização da Estratégia de Lisboa promovida pelo Conselho Europeu em 2005 que manteve como princípio geral uma abordagem integrada das políticas e o equilíbrio entre o económico, o social e o ambiental mereceu, em traços gerais, o apoio dos sindicatos. Importa agora que ao nível dos Estados-membros sejam de facto adoptadas políticas e medidas que respondam às prioridades e objectivos definidos no plano comunitário. O Conselho Europeu estabeleceu ainda que todos os Estados-membros teriam de elaborar um Plano nacional integrando as principais linhas de acção do Estado. Portugal apresentou o Plano Nacional de Acção para a Competitividade e o Emprego, documento em cuja elaboração os Parceiros Sociais - e contrariamente ao princípio de partenariado defendido no plano comunitário não estiveram envolvidos. IV.2. A EUROPA SOCIAL - QUE FUTURO O debate sobre o futuro da Europa Social e do Modelo Social Europeu foi lançado, existindo os que querem um Modelo Social Europeu moderno, uma união política e social baseada numa economia de mercado social e de direitos sociais e aqueles que apenas querem uma zona de comércio livre, caracterizado por um mercado pouco ou nada regulado e instituições fracas. E este debate, que não tem sido claro nem esclarecedor, tem tido impactos muito negativos sobre as pessoas, sobre os cidadãos, para quem os valores de uma Europa Social são fundamentais. Contudo, se os cidadãos, se os trabalhadores têm a impressão que a Europa Social está a perder alguma velocidade neste processo de construção e aprofundamento europeu, é compreensível que passem de uma postura de apoio à Europa para uma atitude de alguma reserva e apreensão. 21

23 Esta situação tem preocupado fortemente o movimento sindical europeu. Nesse contexto, a Confederação Europeia de Sindicatos que recorde-se representa actualmente cerca de 60 milhões de trabalhadores - entendeu que era fundamental que todas as partes procurassem fazer um esforço no sentido de alcançarem o mais amplo consenso possível sobre a Europa Social com base numa plataforma comum que vise: 1. A prosperidade mais e melhores empregos, avançar para o pleno emprego, Estados- Providência fortes e sustentáveis e uma melhor qualidade de vida para todos; 2. A igualdade eliminação de toda a forma de discriminação 3. A solidariedade construindo sociedades propícias à inserção e à coesão social, a protecção dos mais fragilizados e desfavorecidos e o assegurar de serviços de interesse geral. Para o movimento sindical europeu, existe um conjunto de matérias prioritárias para o futuro da Europa e para a sustentabilidade do modelo social, aliás já apresentadas pela CES como pontos de reflexão no âmbito do diálogo social europeu, mas também do diálogo com as instâncias comunitárias. 1) Maior desenvolvimento da política e legislação sociais A Europa tem de demonstrar inequivocamente que a política social e a Europa Social não estão bloqueadas e paradas. A adopção e a manutenção de normas sociais mínimas são essenciais para assegurar e melhorar a qualidade e a protecção de todos os trabalhadores. Nesse sentido, a revisão de directivas deve ter como princípio uma harmonização ascendente. Importa, ainda, rever/ adoptar algumas Directivas: Rever a Directiva sobre o tempo de trabalho (nomeadamente para eliminar a cláusula de renúncia individual e melhorar a protecção face às longas e irregulares jornadas de trabalho); Adoptar uma Directiva sobre o Trabalho temporário; Modificar fortemente o Projecto de Directiva de Serviços no Mercado Interno; Com o envolvimento dos parceiros sociais, adoptar um conjunto de medidas que assegurem uma protecção adequada aos trabalhadores confrontados com formas atípicas de trabalho, como o trabalho economicamente dependente e trabalhadores domésticos, entre outros. 22

24 2) Criar um quadro sólido para fazer face às deslocalizações e reestruturações Deverão ser discutidos e criados instrumentos que permitam às pessoas e ás comunidades melhor enfrentarem as mudanças, nomeadamente as que decorrem do processo de globalização e de intensificação da concorrência. Considera-se positiva a criação de um Fundo de Adaptação à Mundialização, no âmbito do futuro quadro financeiro da União. Para além de uma política industrial sectorial moderna, é fundamental que a Comissão e os Parceiros Sociais, no que se refere à questão das reestruturações e deslocalizações, estabeleçam regras claras e firmes em termos de informação e consulta dos trabalhadores, dos Conselhos de Empresa Europeus e do estabelecimento do direito à reinserção dos trabalhadores afectados por aqueles fenómenos. Uma nota para realçar a importância dos Conselhos de Empresa Europeus, enquanto instâncias privilegiadas de diálogo social, e a necessidade de proceder à sua revitalização. Com efeito, se existem alguns Conselhos de Empresa Europeus que funcionam de forma eficaz, é com pesar que se constata que na grande maioria dos casos, a sua existência não passa de uma mera formalidade. Assim sendo, urge alterar esta realidade e fazer com que o funcionamento destas instâncias de diálogo de torne uma realidade, o que passa, entre outras coisas, por uma melhoria da sua orgânica e da qualidade das informações prestadas. Outras matérias como a responsabilidade social das empresas, a participação dos trabalhadores e o governo de empresa devem igualmente ser equacionadas. Importa ainda ter um quadro legal sólido em matéria de direito à participação dos trabalhadores em situações de fusões transfronteiriças ou de transferência do local da sede social de empresas. 3) Analisar os desafios demográficos com um olhar aberto sobre o futuro O aumento da esperança de vida, sendo um aspecto positivo do desenvolvimento da União Europeia, coloca desafios importantes que se prendem com o envelhecimento demográfico, nomeadamente quanto à sustentabilidade dos sistemas de segurança social, desafios que importa solucionar. Importa ainda ter presente outras matérias como: Os serviços de apoio à infância em quantidade e qualidade - para garantir que os pais possam trabalhar; 23

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