ESPECIAL SEGUROS. Mercado prepara-se para o Solvência II. José Almaça presidente do Instituto de Seguros de Portugal

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESPECIAL SEGUROS. Mercado prepara-se para o Solvência II. José Almaça presidente do Instituto de Seguros de Portugal"

Transcrição

1 EM PARCERIA COM ESPECIAL SEGUROS este suplemento faz parte integrante do Diário Económico nº 5915 de 05 de Maio de 2014 e não pode ser vendido separadamente Mercado prepara-se para o Solvência II A partir de Janeiro de 2016, o mercado segurador europeu passa a operar ao abrigo de uma nova regulamentação. O Solvência II traz consigo regras mais exigentes no que respeita à análise de risco e ao cálculo de solvência e prevê uma supervisão mais activa por parte dos reguladores. As seguradoras nacionais já começaram a implementar as alterações e vão ser sujeitas a testes de stress. TRÊS PILARES DO SOLVÊNCIA II As alterações a implementar até 2016 ENTREVISTAS Pedro Seixas Vale presidente da Associação Portuguesa de Seguros José Almaça presidente do Instituto de Seguros de Portugal Peter Muller / Corbis / VMI

2 SOLVÊNCIA II ANÁLISE DE RISCO MAIS EXIGENTE PARA O MERCADO SEGURADOR Melhorar a avaliação de risco é um dos principais requisitos da nova regulamentação das seguradoras a nível europeu, em vigor a partir de Janeiro de O objectivo passa por reforçar a solidez financeira do sector. Samantha Mitchell / Corbis / VMI O Solvência II é a mudança regulamentar mais importante que o mercado de seguros enfrenta nos últimos 30 anos. À semelhança do que o Basileia II implica para a banca, o Solvência II vem introduzir critérios mais exigentes no cálculo dos rácios de solvência das companhias de seguros. Em causa está uma maior adequação do capital aos riscos assumidos, o que pode traduzir, em última instância, maiores exigências de capital. A nova regulamentação prevê que o Requisito de Capital de Solvência (SCR na sigla inglesa) seja correspondente ao valor em risco (Value-at-Risk VaR) dos fundos próprios de base, com um nível de confiança de 99,5%, para o horizonte temporal de um ano. Prevê também um limite mínimo absoluto para o Requisito Mínimo de Capital (MCR na sigla inglesa). Para além da utilização da fórmula-padrão definida a nível europeu, o requisito de capital de solvência passa a poder ser calculado com recurso a um modelo interno, desde que aprovado pelo supervisor. O Solvência II, que entra em vigor a partir de Janeiro de 2016, traz consigo desafios acrescidos para as seguradoras. Além de modelos quantitativos mais ponderados pelo risco, introduz também critérios qualitativos ao nível da governação e processo de supervisão, e requisitos de transparência na prestação de informação às autoridades de supervisão e demais stakeholders. Assim,eparaalémdeumeventualreforçodoscapitais próprios, as medidas de preparação para o Solvência II exigem uma reformulação dos processos e procedimentos das seguradoras, no sentido de darem resposta ao incremento da exigência ao nível da gestão de risco, controlo interno e prestação de informação ao mercado e às entidades de supervisão. O aumento dos requisitos de transparência trará importantes alterações à forma como é feita a recolha e tratamento de dados, e exige a adopção de sistemas de 2 Seguros Maio 2014

3 Os três pilares do Solvência II. Pilar 1: Aborda requisitos quantitativos, onde se incluem critérios harmonizados de cálculo de provisões técnicas e outros mecanismos de segurança, como o requisito de capital de solvência e o requisito de capital mínimo. Pilar 2: Contempla requisitos qualitativos, nomeadamente em termos de governação, controlo interno, gestão de risco e processo de supervisão. Pilar 3: Engloba os requisitos de transparência e de prestação de informação às autoridades de supervisão e aos restantes stakeholders. tecnologias de informação apropriados. A finalização do Solvência II ao nível regulatório representa apenas o início. A EY estima que a introdução de uma forma de cálculo de solvência mais suportada no risco traga ainda alterações à forma como as seguradoras conduzem os negócios, à sua organização interna, aos sistemas de pricing e canais de distribuição, devendo conduzir ao incremento da inovação ao nível do produto. Com uma legislação mais exigente, quer em termos quantitativos, quer qualitativos, espera-se que o Solvência II traga uma maior solidez financeira ao sector, permitindo também às companhias e supervisores detectar, antecipadamente, sinais de alarme e prevenir e corrigir eventuais problemas. Face ao novo enquadramento legislativo e à pequena dimensão do mercado, o sector português de seguros pode vir a assistir a movimentos de concentração. REGULAÇÃO HARMONIZADA ESUPERVISÃOMAISACTIVA O Solvência II introduz poderes de supervisão alargados e harmonizados à escala dos Estados- -membros e vem dar maior importância à supervisão de grupo, colocando-a ao mesmo nível da supervisão individual. Prevê também, pela primeira vez, a cooperação dos supervisores nacionais, através do envio de informação à European Insurance and Occupational Pensions Authority (EIOPA), uma das três autoridades europeias de supervisão do sistema financeiro. Os reguladores nacionais passam assim a ter um papel de supervisão mais activo, conduzindo a alterações na forma como as seguradoras se relacionam com o regulador. SEGURADORAS SUBMETIDAS A TESTES DE STRESS O Instituto de Seguros de Portugal (ISP) vai submeter as principais seguradoras que operam em Portugal a testes de stress à semelhança do sucedido no mercado europeu e realizar um estudo de impacto quantitativo junto de todas as 42 companhias que supervisiona, para aferir qual seria a sua margem de MERCADO SEGURADOR PORTUGUÊS EM NÚMEROS 60 mil milhões de euros de activos sob gestão 678 milhões de euros de lucro (mais 27,3% face a 2012) 220% de taxa de cobertura da margem de solvência 12,8 mil milhões de euros de produção de seguro directo (mais 20,7% face a 2012) 33,4% de crescimento do ramo vida (face a 2012) 4,4% de recuo no ramo não vida (face a 2012) Fonte: ISP; números relativos a 2013 solvência caso o Solvência II já estivesse em vigor. O objectivo passa por perceber até que ponto as seguradoras nacionais estão preparadas para diferentes cenários económico-financeiros e se existem necessidades de capital a colmatar. Apesar de a primeira directiva comunitária ter sido aprovada em 2009, a implementação da nova regulamentação europeia de seguros tem vindo a sofrer adiamentos sucessivos. A entrada em vigor do Solvência II está agora ultimada para Janeiro de 2016 e cada Estado-membro tem até ao final do ano para fazer a transposição das directivas comunitárias para a legislação nacional. Opinião CarlaSáPereira, head of Actuarial Services Advisory da EY Portugal On your marks, get set Omercado de seguros na Europa enfrenta um grande número de desafios. Enquanto implementam estruturas que se pretendem eficientes de entreprise risk management e equacionam as melhores formas de optimizar as estruturas de capital face aos futuros requisitos, muitas empresas de seguros pretendem investir em novas tecnologias e modelos analíticos para baixar custos, realizar alterações na distribuição e tipologia de produtos e acomodar as novas necessidades e expectativas dos clientes. O modelo regulamentar do sector está em profunda mudança. O estudo publicado pela EY, European Solvency II Survey 2014, realça um mercado português: abaixo da média relativamente à preparação para os requisitos do Pilar 1; pouco preparado para a implementação do processo ORSA, em particular, para integrar os resultados do ORSA no planeamento estratégico do negócio; e a necessitar de acelerar os seus projectos no Pilar 3 por forma a dar cumprimento à tarefa do reporte. Omomentoédeviragemeodesafioestáemconseguir implementar as alterações que, por um lado, dêem cumprimento às mudanças regulamentares, e que, por outro, possam servir para gerir o negócio de forma efectiva e mais eficiente. O mercado português enfrenta ainda as questões relacionadas com o desajustamento dos preços, em particular nos acidentes de trabalho, mas também no seguro automóvel, e com o aumento esperado da frequência de eventos climáticos extremos. São ainda expectáveis alterações nas estruturas accionistas de algumas empresas de seguros nacionais, quer pela pressão existente nos rácios de solvabilidade do sector bancário, quer pelo interesse crescente de grupos internacionais no mercado nacional, que, aproveitando as ligações históricas a mercados como o do Brasil e de África, podem procurar crescer em mercados emergentes. No 2014 EY European insurance Outlook, a EY identifica que as empresas de seguros de sucesso na Europa em 2014 irão: reestruturar e simplificar a sua organização; acompanhar as evoluções regulamentares; captar clientes de segmentos-chave com produtos inovadores e rentáveis; reformular a sua estratégia de investimentos; desenvolver plataformas digitais para alcançar os consumidores internautas; apostar na qualidade dos dados e em modelos analíticos avançados; e corresponder às mudanças regulamentares no âmbito da distribuição. Na EY, estamos empenhados em apoiar os nossos clientes a atingir o sucesso. go! Maio 2014 Seguros 3

4 IMPLEMENTAÇÃO DO SOLVÊNCIA II NO BOM CAMINHO O cronograma de implementação da tão aguardada Solvência II está em curso, mas as seguradoras europeias enfrentam ainda importantes desafios antes da sua entrada em vigor. O inquérito conduzido pela EY revela quais. Reuters / Yannis Behrakis 4 Seguros Maio 2014

5 De um modo geral, o sector segurador europeu está no caminho certo para a implementação do Solvência II, até à sua entrada em vigor, prevista para Janeiro de 2016, apesar de todo o trabalho que tem ainda pela frente nos três pilares da nova regulamentação. Segundo o European Solvency II Survey 2014, conduzido pela EY em 2013, cerca de 80% das empresas de seguros europeias prevê cumprir a maioria dos requisitos do Solvência II até ao arranque de O nível de prontidão varia de país para país: enquanto as seguradoras holandesas, inglesas e nórdicas se mostram mais confiantes em atender aos requisitos da nova regulamentação, as francesas, alemãs, gregas e da Europa de Leste estão menos esperançadas nesse sentido. As seguradoras holandesas lideram em termos de preparação: perto de 18% espera conseguir implementar todos os requisitos do Solvência II durante 2014, e as restantes acreditam concluir o processo até ao final de Já no caso português, embora seja maior a percentagem das que esperam implementar todos os requisitos da nova regulamentação até ao final deste ano (cerca de 30%), metade das seguradoras aponta a conclusão do processo apenas para o decorrer de 2015, e perto de 20% admite deixar trabalho para o decurso de Os resultados do inquérito demonstram que as seguradoras europeias estão a procurar melhorar a eficácia da sua gestão de risco em várias dimensões, desde a cultura interna, ao controlo, passando pelas pessoas e sistemas. As companhias de seguros estão também a investir esforços consideráveis para perceber como gerir o seu capital no âmbito do Solvência II, de forma a estarem devidamente preparadas para o novo regime. A automatização de muitas das actividades de gestão de risco, sobretudo a elaboração de relatórios, é ainda relativamente baixa, mas a EY antevê que seja dada cadavezmaisatençãoaestaárea,àmedidaqueas empresas desenvolvem os seus planos. Associada à elaboração dos relatórios surge a necessidade de dados robustos e de tecnologias de informação (TI) que permitam o seu rápido processamento, vertentes para as quais as seguradoras têm também de canalizar as suas energias. De acordo com o inquérito, conseguir a aprovação do modelo interno continua a ser um grande desafio, registando-se, em consequência, uma ligeira redução no número de empresas que pretende seguir este caminho. Apenas as principais seguradoras revelam estar, desde o início do novo regime de Solvência II, fortemente comprometidas com a aprovação do modelo interno, tendoalinhadooseuplanodetrabalhonessesentido. Pilar 1 CÁLCULO DE FUNDOS PRÓPRIOS REGISTA PROGRESSOS As companhias de seguros europeias mostram-se, de uma forma geral, bem preparadas para a implementação dos requisitos do Pilar 1 e continuam a fazer progressos nesta área. O maior progresso, relativamente ao inquérito anterior diz respeito ao cálculo de fundos próprios, que NÍVEL DE IMPLEMENTAÇÃO DO SOLVÊNCIA II NA EUROPA POR PILAR 3,3 no Pilar 1 2,9 no Pilar 2 1,9 no Pilar 3 Fonte: European Solvency II Survey 2014 da EY; escala de 0 a 3,5 representa agora a área em que as seguradoras registam maior nível de preparação dentro do Pilar 1, por oposição a outras onde permanece a incerteza, como é o caso da equivalência. As companhias francesas, holandesas e italianas parecem estar próximas da conformidade com todos os requisitos do Pilar 1 do Solvência II, enquanto as gregas, portuguesas e da Europa central e oriental revelam um baixo nível de prontidão, apontando os cálculos da margem de risco como a área menos desenvolvida dentro deste pilar. Portugal surge com um nível de preparação de 3,1 para implementação dos requisitos do Pilar 1, numa escala de zero a quatro, liderada pela Itália, com uma pontuação de 3,7. Pilar 2 MAIS EFICÁCIA NA GESTÃO DE RISCO Os resultados do inquérito demonstram que, no geral, as companhias de seguros europeias estão ainda longe de conseguir mostrar aos reguladores progressos significativos no que toca à eficácia da sua gestão de risco. Apenas 20% adoptaram um mecanismo formal de avaliação da eficácia do sistema de gestão de risco, em linha com as exigências do Pilar 2 do Solvência II. A EY considera que as companhias de seguros deviam procurar perceber melhor esta componente da gestão do negócio, de forma a melhorá-la, independentemente dasexigênciasregulatóriasnessesentido. Os Países Baixos, nórdicos e o Reino Unido consideram-se mais bem preparados neste pilar, enquanto a Grécia, Portugal e os países da Europa central e oriental admitem ter feito menos desenvolvimentos no mesmo. Um em cada quatro inquiridos prevê vir a dedicar muito mais tempo a medir o risco, ao governo da Maior inquérito ao sector. O European Solvency II Survey 2014, conduzido pela EY no Outono de 2013, é um dos maiores inquéritos à indústria de seguros pan-europeia alguma vez realizado, ao envolver 20 países e mais de 170 empresas de seguros. Os resultados revelam a opinião das participantes sobre temas relacionados com o Solvência II, bem como com o seu nível de preparação para a implementação dos Pilares 1, 2 e 3 da regulamentação europeia, que estará em vigor em todos estados-membros a partir de Janeiro de Ferramentas de dados e TI. Pertode79%dasempresasde seguros europeias admite não estar ainda alinhada com os requisitos necessários para documentar e controlar ferramentas informáticas destinadas ao utilizador final. Um longo caminho a percorrer nesta área para dar cumprimento ao Solvência II. Interacção com reguladores. A maior parte das companhias de seguros europeias admite não estar totalmente satisfeita com o apoio recebido dos seus reguladores e espera uma maior intervenção e fiscalização quando o Solvência II entrar em vigor. Esta lacuna deve-se, em parte, aos enormes desafios de mobilização de recursos que os próprios reguladores enfrentam. sociedade e a assegurar o cumprimento do quadro regulatório neste contexto. E aproximadamente um terço antecipa um maior esforço na avaliação do risco futuro e na elaboração de relatórios para os reguladores. Pilar 3 REPORTE DE INFORMAÇÃO EM ATRASO O inquérito revela que o Pilar 3 é o que está mais atrasado no que toca à preparação para implementação dosseusrequisitos,oquevaiexigiraatençãodas companhias de seguros ao longo deste ano, para dar cumprimentoaocalendáriolegal. Cerca de 76% dos entrevistados admite ter ainda por cumprir todos ou quase todos os requisitos do Pilar 3, relacionados com os relatórios de reporte de informação. Isto porque a maioria das companhias de seguros decidiu esperar por uma maior definição dosrequisitosdopilar3,antesdemobilizarrecursos consideráveis na definição e implementação de soluções de reporte de informação. A Alemanha, Holanda, Itália e os países da Europa central e oriental registaram os maiores progressos desde 2012, estando a Holanda na linha da frente, com 43% dos entrevistados a cumprirem já grande parte, ou mesmo todos, os requisitos do Pilar 3. O nível de prontidão da Holanda atinge os 2,7, numa escala de zero a cinco, na qual Portugal se posiciona poucoparaláde1,5pontos. Segundo a EY, o decurso de 2014 vai ser crucial para muitas empresas reiniciarem, ou acelerarem, os projectos relacionados com o Pilar 3. Atendendo ao nível de impreparação, a fase de transição do reporte de informação prevista para 2015 deverá assentar numa base mais manual, deixando para 2016 soluções mais automatizadas, robustas eintegradas. Maio 2014 Seguros 5

6 DR PEDRO SEIXAS VALE PARA O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGUROS (APS), as seguradoras a actuar no mercado nacional estão preparadas para a implementação da nova regulamentação. O Solvência II vem aumentar a exigência sobre o sector segurador. Como é que encara esse reforço de exigência? O Solvência II será um dos maiores desafios, senão o maior, do sector segurador europeu nas últimas décadas. Apesar de alguns dos impactos poderem vir a ser significativos, é consensualmente reconhecida a necessidade de modernização das rígidas normas de solvência em vigor para o sector e da introdução, nas análises de solvência, de dinamismos mais coincidentes com as realidades deste século. O Solvência II terá de ser ajustado, mais cedo ou mais tarde, mas tem o mérito de modernizar os mecanismos de análise da solvabilidade do sector e fomentar a discussão em torno de uma matéria nuclear à actividade seguradora: a gestão de riscos. Quaisasprincipaisalteraçõesqueanovaregulamentaçãovem introduzir na actividade das seguradoras? O Solvência II irá concentrar-se na qualidade da gestão de riscos por parte das seguradoras e em princípios e objectivos, em vez de adoptar regras estanques que não têm em conta os perfis específicos de risco de cada companhia. Tal será Sobre a APS Fundada em 1982, a Associação Portuguesa de Seguros (APS) tem sido uma presença constante na actividade seguradora portuguesa, enquanto entidade representativa das companhias de seguros e resseguros, defendendo os seus interesses a nível nacional e internacional, independentemente da sua natureza jurídica ou nacionalidade. Pedro Seixas Vale, de 66 anos, licenciado em Economia pela Universidade do Porto, preside a associação desde Abril de 2008, sendo o quarto presidente da APS. Esteve desde sempre ligado à APS, onde foi membro dos Conselhos Consultivo e de Direcção e presidente das Comissões Técnicas de Acidentes e Assuntos Financeiros e Fiscais. atingido através de mecanismos quantitativos os seguradores serão obrigados a deter mais capital para mitigar o risco global de insolvência e qualitativos, comooreforçodossistemasdegovernaçãoeacriação de ferramentas mais adequadas de monitorização de riscos e de intervenção para as autoridades de supervisão. O Solvência II ambiciona também incentivar o desenvolvimento das boas práticas de gestão de riscos e dá um grande ênfase ao papel dosórgãosdeadministraçãodasempresasdeseguros, responsabilizando-os pela implementação de sistemas eficazes de controlo interno e gestão de riscos. As companhias serão também obrigadas a identificar, mediregerirosriscossuportadoseaefectuaruma análise prospectiva dos mesmos. O Solvência II também ambiciona incentivar o desenvolvimento de uma análise supervisional de maior qualidade, com maior transparência e mais harmonizada. Uma vez finalizado este processo de revisão do regime prudencial do sector segurador, espera-se que seja implementado um regime ainda mais robusto e assim cumprir um dos principais objectivos do projecto Solvência II: aumentar a protecção dos consumidores de seguros. As seguradoras portuguesas estão preparadas para a mudança? De que forma se estão a adaptar às alterações? As seguradoras a actuar no mercado nacional sempre demonstraram encarar com grande empenho e rigor as exigências práticas do regime Solvência II. Por outro lado, a regulamentação sectorial nacional tem vindo a ser progressivamente adaptada de forma compatível com o novo regime. Esta conjugação indicia que o mercado segurador português deverá estar numa posição privilegiada de enfrentar o desafio da implementação do Solvência II, assumindo mesmo significativas vantagens competitivas face a outros mercados europeus. Como é que as principais seguradoras portuguesas vão enfrentar os testes de stress a que serão submetidas e as eventuais necessidades de reforço de capital? Que resultados antecipa? Em termos médios, espera-se uma redução dos níveis dos rácios de solvência, resultado do acréscimo significativo dos requisitos de capital em ambiente Solvência II, nomeadamente o Requisito Regulamentar de Capital de Solvência (SCR). No entanto, independentemente da perspectiva de análise, os dados do final do exercício de 2013 apontam para um rácio de solvência agregado do sector, calculado com base em regras Solvência I, na ordem dos 220%, o que significa que os capitais disponíveis para cobrir os requisitos de capital são mais de duas vezes os exigidos legalmente, colocando as seguradoras portuguesas numa posição muito confortável para fazer face às exigências adicionais do futuro regime de Solvência II. Quais as principais implicações do Solvência II nas seguradoras e no mercado nacional de seguros? Os custos iniciais de implementação do novo regime são elevados e poderão existir ajustamentos dos preços para alguns tipos de seguros que revelem acréscimos elevados de exigências de capital. Tudo conjugado poderá potenciar o efeito escala e reforçar a crescente tendência de concentração no sector, aumentando a pressão competitiva sobre os pequenos e médios seguradores de base local. 6 Seguros Maio 2014

7 Paulo Alexandre Coelho JOSÉ ALMAÇA Sobre o ISP O Instituto de Seguros de Portugal (ISP) é a autoridade responsável pela regulação e supervisão da actividade seguradora, resseguradora, dos fundos de pensões e respectivas entidades gestoras e de mediação de seguros. Tem como missão assegurar o bom funcionamento do mercado segurador e fundos de pensões, de forma a contribuir para a garantia de protecção dos tomadores de seguro, pessoas seguras, participantes e beneficiários. Nomeado em 2012 presidente do ISP, José Almaça é doutorado em Gestão e dedicou as últimas três décadas ao ensino, sendo autor de várias obras sobre o sector segurador. É professor catedrático de Gestão na Universidade Autónoma e foi membro do conselho Fiscal da Victoria Seguros. O PRESIDENTE DO INSTITUTO DE SEGUROS DE PORTUGAL (ISP) comenta oimpactodosolvênciaiinomercado segurador e explica como o ISP está a ajudar as companhias na transposição das novas regras. O Solvência II entra em vigor em Janeiro de Qual o papel do ISP neste contexto e qual o ponto de situação? A participação do ISP reflecte-se em vertentes diversas. Tem vindo a participar nos trabalhos de construção do novo regime desde o início. Adicionalmente, informou o mercado da intenção de dar cumprimento às orientações que foram divulgadas pela EIOPA, para preparar a aplicação daquele regime, no contexto da chamada Fase de Preparação. Uma preparação atempada é benéfica para todas as partes e o ISP tem procurado manter um diálogo com as empresas de seguros nacionais nesse sentido. Também foi apresentado ao Governo um projecto de transposição da directiva que define os princípios gerais do novo regime projecto entretanto alterado, resultado da aprovação da directiva Omnibus II, que introduz alterações importantes. Quaisosprincipaisdesafiosqueasseguradoras portuguesas enfrentam no sentido de se prepararem para cumprir o reforço de exigência que o Solvência II representa? O ISP tem consciência que o impacto em termos de recursos humanos, financeiros e tecnológicos é significativo e que a crise financeira trouxe outras preocupações que careceram de uma intervenção mais imediata. Também as várias derrapagens no calendário prejudicaram o momentum e o grau de empenho de uma primeira fase. Mas agora é fundamental que as empresas se dediquem à definição de um calendário rigoroso e abrangente para identificar e planear as actividades a concretizar até Janeiro de Em termos de desafios, destacaria a autoavaliação do risco e da solvência (o ORSA), cuja implementação tem sido identificada como uma das principais preocupações das empresas. Qual o ponto de situação das seguradoras portuguesas relativamente à preparação para cada um dos três pilares do Solvência II? No que diz respeito ao primeiro pilar, desde 2008 que o ISP exige às empresas de seguros o cálculo e reporte das provisões técnicas combaseemprincípioseconómicosemlinhacomonovo regime. Por outro lado, verificou-se uma participação massiva do mercado português quer nos estudos de impacto quantitativo realizados a nível europeu, quer nos realizados pelo ISP. Em relação ao segundo pilar, a grande maioria do trabalho já está feita, uma vez que as principais características do sistema de governação em ambiente Solvência II coincidem com os princípios aplicáveis aos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno divulgados pelo ISP em No contexto do segundo pilar, surge também o ORSA, uma das principais novidades do novo regime, que irá ajudar a estabelecer a relação entre as decisões de gestão e o consumo de capital associado. O terceiro pilar exigirá um esforço mais intensivo, no imediato, em termos de recursos. Há que preparar os sistemas de informação para recolher a informação e reportá-la, sendo que o reporte será efectuadocomumformatonovo(xbrl),oquerepresentaum desafio adicional, e que o primeiro reporte deverá ocorrer já em Com as iniciativas planeadas para os próximos meses, acreditamos que a 1 de Janeiro de 2016 as empresas de seguros nacionais estarão preparadas para cumprir o Solvência II. Quais os benefícios, para seguradoras e clientes, do incremento de exigência que o Solvência II representa? O principal objectivo é a protecção dos tomadores de seguros e beneficiários. Para o concretizar, é preconizada a convergência de práticas entre supervisores e empresas, é promovida uma cultura de gestão de riscos que esteja presente nas várias funções da empresa e é requerida uma maior transparência e disciplina de mercado. Ao promover a convergência das práticas, facilita-se o mercado único de seguros e a supervisão de grupos de seguros com presença no Espaço Económico Europeu (EEE). O novo regime irá fomentar a competitividade e, consequentemente, a capacidade de inovação, o que é benéfico para todas as partes. Que implicações terá a implementação do novo regime nas seguradoras e no mercado segurador português? Que movimentações antecipa? Deverá assistir-se à disponibilização de novas tipologias de produtos de seguros e a alterações na composição das estruturas deprodutos,paraestabelecerumaligaçãomaisdirectaentreo risco assumido e o consumo de capital associado. Por outro lado, é natural que se verifiquem alguns movimentos de concentração no mercado, designadamente com o intuito de aproveitar eventuais sinergias. Que iniciativas estão previstas, por parte do ISP, para ajudar o sector a enfrentar os desafios que se apresentam? Nodia21deAbril,oISPlançouumnovoestudodeimpacto quantitativo de âmbito nacional, o QIS-2014, para testar e consolidar os processos de cálculo subjacentes ao regime Solvência II. Adicionalmente, os respectivos templates de reporte terão por base aqueles que foram preparados pela EIOPA no contexto da Fase de Preparação, o que irá permitir testá-los. Prevemos, ainda este ano, concretizar iniciativas como a autoavaliação prospectiva dos riscos, nome que foi atribuído ao ORSA na Fase de Preparação, ainda que a principal diferença seja o facto de, durante este período, ser proposta uma implementação faseada. O ISP está preparado para manter uma estreita ligação comasempresasdesegurosaolongodetodooprocessode preparação, bem como posteriormente. Maio 2014 Seguros 7

8 PUB

III COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES. Sessão de Abertura

III COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES. Sessão de Abertura III COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES Sessão de Abertura A regulação e supervisão da actividade seguradora e de fundos de pensões Balanço, objectivos e estratégias futuras É com

Leia mais

Desafios da Implementação dos Novos. Basileia nos PALOP s. Cidade da Praia, 2014

Desafios da Implementação dos Novos. Basileia nos PALOP s. Cidade da Praia, 2014 Desafios da Implementação dos Novos Acordos de Convergência de Capitais de Basileia nos PALOP s A experiência i do Banco de Moçambique Cidade da Praia, 2014 Estrutura da Apresentação 1. Contexto to do

Leia mais

Seguros e Pensões em Portugal: Situação atual e perspetivas futuras

Seguros e Pensões em Portugal: Situação atual e perspetivas futuras Seguros e Pensões em Portugal: Situação atual e perspetivas futuras José Figueiredo Almaça Instituto de Seguros de Portugal 21 de fevereiro de 2014 ÍNDICE 1. Principais indicadores do mercado segurador

Leia mais

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009 IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões Lisboa, 15 de Abril de 2009 Foi com todo o gosto e enorme interesse que aceitei o convite do Diário Económico para estar presente neste IV Fórum do sector

Leia mais

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira Inclusão Financeira Inclusão Financeira Ao longo da última década, Angola tem dado importantes passos na construção dos pilares que hoje sustentam o caminho do desenvolvimento económico, melhoria das

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL Ana Rita Ramos 1 Cristina Silva 2 1 Departamento de Análise de Riscos e Solvência do ISP 2 Departamento de Estatística e Controlo de Informação do ISP As opiniões

Leia mais

INSTITUTO DE SEGUROS DE PORTUGAL A SUPERVISÃO DAS ENTIDADES GESTORAS DOS SISTEMAS COMPLEMENTARES DE REFORMA

INSTITUTO DE SEGUROS DE PORTUGAL A SUPERVISÃO DAS ENTIDADES GESTORAS DOS SISTEMAS COMPLEMENTARES DE REFORMA INSTITUTO DE SEGUROS DE PORTUGAL A SUPERVISÃO DAS ENTIDADES GESTORAS DOS SISTEMAS COMPLEMENTARES DE REFORMA 1 A regulação e a supervisão prudencial são um dos pilares essenciais para a criação de um clima

Leia mais

Reforma da Segurança Social Prioridade Estratégica Nacional

Reforma da Segurança Social Prioridade Estratégica Nacional INSTITUTO DE SEGUROS DE PORTUGAL Reforma da Segurança Social Prioridade Estratégica Nacional - A ligação entre os Fundos de Pensões e o 1 Os Fundos de Pensões em Portugal Início em 1987 Fundos de Pensões

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DA I&D EM PORTUGAL

CARACTERIZAÇÃO DA I&D EM PORTUGAL CARACTERIZAÇÃO DA I&D EM PORTUGAL No ano de 2000, o Conselho Europeu, reunido em Lisboa, fixou o objectivo de na próxima década, tornar-se a economia baseada no conhecimento mais competitiva e dinâmica

Leia mais

X CONGRESSO DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS. 1.ª Sessão Supervisão do sistema financeiro

X CONGRESSO DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS. 1.ª Sessão Supervisão do sistema financeiro X CONGRESSO DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS 1.ª Sessão Supervisão do sistema financeiro Permitam-me uma primeira palavra para agradecer à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas pelo amável convite que

Leia mais

Estudo Empresas Darwin em Portugal

Estudo Empresas Darwin em Portugal Estudo Empresas Darwin em Portugal Introdução Num mercado muito competitivo em que os mais pequenos pormenores fazem a diferença, as empresas procuram diariamente ferramentas que lhes permitam manter-se

Leia mais

II Fórum do sector segurador e de fundos de pensões. Lisboa, 7 de Março de 2007. Novas regras de solvência Implementação e gestão de risco

II Fórum do sector segurador e de fundos de pensões. Lisboa, 7 de Março de 2007. Novas regras de solvência Implementação e gestão de risco II Fórum do sector segurador e de fundos de pensões Lisboa, 7 de Março de 2007 Novas regras de solvência Implementação e gestão de risco Foi com todo o gosto, e também com enorme interesse, que aceitei

Leia mais

3 Mensuração de Capital

3 Mensuração de Capital Capítulo 3 Mensuração de Capital 3 Mensuração de Capital Este capítulo tem por objetivo apresentar uma visão geral da mensuração de capital a fim de determinar o capital das sociedades. Para isto, foi

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 840

Manual do Revisor Oficial de Contas. Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 840 Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 840 PROJECTO DE DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 840 Março de 2008 Relatório Sobre os Sistemas de Gestão de Riscos e de Controlo Interno das Empresas de Seguros

Leia mais

AUDITORIAS DE VALOR FN-HOTELARIA, S.A.

AUDITORIAS DE VALOR FN-HOTELARIA, S.A. AUDITORIAS DE VALOR FN-HOTELARIA, S.A. Empresa especializada na concepção, instalação e manutenção de equipamentos para a indústria hoteleira, restauração e similares. Primeira empresa do sector a nível

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 835

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 835 Directriz de Revisão/Auditoria 835 Abril de 2006 Certificação do Relatório Anual sobre os Instrumentos de Captação de Aforro Estruturados (ICAE) no Âmbito da Actividade Seguradora Índice INTRODUÇÃO 1 4

Leia mais

ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP)

ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP) Manual de Instruções do Banco de Portugal Instrução nº 15/2007 ASSUNTO: Processo de Auto-avaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP) A avaliação e a determinação com rigor do nível de capital interno

Leia mais

Mecanismos de supervisão e regulação para o setor segurador e dos fundos de pensões

Mecanismos de supervisão e regulação para o setor segurador e dos fundos de pensões Mecanismos de supervisão e regulação para o setor segurador e dos fundos de pensões Mário Ribeiro Instituto de Seguros de Portugal 29 de setembro de 2011 1 ÍNDICE Risco sistémico O novo regime de solvência

Leia mais

Identificação da empresa

Identificação da empresa Identificação da empresa ANA Aeroportos de Portugal, S.A. Missão, Visão e Valores Missão da ANA A ANA - Aeroportos de Portugal, SA tem como missão gerir de forma eficiente as infraestruturas aeroportuárias

Leia mais

Apresentação ao mercado do processo de adopção plena das IAS/IFRS

Apresentação ao mercado do processo de adopção plena das IAS/IFRS Apresentação ao mercado do processo de adopção plena das IAS/IFRS DEPARTAMENTO DE SUPERVISÃO PRUDENCIAL DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 10 de Março de 2014 001 Índice Enquadramento 2 Evolução do normativo

Leia mais

POLÍTICA DE AMBIENTE, QUALIDADE E SEGURANÇA

POLÍTICA DE AMBIENTE, QUALIDADE E SEGURANÇA HOMOLOGAÇÃO: José Eduardo Carvalho 14-03- Pág. 2 de 5 A Tagusgás subscreve a Política AQS da Galp Energia. A Política AQS da Tagusgás foi definida tendo em consideração os Objectivos Estratégicos do Grupo

Leia mais

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA Bruxelas, 7 de ovembro de 2008 REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA 1. A unidade dos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia para coordenar as respostas

Leia mais

::ENQUADRAMENTO ::ENQUADRAMENTO::

::ENQUADRAMENTO ::ENQUADRAMENTO:: ::ENQUADRAMENTO:: :: ENQUADRAMENTO :: O actual ambiente de negócios caracteriza-se por rápidas mudanças que envolvem a esfera politica, económica, social e cultural das sociedades. A capacidade de se adaptar

Leia mais

A certificação de Qualidade para a Reparação Automóvel.

A certificação de Qualidade para a Reparação Automóvel. A certificação de Qualidade para a Reparação Automóvel. Projecto A Oficina+ ANECRA é uma iniciativa criada em 1996, no âmbito da Padronização de Oficinas ANECRA. Este projecto visa reconhecer a qualidade

Leia mais

Selling Tools. Dale Carnegie Training Portugal www.dalecarnegie.pt customerservice@dalecarnegie.pt

Selling Tools. Dale Carnegie Training Portugal www.dalecarnegie.pt customerservice@dalecarnegie.pt Dale Carnegie Training Portugal www.dalecarnegie.pt customerservice@dalecarnegie.pt Enquadramento As vendas têm um ambiente próprio; técnicas e processos específicos. A forma de estar, o networking, os

Leia mais

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS. Coerência das Políticas: O Desafio do Desenvolvimento. Sessão Pública ABERTURA

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS. Coerência das Políticas: O Desafio do Desenvolvimento. Sessão Pública ABERTURA MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS Coerência das Políticas: O Desafio do Desenvolvimento Sessão Pública 19.01.2011 Assembleia da República ABERTURA Senhor Presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

4. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões

4. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões 4. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões O número total de empresas de seguros a operar no mercado nacional manteve-se estável em 212, sem alterações significativas à sua estrutura. Neste

Leia mais

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS I. INTRODUÇÃO O Governo apresentou ao Conselho Económico e Social o Projecto de Grandes Opções do Plano 2008 (GOP 2008) para que este Órgão, de acordo com

Leia mais

- Reforma do Tesouro Público

- Reforma do Tesouro Público - Reforma do Tesouro Público Em Novembro de 1997 foram definidas as opções estratégicas do Ministério das Finanças para a adopção da moeda Única ao nível da Administração Financeira do Estado. Estas opções,

Leia mais

XI Mestrado em Gestão do Desporto

XI Mestrado em Gestão do Desporto 2 7 Recursos Humanos XI Mestrado em Gestão do Desporto Gestão das Organizações Desportivas Módulo de Gestão de Recursos Rui Claudino FEVEREIRO, 28 2 8 INDÍCE DOCUMENTO ORIENTADOR Âmbito Objectivos Organização

Leia mais

PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR

PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR Princípios aplicáveis ao desenvolvimento dos Sistemas de Gestão de Riscos e de Controlo Interno das Empresas de Seguros As melhores práticas internacionais na regulamentação

Leia mais

DOCUMENTO DE TRABALHO

DOCUMENTO DE TRABALHO PARLAMENTO EUROPEU 2009-2014 Comissão dos Orçamentos 15.9.2010 DOCUMENTO DE TRABALHO sobre o mandato externo do BEI Comissão dos Orçamentos Relator: Ivailo Kalfin DT\830408.doc PE448.826v01-00 Unida na

Leia mais

PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR - CONSULTA PÚBLICA -

PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR - CONSULTA PÚBLICA - PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR - CONSULTA PÚBLICA - 1. ENQUADRAMENTO Na sequência da consulta pública acima mencionada, promovida conjuntamente pelos reguladores português e espanhol, vem

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS 24 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS Os mercados de capitais na Europa e no mundo exigem informações financeiras significativas, confiáveis, relevantes e comparáveis sobre os emitentes de valores mobiliários.

Leia mais

BETTER REGULATION DO SECTOR FINANCEIRO EM

BETTER REGULATION DO SECTOR FINANCEIRO EM CONSELHO NACIONAL DE SUPERVISORES FINANCEIROS Relatório Final sobre a Consulta Pública n.º 3/2007 relativa à BETTER REGULATION DO SECTOR FINANCEIRO EM MATÉRIA DE REPORTE ACTUARIAL 1 1. Introdução Entre

Leia mais

Iniciativas Legislativas

Iniciativas Legislativas 2015 Iniciativas Legislativas Este documento enumera as iniciativas legislativas que envolvem o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros () ou que podem implicar o parecer do, ainda que incidam sobre

Leia mais

8º Congresso Brasileiro & Pan-Americano de Atuária. Rio de Janeiro Agosto - 2010

8º Congresso Brasileiro & Pan-Americano de Atuária. Rio de Janeiro Agosto - 2010 Normas Internacionais de Supervisão 8º Congresso Brasileiro & Pan-Americano de Atuária Rio de Janeiro Agosto - 2010 Sumário: 1. Solvência II 2. International Association of Insurance Supervisors IAIS 3.

Leia mais

FrontWave Engenharia e Consultadoria, S.A.

FrontWave Engenharia e Consultadoria, S.A. 01. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 2 01. Apresentação da empresa é uma empresa criada em 2001 como spin-off do Instituto Superior Técnico (IST). Desenvolve tecnologias e metodologias de inovação para rentabilizar

Leia mais

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite que a FCT me dirigiu para

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Alteração ao Regime Jurídico da Avaliação do Ensino Superior Num momento em que termina o ciclo preliminar de avaliação aos ciclos de estudo em funcionamento por parte da Agência de Avaliação e Acreditação

Leia mais

RELATÓRIO E CONTAS BBVA BOLSA EURO

RELATÓRIO E CONTAS BBVA BOLSA EURO RELATÓRIO E CONTAS BBVA BOLSA EURO 30 JUNHO 20 1 BREVE ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 1º semestre de 20 No contexto macroeconómico, o mais relevante no primeiro semestre de 20, foi a subida das taxas do

Leia mais

Orientações relativas à avaliação interna do risco e da solvência

Orientações relativas à avaliação interna do risco e da solvência EIOPA-BoS-14/259 PT Orientações relativas à avaliação interna do risco e da solvência EIOPA Westhafen Tower, Westhafenplatz 1-60327 Frankfurt Germany - Tel. + 49 69-951119-20; Fax. + 49 69-951119-19; email:

Leia mais

S. R. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

S. R. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS RELATÓRIO SOBRE REGIME DE CAPITALIZAÇÃO PÚBLICA PARA O REFORÇO DA ESTABILIDADE FINANCEIRA E DA DISPONIBILIZAÇÃO DE LIQUIDEZ NOS MERCADOS FINANCEIROS (REPORTADO A 25 DE MAIO DE 2012) O presente Relatório

Leia mais

DOCUMENTO DE CONSULTA PÚBLICA

DOCUMENTO DE CONSULTA PÚBLICA DOCUMENTO DE CONSULTA PÚBLICA N.º 8/2010 Projecto de Orientação Técnica relativa ao desenvolvimento dos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno das entidades gestoras de fundos de pensões 31

Leia mais

Comissão apresenta estratégia europeia para a energia

Comissão apresenta estratégia europeia para a energia Comissão apresenta estratégia europeia para a energia Numa época em que se assiste a importantes reestruturações empresariais no sector energético a nível europeu, a Comissão Europeia estabeleceu as bases

Leia mais

PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR

PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR OBTENÇÃO E ELABORAÇÃO DOS DADOS ACTUARIAIS E ESTATÍSTICOS DE BASE NO CASO DE EVENTUAIS DIFERENCIAÇÕES EM RAZÃO DO SEXO NOS PRÉMIOS E PRESTAÇÕES INDIVIDUAIS DE SEGUROS E DE

Leia mais

Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção

Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção IP/03/716 Bruxelas, 21 de Maio de 2003 Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção O reforço dos direitos dos accionistas e da protecção dos trabalhadores e

Leia mais

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO?

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Desde a crise económica e financeira mundial, a UE sofre de um baixo nível de investimento. São necessários esforços coletivos

Leia mais

Qualidade e Inovação. CONTROLO DA QUALIDADE Qualidade e Inovação Trabalho de grupo

Qualidade e Inovação. CONTROLO DA QUALIDADE Qualidade e Inovação Trabalho de grupo CONTROLO DA QUALIDADE Qualidade e Inovação Trabalho de grupo Curso de Arte e Multimédia/Design 2º Semestre 1º Ciclo Ano lectivo 2007/2008 Docente: José Carlos Marques Discentes: Ana Pedro nº 2068207/ Encarnação

Leia mais

Programa de trabalho da Presidência Portuguesa para o Conselho Ecofin

Programa de trabalho da Presidência Portuguesa para o Conselho Ecofin Programa de trabalho da Presidência Portuguesa para o Conselho Ecofin A Presidência Portuguesa na área dos Assuntos Económicos e Financeiros irá centrar-se na prossecução de três grandes objectivos, definidos

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

SOLVÊNCIA II Principais Desafios

SOLVÊNCIA II Principais Desafios Maio 2008 SOLVÊNCIA II Principais Desafios Índice Porquê regulamentar a solvência? Solvência II Estruturas e princípios Pilar II Principais exigências e desafios Solvência I vs Solvência II Conclusões

Leia mais

Soluções com valor estratégico

Soluções com valor estratégico Soluções com valor estratégico Contexto O ambiente económico e empresarial transformou-se profundamente nas últimas décadas. A adesão de Portugal à U.E., a adopção do euro e o mais recente alargamento

Leia mais

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações Introdução: Os Sistemas de Informação (SI) enquanto assunto de gestão têm cerca de 30 anos de idade e a sua evolução ao longo destes últimos anos tem sido tão dramática como irregular. A importância dos

Leia mais

01. Missão, Visão e Valores

01. Missão, Visão e Valores 01. Missão, Visão e Valores 01. Missão, Visão e Valores 06 Missão, Visão e Valores Missão A missão do ICP-ANACOM reflecte a sua razão de ser, concretizada nas actividades que oferece à sociedade para satisfazer

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões SUMÁRIO I PRODUÇÃO E CUSTOS COM SINISTROS 1. Análise global 2. Ramo Vida 3. Ramos Não Vida a. Acidentes de Trabalho b. Doença c. Incêndio e Outros

Leia mais

adaptados às características e expectativas dos nossos Clientes, de modo a oferecer soluções adequadas às suas necessidades.

adaptados às características e expectativas dos nossos Clientes, de modo a oferecer soluções adequadas às suas necessidades. A Protteja Seguros surge da vontade de contribuir para o crescimento do mercado segurador nacional, através da inovação, da melhoria da qualidade de serviço e de uma política de crescimento sustentável.

Leia mais

w w w. y e l l o w s c i r e. p t

w w w. y e l l o w s c i r e. p t consultoria e soluções informáticas w w w. y e l l o w s c i r e. p t A YellowScire iniciou a sua atividade em Janeiro de 2003, é uma empresa de consultoria de gestão e de desenvolvimento em tecnologias

Leia mais

Fórum Crédito e Educação Financeira 25 de Janeiro de 2012. António de Sousa

Fórum Crédito e Educação Financeira 25 de Janeiro de 2012. António de Sousa Fórum Crédito e Educação Financeira 25 de Janeiro de 2012 António de Sousa Realidade: A literacia financeira dos portugueses Resultados do Inquérito do Banco de Portugal à População Portuguesa (2010):

Leia mais

Objectivos Estratégicos (OE) Meta 2008 Taxa de Realização

Objectivos Estratégicos (OE) Meta 2008 Taxa de Realização Ministério: Organismo: MISSÃO: Ministério das Finanças e da Administração Pública Direcção-Geral do Orçamento A Direcção-Geral do Orçamento (DGO) tem por missão superintender na elaboração e execução do

Leia mais

COMISSÃO DOS ASSUNTOS ECONÓMICOS E MONETÁRIOS

COMISSÃO DOS ASSUNTOS ECONÓMICOS E MONETÁRIOS PARLAMENTO EUROPEU COMISSÃO DOS ASSUNTOS ECONÓMICOS E MONETÁRIOS Comunicação aos Membros nº 26/2002 Objecto: Audição de 10 de Julho: Depois da Enron: supervisão financeira na Europa Temas sugeridos para

Leia mais

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Comissão Europeia O que é a Estratégia Europeia para o Emprego? Toda a gente precisa de um emprego. Todos temos necessidade de

Leia mais

'(&,6 (6$3529$'$6325352&(',0(172(6&5,72

'(&,6 (6$3529$'$6325352&(',0(172(6&5,72 & Bruxelas, 26 de Março de 2001 7362/01 (Presse 120) (OR. en) '(&,6 (6$3529$'$6325352&(',0(172(6&5,72 O Conselho aprovou em 23 de Março de 2001, por procedimento escrito, as suas posições comuns tendo

Leia mais

Eng.ª Ana Paula Vitorino. por ocasião da

Eng.ª Ana Paula Vitorino. por ocasião da INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA A SECRETÁRIA DE ESTADO DOS TRANSPORTES Eng.ª Ana Paula Vitorino por ocasião da Sessão de Encerramento do Colóquio PORTO DE AVEIRO: ESTRATÉGIA E FUTURO, Ílhavo Museu Marítimo

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Parecer COM(2013)462 Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativo a fundos europeus de investimento a longo prazo 1 PARTE I - NOTA INTRODUTÓRIA Nos termos do artigo 7.º da Lei n.º

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

A Lei n.º 18/2015 introduziu novos tipos de OICs em Portugal, que poderão ser geridos por SCRs e outras gestoras de OICs:

A Lei n.º 18/2015 introduziu novos tipos de OICs em Portugal, que poderão ser geridos por SCRs e outras gestoras de OICs: 1) Introdução A Lei n.º 18/2015 introduziu novos tipos de OICs em Portugal, que poderão ser geridos por SCRs e outras gestoras de OICs: Os OICs de investimento alternativo especializado, vocacionados para

Leia mais

O Ministério da Justiça da República Portuguesa e o Ministério da Justiça da República democrática de Timor - Leste:

O Ministério da Justiça da República Portuguesa e o Ministério da Justiça da República democrática de Timor - Leste: Protocolo de Cooperação Relativo ao Desenvolvimento do Centro de Formação do Ministério da Justiça de Timor-Leste entre os Ministérios da Justiça da República Democrática de Timor-Leste e da República

Leia mais

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE V EUROSAI/OLACEFS CONFERENCE SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A V Conferência EUROSAI/OLACEFS reuniu, em Lisboa, nos dias 10 e 11 de Maio de

Leia mais

Comissão de Orçamento e Finanças

Comissão de Orçamento e Finanças Apresentação à Comissão de Orçamento e Finanças 20 de Março de 2007 Fernando Nogueira Presidente do Instituto de Seguros de Portugal Sumário 1. A avaliação do FMI - FSAP 2. A evolução do mercado 3. Principais

Leia mais

Comemoração dos 30 Anos APAF Análise Financeira: alicerce do mercado de capitais e do crescimento económico Intervenção de boas vindas

Comemoração dos 30 Anos APAF Análise Financeira: alicerce do mercado de capitais e do crescimento económico Intervenção de boas vindas Comemoração dos 30 Anos APAF Análise Financeira: alicerce do mercado de capitais e do crescimento económico Intervenção de boas vindas Exm.ªs Senhoras, Exm.ºs Senhores É com prazer que, em meu nome e em

Leia mais

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020. DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020. DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013 PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020 DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013 REDE RURAL NACIONAL NOTA INTRODUTÓRIA O desenvolvimento das fichas de medida/ação está condicionado, nomeadamente,

Leia mais

PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO

PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO Novembro/2014 Índice INTRODUÇÃO... 3 Balanço da execução do plano... 4 Conclusão... 5 Recomendações... 8 REVISÃO DO

Leia mais

V A L E I N O V A Ç Ã O Page 1 VALE INOVAÇÃO (PROJETOS SIMPLIFICADOS DE INOVAÇÃO)

V A L E I N O V A Ç Ã O Page 1 VALE INOVAÇÃO (PROJETOS SIMPLIFICADOS DE INOVAÇÃO) V A L E I N O V A Ç Ã O Page 1 VALE INOVAÇÃO (PROJETOS SIMPLIFICADOS DE INOVAÇÃO) Março 2015 V A L E INO V A Ç Ã O Pag. 2 ÍNDICE 1. Enquadramento... 3 2. Objetivo Específico... 3 3. Tipologia de Projetos...

Leia mais

Linhas de Acção. 1. Planeamento Integrado. Acções a desenvolver: a) Plano de Desenvolvimento Social

Linhas de Acção. 1. Planeamento Integrado. Acções a desenvolver: a) Plano de Desenvolvimento Social PLANO DE ACÇÃO 2007 Introdução O CLASA - Conselho Local de Acção Social de Almada, de acordo com a filosofia do Programa da Rede Social, tem vindo a suportar a sua intervenção em dois eixos estruturantes

Leia mais

3. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões

3. Evolução do mercado segurador e dos fundos de pensões Figura 5 Evolução de empréstimos, depósitos e taxas de juro do setor bancário 3% 2% 1% % -1% -2% -3% -4% -5% -6% -7% -8% Emprés mos concedidos pelo setor bancário (variação anual) dez-1 dez-11 dez-12 dez-13

Leia mais

WORKSHOP INCLUSÃO E FORMAÇÃO FINANCEIRA PAPEL DO BANCO DE CABO VERDE NA PROMOÇÃO DA INCLUSÃO FINANCEIRA

WORKSHOP INCLUSÃO E FORMAÇÃO FINANCEIRA PAPEL DO BANCO DE CABO VERDE NA PROMOÇÃO DA INCLUSÃO FINANCEIRA WORKSHOP INCLUSÃO E FORMAÇÃO FINANCEIRA PAPEL DO BANCO DE CABO VERDE NA PROMOÇÃO DA INCLUSÃO FINANCEIRA Banco de Portugal, 11 de Julho de 2013 Solange Lisboa Ramos Gabinete de Apoio ao Consumidor do Banco

Leia mais

A Evolução dos Serviços de Água em Portugal

A Evolução dos Serviços de Água em Portugal A Evolução dos Serviços de Água em Portugal AcquaLifeExpo Lisboa, 22-25 de Março de 2012 Centro Empresarial Torres de Lisboa Rua Tomás da Fonseca, Torre G 8º 1600-209 LISBOA - PORTUGAL www.ersar.pt Tel.:

Leia mais

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES Decreto Regulamentar Regional n.º 26/2007/A de 19 de Novembro de 2007 Regulamenta o Subsistema de Apoio ao Desenvolvimento da Qualidade e Inovação O Decreto Legislativo Regional

Leia mais

Comemorações do 35º Aniversário do Banco de Cabo Verde. Conferência internacional sobre A mobilização de oportunidades no pós-crise

Comemorações do 35º Aniversário do Banco de Cabo Verde. Conferência internacional sobre A mobilização de oportunidades no pós-crise Comemorações do 35º Aniversário do Banco de Cabo Verde Conferência internacional sobre A mobilização de oportunidades no pós-crise Senhora Ministra das Finanças, Senhores Representantes Diplomáticos, Senhores

Leia mais

Análise do Relatório Doing Business 2016

Análise do Relatório Doing Business 2016 CTA-CONFEDERAÇÃO DASASSOCIAÇÕES ECONÓMICAS DE MOÇAMBIQUE Análise do Relatório Doing Business 2016 esengo@cta.org.mz Novembro, 2015 1 O Banco Mundial divulgou recentemente o relatório Doing Business 2016,

Leia mais

Nota: texto da autoria do IAPMEI - UR PME, publicado na revista Ideias & Mercados, da NERSANT edição Setembro/Outubro 2005.

Nota: texto da autoria do IAPMEI - UR PME, publicado na revista Ideias & Mercados, da NERSANT edição Setembro/Outubro 2005. Cooperação empresarial, uma estratégia para o sucesso Nota: texto da autoria do IAPMEI - UR PME, publicado na revista Ideias & Mercados, da NERSANT edição Setembro/Outubro 2005. É reconhecida a fraca predisposição

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 860

Manual do Revisor Oficial de Contas. Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 860 Índice Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 860 PROJECTO DE DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 860 Dezembro de 2008 Relatório Sobre o Sistema de Controlo Interno das Instituições de Crédito e Sociedades

Leia mais

A ARTSOFT é uma empresa especializada no desenvolvimento e comercialização de soluções tecnológicas de apoio à gestão empresarial.

A ARTSOFT é uma empresa especializada no desenvolvimento e comercialização de soluções tecnológicas de apoio à gestão empresarial. POWERING BUSINESS QUEM SOMOS A ARTSOFT é uma empresa especializada no desenvolvimento e comercialização de soluções tecnológicas de apoio à gestão empresarial. Desde 1987 que desenvolvemos um trabalho

Leia mais

Conceito. As empresas como ecossistemas de relações dinâmicas

Conceito. As empresas como ecossistemas de relações dinâmicas Conceito As empresas como ecossistemas de relações dinâmicas PÁG 02 Actualmente, face à crescente necessidade de integração dos processos de negócio, as empresas enfrentam o desafio de inovar e expandir

Leia mais

Em ambos os casos estão em causa, sobretudo, os modos de relacionamento das empresas com os seus múltiplos stakeholders.

Em ambos os casos estão em causa, sobretudo, os modos de relacionamento das empresas com os seus múltiplos stakeholders. Notas de apoio à Intervenção inicial do Director Executivo da AEM, Abel Sequeira Ferreira, na Conferência Responsabilidade Social e Corporate Governance, organizada, em parceria, pelo GRACE, pela AEM e

Leia mais

6º Congresso Nacional da Administração Pública

6º Congresso Nacional da Administração Pública 6º Congresso Nacional da Administração Pública João Proença 30/10/08 Desenvolvimento e Competitividade: O Papel da Administração Pública A competitividade é um factor-chave para a melhoria das condições

Leia mais

Press Release. Voith promove constantes mudanças 2014-12-10

Press Release. Voith promove constantes mudanças 2014-12-10 Press Release Voith promove constantes mudanças 2014-12-10 Reversão da tendência em pedidos recebidos se estabiliza: volume de pedidos aumenta em 7% no ano fiscal de 2013/14 Vendas consolidadas e lucro

Leia mais

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e das Obras Públicas Transportes e Comunicações, o seguinte: Artigo 1.º.

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e das Obras Públicas Transportes e Comunicações, o seguinte: Artigo 1.º. Legislação Portaria n.º 542/2007, de 30 de Abril Publicado no D.R., n.º 83, I Série, de 30 de Abril de 2007 SUMÁRIO: Aprova os Estatutos do Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P.. TEXTO: O Decreto-Lei

Leia mais

Protocolo de Colaboração Rede Embaixadores para a Responsabilidade Social das Empresas dos Açores

Protocolo de Colaboração Rede Embaixadores para a Responsabilidade Social das Empresas dos Açores Protocolo de Colaboração Rede Embaixadores para a Responsabilidade Social das Empresas dos Açores Introdução Considerando que nos Açores, são já muitas as empresas e organizações que assumem convictamente

Leia mais

Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental

Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental A Nestlé, na qualidade de Companhia líder em Nutrição, Saúde e Bem-Estar, assume o seu objectivo

Leia mais

O Quadro Nacional de Qualificações e a sua articulação com o Quadro Europeu de Qualificações

O Quadro Nacional de Qualificações e a sua articulação com o Quadro Europeu de Qualificações O Quadro Nacional de Qualificações e a sua articulação com o Quadro Europeu de Qualificações CENFIC 13 de Novembro de 2009 Elsa Caramujo Agência Nacional para a Qualificação 1 Quadro Europeu de Qualificações

Leia mais

A Normalização e a Gestão do Risco

A Normalização e a Gestão do Risco A Normalização e a Gestão do Risco ISO 26000 e a Gestão do Risco 22 de Maio 2014 João Simião Algumas reflexões para partilhar 2 Curiosidades sobre riscos Sabia que o termo risco (risk) é referido em 141

Leia mais