DESENVOLVIMENTO DE UM ATLAS DE HISTOLOGIA: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO A FAVOR DA EDUCAÇÃO NA ÁREA MÉDICA.

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1 DESENVOLVIMENTO DE UM ATLAS DE HISTOLOGIA: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO A FAVOR DA EDUCAÇÃO NA ÁREA MÉDICA. Marcos Felipe Costa Mauriz 1, Daniel Fernando Pereira Vasconcelos 2. ¹Bolsista ITV, Curso de Fisioterapia, Campus Ministro Reis Veloso. marcos_felipecbaj@hotmail.com. ²Curso de Biomedicina, Campus Ministro Reis Veloso. vasconcelos@ufpi.edu.br. Resumo Os cursos da saúde têm sofrido uma considerável diminuição na carga horária de disciplinas básicas como Histologia, Embriologia, Patologia, dentre outras. Diante disso têm-se buscado alternativas em Tecnologias da Comunicação e Informação para auxiliar no processo ensino x aprendizagem. O objetivo desse trabalho foi a elaboração de um Atlas de Histologia, que será usado como objeto de aprendizagem para estudantes da área da saúde. Para elaboração do atlas foi feito o preparo do material histológico, por técnica comum de laboratório. Em sequência as imagens das lâminas histológicas foram capturadas, editadas e adicionadas de legenda, perfazendo um total de 104 imagens compondo o atlas, distribuídas em cinco capítulos: Tecidos epitelial, conjuntivo, ósseo e cartilaginoso, nervoso e muscular. O atlas poderá ser disponibilizado em meios de comunicação para facilitar o acesso aos interessados nos assuntos abordados pelo mesmo. Palavras-chave: histologia, aprendizagem, comunicação Introdução Os cursos da saúde têm sofrido uma considerável diminuição na carga horária de disciplinas básicas como Histologia, Embriologia, Patologia, dentre outros. Isso acontece devido ao avanço do conhecimento científico e a inviabilidade do aumento da carga horária total destes cursos. Diante dessa nova realidade, diversas universidades têm buscado soluções para o melhor aproveitamento do estudante nas Tecnologias a Informação e Comunicação TIC. O conceito de TIC está relacionado com conjunto de recursos tecnológicos, que integrados possibilitam a transmissão de informação e que quando associadas à internet, permitem que o indivíduo interaja com os conteúdos. O que leva a uma mudança no processo ensinos x aprendizagem.

2 Diversas ferramentas vêm sendo utilizadas no ensino de Histologia, como por exemplo, uso do microscópio virtual, como método de aprendizado em microscopia, além de aulas virtuais, atlas virtual, simulados online e chat. O uso da TIC como objeto de aprendizado, funciona como um recurso de diagnóstico sobre o nível de desenvolvimento dos alunos, suas dificuldades e potencialidades, e, principalmente, favorecendo-lhes a identificação e correção dos erros e a constante reelaboração, sem perda do que já foi criado. Em um estudo realizado na Universidade de John Hopkins verificou que, com a utilização de atlas digital de Histologia, houve aumento da satisfação do aluno com relação ao laboratório, da predisposição para o estudo da disciplina, da facilitação da discussão em grupo e da produtividade dos docentes. Outro estudo observou que grande parte dos materiais de Histologia disponíveis na internet, são encontrados em blogs, que apresentam conteúdo desorganizado e baixa utilização de áudios e vídeos, além de não assegurarem confiabilidade da origem desses conteúdos. Evidenciando ainda que muitos docentes optam por não usar as TICs, possivelmente pela falta de conhecimento ou domínio da tecnologia. Metodologia 1- Preparo do tecido: Realizado de acordo com as técnicas comuns nos laboratório de Histologia, a saber: coleta do material, fixação em substancia estabilizadora, desidratação, diafanização (mergulho do material em xilol), inclusão (em parafina líquida), microtomia, extensão, coloração em montagem da lâmina. 2- Captura das imagens de tecidos para serem utilizadas no Atlas de Histologia As imagens foram capturadas de lâminas histológicas, já preparadas. Atividades que ocorreram no Laboratório de Histologia do Curso de Biomedicina da UFPI Campus de Parnaíba. As imagens foram obtidas com um microscópio óptico (Digi Plus, Labomed ) acoplado a uma câmera digital (DigiPro 4.0, Labomed ) por meio de um software capturador de imagem (Digi Pro 4.0 Image Analysis Software). As imagens foram capturadas com diferentes aumentos, possibilitando uma visão em diversas escalas de ampliação. 3- Processamento das imagens Todas as imagens que foram obtidas estão passando por um processo de edição, por meio de programas como PhotoScape TM, Mooii Tech TM e Photoshop TM, Adobe TM. Apesar de não serem para esse tipo de

3 edição, esses softwares foram utilizadas ferramentas mais básicas como contraste, afinamento, brilho e proporção entre cores. 4- Legenda A partir de revisão de literatura de diferentes livros e Atlas de Histologia foi possível a criação de legendas para as imagens, marcação de partes e estruturas específicas. Além do detalhamento do tipo de aumento e coloração. Resultados e Discussão Ao todo, foram capturadas 200 imagens, sendo 54 de tecido cartilaginoso e ósseo, 50 de tecido epitelial, 43 de tecido nervoso, 28 de tecido muscular e 25 de tecido conjuntivo. Do total, 104 (52%) imagens foram selecionadas para compor o atlas (Figura 1) Imagens Capturadas Imagens Selecionadas Figura 1. Relação das imagens capturadas e selecionadas por tecido Algumas imagens foram adicionados setas, linhas, chaves, círculos e outras formas para destacar algo na imagem como, por exemplo, uma célula ou tipo de tecido apresentado. Visando facilitar o reconhecimento por parte de quem fizer uso do atlas. Foram selecionadas algumas imagens com legendas processadas e incluídas no atlas, para se exemplificar (Figura 2, 3, 4, 5).

4 Figura 2. Tecido conjuntivo denso não-modelado. Hematoxilina - Eosina. Aumento Médio. Figura 3. Corte do disco epifisário. Osteoblastos (seta vermelha). Osteócitos, presos a matriz óssea mineralizada (seta preta) Hematoxilina Eosina. Aumento Médio. Figura 4. Corte do Pulmão. Tecido Epitelial de Revestimento Simples Pseudoestratificado Cil[ndrico Ciliado com Células Caliciformes. Hematoxilina Eosina. 400x.. Figura 5. Cartilagem Fibrosa(A). Encontrada nos discos intervertebrais. Hematoxilina Eosina. 400x. Diversos estudos relatam a boa aceitação de TIC por parte dos discentes em portais na internet, com acesso livre ou gratuito. O que motivou a elaboração do Atlas em um formato PDF (Portable Document Format), e em html disponível ao usuário com acesso a internet, no site As imagens também serão utilizadas em outro projeto que consiste na elaboração de um atlas digital, no formato de aplicativo (APP) compatível a dispositivos móveis como smarphones ou tablets.

5 Conclusões O Atlas não substitui as aulas presenciais de Histologia, uma vez que é composto apenas por imagens e legendas de diferentes tecidos, o atlas possui um capítulo inicial sobre os instrumentos utilizados no laboratório de Histologia. Desta forma, o atlas poderá ser disponibilizado em meios de comunicação para facilitar o acesso aos interessados nos assuntos abordados pelo mesmo, complementando o processo de ensino e aprendizagem de Histologia. Agradecimentos Ao CNPQ e a UFPI por aprovar o projeto. Referências ALMEIDA M. Tecnologia de informação e comunicação na escola: aprendizagem e produção da escrita. Série Tecnologia e Currículo - Programa Salto para o Futuro, Novembro, BURITY CHF, CARDOZO SV. Atlas Digital de Morfologia Comparada: Uma Ferramenta Complementar ao Ensino de Histologia e Histopatologia. Revista UNIABEU Belford Roxo V.7 Número 16, maio- agosto de JUNQUEIRA LC; CARNEIRO, J. Histologia básica. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, OLIVEIRA JÚNIOR JK, SILVA MAD. As tecnologias de informação e comunicação como ferramenta complementar no ensino da histologia nos cursos odontologia da Região Norte. J. Health Inform Abril-Junho; 6(2): PEREIRA VASCONCELOS DF, GUIMARÃES VASCONCELOS ACC. Desenvolvimento de um Ambiente Virtual de Ensino em Histologia para Estudantes da Saúde. Revista Brasileira de Educação Médica. 37 (1) : ; SANTA-ROSA JG, STRUCHINER M. Tecnologia Educacional no Contexto do Ensino de Histologia: Pesquisa e Desenvolvimento de um Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem. Revista Brasileira de Educação Médica. 35 (2) : ; 2011.