UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE LEITE MASTITES

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE LEITE MASTITES Francisco Beltrão 2008

2 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE LEITE MASTITES Projeto de Pesquisa apresentado no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Produção de Leite da Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná. Orientador: Ernest E. Muller Francisco Beltrão

3 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Características dos Diferentes Tipos de Leite...10 Tabela 2 - Alterações na Composição do Leite de Vacas com Mastite Subclínica...18 Tabela 3 - Relação entre CCS do Tanque, Porcentagem de Quartos Infectados e Porcentagem de Perdas de Produção de Leite...21 Tabela 4 - Relação entre o Resultado do CMT e a Contagem de Células Somáticas...23 Tabela 4 - Alguns produtos Disponíveis para Utilização no Pré e Pós Dipping...31 iii 3

4 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Principais Características da Mastite Contagiosa e Ambiental...19 Quadro 2 Programa dos 5 Pontos Quadro 3 Esquema de Ordenha...30 iv 4

5 SUMARIO Lista de Tabelas...iii Lista de Quadros...iv Introdução Mastite Tipos de Mastite Importância Econômica da Mastite Prejuízo ao Produtor Prejuízo da Indústria Saúde Pública Epidemiologia das Mastites Hospedeiro Agente Ambiente Mastite Ambiental Mastite Contagiosa ou Subclínica Diagnóstico Direto e Indireto da Mastite Exames Diretos Físico Teste da caneca Exames Indiretos Contagem de células somáticas (CCS) California mastitis test (CMT) Wisconsin mastitis test (WMT) Análise microbiológica Principais Métodos de Controle da Mastite Monitoramento Higiene da Ordenha Tratamento da Mastite

6 5.4 Terapia da Vaca Seca Tratamento da Mastite Clínica Tratamento da Mastite Subclínica Nutrição Nitrogênio e proteína Concentrado e energia Cálcio e fósforo Silagem Alfafa e outras leguminosas Vacinas Conclusão...41 Referências

7 INTRODUÇÃO O Paraná é, tradicionalmente, um Estado produtor de leite. O gosto pela bovinocultura de leite como herança da população européia que se firmou no Estado, consolidado pela estrutura fundiária, onde a prevalência de pequenas propriedades é marcante. Com pouca terra e bom conhecimento da atividade, ano a ano aumenta o número de produtores paranaenses que se dedicam ao leite e mantém o setor em constante evolução, apresentando índices superiores à média nacional, tanto em crescimento da produção quanto em produtividade. Em dez anos, de 1996 a 2006, enquanto a produção de leite, no Brasil, passou de 18,5 bilhões de litros para 25,4 bilhões, crescimento de 37,3%, a produção do Paraná passou de 1,514 bilhão de litros para 2,7 bilhões, crescimento de 78% (VOLPE&DIGIOVANI, 2008). O maior produtor mundial nos anos de 2007/2008 são os Estados Unidos com litros/ano/vaca, com uma média de 25,17 litro/vaca/dia e com bilhões de vacas, sendo que o Brasil está na 6ª posição com uma produção de litros/ano vaca e média de 3,42 litros/dia com um número de vacas leiteiras em bilhões (EMBRAPA, 2008). Considerando que nem sempre o leite produzido e consumido no Brasil apresenta a qualidade desejada, o Ministério da Agricultura, através da Instrução Normativa nº 51 de 18 de setembro de 2002, determina novas normas na produção, identidade e qualidade de leites tipo A, B, C, além de regulamentar a coleta de leite cru refrigerado e seu transporte a granel. Outro incentivo à modernização da produção leiteira no Brasil ocorreu em 2003, pela Resolução nº 3088, que aprovou financiamento de equipamentos de resfriamento e coleta a granel para produtores de leite (NERO, et al., 2005) A mastite bovina é uma das principais enfermidades que acometem os rebanhos leiteiros, sendo considerada um dos maiores empecilhos à sua exploração lucrativa. As maiores perdas causadas pela mastite são devidas à diminuição na produção de leite, depreciação na qualidade nutritiva, custo de tratamento, custo de atendimento veterinário e laboratorial e perdas no potencial genético. (DOBBINS, 1977). É também a mais onerosa entre os rebanhos leiteiros dos países desenvolvidos, e a alta contagem de células somáticas (CCS), conseqüência desta inflamação, leva a um decréscimo da 7

8 qualidade do leite cru, o que determina menor processabilidade da matériaprima. Má qualidade higiênica e, mais especificamente, a alta CCS têm implicações na cadeia produtiva do leite, processamento, tempo de vida de prateleira e qualidade sensorial do produto, e indiretamente sobre a preocupação do consumidor no que diz respeito à saúde pública. Essa perda monetária e de confiabilidade no produto é transferida ao produtor, que acaba por receber menores preços pelo leite entregue. Muitas vezes, ainda, penalizações são adotadas, tais como a exclusão temporária do produtor como fornecedor ou deduções de seu pagamento, fatores que prejudicam todo o mercado (MILKPOINT, 2008). Há uma relação entre os temas mastite e qualidade do leite, e que ambos não podem ser dissociados, já que a saúde da glândula mamária está diretamente ligada ao sabor agradável, valor nutritivo, baixo nível microbiano e ausência de patógenos do leite produzido. Estas são questões prioritárias a serem debatidas hoje em nosso país, quando se fala em modernização da pecuária leiteira, item prioritário na agenda do desenvolvimento da agricultura brasileira. A produção leiteira brasileira tem alto potencial competitivo no cenário internacional; no entanto, a qualidade do leite produzido neste país, ainda deixa muito a desejar e não atende aos anseios do consumidor ou nos permite concorrer com o mercado internacional de produtos lácteos. 8

9 2 Mastite É a inflamação da glândula mamária, causado por agentes virais, bacterianos e fúngicos e mesmos fisiológicos. Pode ser dividida em dois grandes grupos, quanto a sua forma de manifestação. Chamam-se mastite clínica os casos da doença em que existem sinais evidentes de manifestação desta, tais como edema, dor, pus e endurecimento da glândula mamária. Outra forma é chamada de mastite subclínica, que se caracteriza por alterações na composição do leite e não apresenta sinais clínicos. Existe uma outra grande divisão conceitual em termos de mastite. Esta se refere ao tipo de agente causador, que pode ser ambiental ou contagioso. Dessa forma, divide-se a mastite em dois grandes grupos, quanto ao tipo de agente patogênico causador: mastite contagiosa e mastite ambiental (FONSECA&SANTOS, 2000). 2.1 Tipos de Mastite A mastite é uma doença que apresenta diferentes níveis de intensidade e que é causada por diferentes organismos e existem várias descrições para a doença. Esta divisão é importante para reconhecer os diferentes tipos e decidir qual a forma de prevenção e o tipo de tratamento (Tabela 1)(DUVAL, 2005). 9

10 Tabela 1 - Características dos Diferentes Tipos de Mastite Tipos de Mastite Aguda Hiperaguda Subaguda Subclínica Crônica Gangrenosa Sintomas Característicos Inflamação do teto, febre acima de 39ºC, diminuição do apetite, queda drástica da produção de leite Quarto avermelhado, leite passa com dificuldade, febre de 41ºC, falta de apetite Sem sinais aparentes. Presença de grumos no leite, especialmente na ejeção inicial. Sem sintomas. 15 de 40 casos, leite aparentemente normal, detecção dos patógenos somente em análise laboratorial, anormalidades do leite apontados somente na contagem de células somáticas. Repetidos casos clínicos, geralmente sem febre, quartos fibrosados, antibióticos não funcionam. Quarto afetado é azulado e frio ao toque, descoloração progressiva, necrose, morte. Contagiosa Causada pelas bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae, contágio entre vacas. Ambiental Duval, 2005 Causada por coliformes (E. coli), contágio através do ambiente 2.2 Importância Econômica da Mastite Prejuízo ao produtor Segundo COSTA (1998) a estimativa de prejuízos para propriedades brasileiras ocasionados por esta afecção está em 332 dólares/vaca/ano, muito superior a países como os EUA, onde as perdas são estimadas em 200 dólares/vaca/ano. No Brasil, Domingues (1993), comparando a produção de leite entre quartos com mastite subclínica, com seus homólogos negativos, verificou 10

11 queda de produção significativa dos quartos mamários positivos sendo 15,97%, 21,43% e 30,73% para os resultados (+), (++) e (+++) ao CMT, respectivamente. A mastite contribui para um desperdício de recursos dos produtores de leite. Entre estes estão: 1. A diminuição da produção de leite chegando aos 70% do total de perda econômica; 2. Custo do leite descartado, considerando 8% de perda econômica; 3. Custo das drogas chegando a 3 dólares o quarto tratado 4. Trabalho extra e manuseio especial com o atendimento individual; 5. Leite de qualidade pobre o qual é refletido no pagamento; 6. Custos de reposição e descarte com perda de 14% da perda econômica do produtor em função da mastite. O produtor que entende que a mastite não só causa uma perda direta, mas ineficiência de produção associada a custos adicionais pode se motivar a agir no sentido de preveni-la, mesmo que a qualidade de seu leite esteja fora do risco de ser penalizado por uma alta CCS pelo laticínio que o capta. Como um pré-requisito, informações sobre a atual incidência de mastite e as perdas econômicas que a doença já ocasiona na situação específica de sua propriedade são importantes. As decisões normalmente se baseiam na percepção de cada produtor do que realmente possa ser contabilizado como perda econômica devido à mastite. Essa percepção se refere ao que ele encara como perda em sua propriedade, e, portanto pode haver desvios em relação ao que é realmente factível de ser contabilizado como perda (SANTOS, 2004) Prejuízo da indústria No quadro da mastite há uma série de alterações, tanto na composição como nas características físico-químicas do leite produzido por uma glândula mamária infectada. Pode-se atribuir a três fatores principais: alterações na permeabilidade vascular devido ao processo inflamatório; lesão do epitélio 11

12 secretor responsável pela síntese de alguns componentes específicos do leite; e ação de enzimas de origem das células somáticas e microrganismos presentes no leite. Entre os componentes do leite, as proteínas são as que apresentam maior variação, havendo um decréscimo significativo na porcentagem de caseína total e aumento nas proteínas do soro, incluindo grande elevação das imunoglobulinas, porém não variando a porcentagem de proteína total do leite (FONSECA&SANTOS, 2000). Ocorre uma redução naquelas sintetizadas na glândula mamária (á e â caseína, á-lactoalbumina e â-lactoglobulina) e aumento das proteínas de origem sangüínea (albumina sérica e imunoglobulinas), em virtude do aumento de permeabilidade vascular secundário ao processo inflamatório (KITCHEN, 1981). A proteína total do leite tem pouca variação, mas a concentração de cada tipo de proteína varia acentuadamente. Ocorre um decréscimo de 10% em relação à lactose, considerando que a lactose desempenha papel fundamental para o equilíbrio osmótico do leite em relação ao sangue, resultando num mecanismo de compensação para restabelecer o equilíbrio pelo aumento da passagem de íons sódio (Na+) e cloreto (Cl -), com o aparecimento do sabor salgado do leite. Há uma queda acentuada na concentração de cálcio, assim como o de potássio (K+), porém menos expressiva. O teor de gordura também sofre um decréscimo de 10%. Em particular, ocorre um aumento na concentração de ácidos graxos livres e diminuição de fosfolipídeos. Entre as características físico-químicas do leite, alterações mais pronunciadas ocorrem em termos de ph e condutividade elétrica. O ph do leite, normalmente situado em 6,7 pode atingir o valor de 7,0. Já a condutividade elétrica apresenta-se aumentada no leite com mastite, em função da elevação na concentração de íons Na+ e Cl -. Em menor escala, a crioscopia e a densidade sofrem o impacto direto da pequena diminuição dos sólidos totais do leite. Sendo assim, o ponto de congelamento do leite mastítico tende a se aproximar do ponto de congelamento da água (0ºC), e a densidade apresenta uma sutil diminuição do seu valor (FONSECA&SANTOS, 2000). Do ponto de vista tecnológico, a qualidade da matéria prima é um dos maiores entraves ao desenvolvimento e consolidação da indústria de laticínios no Brasil. De modo geral o controle da qualidade do leite nas últimas décadas tem se restringido à prevenção de adulterações do produto in natura baseado 12

13 na determinação da acidez, índice crioscópico, densidade, percentual de gordura e extrato seco desengordurado. A contagem global de microrganismos aeróbios mesófilos (indicadores de qualidade microbiológica do produto) tem sido utilizada somente para leite cru do tipo A e B (OLIVEIRA et al., 1999). Além dos altos custos com o tratamento, a presença de resíduos de antibióticos no leite advindo dos tratamentos, é um problema de saúde pública e um problema tecnológico em toda a cadeia leiteira, uma vez que os resíduos têm um efeito inibidor no desenvolvimento de fermentos lácteos utilizados na fabricação de laticínios (BERTHELOT& BERGONIER, 1994). O uso de testes no leite pelos laticínios permite que possam empregar tais dados para conhecer e monitorar a qualidade da matéria-prima e direcionar o leite recebido para a elaboração de determinados produtos; orientar o pagamento por qualidade, com base em parâmetros adequados, confiáveis e independentes; orientar políticas de assistência técnica no sentido de melhorar a produção de leite de seus fornecedores; identificar desvios ou problemas em rebanhos que demandam assistência imediata. A qualidade do leite, como matéria-prima, pode ser avaliada por meio da análise da quantidade de células somáticas (CCS), de bactérias mesófilas (CBG), além da presença de substâncias estranhas, principalmente antibióticos. Em ambos os casos, os contaminantes são principalmente bactérias. A qualidade do leite cru é fundamental para a obtenção de produtos lácteos de qualidade, seguros para a saúde e que satisfaçam o consumidor. A influência da CCS é particularmente notada nos produtos fermentados devido às mudanças na proporção caseína/proteínas do soro do leite e o balanço salino, e o aumento da atividade bioquímica. Esses problemas podem ser observados quando a CCS do leite está em torno de /ml (LATICINIO.NET, 2008)(CBQL, 2008) A qualidade do leite assume destacada importância também sob o ponto de vista de Saúde Pública. No Brasil, embora não existam estatísticas disponíveis sobre o assunto, são freqüentes os casos de doenças associadas ao consumo de leite cru ou de derivados produzidos com leite contaminado com microrganismos patogênicos. Contribui para isto, entre outras causas, o fato de mais de 44% do leite consumido no país ser proveniente do mercado 13

14 informal (ANUÁRIO MILKBIZZ, 1999), ou seja, comercializado sem qualquer tratamento térmico ou controle laboratorial Saúde pública A contaminação microbiológica dos alimentos tem sido objeto de preocupação constante em diversos países. Nos Estados Unidos da América (EUA), estima-se que, anualmente, entre 1 a 2 milhões de pessoas são acometidas por gastrenterites provocadas por toxinas de S. aureus presentes, sobretudo, em produtos de origem animal (JAY, 1994). No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados casos de intoxicação alimentar entre 1984 e 1997, porém sem especificar as toxinas, os microrganismos ou as fontes envolvidas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1999). Estes dados, possivelmente subestimados devido à falta de notificação dos surtos, demonstram a relevância das medidas de controle sanitário dos alimentos destinados ao consumo humano, particularmente das matérias primas de origem animal (FAGUNDES&OLIVEIRA, 2004). Quanto aos microrganismos contaminantes no interior da glândula mamária, as espécies mais comumente encontradas são Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae e Escherichia coli, enquanto fora da glândula Escherichia coli. Essas bactérias, se consumidas vivas, podem causar transtornos nutricionais (diarréias), podendo ser eliminadas ou reduzidas pela pasteurização. No entanto, algumas delas, como a Staphylococcus aureus e Escherichia coli, podem produzir toxinas resistentes ao tratamento térmico, inclusive ao do UHT, sendo um dos principais problemas para a saúde pública. Além da produção de toxinas, as bactérias alteram a composição do leite (LATICINIO.NET, 2008). 14

15 3 Epidemiologia das Mastites O desencadeamento da mastite está vinculado à complexa tríade: animal (hospedeiro), agente etiológico e/ou ao meio ambiente, fazendo desta uma enfermidade multifatorial. Como tal, a sua prevenção e controle dependem do conhecimento dos padrões de ocorrência da doença, que só se torna possível, através de um estudo epidemiológico da situação (HURLEY&MORIN, 2001). 3.1 Hospedeiro Segundo PRESTES, et al. (2002), entre os fatores ligados ao hospedeiro estão a resistência natural, no qual a glândula mamária está constituída de barreiras físicas como o canal e esfíncter da teta, assim como o sistema imune que ali está atuante; o estágio da lactação, parto e período seco constituem eventos reprodutivos que influenciam na susceptibilidade à mastite; hereditariedade e idade: o formato dos tetos e glândula mamária, nas quais tetos planos e cilíndricos são mais susceptíveis a infecção do que os tetos de formato cônico (mais resistentes) e em relação à idade menciona-se que as fêmeas mais velhas (7 a 9 anos) são as mais envolvidas devido a lesões internas e desgaste sofrido pelo esfícter do teto e pela glândula em si. 3.2 Agente Nos fatores ligados ao agente a epidemiologia varia dependendo da espécie, quantidade, patogenicidade e infectividade do agente envolvido e há evidências de que os fatores de risco diferem conforme essas características. Os microrganismos que comumente causam mastite podem ser divididos em dois grupos, baseados na sua origem: patógenos contagiosos e patógenos ambientais (PEELER et al., 2004). Os microrganismos contagiosos assumem importância, compreendendo Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae e uma série de patógenos 15

16 menores (BODMAN&RICE, 2001). Já PARDO et al. (1998), afirma que o agente isolado com maior freqüência nas mastites em vacas primíparas no período pós-parto (64% das amostras positivas no exame bacteriológico) são os Staphylococcus. 3.3 Ambiente O ambiente é definido por HOGAN&SMITH (2001) como a associação de condições físicas externas que afetam e influenciam no crescimento, desenvolvimento e sobrevivência de um organismo ou grupo de organismos e, é no ambiente que se origina o segundo grupo de patógenos ambientais envolvidos nas mastites, incluindo Escherichia coli, Klebsiella sp., Streptococcus uberis, Enterobacter sp. e outros patógenos predominantemente oportunistas (Pseudomonas sp., Prototheca sp., Nocardia sp., etc), que adentram a glândula mamária quando os mecanismos de defesa estão comprometidos. Em relação aos fatores ligados ao meio ambiente estão incluídos a ordenha por facilitar a transmissão de patógenos entre vacas; o manejo no qual a falta de higiene é o principal motivo; e o clima devido as mudanças de temperatura e umidade que influenciam indiretamente na tríade hospedeiro/agente/meio ambiente. A nutrição influencia na ocorrência de mastites já que a falta de certos nutrientes como as vitaminas E e A, Beta Caroteno e microminerais (selênio, cobre e zinco) afetam a função leucocitária, transporte de anticorpos e a integridade do tecido mamário (PRESTES, et al., 2002). A mastite é um problema de difícil resolução por ser uma doença multifatorial. Clima, tipo de cama, confinamento, estresse, genética, nutrição e fator humano são alguns dos fatores causam as mastites contagiosa e ambiental (DUVAL, 2005). 16

17 3.4 Mastite ambiental É causada por agentes que vivem preferencialmente no habitat da vaca, em locais que apresentam esterco, urina, barro e camas orgânicas, deduzindose que seja impossível erradicar este tipo de mastite. Caracteriza-se por alta incidência de casos clínicos. Os principais causadores deste tipo de mastite são os coliformes e os estreptococos ambientais (Streptococcus uberis, S. bovis e S. dysgalactiae e osenterococos) (FONSECA&SANTOS, 2000). Geralmente é de curta duração, com maior tendência para um quadro clínico que para a forma subclínica. A maioria das infecções por estreptococos ambientais tem duração menor que 30 dias. Mais da metade das infecções mamárias causadas por coliformes duram menos de 10 dias, sendo que as causadas pela Escherichia coli são as mais comuns (MILKPOINT, 2008). Os sintomas tornam-se visíveis a olho nu, pois o úbere inflama, torna-se avermelhado, quente e dolorido ao toque. Nos estados mais graves, apresentase fibrosado. O leite, por sua vez, revela-se mais aquoso, com grumos, pus, e mais vermelho, já que há presença de sangue (REVISTA RURAL, 2008). O diagnóstico da mastite clínica pode ser feito através da sintomatologia, como inflamação do úbere, secreção láctea com grumos, sangue, pus, entre outras secreções patológicas (BARBALHO&MOTA, 2001). 3.5 Mastite contagiosa ou subclínica Apresenta uma baixa incidência de casos clínicos e alta incidência de casos subclínicos, geralmente de longa duração ou crônicos e apresentando alta contagem de células somáticas (CCS). É causado por patógenos cujo habitat preferencial é o interior da glândula mamária e superfície da pele dos tetos, sendo que o principal momento da transmissão ocorre durante a ordenha dos animais pelas mãos do ordenhadores, panos para secagem dos tetos, teteiras e insetos. Os causadores da mastite contagiosa podem ser divididos em patógenos principais e secundários. Como principais temos o Staphylococcus aureus e o Streptococcus agalactiae, e entre os secundários o Corynebacterium bovis (FONSECA &SANTOS, 2000). 17

18 Entretanto, para diagnosticar a mastite subclínica é necessária a utilização de exames complementares baseados no conteúdo celular do leite (BARBALHO&MOTA, 2001). Tabela 2 Alterações na Composição do Leite de Vacas com Mastite Subclínica Componente Leite normal% Leite mastítico% Gordura 3,5 3,2 Lactose 4,9 4,4 Proteína total 3,61 3,56 Caseína total 2,8 2,3 Proteínas do soro 0,8 1,3 Albumina Sérica 0,02 0,0 Lactoferrina 0,02 0,1 Imunoglobulinas 0,1 0,6 Sódio 0,057 0,105 Cloreto 0,091 0,147 Potássio 0,173 0,157 Cálcio 0,12 0,04 FONSECA&SANTOS,

19 Quadro 1 Principais Características da Mastite Contagiosa e Ambiental Mastite contagiosa Mastite ambiental Agentes Streptococos agalactiae Staphylococos aureus Agentes coliformes Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Klebsiella oxytoca Enterobacter aerogenes Strepcococus ambientais Strep. Uberis Strep. Bovis Strep. Dysgalactiae Enterococus faecium Enterococus faecalis Fonte primária Úbere de vacas infectadas Fonte primária O ambiente da vaca Forma de disseminação De quartos infectados para sadios no momento da ordenha Forma de disseminação Exposição da vaca a ambientes altamente contaminados ou equipamento de ordenha com funcionamento inadequado Indicadores do problema CCS do tanque acima de Escore do DHIA acima de 3.2 com escore de CCS igual acima de 5 Indicadores do problema Alta taxa de mastite clínica, frequentemente no início da lactação ou mais de 15% das vacas no período de calor. A CCS poder ser menor que Freqüentes surtos de mastite clínica, geralmente nas mesmas vacas Cultura do leite resulta em S. agalactiae e S. aureus Recomendações de controle Desenvolvimento de um programa para impedir a disseminação da bactéria no momento da ordenha. Eliminar as infecções existentes por meio do tratamento de todas as vacas na secagem e o descarte de vacas crônicas Recomendações de controle Reduzir o número de bactérias a que a ponta do teto é exposta Aumentar a limpeza nos locais onde as vacas ficam alojadas, especialmente no final do período seco e no período peri-parto Melhorar os procedimentos de pré-ordenha para assegurar que os tetos estejam limpos e secos antes do acoplamento de todas teteiras Metas Erradicar S. Agalactiae do rebanho Reduzir a infecção por S. aureus do rebanho Metas Reduzir a taxa de mastite clínica para menor de 3% das vacas em lactação por menos de 5% das vacas do mês FONSECA&SANTOS,

20 4 Diagnóstico Direto e Indireto da Mastite Na mastite ambiental, o diagnóstico é mais fácil por ser clínico, pois o leite muda de aparência e consistência normal para uma aparência coagulada e aguada e o úbere apresenta sintomas visíveis. Já no caso da mastite contagiosa, que na maioria das vezes é subclínica, ou seja, não há mudanças visíveis no leite e no úbere, há a necessidade de exames laboratoriais. 4.1 Exames Diretos Físico No exame físico do úbere há sinais de dor, edema, inchaço, nódulos e o melhor momento para a palpação é após a ordenha, com o úbere vazio (FONSECA&SANTOS, 2000) Teste da caneca O teste da caneca de fundo preto ou caneca telada consiste na retirada dos 3 a 4 primeiros jatos de leite para a observação de grumos ou coágulos, pus, sangue ou leite aquoso, sendo feito imediatamente antes da ordenha (FONSECA&SANTOS, 2000). 4.2 Exames Indiretos Contagem de células somáticas (CCS) A contagem de CCS é um padrão usado mundialmente para definir a qualidade do leite cru, sendo parte do conjunto de atributos essenciais de qualidade do leite que incluem: composição, aspectos sensoriais, número de bactérias e ausência de drogas e resíduos químicos. A CCS é, também, indicador de saúde da glândula mamária de vacas, sendo usada para estimar a proporção de quartos mamários e de animais infectados no rebanho. As CCS encontradas no leite pertencem a dois grupos: as células epiteliais secretoras 20

21 de leite e os leucócitos (neutrófilos, macrófagos e linfócitos). O número e a proporção desses tipos de células são influenciados pelos estados fisiológicos e patológicos da glândula mamária. No leite de quartos mamários livres de infecção predominam os macrófagos (35 a 79%), seguidos por neutrófilos (3 a 26%), linfócitos (10 a 24%) e células epiteliais (2 a 15%); no leite de quartos mamários infectados, os neutrófilos podem alcançar quase 100% do total de células analisadas em três dias para se determinar a CCS. O fator mais importante que interfere na CCS no leite é a presença ou não de infecção da glândula mamária. Em animais livres de infecção intramamária, há pequeno número de células, sendo comuns contagens acima de 500 mil por ml de leite, e em alguns casos, vários milhões por mililitro em casos de infecção mamária (HARMON, 1994; PAAPE, 2000). A CCS do leite normal originado de animais sadios é normalmente menor que cél/ml de leite. Entretanto, quando há invasão do úbere por bactérias, ocorre resposta inflamatória que causa grande aumento das células somáticas presentes no leite. A elevação da CCS no leite em um quarto afetado está geralmente associada à diminuição da produção de leite naquele quarto. Essa redução na produção de leite ocorre devido ao dano físico nas células epiteliais secretoras da glândula mamária, assim como a alterações na permeabilidade vascular no alvéolo secretor (FONSECA e SANTOS, 2000). Tabela 3 Relação entre CCS do Tanque, Porcentagem de Quartos Infectados e Porcentagem de Perdas de Produção de Leite CCS do Tanque % de quartos % de perdas de produção infectados FONSECA&SANTOS,

22 Três procedimentos são aceitos pela Federação Internacional de Laticínios (IDF) para a enumeração de células somáticas: o método microscópico, o método de citometria de fluxo por meio de equipamento automático e a contagem em Coulter Counter, sendo que as amostras de leite com conservante e mantidas de 2 a 6ºC devem ser analisadas em três dias para se determinar a CCS. Normas americanas admitem que amostras de leite com conservante e mantidas de 0 a 4,4 ºC sejam analisadas em até sete dias após a coleta. No Brasil, a CCS foi recentemente incluída como um requisito para aceitação do leite pela indústria. Dados dos laboratórios que realizam análises para determinação da qualidade do leite mostram alta porcentagem de amostras analisadas com cinco ou mais dias de coleta. Além disso, por dificuldade logística, elevada porcentagem de amostras é enviada ao laboratório à temperatura ambiente no que se verifica a diminuição dos valores iniciais de CCS em amostras de leite mantidas sob diferentes temperaturas analisadas com até 15 dias após a coleta (BRITO, et al., 1997). Os valores subestimados da CCS poderiam também causar prejuízos ao produtor, que teria um falso indicador do estado de saúda de glândula mamária do rebanho. Desse modo, sugere-se mais discussão considerando-se o conhecimento existente e as normas internacionais, para regulamentação das recomendações relativas à temperatura e ao tempo de armazenamento das amostras até serem analisadas. Assim, os resultados da CCS poderão ser usados como critério de pagamento por qualidade, como indicador de saúde da glândula mamária e para atender à legislação (SOUZA, et al., 2005). As normas para o comércio internacional de produtos lácteos é uma realidade presente, e os países que não incluírem a CCS nos critérios para avaliar a qualidade do leite produzido nas fazendas correm o risco de ficar à margem do comércio internacional de produtos lácteos (FONSECA&SANTOS, 2000) Califórnia mastitis test (CMT) O "California Mastitis Test" (CMT) é usado mundialmente para o diagnóstico da mastite subclínica, tendo a vantagem de poder ser empregado 22

23 no próprio rebanho, no momento em que os animais são ordenhados. A interpretação do CMT se baseia na observação visual do leite após ser misturado ao reagente. A reação se processa entre o reagente e o material genético das células somáticas presentes no leite, formando um gel, cuja concentração é proporcional ao número de células somáticas (SCHALM&NOORLANDER, 1957) Para tal, utiliza-se um detergente aniônico neutro que atua rompendo a membrana das células presentes na amostra de leite e liberando o material nucléico (DNA), o qual apresenta alta viscosidade. Dessa forma, o resultado do teste á avaliado em função do grau de viscosidade da mistura de partes iguais de leite e reagente (2 ml), sendo o teste realizado em bandeja própria. Os resultados são expressos em cinco escores: negativo, traços, um, dois ou três sinais positivos, os quais apresentam correlação relativamente boa com a contagem de células somáticas da amostra, conforme tabela (FONSECA e SANTOS, 2000). O uso regular do CMT pode contribuir para melhorar o estado sanitário dos rebanhos, se os dados obtidos forem usados para orientar a adoção de medidas para o controle da mastite e se forem associadas práticas adequadas de manejo e higiene. O CMT continua a ser um instrumento importante para avaliação de quartos mamários individuais, pelas vantagens de fornecer resultados imediatos, ser prático e ter baixo custo (MARTIN, et al., 1994). Tabela 4 Relação entre o Resultado do CMT e a Contagem de Células Somáticas Escore Viscosidade CCS 0 Ausente Leve Leve/Moderada Moderada Intensa FONSECA&SANTOS,

24 4.2.3 Wisconsin Mastitis Test (WMT) É um teste resultado do aprimoramento do CMT, realizado em um tubo graduado, com a finalidade de eliminar a subjetividade da interpretação dos resultados do CMT. Esse teste utiliza o mesmo reagente do CMT em 1:1 em água destilada. Empregam-se 2 ml do reagente diluído misturado com 2 ml de amostra de leite em um tubo perfurado, cujo orifício apresenta 1,15 de diâmetro. Faz-se então, a homogeneização dessa mistura por meio de 10 movimentos de rotação desse tubo, deixando-se logo após escoar o líquido por 15 segundos, retornando-se então, à posição original do tubo. O resultado do teste é expresso em milímetros, o que por sua vez está correlacionado com a contagem de células somáticas (FONSECA&SANTOS, 2000) Análise microbiológica A análise microbiológica do leite é fundamental na identificação do agente causador da mastite. As análises individuais mostram os problemas, porém são de alto custo. Uma alternativa aos exames individuais é a cultura de amostras do leite total do rebanho, que tem sido usada para o isolamento de patógenos específicos, especialmente os patógenos contagiosos da mastite (GODKIN&LESLIE, 1993). Resultados mostram que o exame microbiológico do leite total do rebanho, usando meios de cultura seletivos, é um método sensível e específico para verificar a presença da infecção por S. aureus e S. agalactiae no rebanho. A sensibilidade é definida como a habilidade do teste identificar corretamente os rebanhos infectados e a especificidade, definida como a habilidade do teste identificar corretamente os não-infectados (BRITO, et al., 1998). Os resultados mostraram que o exame microbiológico do leite do tanque pode ser empregado nas condições brasileiras, desde que sejam obedecidos os critérios de uso de meios seletivos, coleta adequada da amostra, análise de pelo menos três amostras consecutivas e identificação criteriosa das espécies de microrganismos, especialmente com relação a S. aureus e S. agalactiae. 24

25 Este método tem sido usado em outros países para monitoração de programas de controle da mastite e triagem de rebanhos especialmente para a mastite subclínica, causada por organismos contagiosos. Nesse caso recomenda-se o exame de amostras periódicas mensais. É também um método prático e menos dispendioso, pois possibilita a avaliação do conjunto de animais. A coleta do leite pode ser realizada diretamente nos rebanhos ou na plataforma de recepção da indústria, o que oferece a vantagem de permitir a triagem de rebanhos com rapidez e sem custos com o transporte. Além disso, se o exame é associado à contagem de células, fornece uma indicação mais precisa do estado de saúde do rebanho. Embora o exame microbiológico do leite do tanque ofereça vantagens, é importante salientar que ele não substitui o exame de animais ou quartos mamários individuais no diagnóstico das infecções intramamárias. Pode ser considerado um instrumento útil para a monitorização de programas de controle de mastite, mas os resultados obtidos não podem ser usados para predizer o número de quartos mamários infectados no rebanho, e culturas negativas não oferecem a garantia da ausência dos agentes contagiosos da mastite (BRITO, et al, 1998). Para FONSECA&SANTOS (2000), as amostras de leite devem ser coletadas em tubos esterilizados, de forma asséptica para minimizar o risco de contaminação da amostras. Para isso, é recomendado o emprego dos seguintes procedimentos: 1. limpar completamente o teto com água corrente; 2. fazer a imersão do teto em solução desinfetante à base de cloro, iodo ou clorexidina; 3. aguardar 30 segundos para a ação do desinfetante e proceder a secagem completa do teto com papel-toalha descartável; 4. desprezar 2 a 3 jatos de leite; 5. desinfecção da extremidade do teto com algodão em álcool 70%; 6. coletar a amostra de leite procurando-se manter o tubo inclinado para evitar riscos de contaminação; 7. identificar a amostra e enviar para laboratório resfriada em gelo, para exame em até 48 horas ou congelar até o envio. 25

26 5 Principais Métodos de Controle da Mastite 5.1 Monitoramento Os programas de controle da enfermidade devem aumentar o retorno econômico, serem altamente efetivos e aplicáveis a vários rebanhos, reduzir novas infecções, encurtar a duração das infecções existentes, promover evidências palpáveis da redução de mastite clínica (PHILPOT, 1984), além de serem práticos, efetivos, baratos e ter como objetivo principal controlar ou erradicar as mastites contagiosas e manter baixos os níveis da mastite ambiental (MULLER, 1999). FONSECA&SANTOS (2000) relatam que o sucesso de um Programa de Controle de Mastites está no monitoramento periódico e contínuo de dados, divididos em quatro informações básicas: 1. Mastite clínica: dados coletados diariamente. Feito com a prova da caneca de fundo preto, o qual mostra as alterações visuais do leite. 2. Mastite subclínica: realizada mensalmente. Pode ser feito com a Contagem de Células Somáticas, o CMT ou o WMT. O objetivo é chegar a uma prevalência de mastite subclínica inferior a 15%. 3. Perfil microbiológico: inicia-se com exames a cada dois meses no primeiro semestre de implantação do programa e depois disso, repetir a coleta a cada seis meses. E uma importante ferramenta para se abaliar com precisão os agente mais prevalentes no rebanho com o intuito de fechar um correto diagnóstico e assim utilizar medidas de controle mais específicas. 5.2 Higiene de Ordenha Os programas de controle de mastite visam diminuir a prevalência da doença a níveis aceitáveis, uma vez que sua erradicação não é viável. Entre as medidas recomendadas para o controle das mastites produzidas pela maioria dos organismos incluem-se as medidas higiênicas. A utilização de areia na 26

27 cama das vacas em lactação ao invés de matéria orgânica, as boas condições higiênicas do estábulo, a imersão das tetas em solução desinfetante após a ordenha, o tratamento à secagem, o tratamento imediato dos casos clínicos com antimicrobianos, o descarte de animais-problema e a segregação de animais infectados no momento da ordenha, bem como a utilização de unidades de ordenha específicas para esses animais, foram identificados como fatores que reduzem a CCSLT (BERRY&HILLERTON, 2002). Segundo LARANJA E MACHADO (2000), houve uma alta correlação entre a adoção de medidas de controle de mastite e a manutenção de baixos coeficientes indicadores da prevalência e incidência de mastite, sendo que todas as práticas de manejo, higiene e terapia envolvidas no Programa dos 5 Pontos de Controle de Mastite (Quadro 2) mostram-se eficazes. Também ficou claro a grande importância dada pelos produtores às medidas terapêuticas (antibioticoterapia) de combate à mastite. Já as práticas de controle preventivas, baseadas em higiene e manejo são muitas vezes desconhecidas ou mal aplicadas pelos mesmos (LARANJA e MACHADO, 2000). Quadro 2 Programa dos 5 Pontos 1. Utilização correta de um equipamento de ordenha em bom funcionamento 2. Bom manejo da ordenha com ênfase na desinfecção dos tetos pós-ordenha 3. Tratamento imediato de casos de mastite clínica 4. Tratamento de todas as vacas durante o período seco 5. Descarte de vacas com mastite crônica LARANJA e MACHADO, 1994 Os principais fatores de risco identificados para CCSLT acima de células/ml foram: ausência de anti-sepsia dos tetos antes e após ordenha e não adoção de linha de ordenha. As interações que sugeriram possíveis fatores de risco para CCSLT acima de células/ml foram as que ocorreram entre a não realização de anti-sepsia dos tetos após a ordenha, 27

28 a não adoção de linha de ordenha com fornecimento de alimento durante a ordenha e a não higienização do equipamento de ordenha (ausência de água quente e/ou treinamento dos ordenhadores). Os fatores de risco que elevaram a CCSLT de para células/ml foram o fornecimento de alimento durante a ordenha e a não adoção de linha de ordenha. (SOUZA, et al., 2005). A higienização das tetas antes da ordenha contribui para melhorar a qualidade do leite e para prevenir e controlar as infecções da glândula mamária. Os cuidados higiênicos atualmente recomendados para o período da ordenha baseiam-se em estudos e procedimentos que contemplam o manejo e os equipamentos da ordenha mecanizada. A maioria das vacas leiteiras do mundo são ainda ordenhadas manualmente, embora a ordenhadeira mecânica esteja em uso e em contínuo aperfeiçoamento por mais de cem anos. O uso de água corrente e a secagem com papel toalha reduziram o número de bactérias na pele das tetas, mas a redução foi significativamente maior com o uso de qualquer um dos métodos de antissepsia usados (iodo ou toalha com clorexidina), sendo que esses dois métodos não diferiram entre si. A redução da contaminação bacteriana das tetas observada em qualquer um dos casos foi de aproximadamente 90%, demonstrando que o processo de higienização adotado era adequado e eficiente em rebanhos comerciais. Os microrganismos isolados das tetas são, principalmente, dos grupos dos micrococos e bacilos aeróbios formadores de esporos. Esses resultados são, aparentemente, contraditórios em relação à recomendação de se realizar a antissepsia antes da ordenha com o objetivo de reduzir as mastites causadas por microrganismos do ambiente, no qual se incluem os coliformes; mas podem ser explicados pelo fato de grande número de estreptococos serem incluídos no grupo de patógenos do ambiente. A preparação do úbere com ajuda do bezerro umedece a superfície das tetas e cria duas situações de risco: o aumento da contaminação pelas bactérias próprias da cavidade oral do bezerro e o fato de a superfície das tetas molhadas propiciar maior facilidade de colonização por bactérias. Dessa forma, a participação do bezerro pode dificultar a implementação de práticas higiênicas, tais como a de ordenhar tetas limpas e secas, que são importantes do ponto de vista de garantia da 28

29 qualidade e do controle da mastite (BRITO, et al, 2000). Além disso, recomenda-se que os animais sejam conduzidos para a sala de ordenha de forma tranqüila, sem atropelos ou agressões. O bom funcionamento da sala de ordenha é obrigatório para se medir o nível de eficiência e qualidade, devendo ser limpa e arejada, desinfetada uma vez por semana, com produtos a base de cresóis ou cal virgem, os latões e baldes devem ser previamente limpos com água e sabão e colocados de cabeça para baixo, e deve-se evitar a presença de pessoas estranhas para não estressar os animais (SANTOS, et al., 2004). É importante estabelecer a linha de ordenha, ou seja, vacas com infecções, principalmente mastite, devem ser ordenhadas por último, para não contaminarem animais sadios. Recomenda-se ordenhar animais em lotes de acordo com o estado sanitário. Primeiro novilhas primíparas; depois vacas que nunca tiveram mastite, seguidas pelas que foram curadas; e por último, ordenhar as que estão em tratamento (PEELER, et al., 2003). FONSECA&SANTOS (2000) mostraram que a ocorrência de novos casos de mastite pode estar intimamente associada ao funcionamento do equipamento e ao manejo da ordenha, pois é durante o período de retirada do leite que a vaca se encontra sob maior risco de contaminação. Dessa forma, o mau funcionamento do sistema e o incorreto manejo de ordenha estão relacionados de três formas com a incidência da mastite: A rotina de ordenha inadequada determina a exposição dos tetos aos agentes infectantes; A inadequada manutenção do equipamento e o mau manejo da ordenha predispõem ao aparecimento de lesões no canal e na pele dos tetos, proporcionando maior contaminação destes; A utilização inadequada ou mau funcionamento da máquina podem desencadear a entrada de microrganismos no interior da glândula mamária; Segundo SOUZA, et al. (2005) em 53,0% das propriedades pesquisadas, os equipamentos de ordenha tinham, no máximo, quatro anos de uso e, em menos de 10,0%, mais de 10 anos de uso, indicando que nos últimos anos houve aumento na aquisição de equipamentos de ordenha. Em decorrência disso, as propriedades passaram a necessitar de assistência 29

30 técnica especializada e adotaram procedimentos de rotina relacionados à higienização do equipamento. Observou-se que 34,1% das propriedades não faziam manutenção dos equipamentos ou a faziam de forma esporádica e que 68,3% dispunham de água quente e de dispositivo para limpeza automática do equipamento. Quadro 3 Esquema de Ordenha 1. Retirar os primeiros jatos (teste da caneca de fundo preto ou telada) 2. Lavar os tetos com água corrente (somente quando os tetos estiverem sujos) 3. Fazer imersão dos tetos em solução desinfetante e aguardar 30 segundos para sua ação 4. Secar completamente os tetos com papel-toalha descartável 5. Colocar as teteiras 6. Ajustar as teteiras quando houver deslizamento ou queda do conjunto 7. Retirar as teteiras após cessar o fluxo de leite 8. Fazer a imersão dos tetos em solução desinfetante 9. Fazer a desinfecção das teteiras entre as ordenhas (opcional) FONSECA&SANTOS,

31 Tabela 5 Alguns Produtos Disponíveis para Utilização no Pré e Pós-Dipping Princípio Ativo Iodo Clorexidina Cloro Ação Bactericida, fungicida e viricida Bactérias Gram + e Gram -, além de outros microrganismos Bactericida, fungicida e viricida Oxidação de compostos protéicos celulares e ácidos graxos insaturados. Ação diminuída frente à presença de matéria orgânica. Precipitação de proteínas e ácidos nucléicos Oxidação dos grupos sulfidrilas de enzimas e pela ação direta com grupos aminados de proteínas celulares. Reduzida ação em matéria orgânica Concentração 0,5 a 1% Gluconato de clorexidina 0,5% Hipoclorito de Sódio 2 a 4% FONSECA&SANTOS,

32 5.3 Tratamento da Mastite A utilização do tratamento com antimicrobianos é uma medida realizada no controle da mastite. As principais metas de uma terapia antimicrobiana são: prevenção da mortalidade nos casos agudos, retorno à composição e produção normal do leite, eliminação das fontes da infecção e prevenção de novas infecções no período seco (CULLOR, 1993). Verifica-se na atualidade que apesar da disponibilidade de vários antimicrobianos para tratamento da mastite, o problema de resistência dos microrganismos a estes se acentuou pelo uso indiscriminado e inadequado, particularmente no Brasil (COSTA, 1996). O insucesso do tratamento também pode relacionar-se a capacidade de sobrevivência intracelular de algumas bactérias e também as alterações anatomopatológicas induzidas por certas infecções, impedindo o acesso do medicamento no foco (BARRAGY, 1994). BRITO et al. (2001), relataram que as propriedades farmacocinéticas do composto, incluindo solubilidade em lipídio, constante de dissociação e afinidade em se ligar à proteína, assim como a proporção ativa não ligada a outras substâncias no corpo do animal, determinam a sua capacidade de penetração e distribuição nos tecidos, sangue e leite. Segundo FONSECA&SANTOS (2000), sempre que se executa uma infusão intramamária, corre-se o risco de causar uma nova infecção pela introdução de um novo patógeno no interior do úbere. Portanto, a higiene no momento do tratamento é fundamental. Dessa forma, sugere-se que a rotina de tratamento intramamário envolva as seguintes etapas: Tratamento Intramamário 1. Ordenhar completamente o quarto infectado 2. Caso os tetos estejam visualmente sujos, executar lavagem com água corrente, secando-se completamente em seguida 3. Fazer a imersão em um produto para pós-dipping (por exemplo iodo), aguardando-se 30 segundos antes de secar com papel-toalha descartável 4. Desinfectar completamente o esfíncter (ponta ou canal do teto) com um algodão embebido em álcool 70% 32

33 5. Proceder à infusão intramamária. Quanto menor for a introdução da cânula, menor será o risco de uma nova infecção. Atualmente, recomenda-se a utilização de produtos comerciais que tenham a apresentação de cânula curta. 5.4 Terapia da Vaca Seca FONSECA&SANTOS (2000), afirmam que a terapia da vaca seca nada mais é do que o tratamento, com antibiótico por via intramamária, de todos os quartos de todas as vacas no dia da secagem. A prevenção de novos casos de mastite durante o período seco é de extrema importância, visto que é nesse período que ocorre maior taxa de riscos de novas infecções, taxa esta que é diminuída de forma significativa com o tratamento no dia da secagem. Entre as vantagens pode-se destacar: Taxa de cura significativamente mais alta que a do tratamento durante a lactação Utilização de antibióticos de longa ação e em altas concentrações Diminuição drástica de novas infecções potenciais do período seco Possibilidade de regeneração do tecido mamário lesado na lactação anterior Redução da incidência de mastite clínica no pós-parto O tratamento é seguro, não causando riscos de contaminação do leite com antibióticos Em termos de manejo externo, o período seco é um momento crucial para as vacas, pois elas se estressam devido à interrupção da ordenha e deixam de receber cuidados diários de desinfecção de tetos, tornando-se extremamento susceptíveis a mastite (SONDERGAARD, et al., 2002). As infecções por Streptococcus sp. são mais comuns durante o período seco, isso se deve ao fato de que nessa fase a exposição aos patógenos ambientais é muito maior que aos agentes contagiosos, dada a ausência de ordenha para essa categoria animal, o que também está relacionado aos coliformes. Nesse sentido, recomenda-se que as vacas sejam alojadas em 33

34 local com a máxima higiene, especialmente na semana após a secagem e na semana pré-parto (FONSECA&SANTOS, 2000). SHEPHARD, et al. (2000), afirma que o tratamento de vacas é mais efetivo com infusões de antibióticos no final da lactação e não ao longo dela. Todavia, a terapia da vaca seca parece não diminuir a contagem de células somáticas (CCS) do leite obtido durante a lactação seguinte. Estudos que investigam o tratamento de vacas com alta CCS durante a lactação indicaram redução do número de células somáticas, entretanto, esse aspecto favorável não resultou em ganhos financeiros. Como desvantagens dessa técnica, podemos citar que essa prática nem sempre é efetiva em infecções crônicas e contra todos os possíveis patógenos causadores da mastite; não há proteção contra novas infecções estabelecidas no pós-parto; a eliminação dos patógenos mais comuns do úbere pode levar algumas vacas a uma maior sensibilidade a outros agentes, especialmente os coliformes, procedimentos inadequados no tratamento dos animais na secagem podem levar a novas infecções; poderá haver resíduos no leite no pós-parto, caso haja um curto período seco (FONSECA&SANTOS, 2000). 5.5 Tratamento da Mastite Clínica A mastite clínica é a principal razão para o uso de antibióticos em vacas em lactação. A antibioticoterapia dificilmente se justifica nos casos em que nenhum agente patogênico pode ser isolado, contudo, ao nível de campo, essa terapia se inicia antes dos resultados de exames microbiológicos. O objetivo é manter uma alta concentração de antibióticos no quarto afetado, por um período de tempo suficiente para eliminar todas as bactérias. Acredita-se que, quando na utilização da terapia intramamária associada à terapia sistêmica, a primeira atuaria em nível de cisternas e grandes ductos, e a segunda, nas partes mais profundas da glândula (FONSECA&SANTOS, 2000). 2000). O tratamento durante a lactação pode ser economicamente viável quando a qualidade do leite é um componente significativo do produto ou quando casos clínicos ou a transmissão de microrganismos podem ser 34

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