BOAS PRÁTICAS DA PRODUÇÃO DE LEITE
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- Maria das Dores Caires Salvado
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1 BOAS PRÁTICAS DA PRODUÇÃO DE LEITE INTRODUÇÃO A doença de maior relevância para o criador de bovino leiteiro é a mastite (figura 1), hoje considerada a doença de maior importância em todo o mundo quando se trata de gado leiteiro, devido à elevada incidência de casos clínicos, de infecções subclínicas e também devido aos prejuízos econômicos que acarreta. Figura 1: Vaca com um dos quartos inflamados devido à mastite. Fonte: Retirado do site da prefeitura de Itabaiana. BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS Para uma produção de leite adequada medidas devem ser implementadas para garantir a qualidade final do produto. Dessa forma, um modo de alcançar esses objetivos é adotando as boas práticas agropecuárias (BPA), que estabelecem atividades, procedimentos e ações que devem ser introduzidas na propriedade rural. O objetivo é conseguir um produto final de qualidade, livre de resíduos como defensivos agrícolas e de microrganismos nocivos ao homem, ou seja, um produto saudável. A propriedade não pode oferecer nenhum risco ao ambiente, aos animais e ao homem, objetivando uma produção sustentável. Para a implantação da BPA a propriedade leiteira deve ser analisada por completa, avaliando-se a organização da unidade, as instalações, equipamentos, animais, colaboradores e os procedimentos. Em seguida, são propostas ações corretivas para melhoria da propriedade. As boas práticas orientam a produção de leite de qualidade através do estabelecimento de rotinas corretas de ordenha e da higienização adequada dos equipamentos. Isso é fundamental
2 para o enquadramento na instrução normativa nº 51, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que tanto vem preocupando os produtores. Com relação ao ambiente, as orientações envolvem cuidados e conservação de áreas de preservação permanente, como florestas, matas ciliares, nascentes, áreas em declive e em encostas, além da conservação do solo. Em uma propriedade leiteira deve-se observar aspectos como ordenha higiênica (figura 2), rebanho saudável, alimentação dos animais, observado principalmente pelo aspecto físico e nutricional do animal, água a vontade para o rebanho, bem-estar animal e manutenção do ambiente. Figura 2: Lavagem dos tetos antes de imergi-los na solução antisséptica. Fonte: Manual do Produtor da Itambe. O gerenciamento eficiente na propriedade é outro aspecto a se considerar, principalmente nos aspectos financeiros, mão-de-obra e de desempenho zootécnico e sanitário. São instituídos metodologias para anotações zootécnicas, econômicas e climáticas. Também são considerados os aspectos técnicos, como o manejo de animais, de ordenha, de pastagem, reprodutivo, do uso do solo, bem como da produção de alimento durante o ano. Os funcionários devem estar devidamente registrados na propriedade e receber orientação de higiene e saúde, além de capacitação, através de treinamentos teóricos e práticos. As instalações devem estar organizadas e identificadas para evitar a contaminação dos animais e do leite. Os produtos químicos necessitam de armazenagem separada e os medicamentos e defensivos vegetais devem ser colocados em armários fechados e devidamente identificados evitando qualquer tipo de problema como, troca de material devido à falta de identificação. Ainda é importante e necessário a adoção de programas de prevenção e diagnóstico como o PNCEBT, visando a profilaxia do rebanho. LEITE TIPO A O leite só pode ser recebido na categoria tipo A, quando se enquadrar nos requisitos Placas (CPP); de Células Somáticas (CCS); Composição e Requisitos Microbiológicos do Leite Cru Refrigerado Tipo A Integral e do Leite Pasteurizado Tipo A:
3 Leite Cru Refrigerado tipo A Integral: Item de Composição Requisito placas (UFC/mL) Máx.. 1x10 4 de Células Somáticas (CS/mL): Máx.. 6x10 5 Leite Pasteurizado tipo A n = 5; c = 2; m = 5,0x10 2 ; M = 1,0x10 3 N = 5; c = 0; m < 1 N = 5; c = 0; m= ausência N = 5; c = 0; m= ausência Nota: imediatamente após a pasteurização, o leite pasteurizado tipo A deve apresentar enumeração de coliformes a 30/35º C menor do que 0,3 NMP/ml da amostra. LEITE TIPO B O leite só pode ser recebido na categoria tipo B, quando se enquadrar nos requisitos Procedimentos Específicos para o Controle de Qualidade da Matéria-Prima: Placas (CPP); de Células Somáticas (CCS); Composição e Requisitos Microbiológicos do Leite Cru Refrigerado Tipo B Integral e do Leite Pasteurizado Tipo B: Leite Cru Refrigerado Tipo B Integral Item de Composição Requisito Placas (UFC/mL) máx. 5x10 5 de Células Somáticas(CS/mL): máx. 6x10 5 Leite Pasteurizado tipo B n = 5; c = 2; m = 4,0x10 4 ; M = 8,0x10 4 n = 5; c = 2; m=2; M=5 n = 5; c = 1; m=1; M=2 n = 5; c = 0; m= ausência
4 Nota: imediatamente após a pasteurização, o leite pasteurizado tipo B deve apresentar enumeração de coliformes a 30/35º C menor do que 0,3 NMP da amostra. LEITE TIPO C O leite só pode ser recebido na categoria tipo C, quando se enquadrar nos requisitos Procedimentos Específicos para o Controle de Qualidade da Matéria-Prima: Placas (CPP); de Células Somáticas (CCS); Requisitos Microbiológicos do Leite Cru Tipo C, do Leite Cru Refrigerado Tipo C e do Leite Pasteurizado Tipo C: Leite Pasteurizado tipo C n = 5; c = 2; m = 1,0x10 5 ; M = 3,0x10 5 n = 5; c = 2; m = 2; M = 4 n = 5; c = 1; m = 1; M = 2 n = 5; c = 0; m= ausência Nota: imediatamente após a pasteurização, o leite pasteurizado tipo C deve apresentar enumeração de coliformes a 30/35º C menor do que 0,3 NMP da amostra. Dica baseada na reportagem de Marco Aurélio Bergamaschi - Folha de São Paulo CODIGO EXAMES PRAZO DIAS B08D DIAGNOSTICO DE MASTITE - ANALISE DE TANQUE 5 B08C DIAGNOSTICO EPIDEMIOLOGICO DE MASTITE 5 B08M DIAGNOSTICO EPIDEMIOLOGICO DE MASTITE POR MYCOPLASMA SP 15 B13A CONTAGEM DE CELULAS SOMATICAS 1 IN14 CONTAGEM DE STREPTOCOCCUS SP Material: Cama 5 IN11 CONTAGEM DE COLIFORMES TOTAIS Material: Cama 5 B06 BRUCELOSE BOVINA - TESTE DO ANEL DO LEITE Método: Teste do Anel em Leite - TAL 1 Material: Leite B24 BRUCELOSE BOVINOS E BUBALINOS - TRIAGEM Método: Antígeno Acidificado Tamponado 2 B26 BRUCELOSE CONFIRMATORI0 - BOVINOS E BUBALINOS Método: Soroaglutinação Lenta em Tubo - S.A.L. - 2
5 B01 2Mercaptanol BRUCELOSE COMPLETO - EXAME E TRIAGEM Método: Antígeno Acidificado Tamponado e 2Mercaptanol Referencias disponíveis com autor, se necessário consulte-nos." 4 EQUIPE DE VETERINÁRIOS - TECSA Laboratórios Primeiro Lab. Veterinário certificado ISO9001 da América Latina. Credenciado no MAPA. PABX: (31) ou FAX: (31) tecsa@tecsa.com.br RT - Dr. Luiz Eduardo Ristow CRMV MG 3708 Siga-nos no Facebook: Tecsa Laboratorios INDIQUE ESTA DICA TECSA PARA UM AMIGO Você recebeu este Informativo Técnico, pois acreditamos ser de seu interesse. Caso queira cancelar o envio de futuros s das DICAS TECSA ( Boletim de Informações e Dicas ), por favor responda a esta mensagem com a palavra CANCELAMENTO no campo ASSUNTO do .
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