news Editorial No interior junho2007 Entrevista com Arq. Armando dos Reis

Transcrição

1 Editorial Durante os meses de Junho e Julho, Lisboa é palco da I Trienal de Arquitectura, um evento que dá a conhecer a arquitectura ao grande público, e o qual não queríamos deixar de saudar. Neste número da Technal News afirmamos mais uma vez o carácter inovador das soluções Technal, característica confirmada pelo nosso entrevistado, o arquitecto Armando dos Reis (Planassociados). Em destaque estará também a nossa aposta na globalização através da alteração da denominação da nossa rede de parceiros para a designação internacional Aluminier. Octávio Reis Director de Vendas Nacional 11 junho2007 news n e w s l e t t e r T e c h n a l No interior Entrevista com Arq. Armando dos Reis Fotografia Technal

2 Unicity Evolution. Caixilho não aparente, com ruptura da ponte térmica. Quando a discrição impõe a diferença. Um vão de luz máximo, uma elegância absoluta É um desafio conseguir que do exterior uma janela fique completamente esquecida. 58 mm, representam a elegância e a perfeição dos montantes. Uma massa simétrica, um aspecto exterior idêntico para as partes fixas e móveis, e sem dúvida um vão de luz mais importante. Qualquer que seja a aplicação, a vista do exterior será sempre de 58 mm. Drenagem não aparente para uma estética exterior cuidada. Respeito pela cidade Os perfis reforçados permitem a realização de grandes vãos e respeitam as características arquitecturais das janelas de edifícios antigos. Unicity preserva a harmonia das fachadas e a identidade dos edifícios contemporâneos ou clássicos. Possibilidade de utilização do perfil quadricula de 22mm, respeitando os modelos e a arquitectura originais. A abertura não aparente revela todas as suas vantagens. A ruptura da ponte térmica permite jogar com as diferenças de cor entre o interior e o exterior, útil quando é necessário respeitar uma arquitectura específica, sem contrariar o ambiente interior... Versão contemporânea 58 mm Estética depurada Versão clássica 58 mm Exigências do conforto urbano Isolamento acústico: Premiado no Decibel d Or 2001 pelo Concelho Nacional do Ruído : 40dB (Ra, tr) em janela de duas folhas e 41dB(Ra, tr) em janela de uma folha. Isolamento térmico: De acordo com as normas em vigor, graças aos perfis aro com ruptura da ponte térmica de 20 mm com barrettes de poliamida e à folha móvel escondida atrás do aro fixo. Enchimento até 34 mm para combinar eficazmente isolamento térmico e acústico. Estética trabalhada, demarcando as linhas verticais e horizontais 58 mm 58 mm technalnews11junho2007

3 Entrevista ao Arq. Armando dos Reis, fundador da Planassociados, Lda. O rosto da arquitectura portuguesa está a mudar e a inovar-se a bom ritmo Entrevista Fotografia Nuno Campos Estudou arquitectura na Argentina, mas foi no nosso país que ganhou experiência profissional ao participar na equipa que desenvolveu o Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve. Armando dos Reis, sócio-gerente da Planassociados, empresa de referência em projectos de arquitectura, interior, design, urbanismo e gestão de investimento nas áreas do turismo e imobiliária, fala sobre o futuro da arquitectura portuguesa. Quais os desafios de um novo projecto ou a importância na escolha dos materiais foram outros dos assuntos que o arquitecto revelou.

4 1- Repartiu a sua formação académica entre a Argentina e Portugal. Que memórias guarda dessa experiência partilhada? A minha formação académica foi sem dúvida realizada na Argentina. Fiz três anos de Engenharia Civil na Universidade de Buenos Aires, até ao momento em que senti que a minha vocação não era aquela, mas sim a arquitectura. Fiz transferência para o curso de Arquitectura e Urbanismo de Moron, Província de Buenos Aires. Mais tarde obtive equivalência do curso na Universidade Técnica de Lisboa, ao que sei, a primeira equivalência realizada entre duas universidades em Portugal. Já em Portugal, frequentei vários cursos de formação pós-graduação e obtive experiência profissional. Existem muitas diferenças no tipo de formação académica dos dois países. Nas décadas de formaram-se grandes arquitectos argentinos como César Pelli e nos últimos dez anos a arquitectura portuguesa deu passos de gigante, seguramente levada pelos exemplos de Siza Vieira, Souto Moura e outros. Existem hoje muitos jovens arquitectos de bom nível internacional em ambos os países. Vale a pena lembrar que no ano de 1991 apenas 30% dos projectos em Portugal eram assinados por arquitectos enquanto em Argentina os projectos são da responsabilidade dos arquitectos desde a década de Em que contexto surgiu a Planassociados e que princípios orientaram a sua fundação? Iniciei funções em Portugal como técnico na Comissão de Coordenação Regional do Algarve, tendo mais tarde, em Março 1991, sido convidado a trabalhar como consultor para a administração da Quinta do Lago. Foi nesta época que surgiu a Planassociados, um projecto pessoal iniciado por três indivíduos e que conta hoje com doze funcionários mas que brevemente aumentará devido às exigências do volume de trabalho e da qualidade exigida pelos nossos clientes. No entanto, da equipa inicial da Planassociados sou o único ainda ligado à empresa, cada um seguiu o seu próprio caminho. A Planassociados é uma empresa de projectos de arquitectura, interior design, urbanismo e gestão de investimentos, na área do turismo e imobiliária. Procuramos acompanhar cada projecto desde o seu início por estudos económicos de viabilidade, estudos de financiamento, enquadramento legal e controlo de custos e fiscalização das obras. Estamos a desenvolver projectos na área do planeamento, alguns projectos PIN, loteamentos, um hotel 5 estrelas, 3 Eco-resorts na Quinta do Lago para a empresa E3 Property, em co-autoria com o gabinete Walker Bushe Architects, e outros projectos turísticos que incluem um empreendimento onde as moradias terão acesso directo através do rio por barco, e logicamente várias moradias unifamiliares. 3- A nível nacional desempenhou funções na Comissão Coordenadora da Ordenação Territorial da Região do Algarve ( ). Como avalia a situação urbanística que temos hoje no Algarve? Como técnico da Comissão de Coordenação Regional do Algarve, fiz parte da equipa que desenvolveu o Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (PROTAL) É meu entender que o êxito de um plano não passa só pela qualidade técnica do mesmo mas sim pela gestão que as autoridades fazem do mesmo. O objectivo político do PROTAL 1991 era parar para pensar. Foi o primeiro plano regional do país e o futuro da região a nível urbanístico era caótico. Estávamos a caminho de uma situação semelhante à da nossa vizinha Espanha, com um litoral completamente construído, destruindo os recursos ambientais e paisagísticos dos quais vive o turismo. A pressão imobiliária sobre o litoral nos anos 70 e 80 era o grande inimigo a combater. Na última década, com a implementação do PROT e as orientações dos Planos Directores Municipais entrou-se assim num período de requalificação urbana em todo o Algarve. 4 - De que forma considera que se deverá desenvolver futuramente a região em termos urbanísticos? O novo PROTAL (2007) prossegue a mesma política restritiva do plano de 1991, com a qual concordo, pois surge agora com mais experiência acumulada. Penso que o Algarve é uma região com imensas potencialidades de investimento pelas qualidades que todos conhecem. Considero que 70% da oferta turística está desactualizada e deve ser reciclada. A recuperação, a alteração de funções e a actualização do que já está construído é fundamental, bem como o são a manutenção e o reforço das infraestruturas existentes. Investir em unidades já existentes é mais económico e mais rápido que envolver-se

5 em pesados investimentos e intermináveis processos de aprovação, com a consequente poupança de território e impactos no ambiente. Mas a questão fundamental para o correcto desenvolvimento urbanístico desta região passa por saber como atingir o desenvolvimento sustentável no Algarve. Sabia que a arquitectura é responsável por cerca de 45 por cento da emissão de gases nocivos em todo o Reino Unido? Pensam que Portugal é diferente? Não, não é. E a única forma de inverter esta situação é apostando numa arquitectura sustentável e na utilização de energias renováveis, abordando a economia, a sociedade e o ambiente duma forma integrada e harmónica, tomando em atenção as necessidades das gerações futuras, procurando gerir de forma adequada problemas actuais sem os transportar para o futuro. Qualquer intervenção a realizar deverá ter em conta a capacidade que o meio ambiente terá em suportar essa actividade humana. 5- Do seu currículo destacam-se, além do planeamento urbanístico, projectos de arquitectura de espaços comerciais, industriais e habitacionais. De todos estes qual aquele que representou para si o maior desafio? Cada projecto, independentemente da sua dimensão, do seu programa, do seu contexto, representa um novo desafio. É óbvio que há projectos que nos exigem mais que outros e que exigem mais de nossas capacidades. Talvez o PROTAL (1991) pela sua complexidade e pela inter relação que se gerou entre os diferentes técnicos, disciplinas variadas, gestão da equipa, a discussão de ideias, tomada de decisões e opções políticas, tenha sido um dos meus maiores desafios. Os projectos industriais pela sua dependência técnica e a necessidade de se aplicarem novas tecnologias implicam investigação e visita a obras existentes, pesquisa para poder compreender os layouts de produção. Representam por isso também um grande desafio. Mas o maior desafio de todos, sem dúvida alguma, refere-se ao relacionamento com o Estado, quer local quer central, no que toca à aprovação de projectos. Há que ter um profundo conhecimento de toda a legislação aplicável a cada situação e sujeitar-se à interpretação dos técnicos que fazem as normas e que aprovam os projectos. 6- Que papel atribui à escolha dos materiais, particularmente a caixilharia, numa obra? Sem materiais não existem obras de arquitectura, pois é na materialização que se concretiza a possibilidade do acto cultural do ser humano, da família, da sociedade. Os materiais protegem-nos do clima, do ruído, da água, criam as nossas intimidades e transmitem sentimentos e sensações. Através da cor, da textura, do brilho, da mistura entre luz e sombra, provocam-nos bem-estar ou não. Através dos materiais enviamos informações e mensagens sobre a nossa obra ao usuário ou ao espectador. Mas os materiais também têm um custo monetário, precisam de manutenção e estes aspectos são também de grande importância no momento da escolha. As caixilharias são elementos que condicionam os nossos movimentos, visibilidade, determinam a nossa ligação com o mundo interior ou exterior do edifício, definem áreas privadas, públicas. As caixilharias se pensarmos bem, são talvez os elementos de uma construção com os quais temos um maior contacto funcional no dia a dia. 7- Que motivos o levaram a optar pela marca Technal nas suas obras e que avaliação faz dessa parceria? Ter Technal numa obra significa tranquilidade técnica, qualidade, fala bem de nós enquanto técnicos. Technal é sinónimo de inovação garantida, de multiplicidade de aplicações e opções e também de uma boa relação preçoqualidade. São tudo boas bases para a concretização de projectos que se pretendem únicos e inovadores. 8- Finalmente, em termos profissionais teve a oportunidade de realizar trabalhos fora de Portugal, nomeadamente na China e na Argentina. Essa experiência permitiu-lhe chegar à conclusão, a partir de fora, sobre qual o traço que distingue hoje a arquitectura nacional? A arquitectura portuguesa caminha hoje ao nível do melhor que se faz pelo mundo fora nesta área. Para além dos grandes vultos desta última década como já referi, Siza Vieira, Souto Moura e outros, surgem agora novos talentos promissores entre os mais jovens. Começa também a haver uma maior abertura por parte do utente e do potencial cliente para uma linguagem mais contemporânea e diversa. O rosto da arquitectura portuguesa está a mudar, está a inovar-se a bom ritmo e se a sobrecarga excessiva de legislação o permitir, antevejo um futuro risonho.

6 » Quinta Fotografia Agência fotográfica Filipe Pombo Quinta Formosa 15 moradias localizadas na do Lago» Quinta Fotografia Agência fotográfica Filipe Pombo Moradia unifamiliar localizada no Lote 1, loteamento Planalto do Lago Arquitecto Planassociados, Lda. Dono de obra/promotor Gondal Instalador/Transformador Alves Carmo & Romão Lda. Soluções utilizadas Sistemas correr e batente Saphir (GXi/FXi) Arquitecto Dono de obra/promotor Instalador/Transformador Soluções utilizadas Planassociados, Lda. Dr. Tito Barra JPO - Sis. Caixilharia Alumínio, Lda. Fachada Mecano (MX) Sistema batentetopaze (FB)

7 5ª Convenção AluPartner / Aluminier Technal reúne Parceiros para definirem estratégias de grupo Nos dias 19 e 20 de Abril, teve lugar, no Hotel Lagoas Park, em Oeiras, a 5ª Convenção AluPartner Technal, na qual foram definidas quais as estratégias a adoptar no futuro e apresentada a nova denominação internacional da rede de parceiros Technal Aluminier. Sob o lema A Força de Um Grupo, a 5ª Convenção AluPartner Technal permitiu a todos os participantes reflectir e consolidar as sinergias criadas nos últimos anos, saindo reforçada a estratégia de equipa que a Technal tem vindo a desenvolver com todos os seus parceiros, com o objectivo de criarem soluções e serviços capazes de responderem aos desafios do mercado onde a qualidade e a globalização imperam. Através da parceria internacional Aluminier Technal, a rede de Clientes será dotada de ferramentas para actuar num mercado global, na medida em que está alicerçada na forte cooperação entre os membros dos vários países e a Technal.

8 Formação Aluminier Para o cliente final a marca Aluminier é uma garantia de qualidade, quer em termos de instalação de produto, quer em termos de serviço. Com o objectivo de reforçar a sua parceria e proporcionar ao utilizador final soluções que vão ao encontro das suas necessidades e expectativas, a Technal aposta na formação contínua dos seus parceiros, através da partilha de conhecimentos técnicos. As próximas sessões de formação Aluminier serão dedicadas ao Mercado da Renovação, um sector em crescimento no nosso país e no qual as entidades governamentais têm vindo a apostar com o desenvolvimento e implementação de vários projectos de reabilitação urbana. As datas de realização das sessões são: 6 de Julho Faro 9 de Julho Prior Velho, Lisboa Agenda Exposições 31 de Maio a 31 de Julho Trienal de Arquitectura de Lisboa Pavilhão de Portugal e Outros Ordem dos Arquitectos/Secção Regional Sul 2 a 31 de Julho 27 a 29 de Junho Fórum Arquitectura Acessível Biblioteca Almeida Garrett Porto 10 a 13 de Outubro Exposição de Arquitectura Virtual Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos 23 a 27 de Outubro de 2007 Conferências 5º Seminário de Arquitectura de Terra em Portugal Departamento de Engenharia Civil Universidade de Aveiro Campus Universitário de Santiago 11 a 13 de Outubro VII Congresso Ibérico de Urbanismo Ponta Delgada, Açores Feiras Concreta Feira Internacional de Construção e Obras Públicas Exponor 21a 23 de Novembro Congreso Internacional de Construcción Sostenible Sevilla, Espanha Ficha Técnica equipa MKT Technal design Latitudes Design produção Ligrate, Lda. tiragem exemplares Rua da Guiné Prior Velho PORTUGAL Tel.: Fax: technal@technal.pt