A polícia trata a gente que é pobre quem nem lixo : Reflexões sobre o filme Trash

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1 A polícia trata a gente que é pobre quem nem lixo : Reflexões sobre o filme Trash Jean Montezuma A frase que dá título a essa breve resenha poderia ter saído da boca de qualquer morador da periferia de Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo ou outra grande cidade do Brasil. Essa constatação grave e de profundo significado é um reflexo da realidade brasileira atravessada e marcada historicamente pelo racismo e por uma profunda desigualdade econômica e social. No Brasil, de acordo com o último censo, mais de 11 milhões de pessoas (6% da população) vivem em favelas ou localidades carentes de infraestrutura digna e 40 milhões não tem acesso a água tratada e a rede de esgoto¹.os negros e negras são a maioria nessas condições e também são as maiores vítimas da violência. Em 10 anos o percentual de negros entre as vítimas de assassinato aumentou de 63% em 2001 para 76% em 2011, ao passo que as vítimas brancas tiveram uma redução de 36% para 22% no mesmo período². Um jovem negro tem 3,5 vezes mais chances de ser morto que um jovem branco. Diante dessa afirmação: a policia trata a gente que é pobre que nem lixo, governadores, prefeitos, juízes, secretários de segurança, comandantes militares e legisladores não tem o mínimo direito de se sentirem ofendidos ou contrariados. Afinal, os dados apresentados acima, extraídos do mapa da violência e dos próprios órgãos estatais, dão conta dessa realidade e não lhes permite negar. No entanto, essa frase carregada de significado pelo seu realismo, não vem das folhas de jornais e revistas, é na verdade uma das primeiras mensagens passadas por Rafael, uma das personagens do filme Trash, a esperança vem do lixo.

2 O filme Trash, lançado em outubro de 2014 baseado no romance de mesmo nome publlicado em 2010 por Andy Mulligan, foi produzido e dirigido pelos cineastas britânicos Stephen Daldry e Richard Curtis e conta no seu elenco com figuras carimbadas do cinema brasileiro como Selton Melo, Wagner Moura, Leandro Firmino, Stepan Nercessian, Nelson Xavier e dois artistas americanos, Rooney Mara (no papel da professora Olívia) e Martin Sheen (Padre Julliard). A ideia de um filme que retrate a realidade brasileira baseado no tripé pobreza-corrupçãoviolência racista da polícia não é nova. Já tivemos obras clássicas como Pixote, a lei dos mais fraco (1980) de Hector Babenco, Cidade de Deus (2002) de Fernando Meireles e grandes sucessos de bilheteria como Tropa de Elite (2007) e Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro (2010) ambos de autoria de José Padilha. No entanto, o fato de partir de uma temática já abordada em outras obras não fez de Trash um mais do mesmo. A começar pelo fato que tais temáticas, pobreza-corrupção-violência racista da polícia, não se esgotam ao serem abordadas em uma, ou até mesmo dúzias de obras cinematográficas. Debater esses temas, encará-los como são e com a importância que possuem na formação do atual quadro da realidade brasileira é uma necessidade que se renova a cada dia, a cada nova manifestação do racismo, a cada jovem que tomba na periferia vítima da violência muitas vezes vinda diretamente do aparato policial. Trash também possui uma virtude que o diferencia, por exemplo, dos recentes Tropa de Elite 1 e 2. Ao contrário dos dois últimos, o roteiro de Trash se desenvolve a partir daquilo que os historiadores chamariam de a visão dos debaixo, ou seja, o filme nos é apresentado desde o ponto de vista dos três jovens negros Gardo, Rafael e Gabriel que após encontrarem uma carteira de um desconhecido no lixão de onde tentam retirar o sustento para viver, ou melhor dizendo, sobreviver,, são arrastados para o centro de uma trama de corrupção tornando-se alvos dos agentes da policia. Com essa abordagem o diretor

3 inglês Stephen Daldry, ao mesmo tempo que retrata cruamente o processo de desumanização e brutalização ao qual esses jovens estão expostos, proporciona aos mesmos voz. Uma voz que, via de regra, não é dada aos oprimidos, seja nos livros, na TV e também nas telas de cinema. A narrativa dá voz a esses jovens fazendo, inclusive, os mesmos se dirigirem diretamente a quem assiste o filme através de pequenos trechos de um vídeo onde as personagens dão seus depoimentos sobre sua história, sobre o que pensaram e sentiram em cada momento da trama que o roteiro desenvolve. Tal recurso proporciona uma relação mais direta de quem assiste com as personagens do filme. Somos provocados a viver experiência de não apenas assistir o filme, mas de refletir sobre os desenlaces que a trama vai nos apresentando sempre na perspectiva dos garotos. É uma provocação feita para nos tirar de nossa zona de conforto. Trash não se propõe a ser um filme apenas assistido, mas também pensado e criticado a luz das reflexões que levanta. Uma trama de tirar o fôlego. José Angelo arquiteta um plano para desmascarar um esquema de corrupção que envolvia Santos, deputado poderoso e précandidato a prefeitura do Rio de Janeiro. No passado Santos havia sido um dos responsáveis por um esquema que pôs injustamente na cadeia João Clemente, um advogado e ativista dos movimentos sociais. No entanto, José Angelo acaba capturado, torturado e morto pela policia. Porém, como parte do seu plano, José Angelo havia criado um código que se decifrado poderia levar a conclusão do seu plano mesmo na ocasião dele próprio não poder levá-lo até o fim. Os códigos foram colocados por ele na sua carteira, a mesma que ele atirou na caçamba de um caminhão do lixo quando encurralado pelos PM s. No lixão, foi o garoto Rafael quem achou a carteira e logo

4 despertou interesse sobre o desconhecido José Angelo, dono daquela misteriosa carteira, e convenceu seus amigos Gardo e Gabriel (apelidado de Rato ) a ajudá-lo na empreitada de desvendar esse mistério. O interesse da policia na carteira misteriosa só atiçou a curiosidade de Rafael pela história de José Angelo, mas, a certeza de que havia algo de muito sério só vem quando o próprio Rafael é sequestrado, torturado e por muito pouco escapa de ser, como fora José Angelo, assassinado pelos policiais. Ao passo em que se desenvolve, a trama de Trash nos tira o fôlego com a verdadeira caçada da policia aos garotos. Essas cenas, por sinal, retratam um pouco das ações policiais nas favelas e nas periferias do Brasil marcadas por abuso de poder, violência, criminalização da pobreza e do povo negro. Combinado a isso, ao passo que o mistério de José Angelo vai sendo revelado pelos garotos, vamos tomando parte da sua verdadeira motivação. Nunca se tratou de uma mera vingança ou uma questão pessoal, seu objetivo era político, escancarar todo um esquema de corrupção que, segundo o que acreditava José Angelo, se desse certo, derrubaria não apenas o Deputado Santos, mas faria desmoronar todo o sistema que retroalimentava a corrupção no Brasil. Desconstruindo a desumanização. É muito comum os filmes que tratam do problema da pobreza e da violência no Brasil abordarem a questão da desumanização que é parte da ideologia racista. Aliás, este é sem dúvida um dos aspectos mais atrozes do racismo. Negros e negras, ao longo da história do Brasil, foram costumeiramente identificados pela inteligentsia racista como, no mínimo, seres humanos de segunda categoria. No auge do racismo dito cientifico, que se baseava nas teses eugênicas³, alguns autores chegavam ao ponto de dizer que uma mulher negra não deveria se envergonhar se a ela fosse oferecida a oportunidade de casar-se com um chimpanzé, tal era o grau de animalização com que estes pseudo-cientistas racistas se referiam ao povo negro.

5 Nos dias de hoje, mesmo uma década após a chegada do PT ao palácio do planalto, o que se vê é a perpetuação dessa pratica de desumanização dos negros e negras. Por isso a chacina do Cabula ocorrida em Salvador ou os 19 mortos de Osasco chocam muito menos a opinião pública e ocupam menor espaço na mídia do que o caso da violência nas ciclovias das orlas cariocas. Tão pouco a policia não agiu com os empreiteiros da Lava-jato acusados de desviar bilhões da mesma forma que atua todos os dias na periferia invadindo as casas dos moradores das favelas e bairros pobres, humilhando e agredindo das mais variadas formas quem encontra pela frente. A desumanização, essa cruel faceta do racismo, serve para fortalecer uma ideia que nasce na classe dominante e é irradiada na sociedade tomando conta da consciência da opinião pública, em especial dos setores médios; é a ideia que diz que vidas negras não importam e, justamente por isso, são descartáveis como lixo. No entanto, ao contrário de outros filmes nacionais que abordam a temática da desumanização Trash possui uma virtude que o diferencia. Em Trash não se apresenta a desumanização apenas como um espetáculo para chocar quem assiste. Em Trash vemos essa desumanização sendo representada e ao mesmo tempo dialeticamente desconstruída, isto é, desnaturalizada. Essa desnaturalização ganha contornos vivos com a relação de solidariedade entre os garotos Rafael, Gardo e Gabriel. Nesse quesito, uma vez mais a opção do diretor em narrar a história desde o ponto de vista dos garotos mostrou toda sua validade. Rafael, Gardo e Gabriel que no Brasil real e seguindo os padrões do status quo racista seriam criminalizados por sua raça e sua classe, animalizados e considerados como a personificação do inimigo a ser combatido, através da história narrada pelo filme ganham voz, sentimento, identidade, em suma, reconquistam sua humanidade. Uma mensagem potencialmente revolucionária: O povo na rua tem o poder de mudar as coisas. Sim, Trash fala de política. A essa altura desta resenha falar

6 disso parece uma obviedade. No entanto, também nesse quesito este é um filme que desperta reflexões e aponta saídas que merecem destaque. O problema da corrupção vai se desenvolvendo ao longo da trama e se materializa de várias formas, sendo possível identificála no agente penitenciário que pede suborno, no diretor da cadeia que faz o mesmo para permitir uma visita, na relação espúria entre a policia e o deputado Santos que utiliza do aparato repressor do Estado para perseguir, torturar e matar quem atravessasse seu caminho e, entre o mesmo político Santos e os seus finaciadores de campanha, as empresas listadas em seu valioso livro-caixa. Nesse ponto especifico qualquer semelhança com o escândalo da Lava-jato, ou o escândalo do metrô de São Paulo e uma longa lista de exemplos não é mera coincidência. Entretanto, sou obrigado a problematizar uma das certezas que levou José Angelo a montar todo o plano que serve de estopim para trama. Seria o problema da corrupção, ou melhor dizendo, seria a tarefa de pôr fim a corrupção a saída para pôr abaixo as profundas desigualdades da nossa sociedade, dentre elas o racismo em todas as suas cruéis faces? Do que nos foi permitido através do filme conhecer do pensamento de José Angelo e João Clemente a resposta de ambos seria um sim retumbante. Questionando ambos, diriam que isso é uma meia verdade, pois, por um lado sim, a corrupção é uma chaga, uma doença grave que causa enorme mal a sociedade brasileira. Todos os anos bilhões deixam de ser investidos nos serviços públicos por causa da corrupção. Um relatório da FIESP baseado em dados referentes a 2008 apontou que o volume perdido com a corrupção variou entre 1,38% e 2,3% do PIB, ou seja, entre 41 e 69 bilhões de reais! Não é nenhum exagero dizer que a corrupção é institucionalizada e abrigada pelo regime político brasileiro, a começar pelas eleições e o toma lá da cá do financiamento privado. Portanto sim, a corrupção deve ser combatida e não

7 pode haver ideal de mudança social sem que o combate a corrupção se faça presente. Por outro lado, e por isso é uma meia verdade, a corrupção, com toda a sua importância, é apenas uma manifestação, é algo que só se alimenta e encontra as condições para se reproduzir a partir de algo mais profundo, algo que esta na essência da desigualdade que existe na sociedade: a propriedade privada dos meios de produção e a apropriação privada dos frutos do trabalho social. Enquanto houver uma minoria cada vez mais privilegiada que vive do fruto da apropriação do trabalho da imensa maioria do povo, enquanto essa minoria tiver sobre seu controle instituições forjadas a sua imagem e semelhança que servem para perpetuar sua dominação política, não será possível por um fim na corrupção e menos ainda dizer que se combate seriamente a desigualdade social. Contudo, em que pese essa diferença, entre o autor dessas linhas e o filme que é objeto dessa resenha há uma convergência de grande valor traduzida pela mensagem que nos é passada diretamente pelo jovem Rafael: No dia que o povo descer pra rua, pode ter certeza, pode levar fé, não vai ter pra ninguém. Embora seja curta e simples, a mensagem é carregada de uma verdade histórica só comparada ao seu potencial revolucionário. Sim, é verdade Rafael, o povo na rua tem o poder de mudar as coisas. Produzido em 2013, portanto, em meio a toda atmosfera gerada pelas grandes manifestações das jornadas de junho, Trash acabou por refletir isso em sua história. A mensagem passada pelo desfecho da trama é que a mudança só poderá ser alcançada pela via da ação coletiva e não por um projeto individual ou por um herói salvador, figura comum em filmes hollywoodianos. É quando se lança ás ruas e converte em luta política o desejo de por fim as suas aflições que o povo tem ao alcance das mãos a chance de mudar as coisas. É quando esse mesmo povo vai além e acredita que somente por fora dos trilhos do que é permitido

8 pelo status quo que uma mudança real será alcançada, é nesse momento que as revoluções se tornam possíveis e ficam ao alcance das mãos. Por isso o desfecho de Trash, se comparado a inúmeras outras obras cinematográficas, é tão diferenciado e valioso. A reflexão final, por assim dizer, que o filme nos aponta é que o caminho não é se dar bem, ou o também muito comum faça a diferença. A saída é ação, é o povo, que é oprimido e explorado nas ruas tentando agarrar com suas mãos a oportunidade de mudar as coisas. Em resumo, um convite a ousadia. Notas: 1- Dados extraídos dos relatórios do Censo IBGE 2010: 2- Dados extraídos do Mapa da violência 2011/Os jovens do Brasil: 3- A Eugenia, cujo o significado é bem nascido, é uma teoria nascida no século XIX que tem como patrono o antropólogo inglês Francis Galton. Galton conceituava a eugenia como o estudo dos agentes sob controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações tanto do ponto de vista físico quanto mental. No Brasil a corrente de pensamento baseada nas teorias Eugênicas teve entre seus vários representantes o escritor Monteiro Lobato ( ) e o jurista, historiador e sociólogo Oliveira Viana( ).

9 Palmares, Selma e Vila Moisés: a resistência negra e os grilhões do racismo Jean Montezuma Contrariando as previsões mais otimistas feitas aqui no Brasil e no exterior no início da década passada, o racismo não está em vias de desaparecer. Muito pelo contrário, a luta internacional contra a discriminação racial segue mais atual do que nunca frente a uma realidade onde o racismo nos agride de múltiplas formas todos os dias. A perversidade do racismo se manifesta com várias faces, todas elas cruéis, que vão desde os ditos padrões de beleza que dizem que nosso cabelo é ruim, a intolerância contra as religiões de matriz africana, passando pelas barreiras no âmbito do acesso à educação, no mercado de trabalho onde o que resta aos negros são os postos mais precarizados, até a eliminação física direta praticada pelo próprio Estado através do aparato policial. Nadando contra a corrente está a resistência negra que se reinventa através dos tempos. Nesse sentido esse breve artigo busca reviver lições de três experiências pertencentes a momentos históricos diferentes e ainda sim unidas por uma questão fundamental: A resistência negra frente ao racismo. Selma e a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos Quem se atreveria a ir embaixo da ponte? Pelas trilhas que separam brancos de negros (Tracy Chapman. Across the Lines). Em 2015 completam-se 50 anos da histórica luta dos negros da cidade de Selma, interior do estado americano do Alabama,

10 contra as leis segregacionistas que lhes negavam o direito ao voto e uma série de outros direitos civis. O grande marco dessa luta foram as três marchas organizadas no mês de março de 1965 que partindo de Selma tinham como objetivo chegar a Montgomery, capital do Alabama, para pressionar o parlamento do Estado e garantir o pleno direito de voto aos negros. O movimento que foi organizado pelos negros que formaram The Dallas County Voters League (DCVL Liga dos eleitores do Condado de Dallas) foi parte de um processo generalizado, uma ascensão da luta negra de proporção nacional que exigia de uma vez por todas igualdade de direitos civis e marcou os Estados Unidos nas décadas posteriores a segunda guerra mundial. Os negros que viram seus irmãos morrerem na Segunda Guerra Mundial ( ), derramando seu sangue em nome do american way of life decidiram que não continuariam mais vivendo um pesadelo para que os brancos e a elite seguissem vivendo o sonho americano. A luta pelos direitos civis produziu celebres lideranças como Rosa Parks, Malcon X, anos mais tarde o Black Panthers Party (BPP Partido dos Panteras Negras), além de centenas, milhares, de guerreiros e guerreiras anônimos que dedicaram suas vidas a causa. O reverendo Marthin Luther King foi uma dessas lideranças. King era o principal dirigente de The Southern Christian Leadership Conference (SCLC Conferência das Lideranças Cristãs do Sul) e foi convidado pela DCVL para se somar a luta em Selma. A primeira marcha ocorrida no dia 7 de março sofreu uma forte repressão da polícia que atacou os 600 manifestantes que marchavam desarmados com surras de cassetete e bombas de gás lacrimogênio na altura da ponte Edmund Pettus. Este fato, que ficou conhecido como o Domingo Sangrento, foi transmitido ao vivo pelos canais de TV e serviu como um divisor de águas. Depois daquele dia o que antes era visto pela população como leis que defendiam os bons costumes sulistas passaram a ser encaradas como o que verdadeiramente eram: uma política institucionalizada de terror e violência

11 contra os negros. A correlação de forças se inverteu em favor do movimento negro, grandes marchas se espalharam pelo país e conquistas democráticas importantes foram alcançadas. Porém, passados 50 anos a mais poderosa nação do planeta é um exemplo vivo de que enquanto houver capitalismo jamais acertaremos definitivamente nossas contas com o racismo. Em 2008 a eleição de Obama, o primeiro negro a chegar à presidência, significou para muitos um símbolo de uma nova era de superação do racismo dentro e fora dos Estados Unidos. Em todos os cantos do planeta negros e negras se encheram de esperança e celebraram a vitória do filho de imigrantes nigerianos como um marco histórico. Lamentavelmente o que se seguiu foi uma grande frustração pois Obama, ao melhor estilo capitão do mato, não foi nem de longe um ponto de apoio e uma referência para luta negra. Pelo contrário, Obama manteve a criminosa ocupação do Haiti sustentada via terceirização ao exército brasileiro que chefia a Missão das Nações Unidas para estabilização do Haiti (Minustha). No âmbito interno a política econômica do governo Obama foi voltada a atender os bancos e multinacionais causadores da crise econômica ao invés de ir em socorro dos trabalhadores, em especial os negros e latinos, que viram suas condições de vida açoitadas pelos efeitos da crise. Recentemente Obama esteve em Selma na mesma ponte Edmund Pettus participando de um cerimonial em lembrança dos 50 anos do domingo sangrento. Ao lado do republicano e nada saudoso George W. Bush, Obama tentou mais uma vez associar o seu governo ao legado da luta negra americana. Nada mais falso vindo do mesmo presidente que frente a nova onda de mobilizações que se espalharam por várias regiões do país questionando a íntima relação entre a violência policial e o racismo, limitou-se a ser evasivo, não adotando nenhum compromisso político efetivo frente aos assassinatos do estudante Michael Brow pela polícia de Ferguson e do vendedor ambulante Eric Garner morto por asfixia pela polícia de Nova

12 York. De Obama não partiu nenhuma palavra sobre o arquivamento do caso de assassinato de Michael Brown pela justiça do Estado de Missouri. Os gritos que vem das ruas Black lives matter (Vidas negras são importantes) não encontram amparo pois embora seja negro o presidente, a casa continua branca. O que continua valendo são os interesses da mesma elite burguesa branca do tempo dos Confederados (nome dado a aliança dos estados do Sul que durante a guerra civil americana defendia a manutenção da escravidão e de leis segregacionistas severas que negavam aos negros a condição de cidadãos americanos). Vila Moisés, o racismo elevado a extermínio Não sou ninguém nem tenho pra quem apelar, Só tenho meu bem que também não é ninguém. Quando a polícia cai em cima de mim, até parece que sou fera (Edson Gomes. Camelô). 6 de fevereiro de 2015, bairro do Cabula, cidade de Salvador, a mais negra das cidades fora do continente africano. Uma ação do grupo de elite da polícia militar resulta na morte de doze jovens negros. Imediatamente governo e Comando da Polícia Militar sistematizam uma série de argumentos falaciosos na tentativa de justificar o injustificável. Primeira mentira: A ação da polícia foi em resposta a uma suspeita de que um grupo de trinta homens fortemente armados se preparavam para realizar um assalto a banco e as mortes teriam ocorrido sobre intensa troca de tiros. Diante da total ausência de provas que a sustentassem essa versão caiu logo nas primeiras horas após o caso ganhar repercussão. Segunda mentira: Todos os envolvidos eram criminosos com passagem pela polícia. Passados três dias a própria polícia civil voltou atrás e reconheceu que apenas dois dos envolvidos eram fichados, sendo um deles por causa de uma briga de carnaval. Terceira mentira: Os policias teriam agido amparados pela lei

13 pois o estatuto dos autos de resistência * licencia os agentes da polícia a usar força letal numa situação de confronto. No entanto o laudo da perícia técnica atesta que a maioria dos mortos foram alvejados por mais de cinco tiros, muitos disparos feitos à uma distância de um metro e meio, tiros na mão, na nuca e trajetória das perfurações indicando que os jovens estavam em posição inferior aos policiais (deitados, agachados ou ajoelhados). Objetivamente os dados da perícia desmentem os policiais e reforçam a tese de que houve uma execução. Lamentavelmente o exemplo da Vila Moisés não é um ponto fora da curva na realidade brasileira. Dados do mapa da violência dão conta do que poderíamos chamar de uma verdadeira crise humanitária. Em 2012, pessoas foram vítimas de homicídios no Brasil, uma média de 154 por dia. As vítimas majoritárias são os negros que em 2012 totalizaram enquanto os brancos somaram A política de guerra ás drogas patrocinada pelos governos estaduais em parceria com o governo federal potencializa a criminalização da juventude negra e pobre. No mesmo ano de 2012, 71% dos casos de homicídio tinham relação com a guerra contra o tráfico. Entre os anos de 2002 e 2012 o número de brancos vítimas de homicídios caiu 32,3% enquanto o de negros teve uma alta de 32,4%. Um negro tem 3,5 vezes mais chances de ser vítima de um homicídio que um branco. Salta aos olhos de qualquer um o fato da violência policial no Brasil ser seletiva e orientada por critérios de raça e classe. Passados 127 anos da abolição da escravidão os negros e negras, ampla maioria da população brasileira, vivem as consequências de uma inclusão marginal na sociedade brasileira. O apartheid disfarçado vivido pelos negros brasileiros no dia a dia se manifesta através das várias faces da segregação. A começar pela segregação espacial que os empurra para as favelas e periferias. Que lhes nega o direito à cidade seja no que diz respeito ao lazer (teatros, cinemas e

14 parques se encontram nos centros, bem distantes das periferias e favelas), seja negando outros direitos essenciais como educação, saúde e saneamento. O racismo ambiental se potencializa combinado com a intolerância religiosa ao destruir matas e locais tradicionais essenciais ao culto das religiões de matriz africana. Essa realidade hostil aos negros e negras não é fruto unicamente do racismo e conservadorismo de uma elite branca herdeira dos senhores de engenho dos tempos da escravidão. As características do desenvolvimento do capitalismo brasileiro que gerou uma sociedade profundamente desigual do ponto de vista econômico e inserida na divisão mundial do trabalho nos marcos de uma crônica dependência dos países imperialistas, são elementos estruturais decisivos para uma justa análise da realidade e principalmente das tarefas que, os negros e negras, como parte da classe trabalhadora, devem encarar no caminho da sua verdadeira libertação. O legado de Palmares Zumbi, comandante guerreiro. Ogunhê, ferreiro-mor capitão, da capitania da minha cabeça. Mandai a alforria pro meu coração (Wali Salomão. Zumbi, a felicidade guerreira). A formação de quilombos foi uma das estratégias utilizadas pelos negros que durante os mais de 300 anos de escravidão não cessaram um único instante a sua resistência. A resistência negra começou desde que o primeiro filho da África pois os pés no Brasil. Palmares, o mais emblemático dos quilombos brasileiros por exemplo, atingiu seu ápice populacional por volta de 1670 com cerca de 20 a 25 mil habitantes. Contudo, pesquisas indicam que desde 1580 a região da Serra da Barriga, hoje pertencente ao município de União dos Palmares no Estado de Alagoas, na época parte da capitania de Pernambuco, era um ponto de convergência de quilombolas.

15 A existência de Palmares despertava medo nos senhores de engenho da região e era um incômodo permanente para os governantes da época. As táticas de guerrilha usadas primeiro para se defender sob o comando de Ganga Zumba, depois como uma resistência ativa capaz de armar emboscadas as tropas e a atacar engenhos sob o comando de Zumbi, situaram Palmares no topo da lista das ameaças aos interesses da coroa portuguesa no Brasil. Não à toa foram empreendidas um total de 18 expedições militares ao longo do século XVII com intuito de eliminar Palmares. A maior delas em 1694, comandada pelo mercenário bandeirante Domingos Jorge Velho, foi composta por 6 mil homens fortemente armados com direito a artilharia e conseguiu, graças a uma emboscada, assassinar Zumbi dando início a um ciclo de dispersão do quilombo de Palmares que culminou em A experiência de Palmares não é contada nas escolas. Isso porque os livros foram escritos de modo a corresponder a visão da elite branca, incapaz de conceder aos negros um papel ativo de resistência às agruras da escravidão. A luta de classes no Brasil começa com a luta negra contra a escravidão e não com a chegada dos operários imigrantes europeus, como defendem os stalinistas dogmáticos. Palmares é um patrimônio da história da resistência negra no Brasil e o seu legado é o da luta ativa contra o racismo e o enfrentamento ao Estado, principal mecanismo através do qual a classe dominante impõe seus interesses. Por uma consciência negra, classista e socialista A cor do sonho da minha liberdade, é a cor que o sol imprime em minha pele. Afrodescendente, negra, latina, sudameríndia cansada de dor (Adão Negro. Afrodescendente). A dívida do capitalismo com os negros e negras não pode ser

16 paga com pedidos de desculpa (em 2009 o senado dos Estados Unidos se desculpou oficialmente com os negros americanos pela escravidão) e tão pouco com promessas vãs feitas pelos governates de uma melhora incerta no futuro. A escravidão negra foi parte essencial do processo de acumulação primitiva de capital. Sem os lucros combinados do tráfico negreiro e da mão-de-obra escravizada nas colônias, as potências européias não conheceriam por exemplo, o acúmulo de riqueza que permitiu a Inglaterra produzir a sua revolução industrial. Não satisfeito com a sangria provocada pela escravidão o capitalismo voltou a retalhar o continente africano com a Conferência de Berlim em 1884**. A partilha da África pelas nações capitalistas européias permitiu o incremento de capital necessário para o advento da fase imperialista do capitalismo. As maiores riquezas da África foram, e ainda hoje continuam sendo roubadas pelas grandes potências capitalistas. As mesmas que através das mais variadas mídias tentam hipocritamente naturalizar em nossas cabeças uma visão da África como uma terra arrasada, sinônimo de atraso e miséria. Não há capitalismo sem racismo, disse uma vez Malcon X resumindo em cinco palavras uma certeza que para os negros e negras do mundo deve adquirir um sentido estratégico. Só será possível iniciarmos um ciclo decisivo de superação do racismo se destruirmos as bases do sistema capitalista que se desenvolveu e hoje se retroalimenta ás nossas custas. Sendo o fim do racismo algo que vai na contramão dos interesses da burguesia, a única classe capaz de incorporar essa bandeira é a classe trabalhadora como parte do programa da revolução socialista. Inspirados por Palmares frente ao extermínio da juventude negra e as mais variadas facetas do racismo devemos resistir e não ceder nenhum único passo atrás. Como em Selma devemos batalhar e por abaixo cada uma das barreiras que nos impedem de exercer plenamente nossos direitos. Mas, como perspectiva estratégica, os negros e negras, como parte da classe

17 trabalhadora, devem tomar o exemplo do revolucionários haitianos que em 1804 protagonizaram a revolução negra que derrubou o colonialismo francês. O acerto de contas com o racismo impõe um horizonte revolucionário que, por sua vez, exige um programa de raça e classe que faça o enfrentamento ao capital golpeando de modo combinado a opressão racista e a exploração capitalista. Notas: * Autos de resistência O estatuto dos autos de resistência foi criado durante a ditadura militar e permanece vigente mesmo passados 30 anos do fim do regime militar. Trata-se de um dispositivo jurídico que impede a abertura de inquérito quando ocorrem mortes resultantes de ações das forças armadas ou das policiais militares, desde que seja alegada que as mortes foram fruto de resistência por parte dos suspeitos. ** A conferência de Berlim 1894 Realizada a pedido de Portugal e organizada e presidida pelo Chanceler alemão Bismarck. A Conferência definiu as regras e os limites da partilha do continente africano entre as principais potências europeias da época: Alemanha, Inglaterra, Itália, Portugal, Bélgica, França e Espanha. Referências bibliográficas HOBSBAW, Eric J.. A era dos impérios: ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005 GUTIERREZ, Pilar L.. Nacionalismo negro em los Estados Unidos y el miedo al Black Power. Red Visual, n. 9-10, KING, Martin L.. As palavras de Martin Luther King. Rio de Janeiro: Zahar, JAMES, Cyril Lionel. Jacobinos negros: Toussaint L Ouverture e a revolução de São Domingos. São Paulo: Boitempo, 2000.

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