VI. A FAMÍLIA NA LEGISLAÇÃO MOÇAMBICANA ACTUAL. A Família segundo a Lei Nº 10/2004, de 25 de Agosto

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1 VI. A FAMÍLIA NA LEGISLAÇÃO MOÇAMBICANA ACTUAL A Família segundo a Lei Nº 10/2004, de 25 de Agosto EXCELENTÍSSIMO E REVERENTÍSSIMO SENHOR ARCEBISPO DA BEIRA REVERENDÍSSIMOS PADRES, DIÁCONOS REVERENDÍSSIMAS IRMÃS REVERENDÍSSIMOS IRMÃOS SENHORAS E SENHORES LEIGOS ESTIMADOS CONVIDADOS INTRODUÇÃO A reforma do direito da família, é uma necessidade que se vem impondo ao longo dos anos como prioridade cada vez mais pertinente. Desde cedo, resultou nítida a desconformidade da mesma com a LEI mãe que é a constituição vigente mas também com a realidade sócio-cultural e económica do país. E tendo em vista, a adequar a LEI da família vigente na altura, à constituição e os demais instrumentos de Direito Internacional, e consequentemente eliminar as disposições que sustentavam a desigualdade em tratamento nas relações familiares, baseadas no grau de parentesco, no respeito pela moçambicanidade, pela Cultura e Identidade, própria do povo moçambicano, a Assembleia da República revogou o Direito da família contido na altura no quarto livro do código Civil Português. Historicamente falando, este facto foi possível consumar-se porque no ano 1975, o povo moçambicano tornou-se independente e soberano, visto que, este facto histórico foi 1

2 consagrado pela conquista da Independência total e completa, sendo a data 25 de Junho pelas zero horas de Importa salientar que a ordem jurídica moçambicana, após a conquista da Independência Nacional, certamente impunha uma reforma compulsiva e profunda de todos os instrumentos jurídicos, do direito interno moçambicano bem como no âmbito do direito Internacional. Foi neste âmbito, que o Direito da família foi revista pelo órgão competente que é Assembleia da República aprovando a LEI nº 10/2004 após de terem passado 29 anos. Entende-se como sendo direito da família, um complexo normativo que é um conjunto de normas Jurídicas que orientam as relações da família. O que será a família - A família é célula base da sociedade, factor de socialização da pessoa humana. A família constitui o espaço privilegiado, na qual se cria, desenvolve e consolida a personalidade dos seus membros e é onde devem ser criado o conceito diálogo, de solidariedade, etc. De salientar que, para todos os moçambicanos sem distinção de nenhum traço, é reconhecido o Direito de integrar e constituir uma família. No sentido geral, ou antropológico, a família compreende-se ser todas as pessoas ligadas pelo vínculo de parentesco, de casamento, por afinidade e adopção. No sentido restrito, a família engloba o pai, a mãe e os filhos; é a família nuclear que normalmente é constituída por pais e filhos. No sentido intermédio, a família é um grupo de pessoas que vivem de baixo do mesmo tecto. É a família lar. Importa referir que, ao longo da palestra mereceram a abordagem os seguintes aspectos fundamentais da LEI 10/ Noção; a) Características das relações familiares; b) Deveres da família; 2

3 c) Fontes das relações Jurídicas familiares; 2.Casamento. a) Modalidade do casamento; 3. Promessa de casamento: a) efeito do contrato promessa do casamento, 4. Pressuposto da celebração do casamento; 5. Processo preliminar do casamento; 6. Certificado de capacidade matrimonial; 7. Dispensa do processo preliminar; 8. Os impedimentos matrimoniais classificam se em: a) Impedimentos dirimentes relativos; b) São impedimentos impedientes; c) Casamento urgente, 9. Formalidades: a) Do casamento religioso e tradicional; b) Celebração do casamento; c) Efeito do casamento quanto às pessoas e dos bens dos cônjuges; 10. Regime de bens; 11. Reparação dos cônjuges dos bens; 12. Dissolução do casamento; 13. União de facto; 14. Alimentos DESENVOLVIMENTO 1. Noção da família - é um conjunto de pessoas que vivem em comum na mesma casa; conjunto de pessoas do mesmo sangue ou parentes por aliança; grupo de pessoas unidas pelo vínculo do casamento, grupo de pessoas formado pelos pais e filhos menores. A família é a comunidade de membros ligados entre si pelo parentesco, casamento por afinidade e adopção. Conceito de família na visão africana é mais alargada e inclui, além dos cônjuges e 3

4 seus filhos, também os pais, netos, irmãos, avos e primos dos cônjuges. Cônjuge é cada, um em relação ao outro, esposa ou esposo no relacionamento conjugal. Parentesco a palavra parentesco significa aquele que faz parte da família, ser parente do mesmo sangue, afinidade, vinculo que une duas pessoas, em consequência de uma delas descender da outra ou de ambas procederem de um progenitor comum. Parentesco monogâmico é uma família de um único descendente um esposo que tem uma única esposa e vice versa Parentesco colateral são aquelas pessoas que procedem de um progenitor comum, mas não descendem um dos outros. Parentesco de linha recta linha de parentesco que une as pessoas que descendem uma da outra ( pais e filhos ). Características das Relações Familiares: As relações familiares são duradoiras, permanentes, ao contrário da que acontece com as relações jurídicas que baseiam nos contratos. Os direitos familiares recaem sobre pessoas, e no caso do casal livremente decidiram construir uma família de forma duradoira ( art 5 ) Correspondem a uma estrutura de comportamentos sócio-culturais. Assentam na realidade sociológica da família, pelo que representam uma função constituitiva ( os pais são a origem da família ). Portanto, são pessoas no sentido de que não admitem substituição de nenhum dos seus sujeitos. b) Deveres da família; Ao abrigo do artigo 5 da LEI da família; A família é incumbida, em particular: 4

5 a) Assegurar a unidade e estabilidades própria; b) Assistir os pais no cumprimento dos seus deveres de educar e orientar os filhos; c) Garantir o crescimento e o desenvolvimento integrado da criança, do adolescente e do jovem; d) Assegurar que não ocorram situações de discriminação, exploração negligência exercício abusivo de autoridade ou violência no seu seio; e) Amparar e assistir os membros mais idosos, assegurando sua participação na vida familiar e comunitária e defendendo a sua dignidade e bem estar; f) Amparar e assistir os membros mais carentes nomeadamente, os portadores de deficiência; g) Velar para que sejam respeitados os direitos e os legítimos interesses de todos e de cada um dos seus membros. d) Fontes das relações jurídicas familiares: As relações jurídicas familiares ao abrigo do artigo 6 partem da: procriação, o parentesco, o casamento, a afinidade e adopção.. 2. O Casamento a) Modalidade do casamento Ao abrigo do artigo 16 preconiza -se que em Moçambique há três tipos legais de casamentos reconhecidos por lei nomeadamente: casamento civil, religioso ou tradicional. Ao casamento monogâmico religioso e tradicional é reconhecido o valor e eficácia igual à do casamento civil, quanto tenham sido observados os requisitos que a lei estabelece para o casamento civil. Ao artigo 17 ( efeitos do casamento religioso e tradicional ). O casamento religioso e tradicional rege-se, quanto aos efeitos civis pelas normas comuns desta lei salvo disposição encontrário. Artigo 17 ( dualidade de casamentos ). 1.A celebração do casamento está sujeita a registo obrigatório. 5

6 Não é permitido o casamento civil de duas pessoas ligadas de casamento religioso ou tradicional devidamente transcrito no registo civil. 3. Promessa de casamento É o dever que os contraentes têm, mas com isso não quer dizer que os contraentes estão obrigados a celebrar o casamento. Ao celebrar o contrato promessa de casamento, não podemos inserir qualquer obrigação contra os contraentes, nos termos do artigo 19 nº 1 que diz... o contrato pelo qual, a titulo de esponsais, disposórios ou qualquer outro, duas pessoas do sexo diferente se comprometerem a contrair matrimónio não dá direito a exigir a celebração do casamento, outras indemnizações que não sejam as previstas no artigo 22 mesmo quanto resultantes de cláusula penal. 2. É nula a promessa de casamento, se algum dos proeminente for menor de 18 anos. a) Efeitos do contrato promessa de casamento A nível da celebração do casamento: Indemnização que é uma atribuição de responsabilidade dos esposos em que o faltoso é obrigado a indemnizar segundo o artigo 22 nº 1 desta lei que diz... 1 se alguns dos contraentes romper a promessa sem justo motivo ou, por culpa sua der lugar o que o outro se retracte, deve indemnizar o esposado inocente, bem como os pais destes ou terceiros que tenham agido em nome dos pais, quer das despesas feitas, quer das obrigações contraídas na previsão do casamento. 3. Igual indemnização é devida quanto o casamento não se realize por motivo de incapacidade de algum dos contraentes de ele ou os seus representantes houverem procedido com dolo. 4. Pressupostos da celebração do casamento. 6

7 1.Ao abrigo do artigo 24, o casamento religioso e o tradicional só podem ser celebrados por quem tiver a capacidade matrimonial exigida na lei civil. 5. Processo preliminar do casamento. Ao abrigo do artigo 26 o processo preliminar é conduzido da seguinte forma: 1.A capacidade matrimonial dos nubentes é comprovada por meio de processo preliminar de publicações, organizados nas repartições do registo civil ou do dignitário religioso, nos termos da lei de registo. 2. O consentimento dos pais, legais representantes ou tumor, relativo ao nubente menor, pode ser prestado na presença de duas testemunhas perante o dignitário religioso, o qual lavra auto de ocorrência assinando todos os intervenientes. 6.Certificado de capacidade matrimonial. Ao abrigo do artigo 27 há que dizer o seguinte: 1.Verificada no despacho final, no processo preliminar de publicações a inexistência de impedimentos à realização do casamento o funcionário do registo civil extrai dele o certificado matrimonial, que é remetida ao signatário religioso e sem o qual o casamento não pode ser celebrado. 2.Se, depois de expedido o certificado, o funcionário que tiver conhecimento de algum impedimento, comunica-o, imediatamente, ao dignitário religioso, a fim de se suster a celebração do casamento, até que se decida sobre o mesmo impedimento. 7. Dispensa do processo preliminar. O artigo 28 diz. 1. O casamento pode celebrar-se independentemente do processo preliminar, de publicações e da passagem de certificado de capacidade matrimonial dos nubentes, em caso 7

8 de morte eminente ou de grave motivo de ordem moral, se for expressamente autorizado pelo dignitário religioso competente ou pela autoridade comunitária da área de residência dos nubentes. A dispensa do processo preliminar não altera a exigência da lei civil, quanto a capacidade matrimonial dos nubentes, continuando a estar sujeito às sanções estabelecidas na lei. Regra geral: Capacidade para contrair casamento: Nos termos do artigo 29 têm capacidade para contrair casamento, todos aqueles em relação aos quais não se verifique algum dos impedimentos matrimoniais previstos na lei. 8. Os impedimentos matrimoniais classificam se em: Impedimentos dirimentes absolutos ( impedimentos por ser nulo ) Obstando ao casamento da pessoa a quem respeitam com qualquer outrem; Idade inferior à 18 anos, se a pessoa tiver menos de 18 anos não pode casar, A mulher ou o homem com mais de 16 anos. A titulo excepcionais pode contrair casamento quando ocorram circunstâncias de reconhecido interesse público e familiar, e houver consentimento dos pais ou dos legais representantes. Se for demente ( com problemas mentais ) notoriamente, ( mesmo nos intervalos lúcidos ) antes ou na altura de celebração do casamento, não pode casar. Se o problema for posterior ( depois )da celebração do casamento não constitui impedimento matrimonial e não é a causa de anulação; é válido duma forma permanente. Impedimento dirimentes relativos 8

9 São também dirimentes obstando ao casamento entre si das pessoas a quem respeitam, os impedimentos seguintes: O parentesco da linha recta. Assim está impedido de casar por exemplo: pais e filhas ou avós e netos. Portanto é o parentesco entre parentes que procedem de um progenitor comum. O parentesco até 3º grau de linha colateral segundo o artigo 31 alínea b) não é permitido o casamento entre tios e sobrinhas. A afinidade na linha recta nos termos do artigo 31 alínea c), isto é entre um cônjuge e parente de linha recta do outro cônjuge são impedidos de se casarem; caso por exemplo do sogro e nora e sogra e genro. Condenação anterior de um dos nubentes, como autor ou cúmplice por homicídio doloso ( se matou alguém com intenção ), ainda que não consumado, contra a cônjuge do outro. Ao abrigo do artigo 56 é anulável o casamento: a) Contraído com algum impedimento dirimente; b) Celebrado por parte de um ou ambos os nubentes com falta de vontade ou com a vontade viciada por erro ou coação; c) Celebrado sem a presença de testemunhas exigidas na lei. Impedimentos impedientes Prazo inter nupcial Ao abrigo do artigo 32 alínea c) refere-se aos casamentos daqueles cujo casamento anterior foi dissolvido ou anulado, enquanto não decorrer 6 meses sobre a dissolução ou anulação desse casamento. - Parentesco até 4º grau de linha colateral ao abrigo do artigo 32 alínea b), isto é, não pode casar por exemplo com os primos. Vinculos de tutela, curatela ou administração legal de bens, ao abrigo do artigo 32 alínea c), isto é enquanto não tiver 9

10 decorrido um termo da incapacidade que constitui um impedimento de casamento entre um tutor e um incapaz, nos termos do artigo 37 alínea c) e 36 da lei 10/ A oposição dos pais ou tutor do núbente do menor, ao abrigo do artigo 32 alínea f), isto explica-se os menores de 16 anos estarem feridos de incapacidade de gozo em relação ao casamento porque tem a falta da idade núbil isto é a idade para casar que é impedimento derimente absoluto. 9. Formalidades: ( artigos 47, 48, 49, 50, 51 ) Do casamento civil = pessoas que devem intervir; é indispensável para a celebração do casamento a presença: a) Dos contraentes b) Do funcionário do registo Civil; c) De duas testemunhas. Do casamento religioso e tradicional; Casamento por procuração; É licito a um dos nubentes fazer representar por procurador no acto da celebração do casamento. A procuração deve conter poderes especiais para o acto a designação expressa de outro nubente e a indicação da modalidade de casamento. Do casamento religioso e tradicional Casamento Religioso. É indispensável para a realização do casamento a presença. a) Dos nubentes de um deles e o procurador de outro. b) Do dignitário religioso competente para a celebração do acto. c) De duas testemunhas. O casamento por procuração obedece as regras estabelecidas nos artigos 48º e 49º. Casamento Tradicional 10

11 É indispensável para realização do casamento tradicional a presença: a) Dos contraentes; b) Da autoridade comunitária; c) De duas testemunhas. Casamento Urgente Ao abrigo do artigo 34º dita-se o seguinte: Quanto haja fundado receio e morte próxima de algum dos nubentes, é permitida a celebração de casamento independentemente do processo preliminar de publicações e sem a intervenção do funcionário do registo civil. Do casamento urgente, é lavrado oficiosamente um acento provisório. O funcionário do registo civil é obrigado a lavrar o acento provisório desde que lhe seja apresentada para esse fim a acta do casamento urgente nos termos prescritos na legislação do registo civil. - Se a pessoa está casada com outra pessoa ao abrigo do artigo 30º, c) que diz... o casamento anterior não dissolvido religioso tradicional ou civil desde que se encontre convenientemente registado por inscrição ou transcrição conforme o caso Efeito do casamento quanto as pessoas e aos bens do Cônjuges Regime de Bens a lei prevê três formas de regimes de bens de casal a saber: 1. Regime de comunhão de bens adquiridos, Significa que são bens de ambos aqueles que forem a adquirir após a celebração do casamento ao abrigo dos artigos 141 e 144, alíneas a), b) c) e d); 11

12 Artigo 141, se o regime de bens adoptados pelos esposados ou aplicados supletivamente for a da comunhão adquiridos observa-se o disposto nos artigos seguintes: O abrigo do artigo 144 fazem parte da comunhão: a) O produto do trabalho dos cônjuges; b) Os bens adquiridos pelo cônjuges na constância do património que não sejam exceptuados por lei; c) Os frutos produzidos por bens próprios sem prejuízo da compensação eventualmente devida pela sua manutenção e conservação. 2. Regime de comunhão geral. Artigo 151 diz se o regime adoptado pelos cônjuges for o de comunhão geral, o património comum é constituído por todos os bens presentes e futuros que não sejam exceptuados por lei são exceptuados por lei os previstos no artigo 152 que diz, no nº. 1 nas alíneas a), b), c), d), e), f) e g), respectivamente. 3. Regime de separação. Prevê a lei no seu artigo 154 que diz se o regime de bens adoptados pelos esposados for o da separação cada um deles conserva o domínio a fluição de todos os seus bens presentes e futuros podendo dispor deles livremente. Isto é, cada um conserve os seus próprio bens não são dos dois. Doações para casamento e para os casados Se for doação de coisa móvel, será válido se for celebrado por documento escrito. Se for doação de coisa imóvel, será válido se for celebrado por escritura pública nos termos do artigo 166, Que diz a doação de coisas móveis ainda que acompanhada da tradição da coisa deve constar descrito e de documento escrito Só podem ser doados bens próprios do doador segundo o artigo 167, nº

13 Os bens doados não se comunicam seja qual for o regime matrimonial. 11. Separação dos cônjuges e dos bens Para separação dos cônjuges e dos bens temos dois grandes grupos: 1. Simples separação judicial de bens. Pode ser requerida por qualquer dos cônjuges quando houver perigo de perder bens próprios ou comuns por má administração imputada ao outro cônjuges. Separação judicial de pessoas e bens Aqui por uma vez engloba dois sub grupos Separação litigiosa. Deve ser requerida observando-se os factos previstos no artigo 181 que diz 1 a separação litigiosa de pessoas e bens pode ser requerida por qualquer dos cônjuges com seguintes fundamentos: a) Violência doméstica; b) Adultério de outro cônjuge; c) Vida e costumes desonrosos de outro cônjuge; d) Abandono completo do lar conjugal por parte do outro cônjuge por tempo superior a 1 ano. e) Condenação definitiva por crime doloso que ofenda seriamente a manutenção do vinculo conjugal; f) Qualquer outro facto que constitua violação grave dos deveres conjugais. 2. Constitue ainda fundamento de separação litigiosa de pessoas e bens: a) A separação de facto livremente consentida por mais de cinco anos consecutivos. b) A demência superveniente e incurável mesmo que com intervalos de lucidez 13

14 2.2 Separação por mútuo consentimento Só podem os casados com mais de três anos e que estejam de acordo quanto ao exercício do poder parental que partilha de bens do casal nos termos do artigo Dissolução de casamento Causa de dissolução de casamento O casamento dissolve-se (termina) pela morte de um dos cônjuge ou pelo divórcio. Existem dois tipos de divórcio; Divórcio litigioso; Divórcio por mútuo consentimento; A acção de divórcio litígioso pode ser intentada por via judicial por um dos cônjuges contra o outro e com fundamento prescrito na lei. O divórcio por mútuo consentimento é pedido pelos ambos por acordo mas não precisa de mencionar as causas. Têm competência para decretar o divorcio por mútuo consentimento: A Conservatória da área de residência dos cônjuges nos termos do artigo 195 nº. 2. O Divorcio litigioso é requerido no Tribunal nos ternos do artigo 195 nº.5 O divorcio por mútuo consentimento: pode ser requerido se o casal estiver casado a mais de três anos e separado de facto a mais de um ano consecutivo. 13. União de factos A união de facto presume a comunhão plena de vida pelo período de tempo superior a um ano sem interrupção nos termos de artigo 202 nº. 2. para efeitos patrimoniais a união de 14

15 facto aplica-se o regime de comunhão de adquiridos nos termos do artigo 203 nº. 2 e 141. Pode se alimentar o cônjuge sobrevivo em caso de morte pelo outro, veja o prescrito no artigo Alimentos Por alimento entende-se tudo o que é indispensável a satisfação das necessidades da vida de alguém ou de uma pessoa veja os artigos 407,408,409 e 412 da lei 10/2004. compreende-se ainda que o alimento é constituído por o sustento, vestuário, saúde e lazer. No caso de menor compreende saúde e instrução. Conclusão Pretende-se com a introdução desta palestra, a massificação dos conhecimentos sobre a lei nº 10/2004 no sentido de tornála um instrumento que possa ser utilizado por todos os cidadãos na defesa dos seus direitos inalienáveis bem como para o cumprimento dos seus deveres. É o dever patriótico, moral e cívico de cada um dos participantes dar o seu contributo sobre várias formas na divulgação à todos os níveis da sociedade e em especial para o Cristão como o seguidor de Cristo Salvador. Beira, aos 13 de Junho de 2008 Magistrado do Ministério Público António Raul Matezo QUESTIONÁRIO 15

16 Para a consolidação dos conteúdos debatidos pelos participantes ao longo da palestra tem diante três questões: 1. Com a consulta da lei nº 10/2004 de 25 de Agosto responda: a) O que entende por casamento urgente? Consulte o artigo 44 da lei nº 10/2004 e página 11 do livrinho 2. Qual é o significado da expressão; regime de comunhão de bens adquiridos? Consulte artigos 141 e 144 alíneas a), b), e c) respectivamente na página 14 de livrinho. 3. O que é alimento? de que é constituído o alimento Consulte os artigos 407, 408, 409 e 410 todos da lei nº 10/2004 de 25 de Agosto e a página 99 do livrinho Boa sorte! 16

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