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1 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Índice 1. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO DO CONCELHO HIPSOMETRIA DECLIVE EXPOSIÇÃO HIDROGRAFIA CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA REDE CLIMATOLÓGICA TEMPERATURA HUMIDADE RELATIVA DO AR PRECIPITAÇÃO VENTO CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO POPULAÇÃO RESIDENTE POR CENSO E FREGUESIA (1981/1991/2001) E DENSIDADE POPULACIONAL (2001) ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO (1981/1991/2001) E SUA EVOLUÇÃO ( ) POPULAÇÃO POR SECTOR DE ACTIVIDADE (%) TAXA DE ANALFABETISMO CARACTERIZAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E ZONAS ESPECIAIS USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POVOAMENTOS FLORESTAIS ÁREAS PROTEGIDAS, REDE NATURA 2000 (ZPE+ZEC) E REGIME FLORESTAL INSTRUMENTOS DE GESTÃO FLORESTAL ZONAS DE RECREIO, CAÇA E PESCA ROMARIAS E FESTAS

2 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ ANÁLISE DO HISTÓRICO E CAUSUALIDADE DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS ÁREA ARDIDA E OCORRÊNCIAS DISTRIBUIÇÃO ANUAL ÁREA ARDIDA E OCORRÊNCIAS DISTRIBUIÇÃO MENSAL ÁREA ARDIDA E OCORRÊNCIAS DISTRIBUIÇÃO SEMANAL ÁREA ARDIDA E OCORRÊNCIAS DISTRIBUIÇÃO DIÁRIA ÁREA ARDIDA E OCORRÊNCIAS DISTRIBUIÇÃO HORÁRIA ÁREA ARDIDA EM ESPAÇOS FLORESTAIS ÁREA ARDIDA E OCORRÊNCIAS POR CLASSES DE EXTENSÃO PONTOS DE INÍCIO E CAUSAS FONTES DE ALERTA GRANDES INCÊNDIOS (ÁREA >100 HA) DISTRIBUIÇÃO ANUAL ANEXOS

3 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Índice de Figuras Fig. 1 Freguesias do Concelho da Lousã 7 Fig. 2 Carta Hipsométrica do Concelho da Lousã 8 Fig. 3 Carta de Declives do Concelho da Lousã 9 Fig. 4 Carta de Exposições do Concelho da Lousã 10 Fig. 5 Gráfico Termopluviométrico da Estação de Coimbra (Período 1961/1990) 13 Fig. 6 Valores Mensais de Temperatura Média, Média das Máximas e Máximas no Concelho da Lousã Fig. 7 Humidade Relativa Mensal no Concelho da Lousã às 9 e 18 horas (1961/1990) 15 Fig. 8 Precipitação Mensal no Concelho da Lousã (1961/1990) 16 Fig. 9 Padrões eólicos para Coimbra (1961/1990) 17 Fig. 10 Evolução da População Residente por Freguesia 21 Fig. 11 Variação da População Residente por Freguesia (1960/2001) 22 Fig. 12 Densidade Populacional Ano Fig. 13 Índice de Envelhecimento (2001) Pinhal Interior Norte 26 Fig. 14 Distribuição da População por Sectores de Actividade Económica 28 Fig. 15 Situação Profissional da População por Sectores de Actividade Económica 29 Fig. 16 População residente por Habilitações Literárias 30 Fig. 17 Carta de Classes de Uso e Ocupação do Solo do Concelho da Lousã 34 Fig. 18 Ocupação por Classes de Vegetação 37 Fig. 19 Incêndios > 10 ha no Concelho da Lousã e Pontos de Início ( )

4 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Índice de Quadros Quadro 1 Distribuição da Área por Classes de Altitude 7 Quadro 2 Frequência e Velocidade Média do Vento no Concelho da Lousã 18 Quadro 3 Evolução da População por Unidade Territorial 20 Quadro 4 Evolução da População Residente por Freguesia 20 Quadro 5 População Residente por Freguesia (2001) 24 Quadro 6 População Residente no Concelho, Segundo os Grandes Grupos Etários e Sexo (2001) 24 Quadro 7 Índice de Envelhecimento no Concelho 27 Quadro 8 Evolução da População por Sectores de Actividade ( ) 27 Quadro 9 Situação Profissional da População por Sectores Actividade Económica 28 Quadro 10 População Residente por Habilitações Literárias 30 Quadro 11 Ocupação do Solo Quadro 12 Ocupação do Solo por Freguesia Quadro 13 Área dos Povoamentos Florestais no concelho da Lousã 37 Quadro 14 Festas e Romarias no Concelho da Lousã 40 Quadro 15 Classes de Áreas Ardidas em Grandes Incêndios 56 4

5 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Índice de Gráficos Gráfico 1 Ocupação do Solo no Concelho da Lousã 35 Gráfico 2 Área Ardida e Ocorrências no Concelho da Lousã, no Período Compreendido entre 1980 e 2006 Gráfico 3 Distribuição por Freguesia da Área Ardida e do N.º de Ocorrências no Quinquénio Gráfico 4 Distribuição da Área Ardida e do N.º de Ocorrências no Quinquénio por Espaços Florestais, em cada 100 Hectares Gráfico 5 Distribuição Mensal da Área Ardida e do N.º de Ocorrências em 2006 e Média Gráfico 6 Distribuição Semanal da Área Ardida e do N.º de Ocorrências em 2006 e Média Gráfico 7 Distribuição dos Valores Diários Acumulados da Área Ardida e do N.º de Ocorrências ( ) Gráfico 8 Distribuição dos Valores Horários Acumulados da Área ardida e do N.º de Ocorrências ( ) Gráfico 9 Distribuição da Área Ardida por Espaços Florestais ( ) 51 Gráfico 10 Distribuição da Área Ardida e do N.º de Ocorrências por classe de Extensão ( ) Gráfico 11 Distribuição do N.º de Ocorrências por Fonte de Alerta ( ) 53 Gráfico 12 Distribuição do N.º de Ocorrências por Fonte e Hora de Alerta 54 Gráfico 13 - Distribuição Anual de Área de Grandes Incêndios (> 100 ha)

6 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 PMDFCI - CADERNO II INFORMAÇÃO DE BASE 1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA 1.1. Enquadramento Geográfico do Concelho O concelho da Lousã encontra-se inserido na Região Centro, pertence ao distrito de Coimbra e divide-se em seis freguesias: Lousã, Casal do Ermio, Foz de Arouce, Serpins, Gândaras e Vilarinho. Possui uma área total de ,50 ha. (Anexo 1) Compreendido, aproximadamente, entre as latitudes 40º e 40º 3 N e as longitudes 8º 09 e 8º 19 W, faz fronteira com os concelhos de Vila Nova de Poiares a Norte, Góis a Este, Castanheira de Pêra a Sudeste, Figueiró dos Vinhos a Sul e Miranda do Corvo a Oeste. Encontra-se representado nas cartas militares nº 242 e 252. (Figura 1) No que concerne à Divisão Regional corresponde às áreas de actuação das CCR S, na Região Centro e, de acordo com a Nomenclatura da Unidade Territorial (NUT nível III), enquadra-se no Pinhal Interior Norte. O concelho da Lousã pertence à área de abrangência da Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral (DRABL). 6

7 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Concelho da Lousã Foz de Arouce Serpins Casal de Ermio Gândaras Vilarinho Lousã Figura 1 Freguesias do Concelho da Lousã. Fonte: (CML) 1.2. Hipsometria O concelho tem altitudes que variam desde os 100 m junto ao Rio Ceira, até aos 1205 m no Trevim, sendo este o ponto mais alto da Serra da Lousã. Da análise da distribuição da área por classes de altitude (Quadro 1), conclui-se que grande parte da área está situada abaixo dos 400 m, no vale do Rio Ceira. A restante área, que corresponde à zona da Serra, distribui-se de forma mais ou menos regular, entre os 400 e os 1000 m de altitude, com um pequena percentagem (1%) acima desse valor. Quadro 1 Distribuição da área por classe de altitude Classes de Altitude (m) Área (ha) Área (%) > Total Fonte: Carta Ecológica de Albuquerque, 1954) 7

8 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Conforme se pode verificar na carta hipsométrica (Figura 2), as zonas de serra começa sensivelmente a partir dos 300 metros, correspondendo esta zona à área com orografia mais acentuada e simultaneamente com ocupação maioritariamente florestal. (Anexo 2) Figura 2 - Carta Hipsométrica do concelho da Lousã ALTITUDE (METROS) Fonte: Gat Lousã, Declive O concelho da Lousã apresenta-se muito variado no que respeita ao declive, sendo este frequentemente reconhecido como um dos principais factores limitantes ao desenvolvimento das regiões montanhosas. 8

9 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Verifica-se que este concelho apresenta uma grande área com fortes declives (Figura 3), sendo que apenas 27% da superfície tem declive inferior a 10%. Cerca de metade da área do município apresenta declive superior a 20%, e declives acima de 30% ocupam mais de 4800 ha. (Anexo 3) Declives desta magnitude, representam não só graves riscos de erosão, o que impõe restrições a todas as formas de utilização da terra, incluindo a florestal, como também favorecem o desenvolvimento de fogos florestais, implicando assim uma grande dificuldade na circulação e actuação dos meios terrestres de combate aos fogos florestais. Figura 3 - Carta de Declives do concelho da Lousã Fonte: Gat Lousã,

10 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ Exposição Considerando a distribuição das vertentes segundo a sua exposição, a grande expressão das áreas expostas a Oeste, que representam cerca de 31,70% da totalidade da área do concelho, indicam o desenvolvimento de elevadas cargas de combustível secas durante o Verão, o que facilita o aparecimento e progressão de fogos florestais. A exposição Norte surge também com grande representatividade, logo seguida das exposições Este e Sul, como se verifica na Figura 4. (Anexo 4) Figura 4 - Carta de Exposições do concelho da Lousã Fonte: Gat Lousã,

11 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ Hidrografia A rede hidrográfica, à semelhança do clima, reflecte o carácter basicamente mediterrâneo do clima da região, uma vez que tanto o Rio Ceira, como os seus afluentes, dos quais se destaca o Arouce, apresentam bacias hidrográficas que respondem prontamente às chuvadas fortes, características em certas épocas do ano. De igual modo as pequenas ribeiras, que escoam as vertentes da serra apresentam esta característica de resposta rápida à precipitação intensa. No entanto, a sua amplitude de caudal é extrema, apresentando nos meses chuvosos um caudal relativamente importante, muitas vezes agravado pela consequência dos incêndios florestais, em contraste com estiagens acentuadas nos meses de verão, prolongando-se por vezes até ao Outono. O Rio Ceira, afluente da margem esquerda do Mondego, é o principal rio que atravessa o Concelho, numa distância superior a 17 Km, ao longo dos quais recebe o contributo de diversas ribeiras, em ambas as margens, mas com particular destaque para os afluentes da margem esquerda derivados, na sua maioria, das vertentes abruptas da Serra da Lousã. O Rio Arouce tem um comprimento total de 19 km, dos quais cerca de 10 km correspondem ao percurso da serra. É no Lugar da Ermida (350m) que este rio se constitui pela junção de três ribeiros. Recebe ainda mais três afluentes na margem esquerda. No que diz respeito às Ribeiras de Fiscal e Vilarinho, o aspecto geral dos seus perfis permite pressupor uma evolução semelhante à do Rio Arouce e da Ribeira da Fórnea. A diferença fundamental reside apenas no facto de o patamar dos 300 m ser pouco perceptível, o que se deve explicar pelo facto de não serem propriamente vales de montanha, mas curtas ranhuras demasiado abruptas longitudinalmente para terem podido conservar vestígios escalonados de perfis regularizados. A rede hidrográfica do concelho (Anexo 5), que reflecte o carácter basicamente mediterrâneo do clima da região, pertence à bacia principal do Rio Mondego. 11

12 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA Por motivo da indicação presente no guia técnico para a elaboração do PMDFCI, deve-se adoptar os dados das normais de ( ), informação cedida pelo Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. Deste modo, a estação meteorológica utilizada para o estudo climatológico da Lousã é a situada em Coimbra, porque, das que possuem os dados necessários, é a que se encontra mais próxima. Normalmente utilizada, a estação meteorológica da Lousã/Boavista só possui informação entre 1965 e 1980, pelo que não foi utilizada. No entanto, a informação recolhida por esta estação parece mais próxima da realidade, indicando temperaturas médias mais baixas e humidades médias mais altas, assim como intensidade e frequência de ventos mais fortes Rede Climatológica Em termos gerais o Concelho da Lousã e a sua diversidade de paisagens, encontram no clima características comuns, extensíveis a todo o território e região. Deste modo a Lousã, à semelhança de todo o centro litoral, apresenta um clima de características marcadamente mediterrâneas (figura 5), com os Verões quentes (20º), e os Invernos suaves (9º-11º), apresentando temperaturas médias anuais com oscilações na ordem dos 15º-16º. As chuvas registam-se com maior frequência no decorrer dos meses correspondentes ao Outono, Inverno e princípios da Primavera. Todavia os seus valores são fortemente influenciados pela altitude podendo situar-se, em termos médios, entre os 1000 e os 1800 mm anuais. De destacar que a presença de um relevo imponente, como é a Serra da Lousã, influi significativamente nas condições climáticas junto à Bacia da Lousã, onde se encontra a sede de Concelho. 12

13 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Figura 5 - Gráfico Termopluviométrico da Estação Coimbra (Período 1961/1990) mm ºC Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Precipitação Temperatura Fonte: Estação meteorológica de Coimbra, Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, Temperatura Um dos factores preponderantes na análise dos elementos climáticos é a temperatura uma vez que permite determinar a incidência de situações de ocorrência de fenómenos, tais como a formação de Geada, Nevoeiro, entre outros. Apresentando um clima com características mediterrânicas, as temperaturas médias anuais rondam os 15,7 ºC. O mês mais quente, Agosto, apresenta uma máxima absoluta de 42,3º C e uma média das máximas de 28,7 ºC. Os meses mais quentes registados correspondem aos meses de Junho e Agosto com máximas superiores a 42ºC, sendo que os meses de Julho e Setembro são, por vezes, bastante quentes (+ 40ºC). O período crítico apresenta valores de média mensal de 20ºC, o que possibilita a fácil ocorrência de fogos florestais (figura 6). 13

14 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Figura 6 Valores mensais de temperatura média, média das máximas e máximas no concelho da Lousã ( ) ºC Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média mensal 10,0 11,0 12,5 14,0 16,4 19,6 21,8 21,8 20,8 17,4 13,0 10,4 Média das máximas 14,2 15,4 17,7 19,3 22,0 25,6 28,4 28,7 27,2 22,6 17,5 14,5 Valores máximos 22,5 24,6 28,6 29,2 38,0 42,3 40,3 42,3 40,6 33,8 30,4 24,4 Fonte: Estação meteorológica de Coimbra, Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, Humidade Relativa do Ar A humidade compreende a quantidade de vapor de água presente no ar num determinado momento. Para qualquer temperatura específica existe um limite definitivo para a quantidade de humidade no ar, o qual é designado de ponto de saturação. A relação de vapor de água existente com quantidade máxima possível até o ar ficar saturado define a humidade relativa. Esta exprime-se em percentagem, no qual o ar absolutamente seco tem 0% e o ar saturado tem 100%. A sua posição geográfica, no Centro de Portugal, e as características orográficas da região fazem com que o concelho seja atingido pelas massas de ar atlânticas carregadas de humidade. O ar ao subir arrefece e aumenta a humidade relativa, de modo que, mesmo durante o Verão, a humidade média mensal é superior a 70% às 9horas, atingindo valores superiores a 80% durante o Inverno (Figura 7). É de notar que nas primeiras horas da manhã, os valores observados para a humidade relativa são consideravelmente elevados todo o ano. 14

15 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Figura 7 Humidade Relativa mensal no concelho da Lousã às 9 e 15 horas ( ) % Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 9h h Fonte: Estação meteorológica de Coimbra, Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, 2007 Para as 18 horas, a Humidade relativa mensal em Coimbra, situa-se em valores médios anuais compreendidos entres os 48 e os 69% de humidade no ar, valores considerados normais tendo em conta a hora do registo. De referir, que no Concelho da Lousã os valores de Humidade Relativa serão necessariamente mais altos. Para esse factor muito contribuirá, ao longo do ano, a ocorrência de nevoeiro e nebulosidade fortemente influenciados e condicionados na sua formação pelo obstáculo orográfico da Serra da Lousã Precipitação A conjugação da variação da altitude com a irregularidade do relevo faz com que existam variações climáticas importantes dentro da área de estudo, traduzindo-se num aumento de precipitação à medida que aumenta a altitude. Considerando as naturais variações sazonais, podemos dizer que as chuvas são mais abundantes e frequentes nos fins do Outono, Inverno e princípios da Primavera. 15

16 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Figura 8 Precipitação mensal no concelho da Lousã ml Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 138,3 139,2 86,3 90,7 77,9 50,9 15,4 13,0 47,3 97,4 128,1 129,3 Máx. (diária) 57,3 60,9 50,2 51,8 46,1 50,0 61,0 50,5 55,7 54,0 75,8 79,3 Fonte: Instituto de Meteorologia, 2007 A quantidade total de chuva caída durante o período de Maio a Setembro foi de 204,5 ml. Deste modo, é possível concluir que cerca de 20% da precipitação anual ocorre neste período (Figura 8). O mês menos chuvoso é Agosto, seguido de Julho e Setembro. Os meses mais chuvosos situam-se de Novembro a Fevereiro, geralmente com máximos em Dezembro e Janeiro, com o máximo a rondar os 130 mm na Lousã Vento Na análise desta variável assume particular destaque a definição das direcções dominantes, da direcção a que estão associadas com mais frequência as maiores velocidades médias horárias e as maiores rajadas e também a frequência de ocorrência de situações de calma. Verifica-se para o Concelho que este elemento climático teve predominantemente o rumo NW, seguido de W durante todo o período (frequência de 30,5 e 14, respectivamente). 16

17 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Os quadrantes E, NE, SE e S são os que apresentam maior velocidade do vento, com valores superiores a 10 km/h., não sendo estes, muito altos para o Concelho (quadro 2). Figura 9 Padrões eólicos para Coimbra ( ) N 40,0 N 40,0 W W NW NW SW SW 30,5 30,5 14,0 8,9 14,0 8,9 30,0 30,0 20,0 20,0 8,7 10,0 6,4 9,7 8,7 10,0 9,7 0,0 0,0 7,8 7,8 11,1 11,1 6,4 3,6 3,6 8,0 8,0 10,6 4,1 4,1 10,6 12,6 12,6 10,8 12,2 10,8 12,2 13,4 13,4 NE NE SE SE E E S S Frequência (%) Velocidade (Km/h)) 17

18 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Quadro 2 Frequência e velocidade média do vento no concelho da Lousã N NE E SE S SW W NW C f v F v f v f v f v f v f v f v f Janeiro 4,6 7,7 4,0 11,1 12,7 14,0 22,8 12,5 20,4 12,1 5,6 9,4 8,5 9,3 12,3 9,2 10,4 Fevereiro 5,2 6,8 5,0 12,0 11,4 15,2 17,5 14,4 16,8 12,8 5,6 10,2 13,3 10,0 14,3 9,5 10,9 Março 7,4 9,7 5,4 14,9 10,7 16,8 12,1 11,9 13,0 11,3 4,6 9,0 14,0 9,0 23,9 9,7 10,2 Abril 8,2 9,9 3,9 14,2 7,1 14,4 10,6 11,2 11,4 11,4 4,2 8,7 14,4 9,0 31,9 10,7 9,6 Maio 5,6 9,6 2,4 11,2 4,3 12,4 7,3 10,7 8,5 9,6 4,4 6,3 17,9 9,4 43,4 10,9 9,1 Junho 6,1 9,8 2,1 10,2 3,6 11,6 4,9 9,2 6,3 10,0 3,7 7,3 21,3 9,4 46,6 10,4 8,6 Julho 7,7 9,2 1,4 8,6 2,8 11,8 2,6 6,6 3,6 7,6 2,4 6,0 20,0 9,4 54,5 10,5 8,5 Agosto 7,2 9,7 2,0 10,8 3,7 12,7 4,1 7,7 4,1 7,0 1,8 4,8 16,9 9,0 53,4 10,7 8,5 Setembro 6,7 8,4 2,4 9,0 4,1 11,5 8,3 9,7 11,0 10,3 3,7 6,7 16,0 8,5 36,5 9,1 7,8 Outubro 6,4 7,8 3,5 9,4 8,0 12,3 15,8 11,7 16,3 11,4 3,9 8,0 11,2 7,9 21,8 8,7 8,7 Novembro 6,0 7,8 4,7 10,9 12,0 14,3 19,7 12,6 18,2 11,2 4,6 8,1 6,7 7,3 16,0 8,8 9,5 Dezembro 5,8 7,6 5,8 11,2 15,2 14,3 20,6 11,8 21,7 12,7 4,1 8,6 7,7 8,9 11,3 8,5 10,6 f - frequência média (%) v - velocidade média do vento (Km/h) c - situação em que não há movimento apreciável do ar, a velocidade não ultrapassa 1 km/h 18

19 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A informação presente nesta caracterização foi cedida pelo Gabinete de Apoio Técnico da Lousã População Residente por Censo e Freguesia (1981/1991/2001) e Densidade Populacional (2001) Vários factores, de ordem económica ou sócio-cultural, têm condicionado a evolução da população. Assim, em 1911 inicia-se um decréscimo significativo da população que se prolonga até Entre as décadas de 20 e 50 regista-se um aumento significativo da população. Nas décadas de assistiu-se a um decréscimo populacional muito acentuado atribuível ao início do fenómeno migratório. Na década de 70 verificou-se um aumento de população, a nível nacional, devido ao retorno de emigrantes da Europa e à vinda da população das ex-colónias. O povoamento da região da Lousã não foi excepção, pois, contrariamente do que acontece nalgumas regiões do país, tem vindo a registar, desde 1970, uma tendência de aumento do seu número de habitantes. Com base nos recenseamentos pode-se concluir que entre 1981 e 2001 houve um grande crescimento da população no concelho, cerca de 20%. Da análise da evolução da população por freguesia, verifica-se que praticamente todas elas ganharam população, entre 1991 e 2001, sendo o aumento mais acentuado na freguesia da Lousã, sede de concelho. Pelo contrário, apenas na freguesia de Vilarinho é onde se regista uma ligeira diminuição da população, no período compreendido entre (Anexo 6). 19

20 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Quadro 3 Evolução da População por unidade territorial População Residente População Presente Unidade Territorial HM H HM H PORTUGAL REGIÃO CENTRO * PINHAL INTERIOR NORTE LOUSÃ * Região Centro com nova delimitação geográfica desde Novembro/2002, integrando mais 22 municípios da Região de LVT FONTE: INE Como foi referido anteriormente, e analisando o Quadro 3 e o Quadro 4, o Concelho da Lousã demonstra uma tendência geral positiva. Desta forma, a variação da última década regista um saldo positivo de 18%, mostrando claramente que foi o Concelho que mais cresceu, quer na sub-região do Pinhal Interior Norte, quer na região Centro, onde se encontra inserido. Quadro 4 Evolução da População residente por Freguesia (1960 a 2001) FREGUESIAS CASAL DE ERMIO FOZ DE AROUCE LOUSÃ SERPINS VILARINHO TOTAL CONCELHO FONTE: INE RECENSEAMENTOS DA POPULAÇÃO, ANOS DE 1960, 1970, 1981, 1991, 2001 A evolução da população residente registada ao longo das últimas décadas revela, no Concelho da Lousã, duas dinâmicas distintas. Por um lado, um conjunto de freguesias, com características marcadamente rurais, que observam diferentes oscilações ao ritmo da evolução nacional e em particular da Região Centro, ora apresentando perdas, ora retomando os quantitativos em sucessivas décadas e, por outro lado, a sede de Concelho, que a partir da década de 70 revela um crescimento progressivo, particularmente acentuado na última década (1991/2001). Esta tendência de crescimento contraria, sobretudo no período intra-censitário de 81-91, o decréscimo de população a que se assistiu na Região Centro e no Pinhal Interior Norte. Com efeito, o Concelho da Lousã, tendo em conta a região onde se insere, foi o concelho que registou um aumento gradual da sua população residente, a partir da 20

21 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 década de 70, contrariando uma lógica de despovoamento que se tem vindo a constatar no território envolvente. Figura 10 Evolução da População residente por Freguesia (1960 a 2001) CASAL DE ERMIO FOZ DE AROUCE LOUSÃ SERPINS VILARINHO FONTE: INE RECENSEAMENTOS DA POPULAÇÃO, ANOS DE 1960, 1970, 1981, 1991, 2001 Numa análise à Figura 10, observa-se no total das freguesias do Concelho, diferentes evoluções no crescimento populacional. Deste modo, destaca-se claramente das demais o acentuado crescimento da sede de Concelho, acima dos 25%, resultante quer, do êxodo populacional das restantes freguesias do Concelho quer, igualmente, da atracção exercida pelo mercado imobiliário existente na sede, junto das famílias mais jovens, oriundas de outros concelhos. Com um crescimento inferior, mas não menos significativo, encontra-se a freguesia de Serpins, que regista cerca de 15% de variação positiva na última década, sendo igualmente responsável pelos valores alcançados a nível concelhio. Também com variações positivas, embora com um peso significativamente menor, encontram-se duas freguesias, Foz de Arouce e Casal de Ermio, que apresentam valores de 2,6% e 7% respectivamente, mas que tendo em conta o quantitativo de habitantes residentes se traduzem em valores reais de certa forma insignificantes, não ultrapassando sequer os 30 habitantes. 21

22 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Por último, a freguesia de Vilarinho é a única que, no decorrer dos últimos dez anos, regista uma diminuição dos seus efectivos populacionais, com uma perda de 2% da população residente. Uma nota final para a criação da Freguesia das Gândaras, publicada na 1.ª Série A do Diário da Republica, nomeadamente através da Lei n.º 18-A/2001 de 3 de Julho e que, embora se encontre representada nas figuras seguintes, não possuía, à data dos levantamentos, de um conjunto de dados desagregados, quer pelo INE, quer pela autarquia, que possibilitassem a sua análise em condições semelhantes à das freguesias já existentes. Figura 11 Variação da População residente por Freguesia (1960 a 2001) FONTE: INE CENSOS 2001 No que diz respeito à Densidade populacional observa-se através de Figura 12 que a freguesia da Lousã apresenta valores acima dos 180 Hab/Km 2 sendo a única que ultrapassa os 100 Hab/Km 2. Nas restantes freguesias os valores repartem-se entre 75 e os 100 Hab/Km 2, nomeadamente nas freguesias de Casal de Ermio e Vilarinho, com 85,6 e 86,3, respectivamente, ao passo que a freguesia de Foz de Arouce apresenta um valor ligeiramente mais baixo, que não ultrapassa os 70 Hab/Km 2. Não obstante, o aumento verificado na população residente nos últimos dez anos, a freguesia de Serpins 22

23 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 é aquela onde a densidade populacional expressa valores mais reduzidos, não chegando a atingir os 50 Hab/Km 2. No total do Concelho, a densidade populacional ultrapassa, ainda que por uma margem escassa, os 100 Hab/Km 2, mais concretamente os 113 Hab/Km 2. Figura 12 Densidade Populacional Ano 2001 FONTE: INE CENSOS 2001 Os quadros seguintes mostram a população residente por Freguesia (quadro 5) e a população residente no concelho segundo os grandes grupos etários e sexo, de acordo com os últimos Censos (quadro 6). 23

24 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Quadro 5 População residente por freguesia (2001) População Residente População Presente Famílias Núcleos familiares residentes Alojamentos familiares Alojam. Colectivos Edifícios HM H M HM H M Resid. Institucionais Total Clássicos Outros Casal de Ermio Gândaras Vilarinho Serpins Foz de Arouce Lousã Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Recenseamento Geral da População - Censos Quadro 6 População residente no concelho, segundo os grandes grupos etários e sexo (2001) Grupos etários anos 65 e mais anos 75 e mais anos HM H M HM H M HM H M Lousã Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Recenseamento Geral da População - Censos

25 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ Índice de Envelhecimento (1981/1991/2001) e Sua Evolução ( ) Da análise ao Índice de Envelhecimento fica bem patente esta realidade aliada, novamente, às tendências territoriais anteriormente referidas. Por conseguinte, a Região Centro evidencia 131 idosos por cada 100 jovens, valor relativamente superior ao total nacional (103 idosos para cada 100 jovens). O interior volta a revelar os quantitativos mais preocupantes. Alguns concelhos da região registam três vezes mais idosos que jovens, como são o caso de Vila Velha de Ródão (523 idosos por cada 100 jovens), Idanha-a-Nova (453 idosos por cada 100 jovens), Penamacor (420 idosos por cada 100 jovens), Sabugal (378 idosos por cada 100 jovens) e Pampilhosa da Serra (374 idosos por cada 100 jovens). Todavia, para esta superioridade contribui sobretudo a longevidade feminina. Esta realidade reflecte-se nos vários níveis territoriais, como se exemplifica a nível nacional com 122 idosas por cada 100 mulheres jovens, contrastando com os 84 idosos por cada 100 homens jovens e a nível regional com 154 idosas por cada 100 mulheres jovens, contra 109 idosos por cada 100 homens jovens. Os cenários evidenciados pelas dinâmicas demográficas nacionais e regionais têm equivalência nas unidades territoriais sub-regionais. Aliás, é o caso da NUT III Pinhal Interior Norte, onde se insere o Concelho da Lousã, que revela as mesmas dinâmicas da região onde se insere. Composto, maioritariamente, por concelhos rurais, de onde se salientam alguns centros urbanos de pequena dimensão, esta sub-região, com 15 concelhos, regista uma perda acentuada da população nas últimas décadas. Desde 1981, esta sub-região revela uma taxa de crescimento negativo de 8,9, cifrando-se a população residente actual em indivíduos. O Concelho de Oliveira do Hospital, apesar de registar uma variação negativa de cerca de 2,2% durante a última década, é ainda aquele que regista o maior quantitativo populacional, com indivíduos, respectivamente. Somente três concelhos escapam à regra generalizada da variação negativa: Lousã, Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares. Os efeitos exercidos pela proximidade de Coimbra, permitiram a estes três concelhos registarem uma variação de cerca de 18%, 12% e 14%, respectivamente. 25

26 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Todos os concelhos da respectiva NUT III revelam a tendência regional para o envelhecimento da população, como ilustra a Figura 13. Os concelhos da Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital e Vila Nova de Poiares são os que conseguem manter os índices mais baixos, com 109, 114, 133 e 108, respectivamente. A Pampilhosa da Serra, por sua vez, regista a população mais envelhecida do Pinhal Interior Norte. Figura 13 Índice de envelhecimento (2001) Pinhal Interior Norte FONTE: INE CENSOS 2001 Quanto ao Índice de Envelhecimento, o valor registado foi de 134,42 % existindo para cada 100 jovens um total de 134 idosos, indiciando claramente o envelhecimento da população. Este valor é substancialmente superior ao de Portugal, reflectindo no entanto o seu posicionamento geográfico periférico numas das regiões mais afectadas pela consequência da interiorização. Apesar de não estar representada no quadro relativo aos índices demográficos, importa fazer referência a alguns valores que ajudam a consubstanciar a dinâmica registada no concelho. Deste modo, uma referência breve para o índice de substituição que se situou nos 2,1 %, indiciando portanto, uma capacidade de renovação da população. Segundo dados dos últimos censos realizados no concelho, relativamente à estrutura da população, verifica-se uma distribuição equitativa entre habitantes do sexo 26

27 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 masculino e feminino. No que concerne à distribuição da população por faixas etárias, podemos dizer que 53,5 % da população se encontra inserida no escalão etário anos, havendo uma distribuição uniforme (15,5 %) nos restantes escalões. No quadro seguinte podemos visualizar o Índice de envelhecimento no concelho e no Anexo 7 a sua distribuição por freguesias. Quadro 7 Índice de envelhecimento no concelho ,5 108,9 114,3 120,2 126,1 128, ,1 138,7 119,4 118,8 116,9 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Recenseamento Geral da População - Censos Índice de Envelhecimento = População 65 e mais anos / População 0-14 anos 3.3. População por Sector de Actividade (%) No quadro 8 é possível observar a evolução que cada um dos sectores de actividade tem vindo a registar no Concelho, ao longo dos últimos 50 anos. De realçar o aumento do sector terciário e a diminuição clara do peso de sector primário no emprego, que passou de cerca de 57% em 1950 para apenas 2 % em De registar também a diminuição nas últimas duas décadas do emprego no sector secundário, denunciando um decréscimo da actividade industrial, não obstante o aumento das áreas industriais no Concelho. (Anexo 8) Quadro 8 Evolução da População por sectores de actividade ( ) ANO SECTOR PRIMÁRIO POPULAÇÃO ACTIVA COM PROFISSÃO % SECTOR SECUNDÁRIO % SECTOR TERCIÁRIO FONTE: INE; Estudos prévios do Plano Director Intermunicipal, GAT/Lousã % No que respeita à distribuição da população por sectores de actividade, a análise à figura 14, permite destacar, por um lado, a importância do sector dos serviços 27

28 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 que surge no concelho da Lousã com valores superiores a 60 % e por outro lado, o reduzido peso do sector primário na economia do concelho, uma vez que emprega somente 2% da população activa. Quanto ao sector secundário, referente à indústria em geral, esta apresenta resultados próximos dos 40%, valor que se pode considerar significativo num concelho com as características da Lousã. Figura 14 Distribuição da população por sectores de actividade económica 2% 36% 62% INDIVÍDUOS RESIDENTES EMPREGADOS NO SECTOR PRIMÁRIO INDIVÍDUOS RESIDENTES EMPREGADOS NO SECTOR SECUNDÁRIO INDIVÍDUOS RESIDENTES EMPREGADOS NO SECTOR TERCIÁRIO FONTE: INE CENSOS 2001 Partindo da análise do quadro 9 e respectiva figura 15, relativo à situação profissional por sector de actividade, rapidamente se constata que o valor mais elevado se situa nos trabalhadores por conta de outrem, mais concretamente no sector terciário e com menor expressão no sector secundário. Os indivíduos empregadores e trabalhadores por conta própria apresentam valores substancialmente mais baixos, mas ainda assim claramente superiores aos do sector primário. Relativamente a este sector de referir que os trabalhadores por conta de outrem se sobrepõem ligeiramente aos restantes, assim como se destacam dos demais os trabalhadores por conta própria e os trabalhadores familiares não remunerados. Quadro 9 Situação profissional da população por sectores de actividade económica SITUAÇÃO PROFISSIONAL SECTOR PRIMÁRIO SECTOR SECUNDÁRIO SECTOR TERCIÁRIO EMPREGADOR TRABALHADOR POR CONTA PRÓPRIA TRABALHADOR FAMILIAR NÃO RENUMERADO TRABALHADOR POR CONTA DE OUTREM FONTE: INE CENSOS 2001 OUTRA SITUAÇÃO

29 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Figura 15 Situação profissional da população por sectores de actividade económica Terciário Secundário Primário Empregador Trabalhador Familiar não remunerado Outra situação Trabalhador por conta própria Trabalhor por conta outrém FONTE: INE CENSOS Taxa de analfabetismo Para finalizar, uma referência às habilitações literárias da população residente. Desde logo, se pode destacar o baixo grau de escolaridade, expresso nos elevados valores de indivíduos que não sabem ler nem escrever (15,4 %), assim como nos indivíduos que apenas possuem o 1.º ciclo do ensino básico. Existem mesmo freguesias onde o número de analfabetos ultrapassa os indivíduos com o 2.º e/ou 3.º ciclo do ensino básico, como se pode observar no quadro 10, na figura 16 e no Anexo9. Já em relação ao 1.º ciclo do ensino básico o número registado é claramente superior aos restantes, facto a que não é alheio o envelhecimento da população. Por outro lado, estes resultados indiciam uma população com baixa taxa de qualificação, com repercussões directas ao nível de emprego, por exemplo. 29

30 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Quadro 10 População residente por habilitações literárias FREGUESIAS SEM HABILITAÇÕES 1.º CEB 2.º CEB 3.º CEB ENSINO SECUNDÁRIO CURSO MÉDIO COMPLETO CURSO SUPERIOR COMPLETO CASAL DE ERMIO FOZ DE AROUCE LOUSÃ SERPINS VILARINHO TOTAL CONCELHO FONTE: INE CENSOS 2001 Figura 16 População residente por habilitações literárias CASAL DE ERMIO FOZ DE AROUCE LOUSÃ SERPINS VILARINHO INDIVÍDUOS RESIDENTES SEM SABER LER NEM ESCREVER INDIVÍDUOS RESIDENTES COM 1º CICLO DE ENSINO BÁSICO INDIVÍDUOS RESIDENTES COM 2º CICLO DO ENSINO BÁSICO INDIVÍDUOS RESIDENTES COM 3º CICLO DO ENSINO BÁSICO INDIVÍDUOS RESIDENTES COM ENSINO SECUNDÁRIO COMPLETO INDIVÍDUOS RESIDENTES COM CURSO MÉDIO COMPLETO INDIVÍDUOS RESIDENTES COM UM CURSO SUPERIOR COMPLETO FONTE: INE CENSOS 2001 No que diz respeito ao 2.º e 3.º ciclo do ensino básico estes apresentam valores com alguma projecção, mas que ainda assim se encontram distantes dos resultados do 1.º ciclo. Contudo, devido à existência da escolaridade obrigatória até ao 3.º ciclo é de prever que a evolução avance no sentido de um efectivo aumento ao nível das habilitações literárias para a população do concelho. O ensino secundário apresenta valores ligeiramente inferiores aos verificados para os ciclos de escolaridade obrigatórios, mas a perspectiva de alargar esta 30

31 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 obrigatoriedade de escolaridade até ao 12.º ano, poderá contribuir para um aumento efectivo na formação dos indivíduos residentes. Relativamente aos cursos médios e superiores a diferença para os restantes, anteriormente enunciados, é clara e distinta, marcando uma diferença substancial entre um segmento de população com qualificações baixas e/ou médias e uma população com qualificações superiores. Este resultado reflecte-se, por exemplo, na inexistência de mão-de-obra qualificada para determinadas funções, com evidentes prejuízos para a dinâmica económica do concelho. O incremento deste grau de habilitação só poderá, a longo prazo, trazer benefícios para o concelho. 31

32 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ CARACTERIZAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E ZONAS ESPECIAIS 4.1. Uso e ocupação do solo Em extensas regiões do nosso país, existiram dois momentos da história do último século, que vieram marcar profundamente toda a evolução dentro do sector florestal, quer a nível regional, como a nível nacional, e foram deixando marcas importantes na ocupação do solo e na paisagem ao longo desse período. O primeiro desses momentos foi a aplicação do plano de povoamento Florestal dos Baldios de 1938, sendo o outro, o aparecimento constante e generalizado dos incêndios florestais. Estas duas realidades da floresta portuguesa foram e são o orgulho, a riqueza e a satisfação para uns; a miséria, a discórdia e o desespero para outros. A evolução destes acontecimentos ajuda a compreender a actual ocupação do solo. Durante os anos 50, uma grande parte da área do concelho era ocupada essencialmente por incultos, uma vez que grande parte dos solos não eram favoráveis à prática agrícola, de que dependiam as populações da época. O investimento no sector da floresta era demasiado dispendioso para o proprietário de então e quase sempre realizado com espécies de longa revolução, que não possibilitavam um retorno fácil do investimento efectuado. Em 1965, são desenvolvidos os primeiros trabalhos do Inventário Florestal Nacional, permitindo detectar no concelho um aumento da ocupação do pinhal bravo e a introdução dos primeiros povoamentos de eucalipto. Esta ocorrência parece dever-se ao facto do Fundo de Fomento Florestal, revisto em 1963, ter finalmente iniciado a sua actividade de forma autónoma e eficaz. Os projectos florestais deste programa de apoio eram elaborados e implementados pelos serviços oficiais, que igualmente asseguravam o seu financiamento através da concessão de empréstimos a juros bonificados ou generosos subsídios a fundo perdido, não assegurando contudo o acompanhamento técnico posterior (VIEIRA, 1995). 32

33 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Talvez devido a esta situação, associada aos fenómenos de migração e emigração, como ao ciclo contínuo de incêndios traduzindo-se num progressivo abandono das áreas florestais nas décadas seguintes, do qual resultou num preocupante acréscimo da área de incultos, como se verifica no Inventário Florestal Nacional (1991). O Quadro seguinte é referente à ocupação actual do solo no Concelho, podendo desta forma, ter-se uma ideia da importância que a floresta tem no Concelho, através da sua taxa de florestação (60 %) Quadro 11 Ocupação do Solo 2005 (ha) Área do Área Taxa de Área de Taxa de CONCELHO concelho florestal arborização incultos Incultos Lousã , ,73 60,03% 2 249,75 18,20% Fonte: GAT, 2005 No quadro seguinte, pode ser visualizado o tipo de ocupação existente no Concelho distribuído pelas Freguesias do Concelho. Quadro 12 Ocupação do Solo por Freguesias 2005 (ha) Ocupação do solo (ha) Áreas Sociais Agricultura Floresta Improdutivos Incultos Superfícies Aquáticas Freguesias Lousã 175, , , ,703 0 Gândaras 34, , , ,147 0 Foz de Arouce Casal de Ermio 33, , , ,941 3,848 3, , , ,961 0 Serpins 42,24 508, ,583 3, ,077 3,334 Vilarinho 51, , , ,917 0 TOTAL 339, , ,734 3, ,746 7,182 Fonte: GAT, 2004 A área em que o concelho se insere apresenta uma maior aptidão florestal, pelo tipo de solos existentes os quais são, por vezes, ocupados de forma não adequada às suas características. 33

34 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 A sua aptidão é, nos dias de hoje, devido à presença da Serra da Lousã, que ocupa grande parte da superfície do concelho com as suas vertentes muito declivosas, a floresta surge como a ocupação de solo mais importante, seguido de perto pela ocupação agrícola e pelos incultos, onde se englobam os matos. A Carta de Ocupação do Solo (Figura 17 e Anexo 10) ilustra as classes de uso e ocupação do solo do concelho de Lousã. Esta classificação foi criada, com o objectivo de fornecer uma informação mais precisa da localização dos principais grupos de uso e ocupação do solo, mas tendo em atenção as espécies ou grupos florestais de características semelhantes, o que para o risco de incêndio é de extrema importância. Figura 17 - Carta de Classes de Uso e Ocupação do Solo do concelho da Lousã Fonte: GAT, 2004 Desta forma, e tendo como base o mapa apresentado anteriormente podemos visualizar com maior exactidão a percentagem que cada tipo de ocupação tem no Concelho da Lousã. 34

35 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Gráfico 1 Ocupação do Solo no Concelho da Lousã (%) Ocupação do Solo 1% 2% 18% 19% 60% Ocupação Agrícola Ocupação Florestal Ocupação Urbana Incultos Água Fonte: GAT, 2004 Da análise ao gráfico 1, podemos verificar que a ocupação florestal representa mais de metade do concelho. Se a esta área juntarmos os incultos, obtemos uma percentagem total de cerca de 80%. Desta forma, podemos concluir que esta área, tendo uma representatividade tão elevada, deve ser objecto de um conjunto de intervenções que possibilitem a diminuição de risco de incêndio, não só para estas ocupações, mas também para as que lhes estão associadas. As áreas de Pinheiro Bravo ocupam uma área significativa do coberto florestal do Concelho, embora de uma forma mais consistente na encosta Norte da serra da Lousã, e nas colinas situadas a Oeste. Nas restantes áreas surge em pequenas manchas de solo, embora sem uma continuidade digna de registo. Também o Eucalipto, uma espécie com evidência a par da acácia e da mimosa, surge disseminado um pouco por todo o lado, registando-se no entanto as maiores manchas na zona Norte do Concelho, como consequência de áreas que foram mais assoladas pelos incêndios florestais, originando, por um lado, uma regeneração rápida por via desta espécie, e por outro lado, um aumento na plantação florestal desta espécie. Igualmente, pela serra começam a surgir pequenas manchas de eucaliptos que vão ganhando proporções preocupantes, a par de manchas de acácias e mimosas, sobretudo em áreas de maior declive e que sofreram igualmente a devastação dos incêndios florestais. As zonas de Mato, de características subarbustivas, ocupam grandes manchas da serra, mais concretamente nas áreas de maior altitude, dominando os cumes aplanados, as encostas de maior declive e os vales escavados, em detrimento de uma 35

36 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 cobertura arbórea que se pode encontrar nas altitudes médias das encostas. Também um pouco por todo o Concelho surgem algumas manchas de mato, correspondentes na sua maioria, a áreas agrícola actualmente abandonadas, proliferando os matos e os incultos, ou a reconversão em áreas florestais. No que diz respeito à ocupação agrícola, em toda a parte baixa da Lousã, nos solos férteis correspondentes à bacia da Lousã, predominam áreas de policultura intensiva, expressas nas manchas de regadio e horta localizadas nos planos aluviais das linhas de água e na agricultura de sequeiro, associadas quase sempre a olivais ou pomares, localizadas nas áreas mais afastadas das linhas de águas ou nas colinas sobranceiras da bacia. Encontram-se também, com regular frequência, os pomares, dispersos quer, nas bordaduras dos campos ou mesmo no seu interior, quer, igualmente, nos quintais contíguos às habitações. Relativamente às zonas urbanas, de infra-estruturas e equipamentos de ocupação marcadamente antrópica, estas surgem com particular destaque concentradas junto da sede de Concelho, encontrando-se a maior percentagem de áreas urbanas, bem como de actividades económicas. Para além da sede de Concelho, pontuam em todo o município pequenos aglomerados urbanos que se distribuem em função da rede viária e da topografia Povoamentos Florestais Perante os valores apresentados na Figura seguinte e no Anexo 11, é fácil concluir que a ocupação florestal é claramente dominante, principalmente por intermédio da área total dos povoamentos de resinosas, da qual se destaca o pinheiro bravo como espécie florestal que predomina com cerca de 5255 ha, muito graças à actuação dos Serviços Florestais, que o instalaram nas zonas declivosas e altas da serra. Actualmente debaixo dos pinhais mais velhos e ao longo das linhas de água, começam a desenvolver-se folhosas espontâneas, sobretudo castanheiros. No momento actual o pinheiro bravo, nas menores altitudes, entra em competição com a acácia, espécie invasora de grande rusticidade e resistência ao fogo. O Quadro 13 mostra as áreas referentes aos povoamentos florestais existentes no Concelho. 36

37 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Quadro 13 Área dos povoamentos florestais no concelho da Lousã (ha) Povoamentos Florestais (ha) Freguesias Área Florestal Pinheiro Bravo Eucalipto Castanheiro Outras Folhosas (ex: acácia) Outras Resinosas Lousã 2679, ,437 97, , , ,09 Gândaras 596, ,311 43, ,707 0 Foz de Arouce 1028, , , ,303 0 Casal de Ermio 296, ,832 53, ,172 0 Serpins 2266, , , ,076 0 Vilarinho 1260, ,171 67,176 49, ,711 48,572 TOTAL 8127, , , , ,19 191,662 Fonte: GAT, 2004 Figura 18 - Ocupação das classes de vegetação (ha) Fonte: GAT,

38 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 A segunda espécie com maior representatividade no concelho é o eucalipto, com área aproximada de 1150 ha, sendo que a sua produção tem vindo a crescer, dadas as vantagens económicas (crescente valorização da madeira de eucalipto) que oferece relativamente ao pinheiro, nomeadamente após os incêndios florestais. A terceira forma de ocupação florestal consiste em povoamentos de folhosas diversas que têm maior incidência junto das linhas de água existentes. Os povoamentos mistos apresentam pequena dimensão e geralmente correspondem a uma consociação de Pinus pinea, Quercus suber, Quercus robur, Castanea sativa, Eucalyptus globulus e Arbutus unedo. Encontram-se em zonas de difícil acesso e evidenciam a falta de intervenções culturais. É ainda de salientar a existência, neste grupo, de árvores em pé que foram atingidas pelo fogo e apresentam ataques de subcorticais, constituindo assim perigo de contaminação para os povoamentos vizinhos se não forem retirados a tempo. Os incultos aparecem principalmente na região Sudeste do município, e resultam na sua maioria da ocorrência de incêndios, associados a zonas mais elevadas. São, frequentemente, antigas parcelas florestais que sofreram fogos sucessivos ou, mais raramente, parcelas agrícolas abandonadas, existindo actualmente cerca de 2457 ha. As situações de inculto podem subdividir-se em inculto estreme e inculto com arvoredo disperso. Têm como características gerais, solos pouco profundos e pedregosos, declives acentuados, e um maior ou menor desenvolvimento do estrato arbustivo. A sua composição florística é variada, onde se salienta a carqueja, o tojo, a urze branca, a urze rosa, a torga, a silva, o feto, etc Áreas protegidas, Rede Natura 2000 (ZPE+ZEC) e Regime Florestal Encontra-se presente no Anexo 12 a carta referente às áreas protegidas, Rede Natura e Regime Florestal. Após observação da referida carta é facilmente identificável que as áreas de Rede Natura 2000 e de Regime Florestal presentes no concelho são, quase na totalidade, sobrepostas, localizando-se entre o meio da encosta e o topo da Serra da Lousã. 38

39 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ Instrumentos de Gestão Florestal No Anexo 13 pode-se encontrar os instrumentos de gestão florestal presentes no concelho, nomeadamente o perímetro florestal, com seu plano de gestão, e a rede natura, com o respectivo plano aprovado durante o corrente ano. De referir que, devido à existência de gestão, as áreas sujeitas a regime florestal têm vindo a ser zonas que dificultam a progressão de incêndios florestais, como é o caso de 2005, mas que ao mesmo tempo vão sendo delapidadas por estas ocorrências Zonas de Recreio, Caça e Pesca Esta carta apresentada no Anexo 14 apresenta as zonas de caça instituídas no concelho da Lousã, a zona de caça municipal, que cobre a maior parte do concelho, e a zona de caça nacional, que está distribuída por quase todo o perímetro florestal. Também se encontram presentes os vários pontos de recreio florestal existentes no concelho. De salientar que em nenhum destes pontos está documentada nenhuma ocorrência recente Romarias e Festas De salientar que desde que foi declarada a proibição de utilização de foguetes em espaços florestais, especialmente durante as alturas críticas, a esmagadora maioria das comissões de festas abandonaram esta prática, salvo algum acto isolado não ligado à organização das mesmas. 39

40 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Quadro 14 Festas e Romarias do concelho da Lousã (Ha) Mês de realização Data de início/fim Freguesia Lugar Designação Fevereiro 1º Domingo serpins Cabeço S. Brás Abril 1º fs após o Gândaras Espinheiro Dom. de Páscoa Maio 2º fs após o Lousã Srª da Piedade Romaria à Srª da Piedade Dom. de Páscoa Julho 4º fs Vilarinho Cabanões Agosto 1º fs Lousã Vale de Maceira Agosto 1º fs serpins Cabeço Srª do Socorro Agosto 2º fs Vilarinho Vilarinho Agosto 3º fs Vilarinho Prilhão Setembro 1º fs Gândaras Stª Luzia S. Sebastião Setembro 2º fs Foz de Arouce Pegada Festa da Pegada Fonte: CML,

41 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ ANÁLISE DO HISTÓRICO E CAUSUALIDADE DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS Os incêndios florestais durante o período estival têm contribuído para a destruição do património natural em vastas regiões do país, por vezes, de forma irrecuperável, regiões essas, parcas em recursos naturais, onde a floresta desempenha um papel importante na economia e qualidade de vida das populações locais que urge preservar. Só com uma intervenção racional na floresta, o desenvolvimento e optimização de meios para a prevenção, detecção e combate de incêndios florestais se poderá contribuir para a preservação e valorização do património florestal (CRIF, 1996). Sendo as suas causas já bastante conhecidas, o problema dos incêndios, com a gravidade com que se tem manifestado nas últimas décadas, é um problema recente, que ainda não foi totalmente diagnosticado com profundidade suficiente pela sociedade actual, sendo o principal responsável pela destruição e alteração dos ecossistemas florestais Área Ardida e Ocorrências Distribuição Anual No mapa que apresenta a distribuição das áreas ardidas superiores a 10 ha, entre 1990 e 2006 (Anexo 15), pode-se verificar que: - A zona mais afectada pelos incêndios não é a Serra da Lousã, mas a zona baixa, porventura devido à concentração de aglomerados populacionais, o que indicia a grande pressão humana como a maior causa de ocorrências; - A área ardida em 2003, 2004, 2006 e 2007 que rondam o 1 ha, respectivamente; - Os incêndios de Foz de Arouce, em 2002 e 2005, tiveram comportamento e ponto de origem semelhante; - O incêndio da mata do sobral (1990) é o maior fogo registado no concelho com cerca de 2400 ha. 41

42 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Da análise às áreas ardidas e nº de ocorrências entre 1980 e 2006 (Gráfico 2), pode-se deduzir o seguinte: - O nº de ocorrências é relativamente cíclico; - Existe correlação entre a área ardida e o nº de ocorrências (picos de ocorrências, normalmente estão associados a mais de 100 ha de áreas ardidas; - Generalizando, de 5 em 5 anos (85;90;95;00;05), o concelho da Lousã é fustigado por incêndios próximos ou superiores a 1000 ha; - O ano a que corresponde a maior área ardida (1990), cerca de 2400 ha, corresponde, curiosamente, a um baixo número de ocorrências; 42

43 Área ardida (ha) N.º de ocorrências PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Gráfico 2 Área ardida e ocorrências no concelho da Lousã, no período compreendido entre 1980 e Distribuição anual da área ardida e do n.º de ocorrências ( ) Área Ardida (ha) 86, , ,5 1082, ,3 8,6 32,5 2316,1 15,93 414,93 16,525 65, ,75 4, ,45 367,88 39,78 648,86 98, ,4 1,263 0, ,3 3,22 N.º Ocorrências (Fonte: DGRF) 43

44 Área ardida (ha) N.º de ocorrências PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Gráfico 3 Distribuição, por freguesias, da área ardida e do nº de ocorrências no quinquénio Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média no quinquénio , por freguesia 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 0,00 Casal de Ermio Foz de Arouce Lousã Serpins Vilarinho Área ardida em ,10 0,79 1,71 0,50 0,12 Média da área ardida ,49 203,21 4,73 34,41 36,49 Ocorrências Média n.º ocorrências , ,6 6 (Fonte: DGRF) Analisando o gráfico 3, verifica-se as seguintes informações: - A freguesia de Foz de Arouce apresenta a maior média de área ardida do último quinquénio e o segundo maior número de ocorrências do mesmo período; - A freguesia da Lousã apresenta o maior número de ocorrências, o que será normal, pois é a freguesia com a maior densidade populacional, mas apresenta o segundo melhor registo em relação à área ardida entre Os dados de 2006 em relação à área ardida são insignificantes, não sendo útil a sua análise. - Os dados de 2006 em relação ao número de ocorrências vem legitimar a informação em relação a A área ardida e o número de ocorrências é bastante semelhante entre as freguesias de Vilarinho e Serpins, sendo que Casal de Ermio apresenta valores constantemente baixos. 44

45 Área ardida por espaços florestais (ha) N.º ocorrências por espaços florestais (ha) PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Gráfico 4 Distribuição da área ardida e do nº de ocorrências no quinquénio , por espaços florestais, em cada 100 hectares Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média no quinquénio por espaços florestais em cada 100 hectares 18,00 16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 Casal de Ermio Foz de Arouce Lousã Serpins Vilarinho 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0,00 Área ardida em 2006/ha em cada 100ha 0,03 0,06 0,04 0,02 0,01 Média da área ardida /ha em cada 100ha 0,16 16,28 0,11 1,30 1,83 Ocorrências 2006/ha em cada 100ha 0,33 0,40 0,32 0,08 0,10 Média n.º ocorrências /ha em cada 100ha 0,46 0,72 0,27 0,17 0,30 (Fonte: DGRF) A distribuição da área ardida e do nº de ocorrências, por espaços florestais, a cada 100 ha, entre 2001 e 2006 é, à semelhança do gráfico anterior, dominada pelos valores atingidos pela freguesia de Foz de Arouce, que detém mais área ardida e maior nº de ocorrências. O facto de Casal de Ermio ser uma freguesia pequena, potencia que o nº de ocorrências existente tenha um grande impacte nesta avaliação. As restantes freguesias (Lousã, Serpins e Vilarinho) apresentam nºs de ocorrência bastante semelhantes entre si, considerando-os normais para a área que possuem. 45

46 Área ardida (ha) N.º ocorrências Área ardida (ha) N.º ocorrências PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ Área Ardida e Ocorrências Distribuição Mensal Gráfico 5 Distribuição mensal da área ardida e do nº de ocorrências em 2006 e média Distribuição mensal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média , , , , , ,000 80,000 60,000 40,000 20,000 0,000 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Área ardida ,000 0,000 0,000 0,870 0,300 0,280 0,808 0,921 0,045 0,000 0,000 0,000 Média da área ardida ,004 0,133 2,415 3,543 0,821 4,315 49, ,683 5,225 1,105 0,007 0,102 N.º ocorrências Média do n.º ocorrências ,2 0,8 1,7 0,8 0,9 4,5 9,3 10,7 4,5 0,5 0,3 0, (Fonte: DGRF) Sem surpresas, os meses de Julho e Agosto apresentam a maior quantidade de área ardida e nº de ocorrências (gráfico 5). De salientar um ligeiro aumento do nº de ocorrências em Março e Abril Área Ardida e Ocorrências Distribuição Semanal Gráfico 6 Distribuição semanal da área ardida e do nº de ocorrências em 2006 e média Distribuição semanal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média , , ,000 80,000 60,000 40,000 20,000 0,000 Seg. Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb. Dom. Área ardida ,860 0,155 0,535 0,787 0,006 0,450 0,431 Média da área ardida ,806 6,226 8,584 32,432 13, ,052 57,744 N.º ocorrências Média do n.º ocorrências ,9 4,5 5,3 4,8 4,6 4, (Fonte: DGRF) 46

47 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 A maior percentagem de área ardida situa-se no fim-de-semana (gráfico 6), especialmente Sábado. Durante a semana o dia que mais se destaca é a quinta-feira. A média do nº de ocorrências entre 1996 e 2005 não sofre grandes oscilações durante a semana, existindo apenas um pequeno acréscimo durante o fim-de-semana. Em relação a 2006, as ocorrências atingiram o valor máximo ao fim de semana e à quarta-feira Área Ardida e Ocorrências Distribuição Diária Salientando a informação presente no gráfico 5, os meses de Julho e Agosto são os que apresentam maior quantidade de ocorrências e área ardida. No gráfico 7 pode-se verificar quais os dias que entre 1996 e 2006 mais contribuíram para aumentar esses parâmetros. Assim, verifica-se que é em Agosto (dias 5, 9 e 20) que ao longo do tempo acumulou mais área ardida, assim como o maior pico de ocorrências no dia 9 de Agosto. É importante salientar uma elevada série de ocorrências entre os dias 1 de Junho e 15 de Setembro. 47

48 4-Jan 20-Jan 10-Fev 16-Fev 23-Fev 2-Mar 14-Mar 17-Mar 20-Mar 24-Mar 27-Mar 30-Mar 3-Abr 7-Abr 11-Abr 21-Abr 27-Abr 5-Mai 13-Mai 26-Mai 31-Mai 5-Jun 10-Jun 13-Jun 16-Jun 19-Jun 22-Jun 25-Jun 29-Jun 2-Jul 5-Jul 8-Jul 11-Jul 14-Jul 17-Jul 20-Jul 23-Jul 26-Jul 29-Jul 1-Ago 4-Ago 7-Ago 10-Ago 13-Ago 16-Ago 19-Ago 22-Ago 25-Ago 28-Ago 31-Ago 3-Set 6-Set 9-Set 12-Set 15-Set 19-Set 22-Set 25-Set 2-Out 6-Out 19-Out 4-Nov 11-Nov 3-Dez 6-Dez 21-Dez 29-Dez Área ardida (ha) N.º de ocorrências PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Gráfico 7 - Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do nº de ocorrências ( ) Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do n.º de ocorrências ( ) Jul 9-Ago Jul Jun 19-Jul Jun 2-Jul 2-Jul Abr 8-Jun 0 Área ardida acumulada N.º ocorrências acumuladas ( ) (Fonte: DGRF) 48

49 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ Área Ardida e Ocorrências Distribuição Horária Depois de fazer uma análise à distribuição horária da área ardida nos últimos 10 anos, e das ocorrências que a originaram, chega-se à conclusão que: Existe um incremento do nº de ocorrências às 10 horas da manhã; O maior nº de ocorrências situa-se entre as 13:00 e as 18:59 horas; A maioria da área ardida ocorre entre as 11:00 e as 17:59; Entre as 13:00 e as 13:59, é quando ocorre a maior valor horário cumulado de área ardida nos últimos 10 anos; 49

50 Área ardida (ha) N.º de ocorrências PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Gráfico 8 - Distribuição dos valores horários acumulados da área ardida e do nº de ocorrências ( ) Distribuição dos valores horários acumulados da área ardida e do n.º de ocorrências ( ) :59 01:59 02:59 03:59 04:59 05:59 06:59 07:59 08:59 09:59 10:59 11:59 12:59 13:59 14:59 15:59 16:59 17:59 18:59 19:59 20:59 21:59 22:59 00:00-01:00-02:00-03:00-04:00-05:00-06:00-07:00-08:00-09:00-10:00-11:00-12:00-13:00-14:00-15:00-16:00-17:00-18:00-19:00-20:00-21:00-22:00-23:00-23:59 0 Área ardida acumulada 1,4585 0,183 0,245 1,61 0,101 0,2 0,0725 4,501 0,152 0,836 0, ,806 1, ,2 172,95 368,31 454,77 165,88 2,4325 2,8982 0,546 0, ,419 19,207 N.º ocorrências acumuladas ( ) Área ardida acumulada N.º ocorrências acumuladas ( ) (Fonte: DGRF) 50

51 Área ardida (ha) PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ Área Ardida em espaços florestais Gráfico 9 - Distribuição da área ardida por espaços florestais ( ) Distribuição da área ardida por espaços florestais ( ) 1200, ,00 800,00 600,00 400,00 200,00 0, Área ardida - Matos 0,34 0,95 68,08 14,63 140,18 16,00 16,19 0,56 0,17 39,87 1,87 Área ardida - Povoamentos 4,60 30,50 299,80 25,15 508,68 82,51 175,21 0,71 0, ,4 1,36 (Fonte: DGRF) Após visualizar o gráfico 9, verifica-se que a maior parte da área ardida (80%) nos últimos 10 anos ocorre em povoamentos, o que implica que existe bastante floresta no concelho, nomeadamente através de regeneração natural e também pelo investimento que os proprietários florestais têm vindo a efectuar, nomeadamente plantações, após os incêndios florestais. A área ardida em matos é bastante mais reduzida, dado que as grandes áreas de incultos/matos situam-se maioritariamente em zona de serra, nomeadamente nos Casais e nas cumeadas, sendo zonas que apesar da sua enorme vulnerabilidade, não têm sido alvo de grandes incêndios entre 1996 e

52 Área ardida (ha) Nº de ocorrências PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ Área ardida e Ocorrências por classes de extensão Gráfico 10 - Distribuição da área ardida e do nº de ocorrências por classe de extensão ( ) Distribuição da área ardida e do nº de ocorrências por classes de extensão ( ) >1-10 >10-20 >20-50 > >100 Área Ardida 35,56 89,09 80,99 88,91 143, ,15 Nº de Ocorrências (Fonte: DGRF) Sem grandes surpresas, e á semelhança do que ocorre a nível nacional, no concelho da Lousã, existe um grande nº de ocorrências que é responsável por incêndios menores que 1 há de área ardida e por outro lado, existe um diminuto nº de ocorrências, que escapa à 1ª intervenção, responsável pela maior parte da área ardida do concelho (Gráfico 10) Pontos de Início e Causas A análise espacial dos pontos de início e respectivas causas reveste-se de extraordinária importância na definição da estratégia de Defesa da Floresta Contra Incêndios do nosso Concelho, desde a colocação de equipas de 1ª intervenção no terreno à possibilidade de antecipar as ocorrências fomentando, por exemplo, campanhas de sensibilização para o uso do fogo em determinada área em essa situação seja problemática. 52

53 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Analisando o Anexo 16, para o concelho da Lousã, chega-se à conclusão que grande parte das ocorrências surge na zona de conflito entre o espaço social e o espaço florestal, nomeadamente sopé da Serra da Lousã e zona de Foz de Arouce. Os dados recolhidos para a construção deste mapa (DGRF), estão compreendidos entre 2001 e 2006, sendo que a maioria das ocorrências apresenta causa desconhecida. Nos restantes tipos de causas destaca-se o mau uso do fogo, nomeadamente incendiarismo Fontes de Alerta Gráfico 11 - Distribuição do nº de ocorrências por fonte de alerta ( ) Distribuição do nº de ocorrências por fonte de alerta ( ) 22,22% 34,92% 3,52% 18,51% 117 CDOS Outros Populares 15,87% PV 4,93% Sapadores (Fonte: DGRF) Segundo o gráfico 11, que indica o nº de ocorrências por fonte de alerta verificase que cerca de 53,43 % dos alertas provêm, directa ou indirectamente, de populares (117+populares). As restantes percentagens estão distribuídas por Postos de vigia (22,22%), CDOS (15,87%), Outros (4,93%) e Sapadores Florestais (3,52%). De notar que, incluídos nos alertas provenientes do 117, estão incluídas as chamadas referentes aos programas de vigilância municipais, em funcionamento desde à quatro anos. Por último, salienta-se a baixa percentagem de alertas por parte das equipas de sapadores florestais, justificada no entanto, pelo objectivo atribuído pela Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI) as estas equipas, nomeadamente a 1ª intervenção e não a vigilância. 53

54 00:00-00:59 01:00-01:59 02:00-02:59 03:00-03:59 04:00-04:59 06:00-06:59 07:00-07:59 08:00-08:59 09:00-09:59 10:00-10:59 11:00-11:59 12:00-12:59 13:00-13:59 14:00-14:59 15:00-15:59 16:00-16:59 17:00-17:59 18:00-18:59 19:00-19:59 20:00-20:59 21:00-21:59 22:00-22:59 23:00-23:59 Nº de Ocorrências PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Gráfico 12 Distribuição do nº de ocorrências por fonte e hora de alerta ( ) Distribuição do nº de ocorrência por fonte e hora de alerta ( ) CDOS Outros Populares PV Sapadores Florestais (Fonte: DGRF) Já no gráfico 12, pode-se visualizar o nº de ocorrências pela distribuição horária. No entanto, associando esta informação à fonte de alerta obtêm-se concluiu-se que: Em toda a distribuição horária, a maior fonte de alertas são os populares, que se associados ao 117, representam mais de metade dos alertas existentes no concelho a qualquer hora; Apesar de funcionarem durante 24 horas por dia, os postos de vigia provam a sua utilidade principalmente durante o período de maior nº de ocorrências (10:00-19:59), apresentando praticamente tantos alertas como os populares; Os alertas provenientes do CDOS, são bastante semelhantes aos dos postos de vigia, apesar de serem sensivelmente menos; Os restantes alertas são praticamente insignificantes, localizando-se ao longo do dia; 54

55 Área ardida (ha) PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ Grandes Incêndios (Área >100 Ha) Distribuição Anual Um dos pontos que convém mencionar é a distribuição anual da área de grandes incêndios ou seja com área ardida superior a 100 ha. Gráfico 13 Distribuição anual da área de grandes incêndios (>100 ha) , ,5 3 2,5 2 1, , HECTARES 1874, , , ,71 465, , ,248 Nº Grandes Incêndios Através do gráfico 13 podemos constatar que o ano de 1990 e os anos de 2002 e 2005 foram os responsáveis por grande parte da área ardida no concelho da Lousã. O incêndio de 1990 consumiu cerca de 1874,95 ha, enquanto que o de 2002 e 2005 devastaram cerca de 1251 e 1106 ha respectivamente. No Anexo 17 encontra-se a distribuição anual dos grandes incêndios nos últimos 15 anos. Na tabela seguinte encontram-se as classes de área consideradas para os grandes incêndios. 55

56 PLANO OPERACIONAL DFCI DO CONCELHO DA LOUSÃ 2007 Quadro 15 Classes de áreas ardidas em grandes incêndios Ano Classes > 1000 Total de Área (ha) Deste modo, podemos verificar que no período de 2-3 anos, ocorre um grande incêndio no concelho da Lousã. No entanto, verifica-se uma tendência (2002 e 2005), de este tipo de incêndios estarem a surgir fora do concelho, o que indica a necessidade de construir uma rede de protecção (1ªordem) que auxilie o combate e dificulte a progressão destes fogos. Figura 19 Incêndios > 10 ha no Concelho da Lousã e Pontos de Início ( ) 56

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