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1 11 AQUECIMENTO GLOBAL E CENÁRIOS PARA A AGRICULTURA BRASILEIRA EDUARDO DELGADO ASSAD Chefe da Embrapa Informática Agropecuária Eduardo Delgado Assad é formado em Engenharia Agrícola (1979) pela Universidade Federal de Viçosa. Fez Mestrado e Doutorado em Montpellier, França, entre os anos de 1982 e 1987, no laboratório de Hidrologie e Mathematique da Université de Montpellier II. Nessa oportunidade, trabalhou nos laboratórios do INRA, em Avignon, e do CIRAD, em Montpellier, além do CNES, em Toulouse. É pesquisador da Embrapa desde 1987 e desde 2005 exerce a Chefia Geral da Embrapa Informática Agropecuária em Campinas. Durante o período de 1993 a 2006 foi o coordenador técnico nacional do Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos do Ministério da Agricultura, e nesse período criou e coordenou a Rede Nacional de Agrometeorologia, hoje conhecida como Sistema Agritempo. Responsável por vários projetos em rede nacional, atualmente coordena projetos na área de mudanças climáticas e seus impactos na agricultura. É o coordenador da sub-rede Clima e Agricultura, da Rede Clima do Ministério de Ciência e Tecnologia, MCT. Assad iniciou a apresentação solicitando que a platéia não se alarmasse com as informações sobre as mudanças climáticas, notadamente quanto aos impactos sobre a agricultura. O palestrante tratou dos fundamentos desse fenômeno, as vulnerabilidades, possíveis medidas para mitigá-lo e para permitir a adaptação da agricultura às novas condições climáticas. Também discutiu algumas questões que permeiam o debate, incluindo a tentativa de desqualificação por parte de alguns cientistas ditos céticos do grave problema que a Humanidade enfrenta, o aquecimento global. 151

2

3 Aquecimento global: um quadro assustador Para Assad, quando se tem a perspectiva de milhões de anos, é possível comprovar que a Terra já passou por temperaturas superiores às atuais e às previstas pelos cientistas para os próximos anos (Gráfico 1). Obviamente, tais temperaturas, em épocas passadas eram claramente dependentes de fenômenos naturais e não estavam relacionadas com fatores antrópicos. No passado, as atividades vulcânicas, as atividades solares, os raios cósmicos e as variações na excentricidade da órbita da Terra, entre outros fenômenos, foram e continuam contribuindo para as alterações da temperatura da terra. Porém, atualmente, incorporam-se aos fenômenos abióticos a atividade humana, que tem ajudado a acelerar o aquecimento do planeta na escala de centenas, ou até mais grave, dezenas de anos. No Gráfico 1 é possível constatar as variações no aquecimento do planeta na escala de milhões de anos, milhares de anos e de dezenas de anos, o que deixa clara a diferença entre variabilidade climática interanos e as tendências climáticas em vários anos. É evidente que a intensificação do aquecimento global coincide com uma ação humana mais expressiva, notadamente pós Revolução Industrial. Assad esclarece que, embora o aquecimento global seja provocado por causas naturais, na atualidade os fatores antrópicos também contribuem. Assim, para o palestrante, a questão relevante é identificar quanto do aquecimento atual se deve a questões naturais e quanto é em razão das questões antrópicas. GRÁFICO 1: VARIAÇÃO DA TEMPERATURA GLOBAL DA TERRA NO ÚLTIMO MILHÃO, MILHARES E CENTENAS DE ANOS EM RELAÇÃO À CONDIÇÃO ATUAL Variação de temperatura Milhões Milhares Centenas 0,8 0,6 0,4 0, Fonte: IPCC AQUECIMENTO GLOBAL E CENÁRIOS PARA A AGRICULTURA BRASILEIRA 153

4 A resposta pode ser obtida pela análise da relação entre a variação na temperatura global da Terra e a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera, notadamente o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso. A análise dessa relação indica que o aumento dessas concentrações provocou aumento da temperatura global em escalas alarmantes. Portanto, hoje, as discussões sobre aquecimento global devem ser pautadas conjuntamente por causas naturais e antrópicas, afirma Assad. Na atualidade, o IPCC 1 trabalha com dois cenários de aquecimento global (Gráfico 2). No cenário mais pessimista (A2) haverá aumento de temperatura entre quatro e cinco graus centígrados nos próximos 100 anos. No cenário mais otimista (B2) o aumento da temperatura será próximo a um grau no mesmo período. Se forem adotadas medidas de mitigação das emissões de gases do efeito estufa, a exemplo do que é proposto no Protocolo de Kyoto, o cenário B2 é o mais provável. Porém, não é o que se tem observado, pois, as emissões, sobretudo de CO 2, continuam em uma intensidade muito alta, ao redor de 2 ppm anuais de CO 2, de modo que estão seguindo o cenário mais pessimista, diz Assad. GRÁFICO 2: EMISSÕES DE CO 2 E ALGUNS CENÁRIOS DE AQUECIMENTO GLOBAL Actual emissions: CDIAC Actual emissions: EIA 450ppm stabilisation 650ppm stabilisation A1FI A1B A1T A2 B1 B CO 2 Emissions (GIC y -1 ) Fonte: IPCC 1 O IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) foi estabelecido em 1988 pela organização Meteorológica Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para fornecer informações científicas, técnicas e socioeconômicas relevantes para o entendimento das mudanças climáticas, seus impactos potenciais e opções de adaptação e mitigação. É um órgão intergovernamental aberto para os países-membros do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Organização Meteorológica Mundial (OMM). 154 Gestão do Risco e Seguro na agricultura brasileira

5 Impactos do aquecimento global na agricultura brasileira Para Assad, a questão central é compreender como o aumento de temperatura poderá alterar a vida na Terra e, no nosso caso específico, a agricultura brasileira. Como exemplo, apresentou uma série histórica das temperaturas mínimas em Campinas entre 1890 e 2006 (Gráfico 3), destacando que essas temperaturas têm efeito significativo sobre a cultura do milho, uma espécie que tem o seu ciclo vital regulado basicamente pela temperatura. No exemplo de Campinas, o ciclo do milho reduzirá significativamente, comprometendo seu desenvolvimento e sua capacidade fotossintética e, consequentemente, a cultura terá menor produtividade. Ainda em decorrência da redução do ciclo, a planta fica mais suscetível aos estresses hídricos, aos ataques de pragas e aos efeitos dos extremos de temperatura. GRÁFICO 3: TEMPERATURAS MÍNIMAS MÉDIAS EM CAMPINAS ENTRE OS ANOS DE 1890 E ,00 17,00 Temperatura ( 0 C) 16,00 15,00 14,00 13,00 12,00 y = 0,0225x + 14,179 R 2 = 0, Anos Ana Ávila/CEPAGRI-Unicamp Fonte: IAC/SAA Assad ainda apresentou um exemplo das consequências do aquecimento global sobre o balanço hídrico no município de Sete Lagoas, Minas Gerais (Gráfico 4). Nesse caso, o balanço hídrico mensal indica que o período seco e a intensidade do déficit hídrico aumentarão, o que comprometerá, por exemplo, a safrinha de milho. Esse é um cenário preocupante, se considerarmos que o grande diferencial da agricultura nessa região é o clima, que possibilita duas safras de milho durante o período chuvoso. AQUECIMENTO GLOBAL E CENÁRIOS PARA A AGRICULTURA BRASILEIRA 155

6 Em outro exemplo o palestrante informa que o número de veranicos registrados no Nordeste brasileiro se reduziu, porém a intensidade desses veranicos aumentou (Gráfico 5). Segundo Assad, todos os cenários de aquecimento global indicam que no Brasil haverá aumento de eventos climáticos extremos, com consequências negativas para a agricultura. Nesse caso se destacam a maior amplitude entre as temperaturas máximas e mínimas e os períodos de déficit (secas ou veranicos) e excesso hídrico. Assad destaca ainda que o aquecimento global provocará uma mudança na geografia da agricultura brasileira. Por exemplo, haverá redução na área cultivada com café em São Paulo e aumento da área cultivada com cana-de-açúcar no sul. GRÁFICO 4: BALANÇO HÍDRICO PARA O MUNICÍPIO DE SETE LAGOAS NOS ANOS DE 2006 E 2100 CONSIDERANDO O CENÁRIO DE AQUECIMENTO GLOBAL MAIS PESSIMISTA mm Balanço Hídrico Atual Extrato do Balanço Hídrico Mensal Sete Lagoas MG DEF(-1) EXC Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez mm Balanço Hídrico 2100 Extrato do Balanço Hídrico Mensal Sete Lagoas MG DEF(-1) EXC Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Daniel Ferreira Guimarães, Embrapa CNPMS 156 Gestão do Risco e Seguro na agricultura brasileira

7 GRÁFICO 5: VARIAÇÃO ENTRE NÚMERO E INTENSIDADE DE VERANICOS ENTRE OS ANOS DE 1935 E 2007 Nº de Veranicos Exu Nº de Veranicos Tamanho do Veranico (dias) Dias Total de Veranicos Máximo Veranico Linear (Total Veranicos) Linear (Máximo Veranico) Fonte LAMEPE/ITEP/SECTMA-PE Agricultura brasileira e emissões de gases do efeito estufa Qual a contribuição da agricultura brasileira para o aquecimento global?, pergunta Assad. No caso das emissões de metano no Brasil, 96% do total são produzidos pela pecuária. Nesse caso, em 1994, foi estimado que entre 9,77 e 9,38 milhões de toneladas foram emitidas a partir da fermentação entérica e 390 mil toneladas decorrem do manejo dos resíduos animais. Nesse ano, o gado de corte foi responsável por 81% das emissões, enquanto o gado de leite contribuiu com cerca de 13% e as outras categorias de animais com cerca de 6%. Ainda quanto ao metano, no Brasil, cerca de 3% são produzidos pelo arroz irrigado e 1% provém da queima dos resíduos agrícolas. Em Santa Catarina já existem iniciativas para mitigação de emissão de metano na cultura de arroz irrigado. Quanto ao dióxido de carbono (CO 2 ), segundo Assad, o grande vilão é o desmatamento. Três quartos das emissões brasileiras de CO 2 decorrem dos desmatamentos, notadamente aqueles com queimadas que respondem por cerca de 60% a 70% do CO 2 emitido pelo Brasil. Portanto, ações de fiscalização e controle de desmatamentos fariam com que o país passasse de quarto emissor mundial de gases do efeito estufa para décimo oitavo ou décimo nono. Assad indica que o plantio direto comum no Brasil, quando praticado com técnicas adequadas, sequestra da atmosfera o equivalente à emissão anual de CO 2 da cidade de São Paulo. Portanto, a agricultura brasileira pode ser extremamente eficiente no sequestro de carbono, bastando definir e incentivar as técnicas e os métodos adequados para que esse setor da economia nacional tenha grande contribuição na mitigação do aquecimento global. AQUECIMENTO GLOBAL E CENÁRIOS PARA A AGRICULTURA BRASILEIRA 157

8 Impactos na agricultura brasileira Assad informou que o Centro de Pesquisas e Estudos do Tempo e do Clima, instituição vinculada ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, produziu um estudo que possibilita projetar os cenários de aquecimento global entre os anos 2070 e 2100 na escala de 50 km 50 km. Aplicando-se esses dados a modelos desenvolvidos e adaptados pela Embrapa para o Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos (ZARC) foi possível simular os impactos do aquecimento global na agricultura brasileira. Assad destacou que o ZARC, que é baseado em fenômenos extremos, é o instrumento adotado pelo Ministério da Agricultura, que define desde 1996 as regiões consideradas de baixo risco a serem financiadas na agricultura. Os resultados das estimativas indicam que o quadro é extremamente pessimista para várias culturas da agricultura brasileira, a exemplo do feijão (Mapa 1), uma espécie cujas variedades atuais disponíveis no Brasil não suportariam um aumento de dois graus centígrados. MAPA 1: ZONEAMENTO AGRÍCOLA PARA A CULTURA DO FEIJÃO NOS ANOS DE 2000, 2020, 2050 E 2070 EM UM CENÁRIO DE AQUECIMENTO GLOBAL 2000 favorável em: 2, 3, Normal 2020 favorável em: 2, 3, Precis A favorável em: 2, 3, Precis A favorável em: 2, 3, Precis A2 Apta e produtora Apta Inapta e produtora Inapta Área de proteção ou excluída Cultura: Feijão Retenção Solo: 50 Ciclo: 90 Área Apta: KM 2 Fonte: Agritempo 158 Gestão do Risco e Seguro na agricultura brasileira

9 Assad comentou que as simulações para o feijão levam em conta apenas o fator hídrico e não consideram as doenças. No caso das doenças, vários pesquisadores estão trabalhando com o aumento desses vetores, principalmente doenças fúngicas, que têm seus efeitos potencializados com os aumentos de temperatura e de umidade. Assim, quando se considera o vetor doença para o feijão, provavelmente as áreas amarelas e vermelhas irão aumentar. No caso do algodão e do arroz, os estudos indicam que o aquecimento global poderá reduzir drasticamente suas produções na região Nordeste do Brasil, mesmo em um cenário otimista. No caso do café (Mapa 2), o aquecimento global promoverá uma forte redução da área de baixo risco em São Paulo e Minas Gerais, com ampliação da área cultivada em direção ao Sul. Ou seja, esses dados indicam que o aquecimento global promoveria uma nova geografia da produção agrícola nacional. MAPA 2: ZONEAMENTO AGRÍCOLA PARA A CULTURA DO CAFÉ NOS ANOS DE 2000, 2020, 2050 E 2070 EM UM CENÁRIO DE AQUECIMENTO GLOBAL Cultura: Café Arábica Modelo: PRECIS Cenário: A Irrigação necessária Baixo risco climático Irrigação recomendada Risco de geadas Risco de temp. elevadas Alto risco climático Fonte: Agritempo No caso da cana-de-açúcar (Mapa 3) não foram simulados dados para a Amazônia, pois não há indicativos do Ministério da Agricultura para o seu cultivo nessa região. As simulações apontam a necessidade de irrigação para produção de cana na região Centro-Oeste e a expansão da área apta em direção ao sul do Brasil. Ou seja, os dados revelam que, a despeito das preocupações ambientais acerca dos impactos da cana sobre o bioma amazônico, o aquecimento global limitará sua produção naquela região em decorrência da necessidade de irrigação, afirma Assad. AQUECIMENTO GLOBAL E CENÁRIOS PARA A AGRICULTURA BRASILEIRA 159

10 MAPA 3: ZONEAMENTO AGRÍCOLA PARA A CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR NOS ANOS DE 2000, 2020, 2050 E 2070 EM UM CENÁRIO DE AQUECIMENTO GLOBAL 2000 Municípios com plantio favorável em: 3, 4, 5, 6, 9, Normal 2020 Municípios com plantio favorável em: 3, 4, 5, 6, 9, Precis A Municípios com plantio favorável em: 3, 4, 5, 6, 9, Precis A Municípios com plantio favorável em: 3, 4, 5, 6, 9, Precis A2 Baixo risco climático Risco temperatura baixa Risco de excesso hídrico Baixo risco com irrigação de manutenção Baixo risco com forte irrigação de manutenção Alto risco climático Área de proteção ou excluída Cultura: Cana-Açúcar Retenção Solo: 75 Ciclo: 365 Área Apta: KM 2 Fonte: Agritempo A área cultivada do milho, uma planta C4 como a cana, terá pequeno impacto do aquecimento global. Porém, na localidade cujo cultivo tem grande importância social, a região Nordeste, o milho praticamente desaparecerá. Assim, trabalhos de pesquisa no sentido de desenvolver variedades de milho com ciclo mais curto e mais adaptado para o Nordeste são fundamentais. Quanto aos efeitos do aquecimento global sobre a soja (Mapa 4), as simulações indicam um forte impacto. Observa-se no Mapa 4 que o Paraná e o Centro-Oeste, região onde foi feito um grande esforço de adaptação dessa cultura nos últimos 30 anos, serão seriamente atingidos, tanto pelo aumento da temperatura quanto pela deficiência hídrica. 160 Gestão do Risco e Seguro na agricultura brasileira

11 MAPA 4: ZONEAMENTO AGRÍCOLA DE RISCO CLIMÁTICO PARA A CULTURA DA SOJA NOS ANOS DE 2000, 2020, 2050 E 2070 EM UM CENÁRIO DE AQUECIMENTO GLOBAL 2000 favorável em: 1, 11, Normal 2020 favorável em: 1, 11, Precis A favorável em: 1, 11, Precis A2 favorável em: 1, 11, Precis A2 Apta e produtora Apta Inapta e produtora Inapta Área de proteção ou excluída Cultura: Soja Retenção Solo: 72 Ciclo: 125 Área Apta: KM 2 Fonte: Agritempo As simulações para os principais produtos agrícolas são realizadas para cenários com intervalos de dez anos, de modo a possibilitar o entendimento das vulnerabilidades da agricultura brasileira, considerando o aumento de temperatura nos próximos anos. Os resultados desse trabalho, simulados segundo os cenários do IPCC (2007), indicam que as culturas mais atingidas, por ordem, são: soja, café e milho. Essas simulações e cenários têm consequências importantes para o seguro rural, assunto discutido a seguir. Seguro rural Segundo Assad, a partir de modelos é possível estimar a produtividade e o comportamento da produção dessas culturas em diversas regiões do Brasil. Para tanto, é necessário dispor de bases de dados climáticos. A Embrapa, em parceria com diversas instituições, estabeleceu uma base de dados climáticos, o Sistema Agritempo. Esse sistema, que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério do Desenvolvimento AQUECIMENTO GLOBAL E CENÁRIOS PARA A AGRICULTURA BRASILEIRA 161

12 Agrário e o Ministério da Agricultura utilizam com regularidade, dispõe de informações coletadas em estações meteorológicas em diversos pontos do Brasil. A partir do Sistema Agritempo é possível estimar periodicamente o efeito do aumento da temperatura na produtividade real das principais culturas brasileiras, ou seja, é possível produzir mapas de perdas relativas em função da deficiência hídrica e do aumento da temperatura. Como exemplo, foi gerada uma expectativa da produção a partir dos dados climáticos disponíveis no Sistema Agritempo. Essas estimativas apresentaram erro da ordem de 1% em relação às estimativas geradas pela Conab, ou seja, esse trabalho já é realizado rotineiramente com precisão razoável. Esse trabalho é relevante para o seguro rural e poderá embasar as decisões dos agricultores quanto à época de plantio e à expectativa de produção, o que terá reflexos positivos para as seguradoras. Por exemplo, usando os modelos já desenvolvidos para as culturas apresentadas, é possível estimar qual o risco de perda para qualquer local do Brasil em diferentes épocas de plantio, ou seja, é possível estabelecer uma tábua atuarial, em base municipal, para varias das espécies cultivadas no Brasil segundo a classe de solo e o ciclo da cultura. Relacionando o trabalho do zoneamento agrícola com as mudanças climáticas é possível simular as perdas decorrentes do aquecimento global para todas as culturas contempladas pelo Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos. Ainda, essa relação indicará as demandas tecnológicas e as medidas que o aquecimento global irá impor, a exemplo de: i) redução das emissões dos gases do efeito estufa; ii) mitigação com sistemas mais eficientes e limpos; iii) adaptação, através de biotecnologia e melhoramento genético; iv) redução das queimadas; v) substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis; vi) adoção de práticas conservacionistas; vii) sistemas de estoque de carbono eficientes; viii) florestamento e reflorestamento; ix) reanalisar a matriz energética; x) busca de energias alternativas. Considerações finais Para Assad, os instrumentos e as informações disponíveis indicam o aquecimento global e o aumento da concentração de gases de efeito estufa. Confirmadas essas previsões, independente de suas magnitudes, haverá importantes mudanças na agricultura brasileira. Assim, a questão central não é discutir se haverá aquecimento global ou não, esse é um fato. A ênfase de pesquisa deve ser sobre os efeitos desses fenômenos sobre a agricultura brasileira e as respectivas medidas de mitigação. Assad enfatizou ainda que essas mudanças e pesquisas são de interesse direto da indústria de seguros, notadamente do seguro rural. Neste sentido, o aumento de interlocução entre os diversos agentes da agricultura nacional, deve ser multiplicada. 162 Gestão do Risco e Seguro na agricultura brasileira

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