Unidade II PERSPECTIVAS PROFISSIONAIS. Prof. José Junior
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- Alícia de Sá Avelar
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1 Unidade II PERSPECTIVAS PROFISSIONAIS EM SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior
2 As demandas e as respostas da categoria profissional aos projetos societários Projetos societários são aqueles de determinada classe social. Assim, recorrendo mais uma vez à teoria marxista, constatamos que na atualidade identificamos duas classes sociais, sendo essas a classe burguesa e a classe operária.
3 As demandas profissionais no âmbito das relações entre o estado e a sociedade Em relação a essa questão, Iamamoto diz que, para compreendê-la, precisamos compreender três premissas básicas: desvelar a prática profissional; considerar o primado da produção social; privilégio da história.
4 As demandas profissionais no âmbito das relações entre o estado e a sociedade Segundo Iamamoto, além de compreender as classes sociais, é fundamental também entender o papel do estado, que figura, no ponto de vista da autora, como um representante da classe burguesa, mas que é um ator fundamental na compreensão de nossa prática profissional, das demandas de nossa profissão.
5 Consideração do primado da produção social No que concerne à consideração do primado da produção social, Iamamoto coloca que precisamos entender a relevância que possui o trabalho nessa sociedade.
6 Consideração do primado da produção social Quando o trabalho se torna precário, informal ou, sobretudo, quando assistimos à grande perda dos postos de trabalho, precisamos saber que essas mudanças irão provocar alterações nas expressões da questão social.
7 Sistematizando os conhecimentos Para compreender as demandas que são colocadas, precisamos entender as relações sociais estabelecidas na sociedade capitalista, em que figura como relevante compreender as classes sociais e o estado, o que demanda essencialmente também entender a importância do trabalho e da história nesse processo.
8 Premissas Esses aspectos, tratados por Iamamoto como premissas, precisam ser apreendidos por nós como o próprio nome sugere, ou seja, como aspectos que são imprescindíveis para a compreensão de novas demandas, novas expressões da questão social com as quais precisaremos atuar.
9 Precisamos olhar também para a sociedade civil. Iamamoto diz que, para que possamos compreender as relações sociais, precisamos olhar também para a sociedade civil.
10 Interatividade O que podemos entender como projetos societários? a) Projetos de determinada classe social, com ênfase na do empresariado. b) Projetos de determinada classe social. c) Projetos da classe dominante, apenas. d) Projetos da classe proletária, apenas. e) Projetos que visam a ciência e evolução humana.
11 Alterações no âmbito da produção e do trabalho As alterações no âmbito da produção e do trabalho colaboram muitas vezes para a precarização da vida da classe que vive do trabalho, e essa precarização se expressa de diversas formas, podendo ser necessária a intervenção dos assistentes sociais.
12 Alterações no âmbito da produção e do trabalho Isso pressupõe que o profissional realize uma análise com base em informações de recorrência a aspectos econômicos e políticos, visto que os fenômenos relacionados à organização da produção e do trabalho também precisam ser considerados como resultados da organização política vigente no país.
13 Realidade Rural Por fim, Iamamoto diz que, para apreender de fato nossa demanda profissional, precisamos conhecer também melhor a realidade rural.
14 Aspectos da sociedade civil sobre as configurações assumidas pela produção e pelo trabalho A apreensão dessa realidade, ou seja, dos aspectos da sociedade civil sobre as configurações assumidas pela produção e pelo trabalho, das peculiaridades dos moradores da zona rural, não é, a nosso ver, uma tarefa fácil, mas algo que precisa ser introduzido no cotidiano de nossas ações profissionais e deve figurar como referência ao considerarmos as perspectivas de trabalho profissional.
15 Processo de modernização tupiniquim Iamamoto ainda destaca a necessidade de compreender o papel do estado brasileiro no sentido de proporcionar o desenvolvimento econômico do país. Na verdade, um estado que se propõe mínimo é apenas mínimo para o social, mas máximo para implementar ações para o desenvolvimento do grande capital.
16 Realidade brasileira e a demanda profissional Uma modernização capitalista que traz no seu bojo a história de um país colonizado sob a ótica da exploração, em que o sistema capitalista trouxe índices precários de desenvolvimento em relação aos demais países e que contou e conta hoje com o Estado como o principal agente executor de medidas para a efetivação das pretensões capitalistas.
17 Interatividade A palavra demanda significa: a) Coletividade ou grupo de pessoas que precisa ou procura algo. b) Interesse na obtenção de lucratividade. c) Mostrar-se se com alarde e vanglória. d) Intervenção judicial de alguém em um pleito, sob pena de Lei. e) Primeira linha de um exército.
18 Condições de trabalho e respostas profissionais A precarização das relações trabalhistas tem conferido relações laborais ruins, precárias para grande parte da população brasileira e tem, ainda, resultado em um crescente desemprego de parcela significativa da população.
19 Condições de trabalho e respostas profissionais Por outro lado, o Estado, principal responsável por atuar no sentido de minimizar essas expressões da questão social, vem, desde a década de 90, se retraindo, ou seja, vem restringindo suas intervenções nessas expressões.
20 Condições de trabalho e respostas profissionais Iamamoto traz alterações na atuação dos assistentes sociais: Quando as intervenções em política social, junto às expressões da questão social, são reduzidas, espera-se que o mercado de trabalho dos assistentes sociais também seja reduzido.
21 Condições de trabalho e respostas profissionais Frente à redução de gastos na área das políticas sociais, os assistentes sociais que estão atuando nesses espaços precisam ampliar a seletividade dos atendimentos, sendo nessas ocasiões os responsáveis pelas triagens para avaliar a condição daqueles que poderão ser beneficiados, ou não, pelos serviços que estão sob sua responsabilidade.
22 Condições de trabalho e respostas profissionais O profissional permanece longos períodos preso à burocracia institucional em decorrência das triagens que precisa realizar. Mas o fato de estabelecer uma prática de tal forma resulta no chamado vazio profissional, ou seja, aquela sensação de não ter conseguido atingir as finalidades profissionais a que se propôs.
23 Condições de trabalho e respostas profissionais Assim, observamos uma grande dificuldade em conferir respostas profissionais a nossa demanda, uma dificuldade em cumprir os princípios assumidos por nossa categoria profissional e uma dificuldade maior ainda em conviver com essa realidade.
24 Interatividade Leia: A precarização das relações tem conferido relações laborais ruins. Marque a alternativa que contenha a palavra que melhor preencha a lacuna: a) Capitalistas. b) Familiares. c) Dicotômicas. d) Trabalhistas. e) Gênero.
25 Superação da realidade profissional Iamamoto apresenta algumas alternativas para a superação dessa realidade profissional que tanto asfixia os profissionais. Uma delas seria superar a perspectiva fatalista de que tudo está perdido e nada mais pode ser feito, bem como evitar posturas idealizadas e que percebem a profissão de uma forma romântica, como se não vivenciássemos esses problemas e outros observados em nossa categoria profissional.
26 Superação da realidade profissional Partindo disso, a autora coloca ainda que a mudança na relação do Estado com a questão social não é um objetivo apenas do serviço social, apenas de nossa categoria profissional.
27 Superação da realidade profissional Assim, a construção de respostas às demandas que nos têm sido postas passa pela compreensão da realidade como um condicionante e não como um impeditivo de nossas ações. E pressupõe ainda o estabelecimento de outras parcerias com categorias, segmentos, usuários que partilham dos mesmos princípios que são defendidos pelos assistentes sociais.
28 Superação da realidade profissional O momento que vivemos é um momento pleno de desafios. Mais do que nunca é preciso ter coragem, é preciso ter esperanças para enfrentar o presente. É preciso resistir e sonhar. É necessário alimentar os sonhos e concretizá-los dia a dia nos horizontes de novos tempos mais humanos, mais justos, mais solidários (IAMAMOTO, 2004).
29 Interatividade Marque a alternativa que contenha informações verdadeiras sobre realidade: a) Algo que não é concreto. b) Algo palpável. c) Estática. d) Pode mudar. e) Opção b e c estão corretas.
30 ATÉ A PRÓXIMA!
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