APRESENTAÇÃO. Pelo contrário! Os exemplos são os conceitos práticos de que nós sempre nos recordamos!

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1 APRESENTAÇÃO Olá, tudo bem? Eu sou o Professor Rafael Paiva e elaborei esta apostila com o objetivo de condensar aquilo que eu acho ser o mais importante a respeito das Penas Alternativas previstas no Direito Penal Brasileiro. Esta publicação não tem o objetivo de esgotar definitivamente o assunto ou problematizalo segundo as diferentes correntes doutrinárias que possam existir. Pelo contrário! O meu objetivo é te trazer com a maior simplicidade possível os temas mais importantes sobre as penas alternativas de uma forma simples e muito fácil de entender. Vou usar e abusar dos exemplos, pois acredito que eles são fundamentais no processo de aprendizagem. Os exemplos são os conceitos práticos de que nós sempre nos recordamos! Aproveite bem o material e não se esqueça de nos seguir nas redes sociais: Acesse também nossa página na internet: Ali vamos sempre inserir apostilas semelhantes a essa, além de quadros esquemáticos e questões cobradas em concursos públicos e exames da OAB! Contem sempre comigo! Prof. Ms. Rafael Paiva

2 INSTRUÇÕES DE USO DA APOSTILA É muito importante que você leia esta apostila tendo ao seu lado um bom e atualizado VADEMECUM. Sempre reitero que não há como aprender qualquer disciplina jurídica sem ler com atenção os dispositivos legais mais importantes! É preciso que você se acostume a ler a lei! Além disso, recomendo que você se utilize da nossa técnica das canetas! Durante a minha experiência docente observei como é visível e rápida a melhora no desempenho dos alunos que estudam aliando leituras leves de doutrina, leitura da lei, marcações com as canetas e prática constante de exercícios. Tenho certeza que você aprenderá muito mais assim! Para conhecer a técnica das canetas e ter outras dicas de estudo, acesse o nosso portal e tenha acesso completo e gratuito a todo o nosso conteúdo. O nosso site é:

3 SUMÁRIO 1) AS PENAS ALTERNATIVAS CONCEITO ESPÉCIES 2) PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS PREVISÃO LEGAL ESPÉCIES CARACTERÍSTICAS DURAÇÃO REQUISITOS PARA SUBSTITUIÇÃO É POSSÍVEL SUBSTITUIÇÃO NOS CRIMES HEDIONDOS? QUANTIDADE DE PENAS ALTERNATIVAS A SEREM SUBSTITUÍDAS DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS EM ESPÉCIE 3) A PENA DE MULTA ESPÉCIES DE PENAS DE MULTAS DESTINO DOS VALORES 4) A PENA DE MULTA COMUM PREVISÃO LEGAL CÁLCULO

4 COMO CALCULAR A MULTA? E SE O VALOR FIXADO FOR IRRISÓRIO PARA O CONDENADO? PODE O CONDENADO PAGAR VOLUNTARIAMENTE A MULTA? É PERMITIDO O PARCELAMENTO DA PENA DE MULTA HÁ SITUAÇÕES DE INAPLICABILIDADE DO SISTEMA DE DIAS-MULTA? EXCEÇÃO À FORMA DE QUANTIFICAÇÃO DA PENA DE MULTA HÁ INCONSTITUCIONALIDADE NO SISTEMA DE DIAS-MULTA? CRITÉRIOS DE CORREÇÃO MONETÁRIA PARA A PENA DE MULTA? CORRE PRESCRIÇÃO DA DÍVIDA ORIUNDA DE PENA DE MULTA? COMO É FEITA A COBRANÇA DA PENA DE MULTA? INADIMPLEMENTO NO PAGAMENTO PRINCÍPIO DA PESSOALIDADE NA PENA DE MULTA SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL CUMULAÇÃO DE MULTAS 5) A PENA DE MULTA VICARIANTE PREVISÃO LEGAL HIPÓTESES DE APLICAÇÃO SISTEMA DO DIAS-MULTA E SE O VALOR FIXADO FOR IRRISÓRIO PARA O CONDENADO? CRITÉRIO PARA FIXAÇÃO DA QUANTIDADE DE DIAS-MULTA

5 AS PENAS ALTERNATIVAS CONCEITO As chamadas penas alternativas são todas as penas que não envolvam a restrição da liberdade do condenado. Assim sendo, podemos afirmar que todas as demais penas distintas da pena privativa de liberdade (reclusão, detenção ou prisão simples) são denominadas penas alternativas. Elas são menos invasivas porque basicamente não trabalham com a privação da liberdade dos indivíduos e a observação dos fenômenos da Criminologia nos informam que na maior parte dos casos a privação da liberdade do condenado é mais gravosa do que a aplicação das chamadas penas alternativas. ESPÉCIES As chamadas penas alternativas podem ser: a) Penas restritivas de direitos; b) Penas de multa. Nesta apostila vamos começar tratando das penas restritivas de direitos e na sequência vamos tratar das penas de multa.

6 PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS PREVISÃO LEGAL Todas as penas restritivas de direitos estão previstas no Artigo 43, do Código Penal. "Art. 43, CP. As penas restritivas de direitos são: I - prestação pecuniária; II - perda de bens e valores; III - (vetado) IV - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; V - interdição temporária de direitos; VI - limitação de final de semana." É muito importante que você leia agora este artigo no seu VADEMECUM e faça as marcações necessárias segundo a nossa técnica de fixação de conteúdo. ESPÉCIES Se analisarmos o Artigo 43 do Código Penal iremos verificar que basicamente são 06 (seis) as penas restritivas de direitos previstas em nosso ordenamento jurídico. São elas: a) Prestação Pecuniária (Artigo 45, 1º, CP); b) Prestação Inonimada (Artigo 45, 2º, CP); c) Perda de bens e valores (Artigo 45, 3º, CP); d) Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas (Artigo 46, CP); e) Interdições temporárias de direitos (Artigo 47, CP);

7 f) Limitação de final de semana (Artigo 48, CP). Antes de analisarmos cada uma destas espécies de penas, iremos falar das características gerais das penas restritivas de direitos. CARACTERÍSTICAS Basicamente as penas restritivas de direitos possuem três características: Autonomia, Substitutividade e Conversibilidade em Prisão. Vamos analisar cada uma destas características: a) AUTONOMIA: As penas restritivas de direitos são autônomas, ou seja, existem por conta própria, segundo o que dispõe o Artigo 44, do Código Penal. b) SUBSTITUTIVIDADE: Além de serem autônomas, as penas restritivas de direitos não são previstas expressamente no tipo penal. Pode observar! Os tipos penais incriminadores (crimes previstos no Código Penal) em regra não trazem expressamente em seus textos a previsão de aplicação de penas restritivas de direitos. Os tipos penais brasileiros apenas preveem penas privativas de liberdade (e/ou multa, conforme o caso). Em razão disso o juiz, no momento da condenação, deve aplicar uma pena privativa de liberdade (prevista expressamente no tipo penal, lembre-se) e, se estiverem presentes os requisitos legais, poderá substituir essa pena privativa de liberdade por uma das penas restritivas de direitos que vimos no Artigo 44, do Código Penal. EXCECÕES AO PRINCÍPIO DA SUBSTUTIVIDADE Observe que existem algumas exceções ao princípio da substutividade que estão previstas nas leis penais especiais.

8 Um exemplo interessante é o dos Artigos 302 e 303, do CTB, que, além de estipularem pena restritiva de liberdade (detenção) também preveem no próprio tipo penal a aplicação de pena restritiva de direitos consistente na suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Outro exemplo está no Artigo 28 da Lei /06 (Lei de Drogas), que prevê apenas pena restritiva de direitos para o usuário de entorpecentes, que consistirá em advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. c) CONVERSIBILIDADE EM PRISÃO: Esta é uma característica bastante importante das penas restritivas de direitos. Segundo ela, se durante a aplicação da pena restritiva de direitos houver por parte do condenado descumprimento da pena alternativa aplicada, deverá haver a conversão dessa (pena restritiva de direitos) em pena privativa de liberdade. O mesmo acontece ao condenado a uma pena restritiva de direitos quando este está cumprindo a sua pena e sobrevém uma outra condenação a pena privativa de liberdade em razão da prática de outro crime. Neste caso o juiz poderá ou não converter a pena em privativa de liberdade, devendo obrigatoriamente convertê-la se não for possível o cumprimento da prisão simultaneamente à pena restritiva de direitos. EXEMPLO PARA ENTENDER Para entender esta hipótese, imagine que João foi condenado no processo "A" pela prática de um crime qualquer e nele foi beneficiado pela substituição da pena privativa de liberdade (prevista no tipo penal) por uma pena restritiva de direitos. Ele está cumprindo "alegremente" esta condenação (claro, pois não está preso) quando é condenado no processo "B" (veja, outro processo) pela prática de um outro crime. Ocorre que nesta segunda condenação não há a possibilidade de cumprimento de pena restritiva de direitos, mas sim apenas pena privativa de liberdade. Neste caso você não concorda que fica inviável para João continuar a cumprir a primeira condenação através de pena restritiva de direitos? Tudo isso porque ele vai ter que ser preso para cumprir a pena privativa de liberdade referente à segunda condenação.

9 Entendeu? A Lei de Execuções Penais também traz uma outra hipótese de conversão. É aquela prevista em seu Artigo 181, LEP, que dispõe que se durante a execução da pena restritiva de direitos o apenado praticar falta grave 1, deverá haver a conversão de sua condenação a uma pena privativa de liberdade. É óbvio que quando ocorrer a conversão terá o preso direito à detração penal (desconto da pena) referente ao tempo em que cumpriu a pena restritiva de direitos. Entretanto, há uma exceção. EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA CONVERSIBILIDADE EM PRISÃO Se a conversão for motivada pelo descumprimento da pena restritiva de direitos e faltar menos de 30 dias para cumprimento de pena, deverá o condenado, ao passar a cumprir a pena privativa de liberdade, cumprir pena de no mínimo 30 dias. Assim sendo, se o condenado a pena restritiva de direitos deixar de cumprir a sua pena de forma injustificada durante a última semana de sua pena, havendo a conversão deverá permanecer preso pelo prazo de 30 dias, independentemente do fato de restar apenas uma semana para cumprimento de sua pena. EXEMPLO PARA ENTENDER Imagine o caso do João está cumprindo pena restritiva de direitos consistente em prestação de serviços à comunidade pela prática do crime de furto e deixa de comparecer ao trabalho "voluntário" durante a última semana de pena. Ele não deixou de ir trabalhar porque estava doente, mas sim porque estava cansado de prestar serviços no posto de saúde! Pronto! Praticou falta grave que possibilita a conversão de sua pena restritiva de direitos em uma pena privativa de liberdade. Neste caso será expedido mandado de prisão contra João e ele vai preso. Está tranquilão, pois acha que vai ficar somente uma semana preso (tempo que faltava para cumprir a sua pena restritiva de direitos). Ledo engano, João! 1 As faltas graves estão previstas no Artigo 51, da Lei de Execuções Penais.

10 Neste caso João vai ficar no mínimo 30 dias preso!! ATENÇÃO No caso do Art. 28 da Lei /06 (Lei de Drogas), o descumprimento do apenado à pena restritiva de direitos não poderá levar à sua conversão para pena privativa de liberdade, sendo apenas aplicável a pena de multa. DURAÇÃO E qual a duração das penas restritivas de direitos? As penas restritivas de direitos possuem a mesma duração das penas privativas de liberdade. Assim sendo, se alguém for condenado a uma pena privativa de liberdade de oito meses, deverá a sua pena restritiva de direitos perdurar pelos mesmos oito meses. REQUISITOS PARA SUBSTITUIÇÃO Nem todas as penas privativas de liberdade podem ser convertidas em restritivas de direitos!! Para que a substituição seja possível, são necessários o preenchimento de alguns requisitos, os quais dependerão do tipo de crime cometido. Se a condenação for por crime culposo o juiz poderá substituir a pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos se preenchidos os seguintes requisitos: REQUISITOS PARA SUBSTITUIÇÃO NOS CRIMES CULPOSO: a) Culpabilidade do agente; b) Antecedentes do agente; c) Conduta social do agente;

11 d) Personalidade do agente; e) Motivos do crime e circunstâncias do fato indicarem ser a medida suficiente. ATENÇÃO No caso dos crimes culposos a reincidência não constitui motivo para não aplicação do benefício, salvo se em razão dela convencer-se o juiz que a medida não é suficiente em razão da conduta social ou personalidade do apenado. Já nos crimes dolosos outros requisitos deverão ser preenchidos: REQUISITOS PARA SUBSTITUIÇÃO NOS CRIMES DOLOSOS: a) A pena imposta não poderá ser maior do que 04 (quatro) anos: para este cálculo deve ser levado em conta o quantum total da pena (mesmo se tratando de crimes continuados, com concurso material ou concurso formal); b) O crime não pode ter sido praticado com violência real ou grave ameaça contra a pessoa: observe que a violência que impede a concessão do benefício é apenas a real, razão pela qual o autor de crime de estupro de vulnerável pode ser beneficiado com a substituição; EXCEÇÃO Entretanto, os crimes de lesão corporal dolosa leve e ameaça, em que pese serem praticados mediante violência real ou grave ameaça, por estarem inseridos no âmbito da aplicação da Lei 9.099/95, admitem a substituição, conforme consta do Artigo 69, da Lei 9099/95. c) Não seja o réu reincidente em crime doloso: a reincidência ocorrer quando o agente pratica novo crime depois de ter sido condenado (com trânsito em julgado, seja no Brasil ou no Exterior), por outro crime. EXCEÇÃO Entretanto, de forma excepcional, o juiz poderá ainda assim substituir a pena mesmo a condenado reincidente desde que: i) Seja a medida socialmente recomendável;

12 ii) Não tenha a reincidência operado em razão da prática do mesmo tipo penal, ainda que a classificação jurídica não seja a mesma (Furto Simples X Furto Consumado) d) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como se os motivos e as circunstâncias indicarem que esta substituição seja suficiente: estes requisitos possuem caráter muito subjetivo e são os mesmos que são levados em conta pelo juiz no momento da dosimetria da pena (Artigo 59, caput, do Código Penal); É POSSÍVEL A SUBSTITUIÇÃO NOS CRIMES HEDIONDOS (Lei 8072/90)? Grande parte da doutrina compartilha o entendimento de que a prática de crimes hediondos não é compatível com a substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos. Neste sentido, temos que o Art. 2º da Lei 8072/90 impõe que o regime inicial de pena nos crimes hediondos será o fechado. No mesmo sentido é o Art. 44 da Lei /2006 (Lei de Drogas), que veda a conversão da pena privativa de liberdade em pena restritiva de direitos. Entretanto, este entendimento não é pacífico, pois muito autores defendem a possibilidade de substituição da pena inclusive para a prática de crimes hediondos, desde que, é claro, sejam respeitados os requisitos impostos para crimes dolosos. Com relação aos crimes previstos na Lei de Drogas, o Supremo Tribunal Federal já se manifestou pela inconstitucionalidade da vedação de substituição de pena (da pena privativa de liberdade para a pena restritiva de direitos) sob o argumento deste entendimento ferir o princípio constitucional da individualização da pena. Inicialmente esta decisão tinha efeito inter partes, mas com a edição da Resolução n.º 05/2012, do Senado Federal (nos termos do Artigo 52, inciso X, da Constituição Federal), passou a ter efeitos erga omnes.

13 QUANTIDADE DE PENAS ALTERNATIVAS A SEREM SUBSTITUÍDAS A quantidade de penas alternativas a serem substituídas pela pena privativa de liberdade será disciplinada pelo Artigo 44, 2º, do Código Penal: TABELA DE QUANTIDADE DE PENAS RESTRITIVAS A SEREM SUBSTITUÍDAS Pena Privativa de Liberdade igual ou menor a um ano Aplicação de APENAS uma pena restritiva de direitos OU APENAS a pena de multa. Pena Privativa de Liberdade maior a um ano Aplicação de duas penas restritivas de direitos OU uma pena restritiva de direitos + multa. DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS EM ESPÉCIE 1) PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA - É prevista no Artigo 45, 1º, do Código Penal e consiste no pagamento de determinada quantia em dinheiro à vítima ou a seus dependentes, ou ainda à entidade pública ou privada de destinação social. Este valor de pagamento varia entre um e 360 salários mínimos. E qual a natureza desta prestação pecuniária? NATUREZA JURÍDICA DA PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA Se for paga à vítima ou a seus dependentes Caráter Indenizatório Se for paga a entidade pública ou privada de destinação social Caráter Beneficente

14 Importante lembrar que o valor pago a título de prestação pecuniária deverá ser abatido de eventual indenização cível, desde que, é claro, sejam mesmos os beneficiários. E a quais critérios deve o juiz se ater para fixar o valor da prestação pecuniária? CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO DO VALOR DA PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA 1) O quantum do prejuízo causado à vítima 2) A situação econômica do réu 3) A culpabilidade do agente ATENÇÃO!! A prestação pecuniária não é aplicável nos crimes da Lei Maria da Penha, por expressa previsão legal. Segundo o Artigo 386, inciso IV, do Código de Processo Penal, o juiz, no momento de proferir a sentença penal condenatória, deverá fixar, independentemente da conversão da pena privativa de liberdade na pena de prestação pecuniária, o valor mínimo para reparação dos danos sofridos pela vítima. Este valor não deverá ser necessariamente igual ao valor da pena pecuniária (se esta for cabível). 2) PRESTAÇÃO INOMINADA - É prevista no Artigo 45, 2º, do Código Penal. Trata-se, na verdade, de uma derivação da pena de prestação pecuniária. Neste caso, desde que haja concordância do beneficiário (lembre-se, a vítima, seus dependentes ou instituição de caridade), o juiz poderá substituir a pena de prestação pecuniária por prestação de outra natureza, como, por exemplo, pagamento de cesta básica, prestação de serviços de mão de obra, reposição de árvores etc. ATENÇÃO!! Assim como ocorre na pena de prestação pecuniária, a prestação inonimada também não pode ser aplicada nos crimes da Lei Maria da Penha. 3) PERDA DE BENS E VALORES - É prevista no Artigo 45, 3º, do Código Penal e consiste na perda de bens e valores pertencentes ao condenado em favor do FUNPEN (Fundo Penitenciário Nacional).

15 A Lei de Drogas (11.343/06) prevê esta modalidade de pena restritiva de direitos, porém impõe que a perda de bens e valores ocorrerá em favor do FUNAD (Fundo Nacional Antidrogas). Como o juiz determina a quantidade de bens e valores a serem perdidos? Para aferir o quantum dessa pena o juiz deverá se ater a dois critérios: CRITÉRIOS DE AFERIÇÃO DO QUANTUM DA PENA 1) O prejuízo causado como consequência da prática do delito 2) O quantum do proveito obtido pelo condenado ou por terceiro como consequência da prática do crime ATENÇÃO!! Não devemos confundir a pena restritiva de direitos denominada perda de bens e valores com os efeitos secundários da condenação consistentes no confisco de bens obtidos de maneira ilícita que é prevista no Artigo 91, inciso I, do Código Penal. DIFERENÇA ENTRE A PENA DE PERDA DE BENS E VALORES E O CONFISCO PREVISTO NO ARTIGO 91, DO CÓDIGO PENAL PERDA DE BENS E VALORES (Art. 45, 3º, CP) CONFISCO (art. 91, CP) Natureza Destinatário Pena FUNPEN / FUNAD Efeito secundário da condenação União

16 Origem dos bens Bens de origem lícita Bens de origem ilícita ATENÇÃO Conforme já mencionamos, o não pagamento injustificado das penas restrititas de direitos de prestação pecuniária OU perda de bens ou valores pode ocasionar as suas conversões em penas privativas de liberdade, conforme dispõe o Artigo 44, 4º, do Código Penal. 4) PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE OU À ENTIDADES PÚBLICAS - É prevista no Artigo 46, do Código Penal e Consiste na atribuição ao condenado de atividades voluntárias a serem exercidas em entidades privadas ou públicas. A pena de prestação de serviços à comunidade ou à entidade pública apenas poderá ser aplicada a condenações superiores a seis meses. Como se calcula o quantum da pena de prestação de serviços? Cada dia de pena corresponde a uma hora de prestação de serviços, nos moldes do que dispõe o Artigo 46, 3º, do Código Penal. Esta tarefa de conversão incumbe-se ao juiz da execução penal, que também ficará responsável pela fiscalização do cumprimento da pena, nos moldes do que determina o Artigo 149, inciso II, da Lei de Execução Penal (LEP). Apesar disso, o condenado pode, desde que não comprometa sua jornada de trabalho, cumprir a pena de prestação de serviços em tempo menor do que a estabelecida para a pena privativa de liberdade. EXEMPLO PARA ENTENDER Para visualizar melhor esta possibilidade, imagine um condenado a pena de dois anos de prisão que teve sua pena convertida nos moldes do Artigo 46, do Código Penal a 730 horas de prestação de serviços à comunidade (lembre-se - para cada dia de pena deverá ser imposta uma hora de trabalho comunitário). Basicamente o condenado deverá trabalhar uma hora por dia durante o período de dois anos para cumprimento de sua pena. Entretanto, se o condenado preferir (e puder, é claro), cumprir duas horas diárias de serviços comunitários (ao invés de apenas uma), é possível que cumpra as 730 horas impostas em período inferior a 02 anos (que era o tempo da pena privativa de liberdade).

17 Nestes casos isso é plenamente possível! 5) INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS - É prevista no Artigo 47, do Código Penal e consiste na proibição de exercício ao condenado de alguns direitos durante determinado prazo (o mesmo da pena privativa de liberdade originária). São espécies de interdições: ESPÉCIES DE INTERDIÇÕES TEMPORÁRIAS DE DIREITOS I) Proibição de exercício de cargo, função pública ou mandado eletivo. Esta espécie de pena é de comum aplicação, nos moldes do Artigo 56, do Código Penal, nos crimes cometidos no exercício de profissão, ofício, cargo ou função. No que tange à proibição de exercício de mandado eletivo, a própria Constituição Federal, em seu Artigo 15, inciso III, dispõe que a condenação criminal (independentemente da modalidade) acarreta a suspensão dos direitos políticos, razão pela qual esta disposição do Código Penal é irrelevante. II) Proibição do exercício de atividade, profissão ou ofício que dependa de licença especial ou autorização do Poder Público. É aplicável aos médicos, advogados, dentistas, despachantes etc. Somente pode ser aplicada se tiver havido por parte do condenado violação aos deveres inerentes a sua profissão, dada a pertinência. III) Suspensão da autorização ou habilitação para dirigir veículos automotores: este dispositivo foi tacitamente derrogado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que trata especificadamente desta pena para os crimes de homicídio culposo e lesão corporal culposa na condução de veículo automotor. IV) Proibição de frequentar determinados lugares. V) Proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame público: Em que pese ser uma pena genérica, a doutrina majoritária defende a sua aplicação nos casos de crimes praticados contra certames públicos (Artigo 311-A, do Código Penal). Terá a duração imposta para a pena privativa de liberdade antes da conversão em pena restritiva de direitos.

18 6) LIMITAÇÃO DE FINAL DE SEMANA - É prevista no Artigo 48, do Código Penal e consiste na obrigação do condenado de se recolher aos finais de semana, pelo período de cinco horas diárias, em Casa de Albergado ou estabelecimento similar, a fim de frequentar palestras ou cursos que promovam a sua reabilitação. Esta pena restritiva de direitos, como todas as demais, terá a mesma duração da pena privativa de liberdade originária.

19 A PENA DE MULTA A pena de multa, como vimos, é modalidade de pena alternativa prevista em nosso ordenamento jurídico e pode ser aplicada em substituição a uma pena privativa de liberdade. ESPÉCIES DE PENAS DE MULTA Existem dois tipos de penas de multa previstos no Código Penal. 1) Pena de multa cominada diretamente no tipo penal; ESPÉCIES DE MULTAS 2) Pena de multa substitutiva (sistema vicariante) que é imposta em substituição a uma pena privativa de liberdade (Artigo 44, 2º, do Código Penal). A pena de multa substitutiva pode ser aplicada de duas formas distintas, conforme consta na tabela abaixo: FORMAS DE APLICAÇÃO DA PENA DE MULTA SUBSTITUTIVA 1) Isoladamente quando a pena privativa de liberdade não ultrapassar um ano. 2) Cumulativamente quando a pena privativa de liberdade for maior do que um ano, mas menor do que quatro anos. Da leitura desta tabela extraímos que nos processos criminais cuja condenação a uma pena privativa de liberdade for de até um ano, poderá o juiz substituí-la integralmente pela pena de multa. Ademais, temos que nos processos criminais cuja condenação a uma pena privativa de liberdade for maior do que um ano, mas menor do que quatro, deverá a pena de multa ser aplicada cumulativamente com uma pena restritiva de direitos. ATENÇÃO!! Os crimes previstos na Lei Maria da Penha não admitem a substituição da pena privativa de liberdade apenas por pena de multa.

20 DESTINO DOS VALORES Os valores arrecadados com o pagamento da multa são destinados ao Fundo Penitenciário Nacional - FUNPEN. O FUNPEN foi criado pela Lei Complementar n.º 79/1994 e recebe os valores arrecadados com as penas de multa transitadas em julgado de origem Federal ou Estadual. Entretanto, os Estados da Federação, por força do Artigo 24, inciso I, da Constituição Federal, podem instituir seus próprios fundos penitenciários. No Estado de São Paulo, por exemplo, existe o Fundo Penitenciário Estadual, criado a partir da Lei Estadual 9171/95.

21 A PENA DE MULTA COMUM A pena de multa comum é aquela prevista expressamente no tipo penal incriminador, ou seja, deve ela respeitar os princípios da anterioridade e da reserva legal. PREVISÃO LEGAL A pena de multa comum é prevista no Artigo 49, do Código Penal. CÁLCULO Observe que os tipos penais, quando prescrevem a pena de multa (preceito secundário), deixam de indicar o seu valor, o qual deverá ser calculado segundo o critério do dia-multa. Ressalte-se, entretanto, que a pena de multa pode ter modelo de cálculo diferenciado segundo os critérios de eventuais Leis Penais Especiais (exemplo - Artigo 99, da Lei 8666/93). COMO CALCULAR A MULTA? A fixação do quantum da multa obedecerá um sistema bifásico: 1) Inicialmente o magistrado estabelece o número de dias-multa, que pode variar entre 10 e 360 dias (conforme Artigo 49, do Código Penal). E como o juiz calcula esse número de dias-multa? Para chegar ao número de dias-multa o juiz deve considerar as circunstâncias judiciais do Artigo 59, do Código Penal, bem como a existência ou não de eventuais agravantes, atenuantes ou causas de aumento de pena. 2) Posteriormente ao estabelecimento do número de dias-multa, o juiz deve atribuir um valor para cada dia-multa fixado, cuja quantidade poderá variar de 1/30 ao

22 quíntuplo do valor do salário-mínimo vigente no dia da conduta (conforme Artigo 49, 1º, do Código Penal). E como o juiz calcula este valor para cada dia-multa? Ele deve fazer uso do critério do Artigo 60, caput, do Código Penal, ou seja, deve levar em consideração a situação econômica do réu. E SE O VALOR FIXADO FOR IRRISÓRIO PARA O CONDENADO? Nestes casos o magistrado poderá aumentá-lo em até três vezes, nos moldes do que dispõe o Artigo 60, 1º, do Código Penal. Se tratar-se de crime contra o Sistema Financeiro Nacional (Lei n.º 7492/86), Crime contra a propriedade industrial ou crimes da Lei de Drogas (Lei n.º /06), o valor da pena de multa pode ser aumentado até o décuplo. PODE O CONDENADO PAGAR VOLUNTARIAMENTE A MULTA? Sim, o condenado pode pagar voluntariamente a pena de multa, depois desta transitar em julgado, no prazo máximo de 10 (dez) dias. É o que dispõe o Artigo 50, caput, do Código Penal. É PERMITIDO PARCELAMENTO DA PENA DE MULTA? Sim, é perfeitamente possível o parcelamento da pena de multa. O pedido de parcelamento deve ser feito pelo condenado antes do vencimento do prazo de 10 dias para o pagamento voluntário (Artigo 169, da Lei de Execuções Penais) e a decisão a respeito da possibilidade ou não do benefício fica a cargo do Juiz da Execução Penal. Todo o regramento atinente ao parcelamento da pena de multa é dado pelo Artigo 169, da Lei de Execuções Penais. HÁ SITUAÇÕES DE INAPLICABILIDADE DO SISTEMA DE DIAS-MULTA?

23 O sistema de aplicação da pena de dias-multa previsto no Código Penal aplica-se a todas as demais leis especiais, desde que não haja previsão em sentido contrário, como é o caso da Lei de Drogas, que possui patamar de dias-multa bem mais elevado. EXCEÇÃO À FORMULA DE QUANTIFICAÇÃO DA PENA DE MULTA É a hipótese do Crime de abandono material previsto no Artigo 244, do Código Penal, que tem sistemática de aplicação da pena de multa diferenciada, pois neste caso a pena de multa será fixada de uma a dez vezes o valor do salário mínimo vigente no país. HÁ INCONSTITUCIONALIDADE NO SISTEMA DE DIAS-MULTA? Não há que se falar em inconstitucionalidade do sistema de dias-multa adotado pelo Código Penal em face do contido no Artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal, que veda a vinculação de qualquer índice ao salário-mínimo, pois este preceito constitucional objetiva impedir que o salário mínimo seja parâmetro de indexação econômica e impede que os preços em geral subam vinculadamente aos preços do salário-mínimo. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO MONETÁRIA PARA A PENA DE MULTA A SÚMULA 43 do STJ impõe que a pena de multa, após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, tem natureza de dívida de valor (Artigo 51, do Código Penal), razão sob o qual sob ela deve incidir a correção monetária desde a data do fato criminoso. CORRE PRESCRIÇÃO DA DÍVIDA ORIUNDA DA PENA DE MULTA? SIM! Aplica-se o prazo do Artigo 144 do Código Tributário Nacional. Assim sendo, a pena de multa prescreve em cinco anos. COMO É FEITA A COBRANÇA DA PENA DE MULTA? Após o trânsito em julgado o condenado é notificado pelo Juízo Criminal para pagar a multa no prazo de dez dias, sendo permitida a cobrança em folha de pagamento e o parcelamento do valor devido (Artigo 50, do Código Penal). INADIMPLEMENTO NO PAGAMENTO

24 Em caso de não pagamento voluntário da pena de multa no prazo estipulado de dez dias, sob ameaça de penhora de bens, será feita a execução pela Procuradoria da Fazenda Nacional (ou Estadual, conforme o caso) perante o Juízo das execuções fiscais. Esta competência para execução da pena de multa não é pacífica na doutrina e na jurisprudência, mas revela o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Observe-se, portanto, que nosso entendimento é o de que a execução não é feita pelo Ministério Público e não tramita na Vara das Execuções Penais. PRINCÍPIO DA PESSOALIDADE DA PENA DE MULTA Em que pese ser a pena de multa considerada dívida de valor, ela não perde sua característica de sanção criminal, razão pela qual não pode ser cobrada dos herdeiros do condenado. Por esse motivo, se o condenado falecer durante a execução da pena de multa ocorrerá a consequente extinção de sua punibilidade, nos termos do Artigo 107, inciso I, do Código Penal. SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL Se durante a execução da pena de multa, nos termos do Artigo 52, do Código Penal, sobrevier ao condenado doença mental, a cobrança ficará suspensa. Entretanto, importante consignar que o prazo prescricional, neste caso, continuar a fluir normalmente. CUMULAÇÃO DE MULTAS Em alguns casos é possível que o tipo penal preveja uma pena privativa de liberdade cumulada com uma pena de multa. Nestes casos o juiz poderá substituir a pena privativa de liberdade por uma pena de multa substitutiva, e aplicar ainda a segunda pena de multa prevista originariamente no tipo penal. Esta prática não é valida, entretanto, na Lei de Drogas. Além disso, a jurisprudência compartilha o entendimento de que uma pena de multa absorve a outra, razão pela qual deverá ser efetivamente aplicada apenas uma pena de multa.

25 A PENA DE MULTA VICARIANTE PREVISÃO LEGAL Como informamos, a pena de multa vicariante nada mais é do que a pena de multa substitutiva, que tem previsão nos Artigos 44, 2º e 60, 2º, do Código Penal. HIPÓTESES DE APLICAÇÃO Esse é um tema bastante controvertido na doutrina, eis o aparente conflito existente entre as penas de multa vicariantes dos Artigos 60 e 44, do Código Penal. Neste sentido, boa parte da doutrina defende a prevalência das regras do Artigo 44, do Código Penal (critérios mais rígidos de conversão) sobre as regras do Artigo 60, do Código Penal. Tudo isso porque o Artigo 44, do Código Penal é mais novo do que o Artigo 60, do Código Penal. Entretanto, não compartilhamos deste entendimento e nos filiamos à doutrina que defende a perfeita compatibilização entre ambos os institutos de aplicação da pena de multa substitutiva. Com efeito, observamos que são duas as hipóteses de aplicação da pena de multa substitutiva: MULTA VICARIANTE MAIS RÍGIDA (Art. 60, CP) MULTA VICARIANTE MENOS RÍGIDA (Art. 44, CP) 1) Admitida apenas para as penas de prisão de até 06 meses 2) Para sua aplicação não deve haver reincidência em crime doloso, salvo se a medida for socialmente recomendável e a 1) Admitida apenas para as penas de prisão de até 01 ano 2) Para sua aplicação não deve haver reincidência em crime doloso, salvo se a medida for socialmente recomendável e a recidiva não se der no mesmo tipo penal

26 recidiva não se der no mesmo tipo penal 3) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade, os motivos e as circunstâncias do crime devem indicar que a medida é suficiente 3) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade, os motivos e as circunstâncias do crime devem indicar que a medida é suficiente 4) Crime cometido COM violência ou grave ameaça contra a pessoa 4) Crime cometido SEM violência ou grave ameaça contra a pessoa A conclusão lógica que extraímos é a seguinte: 1) Se o crime for praticado com violência ou grave ameaça somente poderá haver a substituição da pena privativa de liberdade pela pena de multa vicariante se a condenação não for superior a 06 meses. Neste caso o condenado também não pode ser, em regra, reincidente na prática de outro crime doloso e as circunstâncias judiciais recomendem a medida; 2) Se o crime for praticado SEM violência ou grave ameaça os critérios de aplicação da pena de multa substitutiva são mais flexíveis, pois possibilita-se a substituição se a condenação for de até um ano de prisão. Neste caso o condenado também não pode ser, em regra, reincidente na prática de outro crime doloso e as circunstâncias judiciais recomendem a medida; SISTEMA DO DIA-MULTA O Código Penal adotou para aplicação da pena de multa o sistema do dia-multa, que consiste primeiramente na fixação pelo magistrado de um número de dias-multa que variará de 10 a 360 dias (conforme Artigo 49, do Código Penal) e num segundo momento na atribuição de um valor a cada dia-multa fixado, cuja quantidade poderá variar de 1/30 ao quíntuplo do valor do salário-mínimo vigente no dia da conduta (conforme Artigo 49, 1º, do Código Penal). E SE O VALOR FIXADO FOR IRRISÓRIO PARA O CONDENADO?

27 Nestes casos o magistrado poderá aumentá-lo em até três vezes, nos moldes do que dispõe o Artigo 60, 1º, do Código Penal. CRITÉRIO PARA FIXAÇÃO DA QUANTIDADE DE DIAS- MULTA Para fixação do número de dias-multa o juiz deverá levar em consideração as circunstâncias judiciais previstas no Artigo 59, caput, do Código Penal (culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, motivos, circunstâncias e consequências do crime e o comportamento da vítima). BIBLIOGRAFIA BITENCOURT, Cezar Roberto. TRATADO DE DIREITO PENAL : parte geral ed. rev., ampl. e atual. - São Paulo : Saraiva, MASSON, Cleber. DIREITO PENAL ESQUEMATIZADO - Parte Geral - vo. 1-7ª ed. rev., atual e ampl. - São Paulo: Método, ESTEFAM, André. DIREITO PENAL, volume 1 : parte geral (arts. 1º a 120) - 4. ed. - São Paulo : Saraiva, CONCLUSÃO Espero que esta apostila tenha te ajudado nos seus estudos!! Usem-na à vontade! Podem compartilhar com os amigos, desde que indiquem a respectiva fonte (). É um prazer enorme poder ajudar na sua aprovação e na realização dos seus sonhos! Críticas, dúvidas, elogios e sugestões são sempre muito bem vindos! Basta acessar nosso portal na internet e clicar em "FALE COM O PROFESSOR". Contem sempre comigo!

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