Emergência Psiquiátrica. Prof. João Gregório Neto
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- Vergílio Alcântara Tomé
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1 Emergência Psiquiátrica Prof. João Gregório Neto
2 Emergência psiquiátrica Conceito Qualquer situação de natureza psiquiátrica em que existe um risco significativo (de morte ou injuria grave) para o paciente ou para outros, necessitando de uma intervenção terapêutica imediata.
3 Avaliação do paciente durante a consulta Utilize seus sentidos: - Visão - Audição - Tato - Olfato Entrevista focada na queixa principal e no motivo da procura ao atendimento.
4 Objetivos de um atendimento: Estabilização do quadro: estabilizar sintoma alvo a ser abordado, geralmente após o controle do sintoma, outros objetivos do atendimento podem ser atendidos. Estabelecimento de uma hipótese diagnóstica. Exclusão de uma causa orgânica.
5 Pacientes Psicóticos Situações Especiais Prejuízo grosseiro no contato com a realidade, manifestado por uma percepção inadequada e persistente do mundo externo (alucinações e delírios), ausência de juízo critico e/ou conduta desorganizada.
6 DADOS ANALISADOS PSICOSE ORGÂNICA PSICOSE FUNCIONAL Consciência Geralmente prejudicada Lúcida Atenção Concentração diminuída Variável Sensopercepção Alucinações visuais Geralmente auditivas Orientação Desorientação temporal Geralmente preservada Memória Prejudicada Geralmente mantida Inteligência Prejudicada Geralmente sem alteração significativa Exame físico, neurológico e laboratorial Comumente alterado Geralmente sem alteração Doença mental na família Geralmente ausente Geralmente presente Uso de medicação diversa Freqüente, podendo ser causa do quadro Uso prévio Inicio do quadro Súbito Insidioso Funções cerebrais superior Afasia, agnosia e apraxia preservada
7 Pacientes Agressivos/Agitados Conduta: Não enfrentem. Avaliem e coletem informações com familiares. Solicitem o auxílio da equipe.
8 Origem da agitação e/ou agressividade Quadros psicóticos Quadros de intoxicação exógena por substâncias psicoativas (álcool, drogas e outras) Quadros depressivos severos e/ou agudos ou quadros ansiosos Quadros pós comiciais Quadros metabólicos (diabético) Quadros neurológicos/neurocirúrgicos
9 Patologias orgânicas associadas a comportamento violento Patologias sistêmicas Metabólicas (Hipoglicemia) Endócrinas ( hipercortisolismo) Hipovitaminose ( anemia perniciosa) Infecciosas Exposição ambiental (inseticidas) Doenças reumáticas (lúpus eritematoso sistêmico) Patologias intracranianas Trauma (recentes ou passados) Infecções Neoplasias Defeitos anatômicos Malformações vasculares AVC Doenças Degenerativas Epilepsia ou Síndromes epileptiformes
10 Tratamento farmacológico para pacientes agitados, PSICÓTICOS: agressivos e psicóticos HALOPERIDOL (haldol) Mais segura droga à disposição, com baixo comprometimento das funções cardíacas e respiratórias. Efeito negativo: possível impregnação neuroléptica; medicamentos atenuantes destes sintomas colaterais (biperideno e prometazina). Em alguns casos pode ser associado à prometazina para efeito sedativo maior, ou evitar efeitos extra piramidais.
11 CLORPROMAZINA (amplictil) Maior poder de sedação do paciente. Maior risco de depressão respiratória e hipotensão ortostática. Uso com observação rigorosa do paciente. Risco aumentado quando usado por via endovenosa Muito usado em quadros onde a sedação é mais necessária; agitação psicomotora intensa com auto e hetero agressividade (quadros de origem psicótica).
12 DIAZEPAM BENZODIAZEPÍNICOS: Sem efeito prático nas emergências quando usado em forma oral ou IM. Também usado em crises convulsivas Pouca absorção IM.
13 MIDAZOLAM: Usado com indutor de sedação. Vantagens: início de ação quase imediato, tempo de ação curto, existência de antogonista (flumazenil).
14 Contenção Química Consciência Psicomotricidade Antipisicóticos Benzodiazepínicos
15 PACIENTE DEPRESSIVOS Comportamentos suicidas : Ideação suicida, tentativa de suicídio, desejo de morrer x desejo de chamar atenção, suicídio Fatores relevantes: Intenção, letalidade e conhecimentos sobre métodos. Fatores de risco: desesperança, história de tentativas história familiar anteriores,
16 PACIENTE ANSIOSO Ansiedade patológica Transtornos Somatoformes (queixas persistentes) Transtornos dissociativos (perda da função mental) Ataques de pânico Reação aguda ao estresse Quadros de ansiedade orgânica
17 Sintomas somáticos de ansiedade Musculoesqueléticos: aperto nos músculos, espasmos, dor lombar, cefaléia, fraqueza, tremores, hiperatividade, resposta reflexa exagerada. Cardiovasculares: palpitações, taquicardia, sensação de calor e frio, palidez, dor no peito. Gastrointestinais: boca seca, diarréia, sintomas dispépticos como bola que sobe e desce, náuseas e vômitos. Urinários: polaciúria. Relativos ao SNC: tontura, parestesias, cefaléia. Respiratórios: hiperventilação, taquipnéia aperto no peito Diversos: sudorese, mãos apertadas, agitação.
18 Pacientes ansiosos despertam impotência e irritação na equipe, porém é preciso lembrar que os sintomas são involuntários.
19 Tratamento para pacientes ansiosos - Tentativa de abordagem verbal. - Técnicas de relaxamento. - Benzodiazepínico oral, de preferência de curta ação.
20 Tratamento para usuários de álcool e outras drogas INTOXICAÇÃO POR ÁLCOOL: Se possível deixar em locais calmos e longe de estímulos. Observar: sinais de rebaixamento de consciência, sinais vitais, glicemia. Em casos de coma alcoólico, suporte clinico.
21 Tipos de intervenção no PS Contenção verbal Contenção mecânica Contenção química O paciente tem o direito de receber o tratamento menos restritivo e invasivo possível, apropriado a necessidades de segurança da equipe, suas e de terceiros.
22 Contenção mecânica A contenção mecânica é um método: reversível não altera o nível de consciência com menos efeitos colaterais do que o medicamentoso
23 Prevenir danos físicos a outros e ao próprio paciente. Paciente deve ser informado sobre o que está acontecendo. Deve ser contido em decúbito dorsal, mantendo posição de braços que possibilite acesso venoso
24 Contenção Química Último tipo de abordagem, sinal de falha de todas as anteriores. Vantagem: tranquilização rápida Desvantagem: risco de iatrogênia
25 Indicação para internação Ato suicida, risco de suicídio ou de autoagressão Risco de homicídio ou de heteroagressão Desorganização mental e/ou psicose produtiva com falta de cuidados mínimos e/ou agitação psicomotora e/ou exposição social. Exaustão familiar decorrente de doença mental
26 Perda da autonomia psíquica devido ao comportamento de busca e fissura por por substâncias psicoativas Sofrimento mental intenso com solicitação de hospitalização do paciente ou por falta de suporte familiar Risco de provocar iatrogenia ou exames/ procedimentos invasivos desnecessários.
27 NÃO É A DOENÇA QUE DETERMINA A INDICAÇÃO DA INTERNAÇÃO E SIM O TIPO DE ALTERAÇÃO PSÍQUICA A QUE O PACIENTE ESTA SUBMETIDO EM VIRTUDE DELA.
28 Tipos de Internação
29 VOLUNTÁRIA É caracterizada pelo consentimento do paciente em ser internado, porém sendo necessário a assinatura de um termo no ato da admissão.
30 INVOLUNTÁRIA Aquela sem o consentimento do usuário e a pedido de um terceiro, devendo no prazo de 72 horas, ser comunicada ao Mistério Público, esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta. O término da internação poderá ocorrer por solicitação escrita do familiar ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo psiquiatra responsável pelo tratamento.
31 As normas legais brasileiras mais recentes (lei federal n 10216/01, portaria MS/GM n 2391/02 e as diversas leis estaduais sobre reforma da atenção psiquiátrica) infelizmente não especificam quais os riscos que devem ser considerados pelo médico ao determinar uma internação involuntária.
32 CRITÉRIOS PARA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA Critério A Critério B Doença mental, Exceto transtorno de personalidade anti-social. Risco de auto agressão Risco de Heteroagressão Risco de agressão a ordem pública Risco de exposição social Incapacidade grave de auto cuidados.
33 COMPULSÓRIA Aquela determinada pela justiça, sempre levadas em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e dos funcionários.
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