Direito Marítimo (específico para concursos realizados pela Petrobras)
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- Aurélio Balsemão Dinis
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1 Um novo conceito em preparação para concursos! Direito Marítimo (específico para concursos realizados pela Petrobras) Trabalho atualizado em julho de 2016.
2 Sumário Tribunal Marítimo...1 Registro da Propriedade Marítima...15 Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por embarcações ou por sua carga...21 Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar...22 Poluição em águas sob jurisdição nacional (Lei 9.966, de 28 de abril de 2000)...29 Sanções à poluição em águas sob jurisdição nacional (Decreto 4.136/2002)...40 Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional...51 Lei dos Portos (Lei , de 5 de junho de 2013)...56 Conhecimento de Embarque (Bill of Landing)...76 Afretamento...78 Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios - MARPOL 73/ Agenciamento Marítimo...84 Salvatagem...85 Seguro de Crédito à Exportação...87 Transporte marítimo de cargas e CDC...90 Transporte Multimodal de Cargas (demurrage ou sobreestadia)...91 Lei / ANTAQ...94 Lei 9.432/97 - Ordenação do transporte aquaviário...97 Lei 9.537/97 - Segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional...99
3 Direito Marítimo Expressões úteis Bombordo = Lado esquerdo de quem está na embarcação olhando na direção popa - proa (olhando para a frente) Popa = traseira Proa (vante) - frente (direção da proa) Estibordo = Lado direito de quem está na embarcação olhando no sentido popa proa (olhando para a frente) Adernar = tombar para um dos lados (bombordo ou estibordo) Emborcar = Ficar de cabeça para baixo Obras mortas = estruturas do convés Obras vivas = parte inferior do casco, submersas
4 Tribunal Marítimo (Lei 2.180, de 5/2/1954) ATUAÇÃO Com jurisdição em todo o território nacional, é órgão autônomo, auxiliar do Poder Judiciário, vinculado ao Ministério da Marinha no que se refere ao provimento de pessoal militar e de recursos orçamentários para pessoal e material destinados ao seu funcionamento e tem como atribuições julgar os acidentes e fatos da navegação marítima, fluvial e lacustre e as questões relacionadas com tal atividade, especificadas na Lei. Tinha, originalmente, o nome de Tribunal Marítimo Administrativo, vinculado à Marinha Mercante. Não tem qualquer vínculo com o Poder Judiciário e não é seu órgão auxiliar atualmente. De acordo com o STF e o STJ: MS 17346: Tribunal Marítimo. Natureza jurídica dos seus integrantes. Membros de um órgão independente, com caráter administrativo, autônomo, não contencioso, não integrante do Poder Judiciário. Por isso não tem as mesmas garantias constitucionais do Poder Judiciário. AI 62811: Legitimidade da utilização da prova, das conclusões técnicas e da decisão do Tribunal Marítimo administrativo no julgamento da ação pelo Tribunal Federal de Recursos. Tendência do estado moderno de atribuir o exercício de funções quase-jurisdicionais a órgãos da administração, aliviando os órgãos do Poder Judiciário do exame de matérias puramente técnicas. RE 25193:... O pronunciamento do Tribunal Marítimo vale, perante o Poder Judiciário, não como decisão mas como laudo, ao qual será dado o valor que merecer. Aplicação da lei, em face da prova. Recurso extraordinário sem cabimento. RE 76891: Tribunal Marítimo. O valor incidentemente fixado por ele no processo administrativo é meramente informativo, inobstante que no procedimento judicial outro venha a ser aceito. Exegese do art. 18 da Lei 2.180/54. REsp 38082: As decisões do Tribunal Marítimo podem ser revistas pelo Poder Judiciário; quando fundadas em perícia técnica, todavia, elas só não subsistirão se esta for cabalmente contrariada pela prova judicial. MS 5805 (STJ): O Tribunal Marítimo é órgão da Administração, possuindo natureza diversa das autarquias... REsp : As conclusões estabelecidas pelo Tribunal Marítimo são suscetíveis de reexame pelo Poder Judiciário, ainda que a decisão proferida pelo órgão administrativo, no que se refere à matéria técnica referente aos acidentes e fatos da navegação, tenha valor probatório. O art. 18 da Lei Orgânica do TM é claro: Art. 18. As decisões do Tribunal Marítimo quanto à matéria técnica referente aos acidentes e fatos da navegação têm valor probatório e se presumem certas, sendo porém suscetíveis de reexame pelo Poder Judiciário. O dispositivo foi aproveitado na prova de 2010: Questão 6 - Sobre o Tribunal Marítimo, analise as afirmações a seguir.... III - As decisões do Tribunal Marítimo quanto a matéria técnica referente a acidentes e fatos de navegação têm valor probatório e se presumem certas, sendo porém suscetíveis de reexame pelo Poder Judiciário. A subordinação ao Ministério da Marinha é completa: hierárquica, administrativa, financeira. COMPETÊNCIAS De acordo com a sua Lei Orgânica, compete ao Tribunal Marítimo (art. 13): I - julgar os acidentes e fatos da navegação a) definindo-lhes a natureza e determinando-lhes as causas, circunstâncias e extensão b) indicando os responsáveis e aplicando-lhes as penas estabelecidas nesta lei c) propondo medidas preventivas e de segurança da navegação
5 II - manter o registro geral: (a matéria é hoje regulada pela Lei 7.652, de 3/2/1988) a) da propriedade naval b) da hipoteca naval e demais ônus sobre embarcações brasileiras c) dos armadores de navios brasileiros Questão 6 Sobre o Tribunal Marítimo, analise as afirmações a seguir.... II - O Tribunal Marítimo tem competência além de julgar os acidentes e fatos da navegação, manter os registros gerais da propriedade naval, da hipoteca naval e dos ônus sobre embarcações brasileiras e de armadores de navios brasileiros. Compete também ao TM (art. 16): determinar a realização de diligências necessárias ou úteis à elucidação de fatos e acidentes da navegação delegar atribuições de instrução proibir ou suspender, por medida de segurança, o tráfego de embarcações e ordenar pelo mesmo motivo o desembarque ou a suspensão de qualquer marítimo processar e julgar recursos interpostos nos termos da lei dar parecer nas consultas concernentes à Marinha Mercante que lhe forem submetidas pelo Governo funcionar, quando nomeado pelos interessados, como juízo arbitral nos litígios patrimoniais consequentes a acidentes ou fatos da navegação propor ao Governo que sejam concedidas recompensas honoríficas ou pecuniárias àqueles que tenham prestado serviços relevantes à Marinha Mercante, ou hajam praticado atos de humanidade nos acidentes e fatos da navegação submetidos a julgamento sugerir ao Governo quaisquer modificações à legislação da Marinha Mercante, quando aconselhadas pela observação de fatos trazidos à sua apreciação executar ou fazer executar as suas decisões definitivas dar posse aos seus membros e conceder-lhes licença elaborar, votar, interpretar e aplicar o seu regimento eleger seu Vice-Presidente. Sempre que se discutir em juízo uma questão decorrente de matéria da competência do Tribunal Marítimo, cuja parte técnica ou técnico-administrativa couber nas suas atribuições, deverá ser juntada aos autos a sua decisão definitiva. ACIDENTES DA NAVEGAÇÃO O RESTANTE DO MATERIAL FOI EXCLUÍDO PARA A DEMONSTRAÇÃO
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