ANGOLA APRESENTADO POR: O REGIME JURÍDICO DA DOUTOR ECONOMIA MARÍTIMA DE ANGOLA
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- Roberto Esteves Miranda
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1 APRESENTADO POR: DOUTOR
2 Conceito e âmbito do direito marítimo: Considera-se o direito marítimo como o conjunto de normas jurídicas que regula, toda e qualquer actividade, originada da utilização dos bens e meios para navegação, e da exploração do mar e das águas interiores, seja qual for a sua finalidade e objectivo, em todo seu potencial, e realize-se em superfície ou submersa. Aplica-se somente no mar? Não se aplica somente à navegação no mar, mas, também, nos rios, apesar do Código Comercial prever o registo de embarcação destinada à navegação em alto-mar.
3 O regime jurídico da economia marítima divide-se da seguinte forma: 1. Normas de direito público marítimo, ou melhor, do direito marítimo administrativo e penal, compreendendo as normas relativas à Marinha Mercante, à Polícia Fiscal, à organização e funcionamento dos Tribunais Marítimos. 2. Normas de direito internacional marítimo: público ou privado. A primeira regula a liberdade dos mares, o direito e obrigações entre beligerantes e neutros. A segunda ocupa-se em solucionar os conflitos de leis derivados da navegação marítima.
4 O regime jurídico da economia marítima divide-se da seguinte forma: (contin.) 3. Normas de direito comercial marítimo ou de direito marítimo privado, ou ainda de direito civil marítimo que são as que regem a armação e expedição de navios e as relações decorrentes dos factos inerentes à navegação. No Direito da Navegação se vê regulamentado o tráfego, visando a segurança dos fluxos de navios, e aí temse, dentre outras, as normas de sinalização náutica e os regulamentos internos e internacionais para o tráfego da navegação, nos portos, vias navegáveis, e no alto mar.
5 O regime jurídico da economia marítima divide-se da seguinte forma: (contin.) Aqui se destaca a natureza pública, prevalecendo, evidentemente, características do direito público interno e internacional, tais como a universalidade, o particularismo a origem costumeira, a irretroactividade e a imutabilidade. Em quantas partes divide-se o regime jurídico geral marítimo? Divide-se em duas partes que são: 1. Regime jurídico internacional; 2. Regime jurídico nacional.
6 1. Regime jurídico internacional; Compreende-se, os tratados ou convenções Internacionais. Angola, ratificou 23 instrumentos jurídicos de Caracter marítimo, que são: 15 Convenções; 4 Protocolos, e; 4 Anexos. 1. Convenção das Nações Unidas (UNCLES 82) 12. Convenções da (OMI) 2. Convenções africanas 4. Protocolos as Convenções da (OMI) 4. Anexos aos protocolos das Convenções da (OMI)
7 1. Regime jurídico internacional; Convenção das Nações Unidas 1. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) Ratificada no dia 5 de Dezembro de Através da (Lei n.º 21/92, de 28 de Agosto) Convenções da OMI. 2. Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS 1974) 3. Convenção Internacional sobre o Regulamento para Evitar Abalroamentos no Mar (COLREGS 1972) 4. Convenção Internacional sobre Padrões de Formação e Certificação Serviço de Quarto para Marítimos (STCW 1978) 5. Convenção das Linhas de Carga (CLC 1966)
8 1. Regime jurídico internacional; Convenções da OMI. (contin.) 6. Convenção Internacional para a Segurança dos Contentores (CSC 1972) 7. Convenção Internacional sobre Busca e Salvamento Marítimo (SAR 1979) 8. Convenção Internacional sobre Preparação, Resposta e Cooperação em caso de Poluição (OPRC 1990) 9. Convenção Internacional sobre a Arqueação dos Navios (TONNAGE 1969) 10. Convenção Internacional sobre a Prevenção da Poluição por Navios (MARPOL 73/74) e anexos (I, II, III, IV, V) 11. Convenção Internacional sobre a Intervenção no Alto Mar em Caso de Acidentes com Poluição por Óleo (INTERVENÇÃO 1969)
9 1. Regime jurídico internacional; Convenções da OMI. (contin.) 12. Convenção Internacional sobre Responsabilidade e Compensação por Danos resultantes do Transporte de Substâncias Perigosas e Nocivas por Mar (HSN 1996) 13. IMO Convention 48 (Convenção Relativa à Criação da Organização Marítima Protocolos as Convenções da OMI. 1. SOLAS Protocol 78 (Protocolo SOLAS) 2. London Convention Protocol 96 (PROTOCOLO 1996 À CONVENÇÃO SOBRE PREVENÇÃO POLUIÇÃO MARINHA POR ALIJAMENTO RESÍDUOS E OUTRAS MATÉRIAS,) 3. CLC Protocol 92 (Convenção Internacional sobre a Responsabilildade Civil pelos Prejuízos Devidos à Poluição por Hidrocarbonetos, 1992)
10 1. Regime jurídico internacional; Protocolos as Convenções da OMI.(contin.) 4. FUND Protocol 92 (Protocolo de Alteração à Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil pelos Prejuízos Devidos à Poluição por Hidrocarbonetos) Anexos aos Protocolos das Convenções da OMI. 1. MARPOL 73/78 (Annex I/II) 2. MARPOL 73/78 (Annex III) 3. MARPOL 73/78 (Annex IV) 4. MARPOL 73/78 (Annex V)
11 1. Regime jurídico internacional; Principais Convenções da OMI. 1. SOLAS, Uma das mais importantes Convenções da IMO, a SOLAS contribui para a segurança do transporte marítimo e Salvaguarda da Vida Humana no Mar.. 2. MARPOL, e; É uma Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios, criado em 1973 e alterado pelo Protocolo de STCW A Convenção aplica-se aos marítimos servindo a bordo de navios de mar, autorizados a operar sob a bandeira de uma Parte, excetuando-se os que servem a bordo de:
12 1. Regime jurídico internacional; Convenções africanas. 1. CONVENÇÃO PARA A COOPERAÇÃO EM MATÉRIA PROTECÇÃO E SENVOLVIMENTO DO MEIO MARÍTIMO E LITORAL REGIÃO ÁFRICA OCINTAL E CENTRAL - Resolução 11. o 32/16 de 29 de Julho Entrada em vigor: 5 de Agosto de Convenção da Corrente de Benguela (BCC 2013)
13 2. Regime jurídico nacional; Legislações Nacional 1. Lei Nº. 27/12, da Marinha Mercante, Portos e Actividades Conexas. 2. Rubricas de Tabelas, Taxas e Tarifas da Administração Marítima de Angola (15/09/ Lei Nº. 21/92, sobre as Águas interiores, Mar Territorial e Zona Económica Exclusiva. 4. Lei Nº. 9/98, do Domínio Portuário. 5. Despacho Nº. 83/93, sobre a Distribuição de Combustíveis aos Navios e Aeronaves. 6. Dec. Presid, Nº. 143/10, Garantias de Cargas à Sécil Marítima.
14 2. Regime jurídico nacional; Legislações Nacional (contin.) 7. Dec. Presid. Nº. 86/16, sobre Tráfego Marítimo. 8. Decreto Nº. 69/89, sobre Conferente de Cargas. 9. Decreto Nº. 68/89, sobre Estatuto do Transitário. 10. Decreto Nº. 66/09, sobre Licenciamento do Uso de Bens do Dominio Portuário. 11. Dec. Executivo Conjunto Nº. 68/95, Regulamento sobre Repartição de Carga Marítima no Trafégo de e para Angola. 12. Dec. Presid, Nº. 72/14, Sobre Delegação de Competências as Organizações Reconhecidas.
15 2. Regime jurídico nacional; Legislações Nacional (contin.) 13. Dec. Presid. Nº. 28/16, sobre Actividade Marítimo Turistico. 14. Decreto Presidencial Nº. 50/14, sobre Estatuto do Agente de Navegação. 15. Decreto Presidencial Nº. 51/14, sobre Gestor de Navios. 10. Decreto Presidencial Nº. 54/14, Armador de Cabotagem. 11. Dec. Presidencial Nº. 69/14, Naútica de Recreio. 15. Dec. Presid, Nº. 141/12, Regulamento para Prevenção e Controlo da Poluição nas Águais Nacionais.
16 2. Regime jurídico nacional; Legislações Nacional (contin.) 16. Dec. Presid. Nº. 85/16, sobre Regulamento Geral de Pilotagem nos Portos Nacionais. 17. Decreto Nº. 53/97, sobre Bases Gerais da Conceição Dominial. 18. Decreto Nº. 53/03, Regulamento de Exploração nos Portos Nacionais. 19. Decreto Nº. 46/89, sobre Estatuto de Operador de Estiva. 20. Lei. Nº. 05/98, Lei de Bases do Ambiente. 21. Lei. Nº. 14/10, Lei dos Espaços Marítimos 22. Resolução Nº. 78-A/08, Plano de Contingência Nacional.
17 O direito internacional marítimo ou direito do mar. O direito do mar consagra o equilíbrio do exercício do princípio da liberdade dos mares com o do respeito à soberania nacional. A complexidade do DIREITO MARÍTIMO PÚBLICO INTERNACIONAL é evidente, pois abrange a matéria de âmbito internacional que regula o transporte internacional, a liberdade dos mares, o limite do mar territorial, zonas contíguas, zonas econômicas e de regras relativas à preservação do meio ambiente.
18 Alcance do Direito Marítimo O Direito Marítimo não se resume ao estudo jurídico das operações do transporte por mar, vez que cogita também das pessoas e dos bens que delas participam. Por outro lado, o carácter internacional dos transportes marítimos, a par da capacidade que têm os Estados de soberanamente legislar sobre questões de seu interesse, dá lugar a frequentes conflitos de leis, pois não raro a lei do pavilhão e a lei do lugar disciplinam de maneira diversa o mesmo problema. O estudo do Direito Marítimo encerra, como visto, o de instituições de Direito Público e Privado, nacional e internacional.
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