Cecília Meireles

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1 Cecília Meireles

2 Vida Nasceu no Rio de Janeiro Viveu entre o Brasil e Portugal Poetisa, pintora, professora e jornalista Órfã de pai e mãe, fora criada pela avó portuguesa, infância essa retratada em sua obra infanto-juvenil Olinhos de Gato, publicado entre 1939/1940 Viúva de dois maridos, o primeiro, artista plástico português, Fernando Correia Dias Começou a escrever poesia aos 9 anos Aos 18 anos, publicou seu primeiro livro, em 1919, Espectro 1967

3 A dor existencial que dissolve tudo... Essa era a premissa da poesia de Cecília Meireles Tudo foi falta, ausência, perda: os pais, os amores A infância surge ingênua: os desejos, os sonhos pueris, a vida simples Fixação pela imagem da bailarina: representação dos sonhos de criança Forte simbolismo pela musicalidade da poesia: rimas e sugestão Cânticos e canções: poemas do estado da alma, dor, tristeza O mar: é absoluto. Revela o horizonte (vida e realizações) inalcançável O mar é destino incerto, é profundo, misterioso, salgado A poetisa refugia-se no oceano de si mesma

4 O mar absoluto Foi desde sempre o mar, E multidões passadas me empurravam como o barco esquecido. Agora recordo que falavam da revolta dos ventos, de linhos, de cordas, de ferros, de sereias dadas à costa. E o rosto de meus avós estava caído pelos mares do Oriente, com seus corais e pérolas, e pelos mares do Norte, duros de gelo. Então, é comigo que falam, sou eu que devo ir. Porque não há ninguém, tão decidido a amar e a obedecer a seus mortos. E tenho de procurar meus tios remotos afogados. Tenho de levar-lhes redes de rezas, campos convertidos em velas, barcas sobrenaturais com peixes mensageiros e cantos náuticos. (...)

5 Retrato "Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: Em que espelho ficou perdida a minha face?"

6 Motivo Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, - não sei, não sei. Não sei se fico ou passo. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: - mais nada.

7 Mulher ao Espelho Hoje, que seja esta ou aquela, pouco me importa. Quero apenas parecer bela, pois, seja qual for, estou morta. Já fui loura, já fui morena, Já fui Margarida e Beatriz, Já fui Maria e Madalena. Só não pude ser como quis. Que mal faz, esta cor fingida do meu cabelo, e do meu rosto, se tudo é tinta: o mundo, a vida, o contentamento, o desgosto? Por fora, serei como queira, a moda, que vai me matando. Que me levem pele e caveira ao nada, não me importa quando. Mas quem viu, tão dilacerados, olhos, braços e sonhos seus, e morreu pelos seus pecados, falará com Deus. Falará, coberta de luzes, do alto penteado ao rubro artelho. Porque uns expiram sobre cruzes, outros, buscando-se no espelho. A mulher através do espelho, Pablo Picasso O surrealismo e o cubismo foram vertentes artísticas fortemente respiradas pela poeta. André Breton e Pablo Picasso serviram de grandes expoentes para renovação da arte no mundo.

8 A bailarina Esta menina tão pequenina quer ser bailarina. Não conhece nem dó nem ré mas sabe ficar na ponta do pé. Não conhece nem mi nem fá Mas inclina o corpo para cá e para lá. Não conhece nem lá nem si, mas fecha os olhos e sorri. Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar e não fica tonta nem sai do lugar. Põe no cabelo uma estrela e um véu e diz que caiu do céu. Esta menina tão pequenina quer ser bailarina. Mas depois esquece todas as danças, e também quer dormir como as outras crianças.

9 In Canções Quando meu rosto contemplo O espelho se despedaça: Por ver como passa o tempo E o meu desgosto não passa. Amargo campo da vida, Quem te semeou com dureza, Que os que não se matam de ira Morre de pura tristeza? Cântico XXVI O que tu viste amargo, Doloroso, Difícil, O que tu viste breve, O que tu viste inútil Foi o que viram os teus olhos humanos, Esquecidos... Enganados... No momento da tua renúncia Estende sobre a vida Os teus olhos E tu verás o que vias: Mas tu verás melhor...

10 Romanceiro da inconfidência 1953 Revolta do séc. XVIII, 1789: Conjuração Mineira 84 romances: poemas narrativos, redondilhas (versos de 5 e 7 sílabas poéticas) Rimas nos versos pares; repetições e paralelismos 4 cenários: prólogo e êxedo Temas: 1.Morte: Joaquim José da Silva Xavier Tiradentes 2.Traição: Joaquim Silvério Reis 3.Exílio: Tomás Antônio Gonzaga 4.Tristeza: Marília de Dirceu 5.Loucura: Dona Maria I 6.Heróis: os derrotados pela ganância (nobres, burguesia)

11 do latim: liberdade ainda que tardia. O lema que inflama a bandeira do estado de Minas Gerais até os dias de hoje. ob.: O texto em latim foi retirado da primeira Écloga de Virgílio, do diálogo entre Meliboeus e Tityrus.

12 Romance XXXIV ou de Joaquim Silvério Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério: que ele traiu Jesus Cristo, tu trais um simples Alferes. Recebeu trinta dinheiros... e tu muitas coisas pedes: pensão para toda a vida, perdão para quanto deves, comenda para o pescoço, honras, glória, privilégios. E andas tão bem na cobrança que quase tudo recebes! Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério! Pois ele encontra remorso, coisa que não te acomete. Ele topa uma figueira, tu calmamente envelheces, orgulhoso impenitente, com teus sombrios mistérios. (Pelos caminhos do mundo, nenhum destino se perde: há os grandes sonhos dos homens, e a surda força dos vermes. O traidor. Por conta de dívidas e desejoso de perdão por um assassinato, Joaquim Silvério desertou da inconfidência, denunciou Tiradentes e todos seus aliados e aonde se acomunavam.

13 Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio tão amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas, eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa e fácil: - Em que espelho ficou perdida a minha face?" (Cecília Meireles) Assinale a alternativa INCORRETA de acordo com o texto. (A) A expressão "mãos sem força", que aparece no primeiro verso da segunda estrofe, indica um lado fragilizado e impotente do "eu" poético diante de sua postura existencial. (B) As palavras mais sugerem do que escrevem, resultando, daí, a força das impressões sensoriais. Imagens visuais e auditivas, em outros poemas, sucedem-se a todo momento. (C) O tema revela uma busca da percepção de si mesmo. Antes de um simples retrato, o que se mostra é um auto-retrato, por meio do qual o "eu" poético olha-se no presente, comparando-se com aquilo que foi no passado. (D) Não há no poema o registro de estados de ânimo vagos e quase incorpóreos, nem a noção de perda amorosa, abandono e solidão. (E) Há no poema muitas heranças simbolistas, como as metáforas, próprias dos poetas desta geração moderna.

14 Leia o seguinte poema de Cecília Meireles. Atitude Minha esperança perdeu seu nome... Fechei meu sonho, para chamá-la. A tristeza transfigurou-me como o luar que entra numa sala. O último passo do destino parará sem forma funesta, e a noite oscilará como um dourado sino derramando flores de festa. Meus olhos estarão sobre espelhos, pensando nos caminhos que existem dentro das coisas transparentes. E um campo de estrelas irá brotando atrás das lembranças ardentes. Considere as afirmações sobre este poema: I. O poema discute o sentimento tristeza, aspecto existencialista que, sem dúvida, é umas das propostas poéticas recorrentes na poesia de Cecília Meireles. II. A segunda estrofe demonstra uma atitude resignada do eu lírico diante da tristeza. III. A imagem da natureza é uma simbologia recorrente na poesia e significa, na primeira estrofe, algo mais negativo e, nos demais versos, algo mais positivo. Quais estão corretas? (A)Apenas I. (B) Apenas II. (C) I, II e III. (D)Apenas I e II. (E) Apenas II e III.

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