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1 122 que caracterizou a decoração soteropolitana no nosso período de estudo: a Correia Ribeiro e a Móveis Ralf. Única a vender móveis modernos, a Loja Ralf, cujo nome se origina, segundo o arquiteto Pasqualino Magnavita (2006, informação verbal) das iniciais dos seus donos, René Pedro, Aloise, Levy (Smarcevsk) e Francis, iniciou suas atividades vendendo móveis pés - de - palito, tidos como muito frágeis (Informação verbal, 2006). Nas décadas seguintes a Ralf continuou trabalhando com móveis de desenho inovador como os fabricados pela Forma - Knoll Internationale, Arredamento, L Atelier, Mobilínea (Figura 163), OCA e Probjeto, muito dos quais utilizados, segundo o arquiteto Neilton Dórea (informação verbal, 2005) apenas em escritórios (Figura 165) ou em residências muito modernas como, por exemplo, a cadeira Diamante de Henri Bertoia (Figura 166). A Correia Ribeiro ao contrário, trabalhava com móveis tradicionais, como veremos mais adiante. Apesar desse mercado florescente, até os anos 80, as lojas soteropolitanas esperavam mais de um mês para receber do sul as encomendas de móveis e objetos decorativos, conforme atesta depoimento da decoradora Sizininha Simões (17 fev. 2005, informação verbal): Em Salvador não tinha nada. De prego sem cabeça, a cúpulas de abajur, tudo vinha do Rio e São Paulo. Apesar do impulso inicial dado ao setor moveleiro nacional pela construção de Brasília (MOVELEIRO, 1990, p. 46), a década de 60 foi de recessão em decorrência do plano de combate a inflação do regime militar, voltando à economia a se reaquecer, como vimos, apenas na década de 70, no ritmo do Brasil Grande e na trilha do Milagre Brasileiro. Amplia - se então em Salvador no nosso período de estudo o mercado de Decoração com o surgimento das lojas Mobília e Interiores Ltda, Maison Móveis Ltda, Quatro Paredes (Figuras 168 e 169) e A Norma 54, e até lojas tradicionais como Correia 54 Surgida em Salvador na década de 70 A Norma tinha filiais por toda a cidade sendo as principais as da Avenida Sete (A Norma Avenida, 1973) e do Shopping Iguatemi (A Norma Iguatemi, 1977) e segundo o arquiteto Pasqualino Magnavita (Informação oral, 2006), reciclava móveis tradicionais inserindo elementos inovadores como o aço escovado.

2 123 Ribeiro e A Suprema Móveis, se rendem aos móveis de design, representando a Probjeto e a Forma (Figura 164). Assim como no Mappin, em São Paulo e na Mesbla, no Rio de Janeiro, em Salvador, além das lojas já mencionadas, os móveis eram vendidos, juntamente com objetos de decoração (lustres, tapetes, tecidos) e eletrodomésticos, em grandes magazines como Ipê, Arapuã, (MOVELEIRO, 1990), Sadel, A Norma, Slooper e Casa da Música (informação verbal, 2005), cujos grandes depósitos resolviam o problema de estoque e transporte, viabilizando a pronta entrega. Fig. 163 e 164. A Loja Ralf representava a Mobilínea e A Suprema Móveis a Forma. Brasil, Figuras 165 e 166. Móveis de design revendidos pela Loja Ralf: cadeira de escritório de Jorgen Rasmussen da Knoll Internationale e poltrona Diamante de Harry Bertoia, versão com banqueta e revestimento em couro.

3 124 Com o boom do móvel em série, espalham - se também pelo país as franquias e em Salvador encontramos várias Lojas com representações de móveis do sul do país como os da Mobília Contemporânea, Arredamento (figuras 167 a 169), Forma, Cavilha, Anatom, Escriba e Mobilínea, o que comprometia o serviço mais artesanal desenvolvido pelas pequenas marcenarias e pelo Liceu de Artes e Ofícios como podemos observar desse depoimento do Mestre Geral, Sr. José Inácio dos Santos: Os móveis hoje em dia são muito explorados, e o freguês não classifica o trabalho. Apesar de lidarmos com o melhor material cedro, ipê e jacarandá só trabalhamos internamente, não fazemos móveis em residências ou sem encomenda anterior e isto nos tem colocado em posição de desigualdade perante as fábricas de móveis do comércio em geral. (JORNAL DA BAHIA, 1971, p. 08). Figuras 167 e 168. Fábricas de móveis com representação em Salvador, década de 70. Fig Loja Quatro Paredes, representante da Arredamento, 1973.

4 125 Apesar desse mercado de importação de móveis industrializados e mesmo depois do surgimento de indústrias como Bérgamo, Dell Ano e Todeschini, Salvador continuará produzindo móveis artesanais tanto em madeireiras (Figura 170), quanto em fábricas tradicionais como as da Ralf e da Correia Ribeiro Industrial, ambas surgidas, como vimos, na década de 50. (Figura 171 e 172). Fig Anúncio de jornal. Salvador, Fig Cozinha Ralf, catálogo da década de 70. Fig. 172.Cozinha Correia Ribeiro, (Observar ambientação com móveis em acrílico)

5 126 Assim, a Loja Ralf, com fábrica na Cidade Baixa e loja na Avenida Sete, continuava na década de 70 a criar e revender móveis modernos, além de desenvolver projetos de cozinhas e de decoração para residências, bancos e hotéis (Pasqualino Magnavita, 2006, informação verbal), ao tempo que a Correia Ribeiro permanecia fabricando cozinhas e a produzindo móveis de estilo, tanto nacional quanto estrangeiro (Figuras 173 e 174), escolhidos, segundo a Sra Lúcia Oliveira (informação oral, 2006) em catálogo, sendo os preferidos pela classe média soteropolitana, como veremos mais adiante. Figuras 173 e 174. Arca e cadeira em estilo, confeccionadas pela Correia Ribeiro. Durante a década de 70 as lojas de móveis e decoração vão deixar a área central de Salvador, deslocando - se primeiramente para a Barra e depois em direção a Pituba, Iguatemi e Itaigara, acompanhando o deslocamento habitacional do seu público alvo em direção ao norte. Mas, além das lojas de móveis, que como vimos, em maior ou menor proporções, comercializavam o que era tendência nacional, a decoração das residências soteropolitanas foi também resultante da participação de alguns profissionais, como passaremos a mencionar.

6 PROFISSIONAIS ATUANTES Como vimos no primeiro capítulo dessa dissertação, a Decoração jamais gozou do prestígio da Arquitetura ou do Desenho Industrial, havendo sempre a tendência de considerá - la como pertencente um pouco ao mundo frívolo da moda e da costura (MASSEY, 1996, p. 124), o que pode explicar que se tenha deixado, desde a sua origem, o exercício daquela atividade como campo livre para a atuação das mulheres. Encontramos como pioneira na formação de decoradoras a Sociedade das Artes Decorativas, criada em 1877 em Nova York, pela desenhista de tecidos Candance Wheeler ( ) (MASSEY, 1991, p. 124). O desenvolvimento da sociedade americana nas décadas de 20 e 30 do século XX e a maior rigidez das convenções e códigos de boas maneiras, transformaram um papel doméstico em status social, começando a profissão a se organizar por todo o mundo. No Brasil, Regina Graz foi à pioneira no trabalho e ensino da Decoração, participando em abril de 1930 da decoração da Casa Modernista de Warchavchik em São Paulo (Figura 10) e ministrando, a um número reduzido de alunas, cursos para a feitura de abajures, almofadas, colchas e tapetes (SEMANA DE 22, 1972). Encontramos também referência à atuação no mesmo período do primeiro decorador brasileiro, Henrique Liberal que, como veremos, terá grande influência no estilo adotado pelo decorador baiano José Pedreira, e que, entre outras inovações, contrariava o antigo preceito de não misturar estilos, conforme relato do antiquário carioca Paulo Afonso: Sem pertencer a nenhuma escola, de um talento enorme e espontâneo, Henrique Liberal foi realmente o primeiro decorador brasileiro. Sua capacidade inventiva é digna de menção e muitas de suas criações são ainda hoje válidas. Muito viajado e tendo vivido na França durante anos, seu gosto é o que se pode chamar de cosmopolita. Se primeiro usou entre nós o decapé, no mobiliário em estilo Luís XVI, também trouxe para o Brasil o conceito de living - room americano, uma sala de visitas para ser vivida e não para viver fechada, à espera de datas especiais. Em seus trabalhos usou estofados em pelica, zuarte e também chintz, programando até - cúmulo da ousadia - cortinas de lona. Os santos barrocos foram por ele tirados dos oratórios, vindo a freqüentar as salas como adorno. Fragmentos de talhas de retábulos e altares de igrejas demolidas foram aplicados nas paredes, como decoração. O jacarandá, lavado dos vernizes que o escureciam, surge em forma de móveis tradicionais brasileiros: e a cor aparece

7 128 nos interiores, antes sempre muito discretos. Contrariando o antigo preceito de não misturar estilos, reúne ele, nas salas de jantar, mesa de uma origem, complementada por cadeiras de outra época realmente uma temeridade... A iluminação usada tem inspiração Diretório e Império, com as luminárias bouilottes em evidência. Foi com Liberal que se iniciou, no Rio e em São Paulo, a moda de morar em apartamento e que se deu maior ênfase ao conforto. São suas criações os abajures com base em abacaxi e frutas douradas, bem como a adição de iluminação especial para lustres de cristal, com canaletas douradas. (CASA & JADIM 25 ANOS, 1980, p.40 42) (grifo nosso). Apesar desses pioneiros, a profissão de Decorador nas décadas de 50 e 60, não estava estabelecida, sendo comum por parte da população brasileira, a escolha pessoal da mobília, vendida pelas lojas, segundo a decoradora Sizininha Simões (Informação oral, 2005), em conjuntos para quarto e grupos para sala de visitas (um sofá, duas poltronas e mesa de centro), de acordo com a produção industrial a que já nos referimos. Como exceção, existiam algumas lojas de móveis e confecção de cortinas, que contavam com consultores, responsáveis pela orientação da compra e arrumação dos móveis na casa do cliente, e em menor número ainda, as que possuíam desenhistas, especializados na cópia de móveis de estilo, tanto nacional quanto estrangeiro ou no design de peças modernas, a exemplo das soteropolitanas, Correia Ribeiro e da Ralf, às quais já nos referimos. Dessa forma, a contratação do decorador era um luxo que denotava status social, o que, ao lado da inexistência de muitos cursos profissionalizantes no país, fez com que a atividade continuasse a ser exercida na década de 70 menos por decoradores do que por pessoas de bom gosto, artistas plásticos e arquitetos, a exemplo do que aconteceu em Salvador, como veremos OS PIONEIROS EM SALVADOR. José de Souza Pedreira (Figura 175), ou simplesmente Pedreira, como ficou conhecido, nasceu em Itaparica em 1923, vindo a falecer em 1981.

8 129 Decorador desde a década de 50, Pedreira foi também antiquário, crítico de arte e especialista em santos antigos e peças baianas, tendo intensa participação na vida cultural soteropolitana, fatos referidos em periódico nacional da década de 70: José Pedreira é um dos nomes mais conhecidos na velha São Salvador. Seu gosto refinado por peças antigas, seus conhecimentos artísticos e sua imagem cativante fazem dele um personagem antes de um decorador.(casa & JARDIM, 1974, p. 47). No bar Anjo Azul, reduto da intelectualidade baiana na década de 50 e do qual foi proprietário (Figura 176), já podemos detectar o estilo de decoração que o acompanharia em toda sua carreira: clássico, com utilização constante de móveis antigos e de peças sacras, de coleções particulares dos seus clientes ou comprados em antiquários. Fig O decorador José Pedreira. Fig.176. Interior do Anjo Azul, década de 50. Além das residências dos mais abastados, José Pereira também decorou as de classe média, através do seu trabalho nas Lojas Correia Ribeiro, onde recriava de forma simplificada os móveis de estilo (Figuras 173 e 174) e Old Bahia, de propriedade da depois decoradora Lucy Carvalho, onde atuava como consultor na colocação de cortinas e disposição dos móveis adquiridos (Informação oral. 2005).

9 130 Trabalhando também com decoração comercial e de serviços, Pedreira decorou a Clínica Odontopediíátrica da Graça 55 e em virtude da sua erudição e trânsito entre vários setores culturais da cidade, assumiu na década de 70 a Direção do Museu de Arte da Bahia, por indicação do então Governador Antônio Carlos Magalhães. A decoração sóbria, ou pouco colorida, como definiu sua contemporânea, Sizininha Simões (informação verbal, 2005) e o apego à tradição cultural baiana, era encontrada não apenas nos seus projetos como também na própria residência. (Figuras 177 e 178). Fig Quarto de José Pedreira. Fig Sala estar da residência de José Pedreira. Podemos citar ainda como exemplo da atuação do decorador José Pedreira em Salvador na década de 70, aquelas intervenções realizadas em 1974 em um casarão no centro da cidade (Figuras 179 e 180) e no duplex de cobertura no Corredor da Vitória (Figura 181 e 182), na Casa de Solange Vianna no Centro da cidade (perto do Museu de arte Sacra) em 1977(Figuras 183) e no Palácio Residencial de Ondina do Governo da Bahia, então ocupado pelo casal Arlete e Antônio Carlos Magalhães, em data não identificada. (Ilustrações 184 e 185) 55 Entrevista com Vanda Nascimento, em 05 abr

10 131 Fig. 179 e 180. Casarão em pleno centro. Salvador, Fig. 181 e 182. Apartamento duplex de cobertura na Vitória, Quarto de menino, com cama um autêntico catre antigo e lustre é uma lanterna sueca. Banheiro com azulejos coloniais do Recife. Figura 183. Residência de Solange Viana, Sala com conjunto em couro, mesa de centro em vinhático, chão em tábuas corridas e tapetes rústicos.

11 132 Figuras 184 e 185. Residência do Governo da Bahia em Ondina, com objetos da coleção de arte sacra do Governador Antônio Carlos Magalhães. Ao lado de José Pedreira, encontramos atuando no nosso período de estudo a pioneira da Decoração soteropolitana a Senhora Sizininha Simões, já referida em algumas passagens acima. Perfeita representante da relação entre o gênero feminino e a decoração a que já nos referimos, Sizininha, mesmo oriunda de família tradicional baiana 56, optou pelo caminho da profissionalização, numa época em que isso não era muito comum. Auto - didata, com cursos no Rio, São Paulo e Paris inicia, ainda na década de 50 e juntamente com o italiano Georgette, suas atividades como cortineira 57, aprendida em curso na Singer (Informação oral, 2005). Seu primeiro trabalho como decoradora autônoma aconteceu em 1957 na residência da Sra Graziela T. Bittencourt e a partir daí, nunca mais parou, trabalhando na década de 70 para particulares e instituições como a ASPEB / Associação de Poupança do Estado da Bahia, para a qual decorou apartamentos em Conjuntos Habitacionais na Calçada, Cabula, Bonocô e Politema (Edifício Minhocão ). 56 Nascida em 1929, é filha do dono da Firma Magalhães, construtora no final da década de 30 do Edifício Oceania, localizado em frente ao Farol da Barra e marco da arquitetura soteropolitana. 57 Nos nossos estudos podemos constatar que aqui em Salvador a atividade de cortineiro (a) antecedia ou era concomitante com a de decorador (a), tendo como exemplo dessa afirmação os seguintes profissionais: Antenor, da Antenor Decorações, localizada na Avenida Sete de setembro, Ciro, que trabalhava na Rua Carlos Gomes e Luci Carvalho, senhora da sociedade, casada com José Joaquim de Carvalho e proprietária da Loja Old Bahia.

12 133 Segundo suas próprias palavras, define o seu estilo de decoração na década de 70 como sendo prático : Penso na decoração como um vestido chemise e depois coloco os detalhes, botões, rendas [...] conforme a dona da casa, o dinheiro disponível e a localização do imóvel. Em entrevista a nós concedida em 17 de fevereiro de 2005, a decoradora ressalta ainda a importância da profissão e o respeito que se deve ter ao gosto pessoal dos clientes - Você tem que fazer a casa para a pessoa... mas podemos educar o cliente - que, segundo ela, aqui em Salvador, são muito apegados a heranças de família. Proprietária entre os anos 70 e 2000 da Loja de artigos de decoração As Pandoras, teve ações inovadoras na área de Decoração, como a criação do projeto de out door tridimensional (Figura 186), que, instalado no segundo semestre de 1991 em via pública no bairro do Rio Vermelho, constituía -se em um espaço de 10,00 m. ² onde eram feitas ambientações diferentes a cada semana e por distintos profissionais baianos. Esse projeto inovador é até hoje referência quando se discutem aspectos relacionados à divulgação e valorização da profissão de Decorador, causa abraçada desde sempre por Sizininha Simões. Fig A Decoradora Sizininha Simões, em frente ao outdoor. Rio Vermelho, 1991.

13 134 Além de Pedreira e Sizininha, podemos ainda citar Clara Melro e Alfred Brito 58 como integrantes de uma minoria que se autodenominava ou era reconhecida como de decoradores, dentro de um universo de atuação dominado na década de 70 por artistas plásticos e arquitetos, como podemos constatar a seguir UMA ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR Como vimos anteriormente, além da consultoria na escolha de móveis, objetos e complementos, duas lojas de Salvador tinham em seus quadros profissionais responsáveis pelo desenho de móveis, modernos, no caso da Ralf e tradicionais, no caso da Correia Ribeiro. E se o decorador José Pedreira trabalhou para a Correia Ribeiro, a Loja Ralf contou com a atuação de dois arquitetos: Lev Smarchevsky ( ) e Pasqualino Magnavita. De origem russa, Lev Smarchevsky chegou na Bahia em 1942, tornando - se, segundo o Arquiteto Roberto Cortizo (Informação oral, 2004) sócio da loja Ralf na década seguinte. Lev Smarchevsky possuía uma multiplicidade de dons, que variavam de velejador a escritor, passando pelo pintor, desenhista de móveis e projetista de carros (LEV..., 2004, p.04), realizando também muitas obras como arquiteto, entre as quais o antigo prédio da Petrobrás na Jequitaia. Pai do Arquiteto Ivan Smarcevski, que também atuou em Salvador no nosso período de estudo, como veremos mais adiante, Lev Smarchevsky procurou durante toda a vida preservar a memória dos saveiros, tendo deixado nessa área um importante legado através do o livro Gramino: A alma do saveiro, publicado em 1996 e no qual constam 200 desenhos de sua autoria detalhando todas as partes do barco. (LEV..., 2004, p.04). 58 Entrevista com Sizininha Simões em

14 135 Com igual diversidade de talentos, encontramos também outro arquiteto, Pasqualino Romano Magnavita, que segundo entrevista a nós concedida em 22 de julho de 2006, iniciou sua incursão na área de design de móveis com o trabalho de meio turno na Loja Ralf entre 1959 e 1963, onde desenhava estantes, armários, consoles, bancos, biombos e outros elementos decorativos. É de sua autoria as divisórias batizadas de optical palhinha e optical treliça (Figura 191), confeccionadas com palhinha ou com treliça de madeira, ambas com espelhos ao fundo e instaladas respectivamente, em um consultório médico em Salvador e no Cine Bahia 59, em cuja ambientação também usou as cadeiras Barcelona. Depois de um Doutorado na Itália retorna em 1965 a Salvador e implanta na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia a Disciplina Composição Decorativa / Arquitetura de Interiores. É desse período à decoração do Palácio de Ondina para o Governador Lomanto Júnior, onde colocou outra peça de sua autoria, a mesa Gamela (Figura 192), que tem como ponto de partida objeto da cultura popular, rodeada por quatro Poltronas Mole de Sérgio Rodrigues (Figura 193), ícone do design moderno, proposta que bem exemplifica a mistura de estilos que, como veremos mais adiante, foi muito utilizada na decoração soteropolitana no período de estudo. Fig. 191; Optical treliça. Figura 192. Mesa Gamel. Fig Poltrona Mole Segundo Geraldo leal (1977, p. 251), no Cine Bahia, inaugurado em 08 de março de 1968, a arquitetura interior coube aos arquitetos Pasqualino Magnavita e Antônio Pithon.

15 136 O próprio Arquiteto fez referência a essa opção ao mencionar em sua entrevista que, quando realizava seus projetos arquitetônicos costumava indicar tanto elementos tradicionais quanto modernos, podendo utilizar tanto objetos da cultura popular quanto da erudita, peças coloniais adquiridas em antiquários ou cadeiras de design, nacional e estrangeiro, a exemplo da Barcelona (1929), Diamante (década 50), Tulipa (1955) e Modelo 670 (1956) (Figuras 187 a 190). Figuras 187 a 190. Cadeiras do Design Histórico Sua vinculação ao ensino universitário, sua ideologia e atuação política fez com que Pasqualino Magnavita, mesmo continuando a desenvolver projetos arquitetônicos 60, se afastasse da decoração na década de 70, pois segundo suas próprias palavras, decoração era coisa de burguesia. (Informação oral, 2006). Só muito recentemente retomou sua atividade de designer de móveis, tendo recebido em 1999, o Prêmio Liceu de Design na modalidade profissional, por sua cadeira Oxossi (Figura 193). Figura 194. Cadeira Oxossi, Durante a elaboração dessa dissertação, no ano de 2005, foi demolida para dar lugar a um edifício de apartamentos, uma bela casa moderna da década de 70, de sua autoria, e que abrigava o Clube de Britsch no bairro da Graça.

16 137 Além dos designers e decoradores, anteriormente mencionados, também atuavam na área de Decoração em Salvador na década de 70, alguns artistas plásticos como Genaro de Carvalho, Carlos Bastos e Juarez Paraíso. De curta e profícua vida, ( ) Genaro de Carvalho, ficou conhecido nacional e internacionalmente como tapeceiro (Figura 195), sendo objeto de textos e reportagens nos mais diversos meios de comunicação (Arte no Brasil, 1979, v. 2, p. 875; Revista 04 Rodas, 1969, p. 68) e até em Enciclopédias (Conhecer, Nº 164, vol 11, 1971, p. 680). Fig Genaro de Carvalho e um dos seus trabalhos, De temperamento irrequieto e versátil, percorreu vários caminhos no campo estético, desenvolvendo além da tapeçaria, pinturas e murais como o do Hotel da Bahia e a partir de 1952, dedicou - se também à Decoração de Interiores.(FOI O CRIADOR , p.1). Quanto ao seu estilo na decoração, não há unanimidade, tendo sido encontradas tanto referências a desenhos de móveis modernos em estilo funcional, assim como os realizados pelos arquitetos Lev Smarcevsky e Antônio Rebouças (ibid), quanto àqueles outros que eram cópias de móveis clássicos, europeus e coloniais brasileiros, desenhados para O LAR (Loja da Correia Ribeiro) (ÚLTIMO ADEUS , p. 1). Por ocasião da sua morte, num jornal local, o crítico de Arte Clarival do Prado Valadares (ibid) assim referiu - se a aquele talentoso artista:

17 138 Não se pode reconhecer em Genaro somente a condição de tapeceiro, teríamos então que considerá - lo noutros méritos. Teríamos que mencioná - lo como pintor e também como incentivador desse capítulo da decoração interior no Brasil, pois antes dele tal interesse não havia. Cabe esclarecer, entretanto, que esse pioneirismo e incentivo à decoração brasileira, não pode ser confirmado nem negado no presente estudo, por não terem sido encontradas outras informações a respeito, nem imagens de projetos de sua autoria. Integrante da segunda geração de artistas modernos da Bahia e também grande incentivador das novas formas de expressão plásticas, Juarez Paraíso, entre suas inúmeras atividades (desenhista, pintor, escultor, muralista, cenógrafo, escritor, ator), também teve incursões na área de Decoração, através dos seus murais em residências (Figuras 196 a 199) e clínicas 61. Numa parceria com arquitetos como Pasqualino Magnavita, Antônio Pithon e Katsuki, realizou belas intervenções, respectivamente no Cine Bahia, Cine Tupi (Figuras 06 e 07) e no Edifício Monsenhor Marques no largo da Vitória, trabalhando também, como coordenador de uma equipe multidisciplinar, na confecção de decorações de Carnaval em Salvador em 1965, 1977 (Figura 198), 1978 e Fig Edifício Maria Alice, Barra, Fig Residência Francisco Pithon, Entrevista com Vanda Nascimento em 05 de abril de 2006.

18 139 Fig Teto Residência Antônio Limoeiro, Fig 199. Praça Municipal, Carnaval Outro artista plástico que também atuou na área de decoração em Salvador foi Carlos Bastos, mais especificamente em ambientações para lojas e festas 62. Assim como José Pedreira, usou seu talento de decorador na sua própria residência, tendo sido a mesma, objeto de matéria em revista de decoração em dois momentos, 1972 (Figura 200 e 201) e 1977 (Figura 202), além de ter uma ambientação de sua autoria (um banheiro), publicada em dezembro de 1971 (Figura 203). Sobre a profissão Carlos Bastos se pronunciou em 1977, tendo como referência a sua casa na Pedra do Sal que ele mesmo decorou e que foi objeto de reportagem nacional na Revista Casa & Decoração (1977, p. 10): Sou mais cenarista do que decorador. [...] Nada é definitivo. Casa para mim é muito importante. Mas ser decorador é muito difícil, por que casa é pessoal. E acho que cada um deve decorara a sua. Acredito na eternidade do belo, daí a mistura de estilos. 62 Entrevista com Sizininha Simões, 07 fevereiro 2005.

19 140 Figuras 200 e 201. Quarto do Artista Plástico Carlos Bastos, No quarto de Carlos Bastos, pintor baiano, o esquema cromático é bem outro, com lilases e azuis se equilibrando à perfeição, combinação das mais difíceis que só um artista talentoso consegue a bom termo. Com o lilás das paredes como fundo, o azul surge nas cortinas e no estampado tipo caxemira da colcha da cama, laqueada de branco. Uma composição de quadros substitui a clássica cabeceira e, na parede lateral, a nota marcante de uma gravura. Figura 202. Sala de estar de Carlos Bastos. Setembro Piso em lajota, teto em telha - vã, mesa de centro em mármore rosa, peças antigas e cadeiras de junco feitas na Bahia mesmo.

20 141 Figura 203. Banheiro social, com papel de parede devidamente protegido, nas áreas molhadas e bancada em mármore e laminado plástico no armário sobre a pia, Dezembro Como já mencionamos, a Decoração Soteropolitana não tinha espaço nas revistas especializadas na década de 70, e se Carlos Bastos obteve esse privilégio, acreditamos ter sido mais pela sua fama nacional como artista plástico do que como decorador e também pelo fato de estar se iniciando uma linha editorial que, com as edições especiais da Revista Amiga em meados da década, passava a divulgar a intimidade dos artistas, cantores e atores, através de suas casas. (NOVAES, 2005, p. 407). Dentro desse mesmo espírito e sem crédito do responsável pela decoração, foram também fotografadas as residências dos Artistas Plásticos Hansen Bahia (Figura 204) e Luiz Jasmim (Figuras 205 e 206) e do Escritor Jorge Amado (Figuras 224 e 225).

21 142 Figura 204. Casa de Hansen Bahia, jan Projeto Gilberto Chaves. O interior, amplo, é decorado com simplicidade, peças rústicas, imagens do folclore baiano e peças da Europa e África. Observar revestimento de parede e piso em lajota e tijolinho aparente e ainda aparador em jacarandá e lustre com cúpula de vidro tipo candeeiro. Figura Sala de estar na casa / atelier de Luis Jasmim, em Piatã. Janeiro Observar poltronas e cama tipo catre em jacarandá, utilizada como sofá.

22 143 Figura 206. Sala de estar de Luís Jasmim. Setembro Observar a manutenção das duas cadeiras antigas representadas na foto de 1974 e os anjos barrocos na parede. Em virtude da inexistência de cursos específicos de formação e diante do espírito modernista, a que já nos referimos e que ainda vigorava na arquitetura baiana, acreditamos, mesmo diante da inexistência de documentação nesse sentido, que foram os arquitetos os principais responsáveis pela decoração soteropolitana na década de 70, na medida em que a mesma era pensada como algo não dissociado da arquitetura. Além de Pasqualino Magnavita e Levy Smarcevsky, a que já nos referimos, podemos citar ainda Gilberbert Chaves, responsável pelo projeto das residências de Jorge Amado (Figuras 228 e 229), de Hansen Bahia (Figura 204) e de Genaro de Carvalho (Figura 207), Assis Reis (Figura 208) e Alberto Fiúza (e arquitetos associados) (Figura 209), um dos mais atuantes no setor, até sua morte em Muitos desses arquitetos trabalhavam em dupla, a exemplo de Fernando Peixoto e Ivan Smarcevscki (Figuras 210 e 231), o primeiro dos quais ficaria nacionalmente conhecido pelas intervenções na paisagem urbana da cidade através das suas fachadas coloridas e de Luiz Humberto e Neilton Dórea que, em entrevista a

23 144 nós concedida em maio de 2005, afirmou que quando começaram a atuar no final da década de 70, foram os primeiros a usarem móveis de escritório, tipo Bauhaus em residências, pois até então os mesmos ficavam na seção de escritório das lojas em Salvador (informação verbal), escolha que pode ser atestada nas duas ilustrações reproduzidas nessa dissertação (Figuras 211 e 112). Assim como hoje, havia também profissionais de outros Estados que trabalharam em Salvador, a exemplo do Escritório de Arquitetura carioca formado por Sílvio Dodsworth e Gilles Jacquard, que em 1975 decorou o hotel Meridien da Bahia (CASA E JARDIM, 1980, p. 176) e David Largman, que também carioca, fixou residência em Salvador (Figura 213) atuando em decoração de interiores (Figuras 241 e 242). Com base em alguns dos depoimentos, podemos ainda citar os arquitetos Itamar Batista e Wilson Andrade como atuantes na área de decoração, apesar de tal afirmação não ser corroborada por nenhum dos documentos por nós levantados. Além dos profissionais aqui referidos, a decoração residencial soteropolitana na década de 70 foi também realizada pelos próprios moradores, inclusive arquitetos como Silvio Robatto (Figura 214) e Chico Mota (Figura 230), numa configuração que representava um maior ou menos apego ao estilo tradicional, como poderemos observar na próxima seção, após as ilustrações que se seguem. Figura 207. Sala de estar de Genaro de Carvalho em Ipitanga. Projeto de Gilberto Chaves. Piso em lajota e teto em telha - vã. Luminária e tapeçaria de autoria do artista. Dezembro 1969

24 145 Figura 208. Casa no Farol de Itapoá, Projeto Assis Reis Figura Projeto de Alberto Fiúza, 1974.

25 146 Figura 210. Fernando Peixoto. Piso de lajota encerada, tetos em tábua corrida. Dezembro, Fig Ambientação de Neilton Dórea e Luiz Humberto. Mobília em aço, cristal e couro, piso e teto em madeira. Dezembro 1979.

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