FÓRUM PERMANENTE PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS. Apresentação GT 5 Relações de Trabalho

Transcrição

1 FÓRUM PERMANENTE PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS Apresentação GT 5 Relações de Trabalho

2 PROPOSTA 01 REORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO X SUCATEAMENTO

3 PROPOSTA 01 Nova organização da justiça do trabalho a fim de atender as perspectivas atuais.

4 Alteração da legislação, inclusive com a conscientização das partes envolvidas (Reclamante, Reclamado, Advogado, Juízes, Promotores, Desembargadores, Legisladores e demais interessados) a fim que a Justiça do Trabalho seja definitivamente um local aonde se busque a efetiva Justiça, desmistificando sua denominação como balcão de negócios, Justiça paternalista, Justiça Protetiva. E que não se alegue que o pleito seria acabar com a Justiça do Trabalho, com o sucateamento da mesma, pelo contrário, o que se busca, com efeito, é o aperfeiçoamento da mesma.

5 SITUAÇÃO 01 E não há nenhum documento que eventualmente a requerida tenha se responsabilidade pela ocorrência do evento danoso. Por fim, tem-se que, mesmo se procedente o pedido, impossível a procedência do pedido de indenização pelos lucros cessantes, porque, apesar de instado a juntar aos autos a sua declaração do Imposto de Renda, o autor quedou-se inerte. Indefiro ao autor os benefícios da Assistência Judiciária, já que aquele que declara que recebe R$ 500,00 por dia de trabalho tem condições para arcar com os custos do processo. Diante do exposto, julgo improcedente o pedido. P.I. Indefiro ao autor os benefícios da Assistência Judiciária. Com o trânsito em julgado, arquivem-se.

6 SITUAÇÃO 02 Presentes os pressupostos legais, deferem-se à autora os benefícios da Justiça Gratuita. Arbitro os honorários periciais em R$800,00, a cargo da autora, sucumbente no objeto da perícia. Todavia, sendo a obreira beneficiária da Justiça gratuita, os honorários serão pagos na forma da Resolução nº. 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (art. 790-B da CLT).

7 DECLARAÇÃO DE HIPOSUFICIÊNCIA...nos termos da Lei n de 29 de Agosto de 1983, combinada com a Lei n 1.060, de 5 de Fevereiro de 1950, e suas modificações subseqüentes, sujeitando-se às sanções cíveis administrativas e criminais, previstas na legislação aplicável, declara ser pobre no sentido legal, não podendo arcar com as custas processuais

8 SITUAÇÃO 03 Acolho a exceção pois restou confesso pelo reclamante que reside em Sorocaba desde 2013 e a breve exposição fática da inicial assevera que o reclamante trabalhou em várias cidades e estados mas não em São Paulo daí porque inexplicável o ajuizamento perante esta comarca como também inexplicável a divergência nos endereços quer seja na inicial, quer seja na procuração ad judicia com a realidade dos fatos; isto porque se desde 2013 o reclamante reside na cidade de Sorocaba é inadmissível que conste endereços em São Paulo para o ajuizamento da reclamatória ficando evidente que tal situação tentou induzir o Juízo a erro. Assim, reputo o reclamante litigante de ma-fé e condeno na multa de 2% sobre o valor da causa nos termos dos artigos 80 e 81 do CPC aplicados subsidiariamente.

9 SITUAÇÃO 04 Intervalo Intrajornada Norteado nos depoimentos das testemunhas Senhores Fulano e beltrano, entendo que restou comprovado que em duas vezes, por semana, em especial conforme o Sr. Ciclano, o reclamante gozava apenas de 00h20min de intervalo, em afronta ao caput do artigo 71, da CLT, que determina que o período deve ser de, no mínimo, uma hora. Sendo assim, considero provado o gozo de parcial do intervalo intrajornada, na forma do art. 71, 4º, da CLT, o que autoriza o pagamento do tempo suprimido, consoante se apurar nos cartões, como horas extras, acrescidas do adicional. Cabe aqui esclarecer que passei a perfilhar do entendimento de que é devido o pagamento como extra apenas do tempo efetivamente suprimido, com a devida vênia do disposto na Súmula 437,I, do C.TST, bem como na Súmula 27, deste Eg. TRT/3ª Região. Isso porque, a jornada de trabalho deve ser analisada à luz do disposto no caput do artigo 4º, da CLT, ou seja, apenas deve compor a jornada de trabalho o tempo efetivamente trabalhado e aquele colocado à disposição. Ao gozar do intervalo de parcialmente, como acima definido, neste período o reclamante não se colocou à disposição, tampouco cumpriu ordens, prestou serviços, de modo que não se pode incluí-lo na aferição da hora extra intervalar a que alude o art. 71, 4ª, da CLT, mas apenas aquele em que efetivamente houve a supressão, ou, em outras palavras, no tempo em que prestou serviços ou aguardou a execução de ordens.

10 SITUAÇÃO 05

11 PROPOSTA 02 ANÁLISE DO ARTIGO 62, INCISO I, da CLT e RECENTE DECISÃO DA ADPF 381 Impossibilidade do Controle da jornada de motoristas antes da Lei /2012. Análise do artigo 62, inciso I, da CLT, ou seja, não abrangidos pela jornada de trabalho fixa.

12 SITUAÇÃO ATUAL DA ADPF 381 O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu a petição inicial da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 381, por meio da qual a Confederação Nacional do Transporte (CNT) questionava decisões do Tribunal Superior do Trabalho que condenaram empresas ao pagamento de horas extras para motoristas externos.

13 MOTIVO DE INGRESSO DA ADPF: De acordo com a Confederação, antes da vigência da Lei /2012 que introduziu na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) os direitos e deveres dos motoristas, dentre eles a jornada de trabalho fixa, devido à ausência de meios aptos à fiscalização da jornada de trabalho, os motoristas que conduzissem veículo a uma distância tal do município da sede ou filial da transportadora estariam submetidos ao artigo 62, inciso I, do Código Trabalhista, ou seja, não abrangidos pela jornada de trabalho fixa

14 PEDIDO DA ADPF Determinar que os órgãos jurisdicionais das instâncias da Justiça do Trabalho a suspensão do andamento de todos os processos, bem como a suspensão dos efeitos de toda decisão proferida nos autos, em que discutida a validade da cláusula de convenção coletiva que prevê a aplicação do inciso I do artigo 62 da CLT para os contratos de trabalhos de motoristas externos em razão da impossibilidade de as transportadoras controlarem a jornada de trabalho dos seus empregados antes da entrada em vigência da Lei /2012.

15 DECISÃO DO MINISTRO: Mesmo antes da vigência da Lei /2012, havia decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) no sentido de afastar a aplicação do artigo 62 (inciso I) da CLT aos trabalhadores externos, por entender que, no caso, seria possível o controle da jornada de trabalho, ainda que a questão tenha sido objeto de convenção coletiva.

16 ARGUMENTO DA CNT A incerteza gerada por tal alteração de entendimentos, de acordo com a CNT, traria prejuízos para a livre iniciativa, já que as empresas teriam passado a ser condenadas por situação que, em tese, já estaria resolvida entre as partes e até então não contabilizadas como possíveis prejuízos.