Em 2016, trabalhadores lutarão por emprego, renda e em defesa da Previdência pública
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- Ian Pereira Leão
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1 Boletim Econômico Edição nº 7 janeiro de 1 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Em 1, trabalhadores lutarão por emprego, renda e em defesa da Previdência pública 1
2 I - Balanço econômico de 15 foi alarmante Todos os principais indicadores econômicos em 15 apresentaram comportamento negativo. Os gráficos, a seguir demonstram essa situação. PIB (Produto Interno Bruto) está negativo Em relação ao comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), observouse uma queda muito significativa. Em pouco tempo o nosso PIB caiu de 7,5% de crescimento positivo em 1 para -3,8% de queda em 15 (previsão). Uma variação negativa significa recessão e uma recessão que não vai ser erradicada em 1 (Gráfico 1). Sem crescimento econômico não pode haver distribuição de renda. E o prior é que as conquistas sociais anteriores estão sendo dissipadas pelo aprofundamento da crise econômica Gráfico 1 - Evolução do PIB (%) (1 a 15) 7,5 3,9 3, 1,9, ,8
3 Inflação dispara A inflação não deu trégua em 15. Por dois anos seguidos, o índice oficial (IPCA) superou o limite de tolerância de,5% e ficou, também, muito acima do centro da meta de,5%, determinada pelo Banco Central. Além de continuar crescendo a taxa de inflação superou a casa dos dois dígitos, algo que não acontecia há muito anos. O Gráfico apesenta a evolução da inflação. A taxa cresceu de 5,9% em 1 para 1,7% em 15 (previsão). 1 1 Gráfico - Evolução da Inflação (IPCA) (%) (1 a 15) 1,7 8 5,9,5 5,8 5,9, Desemprego aumenta Até o desemprego voltou. O país conseguiu ampliar o mercado de trabalho formal de maneira surpreendente nos últimos anos. Entretanto, a recessão econômica fez desaparecer milhões de postos de trabalho em 15 (Gráfico 3). 3
4 Gráfico 3 - Evolução do desemprego (%) (1 a 15) ,,7 5,5, 5,, Renda real do trabalhador cai O salário médio real dos trabalhadores teve um crescimento considerável nos últimos anos. Porém a chegada da recessão econômica reverteu esse quadro de ganhos. Em 1 a renda do trabalhador teve um crescimento de,% em termos reais. Já em 15 a queda foi de 3,9%, conforme dados do Gráfico. Gráfico - Evolução do rendimento real do trabalhador (%) (1 a 15) ,,1 3,1,7 1, ,9
5 II - Economia não vai melhorar em 1 Para reverter essa péssima situação econômica ocorrida em 15 o Estado brasileiro precisará equilibrar suas contas e incentivar o setor produtivo pela retomada dos investimentos. Porém, a volta do crescimento econômico não acontecerá em 1. O Estado está falido e a indústria está paralisada. Crise política vai emperrar ainda mais a economia O ano de 1 será um ano de tentativa de solução dos conflitos políticos e da tentativa dos Poderes Executivo e Legislativo voltarem a dialogar de maneira construtiva. Isso demandará muito tempo. Enquanto esse tipo de negociação política for se prolongando ao longo do presente ano, os trabalhadores terão uma luta árdua na defesa do seu emprego, pela manutenção do poder aquisitivo de sua renda e pela defesa intransigente dos direitos previdenciários. Rombo fiscal cresce e se torna um entrave ao crescimento O equilíbrio das contas públicas está longe de ser resolvido. O Governo Federal incluiu no Orçamento de 1 a receita da CPMF que ainda nem foi aprovada pelo Congresso Nacional. Ou seja, o Governo não tem recursos para cobrir o rombo fiscal e deseja aumentar impostos em cima dos trabalhadores. 5
6 Além da CPMF, o Governo também pretende aumentar a alíquota da DRU (Desvinculação das Receitas da União) de 5 para 3% em cima dos recursos do Orçamento da Seguridade Social. Isso pode prejudicar o financiamento das políticas sociais de Saúde, Previdência Social e Assistência Social. Essas duas propostas (CPMF + DRU) devem ser combatidas pelo movimento sindical brasileiro e por toda a sociedade brasileira, pois vão onerar mais ainda a população. Concluindo, o rombo fiscal deve continuar em 1 e isso vai impedir a retomada do crescimento econômico. Defender a Previdência Social pública A Previdência Social voltará a ser o alvo principal do Governo na tentativa de dificultar o acesso aos benefícios previdenciários e restringir direitos adquiridos dos aposentados e pensionistas do Brasil. O Governo continuará alegando que é preciso reduzir os gastos com a Previdência Social para não inviabilizar o sistema. Entretanto, essa alegação não é verdadeira. A Previdência sempre teve dinheiro, porém esse dinheiro é desviado pela União para o pagamento dos juros da dívida pública.
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