AS ESCRITAS ORDINÁRIAS NO COTIDIANO DE IRMÃOS AGRICULTORES

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1 AS ESCRITAS ORDINÁRIAS NO COTIDIANO DE IRMÃOS AGRICULTORES Palavras-chave: História da Educação, escritas ordinárias, diários. Vania Grim Thies Universidade Federal de Pelotas/UFPEL Grupo de Pesquisa HISALES 1- INTRODUÇÃO O presente trabalho é parte integrante da pesquisa de tese desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/FaE/UFPEL) e tem por objetivo investigar as práticas individuais da escrita de diários de irmãos agricultores com pouca escolarização, moradores da zona rural dos municípios de Pelotas e Morro Redondo, na região sul do Estado do Rio Grande do Sul (Brasil). Trata-se das escritas dos irmãos Schmidt: Aldo (62 anos), Clemer (59 anos) e Clenderci (53 anos). Os três sujeitos são agricultores, possuem a 5ª série do ensino primário e relacionam-se de forma muito particular com a prática da escrita, pois registram diariamente as atividades realizadas no cotidiano rural. Sendo incentivada pelo pai seu Henrique (91), a escrita de cadernos diários teve início na casa paterna, enquanto os filhos com ele residiam. O estudo em questão se insere no campo das escritas ordinárias que, segundo Fabre (1993), são escritas sem qualidade científica realizadas por pessoas comuns e que se opõe aos escritos prestigiados da escrita literária e científica. Segundo este autor, as escritas ordinárias estão associadas à momentos coletivos ou pessoais, à rotinas das ocupações cotidianas, e tem uma única função que lhes absorve e unifica: deixar os traços do fazer cotidiano (laisser trace). Nos últimos anos, as pesquisas têm procurado privilegiar as escritas sem qualidade científica, os escritos ordinários realizados por pessoas comuns e em contextos específico, para o caso em questão, os agricultores e a zona rural. Para Lahire (2002, p.116) não se estudam objetos tão comuns e aparentemente insignificantes como listas de compras, listas de tarefas, itinerários de viagem, pequenas notas em agendas, calendários ou em simples pedaços de papel a não ser com segundas intenções teóricas. No entanto, minha intenção de estudar as escritas ordinárias tem uma segunda intenção de problematizar as práticas de escritas das pessoas comuns e anônimas, de tornar o registro no diário dos agricultores um objeto de estudo, exemplificando que a escrita não serve só as pessoas com alto grau de escolarização ou aos interesses profissionais. Há algo mais efêmero do que escrever que se fez pão, a vaca Tina teve um terneiro, ou mesmo, realizamos o nosso noivado? Cenas de uma escrita ordinária que revela o cotidiano rural em questão. A escrita ordinária realizada no dia-a-dia não se destina a leitura nem procura a consagração da obra, nem de seu autor. Segundo Cunha (2007, p. 54): Escrito ao longo dos dias, o objetivo da escrita de diários parece ser o de apresar em suas páginas o passar do tempo, ainda que de forma fragmentada e com a ausência de elaboração prévia: uma escrita, enfim, que registra o efêmero, o descontínuo e por esse motivo chamada de escrita ordinária. 1

2 É preciso deixar claro que as escritas ordinárias podem nos remeter a cartas, bilhetes, cadernos escolares, diários íntimos, caderno de contas, livros de família, memórias, livros de receitas, etc. Neste trabalho estarei problematizando o que homens comuns, agricultores, fazem com a escrita no seu cotidiano. Os diários dos três irmãos agricultores são as escritas ordinárias. Aqui não é o profissional que escreve, nem mesmo, o aluno que freqüenta a escola, mas homens que constituíram uma disposição 1 para a escrita fora do ambiente escolar, no seio familiar. Diários privados de uma família, mas que não são guardados na sua intimidade. Contam a vida de um modo muito particular, desde menções ao clima, lazer, trabalho e acontecimentos da vida comunitária, procurando ordenar os fatos ocorridos durante o dia através de uma seleção axiológica 2. Através das escritas ordinárias dos irmãos Schmidt o que está em evidência também é o território rural, o qual aparece nas escritas de um modo muito singular. Tendo-se a zona rural como lócus da discussão, é possível problematizar questões urbanas e rurais, não como campos oposto, mas sim complementares, na medida em que são interdependentes. Segundo Carneiro (2008, p. 11), a questão a ser colocada é sobre as características que esse rural está assumindo na atualidade, portanto, se há alguns anos a sociologia rural, como disciplina específica, provocava reflexões sobre as diferenças entre o rural e o urbano, atualmente, precisamos questionar esse lugar como local de heterogeneidade, no qual, somente associar o rural às atividades da lavoura já não basta. Muitas vezes temos a representação do rural associado ao agrícola, da terra como principal fonte de renda e de inúmeros fatores condicionados ao sistema capitalista de produção. A visão romântica do campo como o lugar do sossego e da beleza das paisagens acaba por ocultar determinados processos vividos pelos indivíduos que retiram o sustento da terra. Nesse sentido, o trabalho de pesquisa também se propõe colocar em evidência que as práticas de escrita não são elementos somente urbanos. Para Dias (1999, p. 34), o meio rural, de modo geral, é visto, ainda hoje, em nossa sociedade, como o lugar do atraso, do Jeca Tatu, dos analfabetos. Insiste-se ainda na dicotomia campo/cidade, na qual a segunda representa todo o ideal de desenvolvimento. Dessa maneira, a autora deixa claro que há uma visão do campo como o lugar das pessoas sem estudo, mas o que precisamos ressaltar é que, mesmo com pouco, nenhum ou um alto grau de escolarização, os indivíduos se utilizam da cultura escrita servindo-se de diferentes estratégias e com diferentes finalidades. Conforme afirma Viñao Frago (1999), a cidade é o espaço gráfico por excelência e o escrito aparece de maneira instrumental (nome de ruas, praças, numeração de edifícios, placas de sinalização, etc.), através da publicidade (anúncios, cartazes, autodoors, prédios comerciais, etc.), nos monumentos e ainda poderiam ser citadas as pinturas em grafite. O que podemos afirmar é que na zona urbana há mais facilidade de acesso e de contato com a escrita através de materiais diversificados (placas, cartazes de propagandas, jornais, encartes) o que também justifica uma inserção na cultura escrita (Galvão, 2001), mas o que nem sempre pode ser justificado como participação no mundo do escrito, como é o caso das pessoas analfabetas ou pouco alfabetizadas. Na medida em que a escrita ordena os acontecimentos de cada dia, os diários acumulados durante anos tornam-se o guarda-memória (LEJUNE, 1997) de um sujeito, através do arquivamento do eu (ARTIÈRES, 1998). Nas palavras de Gomes (2004, p. 21) o sujeito produz uma escrita de si: defende-se que a escrita de si é, ao mesmo tempo, constitutiva da identidade de seu autor e do texto, que se criam, simultaneamente, através dessa modalidade de produção do eu. 2

3 O estudo através dos escritos sem qualidade ganham maior visibilidade se pensarmos nas contribuições que oferecem para as práticas sociais e culturais do escrito em uma sociedade de cultura escrita (BRITTO, 2005), na qual estamos envolvidos com o escrito desde o nascimento até a morte. O estudo indica que cada vez mais os sujeitos escrevem fora do ambiente escolar e das regras formais, trazendo contribuições significativas à História da Educação, especialmente ao campo da História da Cultura Escrita, entendendo a escrita como uma prática individual que compreende e corresponde a práticas socioculturais mais amplas. 2 As contribuições teórico-metodológicas no campo da Cultura Escrita Os diários foram escritos no período que compreende os anos de 1972 até os dias atuais. Aldo iniciou suas escritas em 1972, aos 25 anos enquanto era solteiro e morava na casa paterna. Em 1976, casou-se, constituiu família e continuou escrevendo diários com a nova família, prática que exerce atualmente. É o precursor das escritas na família, escreve diariamente o correspondente a trinta e oito anos consecutivos sem deixar o registro por um dia sequer. Já o irmão Clemer escreveu diários de 1975, enquanto solteiro, na casa do pai, até 1979, quando se casou e parou de escrever. Clenderci dá início aos diários em 1982 com a nova família e a saída da casa do pai, porém, ele permanece escrevendo até As escritas estão relacionadas ao trabalho no cotidiano rural, ao tempo, lazer e as atividades sociais da vida comunitária da família 3. Os procedimentos metodológicos adotados para a análise são entrevistas abertas, análise do conjunto dos diários e, ainda, os registros no caderno de campo das observações realizadas durante as visitas e encontros ocasionais ocorridos fora do contexto da pesquisa. O foco principal, nesta investigação, é a História da Cultura Escrita, analisada a partir do sujeito e de suas práticas. Para Castillo Gómez (2003, p. 97), a história da cultura escrita é resultado de uma tríplice conjugação: história das normas, capacidades e usos da escrita, história do livro e, por extensão, dos objetos escritos (manuscritos, impressos, eletrônicos ou qualquer outro suporte), e história das maneiras e práticas de leitura. Na perspectiva do autor, a História da Cultura Escrita deve constituir o ponto onde confluam duas tradições que até então haviam percorrido caminhos paralelos: de um lado a história da escrita e de outro a história do livro e da leitura (p. 97/98). Desse modo, consideramos que o conceito de cultura escrita é bastante amplo e envolve desde a leitura de um jornal, a escrita de um diário ou carta, até a produção literária, conforme o conceito problematizado por Chartier (2001, p. 84): Não se pode falar de uma cultura do impresso, da leitura dos livros impressos, sem antes situar essa prática ou esses objetos em um marco mais amplo, que é o que define em uma sociedade a cultura do escrito. E a cultura do escrito vai desde o livro ou o jornal impresso até a mais ordinária, a mais cotidiana das produções escritas, as notas feitas em um caderno, as cartas enviadas, o escrito para si mesmo, etc. [...] Na cultura do escrito há um continuum desde a prática da escrita ordinária até a prática da escrita literária. Portanto, dentre os estudos que envolvem a cultura do escrito, estão as investigações relacionadas à história do livro, das práticas de leitura e de escrita. Para Britto (2005, p. 15), 3

4 a cultura escrita caracteriza um modo de organização social cuja base é a escrita, presente em nossa vida desde o nascimento até a morte. Nesse sentido, pertencemos a uma sociedade de cultura escrita, sendo importante ressaltar que as práticas de leitura e de escrita não estão necessariamente sempre relacionadas a práticas profissionais ou legitimadas. No estudo em questão, por exemplo, os irmãos escrevem para satisfazer necessidades pessoais do cotidiano, dando sentido próprio e particular para tal prática. Na história da cultura escrita, as práticas de leitura e escrita não são separadas e estão relacionadas à práticas socioculturais. As escritas ordinárias servem para contar o dia de um modo muito particular, resultando em uma apropriação específica da escrita. Assim, ao explorar os usos da escrita, busca-se também ampliar o entendimento sobre os aspectos que tangem o campo da cultura escrita, visto que muitas vezes tais práticas não são reconhecidas socialmente, por não serem diretamente relacionadas a práticas escolares e/ou a práticas profissionais do emprego da leitura e da escrita. Segundo o conceito de autores como Castillo Gómez (2003) e Chartier (2001), a cultura escrita deve ser analisada na relação que estabelece com os valores de sua produção e os modos de apropriação de práticas sociais de escrita e de leitura. As escritas caracterizam um conceito tão amplo que estão na mira de antropólogos, lingüistas, pedagogos e historiadores, entre outros. Para analisar a cultura escrita é necessário, como nos alerta Petrucci (1999, p. 37), a abordagem interdisciplinar e o diálogo entre diferentes áreas: A necessidade de abordar de maneira interdisciplinar e comum, eventualmente em equipes mistas e, desde logo, com novos métodos de análises e de comparação, o material documental e livreiro, o patrimônio ideológico, as estruturas administrativas e sociais que se tem no passado ou hoje tem relação (de influência direta ou inclusão só testemunhal) com a cultura escrita, seu mecanismo de produção e sua dinâmica de difusão. Assim, através da abordagem interdisciplinar, a escrita não é apenas um símbolo gráfico, mas exerce diferentes funções, sendo considerada uma prática social e cultural com diferentes apropriações pelos sujeitos de acordo com suas redes de relações sociais. A localização e a análise dos diários dos agricultores nos permitem entender a importância da cultura escrita, impedindo que materiais valiosos como esses acabem em cinzas ou no esquecimento. O sociólogo Bernad Lahire (2002, 2004, 2005) oferece significativas contribuições teóricas ao propor investigações relacionadas a uma sociologia à escala individual, em que o social é abordado individualmente, ou seja, o social refratado num corpo individual que tem a particularidade de atravessar instituições, grupos, campos de forças e de lutas ou cenas diferentes (2005, p.14). Dessa forma, o pesquisador deve focalizar o indivíduo e, a partir da compreensão de suas formas incorporadas e interiorizadas, alcançar a realidade social, uma realidade relativa ao indivíduo que compreende o social. Assim, o indivíduo é evidenciado como produto complexo de diversos processos de socialização. Portanto, ao analisar o indivíduo singular, torna-se imprescindível considerar a sua pluralidade interna, levando a compreensão de que o singular é necessariamente plural (2005, p.25). O sujeito singular no campo social deve ser analisado a partir de sua pluralidade interna, como meio de compreender suas ações e reações sociais. Desse ponto de vista, o estudo na 4

5 escala individual deve ser capaz de responder a interrogações do dia-a-dia, leigas, mas essenciais, quanto à vida dos indivíduos em sociedade (LAHIRE, 2005, p.36). Compreender a variação dos comportamentos individuais, segundo o contexto social no qual o sujeito está inserido, é uma tarefa imprescindível nesse caso. Para Lahire (2002), somente estudando os atores em cenas particulares do social, pode-se julgar até que pontos certos esquemas de ações são transferíveis de uma situação para outra, percebendo o estoque de esquemas incorporados pelo ator em sua trajetória social. No entanto, o desenvolvimento de uma pesquisa em que o sujeito precisa ser observado minuciosamente requer grande dinamismo e uma série de cuidados, a fim de que ele não se sinta invadido pelas ações da pesquisa. Para Lahire (2002, p. 201), apesar da observação direta dos comportamentos ainda ser o método mais pertinente, raramente ela é inteiramente possível à medida que seguir um ator em situações diferentes de sua vida é uma tarefa ao mesmo tempo pesada e deontologicamente problemática. Restam, assim, a entrevista e a coleta das mais variadas fontes como caminho possível, que podem levar a resultados reveladores sobre as relações do indivíduo com o mundo social. Na investigação proposta neste estudo, a entrevista apresenta-se como instrumento de coleta de dados, associada a observações realizadas durante a própria entrevista e os diários disponibilizado pelos depoentes. Os diários são documentos pessoais produzidos por sujeitos. Conforme Bogdan e Biklen (1994, p. 176) os dados produzidos pelos sujeitos são utilizados como parte dos estudos em que a tônica principal é a observação participante ou a entrevista, embora às vezes possam ser utilizados em exclusivo. Para este trabalho, os diários produzidos são utilizados como documentos em exclusivo e, as entrevistas, foram utilizadas apenas para a aproximação com os agricultores e para a contextualização das escritas. Assim, todos os dados são avaliados e considerados, desde os arquivos pessoais aos relatos que o sujeito constrói sobre a sua vida pessoal. Tudo deve ser cruzado e analisado a partir de suas semelhanças e/ou contradições. No caso do estudo em questão neste trabalho, associei a análise dos próprios cadernos com o uso das entrevistas. Também foram realizadas leituras verticalizadas e horizontalizadas dos diários. Assim, as escritas dos diários foram mapeadas e categorizadas tomando dias, meses, anos comparativamente, além de estabelecer relações entre diários de irmãos e primos e de observações registradas no caderno de bordo da pesquisadora. É, portanto, a partir desse material, que os agricultores serão apresentados através de um breve perfil. 3. Registrar o cotidiano: breve perfil dos três irmãos 3.1 Aldo: entre a lavoura e o caderno Aldo Kohls Schmidt (61 anos) é um pequeno agricultor, morador da zona rural do município de Pelotas (RS), Colônia Santo Antônio, 7º distrito, com escolaridade foi até a 5ª série primária, possui em torno de 20 hectares de terra para o cultivo de suas lavouras, trabalho realizado com mão de obra familiar e, além disso, arrenda alguns hectares, em terras vizinhas, para o plantio das culturas. É casado e tem dois filhos concluíram o Ensino Médio em uma escola na zona rural e, atualmente, trabalham na lavoura com o pai. Os diários de Aldo são os seguintes: 5

6 Diário nº 1: 5 de julho de 1972 a 17 de fevereiro de 1976; Diário nº 2: 18 de fevereiro de 1976 a 16 de junho de 1979; Diário nº 3: 17 de junho de 1979 a 31 de dezembro de 1984; Diário nº 4: 1º de janeiro de 1985 a 31 de dezembro de 1987; Diário nº 5: 1º de janeiro de 1988 a 11 de março de 1991; Diário nº 6: 12 de março de 1991 a 31 de dezembro de 1994; Diário nº 7: 1º de janeiro de 1995 a 10 de julho de 1997; Diário nº 8: 11 de julho de 1997 a 17 de fevereiro de 2000; Diário nº 9: 18 de fevereiro de 2000 a 27 de agosto de 2002; Diário nº 10: 28 de agosto de 2002 a 31 de dezembro de 2004; Diário nº 11: 1º de janeiro de 2005 a 30 de abril de Aldo Schmidt, segundo filho mais velho de uma família de doze irmãos, iniciou a escrita de diários no ano de 1972, especificamente na data em que completava 25 anos e morava com seu pai e os irmãos na Colônia Santa Áurea, também município de Pelotas (RS). Em uma das entrevistas realizadas com Aldo (08/02/2007), ao deixar sobre a mesa os onze cadernos escritos, ele revelou o que sente em relação aos diários com uma simples frase: aqui está toda a minha vida. Ao dizer isso, Aldo atribui um sentido para sua prática de escrita: deixar a sua vida por escrito. Institui um significado para a escrita de si e jamais delega essa tarefa para a esposa ou para os filhos, por exemplo. O diário representa um ato biográfico para Aldo, pois, dá um significado especial para algo que está diretamente relacionado à sua vida: a prática da escrita. Assim como o trabalho com a terra é importante, porque dela retira seu sustento, a escrita, para Aldo, também é o que sustenta a produção de si. Um breve ensaio de análise mostrou que o começo da escrita compõe-se de algumas páginas rememorando sua infância e os principais fatos de sua vida até a idade dos vinte e cinco anos, em julho de Desta forma, Aldo narra a sua vida até, como ele próprio diz, os seus 25 verões. Com isso, toma distância de si mesmo para enxergar-se, produzir-se enquanto sujeito que pertence ao mundo rural. Escreve com as mãos calejadas pelo arado, pela enxada que cava a terra, assim como a caneta marca sua escrita no diário. Escreve para trazer o passado vivido para o presente. Traz recordações do tempo da infância, do primeiro dia de aula no dia 5 de março de 1955 pela primeira vez me arrumava para ir para a aula ; as notas escolares com precisão; a Copa do Mundo de 1962 no Chile quando Brasil foi bi-campeão ; o primeiro baile no dia 8 do mês de maio de 1966 fui ao 1º baile no Salão Bosembecker ; o ingresso no quartel e os colegas de pelotão deste período; seus deslocamentos para outras cidades; seus treinamentos; suas pretendentes; a primeira carta de amor; a primeira visita na casa da namorada Nair Belletti pela 1ª vez chegava a sua residência para lhe visitar ; a sua eleição como membro de uma comunidade religiosa. É importante enfatizar que Aldo registra seus 25 verões e 35 anos de vida nos seus onze diários sem deixar a escrita sequer por um dia. Além disso, a contabilidade da casa também 6

7 é controlada através de registros. Sua renda, entradas e saídas também são registradas em cadernos separados dos diários, desde o ano de Ele justifica o começo de suas anotações referentes à contabilidade da casa: No tempo de solteiro, isso não, o negócio do financeiro não entrava, agora, depois que eu comecei a trabalhar por minha conta, eu tenho anotado tim tim por tim tim, se é com higiene, se é com saúde, se é com veneno, se é com diversão, despesa, e a entrada também com que quê foi. (Aldo Schmidt, entrevista, 08/02/2007). Os registros com a contabilidade da casa servem para confirmar que as escritas de Aldo têm características diferenciadas: nada escapa de suas escritas, nem ao menos os gastos com higiene, tudo é minuciosamente registrado. Desta forma, a escrita é legado para sua família, deixa uma herança, pois os filhos também começaram a escrita de diários, segundo eles, de uma maneira bem mais simples que a do pai. 3.2 Clemer: a escrita como controle do trabalho Clemer Kohls Schmidt (59 anos) tem quatro filhos, sendo dois homens (gêmeos), uma filha e um filho caçula. Todos freqüentaram a escola e concluíram seus estudos sendo que o caçula está no início do ensino fundamental. Clemer possui, para cultivo, 23 hectares de terra que não são suas. Ele apenas mora no local e cultiva, mas a propriedade não é sua, de forma que o sistema de produção é de parceria, ou seja, toda a produção é dividida com seu parceiro, que recebe 25% do total colhido. O agricultor, que se utiliza do trabalho coletivo da sua família para o cultivo das lavouras, também planta nas terras que pertencem a Hilma, sua esposa. Essas terras, porém, ficam distantes alguns quilômetros do local onde mora. Clemer escreveu diários na casa paterna enquanto solteiro, no período de 1975 à 1980, porém diferentemente do irmão Aldo, os diários escritos por Clemer representam uma prática coletiva da família, pois não eram apenas dele, mas sim ele era o responsável pela escrita do dia. O objetivo não era a privacidade e sim a coletividade. Uma forma de organizar o mundo da família, conforme as ocupações daquele dia. Também é importante ressaltar que quando Clemer constitui nova família com o casamento e sai da casa do pai, os demais irmãos que permaneceram na casa paterna continuaram realizando esse tipo de registro. Isso demonstra que os diários escritos por Clemer têm um sentido diferente dos diários do irmão Aldo: registrar o que aconteceu no dia de maneira coletiva. Visualizando o material de Clemer, tem-se o seguinte: 1º caderno: 27 de janeiro de 1975 a 22 de julho de 1975; 2º caderno: 23 de julho de 1975 a 27 de abril de 1978; 3º caderno: 28 de abril de 1978 a 22 de outubro de A escrita dos diários de Clemer era rigorosamente realizada à noite, depois do término do trabalho, de forma individual, relatando o trabalho da família, ou seja, uma escrita relativa ao grupo familiar. A intenção não é classificar tais escritas em um campo fechado com limites determinados, mas sim, analisá-las de maneira que possa ser percebido o sentido atribuído a essa prática num contexto sócio-cultural singular. Um sentido amplo de registrar 7

8 o vivido, de perceber o mundo e, principalmente, de registrar esse mundo com suas particularidades e simplicidades, deixando seus rastros através da marca gráfica. 3.3 Clenderci: cultivar rosas e a cultura escrita Clenderci Kohls Schmidt (53 anos) completou os estudos primários até a 5ª série do ensino primário, é pequeno agricultor que atualmente dedica-se intensivamente à plantação de rosas, e reside na Colônia Santa Áurea, (Pelotas/ RS). É casado e tem uma filha que está cursando a faculdade de Agronomia. Clenderci escreveu diários no período de 1982 a 1993, totalizando sete cadernos, diferenciando-se dos outros dois irmãos, Aldo e Clemer, por um fator importante: ter começado a escrita após o casamento, em Os diários de Clenderci são os seguintes: - Caderno nº 1-8 de março de 1982 a 6 de agosto de 1983; - Caderno nº 2-7 de agosto de 1983 a 21 de julho de 1985; - Caderno nº 3-22 de julho de 1985 a 8 de junho de 1986; - Caderno nº 4-9 de junho de 1986 a 17 de abril de 1988; - Caderno nº 5-18 de abril de 1988 a 22 de março de 1990; - Caderno nº 6 23 de março de 1990 a 18 de fevereiro de1991; - Caderno nº 7-19 de fevereiro de 1991 a 26 de novembro de O início da escrita do diário após o casamento deve-se ao fato de que enquanto os filhos moravam na casa paterna, o registro era coletivo, com exceção dos diários de Aldo. Possivelmente pela ausência desse registro coletivo, Clenderci começa um novo diário para si após o casamento com a nova família. Porém, em 1993, ele pára de escrever os diários. Como argumento para não escrever mais, o agricultor diz que foi cansando, mas coincidentemente, é neste mesmo período que ele assume como secretário de um grupo de agricultores de sua localidade, realizando atas e responsabilizando-se pelo caderno de controle das vendas da feira, ficando como único responsável pela contabilidade das feiras realizadas, devido ao pequeno número de agricultores do grupo. Então, é como se uma prática de escrita substituísse a outra, ou seja, o registro no diário acabou sendo substituído pelas atribuições de secretário do grupo de produtores que incluía os registros da contabilidade das vendas. Atualmente o grupo dos agricultores não existe mais, mas a documentação existente está sob sua guarda. Analisando essa documentação percebi que quando ele registra os resultados da feira, sempre há uma observação quanto ao horário de saída, de chegada, da duração da feira e, essas são observações que também estão presentes nos diários de Aldo. Para Clenderci, a escrita também está presente, diariamente em seu contexto. Mesmo, atualmente, não escrevendo diários nem realizando os registros do grupo de agricultores como anteriormente fazia, através do cultivo e da venda de rosas, ele faz uso constante da caneta e do caderno, registrando as encomendas que recebe e, desta forma, novamente realizando o controle da contabilidade, porém agora, de sua própria renda. 8

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho procurou mostrar as escritas ordinárias de três irmãos agricultores. As práticas dos irmãos escritores, sujeitos com pouca escolaridade, nos fazem repensar as diversas funções da escrita em nossa sociedade: escrita como estratégia de memória, como organização do pensamento, como correspondência, escrita da e na vida, registro do que se fez ou do que se fará no dia. Podemos observar que há, na família Schmidt, um grande patrimônio do escrito, que procura ressignificar as práticas de escrita e de leitura. A escrita serve, além de tudo, para a vida, na qual constroem uma identidade para si. É uma prática específica, em que o uso da escrita traz a certeza da existência e da permanência através das palavras. O estudo traz contribuições significativas ao campo da cultura escrita, na medida em que apresenta a escrita como prática individual que compreende e corresponde a prática sociocultural nem sempre legitimada. Assim, tornam-se visíveis outras dimensões para a em contextos não profissionais, não escolares, não formais, ou seja, escreve-se para deixar sua vida por escrito, para tornar o passado mais presente, deixando os traços do fazer vivido. 9

10 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARTIÈRES, Philippe. Arquivar a Própria Vida. Revista de Estudos Históricos, p.9-34, BAKHTIN, Mikhail, Estética da Criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. 5ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, BOGDAN, Roberto. BIKLEN, Sari Knopp. Investigação qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto. Porto Editora, BRITTO, Luiz Percival Leme. Letramento e Alfabetização: implicações para a Educação infantil. In: FARIA, Ana Lúcia Goulart de & MELLO, Suely Amaral (org). O mundo da escrita no universo da pequena infância. Campinas, SP: Autores Associados, CARNEIRO, Maria José. Rural como categoria do pensamento. Ruris, Campinas, v.2, n 1, p.9-38, mar CASTILLO GÓMEZ, Antonio. Historia de la cultura escrita: ideas para el debate. Revista Brasileira de História da Educação SBHE- Dossiê O Público e o Privado na Educação Brasileira. Editora Autores Associados, jan./jun nº 5. CHARTIER, Roger. Cultura Escrita, Literatura e História: Conversas com Carlos Aguierre Anaya Rosique, Daniel Goldin e Antonio Saborit. Porto Alegre: Artmed, CUNHA, Maria Teresa Santos. Do baú ao arquivo: escritas de si, escritas do outro. Revista Patrimônio e Memória: UNESP, FCLAs; CEDAP, v. 3, nº 1, p , DIAS, Vânia Aparecidas Costa. Práticas de leitura de professoras no meio rural. Dissertação de mestrado: Belo Horizonte. Fae / UFMG. Fev FABRE, Daniel (org.). Écritures Ordinaires. Paris Centre Georges Pompidou. Bibliothéque Publique d Informatión, p.11-94, GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. Cordel: leitores e ouvintes. Belo Horizonte: Autêntica, GOMES, Angela de Castro. Escrita de si, escrita da História: a título de prólogo. Rio de Janeiro: Editora FGV LAHIRE, Bernard. Homem Plural: os determinantes da ação. Petrópolis: Vozes, LAHIRE, Bernard. Retratos Sociológicos. Porto Alegre: Artmed, LAHIRE, Bernard. Patrimônios Individuais de Disposições: para uma Sociologia à Escala Individual. Sociologia, Problemas e Práticas, n.49, 2005, p LEJUNE, Phillipe. O guarda- memória. Revista de Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 19, p , Disponível em: Acesso em: 18 nov. 10. PETRUCCI, Armando. Alfabetismo, escritura, sociedad. Barcelona: Ed. Gedisa, THIES, Vania Grim. Arando a terra, registrando a vida: os sentidos da escrita de diários na vida de dois agricultores f. Dissertação (Mestrado em Educação) Programa de Pós-Graduação em Educação/Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas,

11 VIÑAO FRAGO, Antonio. Leer y Escribir: historias de dos práticas culturales. México: Fundación Voces y Vuelos, NOTAS 1 Segundo o sociólogo Bernard Lahire (2004) uma disposição é o produto incorporado de uma socialização passada, ela só se constitui através da duração, isto é, mediante a repetição de experiências relativamente semelhantes (p. 28). 2 O conceito utilizado por Mikhail Bakhtin e está associado à valores. 3 THIES, Vania Grim. Arando a terra, registrando a vida: os sentidos da escrita de diários na vida de dois agricultores f. Dissertação (Mestrado em Educação) Programa de Pós-Graduação em Educação/Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas,

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