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1 : ascensão e queda do capital financeiro André Luís Forti Scherer Enéas Costa de Souza ** A economia mundial atravessou um período de grande renovação nos últimos 30 anos, transformando profundamente a sua base de crescimento e desenvolvimento. Construiu um período novo, inquietante e fantástico, armando a montagem de uma economia distinta da anterior. Deixou de ser uma hegemonia produtiva, de cunho fordista, do período pós Segunda Guerra Mundial, para tornar- -se uma economia centrada progressivamente na esfera financeira do capital. O finance-led growth integrou finança e produção, sob hegemonia da primeira. No vazio deixado pela queda da atividade econômica baseada monetariamente no padrão dólar, ocorreu a metamorfose global das estruturas da economia, da política e da sociedade. Tivemos, por consequência, a origem do atual padrão econômico, unido circulatoriamente por uma nova moeda, a moeda financeira, chamada também de moeda fiduciária, ou dólar livre. Essa moeda permitiu a expansão exacerbada do capital além do seu limite, entrando, porém, em crise, no ano de Os acontecimentos posteriores indicam uma desestruturação acentuada do padrão econômico iniciado no final dos anos 70, que foi marcado, sublinhemos definitivamente, por uma liderança, uma dominação e uma hegemonia das finanças sobre o Estado e toda a sociedade, período trepidante de alterações na distribuição da riqueza, concentrando-a fortemente no topo das esferas capitalistas. Ao mesmo tempo, financeirizou-se toda a realidade econômica, as remunerações dos trabalhadores e, assim, as relações sociais. Como resultado desse processo, ocorreram a mundialização e a globalização da economia, com grandes alterações geopolíticas e geoeconômicas, apoiadas em novas Economista da FEE. ** Economista da FEE. O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

2 tecnologias de comunicação e informação. A expansão, que implicou uma forte desregulação do sistema financeiro, sustentada pelo poder público em favor das finanças, terminou por gerar uma crise de vasta amplitude. Crise tanto mais perturbadora, pois culmina numa crise da civilização, envolvendo desde uma crise econômica até uma crise ecológica. É nesse barco que a sociedade contemporânea está navegando. E, como diz o poeta: navegar é preciso. Então, estamos num momento de transição, cuja incerteza é o seu traço mais decisivo. Para efeito do presente trabalho da FEE, cabe fazermos um enquadramento desse período da economia financeira mundializada ( ). Com isso, há uma tentativa de definirmos a sua estrutura e seus elementos por primeiro e os aspectos da dinâmica econômica em seguida. A pergunta é imediata: qual a vantagem desse procedimento e dessa abordagem? Visivelmente, a possibilidade de distinguirmos com ênfase, e nitidamente, o pano de fundo de uma compreensão dos acontecimentos da globalização subterrâneo necessário para a leitura da economia brasileira e da economia gaúcha. Cabe desenvolvermos, neste texto, proposições, enunciados e efeitos que qualifiquem e distingam a dupla situação onde se delineiam os movimentos significativos dessa economia mundializada. De um lado, designamos as estruturas de longo prazo; pois elas organizam as relações básicas e repetitivas, que, num certo modo e por um determinado período, compõem a coesão de uma totalidade histórica aberta e em movimento. São elas, essas estruturas, que dão sentido ao econômico e à sociedade. No desenvolvimento deste texto, elas estarão apresentadas como proposições estruturais. E, de outro lado, como as estruturas se transformam, o texto busca igualmente salientar o modo como os elementos da estrutura se articulam à dinâmica do período. Surgem então os enunciados dinâmicos. Ou seja, podemos entender a relação desses marcos estruturais com os processos econômicos concretos. Nela, estão incluídas, inclusive, aquelas evoluções que rompem com os aspectos reiterativos e que provocam revoluções no interior do padrão O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

3 contemporâneo, tecidas nas operações dos sistemas políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, etc. E, igualmente, os processos que conduzem a uma forma de economia e sociedade, que, depois de muitos anos de solavancos, mas, sobretudo, de êxitos (do ponto de vista do capital), desembocam numa vasta crise. Aparecem incluídos aí os efeitos mais profundos do movimento dessa sociedade capitalista com hegemonia financeira. Todas as formas econômicas e sociais são assim, desabrocham numa ascensão e culminam numa queda. Para termos um panorama sintético desse período, discutiremos proposições estruturais, avançaremos interpretações sob formas de enunciados dinâmicos, onde a relação estrutura dinâmica/fatos empíricos será relevante, processos que proporcionarão efeitos complexos, dos quais salientaremos os efeitos geopolíticos e os efeitos civilizacionais. Dessa forma, configuraremos o cenário, o panorama de onde decorrem as realidades de todos os países e todos os lugares. 1 PROPOSIÇÕES ESTRUTURAIS DO CAPITALISMO SOB HEGEMONIA FINANCEIRA Nesta parte do texto, importa desenvolvermos algumas proposições gerais, que tratam de aspectos estruturais que foram extremamente significativos no desenvolvimento do capitalismo após os anos 70. Em função das necessidades explicativas e das limitações de espaço, mas, teoricamente, por serem as peças fundamentais, daremos mais ênfase às duas primeiras que às outras seis, que se encontram na segunda parte e que serão desenvolvidas a partir dos enunciados explicativos. No entanto, todas elas funcionam como um sistema e nos levam a compreender a extensão da longevidade e a permanência do processo. Queira-se ver, então, que essas proposições servem como moldura para o quadro contemporâneo, cujos meandros, labirintos e diversificações serão apresentados em um segundo momento deste artigo. O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

4 1.1 Proposições estruturais que fundam a economia financeira Proposição 1: a hegemonia financeira do capital transforma todos os ativos em ativos financeiros. Instaura, assim, a partir dessa metamorfose, uma tendência à especulação como a lei maior do atual sistema econômico. Foi, sem dúvida, Rudolf Hilferding quem primeiro tratou de uma nova forma de capital, a qual chamou de capital financeiro. Este nada mais é do que a possibilidade que um determinado montante de dinheiro de uma empresa ou de um investidor tem de se valorizar por intermédio de qualquer órbita econômica, seja ela produtiva, seja financeira, o que nos faz pensar que o sistema econômico possa ter agora uma hegemonia das finanças. Pois os produtos e serviços do sistema capitalista são, na verdade, como diria Hyman Minsky posteriormente, ativos financeiros. Ou seja, além desses ativos propriamente financeiros, os ativos reais e os ativos monetários fazem parte do conjunto de valores econômicos que tem a virtualidade de se valorizarem como se fossem títulos das finanças. É uma mudança na economia do tipo da água para o vinho. Dessa forma, um banco, uma fábrica, um shopping center, em face da nova situação, podem funcionar como uma entidade financeira. Dito de outra forma: a valorização dos seus ativos tende a ser regulada pela taxa de juros. Percebemos, então, que a categoria hegemônica do excedente econômico como dizia Celso Furtado é a da renda, mais do que a dos lucros. Tudo porque podemos afirmar, de uma terceira maneira esses ativos, aqui falados, são geridos na dinâmica cíclica pela função monetária da especulação. Com essa característica, vislumbramos que a economia contemporânea tende permanentemente para a explosão de preços dos ativos financeiros. Nela, os preços não funcionam como nos mercados normais de compra e venda, quando o aumento de preço retém a oferta. Nos mercados de inspiração financeira, as elevações dos preços O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

5 são, em verdade, estímulos convidativos para aumentar a demanda. Uma ação, ou um título, quanto mais aumenta de valor, é tanto mais procurada. E, de maneira fortemente devorante, já que, por uma razão ou outra desconfiança, descoberta de títulos fraudulentos, etc., há uma ruptura dessa convenção altista, e o mercado desses ativos perde subitamente sua dinâmica, entrando em colapso. Dessa forma, constatamos que o regulador keynesiano, a relação da taxa de juros com a eficiência marginal do capital, lentamente, ao longo desses anos todos, sofreu um reparo, um acréscimo, um desvio, embora essa relação continue a funcionar no limite. No curto prazo, no entanto, em função da garantia, em última instância, da mão visível do Estado, as aplicações financeiras sejam ações, títulos securitizados ou derivativos, petróleo ou commodities agrominerais passam a ser o lado fundamental da economia. E a especulação assume a figura que desperta a elasticidade de valorização dos ativos e, claro, também o seu limite incandescente. Logo, a tendência à especulação contém, no interior do seu movimento, uma instabilidade que promove uma trajetória inclinada à elevação dos resultados, mas também à sua iminente destruição. Proposição 2: o capitalismo sob hegemonia financeira constrói a montagem de um Estado financeiro e dá nascimento a uma moeda igualmente financeira. O processo de expansão do capital financeiro culmina certamente na conquista do Estado. Porque o Estado tem dois pontos fundamentais: a universalidade, que absorve e soluciona temporariamente os conflitos, e a força oriunda dessa universalidade, que se chama de coerção, que é a capacidade de fazer com que os grupos sociais cumpram as suas decisões. E, obviamente, essa coerção termina, quando temos o lado externo de um país, na sua atividade diplomática e militar, de produzir como efeito a aceitação de sua liderança. Mas o Estado tem esse caráter de assumir a unidade do poder e imperar sobre as forças, conduzindo os conflitos em O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

6 favor do setor dominante. De tal maneira que o fato decisivo, na situação atual, tem a ver com a extrema dificuldade, senão a impossibilidade, de que qualquer partido político que assuma o poder possa interferir na substância da economia política do capital financeiro. E o centro dessa política, sabe-se, é a valorização de seus ativos, sustentada por uma política econômica que privilegie uma política monetária, financeira e fiscal. As demais políticas não importam. As políticas industrial, agrícola, trabalhista, tecnológica, etc. serão sempre inexistentes ou subsidiárias das primeiras. A política econômica carrega, no seu nervo ativo, o apoio quase irrestrito às aplicações financeiras e à sua lógica. Nessa fase da hegemonia do capitalismo financeiro, o mundo presenciou, ainda nos anos 70, a desvinculação do papel-moeda da mercadoria-dinheiro, o ouro. Com essa decisão dos Estados Unidos, ele, a velha relíquia, deixou de ser a base da moeda. E, por esse fato político e econômico, suspendeu-se a circulação do chamado dólar- -ouro; começou, então, o período do nascimento da moeda financeira, que só ocorreu, em sua plenitude, em Para que isso acontecesse, era preciso que ela fosse, economicamente, construída e garantida pelo Estado. O seu objetivo é o mais claro possível: proporcionar às finanças a valorização básica das suas aplicações. Para resolver essa questão, temse que atentar para os seguintes passos. Em primeiro lugar, só um Estado líder do sistema mundial das potências poderia garantir uma moeda sem base mercantil, ou seja, sem que uma mercadoria desse um suporte de valor ao dinheiro. Primeiro, porque o fundamental de uma moeda, além de atuar como meio de circulação e funcionar como medida de valores, é exatamente cumprir a função reserva de valor. Para escapar do ouro, o que vai permitir a existência da moeda financeira é a garantia de um Estado hegemônico política, econômica e militarmente, para que, amparado nessa amplitude de poderes, possa fixar a taxa de juros básica da economia mundial. E quem fixa essa taxa é justamente o Banco Central desse Estado. O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

7 Essa é apenas a primeira parte da função reserva de valor, a possibilidade de valorização. Mas há que se ter a garantia mínima da valorização. E quem fornece é esse mesmo Estado, que, emitindo títulos públicos por intermédio do seu Tesouro, determina a taxa básica do sistema e assegura que a sua moeda possa ser, de fato, reserva de valor. Isso significa que a moeda financeira não é apenas definida pela taxa de juros, mas também pelos títulos públicos de um determinado Estado. E, se essa é uma compreensão teórica da assunção do dólar como moeda mundial, a evolução histórica da hegemonia do dinheiro dos Estados Unidos seguiu uma cronologia específica, com fatos e lutas monetárias marcadas pela hegemonia dos bancos norte-americanos, pela constituição de um sistema financeiro cada vez mais complexo e internacional, incluindo a constituição do shadow banking system, expoente da crise financeira contemporânea. Com essas apreciações, passamos a ter a consciência clara e definitiva de que a hegemonia da órbita financeira do capital precisa, para a sua dinâmica, de uma moeda abstrata, despregada de uma mercadoriadinheiro. Para que, assim se desmaterializando, a valorização do capital possa ter uma elasticidade de valor de acordo com a potência especulativa da capitalização requerida pelas finanças. Porém também fica nítido que uma moeda com tais características não pode existir como pensava Friedrich Hayek, garantida por capitais privados. Só o Estado, por estar numa instância distinta dos capitais, sendo público, com dimensões universais, pode, dado o seu poder, a sua riqueza e a sua política, sustentar, pelo menos enquanto é a potência líder, uma moeda tão leve, tão frágil, tão diáfana, tão sem valor mercantil, um simples papel, para que todos os participantes da economia mundial possam aceitá-la. Assim, a passagem do dólar-ouro para o dólar forte (ou dólar flexível, como querem alguns) foi um elemento fundamental para que as finanças pudessem organizar a dinâmica da economia capitalista de 1979 até agora. O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

8 Finalmente, pelo fato de o Estado ser financeiro e ter construído uma moeda financeira, ele é o verdadeiro garantidor, em última instância, das crises econômicas, principalmente financeiras, seja por seus recursos orçamentários, seja por leis votadas pelo Congresso, seja pela própria política monetária. Devemos salientar igualmente uma especificidade marcante: o Estado usa o endividamento como a possibilidade, ocorrida na atual crise, de utilizar a credibilidade pública em benefício do capital financeiro, tanto através da sua dívida interna quanto da dívida externa. O tão famoso discurso sobre a retirada do Estado da economia é apenas um véu que cobre a posse do Estado pelas finanças e a garantia que ele fornece, nos limites do seu endividamento, o caminho para o desenvolvimento, a expansão e a sustentação de possíveis recuperações das corporações financeiras em bancarrota. 1.2 Proposições estruturais que fazem funcionar o sistema Pretendemos, nesta seção, delinear os traços estruturais quanto à forma de funcionamento do capitalismo sob hegemonia financeira, bem como desenvolvê-los explicativamente em enunciados dinâmicos, que possibilitarão melhor divisarmos as articulações entre os diversos elementos que compõem esse sistema. Proposições Proposição 1: o capitalismo atual produz uma estrutura financeira a partir da desregulação da economia. Essa desregulação possibilita a armação de uma rede estrutural que favorece uma dinâmica, cujo funcionamento, em forma continuada, pode ser global, parcial ou pontual. Proposição 2: a instabilidade característica do capitalismo sob dominância financeira originou uma série de instituições e instrumentos, O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

9 para permitir sua operação com grau de risco aceitável para os operadores do mercado. Proposição 3: há uma combinação circular entre as finanças e as tecnologias de comunicação e informação para a crescente expansão e hegemonia do capital financeiro. Processo que envolveu, direta e indiretamente, também o capital bélico, para dar origem ao capitalismo financeiro neoliberal de guerra. Proposição 4: uma economia financeira estabelece uma nova inter- -relação dos componentes da estrutura de demanda. Ao contrário da demanda keynesiana, investimento-consumo, houve uma inversão, de maneira que é o consumo quem puxa o investimento, a partir de um processo constante de endividamento das famílias e das empresas. Todavia, a partir dos anos 2000, esse sistema se enlaça profundamente com a China, cuja dinâmica é desenvolvimentista, ou seja, o investimento, sobretudo de origem estatal, está à frente do consumo. Proposição 5: o capitalismo de hegemonia financeira leva à financeirização tanto da estrutura produtiva como da remuneração dos assalariados. O instrumento que opera decisivamente essa passagem chama-se governança corporativa e é o elo que une capital financeiro e capital produtivo em torno do objetivo comum de máxima extração de renda. Proposição 6: a crise do capitalismo financeiro foi uma crise de origem financeira, onde a superacumulação de ativos se desdobrou numa crise de superacumulação produtiva, evidenciando uma crise nas estruturas da velha indústria, sobretudo automobilística. Enunciados dinâmicos O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

10 Os enunciados dinâmicos dispõem sobre os elementos que, ao mudarem, dão forma concreta às transformações estruturais ocorridas, sem terem, no entanto, capacidade de alterá-las por si próprios. Nem por isso, devem ser considerados menos importantes, pois dão materialidade às etapas de auge e de declínio da hegemonia financeira. Enunciado 1: a desregulamentação do sistema financeiro norte- -americano possibilitou a ascensão ao primeiro plano dos investidores institucionais como atores dominantes do capitalismo financeiro contemporâneo, promovendo gigantesca concentração de riqueza e de poder. Os chamados investidores institucionais fundos de pensão, de investimentos, hedge funds, private equity funds, fundos soberanos movimentaram imensas massas de capital financeiro em busca de valorização ao redor do mundo, tendo papel fundamental na passagem da predominância das finanças bancárias tradicionais às finanças de mercado. 1 Esse movimento foi tão avassalador que forçou a reestruturação das atividades dos bancos tradicionais, que se reconstituíram em holdings administradores de uma miríade de fundos, próprios ou não, além de terem abarcado as atividades de bancos de investimento, com a criação dos bancos múltiplos na década de 90. Em um circuito poupança-investimento bancário tradicional, os recursos depositados em bancos eram repassados aos investidores mediante garantias reais. O circuito poupança-investimento contemporâneo implica a captação de poupança conforme o objetivo dos aplicadores em fundos de características específicas, os quais, seguindo estratégias predefinidas, ou não, e sujeitos a formas diferenciadas de regulação e de controle, buscam no mercado aplicações convenientes a partir de avaliações de risco/retorno, que se encontram sintetizadas na nota atribuída pelas 1 Cabe destacarmos que os investidores institucionais, tratados genericamente neste momento, possuem estratégias bastante diferenciadas não apenas entre os diversos tipos de fundos, mas também dentro da mesma classe de fundos. Assim, os fundos de pensão não são apenas totalmente diferentes dos fundos hedge, como também apresentam diferenças marcantes entre si. O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

11 agências de rating à aplicação. A presença, a notoriedade e a importância que tomaram as agências de notação ou rating, enquanto instituições privadas de regulação das relações entre o capital financeiro e as demais frações do capital ou os Estados, foram fundamentais para a consolidação de um sistema de incentivos e de punições pelo mercado do comportamento e da adequação estratégica dos Estados e das empresas não financeiras aos objetivos do capital financeiro, o qual aparece explicitado sob a forma de notas. Mais uma vez, transparece que o mercado e as instituições que governam seu funcionamento nada têm de espontâneo e impessoal, como apregoado pela ideologia dominante. Enunciado 2: a importância dos modernos mercados de capitais coloca em concorrência os interessados na captação dos recursos, estabelecendo uma verdadeira matriz de aplicações potenciais como opção aos investidores institucionais. Essa matriz de aplicações financeiras contempla as mais diversas classes de ativos das diversas regiões geográficas mundiais, o que torna imperativa e inescapável a aceitação das orientações estratégicas financeiras, para fazer parte do portfólio desses investidores. É interessante observarmos que o advento das finanças de mercado possibilitou a obtenção de crédito em volume expressivo para algumas empresas não financeiras que não possuíam um histórico ou garantias suficientes que lhes permitissem um acesso facilitado ao crédito bancário, o que foi importante, sobretudo, para a expansão das empresas dos setores ligados às novas tecnologias de informação e de comunicação a partir dos anos 80, passando pela bolha de ativos tecnológicos dos anos 90. Ao mesmo tempo, essa forma de acesso ao crédito traz em si a necessidade de adaptação estratégica aos objetivos do capital financeiro, contribuindo decisivamente para a financeirização das decisões estratégicas, envolvendo toda e qualquer classe de ativos desejosa de aceder aos recursos do mercado de capitais, o que inclui esferas de atividades antes poupadas dos imperativos de valorização capitalista, O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

12 como a saúde, a educação e a cultura, apenas para citarmos alguns exemplos. Esse movimento foi estimulado pela extensão da ideologia liberalizante às atividades antes de prestação prioritária do Estado, abrindo novas fronteiras para a acumulação capitalista, o que auxiliou na saída da crise do capitalismo dos anos 70. Enunciado 3: os bancos de investimento foram os principais beneficiários da ascensão das finanças de mercado, seja criando e vendendo títulos públicos ou privados, seja intermediando a relação entre os diversos agentes financeiros, ou mesmo criando e lançando novos produtos financeiros (a chamada inovação ou engenharia financeira). O papel dos bancos de investimento na proporção tomada pela dominância financeira é central, na medida em que esses foram os grandes provedores de recursos aos demais atores do sistema financeiro, em especial os fundos hedge. Também têm atuação decisiva nos processos de fusão e aquisição de empresas produtivas, atuando em alavancagens de empresas dos fundos de private equity, características dos anos Sua participação como elemento decisivo em episódios marcantes das três últimas décadas, que resultaram em exacerbação financeira e crise tais como a criação do mercado de junk bonds nos anos 80, a abertura de capitais para empresas nascentes no episódio da bolha da internet e a securitização de títulos subprime no episódio da crise financeira norte-americana de 2007, atesta sua importância como elemento dinamizador do sistema financeiro. Seu papel enquanto financiador das atividades dos fundos especulativos (hedge funds) garantia liquidez e mercado para a consecução de suas estratégias de estimular a alta na atividade de alguns segmentos do mercado. Sua relação com os demais investidores institucionais, com as agências de notação e com os mercados de capitais possibilitou a potencialização de seus ganhos e a transferência de riscos aos demais segmentos do mercado financeiro, transformando-os em um segmento de alta lucratividade estrutural. Essa situação perdurou ao menos até a O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

13 emergência da crise financeira de 2007, a qual levou a um questionamento de seu papel de financiador do sistema bancário paralelo, alavancado, materializado em instituições não bancárias que operam como bancos sem o constrangimento regulatório dos mesmos (shadow banking system), e de principal agente difusor das inovações financeiras. Enunciado 4: a instabilidade intrínseca ao sistema financeiro tornou imperativo que as inovações financeiras se direcionassem a reduzi-la, e, paradoxalmente, esse se tornou o principal negócio em tamanho e lucratividade do capitalismo sob dominância financeira. Para tanto, foram criados dois grupos de produtos: a securitização transformação de dívidas em títulos negociáveis, inclusive em mercados secundários e os derivativos a possibilidade de operação do futuro no presente, a partir de operações cujo valor deriva do preço de outro ativo. Essas duas classes de instrumentos financeiros possuem a mesma finalidade: a redução dos riscos inerentes à necessidade de operação em um ambiente caracterizado pela forte volatilidade e instabilidade. A securitização permite a pulverização dos riscos de uma aplicação entre uma grande quantidade de aplicadores, notadamente de investidores institucionais. Ao mesmo tempo, força os captadores de poupança a aceitarem as orientações estratégicas do capital financeiro. Por sua vez, os derivativos constituem-se em instrumentos de dupla face por excelência: ao mesmo tempo em que permitem uma redução do risco para aqueles que necessitam comprar proteção contra a volatilidade excessiva dos preços em um mercado liberalizado, permitem uma aposta especulativa de parte dos vendedores de proteção em relação aos preços dos ativos financeiros. A securitização e os derivativos corresponderam a tal necessidade criada pela instabilidade intrínseca à finança e se tornaram os principais instrumentos negociados globalmente. Entretanto, ao mesmo tempo em que conferem proteção microeconômica aos atores, interligam mercados, atores e maturidades, aumentando o risco do sistema financeiro como um todo. Essa situação de maior risco sistêmico O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

14 se ampliou ao longo do período analisado com a crescente sofisticação dos instrumentos criados e vendidos pelos bancos de investimento e avaliados pelas agências de notação. 2 A título de exemplo, a criação do mercado de Credit Default Swaps (CDS) ao final dos anos 90 e sua crescente importância nos anos 2000 levou ao paroxismo a ideia de proteção proporcionada pelos derivativos, bem como a cadeia de risco expandida correlata. Nesse mercado, é vendida proteção contra a possibilidade de default de dívidas de empresas, países e outros títulos, para os quais são criados índices específicos. O interessante é que mesmo quem não possui interesse direto nessa proteção pode comprá-la em uma aposta especulativa quanto à saúde financeira de uma empresa ou de um setor da economia. De outro lado, agentes que assumem a posição credora em uma transação podem comprar proteção contra o não pagamento da contraparte no negócio, até mesmo em valor maior do que o emprestado, diminuindo (e, por vezes, eliminando) seu incentivo em negociar uma solução que impeça a inadimplência e, até mesmo, incentivando-os a acelerar cobranças, ao saberem da situação difícil da parte devedora. Trata-se de um mercado imenso e de uma cadeia bastante complexa de proteção, onde, ao invés do que ocorre em outros mercados de derivativos, o valor nocional é normalmente uma fração do valor realmente em jogo. Em 2010, trata-se de uma das maiores fontes observadas de risco para o sistema financeiro como um todo, dada a complexidade da cadeia de transações em posições compradas e vendidas em contratos customizados de balcão. Até o momento, seu modo de funcionamento sem qualquer supervisão ou regulação permanece 2 Satyajit Das, um dos principais conhecedores do mercado de derivativos e de seu desenvolvimento, afirmou recentemente, em uma crítica devastadora, que [...] produtos cada vez mais complexos e opacos são usados para aumentarem o risco e a alavancagem bem como para ultrapassar restrições aos investimentos, às regras quanto ao capital bancário e a legislação quanto aos títulos e aos tributos. [ ] muito do que passa por inovação financeira é especificamente desenhado para esconder o risco ou a alavancagem, confundir os investidores e reduzir a transparência. Esse processo é inteiramente deliberado. Eficiência e transparência não são consistentes com as altas margens de lucro de Wall Street e da City. Publicado em: < em O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

15 intocado, apesar dos sucessivos alertas quanto aos perigos que esse mercado coloca ao sistema. Enunciado 5: a emergência do regime de acumulação sob dominância financeira aportou mudanças significativas nas características dos fluxos internacionais de capital correspondentes à globalização produtiva comércio e investimento direto estrangeiro (IDE). A expansão do comércio internacional foi intensa e estrategicamente comandada pela expansão pelos investimentos diretos, ainda que quantitativamente inferior àquela apresentada por estes. O comércio internacional aprofundou tendências originadas com a disseminação das empresas multinacionais industriais ainda nos anos 50: os fluxos de IDE passaram a direcionar o comércio internacional (de forma estável, aproximadamente dois terços do comércio mundial têm participação de empresas multinacionais), comprovando o fracasso das teorias neoclássicas, que opunham como excludentes fluxos de investimentos e de comércio; os caráteres intrafirma e intraindústria do comércio fortaleceram-se com a criação de redes mundiais de comércio, sob liderança de multinacionais do setor industrial ou de serviços. Mudanças correlatas, mas significativas, também ocorreram a partir dos anos 80: os produtos de maior conteúdo tecnológico passaram a liderar a dinâmica comercial; o aumento do comércio intrafirma refletiu em seu conteúdo a maior participação do comércio de partes e de componentes no total mundial, com a onda de investimentos em busca de racionalização produtiva e de redução de custos das empresas multinacionais sendo complementar à criação de áreas de livre comércio, o que originou a formação de cadeias produtivas internacionais de montagem de produtos; as novas tecnologias de informação e de comunicação possibilitaram a expansão do comércio de serviços, praticamente nulo até então. Do ponto de vista geográfico, houve um deslocamento progressivo dos fluxos comerciais em direção aos países asiáticos, embora existam diferenças significativas na composição dos fluxos comerciais asiáticos ao longo do O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

16 período. Entre os países desenvolvidos, Alemanha e Estados Unidos mantiveram posição de destaque nos fluxos de exportação, tendo os Estados Unidos se destacado enquanto principal polo dinâmico mundial no que tange às importações. Enunciado 6: o investimento direto estrangeiro subordinou-se ao imperativo estratégico financeiro, o que levou a mudanças importantes nas características dos fluxos de IDE, quando comparadas àquelas do período pós Segunda Guerra Mundial. Essas modificações levaram a um predomínio das fusões e das aquisições nas estratégias de expansão das empresas multinacionais. Essas foram promovidas pelos bancos de investimento e pela expansão do mercado de capitais a partir da década de 80 e tiveram ao menos três fases distintas: a criação do chamado market for corporate control nos anos 80, com o predomínio das aquisições hostis financiadas por títulos securitizados de dívida das empresas compradoras; as fusões amigáveis dos anos 90, financiadas por emissões de ações das empresas compradoras; e as compras para fechamento do mercado nos anos 2000, promovidas pelos fundos de private equity, a partir da emissão de títulos pelos bancos de investimento, os quais eram repassados a outros investidores, principalmente os hedge funds. Outra mudança importante deu-se com a internacionalização do setor serviços, essencialmente a partir da onda de privatizações nos anos 80 e 90. Essas duas características fazem com que, embora a presença de funcionários das empresas multinacionais tenha-se ampliado constantemente no mundo, elas pouco tenham contribuído para a geração global de empregos, uma vez que houve pouca expansão da capacidade instalada nesse período. O investimento das multinacionais direcionou-se essencialmente para os países desenvolvidos nos anos 80 e 90. O investimento direto destinado à China foi exceção durante todo o período, ao receber prioritariamente investimentos novos (ditos greenfield) no setor industrial. Esses investimentos consolidaram, nos anos 2000, o País como principal centro O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

17 manufatureiro mundial, com a integração das empresas do Japão, da Coreia e de demais países asiáticos em desenvolvimento como fornecedoras de partes e de equipamentos para a produção final das empresas localizadas em território chinês. Este último período também marcou a expansão sem precedentes das alianças estratégicas entre empresas para o desenvolvimento de projetos específicos, sem que isso representasse necessariamente mudanças societárias ou fluxos internacionais de capital. Enunciado 7: o domínio financeiro das empresas não financeiras consolidou-se com a criação de um conjunto de regras informais sob o nome amplo de governança corporativa, na tentativa de adequar as práticas dos executivos às exigências dos acionistas proprietários. Essas regras, que, pouco a pouco, foram institucionalizando-se a partir da atuação das agências de controle de valores mobiliário em todo o mundo, assimilam o interesse das empresas aos objetivos de lucratividade de curto prazo dos acionistas. Em nome de princípios de validade universal, como a transparência, a utilização eficiente do capital e, até mesmo, a democracia (ao defenderem o interesse dos acionistas minoritários frente à ditadura dos majoritários), alinham a estratégia das empresas não financeiras aos objetivos de curto prazo de seus principais acionistas, sobretudo os investidores institucionais, os quais, atuando em conjunto, possuem grande força na definição da estratégia da empresa. As regras orientadoras da governança corporativa passam pela participação de representantes dos acionistas nos Conselhos de Administração, pela exigência de prestação de contas trimestral aos investidores e pela instituição da remuneração variável dos executivos e principais gerentes da empresa (principalmente, a partir da distribuição de participação nos resultados e de opções de ações da firma para a qual trabalham em condições vantajosas), o que direciona a ação executiva para a linha de lucratividade máxima no curto prazo desejada pelos proprietários do capital. Uma má governança corporativa, do ponto de O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

18 vista do capital financeiro, pode levar à destituição da diretoria executiva da empresa ou, em caso de persistência dos maus resultados, à debandada dos investidores institucionais do capital da firma, tornando-a presa fácil para outras empresas concorrentes com acesso facilitado ao crédito e aos aportes de novos capitais. Os principais problemas decorrentes dessa forma de gestão transparecem na dificuldade das firmas em convencer os investidores a financiarem projetos de longo prazo com alto grau de incerteza, típico das atividades inovadoras 3, afetando o dinamismo de longo prazo da economia capitalista, e no fato de que o perseguido alinhamento de objetivos entre executivos é, por definição, uma miragem fadada ao fracasso. Assim, as fraudes contábeis no sentido de mascarar o resultado efetivo das empresas sucederam-se quando da crise das ações de empresas de alta tecnologia nos EUA, no início dos anos 2000, e, apesar do reforço da legislação quanto à responsabilidade dos executivos ocasionada por esse fracasso (Sarbanes- Oxley Act, 2002), tornaram a repetir-se na crise imobiliária do final da década. Neste último caso, foi posta em xeque a forma de remuneração dos executivos das empresas financeiras, a qual estimulava a obtenção de ganhos de curto prazo em empreendimentos que, em longo prazo, se mostrariam desastrosos. Enunciado 8: a captura dos principais países em desenvolvimento às malhas do jogo financeiro internacional, a partir do final dos anos 80, tornou a economia mundial ainda mais instável, resultando em seguidas crises, que colocaram em dúvida a eficácia e a universalidade da dominância financeira. Para pertencerem ao círculo hierárquico-financeiro dos mercados emergentes transmutação semântica que os despiu de sua antiga 3 As atividades de inovação nos Estados Unidos têm-se concentrado em setores que possuem apoio estatal para projetos de longo prazo, caso da indústria farmacêutica e da rede de empresas fornecedoras do complexo militar norte-americano, como o eletrônico. Atualmente, a pesquisa intensifica-se no setor de energias alternativas ao petróleo, também com apoio estatal. Apesar de todo o esforço empreendido e de vários bilhões gastos, a biotecnologia, a nanotecnologia e os novos materiais ainda não respondem significativamente enquanto difusores de novos produtos comercialmente viáveis. O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

19 condição de país em busca de desenvolvimento para confiná-los à condição de plataforma de valorização do capital financeiro sob o julgamento constante do mercado e das agências que os representam, países como México, Argentina, Brasil, Rússia, Malásia, Tailândia e tantos outros foram obrigados, em maior ou menor grau, a aceitarem a imposição da abertura aos fluxos de capital internacionais de curto prazo. Com a expertise especulativa nos mercados cambiais dos fundos hedge, testada com sucesso nos países desenvolvidos, nos anos 80 e início dos 90 (ver as crises europeias do início da década de 90, em especial na Inglaterra), confrontando-se com a inexperiência e a cegueira ideológica dos gestores de política monetária treinados nas universidades norte- -americanas desses países, o resultado apenas poderia ser o de uma lucrativa sucessão de crises cambiais nos mercados emergentes a partir de 1995, como a crise mexicana. A esta se seguiram as crises asiática (1997), russa (1998), brasileira (1999) e argentina (2001), causando fortes quedas nas taxas de crescimento dos países e das regiões envolvidas. Mais uma vez, ao mesmo tempo em que essas crises eram erroneamente interpretadas como ocasionadas por falta de adequação ao quadro institucional liberalizante, tendo por modelo os EUA e a Inglaterra, a China seguia na contramão da tendência, adotando e gerenciando rígidos controles de capital, que lhe permitiam controlar a taxa de câmbio e impedir o contágio das crises internacionais. Enunciado 9: a crise asiática ocupa um lugar de extrema importância na compreensão das mutações do capitalismo financeiro nos anos 2000, bem como na crise idológico-financeira que marcou o final da primeira década do século XXI. A crise asiática marcou o final o discurso unilateral triunfante do capitalismo sob dominância financeira (o qual teve seu auge com a queda do Muro de Berlim e a posterior dissolução da União Soviética) e marcou o início de uma contestação ideológica que levou a uma compreensão superior dos mecanismos e das instituições do sistema de dominação O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

20 operante. Ocorrida em uma região que representava um símbolo do crescimento da economia mundial (embora muito pouco das instituições preconizadas pelo capitalismo financeiro tenha estado na origem desse êxito), a crise asiática teve como principal característica econômica a capacidade de contágio e transmissão de país para país da região. Iniciada na Tailândia, logo atingiu a Malásia, a Indonésia e a Coreia do Sul, um movimento contagioso que demonstrou a interligação financeira existente entre os diversos mercados, ocasionada pelas cadeias de aplicações/dívidas transfronteiras e pela repartição do risco, ocasionada pelas características do mercado de derivativos cambiais. Paralelamente, o colapso do fundo hedge alavancado Long-Term Capital Mangement (LTCM) e a intervenção do Federal Reserve na coordenação de um resgate internacional, em última instância, de suas dívidas para uma instituição que não se encontrava sob sua supervisão apontaram os riscos que essas instituições não bancárias colocavam ao sistema financeiro internacional, sem que nenhuma providência ulterior tivesse sido tomada. Politicamente, a crise asiática abriu espaço para diversas manifestações contra o neoliberalismo ao redor do mundo, no final da década de 90 a derrota do Acordo Multilateral de Investimentos na OCDE e os protestos contra a OMC em Seattle, seguidos de manifestações massivas em reuniões de organismos multilaterais, na Europa, foram a linha de frente para a organização do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, em oposição ao Fórum Econômico Mundial de Davos, e teve consequências econômicas que ultrapassaram muito a sua superação. O fato de a China ter mantido o valor de sua moeda, não alimentando a continuidade das desvalorizações competitivas autoalimentadas, que ameaçavam dar continuidade ao processo de desvalorização dos ativos financeiros regionais, colocou-a em posição confiável politicamente, frente à potência norte-americana e às demais economias regionais. Ao mesmo tempo, a superação da crise trouxe uma desconfiança fundamental dessas economias em relação ao mercado de capitais internacional, reduzindo o consumo interno e aumentando a poupança, a partir da implementação de O ambiente regional. (Três décadas de economia gaúcha, v.1)

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