05 DE JULHO DE Material de Apoio nos Esclarecimentos Relacionados à Instrução Normativa nº da Secretaria da Receita Federal do Brasil
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- Luca Rosa Laranjeira
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1 05 DE JULHO DE 2013 Material de Apoio nos Esclarecimentos Relacionados à Instrução Normativa nº da Secretaria da Receita Federal do Brasil
2 CONTEÚDO 1. Objetivo Perguntas e Respostas... 2 MERCER i
3 1 Objetivo O presente documento tem por finalidade apoiar os clientes da Mercer no esclarecimento das dúvidas que possam surgir por parte dos dirigentes das entidades, bem como dos próprios participantes, relacionadas à Instrução Normativa nº 1343 da Secretaria da Receita Federal do Brasil, de 05/04/2013, retificada em 17/04/2013. A referida Instrução Normativa dispõe sobre o tratamento tributário relativo à apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física IRPF aplicável aos valores pagos ou creditados por entidade de previdência complementar a título de complementação de aposentadoria, resgate e rateio de patrimônio, correspondente às contribuições efetuadas, exclusivamente pelo participante, no período de 01/01/1989 a 31/12/1995. A aplicação da isenção já era concedida pela legislação no caso de resgate das contribuições pagas pelos participantes em plano de previdência privada, conforme Medida Provisória nº , 24/08/2001, o que trouxe ampla discussão para o Judiciário nos casos de pagamento de benefícios sob a forma de renda, havendo amplo reconhecimento nas decisões judiciais. As novas regras estão em vigor desde 01/01/2013, com a publicação da Instrução Normativa, sendo imprescindível que a entidade de previdência privada recomponha imediatamente o histórico das contribuições do período de 01/01/1989 a 31/12/1995, para que possa cumprir as disposições da legislação. MERCER 1
4 2 Perguntas e Respostas 1. Por que existe a necessidade de se dar um tratamento tributário diferenciado para as contribuições efetuadas exclusivamente pelo participante no período de 01/01/1989 a 31/12/1995? Resposta Mercer: As contribuições efetuadas exclusivamente pelos participantes aos planos de previdência complementar naquele período, quando vigorava a Lei nº 7.713/88, não eram dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda no ajuste anual. Sendo assim a incidência do imposto de renda no momento do pagamento de benefícios e resgates, a partir de 1996, configura uma bitributação. 2. Já existia anteriormente uma legislação que tratava sobre esse tema? Resposta Mercer: Sim, existia, porém a legislação anterior (art. 8º da MP nº 1.459, de 21/05/96, reeditada art. 7º MP nº 2.159/70, de 24/08/01), determinava a exclusão do montante das referidas contribuições na hora do cálculo do Imposto de Renda apenas para os pagamentos de resgates. Além disso, a legislação não definia a forma de correção monetária das contribuições para a apuração da base de cálculo a ser excluída do rendimento tributável. 3. Por que houve a necessidade de nova norma para tratar desse assunto? Resposta Mercer: Existia a necessidade de nova norma para estabelecer as regras contemplando todos os benefícios pagos ao participante (exceto pensão) e definir a forma de atualização das contribuições realizadas no período. 4. O que estabelece esta Instrução Normativa? Resposta Mercer: As principais determinações da Instrução Normativa são: - Considera a aplicação da isenção para os pagamentos de benefício de aposentadoria (forma mensal ou prestação única) com inicio de pagamento da 1ª renda a partir de 2008; - Apresenta a forma de atualização monetária das contribuições a ser aplicada nas concessões dos benefícios e resgates iniciados a partir da vigência da legislação (01/01/2013); - Define procedimento administrativo para que os participantes, com início de recebimento da 1ª renda do benefício no período de 2008 a 2012 possam pleitear o Imposto de Renda retido indevidamente; - Define procedimento a ser realizado pela entidade para que os participantes, que tiveram concessão de benefício com pagamento iniciado a partir de 2013, possam ajustar o Imposto de Renda retido indevidamente; MERCER 2
5 - Exclui a aplicação da isenção nos benefícios pagos para beneficiários de pensão por morte. 5. Qual é a finalidade do extrato a ser enviado pela entidade aos participantes? Resposta Mercer: O extrato aplica-se aos participantes que se aposentaram com recebimento da 1ª renda no período de 2008 a Sua finalidade é permitir que o participante pleiteie o imposto retido indevidamente junto a Receita Federal. De acordo com o artigo 5º da Instrução Normativa, as contribuições devem ser apresentadas no extrato em moeda da época e atualizadas até o dia 31/12 do anocalendário correspondente ao do inicio do pagamento do benefício. 6. Qual é o prazo para a emissão do extrato para os participantes? Resposta Mercer: A Instrução não determinou prazo para a emissão do extrato e a Receita Federal esclareceu, através do ofício nº 138/2013, que as entidades deverão realizar a emissão somente para os participantes que solicitarem. 7. Será disponibilizado pela Receita Federal o modelo de extrato a ser utilizado pelas entidades? Resposta Mercer: A Receita Federal não disponibilizou um modelo para o extrato. A Instrução determinou que as contribuições teriam que ser apresentadas mês a mês, em moeda da época da sua realização, e os valores teriam que ser atualizados conforme definido na legislação. Além destas informações, a Receita Federal também estabeleceu, através do Ofício nº 138/2013, que o extrato tem que conter: - Timbre da entidade emissora, o responsável pela emissão do documento, o endereço e contato para esclarecimentos de dúvidas; - Destaque do total anual da complementação de aposentadoria paga ao beneficiário no ano do inicio do pagamento e no ano seguinte e assim sucessivamente, sempre que não houver o exaurimento do saldo de isenção no ano calendário de inicio do pagamento do benefício; - Informação de existência de ação judicial com medida judicial suspensiva, total ou parcial. com ou sem depósitos judiciais. 8. Para os participantes não optantes pelo Regime Regressivo, como será a forma de pleitear o imposto retido indevidamente? Resposta Mercer: Para os participantes não optantes pelo Regime Regressivo com o pagamento do benefício da 1ª renda no período de 2008 a 2012, a forma de pleitear a isenção junto a Receita Federal será por meio da retificação das declarações de ajuste anual do período de 2008 a 2012, ajustando as contribuições já atualizadas na declaração original, possibilitando a devolução do imposto de renda retido indevidamente. MERCER 3
6 9. Para os participantes com pagamento da 1ª renda a partir de 2013, como será ajustado o Imposto de Renda retido indevidamente? Resposta Mercer: A entidade levantará o imposto retido indevidamente e incluirá no comprovante de rendimentos e na DIRF, nos campos rendimentos isentos e não tributáveis, e deduzirá dos rendimentos tributáveis. Se ainda restar saldo de isenção, a entidade continuará a aplicação da isenção nos pagamentos futuros até o seu exaurimento. Para os rendimentos exclusivos, a entidade irá considerar a aplicação da isenção nos rendimentos futuros, quando aplicável, ou promoverá a devolução e compensação dos imposto retido a maior. 10. Para os participantes optantes pelo Regime Regressivo, como será a forma de pleitear o imposto retido indevidamente, uma vez que a retenção é definitiva? Resposta Mercer: Os participantes optantes pelo Regime Regressivo e com pagamento do benefício da 1ª renda no período de 2008 a 2012 devem pleitear a restituição do imposto retido a maior através do programa Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação disponível no sítio da Receita Federal na internet. 11. Para os pagamentos de resgates iniciados a partir de 2008, aplica-se as novas regras trazidas pela Instrução? Resposta Mercer: Não, as novas regras só se aplicam aos resgates iniciados a partir de 2013, uma vez que a entidade já aplicava a isenção, independentemente da forma de atualização utilizada na correção das contribuições, considerando que a legislação anterior não determinava uma metodologia a ser utilizada. 12. Participantes que possuem isenção por moléstia grave se beneficiarão da isenção de 89/95? Resposta Mercer: Não, apenas nos casos em que a moléstia for passível de controle e com possibilidade de recuperação do participante. Nesses casos, durante o período em que benefício for isento por moléstia, as contribuições continuarão a ser atualizadas conforme definido na Instrução. 13. Participantes que possuem isenção por idade se beneficiarão da isenção de 89/95? Resposta Mercer: Sim, a exclusão da isenção decorrente das contribuições efetuadas no período de 01/01/1989 a 31/12/1995 se dará após a exclusão da isenção por idade. MERCER 4
7 14. Participantes residentes no exterior podem se beneficiar da aplicação da isenção? Resposta Mercer: Sim. 15. Participantes que possuem ação judicial em curso, visando a isenção do benefício, poderão pleitear a isenção através da retificação das declarações de imposto de renda? 1 Resposta Mercer: Sim, mediante a desistência expressa e de forma irrevogável da ação judicial proposta. Como a Receita poderá solicitar, a qualquer momento, a apresentação dos documentos que comprovem a desistência da ação (cópia da petição que foi protocolada em juízo ou certidão do processo indicando a sua desistência), é importante que o participante mantenha a guarda da documentação de comprovação. 16. Para participantes com novas ações judiciais a partir de 2013, a entidade deverá cumprir o que determina a ação ou a Instrução? Resposta Mercer: A entidade deverá cumprir a ordem judicial, porém deverá comunicar o fato ao juiz. 17. Qual é a definição e origem dos índices de atualização monetária? Resposta Mercer: Os índices apresentados a seguir foram definidos na Instrução e expressam o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ): Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no valor de 42,72% (quarenta e dois inteiros e setenta e dois centésimos por cento), em janeiro de 1989; IPC, no valor de 10,14% (dez inteiros e catorze centésimos por cento), em fevereiro de 1989; Bônus do Tesouro Nacional (BTN), de março de 1989 a fevereiro de 1990; IPC, de março de 1990 a fevereiro de 1991; Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apurado pelo IBGE, de março a novembro de 1991; Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), série especial, apurado pelo IBGE, conforme previsto no 2º do art. 2º da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, em dezembro de 1991; Unidade Fiscal de Referência (UFIR), de janeiro de 1992 a dezembro de 2000; e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) apurado pelo IBGE, a partir de janeiro de Qual será a ordem de retificação das declarações a serem submetidas pelos participantes? Resposta Mercer: O período de retificação iniciará a partir do ano em que o participante se aposentou e finalizará no ano de 2012 ou quando se esgotar o MERCER 5
8 saldo. Após as retificações, se ainda restar saldo, o participante poderá compensar eventual saldo nas declarações dos exercícios futuros, até quando ocorrer o seu exaurimento. 19. Qual é a forma de apresentação das informações na Declaração a ser retificada? Resposta Mercer: O participante deve se atentar ao que segue: Excluir o montante das contribuições, limitado ao valor informado no extrato fornecido pela entidade, da ficha Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ pelo Titular ; Lançar o montante excluído na linha Outros (especifique) da Ficha Rendimentos Isentos e não Tributáveis, especificando Contribuições 89/95 IN 1343/13 ; Caso a retificação trate apenas da aplicação da isenção, manter as demais informações constantes na declaração original e que não devem sofrer alterações; Após adoção dos procedimentos acima, se ainda restar saldo de isenção, o valor poderá ser deduzido dos rendimentos tributáveis das declarações futuras, até o seu esgotamento. 20. Para os casos de necessidade de retificação de mais de um ano-calendário, como o participante deverá proceder para obter o saldo atualizado em 31/12 de cada exercício? Resposta Mercer: De acordo com o definido no 3º do Artigo 3º da Instrução, a Receita Federal disponibilizou uma planilha em seu sítio na internet para o cálculo do montante a ser excluído. 21. O que ocorrerá se, na declaração retificadora, resultar um saldo de imposto a restituir superior ao da declaração original? Resposta Mercer: A diferença entre o saldo a restituir apurado na declaração retificadora e o valor eventualmente já restituído será objeto de restituição automática pela Receita Federal. 22. O que ocorrerá se, na declaração retificadora, resultar em redução do imposto já pago na declaração original? Resposta Mercer: Nesse caso, a restituição do imposto pago a maior deverá ser requerida mediante a utilização do programa Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação, disponível no sítio da Receita Federal na internet. 23. Os participantes são obrigados a retificar as declarações de ajuste anual do Imposto de Renda? Resposta Mercer: Não, a legislação não faz tal exigência. MERCER 6
9 24. A entidade possui atualmente alguma obrigação em prestar a informação das contribuições atualizadas à Receita Federal? Resposta Mercer: Não, a legislação não obriga a entidade em prestar essas informações. Neste contexto, os participantes que efetuarem a retificação possivelmente serão chamados pela Receita Federal para prestarem esclarecimentos. 25. Caso os participantes sejam chamados pela Receita Federal, a fim de esclarecer as retificações, quais serão os documentos a serem apresentados? Resposta Mercer: Nesses casos, os participantes devem apresentar o extrato recebido da entidade, os comprovantes de pagamento, as declarações originais, as retificadoras, a comprovação de desistência de ação judicial, etc. 26. A isenção pode ser aplicada sobre o benefício pago pelo INSS? Resposta Mercer: Não. A exclusão é permitida apenas para os rendimentos pagos por entidades de previdência complementar. 27. Qual será o procedimento a ser adotado pela entidade quando não conseguir recompor o histórico de contribuições dos participantes? Resposta Mercer: A entidade deverá realizar consulta solicitando a aprovação da Receita Federal, através de Ofício, para o procedimento que irá adotar em função da impossibilidade de cumprir o definido na Instrução. MERCER 7
10 Mercer Av. Dr. Chucri Zaidan, 920, 10º andar São Paulo, SP, Brasil CEP
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