UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS-UFAM INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA-INC CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA TALLYS BRUNO DA SILVA E SILVA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS-UFAM INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA-INC CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA TALLYS BRUNO DA SILVA E SILVA PRÁTICAS LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE BENJAMIN CONSTANT/AM Benjamin Constant/AM 2021

2 TALLYS BRUNO DA SILVA E SILVA PRÁTICAS LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE BENJAMIN CONSTANT/AM Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de licenciado(a) no Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia pelo Instituto de Natureza e Cultura- INC/UFAM/BC. Orientadora: Prof.ª Maria Auxiliadora dos Santos Coelho Benjamin Constant/AM 2021

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4 TALLYS BRUNO DA SILVA E SILVA PRÁTICAS LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE BENJAMIN CONSTANT/AM Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de licenciado(a) em Pedagogia pelo Instituto de Natureza e Cultura INC/UFAM/BC. Aprovado em 02 de dezembro de BANCA EXAMINADORA Prof. Ma. Maria Auxiliadora dos Santos Coelho - Presidente Instituto Natureza e Cultura/UFAM/BC Prof. Ma. Maria Francisca Nunes de Souza - Membro titular Instituto Natureza e Cultura/UFAM/BC Prof. Me. Sebastião Melo Campos - Membro titular Instituto Natureza e Cultura/UFAM/BC Prof. Me. Josenildo Santos de Souza - Membro Suplente Instituto Natureza e Cultura/UFAM/BC

5 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha família em especial, meu pai João Amâncio da Silva Filho e minha Mãe Rosemeyri Gomes da Silva por estarem sempre ao meu lado me apoiando e proporcionando momentos de dedicação e amor. A meu amado filho Théo Bruno Tavera Silva. Aos meus amigos pela motivação, dedicação e compreensão, em fim dedico a todos que acreditaram e sonharam junto comigo.

6 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por tudo que tens feito por minha pessoa, por não ter me deixado sozinho nunca nos momentos difíceis. Em especial agradeço toda minha família, por caminhar sempre ao meu lado, me encorajando e torcendo para seguir em frente nessa grande caminhada que apenas se inicia. A universidade Federal do Amazonas UFAM, por proporcionarmos esse curso de graduação. A todos professores de Pedagogia pela dedicação e pela boa vontade de repassar tanto conhecimento. Agradecimento especial a minha orientadora Professora Maria Auxiliadora dos Santos Coelho pelo apoio inestimável. Aos colegas de turma pelo companheirismo, em especial a Adriana Maciel, Denis Gerson, Fernando Barroso e Maria Eduarda, pela amizade e compreensão. Enfim, agradeço a DEUS por estar sempre do meu lado guiando meu caminho.

7 Quando uma criança brinca, joga e finge; está criando um outro mundo. Mais rico e mais belo e muito mais repleto de possibilidades e invenções do que o mundo onde, de fato vive. Marilena Chauí

8 RESUMO Este Trabalho de Conclusão de Curso externa uma aproximação da importância das práticas lúdicas no desenvolvimento infantil. Pensar práticas lúdicas na escola é essencial para o processo de desenvolvimento contínuo do professor enquanto mediador e das crianças de modo a assegurar essas práticas no desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo das mesmas, garantindo o brincar como instrumento fundamental para o educar e cuidar. Nessa perspectiva o trabalho está pautado em analisar o uso do lúdico na prática pedagágica do professor da Educação infantil em uma escola pública no município de Benjamin Constant-AM. Dentre os aspectos essenciais para a construção da fundamentação do trabalho e da análise dos dados utilizamos autores e legislações importantes como: MULLER (2006), Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), FREIRE (1996), CARVALHO (2001), FERRO E VIEL (2019), BARANITA, (2012), FUJISHIMA (2009), FERRARI, (2003), SILVA (2018), SANT ANNA; NASCIMENTO (2011), MARANHÃO (2007), OLIVEIRA (2010), NADALINE; FINAL (2013), SANTOS (2010), ROSAMILHA, (1979), ALMEIDA (1998), PIAGET (1976) dentre outros que fizeram parte desta pesquisa. Configurou-se como uma pesquisa de campo de abordagem exploratória e qualitativa, utilizando a observação e questionário como instrumentos de coleta de dados. A pesquisa obteve como resultado uma contradição entre teoria e prática diante do uso do lúdico no ambiente escolar, pois alguns professores discorreram que o uso do lúdico é de grande relevância para mediar uma aula, sendo que os mesmos usavam o lúdico apenas em certos momentos da prática. Diante disso, conclui-se que é de suma importância que o lúdico em sala de aula ou em qualquer ambiente onde as crianças se encontrem, é uma atividade que garante uma maior compreensão de mundo e de sua construção como um ser social, e o mediador deve oportunizar uma educação para os diferentes níveis que cada criança se encontra no ambiente escolar. Palavras-chave: Práticas Lúdicas. Prática Pedagógica. Educação Infantil. Desenvolvimento Infantil.

9 RESUMEN Este Trabajo de Conclusión del Curso proporciona una aproximación de la importancia de las prácticas lúdicas en el desarrollo infantil. Pensar en las prácticas lúdicas en la escuela es fundamental para el proceso de desarrollo continuo del docente como mediador y de los niños a fin de asegurar estas prácticas en su desarrollo cognitivo, motor y afectivo, garantizando el juego como instrumento fundamental para la educación y el cuidado. Desde esta perspectiva, el trabajo se basa en analizar el uso de la alegría en la práctica pedagógica del docente de Educación Infantil en una escuela público de la ciudad de Benjamin Constant-AM. Entre los aspectos esenciales para la construcción de la fundamentación del trabajo y de la análisis de datos, se utilizaron importantes autores y legislaciones como: MULLER (2006), Ley de diretrices y Bases de Educación (LDB), FREIRE (1996), CARVALHO (2001), FERRO E VIEL (2019), BARANITA, (2012), FUJISHIMA (2009), FERRARI (2003), SILVA (2018), SANT'ANNA; NASCIMENTO (2011), MARANHÃO (2007), OLIVEIRA (2010), NADALINE; FINAL (2013), OLIVEIRA (2010), SANTOS (2010), ROSAMILHA (1979), ALMEIDA (1998), PIAGET (1976) entre otros que formaron parte de esta investigación. Se configuró como una investigación de campo con enfoque exploratorio y cualitativo, utilizando la observación y un cuestionario como instrumentos de recolección de datos. Esta investigación resultó en una contradicción entre la teoría y la práctica en cuanto al uso del juego en el ámbito escolar, ya que algunos docentes afirmaron que el uso del juego es de gran relevancia para mediar en una clase, y utilizaron el juego solo en ciertos momentos de la práctica. Por tanto, se concluye que es de suma importancia el lúdico en el aula o en cualquier entorno donde se encuentren los niños, es una actividad que asegura una mayor comprensión del mundo y su construcción como ser social, y el mediador debe brindar educación para los diferentes niveles que cada niño encuentra en el entorno escolar. Palabras clave: Prácticas Lúdicas. Práctica Pedagógica. Educación Infantil. Desarrollo Infantil.

10 LISTA DE FIGURAS Figura 01: Localização do Município de Benjamin Constant no Amazonas...44 Figura 02: Centro Educacional Batista Independente CESBI...45 Figura 03: Brinquedoteca do Centro Educacional Batista Independente CESBI...58 Figura 04: Quadra poliesportiva da Escola Municipal CESBI...59 Figura 05: Pátio do Centro Educacional Batista Independente -CESBI...60 Figura 06: Jogo de Boliche em sala de aula...66 Figura 07: Jogo de Boliche em sala de aula...66 Figura 08: Bingo de letras...67 Figura 09: Criação de desenhos para o Cantinho da Leitura...68 Figura 10: Construção do Material para o Jogo da Velha...69 Figura 11: Projeto de Intervenção via WhatsApp...74 Figura 12: Interação professor/alunos/pais via grupo WhatsApp...75

11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AM Amazonas BNCC - Base Nacional Comum Curricular CESBI Centro Educacional Batista Independente CNE Conselho Nacional de Educação COVID-19 FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INC Instituto de Natureza e Cultura LDB - Diretrizes e Bases da Educação Nacional PMIC Programa Municipal de Incentivo à Cultura PPP - Projeto Político Pedagógico PVC Policloreto de Vinila SEMED - Secretaria Municipal de Educação TNT Tecido não tecido UFAM Universidade Federal do Estado do Amazonas

12 LISTA DE QUADROS Quadro 01: Respostas sobre a Importância do Lúdico...50 Quadro 02: Respostas sobre a Prática Pedagógica e Planejamento Curricular...52 Quadro 03: Respostas sobre Rendimento dos alunos...56 Quadro 04: Respostas das Crianças...70 Quadro 05: Respostas das Crianças...71

13 SUMÁRIO PARA COMEÇAR AS REFLEXÕES FUNDAMENTOS TEÓRICO SOBRE LUDICIDADE CONTEXTUALIZAÇÃO DO LÚDICO: DOS ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS LUDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONCEPÇÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS Relatos do brincar: vivências com o lúdico na infância Lúdico no processo de educar e cuidar das crianças PRÁTICAS PEDAGÓGICAS A PARTIR DO LÚDICO AS ESCOLAS E O PAPEL DO MEDIADOR NAS PRÁTICAS LÚDICAS METODOLOGIA DA PESQUISA PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTUDO SUJEITOS DA PESQUISA ANALISANDO PRÁTICAS LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL LÚDICO NO PLANEJAMENTO: IMPORTÂNCIA NO FAZER PEDAGÓGICO PRÁTICAS LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: EXPERIÊNCIAS VIVIDAS PELAS CRIANÇAS PROPONDO PRÁTICAS LÚDICAS COM AS CRIANÇAS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICES... 82

14 14 PARA COMEÇAR AS REFLEXÕES Conota-se que as práticas lúdicas na atualidade têm sido importantíssimas no processo de ensino e aprendizagem das crianças, jovens e futuros cidadãos. Tratar sobre essa temática é fundamental e desafiador uma vez que adentramos na criatividade, brincadeiras e cantos de imaginação que outrora vem sendo substituídos por testes padronizados e ensino mecânico. Para tanto o motivo que levou a realizar o presente estudo intitulado Práticas Lúdicas Na Educação Infantil: um estudo sobre a prática pedagógica do professor de uma escola pública do Município de Benjamin Constant/AM, configurou-se em compreender e refletir sobre a importância e as diferentes formas lúdicas aplicadas com crianças no Centro Educacional Batista Independente CESBI de Benjamin Constant, e a parti daí elucidar a concepção de professores, pedagogos, gestores a respeito de práticas que contribuem para o desenvolvimento infantil. Para tanto, partimos da seguinte problemática: A não utilização do Lúdico na sala de aula pelo professor pode desenvolver situações de práticas pedagógicas tradicionais e sem dinamismo? O trabalho teve como objetivo: Analisar o uso do lúdico na prática pedagógica do professor da educação infantil em uma escola pública no município de Benjamin Constant-AM. Tendo como objetivos específicos: Analisar o planejamento escolar para o uso do lúdico em turmas de educação infantil; Verificar se os docentes utilizavam o lúdico como uma ferramenta pedágogica no decorrer de sua atuação, identificando as práticas lúdicas no espaço escolar e suas implicações no desenvolvimento das crianças; Realizar uma ação para o fazer pedágogico com o ludico, afim de atenuar os desafios encontrados no ambiente escolar. Nesse sentido, Muller (2006, p. 52) prossegue afirmando que a brincadeira proporciona à criança um meio para expressar seus sentimentos, suas ideias e é uma mostra do enorme impulso para autorrealização que existe na infância. Esta pesquisa é relevante, uma vez que os professores hoje em dia vivem grandes desafios para elaborar aulas e metodologias que possibilitem uma melhor forma de ensinar e contribuir para o desenvolvimento infantil. Isso nos remete a refletir que o docente vem desenvolvendo a cada dia inovações e estratégias que outrora os levam a plenitude do desenvolvimento de muitas crianças em seu processo de ensino a aprendizagem. É importante enfatizar que no caso da Educação Infantil, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil consideram que as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças têm como eixos estruturantes as interações e a brincadeira, como forma de assegurar as crianças os direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se.

15 15 Ponderando que as escolas dentro cenário global perpassam por diversas fases, nas quais apresentam diferentes dificuldades em função de sua origem e por estarmos vivendo tempos de pandemia são vistas como um marco referencial na promoção de geração e oportunidades no que tange a realização de sonhos não só dos alunos mais de muitas famílias. O trabalho dentre suas especificidades justifica-se devido a importância que esse eixo temático tem para os agentes da educação, principalmente porque as crianças vêm aprendendo e se desenvolvendo através destas práticas. Já para o docente esta metodologia de formação lúdica possibilita ao educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades, desbloquear resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto Alicerçada nessa ideia e com o intuito de alcançar os objetivos traçadas nessa pesquisa, foram utilizados alguns procedimentos metodológicos que organizou a pesquisa: abordagem qualitativa, pesquisa de campo, pesquisa exploratória, levantamento bibliográfico que deu suporte e embasamento teórico à temática abordada, a observação que acorreu através das práticas IV e V, além disso foram aplicados questionários para alcançar as informações necessárias para apresentação dos resultados. Por fim, este trabalho está estruturado em três capítulos. O primeiro apresenta o referencial teórico onde se elucida a relevância da pesquisa baseado nos teóricos e legislações. O segundo capítulo aborda a metodologia e o campo de pesquisa, no qual descrevemos os procedimentos adotados na pesquisa e dados referentes ao campo. O terceiro capítulo trata-se da análise e discussão dos resultados, enfocando nos dados coletados na observação e no questionário aplicado, além de apresentar uma proposta elaborada para o uso do lúdico com crianças. Ao final apresentamos as considerações finais, enfatizando a importância do trabalho e os direcionamentos necessários.

16 16 1. FUNDAMENTOS TEÓRICO SOBRE LUDICIDADE O presente capítulo tem o intuito de descrever o aporte teórico sobre o desenvolvimento das práticas lúdicas. Especificamente sobre lúdico e as diversas formas de aprimoramentos em diferentes áreas de desenvolvimento como cognitivo, motor, social e afetivo apontada por autores renomados nessa área. Nesse tópico foi desenvolvido discussões de autores como Piaget, Wallon Kischimoto, entre outros que abordam sobre o lúdico desde sua égide e contextos que embasam a historicidade, conceito e as práticas lúdicas. A finalidade deste tópico é buscar a compreensão que através do brincar a criança cria, descobre, experimenta, adquire habilidades, desenvolve a autoconfiança, autonomia, expande o desenvolvimento da linguagem, pensamento e atenção que possibilitaram uma melhor aprendizagem. 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO LÚDICO: DOS ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS Os jogos sempre se constituíram como uma atividade ligada ao ser humano (FERRO; VIEL, 2019, p. 110). Entre os povos não civilizados, as atividades de dança, caça, pesca, lutas, eram uma maneira de sobrevivência, mas muitas vezes uma característica de diversão e prazer natural. De acordo com estes autores a ludicidade é assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional, por ser o brinquedo a essência da infância e seu uso permitirem um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento. Em se tratando do contexto histórico, Baranita (2012) salienta que é preciso voltar aos primórdios, quando foi possível observar que já na Grécia Antiga, o filósofo Platão ( ) fazia referência aos jogos como sendo de grande valor moral e educativo para as crianças. Entre as civilizações egípcias, romanas e maias, os jogos eram utilizados para difusão de conhecimentos e valores que eram passados de gerações a gerações. Na época do Cristianismo os jogos eram tidos como algo profano e imortal, sendo deixados de lado pela sociedade (BARANITA, 2012). Em suas pequenas atividades, o homem primitivo foi construindo ludicamente sua história, pois reunia prazer e gesto de alegria ao se relacionar com o meio (KISCHIMOTO, 1994). Esta autora diz ainda que através de análises de desenhos e pinturas encontrados em cavernas e elementos utilizados pelo homem primitivo para fabricar armas, ferramentas e utensílios, tudo indica que o ser primitivo já brincava.

17 17 Os brinquedos que partem deste período foram resultados do instrumento de trabalho do homem e de sua história. Os ossos eram modificados formando um novo brinquedo para as crianças. Segundo Huizinga (1971, p. 07) nas sociedades primitivas as atividades que buscavam satisfazer as necessidades vitais, as atividades de sobrevivência, como caça, assumiam muitas vezes a forma lúdica. O jogo como Metodologia de Ensino é utilizado desde a Antiguidade Clássica e definido pelos filósofos e educadores Aristóteles e Platão (KISCHIMOTO, 1994). Ferrari (2003, p. 07) afirma que. Platão foi o principal deles e forma, com Aristóteles, as buscas do pensamento ocidental. A educação, segundo a concepção platônica, deveria testar as aptidões do aluno [...] formulou modelos para o ensino por que considerava ignorante a sociedade grega de seu tempo. Por seu lado, Aristóteles, que foi discípulo de Platão, planejou um sistema de ensino bem mais próximo do que se praticava realmente na Grécia de então, equilibrado entre as atividades físicas e intelectuais e acessível a grande número de pessoas. Fujishima (2009) afirma que, a partir da Idade Média, os jogos caíam em descrédito, não só no âmbito educacional, mas no cotidiano de modo geral, influência de uma Educação Eclesiástica. Uma vez, que não eram vistos como uma ferramenta que proporcionava o ensino. Ferrari (2003), diz que com o domínio do cristianismo, as ideias de Platão foram adaptadas e as de Aristóteles totalmente ignoradas até o advento do Renascimento, que marca a Idade Moderna. Já a partir da Idade Moderna, a Educação passa a ser um direito de todos garantido pelo Estado, um dos ideais do Iluminismo e da Revolução Francesa (século 18): Essa tarefa do Estado ganhou especial realidade na França, após a Revolução Francesa (1789). A escola tornou-se, então, não só a grande construtora da nação francesa como também a instituição que garantia certa homogeneidade entre os cidadãos e, daí, pelo mérito, a diferenciação de cada qual. Como dever do Estado será expandido por toda França. (FERRARI, 2003, p. 09). De acordo com Santos (2010) nem sempre a educação da criança esteve em destaque, na idade Medieval o sentimento de infância foi esquecido, só a partir do século XVII a igreja juntamente com a escola passa a ter papéis fundamentais nessa educação. No século XVIII a criança passa a ser vista como uma página em branco que poderia ser moldada, conforme a vontade dos demais, apenas somente em meados do século XX por meio de pesquisadores como Piaget e Vygotsky, que apresentam indagações sobre como proceder com formação das crianças e contribuem com o pensamento da importância que tem a educação para as crianças pequenas. A história mostra o surgimento de várias concepções de infância. A criança era vista como um adulto em escala reduzida, sua educação e cuidados eram de responsabilidade da mãe.

18 18 [...] mal adquiria algum embaraço físico, era misturada aos adultos e partilhava de seus trabalhos e jogos (ÁRIES, 1978 apud OLIVEIRA, 2012, p. 60). Na fase pré-histórica o homem conseguiu vencer as dificuldades impostas pela natureza e seguir com o desenvolvimento da humanidade na terra. Neves (2020, p. 05) salienta que por volta do século XII, na arte medieval a infância era desconhecida ou os artistas não tentavam representa-la. Naquela época a criança era retratada e tratada como um pequeno adulto, e embora exibisse mais sentimento ao retratar a infância, o século XII continuou fiel a esse procedimento. Os homens dos séculos X e XI não tinham interesse pela imagem da infância, para eles essa era apenas uma fase de transição, onde brevemente ela se tornaria um pequeno adulto, sem muita afeição. De acordo com esta autora somente por volta do século XII que começam a surgir algumas pinturas que retratam tipos de crianças um pouco mais próximas do sentimento moderno. Dessa vez podia-se observar que ao invés de pequenos adultos, as pinturas mostravam algo como pequenos adolescentes (a fase após a infância). Essas crianças adolescentes tinham a idade correspondente para serem educadas para ajudar à missa. Eram vistas como crianças que seriam o modelo e ancestral de todas as crianças pequenas da história da arte: o menino Jesus, ou a Virgem Maria menina, pois a infância aqui se ligava a maternidade da Virgem tese Neves (2020, p. 06). Neves (2020, p. 08) enfatiza que a infância não era vista como uma fase de fragilidade, tendo em vista que a criança tinha uma atenção especial somente no início da vida. Era vista diferente do adulto apenas no tamanho e na força e o importante era que crescesse para enfrentar a vida adulta. Nesta época não existia a valorização da família ela existia para a conservação dos bens; a prática comum de um ofício, a criança tinha que trabalhar desde cedo. [...] para aprender os trabalhos domésticos e valores humanos, mediante a aquisição de conhecimento e experiências práticas (MENDONÇA, 2013, p. 17) e, dessa forma, não era possibilitada a criação de sentimentos entre pais e filhos. Não havia distinção entre crianças e adultos, usavam os mesmos tipos de trajes e de linguagem, não existia um sentimento em especial aos mais novos. Na educação, pessoas de todas as faixas etárias frequentavam a mesma sala de aula e recebiam o mesmo ensinamento. Para tanto é relevante salientar que quando a criança percebe que existe uma sistematização na proposta de uma atividade dinâmica e lúdica, a brincadeira passa a ser interessante e a concentração do aluno fica maior, assimilando os conteúdos com mais facilidades e naturalidade. (KISHIMOTO, 1994).

19 19 Kishimoto (1996) destaca que: O jogo educativo surge no século XVI, como suporte de atividade didática, visando à aquisição de conhecimentos e conquista, um espaço definitivo na educação infantil. Na concepção desta autora, por meio de uma aula lúdica, o aluno é estimulado a desenvolver sua criatividade e não a produtividade, sendo sujeito do processo pedagógico. Por meio da brincadeira o aluno desperta o desejo do saber, a vontade de participar e a alegria da conquista, desta forma, o processo de aprendizagem tornasse então, algo divertido e interessante para a criança. Após o advento da Revolução Francesa e da influência de seus valores pelo Mundo Contemporâneo, o Lúdico passa a conquistar cada vez mais espaço na sala de aula, passa a ter um olhar mais minucioso. Miranda (1984) enfatiza a importância das atividades físicas e lúdicas em países europeus desde o século XVIII. Mesmo havendo uma desconfiança quanto ao caráter educativo do jogo, com o avanço da psicologia, isto tem evoluído bastante. A partir do século XIX e mais sistematicamente no XX, inúmeros teóricos veem analisando o processo de ensino aprendizagem, como Herbart ( ), Wallon ( ), Piaget ( ) e Vigotski ( ), destacando os dois últimos. [...] criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena é atingida. A grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é fundamental na escola (FERRARI, 2003, p. 46). Com Piaget, o processo de ensino-aprendizagem tornou-se um campo de possibilidades, onde o educador deve proporcionar meios que estimulem a procura do conhecimento, a exemplo disso. É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança [...] A essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção visual ou seja, entre situações no pensamento e situações reais. (VIGOTSKI, p ). A história da infância mostra que o lúdico sempre existiu e fez parte da vida do ser humano. Desde os povos mais primitivos aos mais civilizados, todos quando crianças, tiveram e ainda tem seus objetos de brincar, que além de divertir proporciona aprendizagens significativas. Cada um com seu modo de brincar e aprender por meio de brincadeiras e jogos lúdicos. Em Silva (2018, p. 16) é destacado ainda que,

20 20 [...] o termo lúdico tem origem no latim (ludus) e quer dizer brincar, neste brincar fica compreendido jogos, brinquedos e brincadeiras e é coerente também, a conduta daquele que participa do jogo, que brinca e se diverte do mesmo modo que, a música, a literatura, o teatro, as dramatizações, igualmente são consideradas manifestações do lúdico. Desta forma, podemos compreender por meio da fala do autor, que várias manifestações culturais também podem ser consideradas lúdicas, e que estes não se limitam somente a crianças. O lúdico faz parte de nossa vida, daí sua importância de ser explorado cada vez mais em ambientes de ensino, uma vez que é na escola que o lúdico poderá ser visto como uma ferramenta de aprendizagem, e não somente diversão. Santos (1997, p. 19) nos diz que os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu início, também não tinham a conotação que têm hoje, eram vistos como fúteis e tinham como objetivo a distração e o recreio. Os divertimentos lúdicos, para muitos filósofos, psicólogos e educadores é o berço obrigatório das atividades intelectuais e do desenvolvimento das funções superiores, por isso é indispensável à prática educativa. Antes os jogos e brincadeiras eram vistos como um passatempo para as crianças, onde a mesma só aprendia em sala de aula, mas hoje houve várias mudanças, o recreio e brincadeiras estão até inseridos dentro e fora de sala de aula, hoje enquanto as crianças sorriem e brincam elas estão aprendendo fora dos métodos tradicionais. [...] a educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo. [...] (ALMEIDA, 1995, p. 11 apud DALLABONA e MENDES, 2004). O brincar em sala de aula tem na última década impulsionando positivamente o processo de ensino e aprendizagem de forma exorbitante, os jogos na educação têm chamado atenção consideravelmente principalmente nos anos iniciais. Como resultado desse interesse, existe um corpo considerável da literatura disponível sobre aprendizagem baseada em jogos em sala de aula e os benefícios potenciais disso para a educação e aprendizagem. Cada sociedade, cada época assume o jogo com significados diferentes. Kishimoto (2008, p. 17) afirma que [...] em tempos passados, o jogo era visto como inútil como coisa não seria. Já nos tempos do Romantismo, o jogo aparece como algo sério e destinado a educar a criança. O lúdico envolve várias artes também, que além de envolver os jogos e brincadeiras, perpassar pela música, teatro e entre outros. Partindo desse raciocínio acredita-se que ensinar de forma lúdica pode contribuir para aumentar o prazer tanto de aprender quanto de ensinar.

21 21 A ludicidade não se limita apenas aos jogos, as brincadeiras e aos brinquedos, ela está relacionada a toda atividade livre e prazerosa, podendo ser realizada em grupo ou individual. Freire (2010, p. 09) ressalta que, [...] estudar é, realmente, um trabalho difícil, que exige trabalho intelectual que não se ganha, se não praticando, dá ao trabalho (ato de estudar) a significação lúdica, pois ninguém se atiraria a uma atividade eminentemente séria e penosa se não tivesse o mínimo de prazer, satisfação e predisposição para isso. A função da brincadeira no desenvolvimento infantil é de práxis importantíssimo, brincar é a característica definidora do desenvolvimento humano: o impulso está embutido em nós e não pode ser suprimido. Ferreira (2002, apud Silva, 2019) diz que [...] o lúdico pode ser tanto brincadeira que provoca divertimento por meio de alguma atividade quanto jogo, ação de jogar, disputar, onde se facilita a aprendizagem, ou seja, não podemos afirmar que o lúdico é jogo e brincadeira, mas sim uma junção dos dois que provoca a ação de divertimento. É crucial que reconheçamos que, embora o impulso de brincar seja uma coisa, entender os detalhes de se jogar realmente nem sempre é tão natural e pode exigir um cultivo cuidadoso. É por isso que uma abordagem baseada em brincadeiras envolve tanto a aprendizagem iniciada pela criança quanto a aprendizagem apoiada pelo professor. O professor incentiva a aprendizagem e a investigação das crianças por meio de interações que visam estender seu pensamento a níveis mais elevados. E assim sabendo da [...] importância do lúdico para o desenvolvimento da criança, não se pode deixar de defender seu valor dentro do contexto escolar, uma vez que a escola acolhe crianças em fase de crescimento, ativas e dispostas a aprender (GOMES, 2009, p. 17). De acordo com este autor é durante a brincadeira, as crianças usam todos os seus sentidos, devem transmitir seus pensamentos e emoções, explorar seu ambiente e conectar o que já sabem com novos conhecimentos, habilidades e atitudes. Na concepção de Almeida (2005, p.56), brincar [...] é meio de expressão, é forma de integrar-se ao ambiente que o cerca. Através das atividades lúdicas a criança assimila valores, adquire comportamentos, desenvolve diversas áreas de conhecimento, exercita-se fisicamente e aprimora habilidades motoras. É no contexto da brincadeira que as crianças testam novos conhecimentos e teorias. Eles reconstituem experiências para solidificar a compreensão, aprendem e expressam o pensamento simbólico, um precursor necessário para a alfabetização. Brincar é a primeira forma de contar histórias. E é assim que as crianças aprendem a negociar com os colegas, resolver problemas e improvisar. Segundo Santos (2010, p. 13) é [...] através do brincar, que a criança

22 22 terá condições de construir sua identidade, socializar-se, enquanto parte integrante de um grupo, conhecer e reconhecer-se, amar e ser amada. O brincar é um ato cultural e para que o brinquedo exista é preciso que um grupo da sociedade lhe dê sentido e significado. Considerando o anterior exposto, Silva (2018, p. 16) salienta que [...] o termo lúdico tem origem no latim (ludus) e quer dizer brincar, neste brincar fica compreendido jogos, brinquedos e brincadeiras e é coerente também, a conduta daquele que participa do jogo, que brinca e se diverte do mesmo modo que, a música, a literatura, o teatro, as dramatizações, igualmente são consideradas manifestações do lúdico. A infância é uma fase muito importante para toda pessoa, e brincar nesse período é fundamental para aprendizagem infantil, e se torna algo que não deve ser deixado de lado, a criança precisa ter contato direto com brincadeiras, uma vez que essa fase é de descobertas. Isso significa que as crianças aprendem bem, quando são mentalmente ativas, engajadas, sociais e podem fazer conexões significativas com suas vidas, que são características da brincadeira. Outro fator importante que o brincar propõe, além de melhorar as habilidades lúdicas e de linguagem narrativa, um currículo baseado em brincadeiras também tem e sempre terá uma influência positiva na aquisição da gramática. Para tanto é pertinente a colocação de Almeida (1995, p. 195) quando diz que, [...]a educação lúdica pode ter duas consequências, dependendo de ser bem ou mal utilizada: a educação lúdica pode ser uma arma na mão do professor despreparado, capaz de mutilar o verdadeiro sentido da proposta; e a educação lúdica pode ser para o professor competente um instrumento de unificação, de liberdade e de transformação das reais condições em que se encontra o educando. Conforme o autor, assim como outras ferramentas de ensino, o lúdico pode ou não trazer benéficos para o ensino dos alunos, isso vai depender do professor saber fazer o bom uso deste. O educador precisa estar bem preparado para quaisquer atividades que queira desenvolver, precisa haver o propósito de alcançar um objetivo e a intenção de proporcionar aos discentes a obtenção de conhecimentos significativos através destas atividades. Para Piaget a atividade lúdica só pode trazer a sensação de experiência plena para o todo do aluno quando da participação do mesmo, e como mais um recurso para a busca de um desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo. Almeida (2005, p. 119) informa que [...] jogos de expressão, interpretação [...] enriquecem a linguagem oral, a escrita e a interiorização de conhecimentos, libertando o aluno do imobilismo para uma participação ativa, criativa e crítica no processo de aprendizagem. De acordo com Silva (2018, p. 13),

23 23 [...] as brincadeiras representam no mundo real atividades constitucionais para as crianças e são importantes em todos os aspectos de sua formação, já que sua personalidade começa a se solidificar no ato de brincar, onde estão inseridas relevantes funções, capazes de ajudar a criança no seu desenvolvimento, no seu aprendizado e na influência mútua com o ambiente onde interage responsável pela construção de sua identidade, observando também que a criança dedica a maior parte do seu tempo ao brincar. Brincando a criança realiza diversas atividades como conversar, cantar, dançar, dramatizar, imitar, pular, imaginar, fantasiar. Além disso, serve a diversos propósitos, entre eles os educacionais visto que pode ser controlado, orientado de acordo com regras que conduz aos objetivos pretendidos. Piaget (1976) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Estas não são apenas uma forma de entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem seu desenvolvimento intelectual. [...] sob as suas formas essenciais de exercício sensório-motor e o simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. (PIAGET, 1976, p. 160). Outro grande pesquisador que vale destacar, assim como Piaget, e que desenvolveu trabalhos na área de psicologia genética e se interessou pelo jogo infantil foi Henri Wallon. Analisando o estudo dos estágios propostos por Piaget, Wallon fez inúmeros comentários onde evidenciava o caráter emocional em que os jogos se desenvolvem, e seus aspectos relativos à socialização. Referindo-se a faixa etária dos sete anos, Wallon (1975, p. 210) demonstra seu interesse pelas relações sociais infantis nos momentos de jogo, diz que a [...] criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo pode realizar, dos jogos a que pode entregar-se com seus camaradas de grupo, e também das contestações, dos conflitos que podem surgir nos jogos onde existem duas equipes antagônicas. Entre as concepções sobre brincar, destaca-se também as concepções de Froebel, o primeiro filósofo a justificar seu uso para educar crianças pré-escolares. Sua teoria metafísica pressupõe que o brinquedo permite o estabelecimento de relações entre os objetos do mundo cultural e a natureza, unificados pelo mundo espiritual. O jogo tornou-se, nos últimos tempos, objeto de interesse de vários psicólogos, educadores e pesquisadores como decorrência da sua importância para a criança e da

24 24 constatação de que é uma prática que auxilia o desenvolvimento infantil, na construção de conhecimentos, uma vez que está ferramenta de ensino influencia grandemente em sua vida. De acordo com Oliveira (2010, p. 18) a participação ativa da criança e a natureza lúdica e prazerosa, inerente a diferentes tipos de jogos, têm servido de argumento para fortalecer a concepção segundo a qual aprende-se brincando. E é inevitável dizer o contrário, pois são muitos os estudos que comprovam a eficiência do lúdico e sua importância para educação. Para Oliveira (2010, p. 76) o, [...] jogo é um fenômeno cultural com múltiplas manifestações e significados que variam conforme a época, a cultura ou o contexto. O que caracteriza uma situação de jogo é a atividade da criança: sua intenção em brincar, a presença de regras que lhe permitem identificar sua modalidade. De maneira geral o jogo infantil compreende brincadeiras de faz-de-conta (em que intervém a imaginação, a representação a simulação), jogos de construção (manipulação, composição e representação de objetos), jogos de regras, e assim por diante. Quando as pessoas praticam esportes ou quando as crianças brincam estão manifestando uma simulação lúdica da realidade. O jogo deve ser uma atividade espontânea. Havendo ordens não é jogo, perde a característica da liberdade. A criança e os animais brincam porque gostam de brincar, e é precisamente em tal fato que reside sua liberdade (HUIZINGA, 1971, p. 10). Conforme este autor pensa-se no jogo como algo oposto à seriedade, contudo ao se observar um jogo de xadrez ou futebol, por exemplo, percebe-se a mais profunda concentração entre os jogadores. O jogo tem início e fim e nesse intervalo ocorrem movimentos, sucessões, associações, tensão, equilíbrio, união, etc. Mesmo quando chega ao fim, o jogo fica na memória, sendo transmitido e repetido outras vezes, tornando-se uma tradição. O jogador é afastado por um momento da vida real. O que está acontecendo fora do jogo não importa, leis e costumes da vida cotidiana perdem o valor, sendo substituídas por contratos e combinações entre os jogadores. E assim ocorre com a criança, pois [...] quando brinca, a criança toma certa distância da vida cotidiana; entra no mundo imaginário. (KISHIMOTO 1996, p. 24) Hoje, psicólogos e pedagogos reconhecem o papel fundamental da brincadeira no desenvolvimento e na construção do conhecimento infantil, pois possuem uma importância relevante no desenvolvimento da criança. A brincadeira de faz-de-conta, por exemplo, é a que

25 25 está mais presente nas situações imaginárias, pois é nela que a criança pode mostrar suas vivências em diferentes contextos. Kishimoto (1996, p. 39) explica que: Ideias e ações adquiridas pelas crianças provêm do mundo social, incluindo a família e seu ciclo de relacionamento, o currículo apresentado pela escola, as ideias discutidas em classe, os materiais e os pares. O conteúdo das representações simbólicas recebe, geralmente, grande influência do currículo e dos professores. Ao brincar de faz-de-conta a criança aprende a criar símbolos, através da mudança do significado dos objetos, das situações, bem como da criação de novos significados, trabalhando assim sua racionalidade. As brincadeiras de construção, aquelas em que as crianças constroem cidades e bairros com tijolinhos, por exemplo, garantem além das experiências sensoriais, um estímulo à criatividade e o desenvolvimento de habilidades. As brincadeiras tradicionais infantis, têm o poder de desenvolver a expressão oral. As crianças acabam por expressar a cultura naturalmente em brincadeiras como amarelinha, pião, parlendas, pipa, etc., além de desenvolver formas de convivência social. Através do jogo é possível desenvolver no ser humano a capacidade de tomar decisões, a enfrentar o perigo, tornar-se criativo e emancipado, além de servir para preparar as pessoas para novos desafios, dando coragem e habilidades suficientes para gerarem confiança em si mesmo. A relação não é unilateral, pois não é só o aluno que constrói seu conhecimento. O aluno, através deste processo interativo, assimila e constroem conhecimentos, valores, regras, adquirir hábitos, formas de ser expressa, sentir e ver o mundo, forma ideias, conceitos. 1.2 LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONCEPÇÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS Refletimos neste subcapítulo sobre o lúdico na infância e na Educação Infantil. Nos propomos a relatar sobre a vivência com o brincar enquanto criança e assim tratar teoricamente sobre o lúdico nesta etapa de ensino Relatos do brincar: vivências com o lúdico na infância Sendo o objeto de estudo deste trabalho o lúdico, pretendemos aqui relatar um pouco de minha experiência com jogos e brincadeiras durante minha infância. Por volta dos meus sete anos de idade, onde minha memória permite chegar, lembro-me que foi de muitas brincadeiras,

26 26 amor e muito cuidado por parte dos meus pais, embora muito pequeno posso dizer que foi a fase de grandes descobertas em minha vida, foi a época que pude de fato brincar, construir, destruir, inventar, viver além do que minha imaginação poderia imaginar. Pois no [...] brincar as crianças tem mais liberdade de expressão, ao brincar a criança vivência um novo cenário, obtendo uma dimensão imaginária e criativa da sociedade. (HUANCA, 2020, p. 07) Meus pais sempre me oportunizaram momentos de brincadeiras com os amigos, me possibilitaram aproveitar bastante o espaço e o tempo que me era dado aos arredores de casa, vivi momentos felizes, foram diversas aventuras havia brincadeiras de taco, pique-esconde, bola, caça ao tesouro e entre outras. Minha mãe ficava mais tempo em casa cuidando de mim e dos meus irmãos, por muitas vezes a brincadeira era dentro de casa mesmo, onde minha mãe era líder, e juntamente com minha irmã brincávamos de jogo da velha, trilha, dominó e xadrez, me recordo bastante que meu pai comprava bastante blocos também para que pudéssemos montar e com isso instigar nossa mente a pensar. Oliveira (2010, p. 14) ressalta que. A brincadeira, seja ela qual for, é algo de suma importância na infância. Pelos pais, ela deve ser vista não apenas como um momento de entretenimento e lazer de seus filhos, mas também como uma oportunidade de desenvolver nas crianças hábitos e atitudes que os façam amadurecer se tornando responsáveis. Sendo assim, é importante que os pais se façam presente nesses momentos de descobertas, dando ferramentas e suporte para as crianças realizarem brincadeiras. Lembro-me ainda que quase todo final de semana meu pai me levava para casa dos meus avós, era o melhor momento, pois lá tinha vários primos e minha querida avó tem um quintal grande. Era então o momento da construção, nesse quintal construímos casinhas, traves para futebol, peças de madeira e muitos acessórios que possibilitou uma infância cheia de alegria e realizações. No referido quintal acima citado, construíamos casinhas, pois minha família vem de pais, tios, primo e avôs, onde os mesmo exerciam e exercem a profissão de marceneiro ou carpintaria, que diante desse convívio com os mesmos, meus primos e eu, imaginávamos fazendo as mesmas coisas, e a única forma de se aproximar dessa realidade era apanhando peças de madeiras velhas no quintal e fazíamos casinhas pequenas da mesma estrutura que nossas casas. O nosso maior foco era jogar futebol no quintal, pegávamos quatro estacas pequenas e enfiávamos na terra para fazer suas traves e o time era dividido em duplas e ao final do termino do jogo, ganhava quem obtivesse o maior números de gols.

27 27 Diante disso, aprendi que mesmo não estando em um ambiente não escolar, estava me divertindo em um ambiente informal e aprendendo ao mesmo tempo, de forma prazerosa, descontraída e não intencional, perdendo assim o medo e a timidez que sempre me acompanhou durante a minha infância Lúdico no processo de educar e cuidar das crianças A infância é a fase da vida que a criança realiza a descoberta pelo brincar. Sua curiosidade, imaginação, aprendizagem, criação e conhecimento são construídos pelo brincar, sozinha, com outras crianças, com adultos, com amigos imaginários. O lúdico faz com que as crianças tenham mais criatividade, conhecimento e desenvolvimento social com os demais colegas, faz com que a criança viva numa relação do mundo real e o mundo cheio de fantasias propícias para seu aprendizado. E, isso permite que ele desenvolva funções satisfatórios à sua vida cotidiana com maior interação em sua vida social. Quando brinca, a criança toma certa distância da vida cotidiana e entra no mundo imaginário (KISHIMOTO, 2009, p. 24), tudo para ela se torna mais divertido, descontraído e mais prazeroso. Por isso é essencial que o professor use com mais frequência a ferramenta de jogos e brincadeiras, sendo que desta forma, pode facilitar o processo de socialização e aprendizagem das crianças. A infância é a idade das brincadeiras, por meio dela, as crianças satisfazem grande parte de seus desejos e interesses particulares. O aprendizado da brincadeira, pela criança, propicia a liberação de energias, a expansão das criatividades, fortalece a sociabilidade e estimula a liberdade do desempenho. O lúdico faz com que as crianças se desenvolvam, já que possibilita uma forma diferente de se aprender, testam novos conhecimentos e teorias. Eles reconstituem experiências para solidificar a compreensão. E é aqui que as crianças aprendem e expressam o pensamento simbólico, um precursor necessário para a alfabetização. Brincar é a primeira forma de contar histórias, e é assim que as crianças aprendem a negociar com os colegas, resolver problemas e improvisar. Partindo desses pressupostos, Vygotsky (apud SANTOS 2014, p ), classifica o brincar em três fases. Na primeira fase ocorre a separação do seu primeiro grupo social, a família desenvolvendo algumas habilidades inerentes ao ser humano, tal fase estende-se até os sete anos. A segunda fase corresponde a caracterização da imitação, a criança reproduz o modelo dos adultos. E finalmente a terceira fase é identificada pela institucionalização de regras

28 28 exigindo um grau maior e mais complexo de socialização. Assim, à medida que o indivíduo vai crescendo, seu nível de interação aumenta, fazendo-o tornar-se um ser social, através do incentivo e uso das brincadeiras. O tradicionalismo por sua vez torna esse ensino um tanto cansativo e repetitivo para as crianças, por isso a necessidade de desenvolver práticas lúdicas que contribuam para o desenvolvimento integral da criança. Entendendo aqui que esta criança brinca a todo tempo e espaço, e ao mesmo tempo aprende e ensina. Daí a importância do lúdico na educação infantil. A criança de 0 a 5 anos de idade que estão na educação infantil se expressam pelo brincar, significa dizer que o brincar é o momento de expressão infantil. Estruturar intencionalmente uma oportunidade de aprendizagem baseada em brincadeiras para encorajar brincadeiras criativas, bem como incluir materiais que enfatizem um padrão de aprendizagem apropriado para o desenvolvimento é certamente uma prática de alto nível. De acordo com (TAVARES, 2017) brincar dentro da escola, através da inclusão do lúdico nas propostas pedagógicas, possibilita o desenvolvimento infantil; sobretudo, quando se trata da questão do imaginário e da aquisição dos símbolos, momento quando a criança faz associações e recria no momento em que brinca proporcionando novas vivências e, por consequência, seu desenvolvimento. Para Tavares (2017) a utilização do brinquedo com a finalidade pedagógica na educação infantil é importante para se pensar na relevância existente na utilização desses materiais no processo de desenvolvimento da criança e de sua aprendizagem. Quando se trata de crianças no nível pré-escolar, o fato de que elas aprendem de modo intuitivo durante os processos de interação com os brinquedos e com as ações que acontecem ao seu redor pode interferir de forma positiva no momento dessa aprendizagem. Para este autor as crianças aprendem melhor por meio de experiências em primeira mão a brincadeira motiva, estimula e apoia as crianças no desenvolvimento de habilidades, conceitos, aquisição de linguagem, habilidades de comunicação e concentração. Durante a brincadeira, as crianças usam todos os seus sentidos, devem transmitir seus pensamentos e emoções, explorar seu ambiente e conectar o que já sabem com novos conhecimentos, habilidades e atitudes. Ferro e Viel (2019, p. 119) afirmam ainda que, [...] os jogos didáticos podem ser utilizados como uma ferramenta auxiliar na prática pedagógica, permitindo que o educador possa desenvolver diversas habilidades em seus alunos, despertando sentimentos que as aulas tradicionais não propiciam, atraindo os alunos de maneira desafiadora e descontraída, onde o conhecimento é

29 29 construído de maneira divertida, pois o aluno aprende brincando, trabalhando também o raciocínio lógico, a memória, onde dificilmente esquecerão o que aprenderam. Pode-se destacar que através da ludicidade, a criança tem a oportunidade até mesmo de adquirir uma melhor comunicação, e esse fator é essencial para o professor que almeja um ensino de qualidade para seus discentes. Garbarino (apud KISHIMOTO 2009, p. 69) ressalta que é [...] através de seus brinquedos e brincadeiras que a criança tem oportunidade de desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo [...], uma vez que o lúdico impulsiona a criança a conversar, a perguntar e debater sobre determinada brincadeira ou jogo, tanto com os colegas como com os professores. Sendo assim, Silva (2018, p. 35) ainda ressalta que, [...] a ludicidade vem para corresponder a uma configuração de linguagem que possibilita a criança manter um diálogo com o próximo, proporcionando a oportunidade não apenas da liberdade de expressão, todavia também da autonomia criativa, expandindo o seu conhecimento a propósito de a realidade e propiciando por decorrência seu desenvolvimento tanto emocional quanto social. É através do brincar que as crianças adquirem mais comunicação com o seu próximo, tornam-se mais observadoras, começam a perceber o seu próximo numa questão de alteridade, ou seja, valorizar que o seu colega existe, fazendo com que assim tenham mais interação um com outro, ao mesmo tempo irão estar brincando com o colega enquanto aprendem. Quando a criança se encontra no meio de outras crianças, brincando e aprendendo, ela estará se socializando e adquirindo novos conhecimentos e saberes que os colegas podem lhe proporcionar, e as brincadeiras que antes não eram vistas como forma de ensino, pode ser considerada agora uma ferramenta necessária para os docentes se apropriarem, e assim proporcionará às crianças uma melhor interação e colaboração, pois o que a criança é capaz de fazer hoje em cooperação, será capaz de fazer sozinha amanhã. (VIGOTSKY, 2000, p. 129) Pelo uso do brinquedo, a criança aprende a agir de forma cognitiva; os objetos têm um aspecto motivador para as ações da criança, desde a mais tenra idade. (MARANHÃO, 2007, p ). A criança quando se encontra em meio dos brinquedos, ela começa a ter mais criatividade e a ter um raciocínio mais rápido e amplo do meio em que vive, isso motiva seus instintos, até estabelece vivências do seu dia a dia. Conforme Oliveira (2010, p. 22), Toda criança que brinca vive uma infância feliz, além de tornar-se um adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente, conseguirá superar com mais facilidade, problemas que possam surgir no seu dia-a-dia. A criança é curiosa e imaginativa, está sempre experimentando o mundo e precisa explorar todas as suas possibilidades.

30 30 É no jogo que as habilidades sociais básicas - como compartilhar e revezar - são aprendidas e praticadas. As crianças também trazem sua própria língua, costumes e cultura para o jogo. Como um benefício adicional, eles aprendem sobre seus colegas no processo. Essa ferramenta possibilita que o aluno deixe o egocentrismo mais de lado, pois quando ela errar no ato de brincar, ela não ficará frustrada e sim vai rir da situação ou vai querer acertar. Com isso ela vai adquirindo novos conceitos em relação às brincadeiras e a vida que a cerca. A educação por meio do lúdico, além de contribuir e influenciar na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integra-se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. Sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio. Conduzir a criança à busca, ao domínio de um conhecimento mais abstrato misturando habilmente uma parcela de trabalho (esforço) com uma boa dose de brincadeira (PIAGET, 1994, p. 78), e assim transforma o trabalho, o aprendizado, num jogo bem-sucedido, momento este em que a criança pode mergulhar plenamente sem se dar conta disso. Em poucas palavras, Froebel (apud ALMEIDA,1998, p. 23) contribui dizendo que a [...] educação mais eficiente é aquela que proporciona atividade, auto expressão e participação social às crianças. Tal teoria realmente determinou a atividade lúdica como fator decisivo na educação, partindo do pressuposto de que a verdadeira atividade educativa é aquela que cria no aprendiz o melhor comportamento para satisfazer suas múltiplas necessidades orgânicas e intelectuais, como necessidade de saber, de explorar, de observar, de jogar, de viver e assim por diante. Aspectos psicomotores do comportamento da criança podem constituir condições para o desenvolvimento de determinados aspectos cognitivos. Ambos podem, por sua vez, determinar modificações no desenvolvimento afetivo-social. Condições emocionais e motivacionais podem constituir a base necessária para determinadas aquisições ou constituir bloqueios. As habilidades psicomotoras incluem a destreza manual e digital, a coordenação mãosolhos, a resistência à fadiga, o equilíbrio físico, a visão periférica, entre outras. Segundo a autora, É evidente que a escrita é, enquanto conjunto dos movimentos coordenados, excelente exemplo, complexo, desses aspectos. (ROSAMILHA, 1979, p. 71) Nos aspectos cognitivos incluem-se conceitos e habilidades de operação, que envolvem identificar, nomear, descrever, ordenar, construir, redigir, criticar, compreender, relacionar. Atos de ler e de escrever operacionalizados por meio dessas ações. No jogo, as

31 31 crianças aprendem quem são, quais são os papéis das pessoas que a cercam e tornam-se familiarizadas com a cultura e os costumes da sociedade. Elas começam a raciocinar, a desenvolver o pensamento lógico, a expandir seus vocabulários e a descobrir relações matemáticas e fatos científicos (ALVES, 1981, p. 42). Quando se analisa tais aspectos psicomotores e cognitivos pode-se perceber que a falta de um determinado, pré-requisito, como conceitos, habilidades, vocabulário ou um nível de inteligência mais baixo prejudicam ou impedem a aprendizagem pela ausência. Já na questão afetiva, Almeida (1998, p. 19) diz que as crianças: [...] mexem ou movem os brinquedos (bolas, animais, carrinhos de puxar); elas acariciam (bonecas, ursinhos e outros bichos de pano); elas representam, faz-de-conta (roupinhas, marionetes); elas fazem ou modelam (recortes, tecelagem, armações); elas constroem (com madeira, metal) e elas jogam com os outros (peteca, pingue-pongue e etc.). Se para criança é fornecido material conveniente, a fim de que, jogando elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais, o lúdico toma sua verdadeira forma, onde toda a educação familiar, social, escolar e toda a sua vida centrada na necessidade de um trabalho-jogo conduzem a mesma a retirar as mais delicadas e mais calorosas fruições, dando ao jogo uma concepção harmônica, de equilíbrio, que suscitará uma nova concepção de relações sociais. Assim, o trabalho é uma atividade intrinsecamente ligada ao ser, como o jogo, que se toma como uma função cujo exercício constitui por si mesmo sua própria satisfação. (BEAUCAIR, 2004, p. 37). De acordo com este autor, Freire é um dos maiores pensadores da educação como prática da liberdade, aborda implicitamente em seus estudos a relação entre a educação e ludicidade afirmando que o ato de buscar, de apropriar-se dos conhecimentos, de problematizar, de estudar é, realmente um trabalho difícil, exigindo desta forma que a disciplina intelectual se alcança somente praticando. O ensino precisa manter uma relação profunda com a experiência para revelar a si o sentido e o valor daquilo que se vive, uma vez que este é um fator primordial para nossa vida. Para Freire (apud CHATEAU, 1987, p. 17) sendo o homem, [...] o sujeito de sua própria história, toda ação educativa deverá promover o indivíduo, sua relação com o mundo por meio da consciência crítica, da libertação e de sua ação concreta com o objetivo de transformá-lo. A realização de atividades lúdicas variadas e frequentes, pelas crianças, fornece o seu desenvolvimento, pois elas estarão tendo contanto com as mais diversas formas de ensino, e [...] estas atividades geram espaços para pensar, onde fazemos avançar o raciocínio desenvolvendo o pensamento, já que a atividade lúdica provoca a cooperação e a articulação de

32 32 ponto de vista, estimulando a representação e engendrando a operatividade. (OLIVEIRA, 2010, p. 14) Daí [...] a importância do desenvolvimento de capacidades físicas através de exercícios regulares e rigorosos para que certos comportamentos corporais não se desenvolvam inadequadamente ou se atrofiem (ROSAMILHA, 1979, p. 69). Uma grande variedade de atividades e jogos ajudam as crianças a desenvolver habilidades e conceitos que facilitam a transição da educação infantil nas séries iniciais do ensino fundamental, destacando que a autoconfiança é um dos resultados mais importantes a serem conquistados através deles, e como expressos ao lado das atividades de integração da criança à escola (dramatizações, conversas, recreação, desenho), de preparo para se interessarem pela leitura, são úteis atividades de reconhecimento. (CRATTY apud FREINET, 1974, p. 64) A educação lúdica integra uma teoria profunda e uma prática atuante. Seus objetivos, além de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, social, cultural, psicológico, pedagógico, enfatizam a libertação das relações pessoais passivas, relações reflexivas, criadoras, inteligentes, socializadora, fazendo do ato de educar um compromisso consciente, de esforço, sem perder o caráter de prazer, de satisfação individual e modificador da sociedade. Alain (apud KISHIMOTO, 1993, p. 21) defende o emprego do jogo na escola. Sua justificativa é a de que o jogo favorece o aprendizado erro e estimula a exploração e a solução de problemas no aspecto cognitivo. Segundo o autor, [...]o jogo, por ser livre de pressões e avaliações, cria um clima adequado para a investigação e a busca de soluções. O benefício do jogo está nessa possibilidade de estimular a exploração em busca de respostas, em não constranger quando se erra. O autor vê dois momentos na situação escolar: o trabalho pedagógico de aquisição sistemática do saber e o jogo que, escapando à severa lei do trabalho, tem um fim lúdico, não se submetem à ordem, criando um espaço de liberdade de ação para a criança. Já Chateau (1987, p. 96), entende que, [...] o jogo tem fins naturais quando a ação livre permite a expressão do eu. Para o autor, o jogo é um instrumento do adulto para formar a criança, considerando o aspecto social, intelectual, cognitivo afetivo. Ele valoriza o jogo por seu potencial para o aprendizado moral, integração da criança no grupo social e como meio para a aquisição de regras.

33 33 O autor considera que habilidades e conhecimentos adquiridos no jogo preparam para o desenvolvimento do trabalho. Embora estabeleça um estreito vínculo entre o jogo e o trabalho escolar, indica que a educação deve, em certos momentos, separar-se do comportamento lúdico. Não se pode pensar em uma educação exclusivamente baseada no jogo, uma vez que esta postura isolaria o homem da vida, fazendo-o viver num mundo ilusório. Chateau (1987) ainda diz que, [...] a escola tem uma natureza própria distinta do jogo e do trabalho. Entretanto, ao incorporar algumas características tanto do trabalho como do jogo, a escola cria a modalidade do jogo educativo destinado a estimular a moralidade, o interesse, a descoberta e a reflexão. Em suma, a polêmica em torno da utilização pedagógica do jogo, deixa de existir quando se respeita sua natureza. Qualquer jogo empregado pela escola aparece sempre como um recurso para a realização das finalidades educativas e, ao mesmo tempo, um elemento indispensável ao desenvolvimento infantil. Cada fase da criança vem sendo marcada por acontecimentos particulares e características especificas que estão relacionadas às áreas motoras, cognitivas e afetivas. Para que a criança tenha um desenvolvimento adequado, é fundamental que estes três domínios sejam conjuntamente trabalhados e de modo harmônico. Se a criança age livremente no jogo de faz de conta em sala, expressando relações que observa no seu cotidiano, a função pedagógica será garantida pela organização do espaço, pela disponibilidade de materiais e, muitas vezes, pela própria parceria do professor nas brincadeiras. Segundo Oliveira (2012, p. 125) [...] muitos especialistas em educação veem o brincar, especialmente o imaginário, como solução de problemas, criatividade e flexibilidade nas crianças pequenas. Além desse grupo de educadores, algumas propostas pedagógicas vêm inserindo-se como práticas relevantes nas realidades dos educandários infantis, que incentivam e difundem a brincadeira como importante estímulo para o desenvolvimento de aprendizagens. Nesse sentido, qualquer jogo empregado pela escola, desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta o caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo educativo. Brincar não é uma obstrução ao aprendizado acadêmico, nem é um ensino preguiçoso. Experiências de brincadeira podem ser construídas para criar experiências de aprendizagem mais profundas que a criança irá lembrar e internalizar. Salas de aula de alta qualidade que utilizam atividades lúdicas e de aprendizagem prática são espaços bem pensados e intencionais

34 34 não apenas um espaço aberto para todos, onde as crianças saltam de uma atividade para outra e um professor se separa e passa seu tempo/seu dia gerenciando comportamentos. Desse modo Tavares (2017) salienta que [...] as brincadeiras realizadas, na educação infantil, devem ter planejamento, possibilitando o desenvolvimento integral de suas habilidades motoras, mentais e sociais básicas; fundamental para o crescimento saudável. 1.3 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS A PARTIR DO LÚDICO É importante que o professor leve para a sala de aula, de forma consciente e planejada a ludicidade, já que ela tem apenas a acrescentar tanto em sua formação contínua quanto no aprendizado das crianças. Por meio do lúdico o educador pode realizar jogos e brincadeiras infantis que possibilitam ao mesmo tempo explorar e formalizar conceitos de maneira que seja prazeroso para a criança, pois o brincar faz parte de seu mundo, faz parte de sua realidade. A criança, por meio do brincar, acaba por instruir-se, ou seja, ela aprende brincando, aprende lições fundamentais para sua vida. Silva (2018, p. 13) destaca ainda que. As brincadeiras representam no mundo real atividades constitucionais para as crianças e são importantes em todos os aspectos de sua formação, já que sua personalidade começa a se solidificar no ato de brincar, onde estão inseridas relevantes funções, capazes de ajudar a criança no seu desenvolvimento, no seu aprendizado e na influência mútua com o ambiente onde interage responsável pela construção de sua identidade, observando também que a criança dedica a maior parte do seu tempo ao brincar. No brincar ocorrem processos psíquicos que preparam o caminho de transição da criança para um novo e mais elevado nível de desenvolvimento, e é por meio do brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos (VYGOTSKY, 2000, p. 126). Durante o brincar é fundamental a participação do professor, pois permite que ele possa conhecer seus alunos, e esse fator influenciará positivamente em sua prática. Vale destacar ainda que, qualquer que seja a brincadeira, a questão central é não esquecer do aspecto lúdico envolvido nela. A brincadeira é um momento que o imaginário da criança deve ser respeitado e deve ter um espaço para isso. Dessa forma, cabe ao professor observar se as propostas de jogos e brincadeiras em sala de aula estão despertando uma motivação interna na criança. Sem essa

35 35 motivação, o objeto externo não atingirá os objetivos desejados pelo professor, no campo cognitivo. Nadaline e Final (2013, p. 09) dizem que. O professor precisa nutrir o interesse do aluno, sendo capaz de respeitar o grau de desenvolvimento das múltiplas inteligências do mesmo, do contrário a atividade lúdica perde completamente sua riqueza e seu valor, além do mais o professor deve gostar de trabalhar esse novo método sendo motivador a fazer com que os alunos gostem de aprender, pois se o educador não se entusiasmar pelo que ensina o aluno não terá o interesse em aprender. O professor, durante sua prática precisa ser ativo e mostrar para as crianças que o ato de brincar e aprender caminham juntos, e que além de divertir a todos, vem para ensinar também. É essencial que o educador busque sempre que possível motivar seus educandos. Porém, não é necessário que o educador intervenha sempre em todas as brincadeiras, pois agindo dessa forma estará destruindo a naturalidade do brincar, apenas que fique auxiliando, assim já é necessário. Em outras situações, de maneira planejada, o professor usará esse recurso para que o aluno se aproprie de alguns conhecimentos mais escolares. Para que o lúdico seja utilizado nas escolas como função educativa, é necessário que ele seja pensado e planejado dentro de uma proposta pedagógica, para que não seja utilizado apenas nos horários livres, recreio, ou após o término das atividades de aula. Deverá ser inserido em todos os momentos, pois assim ele estará gerando a construção de conhecimentos. Os professores deverão compreender melhor os efeitos que as atividades lúdicas provocam no comportamento humano de seus alunos. Santos (2010, p. 173) diz que. O lúdico é uma característica fundamental do ser humano, do qual a criança depende para se desenvolver. Para crescer, brincar e para se equilibrar frente ao mundo precisa do jogo. Aprender brincando tem mais resultados, pois a assimilação infantil adaptase facilmente à realidade. O envolvimento na brincadeira estimula o impulso da criança para a exploração e descoberta. Isso motiva a criança a ganhar domínio sobre seu ambiente, promovendo foco e concentração. Ele também permite que a criança se envolva nos processos de pensamento flexíveis e de nível superior considerados essenciais para o aluno do século XXI. Entretanto, as brincadeiras realizadas, na educação infantil, devem ter planejamento, possibilitando o desenvolvimento integral de suas habilidades motoras, mentais e sociais básicas; fundamental para o crescimento saudável (TAVARES, 2017).

36 36 Quando as pessoas dizem aprendizagem baseada em brincadeiras, penso que o que eles procuram é: Basta colocá-los em uma sala com um monte de brinquedos e deixá-los ir em frente, e para quem conhece o lúdico sabe que não funciona assim. Mas, o brincar deve fazer parte de todo processo educativo desde o planejamento, que deve considera-lo fundamental. Seguindo esse prisma Oliveira (2012, p. 63), evidencia que [...] a escola fornece contextos variados e diferentes para o brincar. Nessa condição uma das competências da escola de ensino infantil é saber sistematizar as brincadeiras que promovem o desenvolvimento de aprendizagens, observando no processo interacional da sala de aula, através de um planejamento didático, os princípios pedagógicos indispensáveis para o desenvolvimento pleno dos envolvidos no exercício contínuo da educação. No cérebro das crianças, quando estão brincando, estão fazendo o aprendizado mais profundo. Sabemos disso por meio de Piaget, Vygotsky e todos aqueles teóricos que falam sobre a importância de brincar com crianças pequenas. Os diferentes níveis de aprendizagem que eles conseguem atingir durante o jogo são muito mais profundos do que puxar uma planilha e fazer com que eles preencham bolhas e esse tipo de coisa. É importante que o professor busque informações e enriqueça suas experiências para entender o brincar e saber como utilizá-lo para auxiliar o aprendizado da criança. O professor exerce uma função muito grande, entre o brincar e a criança. Ele deve sempre conversar com elas sobre as construções que realizam através do jogo e do brincar; deverá ainda saber observar o modo de brincar de seus alunos, para extrair informações para as atividades a serem realizadas. Oliveira (2010, p. 19) ressalta que. Quando o professor deixar de lado a sua posição de detentor do saber considerando seus alunos como receptores desse saber e passar a construir o conhecimento junto com os alunos, numa relação de interação e trocas de conhecimentos, certamente o ensino terá mais qualidade, porque o indivíduo é considerado como um ser social, capaz de desenvolver-se dentro de uma sociedade numa relação de troca. Nota-se a importância de o professor incluir as atividades corporais em sua prática pedagógica. Porém, o brincar a ser realizado dentro da escola deve ser incluído num projeto pedagógico, relacionados com os objetivos educacionais, como qualquer outra atividade. O professor deverá se conscientizar que através das atividades corporais a criança desenvolve não simplesmente uma outra habilidade, como correr, saltar, cantar, etc., mas por completo, plenamente. Para Oliveira (2010, p. 23) inserir o lúdico nas práticas escolares pode ser uma tarefa difícil, mas é preciso reconhecer que essas práticas contribuem e conspiram para uma formação

37 37 humana prazerosa, reflexiva e fundamental para a efetiva construção do conhecimento. Quando o aprendizado baseado em jogos é bem feito, a sala de aula se torna um professor. Através do brincar percebe-se que a criança desenvolve a capacidade de criar situações imaginárias, satisfazendo seus desejos e emoções, adequando-as desta forma, à sua realidade. Quando o professor enfoca as atividades lúdicas como um recurso didático, ele estará dando oportunidade para a criança compreender e tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade, pois não estará se limitando em repassar conhecimentos, mas em mostrar o caminho para que o aluno encontre essas informações, sendo assim preparados para a vida. O lúdico deve ser visto pelo educador como uma necessidade do ser humano e não como diversão. Santos (1997, p. 14) afirma. A formação lúdica deve possibilitar ao futuro educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades e limitações, desbloquear suas resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto. Para que o educador tenha um bom desempenho com relação ao lúdico, ele deverá reviver e resgatar com prazer a alegria do brincar, transpondo assim sua experiência para a educação das crianças. Esta vivência da ludicidade pelo professor exercerá grande importância para sua vida profissional, pois estará trabalhando com seus alunos de uma forma bastante prazerosa, para ambas as partes. Segundo Freire (1991, p. 39), a [...] criança que brinca em liberdade, sobre o uso de seus recursos cognitivos para resolver os problemas que surgem no brinquedo, sem dúvida alguma chegará ao pensamento lógico de que necessita para aprender a ler, escrever e contar. De acordo com Negrine (1994, p. 41) o brincar pode ser destacado em diferentes situações de desenvolvimento: As atividades lúdicas possibilitam a formação do autoconceito positivo; As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento da criança, afetivamente, pois convive socialmente e opera mentalmente. O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade; Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação; Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento.

38 38 Existem várias formas de brincadeiras e muitos jogos que podem ser utilizados para pratica pedagógica na educação entre elas temos: Bingo das letras, boliche dos numerais, caixa mágica, desenhar, jogos, teatro de fantoches, leituras, softwares educativos, passeios, teatro e cantar. Tais brincadeira e jogos tem apenas a contribuir para o ensino dos alunos. 1.4 AS ESCOLAS E O PAPEL DO MEDIADOR NAS PRÁTICAS LÚDICAS É preciso apoderar-se do conhecimento da utilização do lúdico como instrumento metodológico para o ensino, pois, esse deve contribuir para que os alunos tenham uma aprendizagem qualitativa e significativa (SILVA, 2018, p. 23). Segundo este autor para que haja uma aprendizagem efetiva e duradoura é preciso que existam propósitos definidos e auto atividade reflexiva dos alunos. Assim, a autêntica aprendizagem ocorre quando o aluno está interessado e se mostra empenhado em aprender, isto é, quando está motivado. É a motivação interior do aluno que impulsiona e vitaliza o ato de estudar e aprender. Nadaline e Final (2013, p. 04) destacam que [...] o professor tem um papel fundamental para que explore as atividades lúdicas, com o objetivo que seus alunos tenham uma aprendizagem significativa, sem que as atividades não percam suas essências, mas que concluam com seus resultados esperados. Em outras palavras este autor, externa a importância que o professor tem no processo evolutivo do aluno, sendo que as brincadeiras, na concepção da criança, são atividades elementares que acarretam excelentes benefícios quanto aos aspectos físico, intelectivo e social e a forma como a ela brinca influencia em seu modo de pensar e agir. Pode-se compreender que o papel do professor compromissado consegue estimular a aprendizagem de seus alunos com uma didática diferenciada proporcionando interesse consegue adquirir um conhecimento de maneira horizontal, fazendo com que sua aula seja atrativa e os mesmos tenham vontade de retornar no dia seguinte com entusiasmo e dedicação. A ludicidade vem para corresponder a uma configuração de linguagem que possibilita a criança manter um diálogo com o próximo, proporcionando a oportunidade não apenas da liberdade de expressão, todavia também da autonomia criativa, expandindo o seu conhecimento a propósito de a realidade e propiciando por decorrência seu desenvolvimento tanto emocional quanto social. Sabe-se que aplicar aulas através da ludicidade pode parecer um fardo extra para professores ocupados. Mas o retorno do investimento em tempo e esforço pode ser significativo. Bons professores se tornam ótimos professores quando aprimoram suas habilidades e expandem seus conhecimentos por meio de novas metodologias. Por outro lado,

39 39 esse esforço reflete diretamente no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, nesse sentido é relevante à colocação de Nadaline e Final (2013, p. 14) quando ressaltam que é notório, [...] observar a relevância do lúdico como atividade de grande eficácia na construção do desenvolvimento da criança, por isso que o brincar origina um espaço para pensar, e que mediante este a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, constitui contatos sociais, entende o ambiente, atende aos seus desejos, desenvolve capacidades, conhecimentos e criatividade. O interesse pelo aprender não é uma atividade que aparece facilmente nos alunos, pois, sabe-se que não é uma tarefa que desempenham com motivação e satisfação, sendo em alguns casos enfrentada como comprometimento. Para que aja melhoria o professor deve despertar em seus alunos a curiosidade, acompanhando suas ações no desenvolvimento de suas atividades. De acordo com Nadaline e Final (2013, p. 05), [...] trabalhar o lúdico, implementando jogos, brinquedos e brincadeiras no espaço escolar, proporcionará maior interesse ao aluno, que terá um desempenho melhor. Esta prática proporciona momentos de expor ideias no processo em diálogo, intervindo nas muitas formas de aquisição de conhecimento. Cabe ao professor não se preocupar-se somente com o conhecimento por meio da assimilação de informações, mas também pelo método de construção da cidadania do aluno Para tanto Oliveira (2010, p. 15) diz que [...] os jogos são uma ótima proposta pedagógica na sala de aula, porque proporcionam a relação entre parceiros e grupos, o que é um fator de avanço cognitivo, pois durante os jogos a criança estabelece decisões, conflita-se com seus adversários e reexamina seus conceitos. As escolas podem e devem amparar-se nos jogos com escopo geral de estimular as crianças o suficiente para levá-las ao aprendizado (NADALINE; FINAL, 2013, p. 37). Para este autor o educador enquanto mediador dos processos de ensino e aprendizagem favorece automaticamente a construção de conhecimento do educando, desde que atualize sempre sua prática pedagógica. Portanto, para que se tenha uma boa aprendizagem de seus alunos o professor dever um multidisciplinador, ou seja, aquele que busca sempre novidades para atrair seu aluno a apreender. De acordo com Oliveira (2010, p. 15) Os jogos passam a ter significados positivos e de grande utilidade quando o professor proporciona um trabalho coletivo, de cooperação, de comunicação e socialização. Os jogos em grupo são uma forma de atividade muito indicada para estimular a atividade construtivista da criança e a sua vida social.

40 40 Para tanto o autor acima enfatiza que podemos perceber que a que atividade lúdica é o ponto fundamental no processo e ensino e aprendizagem da criança, pois através deste o seu aprendizado terá grande êxito. Para que a criança aprenda é necessário que ela queira aprender, pois é impossível ensinar algo a uma criança se ela não quer aprender, é por isso que o professor deve saber motivar através das várias atividades lúdicas. As atividades lúdicas oportunizam de modo inclusivo a resolução de problemas, fazendo com que a criança pense no que deve ser realizado no decorrer dos jogos e brincadeiras, sendo estimulada a buscar constantemente por alternativas e saídas diante de empecilhos deparados. De tal modo, a criança vai desenvolvendo e melhorando sua inteligência, pois passa a sobrepujar tais obstáculos. Por isso é importante que a formação do professor é de suma importância para que o mesmo venha atender criança em sala de aula, sendo que as mesmas necessitam o tempo todo de cuidados e muita dedicação por parte do professor.

41 41 2. METODOLOGIA DA PESQUISA A metodologia é uma etapa essencial da pesquisa, é por meio dela que o pesquisador trilha o caminho de sua instigação, [...] a metodologia inclui as concepções teóricas de abordagem, o conjunto de técnicas que possibilitam a construção da realidade e o sopro divino do potencial criativo do investigador. (MINAYO, 2001, p. 16) A pesquisa dentre suas especificidades orientou-se no sentido de coletar dados primários e secundários, capazes de identificar fatores importantes para que se pudesse obter um resultado aprofundado sobre o eixo temático. Este capítulo visa organizar o passo a passo de como esta pesquisa foi executada, elucidando de forma sistemática a abordagem utilizada como: o tipo de pesquisa, caracterização da área de estudo, os procedimentos e técnicas utilizadas, os instrumentos de coleta de dados e outros fatores que serviram como base para o desenrolar desta pesquisa. 2.1 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS A pesquisa se configurou principalmente como uma abordagem de natureza qualitativa, onde buscou-se encontrar respostas que contribuíssem para a compreensão das práticas lúdicas: um estudo sistemático sobre processo de ensino-aprendizagem na educação infantil na prática pedagógica do professor em uma escola no município de Benjamin Constant no Estado do Amazonas. Para Silva (2019, p. 20) a abordagem qualitativa [...] Não há uma preocupação com medidas, qualificações ou técnicas estatísticas de qualquer natureza. Para dar suporte científico ao trabalho, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, que foi suma importância pelo fato de dar sustentabilidade teórica para a construção do conhecimento com relação à problemática apresentada sobre as práticas lúdicas e sua importância no processo de ensino e aprendizagem dos alunos da educação infantil. Bem sabemos que. Nenhum investigador deve partir de uma realidade completamente desconhecida, do ponto zero. O conhecimento mínimo da literatura de nosso campo de pesquisa é essencial e nos permitirá avaliar se estamos no caminho correto. Ao mesmo tempo, esta revisão de literatura poderá oferecer novos parâmetros para olhar o mesmo tema que queremos nos debruçar. (FURASTÉ apud THUMS, 2000, p. 124) A pesquisa bibliográfica contribuiu para aprofundarmos leituras em autores que abordam sobre assuntos referentes a temática deste estudo, onde foi possível ler livros, artigos científicos, publicações e conteúdo da internet, incluindo outras fontes possíveis que sejam relacionadas ao tema proposto. Alyrio (2009, p. 01) ressalta que a atividade básica na pesquisa

42 42 bibliográfica é a investigação em material teórico sobre o assunto de interesse, [...] é o passo inicial na construção efetiva do processo de investigação [...]. Como também se utilizou a pesquisa de campo que foi de grande relevância para este trabalho, uma vez que para coletar dados importantes o pesquisador precisar adentrar no seu campo de pesquisa para então colher as informações necessárias para analisar, observar, coletar e interpretar os fenômenos que a todo momento estão ocorrendo em um determinado ambiente. Gonsalves (2001, p. 67) diz que a pesquisa de campo [...] é o tipo de pesquisa que pretende buscar a informação diretamente com a população pesquisada. Ela exige do pesquisador um encontro mais direto. Desse modo, a pesquisa de campo ocorreu no ano de 2019, época em que foi aplicado a intervenção de prática da pesquisa V em uma escola pública de Benjamin Constant. Nesta pesquisa essa abordagem possibilitou analisarmos as concepções e subjetividades do lúdico nas práticas de professores da educação infantil. Os instrumentos utilizados para coletar dados no ambiente escolar permitiu a segurança e economia na pesquisa, permitindo chegar ao resultado pretendido com objetividade, tais como: Roteiro de entrevista que segundo Marconi e Lakatos (2009, p. 214), É um instrumento essencial para a investigação social, cujo sistema de coleta de dados consiste em obter informações diretamente do entrevistado ; Perguntas semiestruturada que de acordo com Marconi e Lakatos (2009, p. 86), [...] é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que deve ser respondida por escrito sem a presença do entrevistador. Entrevista semiestruturada com a direção, professores e alunos foi de práxis importantíssimo pois esta ofereceu-nos enumeras vantagens dentre elas a que permite a qualquer pesquisador um bom resultado dentre os quais apontado por Ludk e André (1986, p. 34) que afirma [...] o aprofundamento de pontos levantados por outras técnicas de alcance mais superficial [...] a tornam sobremaneira eficaz na obtenção de informações desejadas. As sessões de entrevistas foram realizadas individualmente com dois professores com um roteiro flexível de modo que fosse possível pontuar a forma como os professores utilizam do jogo e das brincadeiras como recurso dinamizador e facilitador da aprendizagem e de seu trabalho pedagógico. Procurou-se estudar os fenômenos educacionais e seus atores dentro do contexto abordado no objeto de estudo. Para tanto é necessário enfatizar que as técnicas utilizadas possibilitaram segurança na pesquisa, permitindo chegar ao resultado pretendido com objetividade. De acordo com Marconi e Lakatos (2005, p. 107) as técnicas são consideradas

43 43 um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência [...] na obtenção de seus propósitos. Correspondem, portanto, à parte prática de coleta de dados. A técnica de coleta de dados valeu-se de observação direta com uso de entrevista. A observação consiste em observar, direta ou indiretamente, os fenômenos que estão sendo analisados. É interessante pelo fato de que os dados são percebidos diretamente na realidade que está sendo investigada, sem qualquer intervenção de terceiros. (SILVA, 2003, p. 28). A entrevista semiestruturada por sua vez foi de extrema importância, pois através dela foi possível coletar informações que ajudaram a responder os objetivos. Silva (2003, p. 29) destaca que a entrevista se constitui na, [...] ação em que pesquisador e pesquisado ficam frente a frente e o pesquisador formula perguntas de acordo com o seu interesse de pesquisa [...]. Tendo em vista que, pesquisador e pesquisado estão face a face, a possibilidade de esclarecimento de muitas questões, bem como a observação de expressões, no decorrer das respostas de diferentes assuntos, promove a entrevista como um proc3edimneto que contribui significativa na condução de estudos. Nesta pesquisa se utilizou das entrevistas semiestruturadas que foram realizadas com professores, gestora, secretário, pedagogo, com vista a compreender o uso do ludico na pratica pedagogica do professor da Educação infantil. Essas entrevistas ocorreram na própria instituição de ensino com prévia autorização dos servidores da educação. Uma outra técnica de coleta de dados se deu por meio da aplicação de questionário. Assim sendo, foram usados dois tipos de questionários, um com perguntas abertas e fechadas, em prol de obter dados sobre o tema e, principalmente, respostas livres. E outro que com perguntas fechadas, que continha respostas de múltipla escolha. O questionário de acordo com Marconi (2009, p. 86), [...] é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que deve ser respondida por escrito sem a presença do entrevistador. Para obtenção dos dados foi utilizado questionário, tendo em vista a necessidade de obter diretamente do universo pesquisado, suas falas e opiniões. Foi aplicado dois questionários, um direcionado a direção da escola (gestora- pedagogo-secretario de escola) e o outro direcionado há dois professores. O retorno dessas entrevistas foram as melhores possíveis. É importante enfatizar que esse estudo foi realizado em uma escola, tendo como ponto de partida questões que abordam problemáticas, os desafios e as concepções acerca das práticas lúdicas, importância no processo de ensino e aprendizagem. Nesse contexto externo o apontamento de Marconi e Lakatos (2005, p. 43) onde dizem que pode ser considerada um

44 44 procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. 2.2 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTUDO A respectivo estudo ocorreu no município de Benjamin Constant/AM. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) este município está localizado no interior do Estado do Amazonas, na microrregião do Alto Solimões, mesorregião do Sudoeste Amazonense distante de Manaus 1.118,60 com população de habitantes, de acordo com dados obtidos no IBGE de Figura 01: (localização do Município de Benjamin Constant no Amazonas) Fonte: Guia Geográfico Mapas do Brasil, 2014 É sabido que existem muitas formas de apreensão de abordagem sobre determinado fenômeno. Porém compreender o espaço geográfico onde ocorreu a pesquisa é fundamental para esclarecer consenso e a abordagem do assunto. A pesquisa em questão foi desenvolvida na Escola Municipal CESBI (Centro Social Batista Independente). O colégio foi escolhido pelo fato de ter uma grande demanda de alunos matriculados na educação infantil nos turnos matutino e vespertino.

45 45 Figura 02: Centro Educacional Batista Independente - CESBI Fonte: SILVA, Francisco Gladson da A escola municipal CESBI pertence ao Quadro Administrativo da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto do referido município e se apresenta como a maior escola pública municipal tanto em extensão quanto em números de alunos e funcionários. Esta instituição funciona há 26 anos atendendo o bairro de Coimbra e demais bairros, oferecendo Educação Infantil e os Anos Iniciais de 1º ao 4º do Ensino Fundamental, com crianças na faixa etária de quatro (04) a dezessete (17) anos, distribuídos nos turnos matutino e vespertino. No ambiente escolar há 01 diretoria, 01 secretária, 01 sala de apoio pedagógico, 01 sala para professores com banheiro, 01 refeitório, 01 cozinha, e 01 pátio onde se realiza as atividades extraclasse e uma delas é a educação física e também para atividade comercial, também tem uma área para o estacionamento dos veículos, 02 pequenas salas de reforço escolar que funciona nos dois turnos atendendo os educandos que estão com dificuldade de acompanhar a turma principalmente no que tange a leitura, 01 biblioteca, 01 sala de Laboratório de Informática e 01 sala de Recurso. 2.3 SUJEITOS DA PESQUISA O universo da pesquisa compreendeu em vários servidores da educação sendo 1 gestora, 1 pedagogo, 1 secretário de escola e dois professores e alunos. É importante enfatizar que grande parte dos entrevistados possuem graduação em Pedagogia. Acredita-se na importância de destacar a formação dos pesquisados, pois a visão do problema pode ser percebida e conflitada com os diferentes níveis de qualificação profissional.

46 46 Marconi e Lakatos (2005, p. 43) o procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. As técnicas utilizadas na pesquisa permitiram chegar a resultados objetivos. Na pesquisa também tivemos a realização de observações em sala de aula, para identificação dos conhecimentos das crianças a respeito das práticas lúdicas na escola, comente de uma das professoras participantes da pesquisa. Para além da observação, realizou-se uma intervenção sobre a temática em estudo. Nessa etapa planejou-se também uma proposta de prática pedagógica pautada em ações sistemáticas objetivando contribuir para repensar as problemáticas vividas no espaço escolar da educação infantil. Bem como, esta intervenção serviu para o desenvolvimento desta pesquisa.

47 47 3. ANALISANDO PRÁTICAS LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL O presente capítulo traz resultados que se pautaram numa pesquisa de campo que terminou em um esclarecimento das práticas lúdicas na escola pública de Benjamin Constant/AM, especificamente sobre o processo de desenvolvimento integral da criança na prática pedagógica do professor. Para tanto, buscamos compreender a realidade do professor de educação infantil, espaços para o lúdico, assim como uma breve contextualização sobre uma intervenção com práticas lúdicas na educação infantil, e consequentemente compreender a importância das práticas lúdicas no âmbito educacional, bem como externar a compreensão dos alunos, professores, gestora, secretário de escola quanto a aplicabilidade dessas práticas em sala de aula. 3.1 LÚDICO NO PLANEJAMENTO: IMPORTÂNCIA NO FAZER PEDAGÓGICO A sociedade moderna exige um ensino de alta qualidade por parte dos professores. Estes, por sua vez, devem possuir uma grande quantidade de conhecimentos e habilidades em relação às práticas de ensino e avaliação, a fim de atender a essas demandas e padrões de educação de qualidade. Na concepção de Kunter (2007) a aprendizagem de professores é um processo contínuo que promove as habilidades de ensino dos professores, domina novos conhecimentos, desenvolve novas proficiências que, por sua vez, ajudam a melhorar o aprendizado dos alunos. Em termos práticos este autor salienta que professores com ensino de alta qualidade tendem a fazer e descobrir mais sobre seu próprio ofício, extrapolando os limites de seu aprendizado e ensino, procurando os novos tópicos e maneiras de ensinar. De acordo com alguns dados coletados evidenciou-se que os dois professores têm um largo tempo de serviço. De acordo com o professor A a escola infantil, que é o estágio inicial, é muito importante porque é a plataforma para o aprendizado posterior. Conforme este docente a educação hoje em dia não é apenas passar em escolas ou faculdades o desafio da educação do século 21 é sobre iniciativa, criatividade, solução de problemas, exploração, inovação, responsabilidade, liderança e muito mais. Preparar esses alunos de forma dinâmica diante dessa modernidade de hoje é o verdadeiro desafio da educação, por isso a utilização do lúdico foi e ainda é uma prática essencial no processo de ensino e aprendizagem. Já o professor B salienta que o brincar têm sido um modo de aprender bastante eficaz na escola municipal, pois ensinam as crianças práticas para que estejam mais preparadas quando

48 48 a educação infantil começa. Para este docente a criança tem seu processo de aprendizagem através do brincar aprenderá muitas habilidades sociais e cognitivas no ambiente pré-escolar, como ser respeitoso, compartilhar brinquedos com amigos, aprender o básico através do método de forma lúdica, desenvolvimento de vocabulário. Para ele essas habilidades são muito importantes no desenvolvimento de uma criança à medida que progride na escola. Logo pode-se dizer que todo professor deveria saber da importância de buscar novas formas de ensinar. A escola por sua vez poderia contribuir na exploração e na criatividade relacionada ao lúdico, dando apoio com materiais pedagógicos aos docentes. Uma vez que as crianças aprendem mais em ambientes exploratórios e abertos do que na instrução formal, quando são jovens. Os professores precisam praticar a si mesmos porque o conhecimento prático e a sabedoria são mantidos pelo indivíduo e não podem ser facilmente transmitidos de pessoa para pessoa, precisam está em constante busca de conhecimento para conectar as habilidades de ensino as suas metodologias através da reflexão, gradualmente começarão a desenvolver a sabedoria prática. Ao entender que a educação infantil é uma carreira que tem bastante desafios, a primeira e mais importante pergunta a se fazer é: Gosto de trabalhar com crianças? Se você não souber responder sim, então esta carreira pode não ser a melhor para você. Trabalhar com crianças exige paciência, dedicação e sensibilidade. Tentar acompanhá-los pode ser exaustivo, mas se você estiver à altura do desafio, também pode ser extremamente recompensador. Levando em consideração isso e o tempo de serviço de cada professor, bem como a realidade observada em loco é possível elucidar que a maioria dos professores estão empenhados em melhorar o processo de ensino e aprendizagem dessas crianças. Atuar na educação infantil é muito mais que preocupar-se com a aprendizagem da criança, é cuidar que seus direitos constitucionais sejam-lhes garantidos, é compreender que há uma equipe atenciosa, e que o ambiente de aprendizagem único irão promover o sucesso pessoal e acadêmico de muitos alunos em um ambiente de aprendizagem divertido e estimulante, ao mesmo tempo que os prepara para um futuro promissor. Para tanto em nossa Carta Magna diz que: [ ] é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, violência e opressão. (BRASIL, Art. 227)

49 49 Desse modo, para atuar na educação infantil, o professor precisa ter uma formação teórica, legal e prática para garantir no fazer pedagógico. Uma vez que brincar é muito significativo para uma criança nos primeiros anos da infância. Portanto, o conhecimento do desenvolvimento de diferentes tipos de brincadeira dá aos educadores e pais uma base para um ensino adequado. Professores que estão cientes e compreendem teorias de desenvolvimento do lúdico, estão mais bem preparadas para usar o brincar como um contexto educativo. Segundo este autor eles também entendem a importância da brincadeira nas esferas social, emocional, cognitiva, física e domínios do motor de desenvolvimento. É extremamente importante que os professores da educação infantil tenham uma sólida formação acadêmica, principalmente na utilização das práticas lúdicas para melhor avaliar os problemas e oferecer suporte adequado para crianças que têm dificuldade em brincar e aprender. Por outro lado, a formação de professores se faz necessário para atuar na educação da criança, considerando as peculiaridades de atendimento à educação escolar infantil. Uma formação que além de dar os suportes teóricos, contribua a pensar em práticas pedagógicas que possibilite às crianças o seu desenvolvimento integral no espaço educativo. A formação e práticas que leve em conta a interação e as brincadeiras como eixo principal do processo educativo é essencial para o desenvolvimento infantil. Portanto, a finalidade desta discussão é identificar a importância do trabalho pedagógico e dos instrumentos de planejamento, metodologia e registro para a consolidação de uma ação docente pautada na ação-reflexão-ação. A formação dos professores tem impacto direto no processo de ensino e aprendizagem das crianças, pois se refere a uma ampla gama de estratégias de ensino que envolvem as crianças como participantes ativos em seu aprendizado durante um tempo que serve como preparo efetivo para extensão do conhecimento obtido. Destarte os professores A e B foram enfáticos ao se tratar sobre a importância das práticas lúdicas como estratégia para o desenrolar do processo de aprendizagem dos alunos. Os professores A e B reconhecem a importância das práticas lúdicas, e posteriormente assumem que essa prática é realizada pela instituição a qual trabalham. Acredita-se que essa metodologia é de práxis importantíssima, tendo em vista que ambos os professores concordam que essas práticas são eficientes. Dentro desta perspectiva, Juchem (2008, p. 04) salienta que [...] a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. Assim como, o desenvolvimento do aspecto lúdico

50 50 facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, sócio e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação expressão e construção do conhecendo. É fato que as práticas lúdicas têm muito a oferecer no processo de ensino e aprendizagem tanto do professor quanto do aluno, porque ajuda o professor a melhorar diretamente e cada vez mais suas práticas pedagógicas e com isso apoiar sistematicamente seus alunos na construção de conhecimentos e no desenvolvimento profissional e social, e não apenas no acúmulo de informações. Para além da concepção dos professores, questionamos o Gestora, o Secretário e Pedagogo da escola onde ocorreu a pesquisa sobre jogos e brincadeiras, ao que afirmaram: Quadro 01: Respostas sobre a Importância do Lúdico Gestora: Considero importante a existência de jogos e brincadeiras na escola, principalmente nas primeiras séries, por ajudar na socialização bem como no desempenho físico e mental da criança. Secretario de Escola: Não é só importante é necessário esse tipo de prática, pois perceptível à evolução dos alunos. Pedagogo: Essa prática é muito importante para nossos alunos, pois facilita muito obter o conhecimento traves de estratégias inovadoras e menos arcaicas. Fonte: Pesquisa de Campo, questionário, 2019 As partes centrais da prática de ensino são a concepção, o planejamento, a execução e avaliação. Em uma aula tradicional, é comum que apenas alguns alunos participem das atividades propostas, principalmente na educação infantil onde os alunos são bastante agitados. Em contraste, uma classe com atividades de aprendizagem provindas por práticas lúdicas e aulas que fornecem uma oportunidade para todos as crianças, possibilita-as pensar e se envolver com o material planejado e preparado para praticar habilidades para aprender através do brincar. Por isso, a equipe gestora de uma instituição infantil deve ter postura e compromisso com a educação pautada nos interesses de envolvimento da criança, especificamente o uso de estratégias de aprendizagem através do lúdico, no entanto não requer o abandono do formato

51 51 de aula tradicional, más apenas torná-la mais interessante para os discentes, onde o professore pode adicionar pequenas estratégias de aprendizagem através dessa pratica e assim tornar a aula expositiva mais eficaz para o aprendizado do aluno. Na fala da Gestora, pontuamos que brincar continua a ser muito importante, e os centros de aprendizagem se tornam mais óbvios para esta faixa etária. As áreas são subdivididas em dramática, bloco, arte, biblioteca, manipulação e ciência centros de aprendizagem. As crianças precisam de espaços que lhes permitam experimentar, explorar e descobrir coisas em torno de seu ambiente. De acordo com Secretario de Escola a importância é positiva, uma vez que contribui diretamente no processo evolutivo dos alunos. Já o pedagogo salienta que essa prática facilita aos alunos obter o conhecimento através de estratégias inovadoras e menos arcaicas. Essa supervalorização do educar, por parte do professor em relação apenas ensinar conhecimentos pedagógicos presentes no currículo escolar está vinculado a uma intenção hierárquica (TIRIBA, 2005). Para este autor os centros de aprendizagem, também conhecidos como áreas de aprendizagem, são um sistema usado para organizar uma sala de aula ou organizar os materiais em uma sala de aula. Pensamos que os professores da educação infantil precisam ser criativos e fornecer aos alunos meios que os possibilite aprender de forma inovadora e não somente por métodos tradicionais. As práticas lúdicas por vezes já foram julgadas por muitos, porque tem uma conotação de que a aprendizagem ocorre apenas em locais específicos, a discussão essencial que sustenta este tópico é que a aprendizagem ocorre todos os dias e em todos os lugares, seja dentro ou fora da sala de aula. Portanto, para fins de esclarecimento do termo, um aprendizado centro é definido neste texto como um local específico onde os materiais de instrução são colocados e organizado em sala de aula. Pensemos, o que motiva uma criança muito pequena? Como manter o interesse de uma criança? Como tornar o aprendizado divertido? Todas essas são perguntas que você terá que se perguntar ao assumir uma turma de educação infantil e ao realizar planejamento. As aulas nas salas de aula de educação infantil são muito práticas. De certo devemos compreender o desafio dos servidores da educação, principalmente aqueles que atuam diretamente no processo de ensino e aprendizagem. Sendo que estes envolvem artes e ofícios, contar histórias, exercícios, jogos educativos e muito mais. Você precisa ser rápido e altamente adaptável para continuamente criar novas maneiras de perpassar o conhecimento necessários as crianças em seus estágios iniciais de aprendizagem.

52 52 Partindo da perspectiva de que o professor trabalha de acordo com o planejamentoplanos, PPP, proposta pedagógica, entendendo que essas práticas são necessárias para construir e repensar o fazer pedagógico foi direcionada uma pergunta sobre esse planejamento. Com relação à forma como é desenvolvido o trabalho pedagógico na escola, obtiveram-se as seguintes respostas: Quadro 02: Respostas sobre a Prática Pedagógica e Planejamento Curricular Gestora: Em nosso PPP é trabalhado pela maioria dos professores a utilização do lúdico. Na teoria é muito bom, o problema é que muitas vezes a estrutura da escola não ajuda e no último ano as reformas e as paralizações deram certa freada no planejamento. Secretario de Escola: Em nosso projeto político pedagógico é previsto a utilização do lúdico. Primeiramente os professores buscam valorizar o que as crianças já sabem e assim vão somando com o assunto abordado e partir daí eles vão colocando em pratica o planejamento Pedagogo: Eu procuro expor os conteúdos com muitos professores, interligando a bagagem que eles já têm com o conteúdo abordado, assim eles assimilam melhor e mais rápido para que então possamos elaborar o PPP. Nossa escola segue os padrões necessário para atender com qualidade nossos alunos. Fonte: Pesquisa de Campo, questionário, 2019 Como pode-se observar a gestora enfatiza que o PPP é trabalhado pela maioria dos professores e que a utilização das práticas lúdicas vem sendo feita. A gestora também elucida sobre as dificuldades que escola tem no que se refere a estrutura, muitas vezes a estrutura da escola não ajuda e no último ano as reformas e as paralizações deram certa freada no planejamento. Dentro dessa perspectiva, Freire (1997) diz que é preciso insistir neste saber necessário ao professor e que ensinar não é somente transferir conhecimento, precisa ser apreendido por ele e pelos educandos nas suas razões de ser [...], mas também precisa ser constantemente testemunhado e vivido. O secretário de escola potencializa o contexto da gestora, que segundo ele, o projeto político pedagógico é previsto a utilização do lúdico. O pedagogo externa que contribui para o

53 53 desenrolar destas práticas na escola. Segundo ela a escola segue os padrões necessários para atender com qualidade os alunos que ali são matriculados. Em conversa informal com a gestora sobre o PPP da escola, ela expõe que o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da Escola Municipal CESBI, de Benjamin Constant- AM têm a finalidade de explicitar a intenção de construção coletiva de uma escola cidadã, democrática e de qualidade, envolvendo efetivamente educadores, pais, estudantes, agentes educacionais e comunidade. A elaboração do PPP é uma necessidade, que toda escola precisa registrar seus dados, situar-se no contexto social, renovar-se planejando a curto, médio e longo prazo, sistematizar a sua prática, bem como, descrever sua dinâmica, e disso dependerá a sua história atual e futura. De acordo com a Constituição Federal a instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação. Nesse sentido pode-se dizer que gestão escolar vem cumprindo seu papel, pois os entrevistados afirmam que essa pratica lúdica é contemplada em seu projeto político pedagógico (BRASIL, 1998). De acordo com o Projeto Político Pedagógico PPP (2016) da Escola Municipal CESBI Centro Social Batista Independente, configura-se como uma exigência legal, expressa na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Lei nº. 9394/96, necessária à construção da Identidade da Instituição, de suas concepções e de suas metas. Sendo resultante de um trabalho coletivo, que envolveu toda a comunidade escolar e local com o intuito de favorecer o pleno desenvolvimento do educando, de modo reflexivo, consciente e sistematizado. A partir disso, consideramos que o planejamento é essencial. Para tanto a construção do PPP nesta escola tornou-se fundamental para a articulação da escola com a comunidade onde a instituição está inserida, e também com a sociedade como um todo, bem como a abordagem da realidade social, política, econômica e cultural e os saberes adquiridos no cotidiano dessa comunidade, buscando primar por conhecimentos, habilidades e competências fundantes à educação inclusiva dos diferentes grupos sociais que se apresentam, e que se diferenciam por etnias, nacionalidades, questões sexuais, físicas, psicológicas, econômicas, religiosas e culturais. Hoje em dia, é quase impossível ter uma conversa sobre educação sem ouvir as informações oriundas de professores atuantes, principalmente quando o assunto é a elaboração

54 54 do PPP da escola uma vez que se trata do aprendizado mais profundo ou baseado em projetos. Mesmo com toda essa importância foi importante saber qual a concepção dos professores quanto a construção do Projeto Político Pedagógico do Município de Benjamin Constant. Segundo o professor A, o PPP de alta qualidade está fundamentado nas disciplinas curriculares e inclui uma atenção séria ao conhecimento e habilidades da área de estudo. Por isso é imprescindível a participação dos professores. Alguns professores começam com padrões de conteúdo e, em seguida, criam projetos em torno deles, enquanto outros começam com ideias de projetos e depois identificam o conteúdo específico que pretendem ensinar. Para o professor B os professores são primordiais na elaboração do PPP, pois não apenas atribuem projetos por causa dos projetos são os atores que atuam diretamente na transmissão do saber. No que tange ao planejamento do professor para a turmas de educação infantil, observamos, que ocorrem planejamentos nas sextas-feiras, para organização didática. Contudo, devido as diversas atividades e reuniões, o trabalho de planejamento não ocorria, sendo necessário realiza-lo em casa. No decorrer da pesquisa, não presenciamos planejamentos para o uso de práticas lúdicas, sendo planos para atender os requisitos obrigatórios do trabalho docente na escola, tão pouco tivemos acesso ao planejamento semanal dos educadores. 3.2 PRÁTICAS LÚDICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: EXPERIÊNCIA VIVIDA PELA CRIANÇA As práticas lúdicas no ambiente escolar têm sido entendidas hoje como um processo permanente e constante de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade dos educadores. Está tem como objetivo assegurar um ensino de qualidade cada vez maior dos alunos que integram a rede municipal de educação, especificamente alunos da educação infantil. Levando em consideração a nossa participação na escola por meio de um projeto de intervenção, tivemos a oportunidade de ter uma interação com alguns alunos da educação infantil da escola CESBI. Então na oportunidade sabendo disso questionamos se os alunos gostavam de aprender através da ludicidade, com assuntos diferenciados e metodologias inovadoras. A resposta foi positiva, pois 100% dos alunos presentes levantaram a mão informando que eles gostavam de aprender através do brincar. Por se tratar de crianças qualquer distração pode nos fazer esquecer-se de considerálas quando planejamos uma lição, tomamos uma decisão sobre a escola ou elaboramos respostas divergentes. Por isso é importante atentarmos para essa situação, pois alguns alunos estão

55 55 atentos a toda e qualquer mudança que venha ocorrer no contexto escolar, seja ela boa ou negativa. Falamos tanto sobre os alunos da atualidade e as habilidades, conhecimentos e entendimentos que eles exigem. No entanto, parece que falamos menos sobre as qualidades dos professores. Os professores devem ter a mentalidade de que é preciso buscar conhecimento todos os dias. Saviani (2000) enfatiza que o olhar crítico e reflexivo sobre as políticas educacionais, incluindo as de formação docente, na atual realidade é exigência numa sociedade tão desigual. De acordo com este autor ser aprendizes ao longo da vida, aventureiros, inovadores e imaginativos tem sido um paradigma na vida de alguns professores, principalmente os professores de pedagogia que na maioria das vezes são professores que tem o primeiro contato com os alunos. Saviani (2000) afirma ainda que o mundo está mudando rapidamente, exigindo novos conhecimentos e habilidades e oferecendo novos ambientes de aprendizado e maneiras de aprender. No entanto, as instituições educacionais geralmente continuam olhando a realidade pelo espelho retrovisor. Dentro dessa perspectiva contextualizamos através de uma conversa informal com os professores sobre as práticas pedagógicas e a influência dos saberes nessa prática e se realmente os alunos tem seu respondido positivamente a essa forma de aprender. O professor A evidencia ser positiva essa questão, segundo ele os materiais lúdicos na sala de aula são extremamente importantes para múltiplas perspectivas de desenvolvimento como cognitivo, social emocional, físico e de linguagem. Os professores precisam estar cientes do material ou equipamento para brincar e mobília para a sala de aula apropriados para a idade e para aplicação das práticas lúdicas sejam eficientes. O professor B salienta que ao estruturar o ambiente físico para brincar é preciso que considere como o espaço arranjado, tanto dentro como fora da sala de aula para essa pratica. Segundo este existem áreas claramente marcadas em que as crianças podem encontrar os materiais de limpeza, leitura e bloqueio. Existe espaço suficiente entre as áreas para caminhar e para o brincar através do lúdico. O fato é que todos esses recursos de uma sala de aula promoverão a liberdade das crianças de escolherem suas próprias atividades, o que por sua vez desenvolve a complexidade de seu jogo, bem como incentiva o jogo contínuo. De fato, o lúdico ajuda os professores a motivar os alunos em aprender por meio do brincar. Especificamente, ele ajuda os professores a aprender a usar estratégias de ensino eficazes por meio de uma poderosa abordagem de análise de aula baseada em brincadeiras, jogos e outras ferramentas. As estratégias incluem envolver o pensamento dos alunos e organizar o ensino de uma forma que conecte as ideias científicas. Os professores aprendem a

56 56 usar essas estratégias analisando as práticas lúdicas dentro ou fora da sala de aula e compartilhando suas ideias em sessões facilitadas com outros professores. Dando seguimento a pesquisa é importante contextualizar relatos do Gestora, Secretario e Pedagogo quanto a participam de jogos, Quadro 03: Respostas sobre Rendimentos dos Alunos Gestora: A maioria tem bom rendimento escolar e não são escolhidos por nota ou por preferências individuais, são aceitos pelos seus talentos. Secretario de Escola: A grande maioria tem um bom rendimento Pedagogo: Os alunos na maioria das vezes estão felizes em aprender através dessas práticas lúdicas, e é evidente o aumento no índice de rendimento de nossos queridos alunos. Fonte: Pesquisa de Campo, questionário, 2019 Logo como a educação é um fator necessário no crescimento econômico, o planejamento educacional deve fazer parte integrante do planejamento econômico e social total realizado para melhorar as condições de vida. Por isso é necessário que saibamos que a política que rege a entrada em preparação para o ensino deve basear-se na necessidade de fornecer à sociedade um suprimento adequado de professores que possuam as qualidades morais, intelectuais e físicas necessárias e que possuam os conhecimentos e habilidades profissionais necessários para melhorar ainda mais esse rendimento. Ressaltamos que no período desta pesquisa ainda não se encontrava avaliações para com as crianças da Educação Infantil. O desenvolvimento integral por meio da atividade lúdica é evidente, quando as crianças estão brincando em qualquer tipo de ambiente (internos ou externos), eles estão naturalmente envolvidos com algum movimento físico. De acordo com o professor B muitos educadores e filósofos definiram o termo brincar, cada um adicionando alguma variação ao seu significado. A ampla categoria de atividades que são cobertas pelo brincadeiras de termo incluem uma grande variedade de comportamentos, como balançar, deslizar, correr, cavar na terra, construir com blocos, dançar ao som da música, inventar palavras rimadas sem sentido, vestirse e fingindo. Por causa dessa variedade, nenhuma definição de jogo pode descrever

57 57 adequadamente suas muitas facetas. Portanto, competência é a capacidade de um sujeito mobilizar saberes, conhecimentos, habilidades e atitudes para resolver problemas e tomar decisões adequadas. Alguns podem argumentar que a brincadeira não precisa ser definida, explicada ou estudada; a maioria das pessoas iria reconhecer o jogo quando o virem. Brincar é frequentemente interpretado como o oposto do trabalho, algo que é feito nos finais de semana, durante as férias ou com crianças. Compreender o termo jogo de um ponto de vista acadêmico é extremamente importante para os educadores da educação infantil. Diante disso conversamos com os professores a respeito do envolvimento dos alunos nos jogos realizados na escola. Em resposta, o professor A considera satisfatório o envolvimento dos alunos, eles se mostram mais unidos, mais companheiros, unem-se pelo bom desenvolvimento da escola, além de prepararem-se melhor para a vida, adquirindo autonomia. Na concepção do professor B o brincar pode ser visto como a principal oportunidade para as crianças correrem riscos sem medo de fracassar. Sua definição também propõe que a criatividade e as atividades lúdicas estão intimamente relacionadas. Ou seja, se as crianças exploram e experimentam em suas brincadeiras, as possibilidades de resultados criativos e melhorados, sem medo de falhar. O educador de hoje possui teorias para estudar e repensar a sua prática, mas é na pratica que ele obtém o retorno de seus alunos. Em comparação com os alunos das aulas tradicionais, podemos afirmar que os alunos das turmas ativas que utilizam as práticas lúdicas percebemos que aprenderam menos, enquanto na realidade aprenderam mais. Vygotsky ofereceu uma visão adicional das brincadeiras infantis. Felipe (2001) diz que para Vygotsky, jogo é o foco principal para o desenvolvimento geral da criança. Ele sugeriu que devemos desafiar a criança a níveis cada vez mais elevados de funcionamento, o que ele chamou de zona de desenvolvimento proximal. É certo que mesmo que se trate da educação os alunos avaliaram melhor a qualidade da instrução em aulas passivas e expressaram preferência em ter todas as aulas através das práticas lúdicas. Na observação constatou-se que os professores da educação infantil não medem esforços para criar jogos baseados em atividades de aprendizagem, mas pode ser difícil avaliar se o jogo é escolhido livremente nessas salas de aula de pré-escola adequadas ao desenvolvimento. Se uma criança fez um jogo a partir de uma tarefa atribuída, você consideraria isso trabalhar, jogar ou ambos. O desafio é ser capaz de reconhecer aquele jogo fornece contexto de desenvolvimento e conteúdo para aprendizagem precoce, que em seguida, levanta questões sobre a definição exata de jogo (FELIPE, 2001). Para este autor os problemas de aprendizagem sempre existirão,

58 58 e isto é maravilhoso! Porque por trás do erro de um aluno, está a oportunidade de descobrirmos como ele organiza o seu pensamento. O erro proporciona vida dentro de uma sala de aula, pois alguns alunos, aqueles que erram, pensam diferente dos demais, e isso, pode não parecer, mas é ótimo, pois proporciona uma riqueza cognitiva à disposição do professor. Entretanto, percebemos que as informações da gestora não corresponderam totalmente à realidade, pois os espaços estão de fato lá, mas não são usados em sua totalidade pelos professores para jogos e recreação com os alunos. Quanto à frequência e os horários disponíveis para cada turma a gestora nos disse: que é atribuído em torno de 45min para cada turma por semana, pelo fato de a escola trabalhar com 45 turmas. Diante do exposto, cumpre salientar que consideramos o tempo oferecido para a prática de jogos e brincadeiras é insuficiente, e precisa ser repensado urgentemente sob pena de formar meros robôs, sem criatividade e iniciativa. Segundo informações da Gestora, a escola na época, oferecia um local específico para práticas lúdicas, todavia cabia ao professor a utilização dos espaços dentro da sala de aula, bem como a utilização da brinquedoteca e quadra poliesportiva. Neste ano de 2021 a escola está sendo reformada e ampliada mais uma vez, como podemos perceber, aos poucos a escola Municipal CESBI vêm passando por transformações estruturais que talvez possibilite a construção de espaço para a aplicabilidade da prática lúdica em um ambiente propício e preparado para este tipo de ação. Figura 03: Brinquedoteca do Centro Educacional Batista Independente CESBI Fonte: ALMEIDA, Francisca Barbosa de Como pode-se observar na figura 03, a escola Centro Educacional Batista Independente -CESBI tem uma brinquedoteca, esse é um dos locais onde os professores aplicam as práticas lúdicas. De acordo com Sousa e Damasceno (2016, p. 07) [...] brinquedoteca é um

59 59 espaço criado para favorecer a brincadeira. É um espaço em que as crianças vão para brincar livremente, com todo estímulo à manifestação de suas potencialidades e descobrimento de outras. Este espaço vai além de um conjunto organizado de brinquedos, porque proporciona tanto o divertimento e a relação entre as crianças e adultos, favorecendo assim a sua aprendizagem. Por isso é essencial que escolas dispunham de espaços assim, para oferecer momentos de descontração e aprendizagem para as crianças. Pois quanto mais pobre é o espaço, menos possibilidade a criança tem de explorar os materiais, de descobrir coisas novas, de criar, fantasiar, representar e, portanto, se desenvolver, o que mostra a relevância da sua adequação e qualidade. O espaço onde se encontra a Brinquedoteca exposto na figura a cima, dispõem de poucos materiais pedagógicos, sendo seu espeço um tanto pequeno. Das vezes que visitamos este espaço foi em momentos de acompanhamento do professor, sendo assim foi possível presenciar a educadora realizando leitura com os alunos, e disponibilizando brinquedos a eles, momentos estes de pura alegria para os alunos. Além da Brinquedoteca, o Centro Educacional Batista Independente - CESBI possui uma quadra poliesportiva como podemos ver na figura 04, esta é uma área de terreno demarcada e preparada para a realização de determinadas práticas esportivas. É importante salientar que essa quadra também é usada para aplicabilidade do lúdico, como brincadeiras de amarelinha, pula-corda e entre outras brincadeiras e jogos. Figura 04- Quadra poliesportiva da Escola Municipal CESBI Fonte: SILVA, Tallys Bruno da Silva e Atualmente a Escola Municipal CESBI funciona em amplo espaço, atende a etapa da Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental I. O prédio está dividido em (06)

60 60 seis pavilhões construídos em alvenaria, coberto de Brasilit e zinco, forrado com PVC, sendo que quatro pavilhões estão localizados na área inferior do terreno e dois na parte superior. Possui ainda, (01) uma quadra em alvenaria coberta com zinco, sendo utilizada para aula de educação física, que é uma disciplina obrigatória para os anos iniciais do ensino fundamental I, bem como para a realização dos eventos escolares. Como neste tempo a escola não possuía auditório, o local em que ocorria certos projetos se passava pátio da escola como mostra a figura 05. Figura 05-Pátio do Centro Educacional Batista Independente -CESBI Fonte: ALMEIDA, Francisca Barbosa de Nesta figura, é demonstrado o projeto Aprendendo e se Expressando, onde as crianças tem a possibilidade de realizar apresentações de leituras de pequenos textos e versos, sendo este um projeto que que tem o objetivo de incentivar os alunos para o abito da leitura. De acordo com a gestora, a escola oferece os espaços adequados para aplicabilidade do lúdico. Segundo ele a educação é a base fundamental na formação da cidadania caracterizando os valores da sociedade em que nossa escola está inserida e na busca de caminhos para as mudanças da realidade política, social, econômica e educacional desta unidade escolar. Porém, não é um trabalho acabado, nem assume forma definitiva, pois a permanente revisão será parte integrante do processo, permitindo assim, a inclusão de novas ideias e soluções, num dinamismo de dois em dois anos, para que a instituição atinja seus objetivos na construção do saber integral. No que diz respeito às condições oferecidas pela escola para a realização efetiva de jogos e brincadeiras, a gestora disse está disponível ao professor, todos os espaços da escola, desde que sejam usados com racionalidade, e para justificar sua resposta disse os professes A

61 61 e B afirmam que a escola tem todos os espaços necessários para aplicação de atividades através do lúdico. Crianças aprendem a interagir com os colegas quando envolvidos em atividades lúdicas, ao mesmo tempo que constrói esquemas importantes sobre o mundo real. Embora a brincadeira tenha sido vista por muitos apenas como um preenchimento de tempo para os zeladores, muitas pesquisas têm sido dedicadas aos benefícios do jogo, o que sugere que o jogo é vital para toda criança. Brincar é um elemento necessário para o desenvolvimento saudável de todas as crianças idades. O jogo influencia todas as áreas de desenvolvimento, oferece às crianças a oportunidade de aprender sobre si mesmo, os outros e o físico ambiente. O gestora juntamente com sua equipe enfatizam que em 2020, a pandemia do novo coronavírus pegou o mundo de surpresa, e as escolas tiveram que desenvolver sistemas emergenciais de aprendizagens, mesmo sabendo ser impossível substituir o ensino presencial, houve uma adequação das escolas para atender os alunos da rede municipal de ensino, o acompanhamento das atividades de forma remota por meio de apostilas e atividades ministradas através das aulas via rádio, foi um desafio e tanto para a Secretaria Municipal de Educação e todo o corpo docente. Para divulgar informações as famílias, as redes sociais foram importantes e necessário para o desenvolvimento das aulas, os grupos do WhatsApp se tornaram grandes aliados entre as famílias e a escola no ano de 2020 e também agora no ano de Os professores se readaptaram a uma nova realidade, isso só se tornou possível com o comprometimento de toda equipe escolar. Salientamos que trazemos estas informações para complementar nossos resultados. Antes de adentramos nas atividades remotas iremos descrever, identificar as práticas desenvolvidas e vivenciadas na educação infantil no decorrer da pesquisa. Onde iremos descrever os jogos, brincadeiras, brinquedos, produção deles e como foi aplicada no ambiente escolar. Na prática pedagógica atualmente, sugere-se que seja utilizada atividades lúdicas como forma de facilitar a motivação do aluno, além de sua adaptação e socialização do mesmo no seio escolar, visto que, através do lúdico, a criança estando motivada se adapta no ambiente no qual está inserida, aprendendo a conviver no dia-a-dia com as pessoas que compõe o meio social no qual está. Por isso esse subtópico tem como parâmetro externar de forma sistemática resultados que foram obtidos in lócus tanto na pesquisa com professores da educação infantil. Esclarecendo que a observação foi realizada somente uma sala de educação infantil pré II.

62 62 É possível dizer que o lúdico é uma ferramenta pedagógica que os professores podem utilizar em sala de aula como técnicas metodológicas para facilitar na aprendizagem, visto que através da ludicidade os alunos poderão aprender de forma mais prazerosa, concreta e, e significativa, culminando desta forma, em uma educação de qualidade. Nessa etapa foram selecionados alguns professores para que pudéssemos aplicar o questionário. Também é importante salientar que nessa etapa nos foi permitido aplicar o projeto de intervenção que contribuiu exorbitantemente para o desenrolar desta pesquisa. Em resposta ao questionário feito à direção da escola CESBI, sobre jogos e brincadeiras o professor A, disse: Considero importante a existência de jogos e brincadeiras na escola, principalmente nas primeiras séries, por ajudar na socialização bem como no desempenho físico e mental da criança Compreender a concepção dos professores foi essencial, uma vez que os jogos didáticos e brincadeiras fazem com que as crianças tenham mais criatividade, conhecimento e desenvolvimento social com os demais colegas, as brincadeiras fazem com que o aluno saia do mundo real e entre no mundo cheio de fantasias propicias para seu aprendizado, e desta forma, fazendo com que ele desenvolva hábitos satisfatórios à sua vida cotidiana com maior interação em sua vida social. [...] O brinquedo é o objeto manipulável destinado a divertir uma criança e a brincadeira é o ato ou efeito de brincar com o brinquedo ou mesmo com o jogo (MIRANDA, 1984, p. 30). Em seguida perguntamos sobre os resultados obtidos com os alunos no seu rendimento escolar daqueles que participam de jogos, o professor B nos respondeu: que considera importante a brincadeira os jogos a interatividade o respeito e essas maneiras didáticas pedagógicas muito eficaz na aprendizagem dos alunos. A esse respeito questionamos às professoras: Que condições a escola oferece para a realização de jogos e recreação? Professora A : A escola tem uma quadra e um pátio que podemos realizar jogos e algumas atividades. Professora B : Temos a quadra, o pátio e também a brinquedoteca. Quanto aos materiais para a realização de jogos e brincadeiras, a gestora afirma que com os recursos financeiros repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar (F.N.D.E), SEMED (Secretaria Municipal de Educação) e Conselho Escolar são empregados na aquisição de materiais destinados à educação física, à brinquedoteca e outros eventos esportivos.

63 63 Levando em conta a necessidade de espaços e tempos para o brincar, é importante também analisarmos nas práticas pedagógicas dos professores na utilização do lúdico. Desse modo, sugere-se que seja utilizada atividades lúdicas como forma de facilitar a adaptação, interação e socialização no ambiente escolar, visto que, através do lúdico, a criança aprende a conviver no dia-a-dia com as pessoas que compõe o meio social no qual está. É possível dizer que o lúdico é uma ferramenta pedagógica que os professores podem utilizar em sala de aula como metodologia que contribui para o desenvolvimento integral das crianças, que se dá de forma mais prazerosa, concreta e significativa. Durante a observação notou-se que o plano didático das professoras foi organizado para atender os diferentes aspectos do desenvolvimento da criança conforme as orientações do gestora e sua equipe em uma ação conjunta. Nesse sentido, questionamos às professoras: Você considera importante os jogos e recreação na escola? Professora A : Sim, porque os jogos ou a recreação fazem com que os alunos se aproximem e tenham uma independência. Professora B : Sim considero importante, pois é através de jogos que os alunos desenvolvem várias habilidades, como ferramenta de aprendizagem. Compreender a concepção dos professores foi essencial, uma vez que os jogos didáticos e brincadeiras fazem com que as crianças tenham mais criatividade, conhecimento e desenvolvimento social com os demais colegas, e desta forma, fazendo com que ele desenvolva hábitos satisfatórios à sua vida cotidiana com maior interação em sua vida social. O brinquedo é o objeto manipulável destinado a divertir uma criança ; e a brincadeira é o ato ou efeito de brincar com o brinquedo ou mesmo com o jogo (MIRANDA, p. 30). O brincar na Educação Infantil fornece às crianças a possibilidade de construir uma identidade autônoma, cooperativa e criativa. É uma atividade espontânea que favorece um espaço à imaginação, que não tem tempo e nem lugar para acontecer, mas precisa de muito tempo e de um lugar que seja acolhedor. Consideram importante a prática de jogos e brincadeiras na escola, pois as crianças aprendem com mais facilidade. Portanto, observamos e percebemos em suas práticas pedagógicas, a julgar pelas reações das crianças de como as mesmas demonstravam interesses em brincar e responder através do brincar. Com relação a pergunta De que maneira o professor desenvolve a recreação com seus alunos? Responderam-nos:

64 64 Professora A : através de brincadeiras dentro da própria sala de aula ou na quadra da escola. Professora B : Através de jogos e brincadeiras, porque o brincar, é um recurso de fundamental importância facilitando a coordenação motora global dos alunos. Na questão dos objetivos dos jogos e brincadeiras, os proferes contextualizam importantes, pois a pratica lúdica desenvolve as habilidades em todos os aspectos cognitivos, emocional, físico e motor, proporcionando a aprendizagem através da ludicidade. Mas constatamos através da observação as professoras estão bastante empenhadas com a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da criança, pois demonstram não está completamente compromissado com o lúdico. Todavia também foi constatado que em alguns momentos pontuais existe uma falta de interesse, compromisso e preparação acadêmica para aplicar os jogos e brincadeiras no processo ensino-aprendizagem. Enquanto que os alunos, ao contrário, são ávidos e esperançosos em poder jogar, brincar, dançar, cantar, enfim se expressar, que é o que na verdade interessa-nos. Deixar a criança sentir, experimentar, se expressar e criar o seu próprio espaço lúdico, é fundamental para seu crescimento intelectual, social, afetivo. Durante a observação a metodologia da professora A era de usar o lúdico como instrumento facilitador no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, fazendo com que a criança pudesse interagir com as demais, desenvolvendo seus aspectos cognitivos, sociais e afetivos. O lúdico favorece a autoestima da criança e a interação de seus pares, propiciando situações de aprendizagem e desenvolvimento de suas capacidades cognitivas. É um caminho que leva as crianças para novas descobertas, revelando segredos escondidos explorando, assim, um mundo desconhecido. Nessa perspectiva, perguntamos às professoras: Que tipo de brincadeiras você realiza com seus alunos? Professora A : Amarelinha, jogar bola, boliche, brincadeira de roda. Professora B : Varias, algumas aprendemos no curso de PMIC como: brincadeiras coletivas, fazendo mimicas, água terra, futebol com as mãos, passa bola, mestre mandou e outras. Na observação e agora com a comprovação dos professores é perceptível a importância dessa pratica. Mesmo Com os desafios lúdicos, as professoras estimulam o pensamento, desenvolvem a inteligência, fazendo com que a criança alcance níveis de desenvolvimento que só o interesse pode provocar.

65 65 Para que possamos compreender o que de fato ocorreu na observação principalmente no que se refere a aplicação do lúdico vamos descrever as brincadeiras e jogos durante o projeto de intervenção. Para tanto questionamos das respectivas professoras quais os objetivos dessas brincadeiras. Professora A : Socializar a turma. Professora B : Desenvolver as habilidades em todos os aspectos cognitivos, emocional, físico e motor, proporcionando a aprendizagem através da ludicidade. É perceptível que os professores tem consciência da importância do brincar, pois a alfabetização e o letramento acontecem de forma contínua na vida criança e, quando o lúdico está presente nas práticas educativas, nas atividades de aprendizagem, nos momentos de atividades mais livres, desperta a criança para o prazer de estar na escola e de aprender. Más para que haja essa socialização e esse desenvolvimento é preciso saber como produzir essas dinâmicas. Para isso perguntamos das professoras quais os materiais utilizados para a realização dos jogos? Professora A : Os materiais utilizados são todos recicláveis. Professora B : Bola, boliche, quebra-cabeça, corda, TNT, giz branco, dado, cesto, máscaras, jogo da memória, cadeiras, bambolê, caixas, cones, músicas e outros Também questionamos a gestora quanto ao material e a produção desses matérias. Segundo a gestora os recursos financeiros públicos destinados à escola são na maioria das vezes insuficientes para suprir a necessidade da instituição. Assim sendo, a escola busca também desenvolver uma gestão com caráter inovador e empreendedor. Isso implica em planejar e executar, coletivamente, ações estratégicas na administração dos recursos financeiros e materiais para a amenização dos principais problemas encontrados. Durante a pesquisa observamos que um dos momentos específicos em que o lúdico fez parte integral da prática da professora A. Já que em outros momentos os exercícios que foram realizados em sala de aula eram sobretudo a partir do desenvolvimento cognitivo das crianças, relacionado as cores, as vogais e numerações. A proposta da professora foi realizar a brincadeira de boliche utilizando os seguintes materiais: 05 garrafas pet representando os pinos e 01 bola reciclável de papel (feita pelas próprias crianças) para trabalhar alguns conteúdos, como é demonstrado na figura 06. As garrafas estavam todas pintadas com cores variadas e em cada uma havia na frente uma vogal e atrás um numeral de 1 a 5, fazendo com que a criança passasse a conhecer os

66 66 números e vogais através da brincadeira, com isso as crianças brincavam e aprendiam ao mesmo tempo. Essa atividade contribuiu muito no desenvolvimento das crianças, pois as crianças que não estavam tendo facilidade de aprender no método normal, passaram até a identificar as cores e saber diferenciar umas das outras, a conhecer as vogais e numerais. Figura 06: Jogo de Boliche em Sala de Aula Fonte: CLEMENTE, Monique Inácio De acordo com a professora A esse jogo, permite uma melhor aprendizagem e para promover a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo. Na figura 07, já podemos observar as crianças brincando do jogo. Figura 07: Jogo de Boliche em Sala de Aula Fonte: CLEMENTE. Monique Inácio, 2019 Na observação dessa prática, percebemos a felicidade das crianças em participar do jogo. De certo, este jogo além de promover o desenvolvimento desse esquema corporal, o jogo

67 67 estimula a percepção visual, a contagem e a linguagem. As crianças são convidadas a contar quantos pinos derrubaram e, depois, verbalizam o resultado para o grupo. A professora partiu de uma metodologia diferente da tradicional, onde buscou ensinar por meio de jogos e não somente por meio de livro, lousa e caderno. Sua aula estava vinculada na concepção da realidade do mundo e da vida das crianças, onde o lúdico constitui-se na mediação do processo de aprender, relevar e expor a estruturação do desenvolvimento das crianças. A ambiguidade das concepções froebelianas dá o alicerce para a estruturação da noção de jogo educativo, uma mistura da ação lúdica e a orientação do professor visando a objetivos como a aquisição de conteúdos e o desenvolvimento de habilidades e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento integral da criança. Durante um período de observação, vimos que a professora ao perceber que algumas crianças apresentavam dificuldades tanto em aprender quanto em interagir com as outras crianças, passou a envolvê-las em algumas atividades lúdicas. Com isso a criança que apresentava dificuldades, passou a interagir com as outras de forma mais espontânea e com mais liberdade, passando a ser mais ativa na brincadeira, aumentando o interesse pela aula, pois estavam aprendendo brincando e desenvolvendo assim suas criatividades, percepções e conhecimento. É importante lembrar que a brincadeira e o jogo simbólico devem constar como atividades diárias no planejamento do professor. A criança, ao participar dessas atividades, está criando e realizando atos espontâneos de representação dramática, criando um mundo simbólico para ela mesma. Uma outra atividade lúdica que fez parte do projeto de intervenção, na qual priorizou o desenvolvimento cognitivo e social da criança, se deu por meio do Bingo de Letras. Figura 08: Bingo de Letras Fonte: CLEMENTE. Monique Inácio, 2019

68 68 Este jogo teve objetivo desse jogo é fazer com que a criança reconheça as letras do nosso alfabeto. O bingo com as letras é jogado da mesma forma que o bingo com os números. Com essa atividade as crianças aprendem as letras do nosso alfabeto e algumas pequenas palavras escritas. Na observação foi possível identificar que as crianças estavam em uma transição, e por este motivo, o bingo de letras ajudou bastante, pois alguns discentes não sabiam todas a letras do alfabeto, pudemos perceber isso, porque na hora do bingo, as crianças nos procuravam para saber se a letra discorrida era a que estava na sua cartela. Como já foi contextualizado muito bem pela professora o objetivo desse jogo era de as crianças conhecer melhor as letras e as diferenças de cada letra, pois são alunos em processo de alfabetização, mas que não compreendem alguns princípios do sistema alfabético. Também observamos que este jogo as crianças gostaram e puderam identificar as letras enquanto estavam brincando. Este jogo foi de grande ajuda, pois podemos perceber na hora, os alunos que já tinham um grande conhecimento das letras e estavam ajudando as outras que estavam com dificuldades e vale ressaltar que nós ajudamos nas identificações. Em outro momento das atividades iniciou-se uma atividade diversificada que objetou despertar a autonomia das crianças, estimulando sua criatividade por meio dos cantinhos diversificados, para isto a criança teve a liberdade de escolha por meio de cantinhos diversos. Figura 09: Criação de Desenhos para o Cantinho da Leitura Fonte: CLEMENTE. Monique Inácio, 2019 Cada cantinho continha objetos diferentes, justamente para que a criança escolha aonde quer brincar, com quais brinquedos e objetos desejam brincar, interagindo com as demais

69 69 crianças, desenvolvendo o aspecto afetivo, permitindo também que a criança observe e conheça seus movimentos, perceba o que pode fazer com o seu corpo. Havia três cantinhos o cantinho da leitura, do brinquedo e da arte. O cantinho da leitura, foi muito significativo, pois percebemos que algumas crianças não sabiam ler, mas tinha crianças contando histórias devido a sua leitura de imagens no livro de literatura infantil. Na concepção da professora A o cantinho da leitura desperta o interesse no aluno em ler. Segundo ela o cantinho da leitura é importante desde o maternal, porque mesmo que a criança ainda não saiba ler, o aspecto visual chamará sua atenção e produzirá uma leitura óptica, ainda mais se for de um livro que o professor já tenha lido em sala. Dando seguimento iniciou-se então a construção do jogo da velha feito pelos alunos com material reciclável, neste tempo foi estimulado o pensamento e raciocínio, desenvolvimento da atenção e concentração, percepção visual, analise e resolução de problemas além de desenvolver a coordenação motora fina como podem observar na imagem abaixo. Figura 10 Construção do Material para o Jogo da Velha Fonte: CLEMENTE. Monique Inácio, 2019 Este jogo da velha, foi confeccionado no chão da sala de aula, onde com a ajuda dos alunos, usamos uma fita crepe para fazer as linhas, e utilizamos copos descartáveis e para identificar cada grupo, os grupos pintaram os copos com a cor escolhida pelo grupo. Ao explicarmos como se jogava, os alunos pareciam não compreender direito, mas no momento que começaram a brincar entenderam, e aos poucos começaram a entender como usar estratégias para ganhar. Segundo a professora A o jogo da Velha foi a brincadeira escolhida para desenvolver diversas habilidades relacionadas a noções matemáticas e ao movimento, como: lateralidade, noção espacial, raciocínio lógico e coordenação motora. As atividades lúdicas contribuíram bastante e influenciaram no processo de aprendizagem de cada criança. Quando o lúdico estava sendo trabalhado em sala de aula,

70 70 percebeu-se que enquanto algumas crianças estavam brincando, as outras que assistiam ficavam ansiosas para entrar na brincadeira. O jogo contribuiu muito no desenvolvimento das crianças, principalmente na interação, pois muitos demonstravam dificuldades de se interagir e expressar, as crianças conseguiram aprender muito mais através dos jogos do que só com as atividades ou exercícios de aula. Nesse sentido, o jogo e a brincadeira fazem com que as crianças deixam de ser inibidas e passam a trabalhar em conjunto e a se relacionar com outras crianças, que antes não se relacionavam. Quanto aos dados obtidos entre os alunos envolvidos, verificamos independentemente do sexo ou idade, a criança gosta de brincar, mesmo porque é a partir das brincadeiras que têm início o processo afetivo de socialização bem como o seu desenvolvimento em todos os aspectos. (FREINET, 1977). Para confirmar tais declarações vejamos a tabela abaixo: Quadro 04: Respostas das Crianças Você gosta de brincar? Frequência Sim 16 Não X Às vezes X Total 16 Fonte: Pesquisa de Campo, questionário 2019 Mesmo com os desafios lúdicos, as professoras estimulam o pensamento, desenvolvem a inteligência, fazendo com que a criança alcance níveis de desenvolvimento que só o interesse pode provocar. E levando em consideração as respostas dos alunos é certo que eles gostam de aprender através das práticas pedagógicas. A alfabetização e o letramento acontecem de forma contínua na vida criança e, quando o lúdico está presente nas práticas educativas, nas atividades de aprendizagem. Foi perceptível compreender que o brincar é direito fundamental da criança, fazendose necessário promover nas aulas momentos de brincadeiras, as quais acarreta diretamente também para a convivência e interação com os demais alunos. As diretrizes ainda vêm dizer que as Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação infantil devem garantir a construção

71 71 de [...] novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta [...]. (BRASIL, 2010, p. 17). Para entendermos sobre a participação dos alunos foi feita a seguinte pergunta: Quadro 05: Respostas das Crianças Você participa de todas as brincadeiras? Frequência Fonte: Pesquisa de Campo, questionário, 2019 Sim 16 Não X Às vezes X Total 16 Observem que todos os alunos sinalizam positivamente para participação nas atividades. Assim, cumpre-nos que o universo aqui demonstrado, não representa o total das opiniões dos alunos da escola, mas foram registrados por tratar-se dos alunos da Educação Infantil (Pré II). Diante das evidências estatísticas, fica comprovado que é necessário brincar, que é preciso mais profissionais dispostos a orientar as crianças em suas brincadeiras, para que as mesmas compreendam melhor o mundo adulto a sua volta. 3.3 PROPONDO PRÁTICAS LÚDICAS COM AS CRIANÇAS A prática aqui proposta é resultado de uma intervenção na sala de aula. Esta prática teve como foco principal a ludicidade, considerando sua necessidade e importância no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança. Além de que, o interesse das crianças em relação ao lúdico é surpreendente, já que o ato de brincar é espontâneo, e elas têm a oportunidade de manusear brinquedos, pular, correr, gritar, cantar, expressar seus pensamentos e ideias. A ação foi uma atividade desenvolvida durante o Estágio Supervisionado na Educação Infantil, onde seu planejamento levou em conta os interesses, as possibilidades educativas e principalmente a participação ativa das crianças. É importante salientar que a prática de intervenção proporcionou uma visão de práxis importantíssima de como a educação lúdica deve

72 72 estar presente no cotidiano da escolar, na qual devemos considerar o lúdico como um parceiro pois é um grande aliado para atuar no desenvolvimento e aprendizagem da criança. Em busca de contribuir com a educação infantil, no estágio supervisionado, ocorrido de forma remota devido pandemia da COVID-19, realizamos uma ação também de forma remota. Esclarecemos que este estágio foi possibilitado por meio do grupo de WhatsApp da Educação Infantil da Escola Municipal CESBI e através do Projeto Educacional Rádio Escola: nas ondas do conhecimento 1, por onde era proporcionado atividades para as crianças, tendo como receptor os pais das crianças. Essa forma de ministrar as aulas via Rádio na Escola e grupo de WhatsApp nos desafiou a pensar práticas pedagógicas lúdicas com as crianças, provocando-nos pensarmos estratégias que promovesse uma educação significativa. Mesmo com todos os avanços tecnológicos existentes na sociedade brasileira, particularmente no estado do Amazonas, existe um grande desafio a ser vencido. Como se sabe, os avanços tecnológicos não chegaram a todos os cidadãos e cidadãs. Para Paulo Freire (1987) a comunicação transforma seres humanos em sujeitos na medida em que é vista como um processo da comunicação, uma construção partilhada do conhecimento mediada por relações dialógicas entre os homens e o mundo. Essa abordagem de comunicação implica numa reciprocidade que não pode ser rompida e seu conteúdo não pode ser apenas comunicado de um sujeito a outro, mas sim ter um significado significante para ambos os sujeitos. No modelo remoto de ensino as atividades propostas para as crianças no grupo foram apostilas direcionadas aos pais para que os mesmos auxiliassem as crianças, sendo elas: formas geométricas, colagem, desenhos para pintar e entre outros conforme as observações. Constatou-se que a maiorias das respostas das crianças foram por meio do grupo de WhatsApp por meio de fotos e áudios que os professores compartilhavam para todos ouvirem 1 Projeto desenvolvido pela SEMED/BC, com vista a atender o público escolar em todas as localidades por meio da rádio. As atividades pedagógicas não presenciais aconteceram por este projeto e contemplou as aulas ministradas por professores das respectivas áreas, distribuição de material didático impresso com orientações pedagógicas para todos os estudantes, avaliação e orientação e questionários de opinião (sobre a avaliação do desenvolvimento do projeto) aos pais e professores e acompanhamento do cumprimento das atividades pedagógicas não presenciais por mediadores familiares. Sabemos que são escassos os alunos que participam das aulas virtuais devido a não termos uma internet de qualidade nessa região. Porém todos são frequentes das aulas na Rádio Escola, devido este meio não necessite de internet. O projeto educacional teve como objetivo proporcionar um ambiente educativo na perspectiva garantir o direito a aprendizagem a todos os estudantes da rede municipal de ensino no período em que durar a pandemia da COVID 19. De acordo com a SEMED (2021) o modelo remoto apresenta-se como necessidade de garantir um direito fundamental dos discentes e uma oportunidade de fortalecer os vínculos com o principal parceiro da escola que é a família para o provimento de um processo ensino aprendizagem que atenda as perspectivas de orientações voltadas ao desenvolvimento cognitivo, social e humano das crianças e dos adolescentes e atenda as orientações das propostas do Conselho Nacional de Educação.

73 73 da respectiva criança, incentivando outras crianças a terem coragem e mandarem áudios para uma maior interação. Era perceptível que apesar do momento difícil que é essa pandemia, os pais ficaram a disposição da escola em todos os aspectos, pois mantinham contato direto com as crianças ajudando-as nos momentos de participação na Rádio e principalmente em suas residências com as atividades enviadas. Isso nos fez pensar que as atividades a serem desenvolvidas com as crianças poderiam ocorrer da mesma forma. Durante nossas observações, percebemos que os pais sempre postavam as fotos das crianças fazendo as atividades e isso nos motivou ainda mais a aplicar nossa intervenção com êxito, vimos que os professores incentivando os pais a ajudarem os mesmos no dever de casa. Desse modo, aplicamos a ação articulada aos conhecimentos matemáticos, tendo como tema Trabalhando a Contagem Numérica de Forma Lúdica em turmas do Pré I e Pré II da Educação Infantil, ocorrida por meio do grupo de WhatsApp da Educação Infantil no dia 24/06/2021. Esse trabalho teve como objetivo a compreensão das crianças acerca do significado da contagem numérica através de brincadeiras lúdicas. Mais especificamente, desenvolver noções de quantidade; aprender o conceito de número por meio do lúdico; confeccionar materiais para brincar de contar os números; e exercitar a coordenação motora fina durante a atividade de contagem. Essa proposta objetivou o ensino da matemática de forma divertida e eficiente através de jogos lúdicos que serão confeccionados manualmente pelos alunos, com a ajuda dos pais ou responsáveis, pois como as aulas estão ocorrendo de forma remota, os pais são os únicos mais próximos das crianças para auxiliar no desenvolvimento de trabalhos e atividades. Consideramos importante trabalhar a matemática de forma lúdica pois desta forma as crianças aprendem brincando, é uma possibilidade de ampliar as suas habilidades e suas capacidades em resolver problemas simples do dia-a-dia. Bem como, desenvolver com as crianças uma atividade simples que as possibilite ampliar de forma significativa seu entendimento a respeito de matemática, de forma lúdica essa aprendizagem se torna muito mais prazerosas para as crianças. Nessa perspectiva, as atividades foram organizadas da seguinte maneira: 1º Ação: Apresentação e divulgação do plano de intervenção na escola. No primeiro momento, ocorreu apresentação do plano de intervenção à Coordenação e Gestão Escolar desta Instituição. Neste sentido faz-se necessário pedir que a escola

74 74 concedesse a permissão para que a intervenção seja desenvolvida com sucesso, e para que houvesse a divulgação no grupo de WhatsApp, para que os professores e responsáveis das crianças fiquem cientes sobre o trabalho a ser desenvolvido. 2ª realização da ação Neste segundo momento, mandamos no grupo de WhatsApp as formas de como realizar duas brincadeiras envolvendo a contagem de números. Iremos demostrar através de fotos o passo a passo das atividades, para assim os pais orientar seus filhos. Enviamos um texto nos apresentando e postando nossa proposta de intervenção e pedimos a colaboração dos pais para a confecção do material, mas obtivemos apenas uma indagação de um dos pais durante o dia inteiro, até estendemos o prazo para a entrega, mas apenas uma criança fez a devida atividade exposta. Essa foi uma das dificuldades encontradas, pois não recebemos esse retorno mesmo o corpo docente pedindo a colaboração. Figura 11: Projeto de Intervenção via WhatsApp Fonte: Dados da Pesquisa, 2021 As atividades propostas foram as seguintes; Cada bola de sorvete é um número!

75 75 Nessa brincadeira a criança tinha a possibilidade de juntar muitas cores, números e formas que lembram o doce geladinho, que no caso é o sorvete! A proposta era ir prendendo (com prendedores de roupa), ou até mesmo fita adesiva as bolas seguindo o número correspondente que está escrito na casquinha, estas bolas podem ser feitas de cartolinas ou até mesmo pode ser usada tampinhas de garrafa PET. O interessante é que a criança ainda exercita sua coordenação motora fina durante a execução da atividade. A finalidade desta brincadeira é que as crianças possam compreender que usamos os números para contar coisas, pessoas, animais etc. 1 milho, 2 milhos, 3 milhos... Nesta outra brincadeira, as crianças podem criar jogos do zero, como também é uma brincadeira que às mantem entretidas por um bom tempo. Ao mesmo tempo brincam e aprendem de uma forma divertida. Nesta atividade as crianças podiam fazer a contagem de quantos números desejarem, levando sua compreensão mais além a respeito da contagem dos números. Figura 12: Interação Professor /Aluno/Pais via grupo WhatsApp Fonte: SILVA, Tallys Bruno da Silva e O trabalho era destinado para os alunos do Pré I e Pré II que estavam inseridos em apenas um Grupo de WhatsApp. Não tivemos acesso a quantidade de alunos, uma vez que a atividade era para todos no geral. A atividade não teve demasiado êxito, uma vez que apenas a

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