II SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS PRODUÇÃO INTEGRADA : ENFOQUE EM ALIMENTO SEGURO

Transcrição

1 II SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS PRODUÇÃO INTEGRADA : ENFOQUE EM ALIMENTO SEGURO RAIMUNDO BRAGA SOBRINHO EMBRAPA AGROINDÚSTRIA TROPICAL BÚZIOS RJ NOVEMBRO 2007

2 QUE PEDEM OS MERCADOS? alimentos de qualidade controle sobre o sistema de produção segurança alimentar/alimemto seguro Rastreabilidade Produção certificada Cumprimento de Normas Internacionais Respeito ao meio ambiente e ao homem

3 RESPONSABILIDADE DE CADA ELO PRODUTIVO NA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS Cada elo da cadeia produtiva deve estabelecer seu PROCEDIMENTO DE CONTROLE, uma vez que a segurança do produto a ser consumido é a somatória do controle de cada um dos elos. Fatores operacionais CAMPO MESA Fatores ambientais

4 RESPONSABILIDADE DE CADA ELO PRODUTIVO NA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS Procedimentos de controle PERIGOS

5 Década de 40 DDT e BHC 1962: Raquel Carson Dúvidas quanto a eficiência dos inseticidas Surgimento de pragas resistentes Novos inseticidas e moléculas Manejo integrado de pragas Sistema agropecuário de produção integrada

6 COMO CONTROLAR AS PRAGAS?

7 Controle Convencional de Pragas Agrotóxicos apresentam sérios problemas: Poluição Resíduos Resistência Não seletividade Pragas secundárias Saúde humana

8 MORTALIDADE NATURAL NÍVEL DE CONTROLE AMOSTRAGEM PRÁTICAS AGRONÔMICAS BIOECOLOGIA DE PRAGAS MODELO ESQUEMÁTICO, PARA O MIP, ANÁLOGO À EDIFICAÇÃO DE UMA CASA (MODIFICADO DE GONZALES, 1971). B A S E TÁTICAS DE CONTROLE J O E N A M R P A G A S I N T E G R A D O D E G E N É T I C O F Í S I C O C U L T U R A L Q U Í M I C O M E C Â N I C O O U T R A S B I O L Ó G I C O FENOLOGIA E FISIOLOGIA DA PLANTA Princípios do Manejo Integrado de Pragas

9 Conceito geral do MIP Pop. ND NC Pop. ND NC PE PE TEMPO TEMPO ND Pop. NC PE Pop. PE ND NC PEM TEMPO MODIFICADO DE STERN, 1965 TEMPO

10

11 Modelo de MIP onde pesticidas são totalmente eliminados (Modificado de Hoy 1990) Controle Cultural Controle Biológico Planta Pragas Solo Clima

12 Modelo múltiplo de MIP onde todos os elementos participam (modificado de Hoy 1990) Controle Químico Controle Cultural Controle Biológico Pragas Planta Solo Clima

13 FLUXOGRAMA DO MANEJO DE PRAGAS AMOSTRAGEM ATINGIU O NÍVEL DE CONTROLE NÃO CONTROLAR

14 M I P OBJETIVO GERAL MANTER A PRAGA ABAIXO DO NÍVEL ECONÔMICO DE DANOS

15 Pop. Icerya purchasi INTRODUÇÃO DE Rodolia cardinalis NÍVEL DE DANO ECONÔMICO NÍVEL DE CONTROLE RESSURGÊNCIA INDUZIDA POR DDT POSIÇÃO GERAL DE EQUILÍBRIO TEMPO DINÂMICa POPULACIONAL Icerya purchasi EM CITRUS DESDE SUA INTRODUÇÃO EM 1868 NA CALIFÒRNIA-USA. APÓS A INTRODUÇÃO DO INIMIGO NATURAL Rodolia cardinalis E O USO DO DDT. (Modificado de Stern et al., 1959).

16 EDIFÍCIO INFESTADO COM BARATAS Lixeira Garagem Depósito

17 CONTROLE CONVENCIONAL Lixeira Garagem Depósito

18 CONTROLE EM GRANDES ÁREAS Lixeira Garagem Depósito

19 EPI EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

20

21

22

23

24

25 Por que não usar... sexo contra os Medfly mating pair insetos? A TIE é a base do controle de insetos pragas E.F. Knipling

26 Radiação gama Não descendência (CONTROLE DE NATALIDADE)

27 SYSTEM APPROACH "Integração de práticas na pré e pós-colheita usadas na produção, colheita, empacotamento e transporte de "commodities" que cumulativamente atingem as exigências de segurança quarentenária". Elementos básicos Hospedeiro secundário Baixa densidade população da praga alvo Boas práticas culturais Packing houses e sistemas de transporte Harmonia entre órgão fitossanitários Pesquisa e desenvolvimento

28 SYSTEM APPROACH Exemplos: mamão e abacate - Havaí - USA (1991) Mamão - Costa Rica - USA (1992) Nozes - USA - Nova Zelândia (1992) Maçãs e cerejas - USA - Japão (1990) Pomelo - USA - Japão (1993) Abacate - México - USA (1996) Exemplo Brasileiro: Mamão - Espírito Santo - USA (1994)

29 Perdas devido a Pragas/Doenças/Plantas Invasoras Pragas Doenças Plantas invasoras Total Fonte: FAO 14% 12% 9% 35% Pragas Doenças Fonte: GIFAP Paises em Desenvolvimento 38% 27% Paises Desenvolvidos 9% 14%

30 SITUACAO ATUAL DO MIP Uso global de agrotóxicos na agricultura e de US$ 32 bilhões e ainda esta crescendo 5% ao ano. Apesar da intensificação do MIP, PIF etc., os resultados são insatisfatórios: 20 30% perdas na produção de alimentos Milhões de pessoas e animais ainda sofrem de doenças transmitidas por artrópodes Situação atual não e sustentável (FAO,2006)

31

32

33 PRODUÇÃO INTEGRADA É um sistema de exploração agrícola que produz alimentos e outros produtos de alta qualidade mediante o uso dos recursos naturais, tecnologias apropriadas e mecanismos reguladores, capazes de minimizar o uso de insumos assegurando uma produção sustentável a preços competitivos, respeitando e preservando o meio ambiente.

34 Pirâmide da Qualidade de Alimentos OILB Alimento Premium Produção Integrada Produção Orgânica Alimento Certificado EUREPGAP Alimento de de Baixo Preço Limite Inferior 3rd Edition 2004 Adaptado JRA / LCBN

35 PI VISAO HOLISTICA Organização Monitoramento Ambiental Manejo Integrado de Pragas Monitoramento do Sistema Manejo Integrado da Colheita e Pós-Colheita Manejo Integrado de Nutrientes Sustentabilidade Manejo Integrado de Cultura Manejo Integrado Solo e Água Informação (Banco de Dados)

36 FATORES DETERMINANTES PARA O INÍCIO DO PROGRAMA DE PRODUÇÃO INTEGRADA 1. Uso abusivo de agrotóxicos; Aumento da resistência das pragas e doenças aos agrotóxicos; 3. Contaminação dos produtos produzidos; 4. Contaminação dos aplicadores de agrotóxicos; 5. Contaminação ambiental.

37 MARCA DE CONFORMIDADE

38 INDICADORES DE RACIONALIZAÇÃO DO USO DE AGROTÓXICOS NA PIF 2006 e 2007 (percentual de redução) * PRODUTOS Maçã Uva Mamão Pêssego Citros Agrotóxico % INSETICIDAS 25,0 89,0 35,7 34,0 75,0 FUNGICIDAS 15,0 42,0 30,0 28,0 20,0 HERBICIDAS 67,0 100,0 78,0 50,0 66,7 ACARICIDA 67,0 100,0 35,7 87,5 45,0 * Valores computados entre a implantação do Projeto e resultados de 2006 e 2007 Fonte: DEPROS/SDC/MAPA Fonte: MAPA/SDC/DEPROS

39 INDICADORES DE RACIONALIZAÇÃO DO USO DE AGROTÓXICOS NA PIF 2007 * PRODUTOS Abacaxi Banana Caju Manga Melão Morango Agrotóxico % INSETICIDAS 37,0-25,0 70,0 40,0 60,0 FUNGICIDAS 20,0 40,0 30,0 31,0 40,0 80,0 HERBICIDAS ,0-95, ACARICIDA ,0 20,0 - * Valores computados entre a implantação do Projeto e resultados de 2006 e 2007 Fonte: DEPROS/SDC/MAPA Fonte: MAPA/SDC/DEPROS

40 IMPRESCINDIBILIDADE PESQUISA DESENVOLVIMENTO INOVACAO TRANSFERÊNCIA

41

42

43 BUSCA POR ALIMENTO SEGURO Com base nas informações e conceitos apresentados, se adotados e implementados cria-se um ambiente favorável para a produção de alimentos seguros. No entanto, para que isso se torne realidade, faz-se necessário o planejamento criterioso da cultura, visando o uso dos agrotóxicos apenas quando necessário para permitir a manutenção dos inimigos naturais e preservação do meio-ambiente, qualidade do alimento e a saúde dos consumidores em geral.

44

45 OBRIGADO PELA PACIÊNCIA!

46 ???????? PERGUNTAS?????????

47 FALE CONOSCO RAIMUNDO BRAGA SOBRINHO EMBRAPA AGROINDUSTRIA TROPICAL Rua Dra. Sara Mesquita, Fortaleza CE Fone: Fax: