UMinho 2015 Ilda Alexandra Cunha Grilo Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UMinho 2015 Ilda Alexandra Cunha Grilo Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios"

Transcrição

1 Universidade do Minho Escola de Engenharia UMinho 2015 Ilda Alexandra Cunha Grilo Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios Ilda Alexandra Cunha Grilo Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios abril de 2015

2 Universidade do Minho Escola de Engenharia Ilda Alexandra Cunha Grilo Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios Dissertação de Mestrado Mestrado em Sustentabilidade do Ambiente Construído Trabalho efetuado sob a orientação do Professor Doutor Raul Fangueiro abril de 2015

3 AGRADECIMENTOS Começo por agradecer ao meu orientador Professor Doutor Raul Manuel Esteves Sousa Fangueiro, pela sua atenção, acompanhamento, incentivo e pela discussão de ideias que provêm de dedicação e esforço, por isso, muito obrigada a si Professor por toda a ajuda. Ao Professor Nuno Belino da Universidade da Beira Interior, obrigado por todo o apoio, atenção e disponibilidade em fornecer material para que esta dissertação fosse executada. Ao técnico do Laboratório de Materiais de Construção do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho, Carlos Jesus, pela ajuda tanto a nível de trabalho como também de troca de ideias e por toda a paciência na execução de todos os trabalhos. Aos técnicos do Laboratório de Vias de Comunicação do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho, Carlos Palha e Hélder Torres, por toda a ajuda e tempo dispensado, um muito obrigado. Ao engenheiro do Grupo FIBRENAMICS da Universidade do Minho, Carlos Mota, por todo o apoio despendido. Agradeço também à Shama Parveen, do mesmo grupo, por toda a preocupação, disponibilidade e trabalho prestado no decorrer deste trabalho. Ao meu namorado André, obrigada pelo carinho, atenção, compreensão, pelos momentos menos bons em todo o meu percurso académico. Aos meus pais, obrigado pelo esforço que fizeram ao longo da minha vida e por todo o apoio que me deram para a conclusão deste percurso. Ao meu irmão e avós que sempre estiveram do meu lado para me apoiar. E, por fim, às minhas amigas por toda a atenção, ajuda e carinho, especialmente à Joana e Elisabete que me acompanharam durante todo o meu percurso académico e se mostraram verdadeiras amigas; ao Luís São João, Marcelo, Gustavo e Patrícia Pereira com quem travei amizade no decorrer deste mestrado; à Patrícia Pinheiro por toda a ajuda nos momentos menos bons e pela amizade revelada e a Diana e Liliana e Célia, amigas de longa data, por toda a compreensão e apoio. i

4 ii

5 O mundo é para quem nasce para o conquistar E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão. Fernando Pessoa no heterónimo Álvaro de Campos Tabacaria iii

6 iv

7 RESUMO A sustentabilidade é um conceito cada vez mais procurado ao nível da nova construção como também da reabilitação de construções existentes, com o intuito de caminhar para a diminuição dos problemas ambientais causados até à data, diminuição do consumo de matérias-primas e emissão de poluentes para a atmosfera, assim como, diminuição do consumo energético, aumentando a utilização de fontes alternativas de produção de energia, sem que o conforto dos habitantes seja comprometido, assim como os custos associados às intervenções. Assim, é possível afirmar que é extremamente necessário combinar materiais e técnicas inovadoras para que possam ser criados produtos alternativos com capacidade de adaptabilidade às necessidades de cada caso específico. Esta dissertação, de forma a ser mais um contributo para construção sustentável, propõe o estudo da incorporação de materiais de mudança de fase (PCM phase change material) em materiais de construção normalmente utilizados, tanto para a construção nova, como para a reabilitação. O objetivo passa por estudar o desenvolvimento de materiais termicamente ativos a partir da utilização de materiais de mudança de fase incorporados em revestimentos, especificamente tintas. Para tal, efetuaram-se três amostras de tinta com 10%, 20%e 30% de PCM incorporado. Estas amostras, assim como tinta com 0% PCM, foram submetidas a ensaios de viscosidade, tempo de cura, rendimento, análise ao microscópio e ensaios térmicos. Dentro dos ensaios térmicos executaram-se quatro modelos de testes para serem monitorizados com termopares e também placas de gesso cartonado revestidas com as amostras para serem submetidas a ensaios na alambeta. Em conclusão, pretende-se mostrar que a incorporação de materiais alternativos contribui para que o conforto térmico seja atingido caminhando paralelamente com a necessidade de sustentabilidade na construção. Palavras-chave: materiais de mudança de fase, controlo da temperatura, sustentabilidade, sistemas ativos, armazenamento de calor. v

8 vi

9 ABSTRACT Sustainability is an increasingly sought at the level of new construction concept as well as the rehabilitation of existing buildings in order to walk to the reduction of environmental problems to date, reduce the consumption of raw materials and emissions to atmosphere, as well as reduction of energy consumption by increasing the use of alternative sources of energy production, without the comfort of residents is compromised as well as the costs associated with these interventions. In this context, it is possible to say that it is extremely necessary to combine innovative materials and techniques so that alternative products can be created with capacity to be adapated to the needs in each case. This dissertation, in order to further contribute to sustainable building, proposes to study the incorporation of phase change materials (PCM) on building materials typically used for both new construction as well as for rehabilitation. The objective becomes to study the development of thermally active materials from the use of phase change materials incorporated in coatings, especially paints. To this end, they effected by three paint samples with 10%, 20% and 30% incorporated PCM. These samples, as well as PCM ink with 0%, were subjected to viscosity tests, curing time, yield, analysis by microscopy and thermal tests. Within the thermal tests were carried out four tests models to be monitored and also with thermocouples plasterboard plates coated with samples to be subjected to tests in alambeta. In conclusion, it is intended to show that the incorporation of alternative materials contributes to the thermal comfort is achieved walking alongside the need for sustainability in construction. Keywords: phase change materials, temperature control, sustainability, active systems, heat storage. vii

10 viii

11 ÍNDICE CAPÍTULO I INTRODUÇÃO Introdução Objetivos... 1 CAPÍTULO II - ESTADO DA ARTE Materiais de Mudança de Fase (PCM) Definição Encapsulamento dos PCM s Armazenamento de energia Tipos de PCM s Problemas associados aos PCM s Métodos de análise/medição do comportamento dos PCM s Materiais de Mudança de Fase na Engenharia Civil Conclusões retiradas de estudos analisados Potencialidades do uso de PCM em edifícios residenciais em Portugal Argamassas com incorporação de PCM s Placas de Gesso Cartonado com PCM s Definição Aplicações de placas de gesso cartonado com incorporação de PCM s Tintas como Material de Revestimento CAPÍTULO III MATERIAIS E MÉTODOS Materiais utilizados Material de Mudança de Fase Tinta Gesso Cartonado ix

12 3.1.4 Cimento Água Areia Métodos de ensaio utilizados CAPÍTULO IV ANÁLISE DE RESULTADOS Planeamento dos ensaios Viscosímetro de Brookfield Tempo de cura Rendimento Análise ao microscópio Modelo de testes Ensaios mecânicos Ensaios térmicos: Alambeta Ensaios térmicos com termopares CAPÍTULO V CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS CAPÍTULO VI REFERÊNCIAS x

13 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Material de mudança de fase... 3 Figura 2 - Macroencapsulamento de PCM s; 1 em tubos; 2 em painéis... 5 Figura 3 - Microcápsulas contendo PCM s... 5 Figura 4 - Processos de microencapsulamento... 6 Figura 5 - Armazenamento de calor... 7 Figura 6 - Classificação de materiais de mudança de fase... 8 Figura 7 - Localização da aplicação e função dos PCM s em edificios Figura 8 - Revestimento de parede semidirecto Figura 9 - Revestimento de parede autoportante Figura 10 - Parede divisória em placas de gesso cartonado Figura 11 - Teto falso em quadrícula Figura 12 - Teto suspenso com forquilha Figura 13 - Teto suspenso Figura 14 - Comparação dos resultados de temperaturas obtidas para uma solução com e sem incorporação de PCM Figura 15 - Material de mudança de fase utilizado Figura 16 Tinta utilizada Figura 17 - Placa de gesso cartonado utilizada Figura 18 - Cimento Portland Figura 19 - Viscosimetro de Brookfield Figura 20 - Viscosímetro durante o ensaio Figura 21 - Comparação entre tinta, tinta diluída e tinta com as diferentes % de PCM s com as misturas testadas de imediato após preparação Figura 22 - Comparação entre tinta, tinta diluída e tinta com as diferentes % de PCM s com as misturas testadas 1h após preparação Figura 23 - Comparação entre tinta, tinta diluída e tinta com as diferentes % de PCM s com as misturas testadas 1h após preparação estando 20min exposta ao ar ambiente Figura 24 - Análise dos valores médios da viscosidade das diferentes composições Figura 25 - Viscosidade da tinta com adição de 10% de PCM s ao longo do tempo xi

14 Figura 26 - Viscosidade da tinta com adição de 20% de PCM s ao longo do tempo Figura 27 - Viscosidade da tinta com adição de 30% de PCM s ao longo do tempo Figura 28 - Viscosidade aos 2400s da tinta com adição de 10%PCM Figura 29 - Viscosidade aos 2400s da tinta com adição de 20%PCM Figura 30 - Viscosidade aos 2400s da tinta com adição de 30%PCM Figura 31 - Correlação entre viscosidade e percentagem de PCM's no ensaio efetuado imediatamente após efetuada a amostra de tinta Figura 32 - Correlação entre viscosidade e percentagem de PCM's no ensaio efetuado 1 hora após efetuada a amostra de tinta Figura 33 - Correlação entre viscosidade e percentagem de PCM's no ensaio efetuado 1 hora após efetuada a amostra de tinta tendo estado esta 20 minutos exposta ao ar Figura 34 - Correlação entre viscosidade e altura do ensaio Figura 35 - Tinta com adição de PCM no vidro de relógio Figura 36 - Placas pintadas para calcular calor do rendimento Figura 37 - Fotografia ao microscópio de tinta com 10% PCM s Figura 38 - Fotografia ao microscópio de tinta com 20% PCM s Figura 39 - Fotografia ao microscópio de tinta com 30% PCM s Figura 40 - Microcápsulas de PCM ao microscópio ótico Figura 41 - (1) Montagem das laterais e base inferior do modelo com espuma de poliuretano; (2) Colocação de fita-cola de alumínio na parte exterior; (3) Colocação de fita-cola de alumínio na parte interior Figura 42 - Provetes para caracterização do betão Figura 43 - Provete submetido ao ensaio à flexão Figura 44 - Resultados obtidos nos ensaios à flexão Figura 45 - Provete submetido ao ensaio de compressão Figura 46 - Ensaios à compressão Figura 47 - Alambeta Figura 48 - Condutibilidade térmica das placas ensaiadas Figura 49 - Resistência térmica das placas Figura 50 Correlação da condutibilidade térmica das diferentes % de PCM Figura 51 - Correlação da resistência térmica das diferentes % de PCM Figura 52 - Vista do lado esquerdo Figura 53 - Vista interior Figura 54 - Vista do lado direito xii

15 Figura 55 - Equipamento de transmissão de dados e computador Figura 56 - Temperaturas médias para o modelo com tinta com 0% PCM Figura 57 - Temperaturas médias para o modelo com tinta com 10% PCM Figura 58 - Temperaturas médias para o modelo com tinta com 20% PCM Figura 59 - Temperaturas médias para o modelo com tinta com 30% PCM Figura 60 - Comparação de temperaturas médias interiores Figura 61 - Variação da temperatura interior ao longo de 1 dia Figura 62 - Variação da temperatura exterior ao longo de 1 dia xiii

16 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 - Características importantes dos materiais para armazenamento de energia... 4 Quadro 2 - Propriedades físicas de algumas substâncias orgânicas com potencial utilização como PCM s... 9 Quadro 3 - Eutéticos orgânicos e inorgânicos com potencial utilização como PCM s Quadro 4 - Características mecânicas do cimento CEM II/A-L Classe 42,5R Quadro 5 - Valores médios retirados da Alambeta Quadro 6 - Cálculo do peso de cada material nas misturas Quadro 7 - Cálculo das quantidades necessárias de cada material Quadro 8 - Cálculo da média das temperaturas Quadro 9 - Variações de temperatura xiv

17 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO 1.1 Introdução Atualmente, tem-se ouvido falar insistentemente na sustentabilidade, nomeadamente no sector da construção civil (Martins, 2012). A sociedade em que vivemos acarreta um dos maiores problemas atuais, o elevado consumo energético. A sustentabilidade tem o papel de minimizar essa tendência através do uso ponderado entre as várias necessidades, económicas, sociais, culturais e ambientais para que possa ser atingido um equilíbrio que satisfaça as gerações atuais, sem comprometer as gerações futuras (Prego et al., 2013). Devido à necessidade dos utilizadores em possuírem habitações que caminhem para a sustentabilidade, passando este objetivo pela diminuição dos gastos com a energia elétrica, torna-se crucial recorrer a soluções construtivas que ajudem a que o conforto térmico no interior dos edifícios seja alcançado sem que haja necessidade de recorrer a equipamentos de climatização, ou que o uso destes seja o mínimo possível (Martins, 2012). Uma das soluções para que a temperatura interior seja controlada de forma ativa pela envolvente do edifício com a mínima utilização de equipamentos de climatização, passa pela incorporação de materiais de mudança de fase (PCM do inglês Phase Change Material) nos materiais de construção. Com a incorporação de PCM s nos materiais utilizados para a construção consegue-se aumentar a capacidade de armazenamento de calor, o que leva à estabilização das temperaturas interiores, aumentando a sensação de conforto térmico sentida pelos utilizadores do edifício (Sá et. al, 2012). 1.2 Objetivos A presente dissertação tem como principal objetivo efetuar uma avaliação experimental do desempenho térmico de materiais utilizados na construção nova e na reabilitação de edifícios, 1

18 através da incorporação de PCM s em revestimentos utilizados na execução de edifícios para que possam assim contribuir positivamente para o controlo da temperatura interior. Pretende-se ainda contribuir para o desenvolvimento e utilização de materiais de revestimento sustentáveis que têm por base materiais com capacidade ativa de isolamento térmico capazes de substituir/diminuir o uso de equipamentos de controlo de temperatura. Assim sendo, serão considerados objetivos complementares que conduzirão à melhor compreensão/realização do objetivo principal, designadamente: a escolha do tipo de PCM a utilizar, se será orgânico, inorgânico ou eutéctico; o tipo de revestimento onde serão introduzidos os PCM s; a quantidade de PCM s a utilizar; compreender fatores que influenciem o desempenho dos mesmos; e ainda perceber se esta incorporação acarreta algum problema e razão para o aparecimento do mesmo. Em conclusão, pretende-se criar conhecimento para que as construções sejam cada vez mais sustentáveis do ponto de vista dos três pilares da sustentabilidade, na medida em que a incorporação de PCM s nos revestimentos leva a que sejam diminuídos os gastos com energia para alimentar os sistemas de controlo de temperatura, contribuem para a diminuição do gasto de recursos naturais para os mesmos sistemas e, por fim, atingir um nível ótimo de conforto para os utilizadores do edifício. 2

19 CAPÍTULO II - ESTADO DA ARTE 2.1 Materiais de Mudança de Fase (PCM) Definição Os materiais de mudança de fase, representados na Figura 1, (PCM phase change material) podem ser definidos como substâncias que têm a capacidade de alterar o seu estado físico dentro de um intervalo de temperatura, armazenando calor latente através da mudança de fase sólida para líquida (reação endotérmica), sendo este calor absorvido, libertado posteriormente quando as temperaturas descem, passando assim da fase líquida para a fase sólida (reação exotérmica) (Alawadhi 2008) (Kuznik et. al, 2008) (Zalba, B., 2003). De forma a conseguir uma melhor regulação das variações de temperatura interior, estas substâncias são encapsuladas em cápsulas termicamente estáveis por forma a garantir um melhor desempenho do material de mudança de fase. Uma das opções de incorporação destas capsulas é através dos revestimentos (Miranda & Araújo, 2012). Figura 1 - Material de mudança de fase (Society, 2013) O Quadro 1 mostra as características mais importantes dos materiais para armazenamento de energia. 3

20 Quadro 1 - Características importantes dos materiais para armazenamento de energia (Wolfgang Streicher et. al, 2005) Propriedades Térmicas Propriedades Físicas Propriedades Químicas Aspetos Económicos Temperatura de Densidade elevada mudança de fase Pequena variação de Boa adequada à aplicação volume na mudança estabilidade Calor latente elevado de fase Compatível para a temperatura Baixa pressão de com materiais Baixo custo desejada. vapor de construção Abundantes Condutividade térmica Equilíbrio de fase Não tóxicos elevada tanto na fase favorável Não líquida como na fase Não sofrer inflamáveis sólida sobrearrefecimento Encapsulamento dos PCM s A maior parte dos PCM s possuem uma baixa condutividade térmica e isto deve-se à baixa taxa de transferência de calor. De forma a contornar este problema, é muitas vezes utilizado o micro encapsulamento destes materiais com o objetivo de melhorar a transferência de calor através do aumento da razão entre superfície/volume do PCM (W Streicher et al., 2008) (L. Huang et. al, 2009). Existem dois tipos de encapsulamento dos PCM s, o macroencapsulamento e o microencapsulamento. O macroencapsulamento é efetuado através da inclusão de materiais de mudança de fase em sistemas de contenção, que poderão ser tubos, bolsas, esferas, painéis, entre outros. (Arce Maldonado, 2011) Alguns estudos e experiências foram desenvolvidos sobre este tipo de encapsulamento e as conclusões retiradas foram a não viabilidade do macroencapsulamento pois, devido aos baixos valores de condutividade térmica da maioria dos PCM s, estes tendem a solidificar-se nas paredes no encapsulamento o que impede a eficácia na transferência de calor (Rodrigues, 2009). A Figura 2 mostra dois tipos de macroencapsulamento de PCM s. 4

21 Figura 2 - Macroencapsulamento de PCM s; 1 em tubos; 2 em painéis (Arce Maldonado, 2011) (Rodrigues, 2009) No que diz respeito ao microencapsulamento (Figura 3), este método resulta do envolvimento de pequenas partículas/gotas de um compósito líquido ou sólido, constituindo o núcleo, e por uma camada/parede de um material sólido, normalmente um polímero, formando assim a cápsula (Silva, 2009). Este método consegue uma maior viabilidade perante o primeiro método apresentando visto que permite a incorporação de PMC s nos materiais de construção e a existência de um sistema de armazenamento de calor de mais fácil manuseamento (Nunes, 2011). Figura 3 - Microcápsulas contendo PCM s (Rodrigues, 2009) A Figura 4 apresenta os principais métodos de microencapsulamento existentes. 5

22 Figura 4 - Processos de microencapsulamento (Silva, 2009)(Cardoso, 2006) Este método é muito aplicado em fármacos, fragrâncias e produtos cosméticos, de forma a proporcionar a libertação controlada das substâncias. No caso dos PCM s, o objetivo é que o material se conserve no interior da microcápsula em condições normais de manuseamento, sendo a sua interação com o meio envolvente efetuado de forma indireta (Nunes, 2011). É necessário dar a devida importância ao tipo de processo de microencapsulamento e ao tipo de substância a utilizar para a formação da cápsula, para assim, conseguir-se as estabilidades química, física e mecânica necessárias (Silva, 2009) (Junfeng Su & Ren, 2006). O diâmetro das microcápsulas deve ser reduzido para que a transferência de calor entre o PCM e o meio envolvente seja rápida. Foi possível constatar uma desvantagem na utilização de PCM de origem parafínica, relativa aos múltiplos picos nas curvas de arrefecimento, indicadores de sobrearrefecimento, sendo isto um fator limitativo. Isto faz com que o PCM cristalize levando à libertação da energia latente a temperaturas baixas ou gamas de temperaturas mais largas, fora da gama desejada (Silva, 2009) (X. X. Zhang et. al, 2005) Armazenamento de energia Os PCM s controlam a temperatura através da absorção de calor consumindo a energia em excesso (passagem de sólido para líquido), quando a temperatura diminui o material de mudança de fase liberta a energia térmica armazenada (passando de líquido para sólido), 6

23 mantendo assim a temperatura constante. Obtém-se um material que consome a energia quando esta está em excesso e a repõe quando ela é deficitária, minimizando as oscilações térmicas a que está sujeito o sistema (Coutinho, 2012). Existem dois tipos de armazenamento de energia, o térmico e o termoquímico como podemos ver na Figura 5 (Sharma et. al, 2009). No que diz respeito ao armagenamento de energia térmico este pode ser na forma de calor sensivel ou calor latente. No primeiro caso a energia térmica é guardada através do aumento da temperatura de um sólido ou líquido. Estes sistemas utilizam a capacidade calorífica e a alteração na temperatura do material durante o processo de carga e descarga. O calor especifico do meio, a temperatura e a quantidade de material de armazenamento são factores que influênciam o calor de armazenamento. Este tipo de sistemas de armazenamento de calor são baseados no calor absorvido ou libertado quando um material de armazenamento sofre mudança de fase do estado sólido para o estado líquido ou do estado líquido para o estado gasoso (Mendes et. al, 2010). Os sistemas de armazenamento termoquímico fundamentam-se na energia absorvida e libertada na quebra e formação de ligações moleculares numa reação química reversível. O calor de armazenamento depende do material de armazenamento, do grau de conversação da reação e do calor de reação (Mendes et al., 2010). Figura 5 - Armazenamento de calor (Mendes et al., 2010) 7

24 2.1.4 Tipos de PCM s Os materiais de mudança de fase podem ser classificados em dois grandes grupos: orgânicos e inorgânicos, que por sua vez se dividem em subgrupos, como se pode verificar na Figura 6 (Mendes et al., 2010). Figura 6 - Classificação de materiais de mudança de fase (Mendes et al., 2010) Começando pelos materiais de mudança de fase orgânicos, os mais estudados até à data são as parafinas, que apresentam longas cadeias lineares constituídas por carbono e hidrogénio, verificando-se que o aumento do ponto de fusão e do calor latente de fusão é influenciado pelo comprimento da cadeia de carbonos. As parafinas são compostos não tóxicos nem corrosivos, quimicamente inertes, estáveis abaixo de 500ºC, que possuem um intervalo de temperaturas de mudança de fase de 0-130ºC com entalpias de fusão num intervalo de Mj/m3, que apresentam pequena variação de volume na fusão e baixa pressão de vapor (Silva, 2009) (Baetens et. al, 2010) (Sharma et al., 2009) (Zalba, B., 2003) (L. Huang et al., 2009). 8

25 Uma forma de obter determinadas gamas de temperatura de transição passa pela mistura de diferentes parafinas (Silva, 2009). O quadro 2 ilustra as propriedades físicas de algumas substâncias orgânicas com potencial de utilização como PCM. Quadro 2 - Propriedades físicas de algumas substâncias orgânicas com potencial utilização como PCM s (Wolfgang Streicher et al., 2005) Composto Intervalo de Fusão (ºC) Calor de Fusão (kj/kg) Condutividade Térmica (W/m.K) Densidade (kg/l) Parafinas C13- C24 Parafinas C20- C33 Parafinas C22- C45 Parafinas C21- C ,21 (sólido) ,21 (sólido) ,21 (sólido) ,21 (sólido) 0,760 (líquido, 25ºC) 0,900 (sólido, 20ºC) 0,769 (llíquido, 70ºC) 0,912 (sólido, 20ºC) 0,795 (líquido, 70ºC) 0,920 (sólido, 20ºC) 0,830 (líquido, 70ºC) 0,930 (sólido, 20ºC) Poliglicol E ,189 (liquido, 38,6ºC) 0,187 (liquido, 67ºC) 1,126 (líquido, 25ºC) 1,232 (sólido, 4ºC) Poliglicol E n.d. 1,085 (liquido, 70ºC) 9

26 Ácido Cáprico ,149 (liquido, 38,6ºC) 1,212 (sólido, 25ºC) 0,901 (liquido, 30ºC) 0,981 (sólido, 13ºC) 34% Ác. 0,888 (líquido, Mirístico + 66% Ác ,164 (liquido, 39,1ºC) 25ºC) 0,1018 (sólido, Cáprico 1ºC) Ácido Miristico n.d. Ácido Esteárico ,172 (líquido, 70ºC) 0,861 (liquido, 55ºC) 0,990 (sólido, 24ºC) 0,848 (líquido, 70ºC) 0,965 (sólido, 24ºC) Notas: % em peso; n.d: informação não disponível. Para além deste composto, existem outros materiais de mudança de fase orgânicos não parafínicos, sendo eles os ésteres, ácidos gordos, álcoois, glicóis entre outros. Os ácidos gordos, por exemplo, têm elevados calores de fusão em comparação com as parafinas, apresentam reprodutibilidade na fusão e solidificação e arrefecem sem sofrerem sobrearrefecimento. O ponto negativo da sua utilização é o seu custo, cerca de 2 a 2,5 vezes superior ao das parafinas de grau técnico (W Streicher et al., 2008) (L. Huang et al., 2009). A inflamabilidade, a produção de fumos perigosos durante o seu processo de combustão, possibilidade de ocorrência de oxidação térmica ao longo do tempo e um aumento do seu volume são desvantagens dos materiais de mudança de fase orgânicos. Estas desvantagens podem ser ultrapassadas através de uma correta seleção e modificação dos materiais (Silva, 2009) (Cardoso, 2006). 10

27 Em relação aos materiais de mudança de fase inorgânicos pode dizer-se que os sais hidratados são a classe mais importante. Os sais podem ter três tipos de comportamento na fusão: congruente, semi-congruente e incongruente (Mendes et al., 2010). Se se comparar com os PCM s orgânicos, os PCM s inorgânicos apresentam elevadas entalpias de transição, não são inflamáveis, são economicamente mais viáveis e têm uma fácil acessibilidade. No entanto, possuem desvantagens, são suscetíveis à decomposição, são corrosivos, existe possibilidade de apresentar subarrefecimento, o que afeta as suas propriedades de transição. Nos sais hidratados é difícil manter a alta densidade de armazenamento durante o ciclo pois estes derretem formando assim sais com valores de densidade de armazenamento mais baixos, este processo é irreversível e torna a capacidade de armazenamento menor.(baetens et al., 2010) (Zalba, B., 2003). Por fim, os eutécticos são combinações de dois ou mais compostos de natureza orgânica, inorgânica ou ambas, alcançando-se assim um material de mudança de fase com características melhoradas, conseguindo temperaturas de transição aproximadas às necessárias. Estes materiais de mudança de fase têm um comportamento semelhante aos sais hidratados, sendo a sua principal desvantagem o seu custo (Baetens et al., 2010) (Silva, 2009) (Zalba, B., 2003). O quadro 3 mostra as características dos PCM s eutécticos, orgânicos e inorgânicos com potencial para utilização como PCM s. Quadro 3 - Eutéticos orgânicos e inorgânicos com potencial utilização como PCM s (Mendes et al., 2010) Eutéticos Compostos Temp. de Fusão (ºC) Calor de Fusão (kj/kg) Condutividade Térmica (W/m.K) Orgânicos 37,5% Ureia + 63,5% Acetamida 67,1 % Naftaleno + 32,9% ácido Benzóico 53 n.d. n.d ,136 (líquido, 78,5ºC) 0,282 (sólido, 38ºC) 11

28 Inorgânicos 51-55% Cu(NO3)3.6H2O % LiNO3.3H2O 45-52% LiNO3.3H2O % Zn(NO3)3.6H2O n.d n.d. Notas: n.d: informação não disponível Problemas associados aos PCM s Um dos problemas associados ao uso de PCM s é o sobrearrefecimento do PCM que ocorre quando não há uma solidificação homogénea na transição de estado líquido para sólido. A solidificação de alguns constituintes não ocorre a uma temperatura precisa, mas numa gama abaixo do ponto de fusão, este atraso pode fazer com que os materiais nunca cheguem a libertar todo o calor que armazenaram. Este fenómeno é mais comum nos sais hidratados, PCM s inorgânicos (Farid et. al, 2004) (Cabeza et. al, 2011). Outro problema encontrado é corrente nos PCM s orgânicos, estes são naturalmente mais suscetíveis ao risco de inflamabilidade, pois as ceras de parafina entram facilmente em combustão, podendo restringir a sua utilização em certas aplicações. De forma a minimizar esta desvantagem é eficaz o adequado encapsulamento da parafina num invólucro inorgânico. (Vieira, 2012). Como terceira desvantagem a apresentar tem-se a separação de fases que origina que a elevada densidade de armazenamento de calor inicial seja difícil de manter após vários ciclos. O PCM, ao ser constituído por diferentes materiais (água e sal ou dois tipos de sais) e sendo a temperatura de solidificação de cada material distinta, origina este tipo de fenómeno. Isto acontece porque a matriz do PCM não solidifica homogeneamente e não volta a ter as mesmas características iniciais, gerando irreversibilidade parcial do processo e o fenómeno de sobrearrefecimento antes descrito. Um aumento de viscosidade pode ser um caminho para 12

29 contornar este fenómeno. Este fenómeno é mais frequente em PCM s inorgânicos (Farid et al., 2004). Por fim, o custo, sendo que este é elevado e pode levar a que haja um uso diminuto de PCM s na construção (Vieira, 2012) Métodos de análise/medição do comportamento dos PCM s São conhecidas duas técnicas para determinar as propriedades térmicas dos PCM s, sendo elas, a calorimetria diferencial de varrimento (DSC) e análise térmica diferencial (DTA) (P. Soares, 2014). O DSC mede a quantidade de calor absorvida ou libertada por um corpo sujeito a uma mudança de temperatura (transferência de calor por condução). A diferença entre o valor de calor necessário para aumentar a temperatura de duas amostras diferentes em condições idênticas, uma amostra do material em análise e uma amostra de referência com propriedades conhecidas, é medida como uma função da temperatura (N. Soares et. al, 2013). A reação térmica da amostra é caracterizada por comparação com a reação térmica da amostra de referência. A análise DSC é habitualmente utilizada para avaliar características térmicas de PCM s, bem como compósitos com materiais de construção (N. Soares et al., 2013). Segundo Sittisart e Farid (Sittisart & Farid, 2011) os resultados de DSC demonstram que a adição de retardadores de fogo num PCM de forma estável (para reduzir a sua inflamabilidade) teve pouco efeito sobre o valor de calor latente e não altera as suas propriedades térmicas de forma significativa. As principais limitações do DSC são: a) A convecção na amostra, a não uniformidade de temperatura na amostra e o tempo necessário para aquecer ou arrefecer a amostra (inércia) são alguns fenómenos de transferência de calor que são omissos nesta análise; b) As quantidades de amostras analisadas são pequenas, embora a capacidade de calor equivalente calculada utilizando as curvas de DSC, é influenciada pela taxa de massa da amostra e aquecimento; 13

30 c) A instrumentação de análise é complexa, cara e a mudança de fase não pode ser observada visualmente. Em conclusão, a taxa de aquecimento é um parâmetro sensível nas medições de DSC. A DTA é a alternativa aos testes de DSC, onde o calor aplicado é o mesmo para as duas amostras (amostra a caracterizar e amostra de referência). No método DSC a energia é utilizada para manter a amostra e a amostra de referência à mesma temperatura, enquanto a DTA mede a diferença de temperatura entre a amostra e a amostra de referência quando ambas são sujeitas ao mesmo calor (N. Soares et al., 2013). Por fim, existe o método T-History que foi proposto por Zhang e Jiang (Y. Zhang & Jiang, 1999), é um método simples para determinar o ponto de fusão, calor de fusão, calor específico e condutividade térmica de PCM s. As curvas de temperatura tempo das amostras de PCM são desenhadas e as suas propriedades termofísicas são obtidas através da comparação das curvas de temperatura tempo da curva de outro material conhecido, geralmente água pura. Ao comparar o método T-History com os métodos convencionais DSC e DTA verificamos o seguinte: a. Método projetado para testar grandes amostras; b. Unidade experimental simples; c. Capacidade de medir várias propriedades termofísicas de várias amostras de PCM simultaneamente; d. Permite observar o processo de mudança de fase de cada uma das amostras. 2.2 Materiais de Mudança de Fase na Engenharia Civil A energia térmica pode ser transmitida por radiação e por convecção, e a exploração do PCM na construção está associada a este tipo de energia, pois existe o objetivo de melhorar o funcionamento térmico dos edifícios sem recorrer a energias não renováveis. O fenómeno de radiação é estudado através da incorporação de PCM em paredes, tetos e pavimentos na forma passiva, e na forma ativa, funcionando como sistema híbrido conjugando com o sistema de ventilação natural. No fenómeno de convecção o PCM é estudado através da transferência em 14

31 sistemas de ventilação e ar condicionado, onde se faz passar uma corrente de ar quente ou frio no seio do PCM ou em contacto direto com uma suspensão de PCM (Martins, 2012). Os materiais de mudança de fase podem ser utilizados na construção de diversas maneiras passando por, incorporação na estrutura de betão armado, recobrimento de tubagens de aquecimento colocadas no pavimento, em sistemas de aquecimento solar, em materiais de construção (telhas, blocos, ) e em rebocos (Aguiar & Monteiro 2004). No entanto, na utilização de PCM s em argamassas, ao aumentar o seu teor as argamassas perdem resistências mecânicas, origina diminuição de resistência à flexão e diminuição de resistência à compressão (Aguiar & Monteiro, 2004). Esta diminuição encontra-se relacionada com a presença de uma maior dosagem de água na amassadura quando são adicionados PCM s, a evaporação da água origina maiores índices de porosidade, que por sua vez fragilizam a resistência das argamassas. Uma forma de contornar este problema será diminuir a porosidade da mistura. A quantidade de materiais de mudança de fase a incorporar nas argamassas deve ser estudada pois uma pequena quantidade pode não ser suficiente para lhe conferir as propriedades térmicas necessárias, uma grande quantidade diminui consideravelmente as resistências mecânicas da argamassa pois a resistência mecânica é muito inferior a resistência dos outros componentes. Outro efeito desfavorável é o facto dos PCM s não apresentam boa aderência às pastas ligantes das argamassas (Aguiar & Monteiro, 2004). No que diz respeito à funcionalidade dos PCM s, no inverno estes armazenam calor quando a temperatura ultrapassa a sua temperatura de fusão passando para o estado líquido, quando a temperatura desce o calor armazenado é libertado e o PCM solidifica. No verão, durante o dia, quando a temperatura sobe, há a fusão do PCM, retirando calor do ambiente, durante a noite, quando a temperatura desce o PCM liberta o calor retido até solidificar. A existência de ventilação natural poderá aumentar o efeito regularizador dos PCM s (Aguiar & Monteiro, 2004). Na Figura 7 são apresentadas várias zonas de aplicação de PCM s para ajudar a controlar a temperatura nos edifícios. 15

32 Figura 7 - Localização da aplicação e função dos PCM s em edificios (Silva, 2009) (Y. Zhang, Zhou, Lin, Zhang, & Di, 2007) 2.3 Conclusões retiradas de estudos analisados Potencialidades do uso de PCM em edifícios residenciais em Portugal Através da análise deste trabalho foi possível reter que estudos mostram que os materiais de mudança de fase têm um efeito positivo sobre a estabilização da temperatura ambiente e economia de energia (Mustaparta et. al, 2013). Em casas em que não existem sistemas de climatização, os PCM s aumentam a temperatura média e reduzem as grandes oscilações térmicas. Os resultados mostram aumentos de 5 º C na temperatura média ambiente (Mustaparta et al., 2013). Em casas onde existem sistemas de climatização os materiais de mudança de fase ajudam a reduzir os picos de carga e diminuir o consumo de energia no aquecimento e refrigeração. Os resultados mostram uma diminuição no consumo de energia (sal hidratado 22,9%, parafina 6,4%). No entanto, os PCM s não podem funcionar durante os períodos frios se o ponto de fusão não é atingido, principalmente em casas sem sistema de aquecimento (Mustaparta et al., 2013). 16

33 2.3.2 Argamassas com incorporação de PCM s a) Argamassas incorporando microcápsulas de materiais de mudança de fase (PCM), o seu processo de obtenção e sua utilização no revestimento interior de sistemas construtivos Num estudo feito com argamassas para utilização em sistemas construtivos com maior eficácia de isolamento através da inclusão de PCM s apenas nas camadas que compõem o revestimento interior, foi possível retirar algumas conclusões importantes. No revestimento das paredes e tetos de um edifício são aplicadas várias camadas de argamassas com diferentes composições. Ao serem utilizados PCM s apenas na camada de acabamento, estes ficam em contacto direto com o interior do edifício, isto leva a que o custo do sistema de revestimento interior não seja tão caro como aconteceria se todas as camadas de argamassa levassem PCM s na sua composição. Por outro lado, é na camada de acabamento que o PCM pode ser termicamente mais eficaz. Um PCM com mudanças de fase sólido/líquido (amolecimento) e líquido/sólido (cristalização) próximo dos 20ºC, permite a manutenção de uma temperatura interior próxima deste valor, com um consumo de energia inferior ao que se obtém com os sistemas de revestimento interior atuais (Aguiar et. al, 2007). As microcápsulas de PCM ao estarem na camada em contacto com o meio ambiente permitirá que o material trabalhe com mais facilidade do que se estiver misturado no interior de outro material. Por outro lado, a inclusão de microcápsulas de PCM numa camada de acabamento não alterará a resistência do suporte estrutural (Aguiar et al., 2007). b) Argamassas Térmicas Sustentáveis: O Contributo dos Materiais de Mudança de Fase Este estudo teve como objetivo o desenvolvimento de uma argamassa mista de cal aérea e gesso, com a incorporação de PCM. O estudo incidiu no objetivo de possuir um compromisso entre a trabalhabilidade, resistência mecânica e aparência estética (Cunha et. al, 2012). Os materiais usados para esta investigação foram microcápsulas de PCM constituídas por uma parede em polimetilmetacrilato e um núcleo em parafina, temperatura de transição de 23ºC 17

34 entalpia de 110kJ/kg, superplastificante com densidade de 1.05g/cm3e areia com tamanho de partícula médio de 439,9 μm (Cunha et al., 2012). Desta investigação pode retirar-se como conclusões que em termos de trabalhabilidade é necessário um aumento da quantidade de água adicionada às argamassas, com o aumento da percentagem de PCM e que um aumento de 10% de materiais de mudança de fase corresponde a um aumento de cerca de 52% da quantidade de água. No que diz respeito a resistências mecânicas é possível verificar que existe uma melhoria das resistências mecânicas com a introdução de uma maior quantidade de PCM e que a percentagem ótima de PCM a adicionar na argamassa é de 20% e que o valor obtido para uma percentagem de incorporação de PCM de 30%, é superior ao apresentado pelas argamassas sem incorporação de PCM (Cunha et al., 2012). Em termos de análise de retração foi possível concluir que existe um aumento no valor da retração com a incorporação de microcápsulas de PCM, a adição de gesso e fibras de nylon, resulta numa diminuição da retração nas primeiras 24 horas e a introdução de 20% de PCM, provocou um aumento na retração de cerca de 4 vezes, comparativamente com a argamassa de referência. O comportamento em compressão e flexão, permite observar um melhor desempenho, para percentagens de incorporação de PCM entre 15% e 20% e é possível concluir que a argamassa com incorporação de 60% de cal aérea, 40% de gesso e 20% de PCM, mostrou um equilíbrio entre as suas características mecânicas e retração (Cunha et al., 2012). c) Funcionalização de argamassas para controlo das condições ambiente Este trabalho diz respeito ao desenvolvimento de argamassas funcionais onde foi utilizada uma argamassa padrão de revestimento à qual foi adicionada poliacrilato de sódio, dióxido de titânio (TiO2) e um material de mudança de fase (PCM). A adição de um ou mais aditivos na argamassa padrões, realizando as várias combinações, foram realizados ensaios de caracterização de propriedade, de produto endurecido, mecânicos, densidade aparente, permeabilidade, etc (Vieira, 2012). Através deste estudo foi possível retirar como conclusões que no estado fresco, a adição de adjuvantes requer um acréscimo de água de amassadura para se obter a trabalhabilidade 18

35 necessária, sendo que, a adição de PCM influencia negativamente esta desvantagem (Vieira, 2012). Argamassas com adição de materiais de mudança de fase apresentam valores de viscosidade plástica e de tensão de escoamento mais elevados que as restantes misturas, apesar da superior quantidade de água e amassadura. O valor do coeficiente de capilaridade é influenciado pela quantidade e tamanho dos poros e o seu grau de interligação. As amostras preparadas com a mistura de PCM na argamassa padrão apresentam valores elevados de capilaridade. No entanto, estas amostras exibem inchamento superficial quando entram em contacto com a água, podendo trazer problemas estruturais e estéticos após cura. No ensaio fotocatalítico verificou-se que as amostras que possuíam PCM na sua constituição têm menor capacidade de degradação de poluentes atmosféricos, nomeadamente NOx (Vieira, 2012). Por fim, pode concluir-se que havendo um balanço ponderado de diferentes aditivos consegue-se obter argamassas que apresentam novas (múltiplas) funções, mas por vezes foi comprometido o seu processamento e propriedades básicas, essencialmente, de degradação superficial (Vieira, 2012). d) Argamassas Sustentáveis de Baixa Retração Foram estudadas argamassas onde houve variação da percentagem de PCM, 10%, 20% e 30%, nas composições em que as argamassas fissuraram introduziu-se gesso e fibras. Foram efetuados ensaios para ajuda na compreensão da influência dos materiais nomeadamente no que diz respeito à retração, componente que se pretende controlar (Martins, 2012). Em termos de conclusões retiradas do trabalho elaborado tem-se que o PCM não facilita o controlo da retração, pelo que foi necessário preparar argamassas com adição de gesso e fibras para controlar o problema a fissuração fazendo com que este fosse atenuado. Com adição das fibras na argamassa conseguiu-se baixar um pouco o valor de retração, uma vez que estas diminuem as deformações no interior da argamassa. Em todas as composições ensaiadas, foi nas primeiras 24 horas que a retração teve uma maior variação, a partir do 3º, 4º dia este valor tenderia a manter-se constante até ao 7º dia em que era realizada a desmoldagem e mantendose o registo do comportamento da retração até aos 28 dias. Para o ensaio de retração, a 19

36 argamassa com incorporação 20% de PCM, 40% de Gesso e 60% de Cal, mostrou valores de baixa retração (Martins, 2012). Através da introdução das fibras de poliamida e gesso conseguiu-se baixas o valor da retração nas primeiras horas, quando a argamassa não possui resistência mecânica para absorver os esforços originados durante este processo, causando a fendilhação nesta fase (Martins, 2012). Através da análise deste trabalho foi possível concluir também que, através dos resultados dos ensaios de perda de massa, as argamassas sem incorporação de PCM são as que têm maior perda de massa e em menos tempo. As argamassas com 10% e 20% têm um valor de perda de massa inferior aos das respectivas argamassas de referência em cada série. As argamassas com 30 % de PCM apresentaram os valores mais elevados de perda de massa (Martins, 2012). e) Valorização térmica de argamassa de reboco com Phase Change Materials: Abordagem experimental e numérica Os objetivos deste trabalho passam pela caracterização de um novo material de construção compósito com incorporação de microcápsulas de PCM em argamassa de reboco. O estudo foi feito com base em duas células para testes em pequena escala: uma com recurso a argamassa convencional; e outra com PCM na argamassa de reboco. Ambas foram monitorizadas quando submetidas a ciclos de temperaturas realistas, com altas variações de temperatura, a fim de avaliar o efeito de incorporação do PCM (Sá et al., 2012). Daqui é possível concluir que a argamassa reforçada termicamente foi alcançada com 25% de PCM na fração de massa, como características térmicas da argamassa desenvolvida temos: entalpia de 25 kj / kg, numa gama de fusão de 23ºC a 25ºC; e condutividade térmica de 0,3 W / mºc, e por fim concluiu-se que a melhor solução para alcançar o conforto térmico com PCM depende dos ciclos térmicos ambientais, e que as soluções de compromisso devem ser adaptadas para ter um desempenho quase ideal durante todo o período do ano possível mais prolongado (Sá et al., 2012). 20

37 2.4 Placas de Gesso Cartonado com PCM s Definição As placas de gesso cartonado são um material cada vez mais utilizado na construção civil na execução de divisórias interiores e no revestimento e isolamento de paredes e tetos. A sua utilização ajuda a criar um ambiente saudável e com maior conforto térmico e acústico contribuindo para uma finalização perfeita sem fissuras ou deformações. Este material é eficaz e versátil pois permite a alteração e modulação interior adequando-os à arquitetura desejada. O seu sistema de construção a seco é um método rápido, limpo, económico e ambientalmente sustentável. São a solução ideal para a nova construção e reabilitação de espaços existentes (Gyptec, 2014). As placas de gesso laminado ou placas de gesso cartonado são resistentes ao fogo, ao impacto e são isentas de substâncias nocivas. Promovem um maior conforto térmico e acústico e possibilitam várias hipóteses de acabamento proporcionando uma finalização sem fissuras ou deformações. São um material eficiente e económico e promovem uma boa eficiência energética na medida em que reduzem as necessidades energéticas de aquecimento e arrefecimento dos edifícios, reduzindo consumos e custos de energia. Por fim, são um material eficaz e versátil pois permite alterar a modulação interior. O sistema de construção a seco é rápido, limpo, económico e sustentável ao nível ambiental (Gyptec, 2013). As placas de gesso cartonado podem ser aplicadas de várias formas consoante o objetivo da sua aplicação ou, em caso de reabilitação, consoante o existente. Um dos métodos é o revestimento de parede direto com transformados, que passa por após executado o corte das placas com as medidas necessárias, aplica-se punhados de pasta de adesão onde as placas serão fixadas de seguida. Se se optar por revestimento de parede semidirecto (Figura 8) haverá a necessidade de utilizar calhas que serão fixadas à parede e posteriormente serão aparafusadas nessas mesmas calhas as placas de gesso cartonado (URALITA, 2008). 21

38 Figura 8 - Revestimento de parede semidirecto (URALITA, 2008) No caso de revestimento de parede autoportante (Figura 9) o primeiro passo será instalar canais superiores e inferiores onde serão aparafusados montantes verticais. As placas de gesso cartonado serão aparafusadas a esses montantes constituindo assim o revestimento da parede (URALITA, 2008). Figura 9 - Revestimento de parede autoportante (URALITA, 2008) Para a execução de divisórias são necessários canais superiores e inferiores onde serão aparafusados os montantes verticais. As placas são aparafusadas aos montantes. Neste caso serão utilizadas placas de gesso cartonado em ambas as faces da estrutura (URALITA, 2008). Na Figura 10 é ilustrada a parede divisória em placas de gesso cartonado. 22

39 Figura 10 - Parede divisória em placas de gesso cartonado (URALITA, 2008) Por fim para a execução de tetos existe a aplicação através de quadrícula (Figura 11), teto suspenso com forquilha (Figura 12), e teto suspenso (Figura 13). Na execução de teto em quadrícula, será necessário definir uma linha de nível nas paredes para que sirva de referência, de seguida serão implantados os perfis primários. Serão colocados varões roscados para que assim se possa fixar toda a estrutura suspensa. Procede-se à colocação de perfis secundários para que assim se possam formar as quadrículas para posterior aplicação das placas devidamente cortadas (URALITA, 2008). Figura 11 - Teto falso em quadrícula (URALITA, 2008) 23

40 Para o teto suspenso com forquilha, após a marcação da linha de nível nas paredes serão colocados ao longo dessa linha perfis de perímetro. Após esta etapa serão colocados os restantes suportes. Após terminada a estrutura poderá proceder-se ao aparafusamento das placas. Por fim no teto suspenso serão utilizados perfis ao longo da parede, onde serão fixos perfis perpendiculares a estes com ajuda de varões roscados. Após a estrutura completa pode aparafusar-se as placas de gesso cartonado (URALITA, 2008). Figura 12 - Teto suspenso com forquilha (URALITA, 2008) Figura 13 - Teto suspenso (URALITA, 2008) Em todas as situações referidas anteriormente é possível a colocação de isolamento. É de salientar que são necessárias algumas particularidades em pontos-chave como por exemplo, portas, janelas, cantos, remates, etc. 24

41 2.4.2 Aplicações de placas de gesso cartonado com incorporação de PCM s A envolvente vertical dos edifícios é um dos elementos construtivos preferenciais para estudo das potencialidades dos materiais de mudança de fase, em que uma das formas é a sua incorporação em placas de gesso cartonado e revestimentos à base de gesso (Nunes, 2011). Os painéis de gesso cartonado comuns podem ser substituídos por painéis de gesso cartonado com incorporação de PCM s durante a nova construção ou durante a reabilitação de um edifício existente, isto aumenta as áreas de armazenamento térmico para aquecimento/arrefecimento solar passivo, permitindo a diminuição da utilização de equipamento mecânico de climatização (Tyagi & Buddhi, 2007). Athienitis et al analisaram o comportamento de uma célula de teste constituída por painéis de gesso cartonado com incorporação de PCM (25% em massa e temperatura de transição entre 17-21ºC), sujeitos a temperaturas exteriores de inverno. A temperatura interior da célula foi mantida a 23ºC durante o dia e a 16ºC durante a noite. Verificou-se uma redução na temperatura máxima de 4ºC na célula de teste com incorporação de PCM s, ou seja permite reduzir 15% o consumo de energia para aquecimento (Athienitis et. al, 1997). Darkwa et al investigaram o comportamento de duas soluções diferentes incorporando materiais de mudança de fase. Foram comparados painéis de gesso cartonado, com 12 mm de espessura, com incorporação de PCM s, com placas de gesso cartonado simples, com 10 mm de espessura, revestidas por lâminas de PCM com 2 mm, perfazendo assim os 12mm. A percentagem de materiais de mudança de fase incorporados foi de 17% nas duas soluções. As conclusões retiradas foram que a utilização de PCM laminado é mais eficiente no que diz respeito à utilização da energia latente, esta solução contribuiu para um aumento de 17% da temperatura interior mínima (Darkwa et.al, 2006). Chen et al estudaram a aplicação de material de mudança de fase incorporado em painéis de gesso cartonado numa parede orientada a norte (Chen et. al, 2008). A aplicação de PCM s adequada à superfície interna da parede de teste não só pode melhorar o conforto térmico interior como também aumentar a taxa de utilização da radiação solar, o que faz com que o consumo de energia para aquecimento seja reduzida. A temperatura 25

42 máxima atingida durante o dia foi de 25.5ºC no lado de referência e de 24ºC no lado do PCM (Chen et al., 2008). No inverno, com a utilização de painéis com 30mm de espessura e materiais de mudança de fase com temperatura de transição de 23ºC, manifestou uma poupança energética de 17% com base numa temperatura de conforto de 20ºC (Chen et al., 2008). Kalousck e Hirs desenvolveram um caso de estudo, onde comparam o conforto térmico simulado em duas salas no sótão de uma casa durante o verão. A primeira sala contem gesso convencional e a segunda com painéis com incorporação de materiais de mudança de fase com ponto de fusão de 29 C, com uma aplicação a 70% PCM e 30% em gesso. Conclui-se deste estudo que o painel com PCM poderia manter o conforto térmico de verão, onde se verificou que a temperatura da superfície diminuiu 3,5 e a temperatura do ar no interior da sala diminuiu 2,5 C (Kalousk M, 2003). Oliver et al examinaram a conformidade da inclusão de materiais de mudança de fase em painéis de gesso para aumentar a sua capacidade de armazenamento de energia térmica. Foram incluídas no estudo as influências de diferentes parâmetros e variáveis do sistema (temperatura ambiente, velocidade do ar, exposição de materiais de mudança de fase e localização no edifício), por forma a estabelecer um sistema de armazenamento de calor latente que, em conjunto com estratégias passivas (ganhos solares, ventilação natural), fosse capaz de reduzir o consumo de energia em edifícios. Deste trabalho foi possível concluir que um painel de gesso com 1,5 cm de espessura, com incorporação 44,5% do seu peso em PCM, é capaz de aumentar a capacidade de armazenamento térmico em cinco vezes comparando com um painel de gesso atual com a mesma espessura, ou uma parede de tijolo com 11,5 cm de espessura na faixa de conforto (20-30 C), mantendo as propriedades mecânicas e físicas necessárias (Oliver et. al, 2010). Schossig et al estudaram a incorporação de microcápsulas de PCM em pastas de gesso. O trabalho foi baseado em duas células de teste, cujas paredes foram revestidas internamente com gesso projetado, com e sem PCM. Durante o decorrer da experiência, foram testadas duas soluções: um revestimento com 6 mm de espessura, incorporando 40% de PCM, e um outro, com 15 mm de espessura incorporando 20% de PCM; em que o material de mudança de fase utilizado apresentava uma gama de temperaturas de transição entre os C. 26

43 Como conclusões temos que, o revestimento de 6 mm apresentou uma temperatura interior máxima, na célula com PCM, de cerca de 4 C mais baixa, sendo esta atingida com um desfasamento de 1 hora mais tarde. Com utilização de estores interiores, as diferenças registadas foram de apenas 2 C. Foi também possível verificar que durante um período de três semanas, apenas se registaram temperaturas superiores a 28 C durante cerca de 5 horas na célula com PCM, em detrimento das cerca de 50 horas na célula de referência (Schossig et. al, 2005). Figura 14 - Comparação dos resultados de temperaturas obtidas para uma solução com e sem incorporação de PCM (Schossig et al., 2005) 2.5 Tintas como Material de Revestimento Estes tipos de revestimentos são utilizados como revestimentos de acabamento com o objetivo de proporcionar às paredes um aspeto agradável e conforto visual, constituindo assim um dos materiais mais utilizados na construção civil. As tintas são compostas por duas fases: extrato seco e um veículo volátil. Cada uma destas fases é composta por diferentes componentes, que interagem física e quimicamente entre si, conferindo à tinta as propriedades necessárias para um bom desempenho (Marques, 2013). A parte sólida das tintas são as resinas, os pigmentos e os aditivos, o veículo volátil é o componente líquido formado por solventes e diluentes que se evaporam durante a secagem e cura (Marques, 2013). 27

44 Todas as tintas depois de aplicadas podem formar uma película dura e impenetrável, uma película porosa e dura ou então uma mistura das duas. Através destas combinações é possível criar tintas com determinadas características (Marques, 2013). Existem vários tipos de tintas que podem ser usadas em revestimentos. Existem tintas com elevado teor em sólidos, estas são evoluções das formulações tradicionais, possuem formulações líquidas semelhantes às tradicionais mas as resinas utilizadas são modificadas para produzir uma tinta com elevada concentração de sólidos e baixo teor em compostos orgânicos voláteis (Marques, 2013). As tintas em pó foram usadas na década de 1950 para pintar canalizações por forma a prevenir a corrosão e para isolamento de partes elétricas de motores. Os constituintes do pó são idênticos à tinta molhada com resinas, pigmentos e aditivos, mas falta um solvente. O pó utilizado é geralmente vinil ou epóxi e mais focado na funcionalidade do que nas qualidades decorativas (Marques, 2013). Por fim, as tintas curadas pela luz UV requerem radiação eletromagnética para iniciar reticulação da resina. Podem ser 100% líquidos reativos, eliminando a utilização de solventes e, ao reduzir o desperdício de tinta, conseguem atingir perto de 100% de eficiência. A sua utilização é direcionada para vários materiais, incluindo madeira, plástico, papel e metal e podem ser aplicadas usando os métodos tradicionais de pulverização, embora o rolo de pintura seja usado frequentemente (Marques, 2013). A diversidade de produtos de pintura existentes no mercado, com distintas aplicações e com variadas características, permite obter produtos adaptáveis a cada situação. Quando se pretende especificar um determinado produto de pintura recorre-se usualmente a um dos tipos de classificação usuais que têm em consideração: a natureza do solvente, a natureza do ligante ou o fim a que se destinam (Marques, 2013). 28

45 CAPÍTULO III MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais utilizados Material de Mudança de Fase O PCM para incorporação na tinta é fornecido pela empresa Microtek, com nome comercial para este produto de MPCM 24; o tamanho médio das partículas de 18.3μm, apresentando uma entalpia de J/g e uma temperatura de transformação de fase de cerca de 23.3ºC. A Figura 15 ilustra o aspeto deste material. Figura 15 - Material de mudança de fase utilizado Tinta A tinta utilizada no decorrer da investigação é da marca SOTINCO produto EDIPLÁS (figura 16). Esta tinta é aquosa de cor branca com boa aplicabilidade e opacidade, é utilizada na pintura de superfícies interiores e exteriores quando o pretendido é um acabamento rápido e económico. O seu tempo de secagem (a 20ºC e 60ºC de humidade relativa) é cerca de 30 minutos na pintura superficial e cerca de 4 horas da repintura. Este produto contém no máximo 1 g/l COV (compostos orgânicos voláteis), sendo o valor limite da União Europeia para este produto (cat. A/a) de 30 g/l. O rendimento é variável conforme o tipo e estado do suporte, bem como das condições e tipo de aplicação. O valor orientativo é de 9 a 12 m 2 /L, por demão. 29

46 Esta tinta contém aditivos contra fungos e bolores, para a proteção da película seca, mas nos lugares fortemente propícios ao seu desenvolvimento deve acrescentar-se até 5% de aditivo anti fungos. (CIN, 2004) Figura 16 Tinta utilizada (CIN, 2004) Foi escolhida tinta branca porque uma tinta com cor poderia implicar outros estudos que não são objetivo desta dissertação, como a influência dos materiais de mudança de fase na cor da tinta. A tinta é aquosa para que não haja a possibilidade de ocorrência de reações entre os PCM s e os componentes de uma tinta que não tenha como base água (elemento neutro) Gesso Cartonado As placas de gesso cartonado utilizadas para construção do modelo físico e nos provetes ensaiados são as normalmente utilizadas no ramo da construção civil da GYPTEC IBERICA, com 13mm de espessura, compostas por papel em ambas as faces e gesso no interior, denominadas por BA13A com marcação CE. Cada placa tem como dimensões 2000x1200mm. A Figura 17 ilustra as placas de gesso cartonado utilizadas. 30

47 Figura 17 - Placa de gesso cartonado utilizada Cimento Para a produção do pavimento necessário para a construção do modelo de testes um dos materiais utilizados foi o cimento, material ligante. Foi utilizado o cimento Portland de calcário, produzido pela Secil, que se encontra representado na Figura 18, sendo este o cimento mais utilizado para betão pronto ou fabricado em obra de média a elevada resistência, betão pré-esforçado a idades correntes, betões projetados, betões leves e betões de regularização, pré-fabricação pesada com rotatividade normal ou pré-fabricação ligeira de grande rotatividade e reforço e reparação de betão estrutural. Este é designado como CEM II/A-L Classe 42,5R e a sua composição é de 80% a 94% de clínquer Porteland, 6% a 20% de calcário e 0% a 5% de outros componentes. (Secil, 2004) Figura 18 - Cimento Portland (Secil, n.d.) 31

48 Como principais características, este cimento possui uma cor cinzenta, menor calor de hidratação e melhor trabalhabilidade quando comparado com um cimento CEM I da mesma classe de resistência. Tem um desenvolvimento rápido de resistências (resistência inicial elevada) e resistências finais dentro dos valores da classe indicada aos 28 dias de idade (Secil, 2004). No quadro 4 que se segue pode observar-se as características mecânicas associadas a este cimento. Quadro 4 - Características mecânicas do cimento CEM II/A-L Classe 42,5R (Secil, 2004) Resistência à compressão (MPa) Resistência aos primeiros dias Resistência de referência 2 Dias 7 Dias 28 Dias 20-42,5 e 62,5 NP EN Água A quantidade de água necessária para a realização de amassaduras tem um papel bastante importante na qualidade destas, pois a relação entre água ligante irá influenciar as características mecânicas da argamassa efetuada. A água utilizada deve ser isenta de impurezas em quantidades que possam prejudicar as propriedades da argamassa. A água utilizada na amassadura do pavimento executado foi recolhida no Laboratório de Materiais de Construção do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho. Esta provem da rede de águas públicas que abastece a cidade de Guimarães Areia Numa argamassa o único agregado é a areia e alguma alteração na sua qualidade provoca efeitos consideráveis na argamassa final, que pode afetar os resultados desejados. A qualidade depende de alguns fatores como, tamanho médio e forma das partículas, sua distribuição granulométrica e presença de impurezas. Na argamassa a areia tem como intuito reduzir a retração e melhorar a resistência à compressão (Paiva, 2005). 32

49 A areia adicionada à amassadura estava acondicionada no Laboratório de Materiais de Construção Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho e é areia natural do rio e tem uma dimensão de cerca de 0/4mm. 3.2 Métodos de ensaio utilizados Ensaios mecânicos Por forma a caracterizar o pavimento efetuado para o modelo de testes que será descrito no capítulo seguinte (Capitulo 4) foram efetuados três provetes para serem submetidos a ensaios mecânicos, nomeadamente resistência à flexão e resistência à compressão. Os ensaios de resistência à flexão, foram executados numa prensa eletromecânica. Os procedimentos utilizados foram os indicados na norma EN (1999) (Martins, 2012). A resistência à flexão foi determinada do seguinte modo: 1. Marcam-se os provetes com 3cm de cada lado e ao meio 8cm, de forma a que as superfícies que transmitem a carga estabeleçam contacto com as faces de moldagem; 2. Posicionam-se os provetes na prensa para o ensaio à flexão, aplica-se a carga até levar à rotura; 3. Regista-se o valor máximo da força, para a qual o provete atingiu a rotura. A força dada é determinada pelo software da prensa eletromecânica; 4. O procedimento é repetido para os restantes provetes. Antes de cada utilização verificar sempre se a prensa está limpa, para não haver alterações de resultados; 5. No final do ensaio de flexão, guardam-se os provetes para iniciar o ensaio de compressão. Os ensaios de resistência à compressão foram realizados seguinte a norma EN (1999) tal como os ensaios à flexão (Martins, 2012). O procedimento de ensaio é descrito do segundo modo: 1. No final do ensaio de flexão, inicia-se o ensaio de compressão. 2. Os provetes a serem estudados são as duas metades de cada provete que restaram do ensaio de flexão; 33

50 3. Coloca-se o suporte do ensaio de compressão na prensa eletromecânica; 4. Posiciona-se o provete no centro do dispositivo de modo a que a força a ser exercida seja assegurada pela área de contacto das faces de moldagem; 5. Aplica-se a carga no provete até o levar à rotura; 6. É registado o valor da força máxima para o qual o provete atinge a rotura de compressão. A força dada é determinada pelo software da prensa eletromecânica; 7. O procedimento é repetido para os restantes provetes. Antes de cada utilização verificou-se sempre se a prensa estava limpa, para não haver alterações de resultados Ensaios de viscosidade O ensaio efetuado neste trabalho que possibilitou a verificação da viscosidade das diferentes misturas de tinta e PCM s foi através do viscosímetro rotacional de Brookfield (Figura 19). Este ensaio consiste em fazer rodar um objeto cilíndrico (spindle) dentro de uma amostra de tinta e medir progressivamente a força exercida entre a parede deste e a tinta (Torres, 2014). Para este ensaio foi utilizada uma norma interna do Laboratório de Vias de Comunicação do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho. Figura 19 - Viscosimetro de Brookfield 34

51 3.2.3 Alambeta De forma a conseguir-se efetuar uma melhor análise das propriedades térmicas das placas de gesso cartonado revestidas com tinta, foram efetuadas quatro placas de gesso cartonado, três delas revestidas com as três misturas de tinta estudadas e a quarta com tinta sem qualquer tipo de adição. Essas placas foram submetidas a ensaios efetuados na alambeta. Este equipamento avalia, as propriedades térmicas estacionárias (como a resistência e a condutividade) e as propriedades dinâmicas (como a absortividade térmica e a difusividade térmica). Consiste num bloco metálico com a temperatura constante de 32ºC que difere da temperatura da amostra que se encontra a 20ºC. Quando a medida se inicia, a cabeça de medida baixa e toca a superfície plana da amostra a medir que se situa na base do aparelho, sob a cabeça de medição. Neste momento, a temperatura da superfície da amostra muda bruscamente e o aparelho regista a evolução do fluxo de calor. Simultaneamente, é medida a espessura da amostra. Neste equipamento são avaliados as seguintes propriedades: λ (10-3 ) Condutividade térmica (propriedade estacionária ou dinâmica W/mºK): Exprime a quantidade de calor que fluí pelo material, por unidade de comprimentos. a (10-6 ) difusão térmica (m2/s). Descreve a velocidade de propagação da temperatura (calor) no material: impulso térmico. b absortividade térmica (propr. transitória Ws 1/2 /mºk): Representa o fluxo instantâneo que ocorre quando dois corpos semi-finitos, com diferentes temperaturas, entram em contacto físico. Está, diretamente, relacionada com a sensação inicial de contacto inicial, pois corresponderá a uma superfície mais fria). A absortividade térmica exprime as propriedades térmicas dos tecidos em contacto, estando relacionado com parâmetros da estrutura e composição dos tecidos, não abrangendo as condições de medição. R (10-3 ) resistência térmica (prop. estacionária m 2 ºK/W): Exprime a resistência oferecida por um dado material ao fluxo de calor: razão entre a espessura e a condutividade térmica. h (mm) espessura do material. 35

52 36

53 CAPÍTULO IV ANÁLISE DE RESULTADOS Os ensaios realizados para a presente dissertação foram realizados no Laboratório de Materiais de Construção e no Laboratório de Vias de Comunicação da Universidade do Minho. As componentes necessárias à realização dos ensaios e execução de todos os trabalhos necessários foram disponibilizadas. Os ensaios realizados no decorrer da execução desta dissertação serviram de base à verificação da capacidade térmica do material de mudança de fase quando adicionado a uma tinta de revestimento, sendo que foram efetuadas três composições diferentes em que a variável a percentagem de PCM incorporado na tinta. Os principais ensaios efetuados foram ensaios de viscosidade da tinta e ensaios térmicos. 4.1 Planeamento dos ensaios Sendo o objetivo desta dissertação de mestrado analisar a influência dos PCM s no controlo da temperatura interior através da incorporação de PCM s nas tintas de revestimento interior, preconizaram-se vários ensaios a amostras de tinta efetuadas. Assim, as amostras foram submetidas a ensaios de viscosidade através do viscosímetro de Brookflied, analisou-se o tempo de cura e o rendimento da tinta com a adição de materiais de mudança de fase, observou-se ao microscópio as amostras de tinta, submeteram-se placas de gesso cartonado revestidas com as amostras de tinta a ensaios térmicos na alambeta e por fim efetuaram-se modelos de testes para serem monitorizados com termopares. Para os ensaios, foram efetuadas três amostras com 120g de tinta branca aquosa, 18ml de água que equivale a uma percentagem, em peso, de 15%, e 12g, 24g ou 36g de PCM consoante a percentagem de PCM incorporado,10%, 20% ou 30%. A mistura foi efetuada através de uma misturadora mecânica, onde num recipiente foi adicionada a tinta com a água que permaneceu cerca de um minuto com a misturadora ligada, após esse tempo foram adicionados os PCM s. Não houve qualquer controlo da dispersão dos PCM s na tinta pelo que, a verificação da homogeneidade da mistura foi efetuada visualmente. 37

54 4.2 Viscosímetro de Brookfield Um dos ensaios efetuados no decorrer da execução desta dissertação foi a viscosidade da tinta utilizada (viscosímetro representado na Figura 20). O interesse em medir este fator passa pelo facto de que poderá haver alterações na viscosidade da tinta pois, para efetuar as diferentes amostras necessárias, foi adicionado à tinta materiais de mudança de fase e água. Ao adicionar estes dois componentes é de prever que a viscosidade se altere em comparação com a tinta no seu estado de aquisição. Com cada amostra foram executados três ensaios em que a variável foi o tempo de cura e local onde este foi efetuado. O primeiro teste foi realizado logo após a mistura ter sido efetuada, identificado no gráfico como a curva 10%PCM1T, 20%PCM1T e 30%PCM1T para, respetivamente, 10%, 20% e 30% de material de mudança de fase adicionado à tinta. A restante tinta foi guardada em frascos diferentes para cada composição para que fosse possível efetuar os restantes ensaios. Assim sendo, o segundo ensaio foi realizado uma hora após a mistura ter sido feita (10%PCM2T, 20%PCM2Te 30%PCM2T). O terceiro ensaio tem a particularidade de ao mesmo tempo que se retirou a tinta do recipiente para o segundo ensaio, retirou-se também para o terceiro, sendo que a tinta esteve 20 min exposta ao ar antes de ser testada (10%PCM2T_20min, 20%PCM2T_20min e 30%PCM2T_20min). Figura 20 - Viscosímetro durante o ensaio De modo a poder retirar-se algumas conclusões adicionais foram realizados mais dois ensaios sobre tinta utilizada diluída em 15% de água (identificada como Tinta Diluída) e tinta no estado normal (identificada como Tinta). 38

55 VISCOSIDADE (MPA/S) VISCOSIDADE (MPA/S) Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios Encontram-se apresentados os gráficos que demonstram os resultados retirados do viscosímetro após terem sido efetuados os ensaios às várias amostras nas Figuras 21 a Tinta Tinta_Diluida 10%PCM1T 20%PCM1T 30%PCM1T TEMPO (S) Figura 21 - Comparação entre tinta, tinta diluída e tinta com as diferentes % de PCM s com as misturas testadas de imediato após preparação Tinta Tinta_Diluida 10%PCM2T 20%PCM2T 30%PCM2T TEMPO (S) Figura 22 - Comparação entre tinta, tinta diluída e tinta com as diferentes % de PCM s com as misturas testadas 1h após preparação 39

56 VISCOSIDADE(MPA/S) Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios Tinta Tinta_Diluida 10%PCM2T_20min 20%PCM2T_20min 30%PCM2T_20min TEMPO (S) Figura 23 - Comparação entre tinta, tinta diluída e tinta com as diferentes % de PCM s com as misturas testadas 1h após preparação estando 20min exposta ao ar ambiente Note-se que, na Figura 23 o eixo dos xx não inicia em zero pois o ensaio começa 20minutos após o segundo ensaio já ter iniciado. Efetuou-se, também, uma análise aos valores médios de cada curva e uma análise ao comportamento da viscosidade com o passar do tempo para a mesma percentagem de PCM adicionado à tinta, para assim poder perceber se a viscosidade aumenta ou diminui consoante o tempo de ensaio decorre. As Figuras 24 à 27 representam os gráficos efetuados para essa mesma análise. 40

57 VISCOSIDADE (MPA/S) VISCOSIDADE (MPA/S) VISCOSIDADE (MPA/S) Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios Valores Médios da Viscosidade (imediato) Valores Médios da Viscosidade (1h após mistura) Valores Médios da Viscosidade (1h após mistura + 20min exposto) 10000, , , , , , , , , ,00 0, , , , , , , , , , , , , , , ,60 Tinta Tinta Diluida 10%PCM2T_20min 20%PCM2T_20min 30%PCM2T_20min TEMPO (S) Figura 24 - Análise dos valores médios da viscosidade das diferentes composições % PCM_Imediato 10% PCM_1h após mistura 10%_1h após mistura e 20min exposto TEMPO (S) Figura 25 - Viscosidade da tinta com adição de 10% de PCM s ao longo do tempo % PCM_Imediato 20% PCM_1h após mistura 20%_1h após mistura e 20min exposto TEMPO (S) Figura 26 - Viscosidade da tinta com adição de 20% de PCM s ao longo do tempo 41

58 VISCOSIDADE (MPA/S) Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios 30% PCM_Imediato 30% PCM_1h após mistura 30%_1h após mistura e 20min exposto TEMPO (S) Figura 27 - Viscosidade da tinta com adição de 30% de PCM s ao longo do tempo Da análise da primeira figura apresentada pode dizer-se que a viscosidade tende a aumentar consoante aumenta a percentagem de PCM adicionados à tinta, ou seja, a composição com viscosidade mais baixa é a com 10%PCM, seguida da de 20%PCM e a composição com viscosidade mais alta é a de 30%PCM, sendo que, qualquer uma das amostras apresenta viscosidade mais baixa do que a da tinta visto que nas amostras existe também a adição de água. Podemos também concluir que os valores da viscosidade aumentam consoante a altura em que o ensaio é efetuado, assim, o ensaio feito logo após a execução das composições apresenta valores mais baixo do que os valores apresentados pelo ensaio realizado uma hora após a mistura ter sido executada. Mesmo assim, a tinta que esteve 20minutos exposta ao ar livre é a que demostra valores mais altos dos três ensaios efetuados, isto deve-se à cura da tinta enquanto esta se encontra exposta ao ar livre até ser testada no viscosímetro e à possível evaporação de água com o decorrer do tempo. O aumento de viscosidade da tinta com adição de 10% de PCM na amostra ensaiada 1hora após efetuar mistura é cerca de 4,7% quando comparada com a amostra testada logo após ser efetuada a mistura. O facto de a amostra, permanecer 20 minutos exposta ao ar exterior 1 hora após ter sido efetuada, implica um aumento de viscosidade de cerca de 10,2% quando comparada com a amostra testada logo após a mistura ter sido feita. 42

59 VISCOSIDADE (MPA/S) Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios No caso da adição de 20% de PCM na amostra ensaiada 1hora após efetuar mistura a viscosidade aumenta cerca de 3,1% quando comparada com a amostra testada logo após ser efetuada a mistura. O facto de a amostra, permanecer 20 minutos exposta ao ar exterior 1 hora após ter sido efetuada, implica um aumento de viscosidade de cerca de 14,5% quando comparada com a amostra testada logo após a mistura ter sido feita. Por fim, a adição de 30% de PCM na amostra ensaiada 1hora após efetuar mistura demostra um aumento de viscosidade de 6,5% quando comparada com a amostra testada logo após ser efetuada a mistura. O facto de a amostra, permanecer 20 minutos exposta ao ar exterior 1 hora após ter sido efetuada, implica um aumento de viscosidade de cerca de 17,7% quando comparada com a amostra testada logo após a mistura ter sido feita. De forma a efetuar uma análise mais simples das alterações da viscosidade entre as várias misturas e vários tempos de cura durante o processo de ensaio, efetuaram-se gráficos de barras em que o valor da viscosidade que é apresentado nas figuras corresponde aos 2400s, tempo onde a viscosidade tende a estabilizar (Figura 28 à 30). Tinta Tinta Diluida 10%PCM1T 10%PCM2T 10%PCM2T_20min 10000, , , , , , , , , , ,00 0, , , , ,00 Viscosidade aos 2400s TEMPO (S) Figura 28 - Viscosidade aos 2400s da tinta com adição de 10%PCM 43

60 VISCOSIDADE (MPA/S) VISCOSIDADE (MPA/S) Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios Tinta Tinta Diluida 20%PCM1T 20%PCM2T 20%PCM2T_20min 10000, , , , , , , , , , ,00 0, , , ,00 Viscosidade aos 2400s TEMPO (S) 3487,00 Figura 29 - Viscosidade aos 2400s da tinta com adição de 20%PCM Tinta Tinta Diluida 30%PCM1T 30%PCM2T 30%PCM2T_20min 10000, , , , , , , , , , ,00 0, , , ,00 Viscosidade aos 2400s TEMPO (S) 4088,00 Figura 30 - Viscosidade aos 2400s da tinta com adição de 30%PCM Como era de prever, a tinta no seu estado normal, sem qualquer adição, possui maior viscosidade, decaindo bastante quando à tinta é adicionada 15% de água. Pode também 44

61 Viscosidade (MPa) Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios concluir-se que a tinta apresenta maior viscosidade 1 hora após ter sido efetuada a mistura, aumentando mais um pouco quando essa tinta é exposta ao ar exterior 20 minutos antes de ser ensaiada devido à ocorrência ao início do processo de cura da tinta. Como já foi dito a tinta com 30% de PCM é a que possui maior viscosidade. Por fim, estabeleceu-se uma correlação entre a viscosidade e a percentagem de PCM s presentes na tinta Figura 31 à 33 e também uma correlação entre viscosidade e as diferentes alturas do ensaio Figura , ,00 R² = 0, , , , , ,28 Valores médios da viscosidade (imediato) 2200,00 Linear (Valores médios da viscosidade (imediato)) 1700,00 0%PCM 15%AGUA 1775,60 10%PCM 15%AGUA 20%PCM 15%AGUA 30%PCM 15%AGUA Percentagem de água e PCM's presentes na tinta Figura 31 - Correlação entre viscosidade e percentagem de PCM's no ensaio efetuado imediatamente após efetuada a amostra de tinta 45

62 Viscosidade (MPa) Viscosidade (MPa) Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios 4200, ,00 R² = 0, , , , , ,99 Valores médios viscosidade (1h apos) 2200,00 Linear (Valores médios viscosidade (1h apos)) 1700,00 0%PCM 15%AGUA 1775,60 10%PCM 15%AGUA 20%PCM 15%AGUA 30%PCM 15%AGUA Percentagem de água e PCM's presentes na tinta Figura 32 - Correlação entre viscosidade e percentagem de PCM's no ensaio efetuado 1 hora após efetuada a amostra de tinta 4700, ,00 R² = 0, , , , , , , ,78 Valores médios viscosidade (1h apos + 20min) Linear (Valores médios viscosidade (1h apos + 20min)) 1700,00 0%PCM 15%AGUA 1775,60 10%PCM 15%AGUA 20%PCM 15%AGUA 30%PCM 15%AGUA Percentagem de água e PCM's presentes na tinta Figura 33 - Correlação entre viscosidade e percentagem de PCM's no ensaio efetuado 1 hora após efetuada a amostra de tinta tendo estado esta 20 minutos exposta ao ar 46

63 Visocsidade (MPa) Estudo de Revestimentos Ativos para o Isolamento Térmico de Edifícios 4500, , , , , , , , , , , , , ,53 R² = 0, ,99 R² = 0, ,70 R² = 0, , , ,78 Imediato 1h após 1h após + 20min exposto ao ar exterior Altura do ensaio 10% 20% 30% Linear (10%) Linear (20%) Linear (30%) Figura 34 - Correlação entre viscosidade e altura do ensaio Como se pode verificar nas Figuras 31 à 33 a correlação entre a viscosidade e a percentagem de PCM s incorporados na tinta é positiva e a viscosidade aumenta drasticamente se comprarmos essa propriedade na tinta diluída em 15% de água com a tinta com 15% de água e qualquer uma das três percentagens de PCM s adicionadas, daqui conclui-se que os materiais de mudança de fase influenciam a viscosidade da amostra aumentando-a. Da análise da figura 34 é possível constatar que nas amostras com 20% e 30% de PCM adicionados à tinta o aumento da viscosidade não é linear, no caso da adição de 20% de PCM o valor da viscosidade para o ensaio feito 1 hora após efetuar a amostra aumentou cerca de 3% comparando com o ensaio feito imediatamente após preparação da mistura, já a variação de valores de viscosidade entre o ensaio feito 1 hora após preparação da mistura e o ensaio feito 1 hora após preparação da mistura com mais 20 minutos de exposição ao ar exterior foi de cerca de mais 12%. Na amostra com 30% de PCM adicionados o aumento da viscosidade entre o ensaio 1 hora após efetuar a amostra é de cerca de 7% comparando com o ensaio feito imediatamente após preparação da mistura e a variação de valores de viscosidade entre o ensaio feito 1 hora após preparação da mistura e o ensaio feito 1 hora após preparação da mistura com mais 20 minutos de exposição ao ar exterior foi de cerca de mais 12%. 47

64 Isto não se verifica na amostra com incorporação de 10% PCM, o aumento da viscosidade entre o ensaio 1 hora após efetuar a amostra é de cerca de 5% comparando com o ensaio feito imediatamente após preparação da mistura e a variação de valores de viscosidade entre o ensaio feito 1 hora após preparação da mistura e o ensaio feito 1 hora após preparação da mistura com mais 20 minutos de exposição ao ar exterior foi de cerca de mais 6%, isto origina que a linha seja mais linear em comparação com os gráficos de 20% e 30%. Por fim, se os valores das correlações entre percentagens de PCM adicionados forem analisadas, é possível verificar que estas não aumentam progressivamente consoante o aumento da percentagem de PCM. O valor da correlação da adição de 20% PCM é mais baixo do que os restantes (10% e 30%), isto deve-se à pequena variação de viscosidade entre a amostra testada imediatamente após execução da mistura e a amostra testada 1hora após ter sido efetuada a mistura. O valor da correlação da amostra com 10% de PCM é mais alto comparativamente com a amostra com 30% de PCM devido a ao valor da viscosidade na amostra com 10% de PCM aumentar quase na mesma proporção entre ensaios, o que não se verifica na amostra com 30% de PCM adicionados. 4.3 Tempo de cura Foi igualmente realizado um teste visual do tempo de cura da tinta. Esse teste baseou-se em cobrir um vidro de relógio (Figura 35) com uma fina camada de tinta com PCM e verificar o seu tempo de cura. A tinta foi observada a olho nu até que esta estivesse completamente seca no vidro do relógio. Deste teste concluiu-se que o tempo de cura da tinta com PCM é semelhante ao tempo de cura da tinta sem PCM, pois a tinta com adição de 10% PCM demorou cerca de 30 minutos a curar, a tinta com 20% PCM teve um tempo de cura de cerca de 26 minutos e a tinta com 30% PCM teve um tempo de cura de cerca de 30min. Segundo a ficha de informação técnica da tinta usada (SOTINCO) o tempo de cura desta tinta na primeira de mão é de 30min. Com isto, pode dizer-se que a percentagem de materiais de mudança de fase e água adicionados à tinta não tem qualquer influência no seu tempo de cura, visto que este ronda os 30 minutos em qualquer das amostras, valor igual ao referido na ficha técnica da tinta utilizada. 48

65 Figura 35 - Tinta com adição de PCM no vidro de relógio 4.4 Rendimento Como já foi dito anteriormente, a tinta utilizada é da SOTINCO e o seu valor orientativo para o rendimento é de 9 a 12 m 2 /l, por demão. No entanto, com a adição de água e PCM o rendimento não será o mesmo, por isso, foram efetuados ensaios para que assim se conseguisse achar o valor aproximado do rendimento das várias misturas. Foram cortadas quatro placas de gesso cartonado com 50x40cm. Escolheu-se o gesso cartonado para que o rendimento fosse calculado no mesmo material com que são efetuados os modelos de teste para que o suporte não seja um fator variável que possa influenciar o valor que se pretende encontrar. Cada uma das placas foi dividida em quadrados de 10x10cm para que fosse mais fácil de calcular qual a área pintada por cada mistura. O teste consistiu em efetuar uma porção de tinta e verificar que área se conseguiria cobrir com essa porção. As misturas efetuadas tiveram as mesmas quantidades utilizadas para os testes no viscosímetro, ou seja, três composições com 120g de tinta branca aquosa, 18ml de água que equivale a uma percentagem de 15%, e 12g, 24g ou 36g de PCM consoante a percentagem de PCM incorporado,10%, 20% ou 30%. Para além destas três composições foi também efetuada uma só com 120g de tinta e 18ml de água para que assim se pudesse verificar a influência que os PCM s poderiam ter. 49

66 Cada mistura só era preparada imediatamente antes de ser utilizada no referido teste para que o processo de cura não influenciasse os valores. Para cada placa foram utilizadas 10g do preparado, e obteve-se os seguintes valores: Tinta com adição de 18ml de água: 600cm 2 Tinta com adição de 18ml de água e 12g de PCM (10%): 700cm 2 Tinta com adição de 18ml de água e 24g de PCM (20%): 650cm 2 Tinta com adição de 18ml de água e 36g de PCM (30%): 700cm 2 Como se pode verificar, o rendimento não tem grandes alterações com a adição de água e PCM s, pois para além de a percentagem de materiais de mudança de fase aumentar em cada amostra a quantidade de tinta e de água mantem-se a mesma originando a que viscosidade da tinta aumente mas não influência o seu rendimento. O rendimento das amostras situa-se sempre por volta dos 600cm 2 e 700cm 2, pelo que pode afirmar-se que o rendimento médio para as quatro diferentes misturas é de 650cm 2. Na Figura 36 pode ver-se as quatro placas pintadas com as diferentes misturas de tinta. Figura 36 - Placas pintadas para calcular calor do rendimento 4.5 Análise ao microscópio Na mesma altura em que se efetuou os ensaios no viscosímetro foram pintados com uma fina camada três vidro de relógio com as três tintas de composição diferente, tendo em conta as diferentes percentagens de PCM s estudadas. Após a tinta ter secado por completo foram analisadas pequenas partículas de cada mistura ao microscópio ótico presente do 50

67 Departamento de Polímeros da Universidade do Minho para que se tentasse visualizar os PCM incorporados com a tinta. As partículas foram raspadas do vidro do relógio com o auxílio de uma espátula para a lâmina onde foi adicionado Bálsamo do Canadá, substância resinosa que possibilita uma melhor visibilidade à luz do microscópio (Figura 37 à 39). As imagens seguintes demostram as fotografias tiradas pelo microscópio, onde foi utilizada a lente 3.3x na parte superior e a 4.0x na parte inferior. Figura 37 - Fotografia ao microscópio de tinta com 10% PCM s 51

68 Figura 38 - Fotografia ao microscópio de tinta com 20% PCM s Figura 39 - Fotografia ao microscópio de tinta com 30% PCM s Nestas amostras podemos observar que no meio das manchas mais escuras (tinta) encontramse pequenas partículas mais claras (indicadas com a seta a vermelho), que serão identificadas como PCM s, ou seja, podemos afirmar que os PCM s se misturam bastante bem e estão envolvidos com a tinta, o que origina uma mistura homogénea. 52

69 Para além destas análises foram também vistos ao microscópio os PCM s utilizados no seu estado de aquisição para que fosse mais fácil identifica-los nas partículas de tinta (Figura 40). Na imagem 29 são mostrados os PCM s ao microscópio ótico à escala 20 m onde foi utilizada a lente 3.3x na parte superior e a 4.0x na parte inferior. Figura 40 - Microcápsulas de PCM ao microscópio ótico 4.6 Modelo de testes Para poder avaliar de forma mais objetiva o comportamento da mistura de tinta com incorporação de PCM, foram construídos quatro modelos com 0,50x0,50x0,50m (medidas interiores) que foram, posteriormente, deixados à temperatura exterior durante cerca de uma semana monitorizados por termopares. Cada caixa foi revestida interiormente com tinta com adição das três diferentes percentagens de PCM à exceção de uma caixa, cujo o interior foi pintado com tinta sem adição de PCM, funcionando como elemento comparativo de referência. O modelo é constituído por quatro placas de gesso cartonado com 0,50x0,50m que fazem as laterais (paredes) e duas placas de 0,60x0,60m que fazem a parte inferior (pavimento) e a parte superior (teto). As várias partes, excluindo o teto, foram coladas com espuma de poliuretano para que não houvesse fugas ou entradas de ar. Após a espuma ter secado, nas juntas foi colocada fita-cola de alumínio. O teto é amovível para que facilite a colocação dos 53

Argamassas Térmicas Sustentáveis: O Contributo dos Materiais de Mudança de Fase

Argamassas Térmicas Sustentáveis: O Contributo dos Materiais de Mudança de Fase Argamassas Térmicas Sustentáveis: O Contributo dos Materiais de Mudança de Fase Sandra R. Cunha, Vítor H. Alves, José B. Aguiar, Victor M. Ferreira 4º Congresso Português de Argamassas e ETICS 29 e 30

Leia mais

Propriedades Térmicas Melhoradas

Propriedades Térmicas Melhoradas CONCRETA 2004 EVENTOS PARALELOS Marcação CE Obrigatória em Argamassas: uma Garantia de Qualidade Argamassas para Reboco Interior com Propriedades Térmicas Melhoradas J. Barroso de Aguiar e José M. Monteiro

Leia mais

OS ETICS COMO SISTEMAS MULTIFUNCIONAIS MARIA DO ROSÁRIO VEIGA SOFIA MALANHO

OS ETICS COMO SISTEMAS MULTIFUNCIONAIS MARIA DO ROSÁRIO VEIGA SOFIA MALANHO OS ETICS COMO SISTEMAS MULTIFUNCIONAIS MARIA DO ROSÁRIO VEIGA SOFIA MALANHO ETICS Constituição 1 4 2 3 5 1 Isolante térmico; 2 Camada de base 3 Rede de fibra de vidro; 4 Produto de colagem; 5 Suporte;

Leia mais

tipos, características, execução e função estética Concreta, 29 de Outubro de 2004 José Severo

tipos, características, execução e função estética Concreta, 29 de Outubro de 2004 José Severo tipos, características, execução e função estética Concreta, 29 de Outubro de 2004 José Severo Definição É uma argamassa, para preencher juntas de peças cerâmicas, pedras naturais ou placas de betão, para

Leia mais

Ar de combustão. Água condensada. Balanço da energia. Câmara de mistura. Convecção. Combustível. Curva de aquecimento

Ar de combustão. Água condensada. Balanço da energia. Câmara de mistura. Convecção. Combustível. Curva de aquecimento Ar de combustão O ar de combustão contém 21% de oxigênio, que é necessário para qualquer combustão. Além disso, 78% de nitrogênio está incorporado no ar. São requeridos aproximadamente 10 metros cúbicos

Leia mais

BALANÇO ENERGÉTICO NUM SISTEMA TERMODINÂMICO

BALANÇO ENERGÉTICO NUM SISTEMA TERMODINÂMICO BALANÇO ENERGÉTICO NUM SISTEMA TERMODINÂMICO O que se pretende Determinar experimentalmente qual dos seguintes processos é o mais eficaz para arrefecer água à temperatura ambiente: Processo A com água

Leia mais

Reabilitação e Reforço de Estruturas

Reabilitação e Reforço de Estruturas Mestrado em Engenharia Civil 2011 / 2012 Reabilitação e Reforço de Estruturas Aula 06: Métodos de inspecção e diagnóstico. 6.1. Ensaios in situ. Eduardo S. Júlio 2011/2012 1/31 1/9 AVALIAÇÃO IN SITU DA

Leia mais

Anomalias na Colagem de Pedras Naturais

Anomalias na Colagem de Pedras Naturais Anomalias na Colagem de Pedras Naturais Marta Antunes - Kim Rosenbom - João Garcia 25 de Novembro de 2005 PEDRAS NATURAIS Imagem Nobreza Indestrutibilidade Elevada qualidade PEDRAS NATURAIS Exigências

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I. Máquinas Térmicas I

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I. Máquinas Térmicas I Eu tenho três filhos e nenhum dinheiro... Porque eu não posso ter nenhum filho e três dinheiros? - Homer J. Simpson UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Leia mais

REINVENTANDO O REVESTIMENTO FINAL DE ISOLAMENTO

REINVENTANDO O REVESTIMENTO FINAL DE ISOLAMENTO REINVENTANDO O REVESTIMENTO FINAL DE ISOLAMENTO Reinventing how cork engages the world. COBERTURA DE FISSURAS COM ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO A solução rápida e simples para revestimentos finais. Mais

Leia mais

Aula 8 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA I - CAPACIDADE CALORÍFICA DO CALORÍMETRO. Menilton Menezes

Aula 8 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA I - CAPACIDADE CALORÍFICA DO CALORÍMETRO. Menilton Menezes Aula 8 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA I - CAPACIDADE CALORÍFICA DO CALORÍMETRO META Aplicar o princípio das trocas de calor nos processos de transferência de energia. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá:

Leia mais

Estaca Escavada Circular

Estaca Escavada Circular Estaca Escavada Circular 1 Definição e Recomendações da Norma NBR 6122 / 96 A Norma NBR 6122 / 96 define estaca escavada como o tipo de fundação profunda executada por escavação mecânica, com uso ou não

Leia mais

COMPORTAMENTO E DURABILIDADE DE TELHAS CERÂMICAS EM AMBIENTE MARÍTIMO ÍNDICE DO TEXTO

COMPORTAMENTO E DURABILIDADE DE TELHAS CERÂMICAS EM AMBIENTE MARÍTIMO ÍNDICE DO TEXTO CAPÍTULO 1 COMPORTAMENTO E DURABILIDADE DE TELHAS CERÂMICAS EM AMBIENTE MARÍTIMO ÍNDICE DO TEXTO INTRODUÇÃO... 1 1.1 Enquadramento... 1 1.2 Objectivos... 4 1.3 Organização do texto... 4 CAPÍTULO 2 DEGRADAÇÃO

Leia mais

GUIA PARA A REABILITAÇÃO CLIMATIZAÇÃO. PROJETO Cooperar para Reabilitar da InovaDomus

GUIA PARA A REABILITAÇÃO CLIMATIZAÇÃO. PROJETO Cooperar para Reabilitar da InovaDomus GUIA PARA A REABILITAÇÃO CLIMATIZAÇÃO PROJETO Cooperar para Reabilitar da InovaDomus Autoria do Relatório Consultoria Oliveira & Irmão, S.A. Índice 0. Preâmbulo 5 1. Anomalias no Funcionamento do Sistema

Leia mais

Certificação do Controlo da Produção das Centrais de Betão

Certificação do Controlo da Produção das Centrais de Betão Seminário Evolução da marcação Certificação do Controlo da Produção das Centrais de Betão João André Produção e controlo do betão Marcos históricos principais RBLH Anos 70, 80 e 90 (até 1996, formalmente);

Leia mais

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO Anomalias e Mecanismos de Deterioração António Costa Instituto Superior Técnico As estruturas de betão são duráveis!? Nenhum material é por si próprio prio durável; é a interacção

Leia mais

ARGAMASSAS MAIS SUSTENTÁVEIS LISBOA 02.07.2015

ARGAMASSAS MAIS SUSTENTÁVEIS LISBOA 02.07.2015 ARGAMASSAS MAIS SUSTENTÁVEIS LISBOA 02.07.2015 ÍNDICE ARGAMASSAS SUSTENTÁVEIS Sobre a Secil Argamassas Gama ecocork ETICS em harmonia com a construção sustentável André Correia 2 SOBRE A SECIL ARGAMASSAS

Leia mais

b. Referencias bibliográficas, endereço da página.

b. Referencias bibliográficas, endereço da página. Roteiro para Apresentação de Questões Orientações: 1. Cada grupo (e cada integrante do grupo) será responsável em pesquisar, responder e apresentar as questões (mostradas a seguir para cada grupo), bem

Leia mais

Construção Civil. Lajes Nervuradas com EPS / Fachadas e Rodatetos em EPS. A leveza do EPS, gerando economia

Construção Civil. Lajes Nervuradas com EPS / Fachadas e Rodatetos em EPS. A leveza do EPS, gerando economia Construção Civil Lajes Nervuradas com EPS / Fachadas e Rodatetos em EPS A leveza do EPS, gerando economia Enchimento para Lajes EPS Unidirecional Moldada (330 e 400mm) 330 / 400mm 1000mm 30 40 330 / 400

Leia mais

Euratex 01 Dos produtos de mercados massificados para os produtos especializados

Euratex 01 Dos produtos de mercados massificados para os produtos especializados Euratex 01 Dos produtos de mercados massificados para os produtos especializados Materiais materiais inteligentes; materiais com memória de forma; materiais com memória de fase; materiais reguladores térmicos;

Leia mais

Fritura O processo de fritura é uma alternativa de preparação de alimentos rápida, sendo que também confere características sensoriais diferenciadas T

Fritura O processo de fritura é uma alternativa de preparação de alimentos rápida, sendo que também confere características sensoriais diferenciadas T Autoridade de Segurança Alimentar e Económica Departamento de Riscos Alimentares e Laboratórios Divisão de Riscos Alimentares Riscos na cadeia alimentar dos óleos alimentares usados. Prevenção e acção

Leia mais

Estaca pré-fabricada de concreto

Estaca pré-fabricada de concreto CONCEITO Podem ser de concreto armado ou protendido. São utilizadas com maior frequência em obras de pequeno e médio porte e causam grande vibração no solo. TIPOS/MODELOS Sua seção pode ser quadrada, hexagonal,

Leia mais

Betão de baixo carbono

Betão de baixo carbono Betão de baixo carbono 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Betão de baixo carbono O betão é o material de construção

Leia mais

ATIVIDADE DE ÁGUA (Aw) E REAÇÕES DE DETERIORAÇÃO

ATIVIDADE DE ÁGUA (Aw) E REAÇÕES DE DETERIORAÇÃO ATIVIDADE DE ÁGUA (Aw) E REAÇÕES DE DETERIORAÇÃO Água A molécula de água é triatômica e possui estrutura tetraédrica. Tem baixo peso molecular, pequeno volume e é diamagnética. Apresentaria um ângulo de

Leia mais

As argamassas podem ser classificadas com relação à vários critérios, alguns dos quais são propostos no Quadro 1.

As argamassas podem ser classificadas com relação à vários critérios, alguns dos quais são propostos no Quadro 1. Argamassas DEFINIÇÃO Argamassas são materiais de construção, com propriedades de aderência e endurecimento, obtidos a partir da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água,

Leia mais

Título da Pesquisa: Palavras-chave: Campus: Tipo Bolsa Financiador Bolsista (as): Professor Orientador: Área de Conhecimento: Resumo

Título da Pesquisa:  Palavras-chave: Campus: Tipo Bolsa Financiador Bolsista (as): Professor Orientador: Área de Conhecimento: Resumo Título da Pesquisa: Estudo Sobre energia solar e suas aplicações á inclusão social da população de baixa renda e ao programa Luz Para Todos. Palavras-chave: Energia solar, Aquecedor solar, Painel fotovoltaico

Leia mais

Distância entre o eléctrodo de medida e a parede do tanque ( eléctrodos ). Área da superfície dos eléctrodos. Constante dieléctrica da substância.

Distância entre o eléctrodo de medida e a parede do tanque ( eléctrodos ). Área da superfície dos eléctrodos. Constante dieléctrica da substância. O nível de líquidos, interfaces e sólidos granulares pode ser medido usando o efeito de capacitância eléctrica.. A capacitância do condensador é principalmente influenciada por três elementos: Distância

Leia mais

Módulo 08 - Mecanismos de Troca de Calor

Módulo 08 - Mecanismos de Troca de Calor Módulo 08 - Mecanismos de Troca de Calor CONCEITOS FUNDAMENTAIS Vamos iniciar este capítulo conceituando o que significa calor, que tecnicamente tem um significado muito diferente do que usamos no cotidiano.

Leia mais

Resumo. QM - propriedades mecânicas 1

Resumo. QM - propriedades mecânicas 1 Resumo tensão e deformação em materiais sólidos ensaios de tracção e dureza deformação plástica de materiais metálicos recristalização de metais encruados fractura fadiga fluência QM - propriedades mecânicas

Leia mais

Calor Específico. 1. Introdução

Calor Específico. 1. Introdução Calor Específico 1. Introdução Nesta experiência, serão estudados os efeitos do calor sobre os corpos, e a relação entre quantidade de calor, variação da temperatura e calor específico. Vamos supor que

Leia mais

ANEXO I AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DAS SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS PARA PAVIMENTOS CÁLCULO

ANEXO I AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DAS SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS PARA PAVIMENTOS CÁLCULO ESCOLA DE ENGENHARA Departamento de Engenharia Civil Mestrado em Engenharia Civil -Novas tecnologias construtivas com vista à sustentabilidade da construção- ANEXO AVALAÇÃO DA SUSTENTABLDADE DAS SOLUÇÕES

Leia mais

Aula de Laboratório de Materiais de Construção Civil Professora: Larissa Camporez Araújo

Aula de Laboratório de Materiais de Construção Civil Professora: Larissa Camporez Araújo Aula de Laboratório de Materiais de Construção Civil Professora: Larissa Camporez Araújo De acordo com a NBR 12655, o responsável pelo recebimento do concreto é o proprietário da obra ou o responsável

Leia mais

Tecnologias, Materiais e Técnicas de Construção V

Tecnologias, Materiais e Técnicas de Construção V Tecnologias, Materiais e Técnicas de Construção V 4.º Ano, 7.º semestre 4 ECTS / 4 h semanais 4. Coberturas Coberturas A cobertura é um dos elementos mais expressivos da composição arquitectónica. A sua

Leia mais

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO

CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO Profa. Nívea Pons Controle de Qualidade do Concreto Procedimento dos serviços:

Leia mais

A transferência de calor ocorre até o instante em que os corpos atingem a mesma temperatura (equilíbrio térmico).

A transferência de calor ocorre até o instante em que os corpos atingem a mesma temperatura (equilíbrio térmico). REVISÃO ENEM Calorimetria CONCEITO FÍSICO DE CALOR Calor é a energia transferida de um corpo a outro, devido à desigualdade de temperaturas existente entre eles. Essa transferência sempre ocorre do corpo

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE LÂMPADAS FLUORESCENTES E LED APLICADO NO IFC CAMPUS LUZERNA

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE LÂMPADAS FLUORESCENTES E LED APLICADO NO IFC CAMPUS LUZERNA ESTUDO COMPARATIVO ENTRE LÂMPADAS FLUORESCENTES E LED APLICADO NO IFC CAMPUS LUZERNA Autores: Marina PADILHA, Felipe JUNG, Ernande RODRIGUES Identificação autores: Estudante de Graduação de Engenharia

Leia mais

A.L. 0.1 RENDIMENTO NO AQUECIMENTO

A.L. 0.1 RENDIMENTO NO AQUECIMENTO A.L. 0.1 RENDIMENTO NO AQUECIMENTO FÍSICA 10.ºANO QUESTÃO-PROBLEMA Como poderemos aumentar o rendimento no aquecimento, quando cozinhamos? Esta actividade laboratorial está integrada no módulo inicial

Leia mais

Como devo utilizar a Gama Cimpor

Como devo utilizar a Gama Cimpor Como devo utilizar a Gama Cimpor Como devo utilizar a Gama Cimpor A gama de produtos CIMPOR é muito alargada, uma vez que a construção civil actual exige produtos de uso cada vez mais específico. Por isso

Leia mais

Dimensionamento de um sistema fotovoltaico. Fontes alternativas de energia - dimensionamento de um sistema fotovoltaico 1

Dimensionamento de um sistema fotovoltaico. Fontes alternativas de energia - dimensionamento de um sistema fotovoltaico 1 Dimensionamento de um sistema fotovoltaico Fontes alternativas de energia - dimensionamento de um sistema fotovoltaico 1 Sistemas fotovoltaicos Geralmente são utilizado em zonas afastadas da rede de distribuição

Leia mais

Materiais de Construção Civil. Aula 09 parte 2. Concreto

Materiais de Construção Civil. Aula 09 parte 2. Concreto Materiais de Construção Civil Aula 09 parte 2 Concreto Taciana Nunes Arquiteta e Urbanista Traço do concreto Existem tabelas prontas de traço que dão o valor aproximado da resistência esperada ou pode-se

Leia mais

Romeu Reguengo Novembro 2012. Estruturas Pré-fabricadas em Betão

Romeu Reguengo Novembro 2012. Estruturas Pré-fabricadas em Betão Estruturas Pré-fabricadas em Betão Introdução A pré-fabricação de edifícios surge na Europa, após a II Guerra Mundial, como forma de resposta rápida à falta de habitação nos países mais destruídos. O desenvolvimento

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS 2015 Disciplina: Ciências Ano: 9º ano Ensino: FII Nome: Atividade Regulação do 3º Bimestre Ciências

ROTEIRO DE ESTUDOS 2015 Disciplina: Ciências Ano: 9º ano Ensino: FII Nome: Atividade Regulação do 3º Bimestre Ciências ROTEIRO DE ESTUDOS 2015 Disciplina: Ciências Ano: 9º ano Ensino: FII Nome: Refazer as avaliações; Refazer as listas de exercícios; Refazer exercícios do caderno. Entregar a atividade abaixo no dia da avaliação

Leia mais

ENERGIA SOLAR E AQUECIMENTO EM EDIFÍCIOS

ENERGIA SOLAR E AQUECIMENTO EM EDIFÍCIOS ENERGIA SOLAR E AQUECIMENTO EM EDIFÍCIOS Maio de 2006 enquadramento legal / regulamentar publicada recentemente nova legislação há muito aguardada enquadramento legal / regulamentar... SCE Dec. Lei nº

Leia mais

SINTONIA DE UM CONTROLADOR PID NO AQUECIMENTO DE UMA CÂMARA TÉRMICA

SINTONIA DE UM CONTROLADOR PID NO AQUECIMENTO DE UMA CÂMARA TÉRMICA SINTONIA DE UM CONTROLADOR PID NO AQUECIMENTO DE UMA CÂMARA TÉRMICA Carlos Eduardo Fontes da Silva (mcn04354@feg.unesp.br) Víctor Orlando Gamarra Rosado (victor@feg.unesp.br) UNESP - Universidade Estadual

Leia mais

Fachada Plasma, um novo tipo de fachada ventilada, cujo revestimento exterior é constituído por telhas cerâmicas Plasma.

Fachada Plasma, um novo tipo de fachada ventilada, cujo revestimento exterior é constituído por telhas cerâmicas Plasma. WWW.CS-TELHAS.PT Fachada Plasma, um novo tipo de fachada ventilada, cujo revestimento exterior é constituído por telhas cerâmicas Plasma. Plasma TX1, cor Antracite e Plasma TX2, cor Cinza Aço. As fachadas

Leia mais

Bibliografia referência para esta aula. Propriedades dos materiais. Propriedades. Solicitações. Propriedades mecânicas. Carga X deformação

Bibliografia referência para esta aula. Propriedades dos materiais. Propriedades. Solicitações. Propriedades mecânicas. Carga X deformação Propriedades dos materiais Prof. Maristela Gomes da Silva Departamento de Engenharia Civil Bibliografia referência para esta aula ISAIA, G. C. (editor) Materiais de Construção Civil e Princípios de ciência

Leia mais

Propriedades térmicas em Materiais

Propriedades térmicas em Materiais FACULDADE SUDOESTE PAULISTA Ciência e Tecnologia de Materiais Prof. Msc. Patrícia Correa Propriedades térmicas em Materiais Noções importantes para entendermos os mecanismos de transporte através dos materiais

Leia mais

Resistência térmica de contato

Resistência térmica de contato Experiência 5: estudo dos processos de transferência de calor na interface entre dois sólidos pedaço de porta de geladeira. o que observar:!"como é a área de contato entre as superfícies sólidas constante,

Leia mais

CAPÍTULO 3 TRATAMENTOS TÉRMICOS EM LIGAS DE ALUMÍNIO. Os tratamentos térmicos têm como finalidade causar modificações nas

CAPÍTULO 3 TRATAMENTOS TÉRMICOS EM LIGAS DE ALUMÍNIO. Os tratamentos térmicos têm como finalidade causar modificações nas CAPÍTULO 3 TRATAMENTOS TÉRMICOS EM LIGAS DE ALUMÍNIO Os tratamentos térmicos têm como finalidade causar modificações nas propriedades dos materiais pela alteração do tipo e proporção das fases presentes,

Leia mais

Física 2 - Termodinâmica

Física 2 - Termodinâmica Física 2 - Termodinâmica Calor e Temperatura Criostatos de He 3-272.85 C Termodinâmica Energia Térmica Temperatura, Calor, Entropia... Máquinas Térmicas : Refrigeradores, ar-condicionados,... Física Térmica

Leia mais

Curso de Certificação de Projetista de Térmica- REH

Curso de Certificação de Projetista de Térmica- REH Nome: TODAS AS RESPOSTAS DEVERÃO SER JUSTIFICADAS Grupo 1 (7,5 valores) Considere as peças desenhadas anexas correspondentes ao projeto de uma moradia a construir no concelho de Alcochete, a uma altitude

Leia mais

PAPEL DE NANO-ADITIVOS NA FUNCIONALIZAÇÃO DE ARGAMASSAS

PAPEL DE NANO-ADITIVOS NA FUNCIONALIZAÇÃO DE ARGAMASSAS 4º Congresso Português de Argamassas e ETICS, Coimbra, 29/30 Março 2012 PAPEL DE NANO-ADITIVOS NA FUNCIONALIZAÇÃO DE ARGAMASSAS S. LUCAS 1, A. L. VELOSA 1, J. B. AGUIAR 2, V. M. FERREIRA 1 1 Universidade

Leia mais

ENERGIA TÉRMICA: A Energia Térmica de um corpo é a energia cinética de suas moléculas e corresponde à sua temperatura.

ENERGIA TÉRMICA: A Energia Térmica de um corpo é a energia cinética de suas moléculas e corresponde à sua temperatura. CALOR 1 ENERGIA: É a capacidade de se realizar um trabalho. Ela se apresenta sob várias formas: cinética (de movimento), gravitacional, elástica (de molas), elétrica, térmica, radiante e outras. Mede-se

Leia mais

Argamassa produzida em fábrica para rebocos interiores

Argamassa produzida em fábrica para rebocos interiores 1-6 Argamassa produzida em fábrica para rebocos interiores NOTA TÉCNICA 5 Informação Geral O uso de cal e de cimento nas massas para rebocos, proporciona argamassas altamente trabalháveis que são fáceis

Leia mais

ROTEIRO DE ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS Ensino Médio

ROTEIRO DE ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS Ensino Médio ROTEIRO DE ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS Ensino Médio Professora: Renata Disciplina: Física Série: 1ª Aluno(a): Turma: 1ª Nº.: Caro(a) aluno(a), Os objetivos listados para esta atividade de recuperação são parte

Leia mais

Isolamento Térmico Projectado Caso prático de aplicação em obra nova (Escola Básica e Secundária Soares Basto, Oliveira de Azeméis)

Isolamento Térmico Projectado Caso prático de aplicação em obra nova (Escola Básica e Secundária Soares Basto, Oliveira de Azeméis) Isolamento Térmico Projectado Caso prático de aplicação em obra nova (Escola Básica e Secundária Soares Basto, Oliveira de Azeméis) Paulo J Gonçalves 1 10.05.2012 Índice O projecto e a obra (ficha técnica)

Leia mais

A.L. 1.3 IDENTIFICAÇÃO DE UMA SUBSTÂNCIA E AVALIAÇÃO DA SUA PUREZA

A.L. 1.3 IDENTIFICAÇÃO DE UMA SUBSTÂNCIA E AVALIAÇÃO DA SUA PUREZA A.L. 1.3 IDENTIFICAÇÃO DE UMA SUBSTÂNCIA E AVALIAÇÃO DA SUA PUREZA QUÍMICA 10.ºANO QUESTÃO-PROBLEMA Como identificar materiais no laboratório? Como avaliar o grau de pureza de algumas substâncias? Através

Leia mais

Projecto cbloco Aspectos Estruturais

Projecto cbloco Aspectos Estruturais Projecto cbloco Aspectos Estruturais Paulo B. Lourenço, G. Vasconcelos, J.P. Gouveia, P. Medeiros, N. Marques pbl@civil.uminho.pt www.civil.uminho.pt/masonry 2008-06-26 2 Alvenaria de Enchimento As alvenarias

Leia mais

FÍSICO-QUÍMICA TERMOQUÍMICA Aula 1

FÍSICO-QUÍMICA TERMOQUÍMICA Aula 1 FÍSICO-QUÍMICA TERMOQUÍMICA Aula 1 A termoquímica é parte da termodinâmica e corresponde ao segmento da química que compreende as trocas de calor e seus efeitos nas substâncias e reações químicas. Os primeiros

Leia mais

ESTRUTURAS DE MADEIRA

ESTRUTURAS DE MADEIRA ESTRUTURAS DE MADEIRA PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA AULAS 2 e 3 EDER BRITO GENERALIDADES A madeira é um material não homogêneo com muitas variações. Além disto, existem diversas espécies com diferentes

Leia mais

Figura 1 - Opções de localização da ponte.

Figura 1 - Opções de localização da ponte. MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA LOCALIZAÇÃO DA OBRA A obra localiza-se no Porto, sobre a Via de Cintura Interna, e providencia uma ligação do Jardim Botânico ao Estado Universitário, através de uma

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 34 Cálculo Estrutural da Fuselagem

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 34 Cálculo Estrutural da Fuselagem Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 34 Cálculo Estrutural da Fuselagem Tópicos Abordados Estrutura da Fuselagem. Projeto da Fuselagem. Estrutura da Fuselagem A fuselagem inclui a cabine de comandos,

Leia mais

Já conhece o ciclo de Eficiência Energética nos edifícios?

Já conhece o ciclo de Eficiência Energética nos edifícios? Já conhece o ciclo de Eficiência Energética nos edifícios? Encontramo-nos perante o dilema da energia, em que temos de reduzir para metade as emissões de CO2, de modo a evitar o aquecimento global do planeta,

Leia mais

EFEITO DO PÓ DE PEDRA EM ARGAMASSA PARA ALVENARIA ESTRUTURAL

EFEITO DO PÓ DE PEDRA EM ARGAMASSA PARA ALVENARIA ESTRUTURAL EFEITO DO PÓ DE PEDRA EM ARGAMASSA PARA ALVENARIA ESTRUTURAL Jurandi José Nunes Junior (1); Fernando Pelisser (2). UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense (1) jjrnunes@hotmail.com (2) fep@unesc.net

Leia mais

Experiência 07: Preparo de Solução a partir de Substâncias sólidas, Liquidas e de Solução Concentrada

Experiência 07: Preparo de Solução a partir de Substâncias sólidas, Liquidas e de Solução Concentrada 1 Experiência 07: Preparo de Solução a partir de Substâncias sólidas, Liquidas e de Solução Concentrada 1. Questões de estudo - Como preparar uma solução aquosa de NaOH 0,1 M? - Como preparar uma solução

Leia mais

Água na atmosfera. Capítulo 5 - Ahrens

Água na atmosfera. Capítulo 5 - Ahrens Água na atmosfera Capítulo 5 - Ahrens Propriedades da água Estados Físicos Única substântica natural que ocorre naturalmente nos três estados sobre a superfície da terra Capacidade Térmica Mais alta se

Leia mais

Briquetes produzidos com resíduos

Briquetes produzidos com resíduos Briquetes produzidos com resíduos Nos dias atuais é constante a discussão sobre a necessidade da obtenção de alternativas para fontes de energias renováveis como mecanismos de desenvolvimento sustentável.

Leia mais

URE Sistemas de Ar Comprimido. URE - Sistemas de Ar Comprimido. 1

URE Sistemas de Ar Comprimido. URE - Sistemas de Ar Comprimido. 1 URE Sistemas de Ar Comprimido URE - Sistemas de Ar Comprimido. 1 Aplicação do ar comprimido (I) O ar comprimido é utilizado atualmente em larga escala nos mais diversos processos porque apresenta inúmeras

Leia mais

Química 12º Ano. Unidade 2 Combustíveis, Energia e Ambiente. Actividades de Projecto Laboratorial. Janeiro 2006. Jorge R. Frade, Ana Teresa Paiva

Química 12º Ano. Unidade 2 Combustíveis, Energia e Ambiente. Actividades de Projecto Laboratorial. Janeiro 2006. Jorge R. Frade, Ana Teresa Paiva Condutividade térmica e calor específico Química 12º Ano Unidade 2 Combustíveis, Energia e Ambiente Actividades de Projecto Laboratorial Janeiro 2006 Jorge R. Frade, Ana Teresa Paiva Dep. Eng. Cerâmica

Leia mais

Lista de Exercícios. Estudo da Matéria

Lista de Exercícios. Estudo da Matéria FACULDADE PITÁGORAS DE BETIM Credenciada pela portaria 792, de 27 de março de 2006. Curso: Engenharia Química Lista de Exercícios Disciplina: Química Geral Semestre: 2º / 2013 Docente: Carla Soares Souza

Leia mais

SIMULAÇÃO DE UMA COLUNA DE ABSORÇÃO DE PRATOS COMO EQUIPAMENTO DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR EM UM INCINERADOR DE RESÍDUOS PERIGOSOS

SIMULAÇÃO DE UMA COLUNA DE ABSORÇÃO DE PRATOS COMO EQUIPAMENTO DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR EM UM INCINERADOR DE RESÍDUOS PERIGOSOS SIMULAÇÃO DE UMA COLUNA DE ABSORÇÃO DE PRATOS COMO EQUIPAMENTO DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR EM UM INCINERADOR DE RESÍDUOS PERIGOSOS Carlos Alberto Ferreira Rino (1) Engenheiro Químico (UNICAMP, 1989);

Leia mais

Massa é a grandeza física que mede quanto de matéria possui um corpo ou objeto. Ocupar lugar no espaço significa ter volume.

Massa é a grandeza física que mede quanto de matéria possui um corpo ou objeto. Ocupar lugar no espaço significa ter volume. Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço Massa é a grandeza física que mede quanto de matéria possui um corpo ou objeto. Ocupar lugar no espaço significa ter volume. Como exemplos de matéria

Leia mais

PROBLEMAS DE TERMOLOGIA

PROBLEMAS DE TERMOLOGIA PROBLEMAS DE TERMOLOGIA 1 - Numa estação meteorológica, foi registrada uma temperatura máxima de 25ºC. Qual é a indicação da máxima na escala Fahrenheit? 2 - Numa escala termométrica X, marca-se -10ºX

Leia mais

CURSO ENGENHARIA CIVIL

CURSO ENGENHARIA CIVIL PLANO DE ENSINO CURSO ENGENHARIA CIVIL Disciplina MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I Código EC4AN Docente Mariluce Cidade França Doria Semestre 4º/2013.1 Carga horária 40h 1 EMENTA Introdução ao Estudo dos de Construção.

Leia mais

Introduz áreas adicionais de conhecimento (reabilitação, segurança, sustentabilidade...)

Introduz áreas adicionais de conhecimento (reabilitação, segurança, sustentabilidade...) Aprofunda conhecimentos específicos já introduzidos nos anos anteriores nas cadeiras de Materiais de Construção, Física das Construções, Tecnologia das Construções e Direcção de Obras; Introduz áreas adicionais

Leia mais

EQUILÍBRIO QUÍMICO: é o estado de um sistema reacional no qual não ocorrem variações na composição do mesmo ao longo do tempo.

EQUILÍBRIO QUÍMICO: é o estado de um sistema reacional no qual não ocorrem variações na composição do mesmo ao longo do tempo. IV INTRODUÇÃO AO EQUILÍBRIO QUÍMICO IV.1 Definição EQUILÍBRIO QUÍMICO: é o estado de um sistema reacional no qual não ocorrem variações na composição do mesmo ao longo do tempo. Equilíbrio químico equilíbrio

Leia mais

A.L.2.3 NEUTRALIZAÇÃO: UMA REACÇÃO DE ÁCIDO-BASE

A.L.2.3 NEUTRALIZAÇÃO: UMA REACÇÃO DE ÁCIDO-BASE A.L.2.3 NEUTRALIZAÇÃO: UMA REACÇÃO DE ÁCIDO-BASE QUÍMICA 11.ºANO QUESTÃO-PROBLEMA Como neutralizar resíduos de ácidos/bases do laboratório de Química da escola? Como identificar se os resíduos são de uma

Leia mais

1.1. Enumere as principais características e tendências da distribuição alimentar em Portugal.

1.1. Enumere as principais características e tendências da distribuição alimentar em Portugal. CAPÍTULO 1 1.1. Enumere as principais características e tendências da distribuição alimentar em Portugal. 1.2. Enumere as principais contribuições que a distribuição moderna trouxe ao nível da garantia

Leia mais

e a parcela não linear ser a resposta do sistema não linear com memória finita. Isto é, a

e a parcela não linear ser a resposta do sistema não linear com memória finita. Isto é, a 189 Comparando-se as figuras anteriores, Figura 5.15 a Figura 5.18, nota-se que existe uma correlação entre os valores das funções auto densidade espectrais lineares e não lineares. Esta correlação é devida

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Faculdade de Engenharia FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO SISTEMAS ESTRUTURAIS II

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Faculdade de Engenharia FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO SISTEMAS ESTRUTURAIS II Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Engenharia FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO SISTEMAS ESTRUTURAIS II COMENTÁRIOS Norma NBR 6118/2007 Prof. Eduardo Giugliani 1 0. COMENTÁRIOS

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA MASSA VOLÚMICA DE UM SÓLIDO

DETERMINAÇÃO DA MASSA VOLÚMICA DE UM SÓLIDO Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Santo António Ciências Físico-Químicas 2009/2010 DETERMINAÇÃO DA MASSA VOLÚMICA DE UM SÓLIDO Trabalho realizado por: Ano: Nº T: Índice Introdução 3 Objectivos.4 Material/

Leia mais

PAVIMENTOS E REVESTIMENTOS Sika FloorJoint INOVADORA JUNTAS SEM RUÍDO E VIBRAÇÃO

PAVIMENTOS E REVESTIMENTOS Sika FloorJoint INOVADORA JUNTAS SEM RUÍDO E VIBRAÇÃO PAVIMENTOS E REVESTIMENTOS Sika FloorJoint INOVADORA JUNTAS SEM RUÍDO E VIBRAÇÃO Sika FloorJoint Junta Inovadora sem vibração, silenciosa e de rápida entrada em serviço. O RUÍDO E A SENSAÇÃO ao passar

Leia mais

CAUSAS E CLASSIFICAÇÕES DE PATOLOGIAS EM PAREDES DE ALVENARIA DE PEDRA

CAUSAS E CLASSIFICAÇÕES DE PATOLOGIAS EM PAREDES DE ALVENARIA DE PEDRA N.17 Julho 2003 CAUSAS E CLASSIFICAÇÕES DE PATOLOGIAS EM PAREDES DE ALVENARIA DE PEDRA Ana Luísa Ferreira EDIÇÃO: CONSTRULINK PRESS Construlink, SA Tagus Park, - Edifício Eastecníca 2780-920 Porto Salvo,

Leia mais

Protegemos a pele do seu edifício. Sistema de Isolamento Térmico Exterior (ETICS)

Protegemos a pele do seu edifício. Sistema de Isolamento Térmico Exterior (ETICS) Protegemos a pele do seu edifício Sistema de Isolamento Térmico Exterior (ETICS) A energia poupada é mais rentável e acessível Perdas térmicas num edifício com mau isolamento Paredes exteriores aprox.

Leia mais

CALORIMETRIA Calor. CALORIMETRIA Potência ou Fluxo de Calor

CALORIMETRIA Calor. CALORIMETRIA Potência ou Fluxo de Calor CALORIMETRIA Calor É a transferência de energia de um corpo para outro, decorrente da diferença de temperatura entre eles. quente frio Unidades de calor 1 cal = 4,186 J (no SI) 1 kcal = 1000 cal Fluxo

Leia mais

scolha para renovações DAIKIN ALTHERMA ALTA TEMPERATURA AQUECIMENTO E ÁGUA QUENTE SANITÁRIA

scolha para renovações DAIKIN ALTHERMA ALTA TEMPERATURA AQUECIMENTO E ÁGUA QUENTE SANITÁRIA A 9 scolha para renovações DAIKIN ALTHERMA ALTA TEMPERATURA AQUECIMENTO E ÁGUA QUENTE SANITÁRIA 4 A solução perfeita para renovações O sistema de alta temperatura Daikin Altherma proporciona aquecimento

Leia mais

série KAT Unidades de transferência de ar acústica www.koolair.com

série KAT Unidades de transferência de ar acústica www.koolair.com série Unidades de transferência de ar acústica www.koolair.com 1 Unidade de transferência de ar acústica ÍNDICE Unidade de transferência de ar acústica. 2 Dimensões. 3 Dados técnicos. 5 Codificação. 7

Leia mais

SUBSTÂNCIAS, MISTURAS E SEPARAÇÃO DE MISTURAS

SUBSTÂNCIAS, MISTURAS E SEPARAÇÃO DE MISTURAS NOTAS DE AULA (QUÍMICA) SUBSTÂNCIAS, MISTURAS E SEPARAÇÃO DE MISTURAS PROFESSOR: ITALLO CEZAR 1 INTRODUÇÃO A química é a ciência da matéria e suas transformações, isto é, estuda a matéria. O conceito da

Leia mais

www.professormazzei.com Propriedades da Matéria Folha 05- Prof.: João Roberto Mazzei

www.professormazzei.com Propriedades da Matéria Folha 05- Prof.: João Roberto Mazzei Questão 01 Em uma cena de um filme, um indivíduo corre carregando uma maleta tipo 007 (volume 20 dm³) cheia de barras de um certo metal. Considerando que um adulto de peso médio (70 kg) pode deslocar,

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA II Exercícios - nº 1 2000/01

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA II Exercícios - nº 1 2000/01 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA II Exercícios - nº 1 2000/01 I - Escolha a resposta correcta (ou mais correcta) para cada uma das seguintes questões:

Leia mais

4.1. Variáveis meteorológicas para previsão de carga

4.1. Variáveis meteorológicas para previsão de carga 4 Curvas de carga A grande aspiração de toda concessionária de energia elétrica é modelar suas curvas de carga para que se possa fazer uma previsão mais próxima do valor real, conseguindo assim um bom

Leia mais

Definição Operações Unitárias Tipos de Op.Unitárias: Mecânicas Transferência Calor Transferência de Massa Principais Aplicações na Indústria

Definição Operações Unitárias Tipos de Op.Unitárias: Mecânicas Transferência Calor Transferência de Massa Principais Aplicações na Indústria Aula 4 Conceituação das Principais Operaçoes unitárias da Ind.Química Definição Operações Unitárias Tipos de Op.Unitárias: Mecânicas Transferência Calor Transferência de Massa Principais Aplicações na

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO DE LABORATÓRIO MECÂNICA

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO DE LABORATÓRIO MECÂNICA CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TÉCNICO DE LABORATÓRIO MECÂNICA 26. Considere o desenho abaixo: Dentre as vista apresentadas a seguir, qual representa corretamente a elevação (vista frontal)? a) b) c) d) e)

Leia mais

Aula 11 Mudança de Estado Físico Questões Atuais Vestibulares de SP

Aula 11 Mudança de Estado Físico Questões Atuais Vestibulares de SP 1. (Fuvest 011) Um forno solar simples foi construído com uma caixa de isopor, forrada internamente com papel alumínio e fechada com uma tampa de vidro de 40 cm x 50 cm. Dentro desse forno, foi colocada

Leia mais

ECONOMIA E SOCIOLOGIA MÓDULO 1 2013-2014 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

ECONOMIA E SOCIOLOGIA MÓDULO 1 2013-2014 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO ECONOMIA E SOCIOLOGIA MÓDULO 1 2013-2014 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 1. No quadro seguinte estão representadas as quantidades oferecidas e procuradas do bem A e as quantidades procuradas dos bens B e C, para

Leia mais

SUMÁRIO. 2 Fundações 29. 1 Construindo Edifícios 3. 3 Madeira 85

SUMÁRIO. 2 Fundações 29. 1 Construindo Edifícios 3. 3 Madeira 85 SUMÁRIO 2 Fundações 29 1 Construindo Edifícios 3 Aprendendo a construir 4 Sustentabilidade 4 O trabalho do projetista: a escolha de sistemas construtivos 8 Normas para construção e fontes de informação

Leia mais

Estudo dos Traços. Prof. Amison de Santana Silva

Estudo dos Traços. Prof. Amison de Santana Silva Estudo dos Traços Prof. Amison de Santana Silva Traços - Definição Relação entre as proporções de cimento e os outros materiais componentes (areia, cal, água, aditivos) = Traço. Pode ser especificado em

Leia mais

Tiago Bruno Duarte Durães

Tiago Bruno Duarte Durães Universidade do Minho Escola de Engenharia Tiago Bruno Duarte Durães Identificação do Tipo e Quantidade de PCM Adequado ao Clima Português LISBOA Identificação do Tipo e Quantidade de PCM Adequado ao Clima

Leia mais

FICHA TÉCNICA. Argamassa Polimérica. Argamassa Polimérica

FICHA TÉCNICA. Argamassa Polimérica. Argamassa Polimérica PÁGINA: 1/5 1 Descrição: A Argamassa GoiásCola é mais uma argamassa inovadora, de alta tecnologia e desempenho, que apresenta vantagens econômicas e sustentáveis para o assentamento de blocos em sistemas

Leia mais

III-502 - APLICAÇÃO DE RESÍDUOS DE GIRASSOL NA CONSTRUÇÃO DE PLACAS PARA ISOLAMENTO ACÚSTICO

III-502 - APLICAÇÃO DE RESÍDUOS DE GIRASSOL NA CONSTRUÇÃO DE PLACAS PARA ISOLAMENTO ACÚSTICO III-502 - APLICAÇÃO DE RESÍDUOS DE GIRASSOL NA CONSTRUÇÃO DE PLACAS PARA ISOLAMENTO ACÚSTICO Camila Stockey Erhardt (1) Acadêmica de Engenharia Civil na Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC. Bolsista

Leia mais