Como vem sendo habitual, destacamos em seguida as suas principais alterações em matéria fiscal.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Como vem sendo habitual, destacamos em seguida as suas principais alterações em matéria fiscal."

Transcrição

1 Orçamento de Estado para 2016 Foi publicada na passada semana a Lei nº 7--A/2016, de 30 de março de 2016, que aprova o Orçamento de Estado para 2016 (LOE 2016), e que entrou em vigor no dia 31 de março. Como vem sendo habitual, destacamos em seguida as suas principais alterações em matéria fiscal. Garantias dos Contribuintes A LOE 2016 introduz alterações à Lei Geral Tributária (LGT), ao Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT) e ao Regime Geral das Infrações Tributárias (RGIT). Lei Geral Tributária No artigo 173.º da Lei n.º 7-A/2016, o legislador altera os artigos 49.º, 63.º-A e 68.º-B da LGT. Relativamente ao artigo 49.º, introduz-se uma nova causa de suspensão da prescrição das dívidas fiscais: a pendência de ação de impugnação pauliana intentada pelo Ministério Público. Diz-se depois no artigo 174.º da LOE que esta alteração tem aplicação imediata em todos os processos de execução fiscal que se encontrem pendentes mas que a suspensão do prazo de prescrição apenas se inicia nessa data. No artigo 63.º-A alarga-se o âmbito subjetivo das entidades previstas nos n.ºs 3 e 4, que têm o dever de comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira o valor dos fluxos de pagamentos com cartões de crédito e de débito ou outros meios de pagamento eletrónico, efetuados por seu intermédio. Além das instituições de crédito e sociedades financeiras passam a estar abrangidas por esse dever as demais entidades que prestem serviços de pagamento. Relativamente ao artigo 68.º-B, determina-se que a ATA pode classificar como grandes contribuintes, sujeitos a acompanhamento permanente, as pessoas singulares com rendimentos e património superiores a montantes a definir em portaria do Governo, ou que se encontrem em especial relação com outros grandes contribuintes. No artigo 215.º da LOE 2016 revoga-se depois o n.º 2 do artigo 78.º da LGT, que pressupõe a diminuição do recurso a um importante meio processual tributário pelos contribuintes. Até aqui, em caso de erro na autoliquidação (que ocorre por ex.º no IRC e no IVA) podia-se utilizar o pedido de revisão da matéria tributável. A partir de agora, com a revogação do n.º 2 do art.º 1

2 78.º, deixa de ser possível a revisão dos atos tributários em caso de autoliquidação (ficando os meios de defesa confinados aos previstos no art.º 131.º CPPT). Código de Procedimento e Processo Tributário Relativamente ao Código de Procedimento e de Processo Tributário, são mais amplas as alterações introduzidas pela LOE 2016, e abrangem os artigos 7.º, 75.º, 177.º-A, 190.º, 191.º, 210.º, 215.º, 223.º, 227.º e 269.º. Além disso é aditado o artigo 199.º-A e são revogados os números 3 e 4 do artigo 75.º. A alteração do art.º 7.º é, a nosso ver, um lapso, devendo ser objeto de declaração de retificação. O que devia ter sido alterado não era o art.º 7.º do CPPT (sobre curador especial ou provisório) mas o artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 433/99 de 26 de outubro, que aprovou o CPPT, que se refere aos tributos administrados por autarquias locais. Segundo a nova LOE a competência para cobrança coerciva de impostos e outros tributos administrados por autarquias locais pode ser atribuído à administração tributária mediante protocolo. Na reclamação graciosa, os serviços de finanças perdem competências - deixam de poder decidir as reclamações quando o valor do processo não exceda a alçada do tribunal tributário (como resulta da alteração ao art.º 75.º n.º 1, e da revogação do seu n.º 3). No artigo 177.º-A passa a dizer-se que se considera que o contribuinte tem a situação tributária regularizada quando tenha pendente meio de contencioso adequado à discussão da legalidade ou exigibilidade da dívida exequenda e o processo de execução fiscal tenha garantia constituída, nos termos legais;. A redação anterior apenas mencionava os processos adequados à discussão da legalidade e foi alargado a meios contenciosos como a oposição à execução. A alteração ao artigo 190.º do CPPT pode revelar-se gravosa para os contribuintes na medida em que simplifica o conteúdo das citações em matéria fiscal. Diz-se agora que: 7 - Nos casos de dívidas cobradas no mesmo processo de execução fiscal, os elementos da citação previstos no n.º 1 podem referir-se à globalidade das dívidas, indicando a sua natureza, o ano ou período a que se reportam e o seu montante global Há assim um menor grau de detalhe na informação que consta da citação, o que pode ser muito gravoso para o contribuinte, que terá que aceder ao portal das finanças para conhecer o detalhe das dívidas. Caso não tenha caixa postal eletrónica e senha de acesso ao portal das finanças, o contribuinte terá que se deslocar a um serviço de finanças para conhecer que dívidas lhe estão 2

3 a ser imputadas. Nestes casos de citação só com indicação do montante global, há uma dilação de cinco dias na data da citação. As restantes alterações (190.º, 191.º, 210.º, 215.º, 223.º, 227.º e 269.º) são a aspetos pontuais da execução fiscal, merecendo referência a do artigo 269.º que prevê a extinção da execução quando, após o pagamento voluntário da totalidade da dívida exequenda e acrescido, se verifique serem devidos juros de mora ou custas até 10. Um artigo muito relevante da LOE 2016 é o que regulamenta a avaliação de garantias na execução fiscal. Até aqui a avaliação das garantias era feita de acordo com ofícios-circulados, muitas vezes em contradição direta com a jurisprudência de tribunais superiores. Agora, passa a ser o CPPT a regular como se processa essa avaliação, remetendo para as regras de avaliação previstas no Código do imposto de Selo, mas criando algumas especificidades na execução fiscal. Com a LOE 2016, o novo artigo 199.º-A do CPPT dispõe que: 1- Na avaliação da garantia, com exceção de garantia bancária, caução e seguro-caução, deve atender-se ao valor dos bens ou do património do garante apurado nos termos dos artigos 13.º a 17.º do Código do Imposto do Selo, com as necessárias adaptações, deduzido dos seguintes montantes: a) Garantias concedidas e outras obrigações extrapatrimoniais assumidas; b) Partes de capital do executado que sejam detidas, direta ou indiretamente, pelo garante; c) Passivos contingentes; d) Quaisquer créditos do garante sobre o executado. Acrescenta-se depois no n.º 2 que sendo o garante uma sociedade, o valor do seu património corresponde ao valor da totalidade dos títulos representativos do seu capital social determinado nos termos do artigo 15.º do Código do Imposto do Selo, deduzido dos montantes referidos nas alíneas do número anterior. Já se o garante for uma pessoa singular, deve atender-se ao património desonerado e aos rendimentos suscetíveis de gerar meios para cumprir a obrigação, deduzidos dos montantes referidos nas alíneas do n.º 1. Segundo o artigo 177.º da LOE 2016 o artigo 199.º-A ( ) tem aplicação imediata às garantias que tenham sido aceites até à data da entrada em vigor da presente lei, mas esta avaliação só determina o reforço ou a substituição dessas garantias quando o valor apurado seja inferior a 80 % do valor resultante da aplicação do n.º 6 do mesmo artigo. 3

4 No art.º 178.º da LOE 2016 cria-se um regime transitório de dispensa de prestação de garantia em pagamentos até 12 prestações, para pedidos apresentados até 31 de dezembro de Segundo a lei, é dispensada a prestação de garantia nos pagamentos em prestações a que se refere o artigo 196.º do CPPT, quando, à data do pedido, o devedor tenha dívidas exigíveis em execução fiscal, legalmente não suspensas, desde que o requerimento de dispensa seja apresentado pelo executado juntamente com o pedido de pagamento em prestações, o plano de pagamento seja autorizado com o máximo de 12 prestações, e se, durante o período da sua vigência, o executado, cumulativamente proceder ao pagamento atempado das prestações, não ceder nem onerar o seu património e regularizar as novas dívidas no prazo máximo de 90 dias. Durante o período de vigência da dispensa de garantia, a taxa dos juros de mora aplicáveis às dívidas tributárias corresponde ao dobro da taxa legal (prevista no n.º 1 do artigo 3.º do Decreto- Lei n.º 73/99, de 16 de março). Por sua vez o incumprimento de qualquer das condições referidas na lei determina a revogação da dispensa de prestação de garantia aí prevista (n.º 3). Acrescenta o legislador no n.º 5 que a dispensa de prestação de garantia prevista neste regime determina a suspensão da execução fiscal das dívidas abrangidas pelo plano de pagamento em prestações, considerando-se que o devedor tem a situação tributária regularizada relativamente às mesmas dívidas, enquanto estiver vigente o plano prestacional. Regime Geral das Infrações Tributárias: No Regime Geral das Infrações Tributárias a única alteração consta do artigo 180.º da Lei n.º 7- A/2016 é ao n.º 6 do artigo 117.º, e cria uma nova contraordenação. A falta da declaração de informação financeira e fiscal por país ou jurisdição relativa às entidades de um grupo multinacional, passa a ser punível com coima de 500 a euros para as pessoas singulares (e de a euros para pessoas coletivas). A Lei n.º 7-A/2016 contém também algumas autorizações legislativas em matéria de inspeção tributária e de custas. No artigo 181.º, fica o Governo autorizado a alterar os artigos 13.º, 38.º e 43.º do Regime Complementar do Procedimento de Inspeção Tributária, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 413/98, de 31 de dezembro, e republicado pela Lei n.º 50/2005, de 30 de agosto. Entre outras coisas a autorização prevê a desmaterialização do procedimento de inspeção e a generalização da notificação por caixa postal eletrónica. 4

5 Por sua vez, o artigo 182.º da LOE 2016 autoriza o Governo a alterar os artigos 14.º, 17.º, 18.º, 19.º, 20.º e a tabela a que se refere o n.º 4 do artigo 9.º do Regulamento das Custas dos Processos Tributários (RCPT). Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares No IRS as principais alterações constam dos artigos 129º e 130º da LOE A LOE 2016 prevê a atualização de todos os escalões do IRS (exceto o último). Elimina-se o quociente familiar que permitia, para efeitos da determinação do rendimento coletável, a ponderação dos dependentes e ascendentes em 0,3. Volta-se novamente a considerar apenas o fator 1 por cada sujeito passivo principal (quociente conjugal). Para efeitos da aplicação da taxa do IRS o rendimento coletável é dividido por dois, no caso de contribuintes casados e não separados judicialmente de pessoas e bens e de unidos de facto, caso optem pela tributação conjunta. Em consequência da eliminação do quociente familiar, as deduções à coleta foram revistas e passam a ser as seguintes: - Deduções à coleta referentes aos dependentes: 600 ; - Deduções à coleta referentes aos ascendentes: 525 ; - Dedução relativa a dependentes com deficiência: 2,5 vezes o valor do IAS (Indexante de Apoios Sociais). Passa a ser possível deduzir o equivalente a 15% do IVA suportado com despesas de veterinário. O benefício previsto no artigo 78º-F do CIRS (dedução à coleta de 15% do IVA suportado com determinadas despesas), poderá ser atribuído à igreja ou a comunidades religiosas radicadas em Portugal ou a Entidades do Setor Não Lucrativo. É acrescentada a possibilidade dos contribuintes inserirem no Portal das Finanças as despesas de saúde e de educação realizadas em qualquer território fora de Portugal (e não apenas as despesas realizadas na UE ou EEE). Na liquidação oficiosa nos rendimentos da Categoria B, no caso de falta de entrega da declaração de IRS, os rendimentos empresariais e profissionais tributáveis serão determinados com as regras do regime simplificado, aplicando-se o coeficiente 0,75, com exceção dos rendimentos de propriedade intelectual ou industrial e dos rendimentos auferidos por sócios de sociedades 5

6 abrangidas pelo regime de transparência fiscal, aos quais serão aplicados os respetivos coeficientes. No caso dos advogados o coeficiente aplicável é o de 0,75. O legislador alarga as obrigações previstas para as entidades emitentes de vales de refeição às entidades emitentes de vales infância e vales educação, introduzindo-se o conceito de títulos de compensação extrassalarial. Ao nível das autorizações legislativas destaca-se o alargamento do prazo de entrega da declaração de IRS para 31 de agosto, no caso de SP que deixem de ser residentes em Portugal e, enquanto o foram, tenham beneficiado do regime de neutralidade fiscal em operações de permuta de ações, de fusões ou cisões ou transmissão de património para a realização de capital social IRS e a possibilidade de inscrição eletrónica dos residentes não habituais. Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas Em sede de IRC as alterações relevantes constam dos artigos 133º e 134º da LOE A participação mínima exigida para aproveitar o regime de participation exemption (não tributação dos dividendos recebidos/distribuídos e das mais e menos valias realizadas com a alienação de partes de capital) passa de 5% para 10%. O prazo mínimo de detenção das partes de capital exigido para aproveitar o regime de participation exemption passa de 24 meses para 12 meses, mantendo-se a possibilidade de cumprimento a posteriori do período de detenção. A dispensa de retenção na fonte sobre os dividendos distribuídos passa a ser possível após o período mínimo de detenção da participação de um ano. A tributação das mais e menos valias referentes a partes de capital de sociedades cujo ativo é constituído em mais de 50% por imóveis é estendida à transmissão de outros instrumentos de capital próprio associados às partes sociais, designadamente prestações suplementares. Os novos requisitos para aplicação do regime de participation exemption aplicam-se às participações detidas à data da entrada em vigor do OE para 2016, contando-se o novo prazo de detenção desde a data de aquisição da participação de 10% do capital social ou dos direitos de voto. Para aproveitar o crédito por dupla tributação económica internacional, relativamente a lucros e reservas distribuídos por entidades não residentes e que tenham sido incluídos na matéria coletável do contribuinte, passa também a ser exigida uma percentagem mínima de 10% (contra os 5%) e o período mínimo de detenção passa também de 24 meses para 12 meses. 6

7 O prazo de reporte dos prejuízos fiscais passa de 12 anos para 5 anos, aplicável apenas aos períodos iniciados a 1 de Janeiro de 2017, com exceção dos sujeitos passivos que se classifiquem como PME nos termos do Decreto-Lei nº 372/2007, de 6 novembro (cujo prazo de reporte se mantém nos 12 anos). Incluem-se nesta noção as empresas que empreguem mais de 50 pessoas e cujo volume de negócios anula ou balanço total anual não exceda 10 milhões de euros. Também o regime de isenção dos rendimentos obtidos por Estabelecimento Estável situados fora do território português é ajustado ao novo período de reporte dos prejuízos fiscais, passando de 12 anos para 5 anos (também neste caso a alteração só produzirá efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2017 e também com exceção dos sujeitos passivos que se classifiquem como PME nos termos do Decreto-Lei nº 372/2007, de 6 novembro). No Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS), nas situações em que as sociedades estejam sujeitas a uma taxa de IRC inferior à taxa normal e renunciem à sua aplicação para poderem ser enquadradas no RETGS, essa opção tem que ser mantida por um período mínimo de 3 anos. Quanto à transferência de residência de uma sociedade para o estrangeiro ou em caso de cessação de atividade de um estabelecimento estável, passa a estar expressamente previsto, caso sejam apuradas mais ou menos valias com partes de capital, que se aplica o regime de participation exemption quando a residência é alterada para um Estado Membro de UE ou do EEE com acordo de cooperação administrativa (norma com caráter interpretativo). Para as entidades que não exerçam a título principal uma atividade comercial, industrial ou agrícola a taxa de IRC passa de 21,5% para 21%. Caso não se cumpram as condições para o afastamento da tributação autónoma dos bónus e outras remunerações variáveis pagas a gerentes, administradores e gestores, a tributação autónoma que deveria ter sido paga deve ser adicionada ao IRC liquidado no ano do incumprimento. O agravamento da tributação autónoma em 10 pontos percentuais no caso do RETGS deverá ser aplicado quando o grupo apresente prejuízo fiscal (norma com natureza interpretativa). A LOE elimina o regime transitório introduzido pela Lei nº 30-G/2000, de 29 de Dezembro para os grupos que tenham sido tributados ao abrigo do anterior regime de tributação pelo lucro consolidado e que tenham à data transitado para o atual RETGS e não tenham cessado a sua aplicação desde 2001 até A alteração implica que sejam incluídos em 2016, 2017 e 2018, em partes iguais os resultados internos que ainda se encontrem pendentes: saída do grupo da 7

8 sociedade detentora dos bens que originaram o apuramento dos resultados internos, alienação desses mesmos bens a entidades externas ao grupo ou cessação do RETGS a partir de Ao nível das obrigações acessórias: - Introduz-se uma norma que expressamente refere a dispensa de entrega da Modelo 22 no caso de entidades não residentes em Portugal, sem estabelecimento estável neste território, que apenas aufiram em Portugal de rendimentos sujeitos a retenção a título definitivo; - Reduz-se o prazo de obrigatoriedade de manutenção de suporte à contabilidade e do processo de documentação fiscal de 12 para 10 anos. O novo prazo é aplicável aos períodos iniciados em 1 de Janeiro de 2017; - Cria-se o chamado country-by-country reporting: as entidades pertencentes a um grupo económico passam a ter de apresentar relativamente a cada período de tributação, uma declaração de informação financeira e fiscal por país ou jurisdição fiscal; Esta declaração aplicase às entidades que controlem direta ou indiretamente, entidades em países e jurisdições fiscais distintas, cujos rendimentos consolidados sejam iguais ou superiores a 750 milhões de euros, no exercício imediatamente anterior. Ao nível das autorizações legislativas mais relevantes, a LOE 2016 autoriza o Governo a proceder: - À alteração do regime de isenção parcial dos rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial (patent box). - à introdução de um regime facultativo de reavaliação do AFT (ativo fixo tangível) e PI (propriedades de investimento) cuja vida útil remanescente seja igual ou superior a 5 anos, com tributação à taxa autónoma de 14% da reavaliação efetuada a pagar em partes iguais em 2016, 2017 e à alteração do cálculo dos PEC s (pagamentos especiais por conta) devidos no RETGS. - à introdução de medidas de apoio ao transporte rodoviário de passageiros e de mercadorias através da criação de benefícios fiscais que compensem a subida do ISP (imposto sobre produtos petrolíferos). Benefícios Fiscais Com a LOE 2016 (nomeadamente nos artigos 170º, 171º e 172º) procede-se à clarificação da taxa de tributação de 35% dos rendimentos distribuídos ou decorrentes do resgate de unidades 8

9 de participação de Organismos de Investimento Coletivo (OIC), quando os respetivos titulares sejam residentes em país, território ou região sujeito a um regime fiscal mais favorável, bem como dos rendimentos pagos ou colocados à disposição em contas abertas de um ou mais titulares, mas por conta de terceiros não identificados. O regime de tributação à saída dos OIC (10% no caso de OIC Imobiliários ou isenção no caso de OIC mobiliários), passa também a ser aplicável aos titulares que sejam entidades não residentes, que por sua vez, sejam detidas, direta ou indiretamente, em mais de 25%, por entidades ou pessoas singulares residentes em território nacional, desde que essa entidade seja residente noutro EM da UE ou do EEE que esteja vinculado a cooperação administrativa no domínio da fiscalidade ou num Estado com o qual tenha sido celebrada Convenção de Dupla tributação (CDT) que preveja a troca de informações. A isenção de mais-valias realizadas por não residentes com a alienação de partes de capital, passa aplicar-se independentemente da detenção das não residentes em mais de 25% por entidades residentes, desde que a entidade não residente reúna os seguintes requisitos: - seja residente noutro EM da UE ou do EEE que esteja vinculado a cooperação administrativa no domínio da fiscalidade ou num Estado com o qual tenha sido celebrada CDT que preveja a troca de informações; - Cumpra o requisito geral de sujeição a taxa efetiva mínima no estado da residência; - Detenha no mínimo 10% do capital da sociedade alienada; - Detenha a participação por um período mínimo de um ano; Ficam isentos de IRC os rendimentos obtidos por associações de pais, com exceção dos rendimentos de capitais, desde que a totalidade dos rendimentos brutos sujeitos e não isentos não exceda o montante de ; Imposto sobre o Valor Acrescentado As principais alterações ao CIVA constam dos artigos 142º a 151º da LOE O regime de renúncia à isenção do IVA relativo à prestação de serviços médicos e sanitários é reformulado: a renúncia pode ser exercida por estabelecimentos hospitalares, clínicas, dispensários e similares, que não sejam pessoas coletivas de direito público, apenas relativamente às prestações de serviços médicos e sanitários e operações com elas 9

10 estreitamente conexas, que não decorram de acordos com o Estado, no âmbito do sistema de saúde, nos termos da respetiva lei de bases. Passam a beneficiar da taxa reduzida do IVA as algas vivas, frescas ou secas, os sumos e néctares de algas e as bebidas de aveia, arroz e amêndoa sem teor alcoólico; As prestações de serviços utilizados no âmbito das atividades de produção aquícola ficam também sujeitas à taxa reduzida do IVA (tal como as de produção agrícola); Apenas o pão fica a estar sujeita à taxa reduzida, excluindo-se os produtos de idêntica natureza, tais como gressinos, pães de leite, regueifas e tostas. Passam a estar também à taxa reduzida o seitan, tofu, tempeh e soja texturizada. Deixa de estar sujeito à taxa reduzida a criação de animais para a produção de peles. A partir de 1 de julho de 2016, passam a estar abrangidas pela taxa intermédia as prestações de serviços de alimentação e bebidas, com exclusão de bebidas alcoólicas, refrigerantes, sumos e néctares, águas gaseificadas ou adicionadas de gás carbónico ou outras substâncias e as refeições prontas a consumir, nos regimes de pronto a comer e levar ou com entrega ao domicílio. As conservas de carne e miudezas comestíveis passam a ser tributadas à taxa normal. Imposto do Selo As alterações ao Imposto de Selo (IS) constam dos artigos 152º a 156º da LOE Nos contratos de arrendamento com pluralidade de locadores ou sublocadores, determina-se que o sujeito passivo do imposto é aquele que proceder à comunicação do contrato à Autoridade Tributária ou, sendo a comunicação efetuada por terceiro, o primeiro locador ou sublocador identificado no contrato, sem prejuízo da responsabilidade tributária ser imputada solidariamente a todos. No caso de prédio de herança indivisa ou de parte comum de prédio constituído em propriedade horizontal, o sujeito passivo é a herança indivisa representada pelo cabeça de casal e o condomínio representado pelo administrador, respetivamente. A isenção do IS nos suprimentos passa a exigir a participação mínima de 10% no capital social e que esta tenha permanecido na titularidade do credor de suprimentos por um período mínimo 10

11 de um ano ou, no caso de sociedade constituída, a participação seja mantida durante aquele período. É introduzida menção expressa de que as comissões bancárias cobradas pela utilização dos cartões de débito ou de crédito estão sujeitas à taxa de 4% de IS (norma com caráter interpretativo). As taxas do IS relativamente ao crédito ao consumo são agravadas em 50%, aplicando-se aos factos tributários que ocorram até 31/12/2018 (as taxas situavam-se entre 0,07% e 1%); A isenção do IS sobre os juros, garantias e comissões cobradas entre instituições financeiras, apenas se aplica às garantias e operações financeiras diretamente destinadas à concessão de crédito no âmbito da atividade exercida pelas instituições financeiras (norma de caráter interpretativo); No que diz respeito às autorizações legislativas mais relevantes: Adicionar um spread de 4% à taxa de juro utilizada como fator de capitalização para efeitos da determinação do valor tributável de transmissões gratuitas de ações, títulos e certificados de dívida pública, que não tenham cotação oficial. IMT e IMI As alterações ao IMI e ao IMT constam respetivamente, dos artigos 162º a 166º e 167º da Lei n.º 7-A/2016. Passam a estar sujeitas a IMT as aquisições de Unidades de Participação (UP s) de Fundos de Investimento Imobiliário (FII) fechados de subscrição particular, as operações de resgate, aumento ou redução do capital, das quais resulte que um dos titulares, ou dois titulares casados ou unidos de facto, fiquem a dispor de, pelo menos 75% das UP s representativas do FII. Passam também a estar sujeitas a IMT as entregas de bens imóveis pelos participantes no momento de subscrição de UP s de FII fechados de subscrição particular, sendo que o valor tributável corresponde ao Valor Patrimonial Tributário (VPT) ou ao valor atribuído aos imóveis, consoante o maior. Havendo dissolução de FII em que os imóveis fiquem a pertencer aos participantes que já tenham sido tributados, o IMT relativo à nova transmissão incidirá sobre a diferença entre o valor dos imóveis agora adquiridos e o valor base sobre o qual o IMT tenha sido anteriormente liquidado. 11

12 É revogada a norma que reduzia para metade o IMT e o IMI devido por FII abertos ou fechados de subscrição pública e fundos poupança reforma. No Código Fiscal ao Investimento, para além dos benefícios fiscais previstos no Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI), passa a prever-se a possibilidade dos municípios concederem isenções de IMT e IMI para apoio ao investimento a realizar na área do município fora do âmbito do RFAI. A atualização do valor patrimonial tributário (VPT) dos prédios urbanos afetos a uma atividade comercial, industrial ou de serviços, deixa de ser anual para passar a ser trienal, passando a utilizar-se os coeficientes de desvalorização da moeda. Para 2016 os prédios referidos serão objeto de uma atualização extraordinário de 2,25% (esta atualização é aplicável aos prédios cujo VPT foi atualizado entre 2012 e 2015). A taxa máxima de IMI é reduzida de 0,5% para 0,45%, no entanto os municípios abrangidos por programa de apoio à economia local ou programa de ajustamento municipal poderão manter a taxa máxima de IMI nos 0,5%. A redução de taxa de IMI para prédios para habitação de sujeitos passivos com dependentes a cargo passa a estar prevista no CIMI ao invés do EBF e passa a ser feita através de dedução fixa, variando entre os 20 e os 70 em função do número de dependentes. Regime de salvaguarda: o IMI dos prédios urbanos afetos à habitação própria e permanente do Sujeito Passivo, não pode exceder o IMI do ano anterior adicionado do maior dos seguintes valores: 75 ou 1/3 da diferença entre o IMI resultante do VPT fixado na avaliação atual e o que resultaria da avaliação anterior. Suzana Fernandes da Costa Vogal Tesoureira do CDR Óscar Rodrigues Veloso Revisor Oficial de Contas 12

RENDIMENTOS E RETENÇÕES A TAXAS LIBERATÓRIAS

RENDIMENTOS E RETENÇÕES A TAXAS LIBERATÓRIAS R. P. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS AUTORIDADE TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA DECLARAÇÃO (Art. 119.º, N.º 12, do CIRS) RENDIMENTOS E RETENÇÕES A TAXAS LIBERATÓRIAS MODELO 39 1 NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL NÚMERO DE

Leia mais

REGIÕES AUTÓNOMAS 01 N.º DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL (NIF) 02 PERÍODO REGIÕES AUTÓNOMAS REPARTIÇÃO DO VOLUME ANUAL DE NEGÓCIOS

REGIÕES AUTÓNOMAS 01 N.º DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL (NIF) 02 PERÍODO REGIÕES AUTÓNOMAS REPARTIÇÃO DO VOLUME ANUAL DE NEGÓCIOS MODELO EM VIGOR A PARTIR DE JANEIRO DE 2015 03 R P MINISTÉRIO DAS FINANÇAS AUTORIDADE TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA DECLARAÇÃO D E RENDIMENTOS Volume global de negócios não isento REGIÕES AUTÓNOMAS 01 Nº DE IDENTIFICAÇÃO

Leia mais

BOLETIM INFORMATIVO REGIME FISCAL ESPECIAL ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS. Lei nº. 61/2014, de 26 de agosto

BOLETIM INFORMATIVO REGIME FISCAL ESPECIAL ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS. Lei nº. 61/2014, de 26 de agosto Departamentos: Contabilidade, Auditoria e Fiscalidade BOLETIM INFORMATIVO 01 de Setembro de 2014 REGIME FISCAL ESPECIAL ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Lei nº. 61/2014, de 26 de agosto Pedro Moreira T.O.C

Leia mais

FISCALIDADE DAS COOPERATIVAS

FISCALIDADE DAS COOPERATIVAS FISCALIDADE DAS COOPERATIVAS naguiar@ipb.pt Lisboa, 04-06-2015 Constituição da República Portuguesa Artigo 85º 1. O Estado estimula e apoia a criação e a actividade de cooperativas. 2. A lei definirá os

Leia mais

Conferência IDEFF/OTOC 8 de Outubro de 2010. A relação entre a Contabilidade e a Fiscalidade problemas fiscais

Conferência IDEFF/OTOC 8 de Outubro de 2010. A relação entre a Contabilidade e a Fiscalidade problemas fiscais Conferência IDEFF/OTOC 8 de Outubro de 2010 A relação entre a Contabilidade e a Fiscalidade problemas fiscais Delimitação do tema Custos e proveitos contabilísticos que não são fiscalmente relevantes,

Leia mais

CIRCULAR. Gabinete Jurídico-Fiscal. Assunto: Segurança Social Processo Executivo da Segurança Social

CIRCULAR. Gabinete Jurídico-Fiscal. Assunto: Segurança Social Processo Executivo da Segurança Social CIRCULAR Gabinete Jurídico-Fiscal N/REFª: 30/2014 DATA: 05 de Maio de 2014 Assunto: Segurança Social Processo Executivo da Segurança Social Exmos. Senhores, Para conhecimento, junto se envia a Circular

Leia mais

TAX alert 15 NOVEMBRO / 2013

TAX alert 15 NOVEMBRO / 2013 15 NOVEMBRO / 2013 REGIME EXCEPCIONAL DE REGULARIZAÇÃO DE DÍVIDAS FISCAIS E À SEGURANÇA SOCIAL (RERD) Foi recentemente aprovado o Decreto-Lei n.º 151-A/2013, de 31 de Outubro, mencionado na nossa última

Leia mais

a) Âmbito objetivo b) Pressupostos de aplicabilidade do regime

a) Âmbito objetivo b) Pressupostos de aplicabilidade do regime Lei n.º 58/2012 de 9 de novembro, que cria um regime extraordinário de proteção de devedores de crédito à habitação em situação económica muito difícil A presente lei procede à criação de um regime extraordinário

Leia mais

B - QUADRO DE BENEFÍCIOS FISCAIS

B - QUADRO DE BENEFÍCIOS FISCAIS B - QUADRO DE BENEFÍCIOS FISCAIS ASSOCIADOS AOS IMPOSTOS MUNICIPAIS E APOIOS E INCENTIVOS FINANCEIROS À REABILITAÇÃO 38 39 B - QUADRO DE BENEFÍCIOS FISCAIS ASSOCIADOS AOS IMPOSTOS MUNICIPAIS E APOIOS E

Leia mais

Circular n.º 4 DGSS 16 dezembro 2014

Circular n.º 4 DGSS 16 dezembro 2014 Regulamento das comparticipações familiares devidas pela utilização dos serviços e equipamentos sociais, com acordo de cooperação Data de divulgação no site - 31 março 2015 Orientações gerais Comparticipações

Leia mais

O Orçamento de Estado para 2012 e os advogados

O Orçamento de Estado para 2012 e os advogados O Orçamento de Estado para 2012 e os advogados Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) As alterações que a Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, introduz ao Código do IRS são muito significativas

Leia mais

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS (IRC)

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS (IRC) 1 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS (IRC) Participation exemption A Proposta de Orçamento do Estado de 2016 (a Proposta ) prevê a alteração dos requisitos mínimos do regime de participation

Leia mais

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 97/2016, 1º Suplemento, Série II de 2016-05-19, páginas 15806-(2) a 15806-(5)

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 97/2016, 1º Suplemento, Série II de 2016-05-19, páginas 15806-(2) a 15806-(5) Classificação: 060.01.01 Segurança: Pública Processo: Direção de Serviços de Comunicação e Apoio ao Contribuinte Legislação Diploma - Despacho n.º 6635-A/2016, de 19 de maio Estado: vigente Resumo: Despacho

Leia mais

Propostas na área da Habitação

Propostas na área da Habitação Propostas na área da Habitação PROPOSTA DE ADITAMENTO PROPOSTA DE LEI N.º103/XII ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2013 O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda apresenta a seguinte proposta de aditamento de um

Leia mais

PPR Taxa Garantida 2% + O PPR Taxa Garantida 2%+ é um plano de poupança que assegura:

PPR Taxa Garantida 2% + O PPR Taxa Garantida 2%+ é um plano de poupança que assegura: Característi cas PPR Taxa Garantida 2% + O PPR Taxa Garantida 2%+ é um plano de poupança que assegura: Capital e rendimento mínimo garantido a uma taxa mínima garantida de 2% em cada ano durante o prazo

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 235/XII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 235/XII. Exposição de Motivos Proposta de Lei n.º 235/XII Exposição de Motivos A partir do ano de 2005, e por força da adoção obrigatória das Normas Internacionais de Relato Financeiro e das Normas de Contabilidade Ajustadas, o montante

Leia mais

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE MAPA DE OBRIGAÇÕES FISCAIS E PARAFISCAIS DE JANEIRO 2015 Dia 12: IVA: Envio da declaração mensal referente ao mês de novembro de 2014 e anexos. IRS/IRC/SEGURANÇA SOCIAL: Declaração de rendimentos pagos

Leia mais

IES - INFORMAÇÃO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA (ENTIDADES RESIDENTES QUE NÃO EXERCEM, A TÍTULO PRINCIPAL, ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA)

IES - INFORMAÇÃO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA (ENTIDADES RESIDENTES QUE NÃO EXERCEM, A TÍTULO PRINCIPAL, ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA) IES DECLARAÇÃO ANUAL (ENTIDADES RESIDENTES QUE NÃO EXERCEM, A TÍTULO PRINCIPAL, ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA) 01 N.º DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL (NIPC) 02 EXERCÍCIO/PERÍODO 1 IES - INFORMAÇÃO

Leia mais

Calendário Fiscal 2016

Calendário Fiscal 2016 1224455645 45 46 456 4 45 345 8990 4322 344445 5666 2 2121 212 477 7 35 578997896 2345 345 45 6 65 3 24 6 76 7 1 168 1 5 95 64966 883 55 7 9 0 4564576 3 5345345 66345343 1223 576 7 8888 24 76868 123234

Leia mais

2.º SUPLEMENTO II SÉRIE ÍNDICE. Ministério das Finanças PARTE C. Segunda-feira, 14 de janeiro de 2013 Número 9

2.º SUPLEMENTO II SÉRIE ÍNDICE. Ministério das Finanças PARTE C. Segunda-feira, 14 de janeiro de 2013 Número 9 II SÉRIE Segunda-feira, 14 de janeiro de 2013 Número 9 ÍNDICE 2.º SUPLEMENTO PARTE C Ministério das Finanças Gabinete do Ministro: Despacho n.º 796-B/2013: Despacho que aprova as tabelas de retenção na

Leia mais

a) Todo o serviço de alimentação, incluindo catering, passa a estar sujeito à taxa

a) Todo o serviço de alimentação, incluindo catering, passa a estar sujeito à taxa FAQ sobre IVA nos serviços de alimentação e bebidas 1. O que muda a partir de 1 de julho de 2016? R: De acordo com a Lei do Orçamento de Estado para 2016 (Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março), a partir de

Leia mais

REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO DO OURO PARA INVESTIMENTO MÓDULO 4

REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO DO OURO PARA INVESTIMENTO MÓDULO 4 REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO MÓDULO 4 REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO DO OURO PARA INVESTIMENTO José Soares Roriz Março de 2011 4.1. Bens abrangidos pelo regime especial: O ouro que reúna as seguintes

Leia mais

RECEITAS DOS MUNICÍPIOS. Participação no IRS Derrama IMI IMT

RECEITAS DOS MUNICÍPIOS. Participação no IRS Derrama IMI IMT RECEITAS DOS MUNICÍPIOS Participação no IRS Derrama IMI IMT 1. Introdução De acordo com a Lei n.º 73/2013, de 3 de Setembro (Lei das Finanças Locais), em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2014, constituem

Leia mais

BENEFÍCIOS FISCAIS 01 N.º DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL (NIF) 02 PERÍODO RENDIMENTOS ISENTOS ISENÇÃO DEFINITIVA. do EBF)

BENEFÍCIOS FISCAIS 01 N.º DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL (NIF) 02 PERÍODO RENDIMENTOS ISENTOS ISENÇÃO DEFINITIVA. do EBF) MODELO EM VIGOR A PARTIR DE JANEIRO DE 2013 03 R. P. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS AUTORIDADE TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA DECLARAÇÃO D E RENDIMENTOS BENEFÍCIOS FISCAIS 01 N.º DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL (NIF) 02 PERÍODO

Leia mais

JORNAL OFICIAL. 3.º Suplemento. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Sexta-feira, 8 de janeiro de 2016. Série. Número 3

JORNAL OFICIAL. 3.º Suplemento. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Sexta-feira, 8 de janeiro de 2016. Série. Número 3 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Sexta-feira, 8 de janeiro de 2016 Série 3.º Suplemento Sumário SECRETARIA REGIONAL DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Despacho n.º 2/2016 Aprova as tabelas

Leia mais

O Orçamento do Estado Fevereiro de 2016

O Orçamento do Estado Fevereiro de 2016 O Orçamento do Estado 2016 11 Fevereiro de 2016 Índice I. Imposto do Selo II. Imposto Municipal sobre Imóveis III. Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis 2 Orçamento de Estado 2016

Leia mais

PPR SÉNIOR - 2ª Série

PPR SÉNIOR - 2ª Série Plano Poupança Reforma TIPO DE CLIENTE Particulares, Profissionais Liberais e Empresas. SEGMENTO-ALVO Destina-se essencialmente a Clientes, com perfil conservador, com idade igual ou superior a 55 anos,

Leia mais

A revolução dos trabalhadores independentes

A revolução dos trabalhadores independentes Curso Intensivo sobre o Código Contributivo 2.ª edição A revolução dos trabalhadores independentes Gustavo Lopes Courinha 30 Novembro 2010 O Direito da Segurança Social - a vertente contributiva A importância

Leia mais

SALDOPOSITIVO.CGD.PT PROGRAMA DE LITERACIA FINANCEIRA GUIA DO ALOJAMENTO LOCAL

SALDOPOSITIVO.CGD.PT PROGRAMA DE LITERACIA FINANCEIRA GUIA DO ALOJAMENTO LOCAL SALDOPOSITIVO.CGD.PT GUIA DO ALOJAMENTO LOCAL Conheça as obrigações de quem tem uma casa disponível para alugar a turistas 1. INTRODUÇÃO Embora sejam atividades semelhantes, o arrendamento tradicional

Leia mais

XXXX xxxxxxx Assembleia da República n.º 124/2011

XXXX xxxxxxx Assembleia da República n.º 124/2011 No uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, aprova o regime de contabilidade de caixa em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (regime de IVA de caixa),

Leia mais

Concordata de 2004. Artigo 26

Concordata de 2004. Artigo 26 Concordata de 2004 Artigo 26 1. A Santa Sé, a Conferência Episcopal Portuguesa, as dioceses e demais jurisdições eclesiásticas, bem como outras pessoas jurídicas canónicas constituídas pelas competentes

Leia mais

CASO DE CONTRATAÇÃO À DISTÂNCIA INFORMAÇÃO PRÉ-CONTRATUAL

CASO DE CONTRATAÇÃO À DISTÂNCIA INFORMAÇÃO PRÉ-CONTRATUAL CXGOLBD_20160701 Caixa Gold CASO DE CONTRATAÇÃO À DISTÂNCIA INFORMAÇÃO PRÉ-CONTRATUAL A. ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO 1. Identificação da instituição de crédito 1.1. Denominação CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS,

Leia mais

Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro:

Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro: Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro: A lei que aprova o Orçamento de Estado para 2011 (daqui em diante LOE 2011), publicada na passada sexta-feira, introduz importantes alterações aos códigos tributários

Leia mais

Portaria n.º 1119/2009, de 30 de Setembro - Série I n.º190

Portaria n.º 1119/2009, de 30 de Setembro - Série I n.º190 Actualiza o zonamento com a introdução de zonas homogéneas do zonamento e delimitação de alguns coeficientes de localização Com a publicação do Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro, procedeu-se

Leia mais

i) Efetuados entre 1 de novembro e 20 de dezembro de 2013;

i) Efetuados entre 1 de novembro e 20 de dezembro de 2013; Página 1 de 5 Regularização Excecional de Dívidas Fiscais e à Segurança Social Decreto- Lei n.º 151- A/2013, de 31 de outubro O diploma legal que instituiu o novo regime excecional para regularização de

Leia mais

A taxa do IRC para as PME. Alguns aspetos a ter em conta para a sua utilização

A taxa do IRC para as PME. Alguns aspetos a ter em conta para a sua utilização A taxa do IRC para as PME Alguns aspetos a ter em conta para a sua utilização A reforma do IRC criou uma nova taxa de 17% (n.º 2 do artigo 87.º do Código do IRC) para pequenas e médias empresas, aplicável

Leia mais

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 109/2015, Série I, de 05/06, Páginas 3630-3632. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS. Portaria n.

Legislação. Publicação: Diário da República n.º 109/2015, Série I, de 05/06, Páginas 3630-3632. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS. Portaria n. MOD. 4.3 Classificação: 0 6 0. 0 1. 0 1 Segurança: P úbl i c a Processo: Direção de Serviços de Comunicação e Apoio ao Contribuinte Legislação Diploma Portaria n.º 172/2015 Estado: vigente Resumo: Define

Leia mais

Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro (OE 2015) Lei n.º 82-C/2014, de 31 de Dezembro (Alterações ao IRC) Lei n.º 82-D/2014, de 31 de Dezembro

Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro (OE 2015) Lei n.º 82-C/2014, de 31 de Dezembro (Alterações ao IRC) Lei n.º 82-D/2014, de 31 de Dezembro Lei n.º 82-B/2014, de 31 de Dezembro (OE 2015) Lei n.º 82-C/2014, de 31 de Dezembro (Alterações ao IRC) Lei n.º 82-D/2014, de 31 de Dezembro (Fiscalidade Verde) Lei n.º 82-E/2014, de 31 de Dezembro (Reforma

Leia mais

Lei do Orçamento do Estado para 2016

Lei do Orçamento do Estado para 2016 Março - 2016 Lei do Orçamento do Estado para 2016 A 30 de Março de 2016 foi publicada em Diário da República a Lei n.º 7-A/2016 que aprova o Orçamento do Estado para 2016 ( Orçamento 2016 ). A equipa fiscal

Leia mais

Outras Alterações ao Código do Trabalho

Outras Alterações ao Código do Trabalho Outras Alterações ao Código do Trabalho CLÁUDIA DO CARMO SANTOS de de 2012 ÍNDICE CONTRATO DE TRABALHO DE MUITO CURTA DURAÇÃO COMISSÃO DE SERVIÇO TRABALHO SUPLEMENTAR OBRIGAÇÕES DE COMUNICAÇÃO À ACT RENOVAÇÃO

Leia mais

REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO EXISTENTES MÓDULO 1. Os regimes em causa são os seguintes:

REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO EXISTENTES MÓDULO 1. Os regimes em causa são os seguintes: REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO MÓDULO 1 REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO EXISTENTES José Soares Roriz Março de 2011 A par de um regime apelidado de normal, em que o IVA é apurado pelo método do crédito

Leia mais

15 MEDIDAS PRINCIPAIS DA REFORMA DO IRS MEDIDAS DE PROTEÇÃO DA FAMÍLIA

15 MEDIDAS PRINCIPAIS DA REFORMA DO IRS MEDIDAS DE PROTEÇÃO DA FAMÍLIA 15 MEDIDAS PRINCIPAIS DA REFORMA DO IRS MEDIDAS DE PROTEÇÃO DA FAMÍLIA 1. Alargamento do Quociente Familiar no IRS O sistema atualmente em vigor consagra o quociente conjugal. De acordo com esse regime,

Leia mais

Concurso de 2015 REGULAMENTO RELATIVO ÀS DESPESAS ELEGÍVEIS

Concurso de 2015 REGULAMENTO RELATIVO ÀS DESPESAS ELEGÍVEIS Concurso de 2015 REGULAMENTO RELATIVO ÀS DESPESAS ELEGÍVEIS Artigo 1.º Objeto O presente Regulamento estabelece os procedimentos e documentos necessários à verificação das despesas elegíveis necessárias

Leia mais

XXXII COLÓQUIO NACIONAL DA ATAM

XXXII COLÓQUIO NACIONAL DA ATAM XXXII COLÓQUIO NACIONAL DA ATAM A MOBILIDADE INTERNA E A MOBILIDADE ESPECIAL. A CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR MÚTUO ACORDO A SUA UTILIZAÇÃO NO CONTEXTO AUTÁRQUICO Lagoa, 30 de outubro de 2012 José

Leia mais

CASO DE CONTRATAÇÃO À DISTÂNCIA INFORMAÇÃO PRÉ-CONTRATUAL

CASO DE CONTRATAÇÃO À DISTÂNCIA INFORMAÇÃO PRÉ-CONTRATUAL CXGOFARD_20160701 Caixa Gold Ordem dos Farmacêuticos CASO DE CONTRATAÇÃO À DISTÂNCIA INFORMAÇÃO PRÉ-CONTRATUAL A. ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO 1. Identificação da instituição de crédito 1.1. Denominação

Leia mais

Mínimo de abertura: Não aplicável. Não aplicável (conta não remunerada)

Mínimo de abertura: Não aplicável. Não aplicável (conta não remunerada) Designação Conta Ordenado Condições de Acesso Clientes Particulares, que efetuem a domiciliação do seu ordenado, através de transferência bancária codificada como ordenado. Modalidade Depósito à Ordem

Leia mais

Constituição de Empresas e Fiscalidade em Cabo Verde. João Afonso Fialho

Constituição de Empresas e Fiscalidade em Cabo Verde. João Afonso Fialho Constituição de Empresas e Fiscalidade em Cabo Verde João Afonso Fialho Sociedades Comerciais O potencial investidor externo pode constituir uma sociedade optando por qualquer tipo de sociedade previsto

Leia mais

Guia Prático Redução de taxa contributiva Apoio à contratação a termo de trabalhadores mais velhos e públicos específicos

Guia Prático Redução de taxa contributiva Apoio à contratação a termo de trabalhadores mais velhos e públicos específicos GUIA PRÁTICO MEDIDAS ESPECÍFICAS E TRANSITÓRIAS DE APOIO E ESTÍMULO AO EMPREGO REDUÇÃO DE TAXA CONTRIBUTIVA APOIO À CONTRATAÇÃO A TERMO DE TRABALHADORES MAIS VELHOS E PÚBLICOS ESPECÍFICOS INSTITUTO DA

Leia mais

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas [IRC] Lei n.º 2/2014 de 16 de Janeiro

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas [IRC] Lei n.º 2/2014 de 16 de Janeiro Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas [IRC] Lei n.º 2/2014 de 16 de Janeiro A Lei n.º 2/2014 de 16 de Janeiro veio proceder à reforma da tributação do imposto sobre o rendimento das pessoas

Leia mais

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS QUADRO DE BENEFÍCIOS E INCENTIVOS À REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS NAS ÁREAS DE REABILITAÇÃO URBANA DO CONCELHO DE VILA FRANCA DE XIRA BENEFÍCIOS FISCAIS RELATIVOS AOS IMPOSTOS MUNICIPAIS SOBRE O PATRIMÓNIOP

Leia mais

Decreto-Lei nº 51/2007, de 7 de março

Decreto-Lei nº 51/2007, de 7 de março Diploma consolidado Decreto-Lei nº 51/2007, de 7 de março A consagração legislativa de boas práticas bancárias, bem como a uniformização de procedimentos por todas as instituições de crédito, constitui

Leia mais

Cód. Validação: 3450-C0607-2 2015-05-31 PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO ÁREA DA SEDE, DIREÇÃO EFETIVA OU ESTAB. ESTÁVEL

Cód. Validação: 3450-C0607-2 2015-05-31 PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO ÁREA DA SEDE, DIREÇÃO EFETIVA OU ESTAB. ESTÁVEL MODELO EM VIGOR A PARTIR DE JANEIRO DE 05 0 PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO EXERCÍCIO De 0-0-0 a 0-- 0 0 R. P. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS AUTORIDADE TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS IRC MODELO SERVIÇO

Leia mais

GUIA PRÁTICO MEDIDA EXCECIONAL DE APOIO AO EMPREGO - REDUÇÃO DE 0,75% DA TAXA CONTRIBUTIVA A CARGO DA ENTIDADE EMPREGADORA

GUIA PRÁTICO MEDIDA EXCECIONAL DE APOIO AO EMPREGO - REDUÇÃO DE 0,75% DA TAXA CONTRIBUTIVA A CARGO DA ENTIDADE EMPREGADORA GUIA PRÁTICO MEDIDA EXCECIONAL DE APOIO AO EMPREGO - REDUÇÃO DE 0,75% DA TAXA CONTRIBUTIVA A CARGO DA ENTIDADE EMPREGADORA INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático 2035 Medida

Leia mais

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social

Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social FORMAÇÃO Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social 17-01-2011 Fernando Silva 1 ESTRUTURA DA ACÇÃO São 4 os temas que fazem parte do Código Contributivo, divididos por

Leia mais

Preçário UNION DE CREDITOS INMOBILIARIOS, S.A., EFC - SUCURSAL EM PORTUGAL

Preçário UNION DE CREDITOS INMOBILIARIOS, S.A., EFC - SUCURSAL EM PORTUGAL Preçário UNION DE CREDITOS INMOBILIARIOS, S.A., EFC - SUCURSAL EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DE CRÉDITO COM SEDE EM ESTADO-MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA Consulte o FOLHETO DE COMISSÕES E DESPESAS Consulte o FOLHETO

Leia mais

IMPOSTO SUCESSÓRIO PASSADO, PRESENTE E FUTURO ANTÓNIO NEVES

IMPOSTO SUCESSÓRIO PASSADO, PRESENTE E FUTURO ANTÓNIO NEVES IMPOSTO SUCESSÓRIO PASSADO, PRESENTE E FUTURO ANTÓNIO NEVES O ANTIGO IMPOSTO SOBRE AS SUCESSÕES E DOAÇÕES Incidência Principais exclusões e isenções Regra de conexão Taxas Transmissões a título gratuito

Leia mais

Trabalhador Independente - conteúdo final Sou cidadão Atualizado em: 30-10-2015

Trabalhador Independente - conteúdo final Sou cidadão Atualizado em: 30-10-2015 SEGURANÇA SOCIAL Trabalhador Independente - conteúdo final Sou cidadão Atualizado em: 30-10-2015 Esta informação destina-se a que cidadãos Trabalhadores Independentes O que é Pessoa singular que exerça

Leia mais

GUIA PRÁTICO ENTIDADES CONTRATANTES INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

GUIA PRÁTICO ENTIDADES CONTRATANTES INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P GUIA PRÁTICO ENTIDADES CONTRATANTES INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P TÍTULO Guia Prático Entidades Contratantes (2034 v1.05) PROPRIEDADE Instituto da Segurança Social, I.P. AUTOR Departamento de Prestações

Leia mais

Medidas Específicas de Apoio ao Emprego

Medidas Específicas de Apoio ao Emprego Portaria nº 130/2009, de 30 de Janeiro, alterada pela Declaração de Rectificação n.º 13/2009, de 10 de Fevereiro Medidas: 1 Apoio ao emprego em micro e pequenas empresas 2 Apoio à contratação de jovens,

Leia mais

Orçamento do Estado 2016

Orçamento do Estado 2016 www.pwc.pt/orcamentoestado Orçamento do Estado 2016 Proposta de Lei Resumo dos aspetos essenciais do Orçamento do Estado para 2016 OE 2016 IRC Catarina Gonçalves, Tax Director 2 A importância do IRC Peso

Leia mais

REGIME DA PENSÃO UNIFICADA (DECRETO-LEI N.º 361/98, DE 18 DE NOVEMBRO)

REGIME DA PENSÃO UNIFICADA (DECRETO-LEI N.º 361/98, DE 18 DE NOVEMBRO) REGIME DA PENSÃO UNIFICADA (DECRETO-LEI N.º 361/98, DE 18 DE NOVEMBRO) Atualizado pela última vez em 31 de dezembro de 2013 Decreto-Lei n.º 361/98, de 18 de novembro * De harmonia com princípios constitucionalmente

Leia mais

Tem início a 1 de maio e termina a 31 de

Tem início a 1 de maio e termina a 31 de RENDIMENTOS IMÓVEIS Tem início a 1 de maio e termina a 31 de maio a entrega da declaração de rendimentos para efeitos de IRS Imposto sobre o rendimento das Pessoas Singulares que aufiram, entre outros,

Leia mais

IVA e Imposto do Selo. Notas mais salientes TITLE. Luís Oliveira

IVA e Imposto do Selo. Notas mais salientes TITLE. Luís Oliveira IVA e Imposto do Selo Notas mais salientes TITLE Luís Oliveira 1 IVA 2 Após a revolução do OE 2012, com migração massiva de bens da taxa reduzida para a taxa normal apenas se agrava em 2013 a tributação

Leia mais

INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 35/2013. Recolhe NIF Base de incidência IVA Primavera Subquadro 1- artigo 78.º

INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 35/2013. Recolhe NIF Base de incidência IVA Primavera Subquadro 1- artigo 78.º INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 35/2013 ( Portaria 255/2013) Introdução: A presente informação visa dotar os técnicos da teoria necessária ao preenchimento dos diferentes campos das novos anexos do campo 40 e 41

Leia mais

OE/2006 - A PERSPECTIVA DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL SECRETÁRIO DE ESTADO DOS ASSUNTOS FISCAIS

OE/2006 - A PERSPECTIVA DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL SECRETÁRIO DE ESTADO DOS ASSUNTOS FISCAIS OE/2006 - A PERSPECTIVA DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL SECRETÁRIO DE ESTADO DOS ASSUNTOS FISCAIS RECEITAS FISCAIS Impostos 2005 2006 Variação Estimativa Orçamento % IRS 7 750.0 8 287.0 6.9% IRC 3 660.0 3 830.0

Leia mais

Receitas e despesas não operacionais são aquelas decorrentes de transações não incluídas nas

Receitas e despesas não operacionais são aquelas decorrentes de transações não incluídas nas 001 O que se entende por receitas e despesas não operacionais? Receitas e despesas não operacionais são aquelas decorrentes de transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias que constituam

Leia mais

As diferenças encontram-se sublinhadas e a vermelho. 1 de 6

As diferenças encontram-se sublinhadas e a vermelho. 1 de 6 INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA NOTA INTRODUTÓRIA INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA NOTA INTRODUTÓRIA De acordo com o disposto na Portaria 375/2003, de 10 de Maio,

Leia mais

INSTRUÇÃO N.º 27/2012 - (BO N.º 9, 17.09.2012)

INSTRUÇÃO N.º 27/2012 - (BO N.º 9, 17.09.2012) INSTRUÇÃO N.º 27/2012 - (BO N.º 9, 17.09.2012) Temas ESTATÍSTICAS Estatísticas das Operações com o Exterior ASSUNTO: Estatísticas de Operações e Posições com o Exterior No uso das competências atribuídas

Leia mais

Este ano será possível fazer a declaração no modo online através do e-cac Fatos Relevantes:

Este ano será possível fazer a declaração no modo online através do e-cac Fatos Relevantes: Este ano será possível fazer a declaração no modo online através do ecac Fatos Relevantes: 1) Caso seu interesse seja Publicar no DIÁRIO OFICIAL do MUNICÍPIO do RJ Rio de Janeiro, CLIQUE AQUI 2) Caso seu

Leia mais

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA Diário da República, 2.ª série N.º 16 23 de janeiro de 2013 3257 13.2 Na avaliação curricular são considerados e ponderados os elementos de maior relevância para o posto de trabalho a ocupar, bem como

Leia mais

FIN Ficha de Informação Normalizada

FIN Ficha de Informação Normalizada Designação Conta NB 100% Condições de acesso Modalidade Pessoas Singulares, maiores, residentes e não residentes em Portugal. Exclui-se a sua utilização por ENI s ou Profissionais Liberais no âmbito da

Leia mais

Constituem ainda elementos indicadores da qualificação, em termos substanciais, de uma locação como financeira,

Constituem ainda elementos indicadores da qualificação, em termos substanciais, de uma locação como financeira, ÍNDICE 1. NCRF 9 2. Regime Contabilístico 3. Regime Fiscal 4. IVA 5. Quadro Resumo 6. Exemplos 1. NORMA CONTABILÍSTICA E DE RELATO FINANCEIRO ( NCRF ) 9 Na sequência da publicação do Decreto-Lei n.º 158/2009,

Leia mais

DESIGNAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA E ESTABELECIMENTOS CÓDIGO DA TABELA DE ATIVIDADES INDIQUE NÚMERO DECLARAÇÃO DO EXERCÍCIO CONSOLIDAÇÃO 1 ANTES DA

DESIGNAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA E ESTABELECIMENTOS CÓDIGO DA TABELA DE ATIVIDADES INDIQUE NÚMERO DECLARAÇÃO DO EXERCÍCIO CONSOLIDAÇÃO 1 ANTES DA MODELO EM VIGOR A PARTIR DE JANEIRO DE 015 ANTES DE PREENCHER ESTA DECLARAÇÃO LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES QUE A ACOMPANHAM PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO 1 De / / a / / 0 ÁREA DA SEDE, DIREÇÃO EFETIVA OU ESTAB.

Leia mais

PRINCÍPIOS DA FISCALIDADE

PRINCÍPIOS DA FISCALIDADE PRINCÍPIOS DA FISCALIDADE 1. Objectivos Gerais O programa da presente disciplina tem por objectivo dar a conhecer aos alunos o conjunto de normas e princípios que regulam o nascimento, desenvolvimento

Leia mais

Lei n. o 66/2015 06 07 2015...

Lei n. o 66/2015 06 07 2015... Lei n. o 66/2015 06 07 2015 Assunto: Terceira alteração ao Decreto Lei n.º 27 C/2000, de 10 de março, trigésima sexta alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado

Leia mais

Objeto Alteração ao Regulamento que estabelece Normas Comuns sobre o Fundo Social Europeu [ ]

Objeto Alteração ao Regulamento que estabelece Normas Comuns sobre o Fundo Social Europeu [ ] Portaria No âmbito do regime jurídico dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) para o período de programação 2014-2020, a Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de março, com as alterações que lhe

Leia mais

Alargamento de Prazo das Linhas de Crédito PME Investe - Documento de divulgação - V.1

Alargamento de Prazo das Linhas de Crédito PME Investe - Documento de divulgação - V.1 Ficha Técnica 1. Beneficiários: As empresas que tenham operações enquadradas ou já contratadas ao abrigo das Linhas de Crédito PME Investe e que à data de contratação do alargamento do prazo não tenham

Leia mais

CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS E LEGISLAÇÃO CONEXA 233

CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS E LEGISLAÇÃO CONEXA 233 Índice 5 ÍNDICE CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA 11 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA (Artigos selecionados) 12 LEI GERAL TRIBUTÁRIA 25 DECRETO-LEI N.º 398/98, DE 17 DE DEZEMBRO (Aprova a lei geral

Leia mais

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica Manuela Gomes Directora do Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Concordo. Envie-se a presente informação à Senhora Chefe da Divisão Municipal de Receita, Dra. Cláudia Carneiro. Anabela Moutinho

Leia mais

PASSAPORTE PARA ANGOLA

PASSAPORTE PARA ANGOLA PASSAPORTE PARA ANGOLA Ana Pinelas Pinto 27 de Maio 2011 QUESTÕES FISCAIS NA EXPATRIAÇÃO 27 de Maio 2011 Principais Dificuldades/ Riscos Criação de EE para a entidade empregadora não residente Dupla tributação

Leia mais

Impostos sobre o Rendimento Regulamento de Reavalição dos Activos Tangíveis

Impostos sobre o Rendimento Regulamento de Reavalição dos Activos Tangíveis Impostos sobre o Rendimento Regulamento de Reavalição dos Activos Tangíveis Regulamento de Reavaliação dos Activos Tangíveis DECRETO N.º 71/2013 DE 23 DE DEZEMBRO Mostrando-se necessário proceder à reavaliação

Leia mais

Linha de Crédito PME Investe V

Linha de Crédito PME Investe V Linha de Crédito PME Investe V I - Condições gerais da Linha de Crédito PME Investe V 1. Montante das Linhas Linhas Específicas Montante Micro e Pequenas Empresas 250 milhões Geral 500 milhões Total Linha

Leia mais

Regime Especial do Ouro para Investimento

Regime Especial do Ouro para Investimento Decreto-Lei n.º 362/99 ARTIGO 1.º - Regime especial do ouro para investimento ARTIGO 2.º - Alteração ao Código do IVA ARTIGO 3.º - Revogação ARTIGO 4.º - Entrada em vigor Regime Especial Aplicável ao Ouro

Leia mais

Visão Panorâmica das Principais Alterações ao CÓDIGO DO TRABALHO. Luis Castro. Julho-2012

Visão Panorâmica das Principais Alterações ao CÓDIGO DO TRABALHO. Luis Castro. Julho-2012 Visão Panorâmica das Principais Alterações ao CÓDIGO DO TRABALHO Luis Castro Julho-2012 Objectivos: - Melhorar a legislação laboral, quer através da sua atualização e sistematização, quer mediante a agilização

Leia mais

Ministério das Finanças

Ministério das Finanças Ministério das Finanças Lei n.º /06 de de O Orçamento Geral do Estado é o principal instrumento da política económica e financeira que expresso em termos de valores, para um período de tempo definido,

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 86/XIII/1.ª

PROJETO DE LEI Nº 86/XIII/1.ª Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI Nº 86/XIII/1.ª GARANTE A IMPENHORABILIDADE E A IMPOSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO DE HIPOTECA DO IMÓVEL DE HABITAÇÃO PRÓPRIA E PERMANENTE POR DÍVIDAS FISCAIS (ALTERA O CÓDIGO

Leia mais

ASSUNTO: Fundo de Garantia de Depósitos (FGD). Reporte de saldos de depósitos para cálculo das contribuições anuais relativas ao exercício de 1997

ASSUNTO: Fundo de Garantia de Depósitos (FGD). Reporte de saldos de depósitos para cálculo das contribuições anuais relativas ao exercício de 1997 Banco de Portugal Carta-Circular nº 14/97/DSB, de17-02-1997 ASSUNTO: Fundo de Garantia de Depósitos (FGD). Reporte de saldos de depósitos para cálculo das contribuições anuais relativas ao exercício de

Leia mais

Impacto do VPT nos Impostos sobre o Rendimento

Impacto do VPT nos Impostos sobre o Rendimento www.pwc.com Impacto do VPT nos Impostos sobre o Rendimento 16 de janeiro de 2013 O que é o Valor Patrimonial Tributário (VPT)? VPT = Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv Vc Valor de base dos prédios edificados (valor

Leia mais

I Trabalhadores Independentes

I Trabalhadores Independentes I Trabalhadores Independentes II Entidades Contratantes I Trabalhadores Independentes 1. Quem é abrangido pelo regime de segurança social dos trabalhadores independentes Estão abrangidos por este regime:

Leia mais

Fiscalidade do Terceiro Sector IPSS 4 de Junho de 2015

Fiscalidade do Terceiro Sector IPSS 4 de Junho de 2015 www.pwc.pt IPSS 4 de Junho de 2015 Filipa Moreira Ribeiro Universidade Católica Portuguesa, Lisboa Agenda 1. IPSS Problemáticas Fiscais 2. Conclusão 2 IPSS Problemáticas Fiscais 3 Enquadramento fiscal

Leia mais

Entrada em vigor. Incidência GUIA FISCAL. Transparência fiscal (artigo 6.º) Período de tributação (artigo 8.º)

Entrada em vigor. Incidência GUIA FISCAL. Transparência fiscal (artigo 6.º) Período de tributação (artigo 8.º) 1 Nota Introdutória Foi publicada a Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, diploma que aprova a reforma do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC). Trata-se de um importante instrumento

Leia mais

NCRF-ESNL. Tributação das ESNL: enquadramento nos principais impostos

NCRF-ESNL. Tributação das ESNL: enquadramento nos principais impostos NCRF-ESNL Tributação das ESNL: enquadramento nos principais impostos 1 Tributação das ESNL: enquadramento nos principais impostos As ESNL no âmbito do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas

Leia mais

O N O V O C Ó D I G O D O I M P O S T O S O B R E O R E N D I M E N T O D O T R A B A L H O

O N O V O C Ó D I G O D O I M P O S T O S O B R E O R E N D I M E N T O D O T R A B A L H O i N º 3 7 / 1 4 O N O V O C Ó D I G O D O I M P O S T O S O B R E O R E N D I M E N T O D O T R A B A L H O INTRODUÇÃO Em 22 de Outubro passado, no âmbito do projecto da Reforma Tributária angolana, foi

Leia mais

AGENDA. As garantias de defesa dos contribuintes. Segunda Avaliação. Impugnação Outras garantias. I. As avaliações. 1. Avaliação nos termos do CIMI

AGENDA. As garantias de defesa dos contribuintes. Segunda Avaliação. Impugnação Outras garantias. I. As avaliações. 1. Avaliação nos termos do CIMI Avaliação Geral e os Contribuintes Segunda Avaliação e Garantias Cláudia Reis Duarte Lisboa, 16 de Janeiro de 2013 AGENDA As garantias de defesa dos contribuintes I. As avaliações II. III. IV. 1. Avaliação

Leia mais

Ofício-Circulado 30014, de 13/01/2000 - Direcção de Serviços do IVA

Ofício-Circulado 30014, de 13/01/2000 - Direcção de Serviços do IVA Ofício-Circulado 30014, de 13/01/2000 - Direcção de Serviços do IVA IVA - OURO Ofício-Circulado 30014/00, de 13/01 - Direcção de Serviços do IVA IVA - OURO Tendo em vista a clarificação, junto da administração

Leia mais

Acumulação de funções

Acumulação de funções Exmo. Sr. Presidente da Camara Municipal 3250-100 ALVAIÁZERE Acumulação de funções, trabalhador no com relação jurídica de emprego publico a tempo indeterminado / termo resolutivo desta Camara Municipal

Leia mais

Isenção e redução do pagamento de contribuições Atualizado em: 30-03-2016

Isenção e redução do pagamento de contribuições Atualizado em: 30-03-2016 SEGURANÇA SOCIAL Isenção e redução do pagamento de contribuições Atualizado em: 30-03-2016 Esta informação destina-se a Empresa Isenção do pagamento de contribuições As entidades empregadoras podem beneficiar

Leia mais