ZOONOSE HELMÍNTICA TRANSMITIDA POR CARNES: COMPLEXO TENÍASE/CISTICERCOSE

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO HAMILTON GONÇALVES BOTELHO ZOONOSE HELMÍNTICA TRANSMITIDA POR CARNES: COMPLEXO TENÍASE/CISTICERCOSE RECIFE - PE 2009

2 HAMILTON GONÇALVES BOTELHO ZOONOSE HELMÍNTICA TRANSMITIDA POR CARNES: COMPLEXO TENÍASE/CISTICERCOSE Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), como exigência final para obtenção do título de Especialista em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal. Orientadora: Ms. Samy Bianchini SEDAP/ PB RECIFE PE 2009

3 Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e catalogação da Biblioteca Orlando Teixeira da UFERSA B748z Botelho, Hamilton Gonçalves. Zoonose helmíntica transmitida por carnes: complexo teníase/cisticercose. / Hamilton Gonçalves Botelho - Mossoró, f. : il. Monografia (Especialização em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal) Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Orientador(a): Prof.ª Dra. Sami Bianchini. 1.Teníase. 2.Cisticercose 3.Saúde Pública Inspeção. 4.Educação sanitária I.Título. CDD: Bibliotecária: Marilene Santos de Araújo CRB_5 1033

4 HAMILTON GONÇALVES BOTELHO ZOONOSE HELMÍNTICA TRANSMITIDA POR CARNES: COMPLEXO TENÍASE/CISTICERCOSE Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), como exigência final para obtenção do título de Especialista em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal. APROVADO EM 13 DE NOVEMBRO DE 2009 BANCA EXAMINADORA Prof a. M.Sc. Samy Bianchini Orientadora Prof. Dr. João Alves do Nascimento Júnior UNIVASF Prof a. D. Sc. Glenda Mônica Luna de Holanda IPA

5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente aos meus pais por todo o incentivo, ajuda, amor e o exemplo de vida; A Wanessa Stuart, meu amor; Ao meu amigo José Wilton, por toda a amizade e ajuda; A minha orientadora Samy Bianchini, pela disponibilidade, ajuda e amizade; A todos os meus colegas da turma de Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal, em especial Mariana Pereira, Luciana Jatobá, Américo, Glenda, Fernando (Piauí), Marconi (Surubim) e Enio Jefte; A todos os meus colegas da SEDAP PB por toda a ajuda, amizade e compreensão, em especial os veterinários da ULSAV de João Pessoa Dr. Jorge Kleber, Dr. Sedrim, Dr. Pinho e Dr. André do serviço de inspeção.

6 RESUMO O complexo teníase-cisticercose consiste em importante problema de saúde pública e é constituído por duas doenças distintas, a teníase que é causada pela forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, sendo identificada como fase final do ciclo, desenvolvendo-se apenas no organismo humano; cisticercose, que é causada pelas formas larvares de T. solium e da T. saginata, e se desenvolve no hospedeiro intermediário. A teníase em humanos é freqüentemente assintomática, mas, no caso da T. solium, a maior gravidade é decorrente de o homem ser, além de hospedeiro definitivo também um hospedeiro intermediário potencial. As manifestações clínicas mais freqüentes na neurocisticercose são: crises epiléticas, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e distúrbios psíquicos. As perdas econômicas são elevadas na balança comercial do país e os prejuízos econômicos são distribuídos ao longo da cadeia produtiva da carne. Em humanos os principais fatores de risco associados ao complexo teníase-cisticercose são: consumo freqüente de carne de suínos infectados; precária higiene individual, de moradia e das instalações; condições sócioeconômicas e falha no conhecimento do ciclo de vida do parasito. O trabalho educativo da população desponta como uma das medidas mais eficazes no controle da teníase/cisticercose promovendo extenso e permanente trabalho educativo nas escolas e nas comunidades. Palavras-chave: teníase, cisticercose, saúde pública, inspeção, educação sanitária

7 ABSTRACT The taeniasis cysticercosis complex is an important public health problem and consists of two distinct diseases, the taeniasis is caused by the adult form of Taenia solium or Taenia saginata, being identified as the final stage of the cycle, it develops only in the body human, cysticercosis, which is caused by larval forms of T. solium and T. saginata, and develops in the intermediate host. The taeniasis in humans is often asymptomatic, but in the case of T. solium, the most serious is due to be the man, and also a definitive host intermediate host potential. The most frequent clinical manifestations in neurocysticercosis are epileptics seizures, intracranial hypertension syndrome, meningitis cisticercótica and mental disorders. The economic losses are high in the country's trade balance and the economic losses are distributed along the production chain of meat. In humans the main risk factors associated with taeniasiscysticercosis complex are frequent consumption of meat from infected pigs, poor individual hygiene, housing and facilities, socio-economic conditions and failure in the knowledge of the life cycle of the parasite; Work education of the population emerge as one of the most effective control of taeniasis / cysticercosis promoting extensive and ongoing educational work in schools and communities. Keywords: taeniasis, cysticercosis, public health, inspection, health education

8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS METODOLOGIA REVISÃO DE LITERATURA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 25

9 1 INTRODUÇÃO As zoonoses constituem-se em um tema complexo e extenso sendo o grau de importância de cada uma dependente do grupo humano envolvido e da região nos quais se enfoca o problema. Neste contexto, o complexo Teníase/Cisticercose consiste em importante problema de saúde pública e basicamente constitui-se de duas entidades mórbidas distintas, causadas pela mesma espécie de cestódeo, em fases diferentes do seu ciclo de vida. A teníase é provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no intestino delgado do homem. A cisticercose é uma entidade clínica provocada pela presença da forma larvária nos tecidos de suínos, bovinos ou do homem (SERÊA et al., 2006). A ausência de práticas de educação em saúde tem limitado a difusão do conhecimento e conseqüentemente desfavorecendo a população no âmbito da prevenção de doenças. Ressalta-se que na maioria das vezes as instituições públicas que direta ou indiretamente são responsáveis pela saúde não têm atingido sua finalidade médicosocial de melhoria de qualidade de vida do homem. O freqüente surgimento de casos de teníase humana, neurocisticercose e cisticercose animal na população caracterizam o modelo inadequado de tratamento e controle que vem sendo utilizado, efetivamente nos seus aspectos educativo, preventivo e social. Ressalta-se ainda, que no Nordeste a população apresenta uma expressiva positividade por bioagentes responsáveis por este Complexo representando um problema de saúde pública inigualável (LIMA et al., 2004). O trabalho educativo da população desponta como uma das medidas mais eficazes no controle da teníase/cisticercose promovendo extenso e permanente trabalho educativo nas escolas e nas comunidades. A aplicação prática dos princípios básicos de higiene pessoal e o conhecimento dos principais meios de infecção constituem medidas importantes de profilaxia. O trabalho educativo da população deve visar à conscientização, ou seja, a substituição de hábitos e costumes inadequados e adoção de outros que evitem as infecções. Ainda como medidas de controle citam-se: o bloqueio de foco do complexo teníase/cisticercose, ou a unidade habitacional com pelo menos: indivíduos com sorologia positiva para cisticercose; um indivíduo com teníase; um indivíduo eliminando proglótides; um indivíduo com sintomas neurológicos suspeitos de cisticercose; animais com cisticercose (suína/bovina). Serão incluídos no mesmo

10 foco outros núcleos familiares que tenham tido contato de risco de contaminação (MATEOS et al., 1972). Uma vez identificado o foco, os indivíduos deverão receber tratamento com medicamento específico; a fiscalização da carne, medida visa reduzir, ao menor nível possível, a comercialização ou o consumo de carne contaminada por cisticercos e orientar o produtor sobre medidas de aproveitamento da carcaça (salga, congelamento, graxaria, conforme a intensidade da infecção), reduzindo perdas financeiras e dando segurança para o consumidor; a fiscalização de produtos de origem vegetal: a irrigação de hortas e pomares com água de rios e córregos, que recebam esgoto ou outras fontes de águas contaminadas, deve ser coibida através de rigorosa fiscalização, evitando a comercialização ou o uso de vegetais contaminados por ovos de Taenia; cuidados na suinocultura, o acesso do suíno às fezes humanas e à água e alimentos contaminados com material fecal deve ser coibido: essa é a forma de evitar a cisticercose suína; o isolamento: para os indivíduos com cisticercose ou portadores de teníase, não há necessidade de isolamento. Para os portadores de teníase, entretanto, recomenda-se medidas para evitar a sua propagação: tratamento específico, higiene adequada; a desinfecção concorrente é desnecessária, porém é importante o controle ambiental através da deposição correta dos dejetos (saneamento básico) e rigoroso hábito de higiene (lavagem das mãos após evacuações, principalmente) (SILVA-VERGARA et al., 1995).

11 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Elucidar aspectos gerais do complexo Teníase/Cisticercose como zoonose de importância relacionada à saúde pública. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Descrever a importância epidemiológica do complexo Teníase/Cisticercose; Descrever a importância da inspeção sanitária em carnes; Descrever a importância da educação sanitária no controle do complexo Teníase/ Cisticercose

12 3 METODOLOGIA O desenvolvimento da base teórica foi realizado com a revisão bibliográfica sobre a educação sanitária, a inspeção de carnes e a importância epidemiológica que envolve o complexo Teníase/Ciscticercose. A revisão bibliográfica foi realizada através da coleta de dados na literatura especifica como: Anais, Periódicos, Revistas, Arquivos, Livros e Regulamentos, todos devidamente reconhecidos no tema Teníase/Cisticercose. Além da literatura consultada, para complementar a pesquisa foram também realizadas buscas na Internet através de portais de pesquisa.

13 4 REVISÃO DE LITERATURA O complexo teníase-cisticercose é uma ciclozoonose de grande importância para a saúde pública e para o setor agropecuário, no qual o ser humano desempenha um papel essencial na cadeia epidemiológica, sendo o único hospedeiro definitivo. Este alberga no intestino as formas mestacestóides de T. saginata e T. solium, sendo que Cysticercus bovis e C. cellulosae desenvolvem-se na musculatura e vísceras de bovinos e suínos, respectivamente (ACHA; SZYFRES, 1986). Este complexo é constituído por duas doenças distintas: teníase (sinonímia solitária) que é causada pela forma adulta da T. solium (transmitida por suínos) ou da T. saginata (transmitida por bovinos), sendo identificada como fase final do ciclo, desenvolvendo-se tão somente no organismo humano (hospedeiro definitivo); cisticercose, que é causada palas formas larvares de T. solium e da T. saginata, e se desenvolve no hospedeiro intermediário. No caso da T. solium, o hospedeiro intermediário é o suíno e o próprio homem, enquanto que, no caso da T. saginata, o intermediário é apenas o bovino (GANC et al., 2008). O gênero Taenia pertence à família Taeniidae (da classe Cestoda e da ordem Cyclophyllidea) que se caracteriza por ausência completa de aparelho digestivo, segmentação do corpo em proglotes, dotadas cada qual de um sistema reprodutor hermafrodita; presença de quatro ventosas no escólex; úteros em forma de tubos longitudinais ramificados, testículo numerosos e poros genitais situados nas margens das proglotes com disposição irregularmente alternada. São parasitos grandes, achatados, em forma de fita, medindo a T. solium habitualmente 1,5 a 4 metros de comprimento (podendo atingir 8 m) e a T. saginata, medindo 4 a 12 metros (podendo chegar a 25m). A largura do corpo cresce de extremo ao outro, semelhante a um triângulo muito estreito e muito longo. O ápice do triângulo pode ser considerado, para fins de descrição, como anterior. Contudo, há razões para admitir-se sua equivalência à extremidade posterior de outros animais. Geralmente de cor branca e aspecto leitoso, outras vezes levemente amarelada ou rosada, devido a substâncias diversas absorvidas pelo parasito. A superfície é lisa, brilhante, eventualmente enrugada ou marcada por sulcos longitudinais devido a contratura da parede. Goteiras transversais marcam os limites entre as proglotes (REY, 1992).

14 O escólex possui quatro ventosas e um rostro coroado por duas fileiras de ganchos, estas estruturas são as que se fixam na mucosa do jejuno. Na região dos estróbilos, ocorre a produção das proglotes, que são divididas em três formas: as imaturas, que não possuem órgãos sexuais diferenciados; as maduras, que possuem órgãos genitais femininos e masculinos; e as grávidas, que possuem um útero ramificado tubular repleto de ovos. Os ovos da tênia contêm as oncosferas e possuem vários envoltórios. O cisticerco é formado por uma vesícula ovulada e translúcida cheia de líquidos, composto por três camadas: a mais externa ou camada cuticular; a média ou camada celular; e a mais interna ou camada reticular e no seu interior identifica-se um pequeno escólex invaginado (NASCIMENTO, 1991). Morfologicamente, o cisticerco pode apresentar-se sob duas formas: a cística, vesícula contendo escólex em seu interior, conhecida como Cysticercus cellulosae e, em cachos com numerosas vesículas mas sem o escólex, denominada Cysticercus racemosus (forma racemosa) (TAKAYANAGUI; LEITE, 2001). Roppa (2005) descreve o ciclo de vida deste parasita, diferenciando-o em teníase e cisticercose. A teníase é a doença causada pela Taenia solium nos suínos, e pela Taenia saginata nos bovinos. As tênias necessitam de dois hospedeiros para completar o seu ciclo evolutivo, sendo um deles o homem, que é o hospedeiro definitivo da tênia (único a possuir a fase adulta do parasito). O outro hospedeiro, o intermediário, ocorre à fase larvar (cisticerco) que podem ser os suínos, bovinos, carneiros entre outros. No caso da T. saginata um homem infectado pode eliminar milhões de ovos ao dia, livres nas fezes ou como segmentos intactos, cada um contendo cerca de ovos, que podem sobreviver na pastagem durante vários meses. Após a ingestão por um bovino susceptível, a oncosfera segue através do sangue para a musculatura estriada. Começa a ser macroscopicamente visível cerca de duas semanas mais tarde, como um ponto pálido semitransparente de aproximadamente 1mm de diâmetro, mas não é infectante para o homem até cerca de 12 semanas depois, quando já terá atingindo o seu tamanho máximo de 1cm. Nessa ocasião, é envolto pelo hospedeiro numa cápsula fibrosa fina, mas apesar disto usualmente o escólex ainda pode ser observado. A longevidade dos cistos varia de semanas a anos. Quando morrem, em geral são substituídos por uma massa caseosa friável, que pode tornar-se calcificada. Tanto cistos vivos como mortos estão frequentemente presentes na mesma carcaça. O homem infecta-se ingerindo carne crua ou insuficientemente cozida (URQUHART et al., 1996).

15 Para T. solium o homem é habitualmente o hospedeiro definitivo, albergando o parasito adulto no intestino; as proglótides repletas de ovos são eliminadas nas fezes. No interior do ovo ou embrióforo encontra-se o embrião hexacanto que, quando ingerido pelo hospedeiro intermediário (suíno), é liberado sob a ação do suco gástrico. Aquele, que por meio de acúleos, penetra através da mucosa intestinal, e caindo na corrente sangüínea, é levado a diferentes partes do organismo, transformando-se em Cysticercus cellulosae. O cisticerco alojado na carne de porco ingerida crua ou mal cozida, chegando ao intestino do homem, transforma-se em T. solium completando, assim o ciclo evolutivo natural. A contaminação humana com os ovos da T. solium processa-se por autoinfestação em indivíduos portadores de teníase, através de mãos contaminadas (autoinfestação externa) ou por heteroinfestação através de alimentos, particularmente verduras cruas, água e mãos contaminadas. Além da questionada autoinfestação interna, há relatos de meios alternativos de transmissão dos ovos da T. solium como a coprofagia nos psicopatas, pelo ar e pela mosca. Enquanto a cisticercose suína acomete principalmente a musculatura estriada, no homem o sistema nervoso revela-se a localização mais importante por sua freqüência e gravidade (Figura 1). Figura 1 Ciclo biológico da Taenia solium. Fonte:

16 Estima-se que cada tênia libere de um a cinco anéis por dia, e cada proglote contenha, em média, 40 mil ovos. Esses ovos são totalmente embrionados, infectivos e altamente resistentes às condições adversas do meio ambiente, podendo permanecer viáveis por até oito meses, principalmente em locais com clima quente e úmido (WHO, 2000). Estes ovos, uma vez eliminados com as fezes, podem contaminar o meio ambiente e alastrar os focos da doença, atingindo tanto homens como animais. Salientase que o problema fundamental concernente ao ciclo teníase-cisticercose é uma questão de saúde pública e higiene, pois como salientado, os ovos das tênias, principalmente o da T. solium só podem contaminar o ambiente através das fezes do hospedeiro definitivo do parasito, no caso o homem (GANC; VELOSO, 2008). Homens, animais domésticos e solo contaminado por matérias fecais de portadores de teníases são os principais elementos do ecossistema que assegura a manutenção destas parasitoses. O gado bovino e os suínos são os únicos hospedeiros intermediários das tênias do homem com importância para sua epidemiologia. Os padrões de transmissão da T. saginata compreendem três tipos principais: hiperendêmico caracterizado por elevada prevalência no homem e no gado; endêmico caracterizado pela existência de pequenos números de portadores humanos, pela ampla dispersão dos ovos do parasito no meio ambiente e moderada prevalência de cisticercose no gado, que apresenta baixas cargas parasitárias; epidêmico observado quando um surto de cisticercose maciça atinge o gado, geralmente estabulado e alimentado automaticamente com feno ou rações poluídas com fezes de um trabalhador parasitado (REY, 1992). A teníase ocorre no homem quando o mesmo ingere produtos cárneos crus ou mal-passados parasitados com cisticercos vivos de T. solium e T. saginata (BRASIL, 1996) e a cisticercose, pela ingestão de ovos de T. solium em alimentos e água contaminada com dejetos humanos em decorrência de problemas com saneamento básico (WHO, 1995). Na cidade de Cajamarca, Peru, o consumo de verduras cruas constitui importante meio de transmissão de teníases, onde 90,0% dos pacientes diagnosticados com esta parasitose consumiam frequentemente verduras cruas e 77,0% dos pacientes consumiam frequentemente carne de porco, 9,0% desempenhavam trabalhos de manipulação de carnes e em 3,0% existia história familiar de neurocisticercose (SALAZAR et al. 1998). Em condições naturais, a presença de cisticercos nos músculos de bovinos não está associada aos sinais clínicos, embora experimentalmente, bezerros submetidos a

17 infecções maciças por ovos de T. saginata tenham desenvolvido grave miocardite e insuficiência cardíaca associadas a cisticerco em desenvolvimento no coração (URQUHART et al., 1996). No suíno infectado, pode-se observar, em casos isolados, hipersensibilidade no focinho, paralisia da língua e convulsões epileptiformes, porém a brevidade da vida dos suínos impede a observação de manifestações neurológicas (ALVES, 2000). A teníase em humanos é frequentemente assintomática, tornando-se o indivíduo consciente do parasitismo apenas depois de ter sido constatada por ele a expulsão de proglotes. Só depois de saber-se parasitado é que muitos desses pacientes começam a manifestar alguma sintomatologia, o que mostra haver um componente psicológico importante no quadro clínico apresentado por tais doentes (REY, 1992). Nos casos sintomáticos produzidos por T. saginata, as manifestações clínicas mais freqüentes, segundo alguns autores são: dor abdominal (35,6% dos examinados); náusea (34,4%); fraqueza (24,8%); perda de peso (21,0%); apetite aumentado (17,0%); cefaléia (15,5%); constipação intestinal (9,4%); vertigem (8,0%); diarréia (6,0%); prurido anal (4,5%) e excitação (3,4%). Algumas vezes, é o prurido ou alguma sensação anal que leva a descoberta das proglotes, quando estas saem ativamente (REY, 1992). T. solium produz no homem uma forma de teníase que é geralmente menos evidente que a produzida por T. saginata. O parasito é menor, suas proglotes são menos ativas e se eliminam misturada as fezes, passando muitas vezes despercebidas. Com este tipo de parasito não ocorrem complicações como apendicites ou outras devidas aos parasitos adultos. O quadro clínico quando presente é semelhante ao produzido pela tênia do boi, ainda que as formas assintomáticas e benignas sejam mais freqüentes. A gravidade dessa tênia decorre de ser o homem, além de hospedeiro definitivo, também um hospedeiro intermediário potencial. A doença resultante é a cisticercose humana (REY, 1992). A cisticercose caracteriza-se por não possuir uma sintomatologia própria ou um quadro único que a diferencie. É doença polimorfa, com mais diversos quadros clínicos e apresentando sérias dificuldades para o diagnóstico etiológico (REY, 1992). Segundo revisão realizada por Takayanagui & Leite (2001), as manifestações clínicas da neurocisticercose estão na dependência de vários fatores: tipo morfológico (Cysticercus cellulosae ou C. racemosus), do parasito, além das reações imunológicas locais e a distância do hospedeiro. Da conjunção destes vários fatores resulta quadro pleomórfico com uma multiplicidade de sinais e sintomas neurológicos inexistindo quadro

18 patognomônico. As manifestações clínicas mais freqüentes são: crise epilépticas (62,0%); síndrome de hipertensão intracraniana (38,0%); meningite cisticercótica (35,0%); distúrbios psíquicos (11,0%); forma apoplética ou endarterítica (2,8%) e síndrome medular (0,5%) (TAKAYANAGUI, 1990). A importância da cisticercose na patologia humana está na dependência da localização do parasito em tecidos nobres, como os do globo ocular e do sistema nervoso central (neurocisticercose), sendo que em outras localizações, como a subcutânea, a muscular e a visceral, cisticerco representa, de regra, achado em maior significação. Porém, a presença de cistos nessas localizações poderia ser um indicador da presença de cistos nos tecidos mais nobres (VERONESI et al., 1991). Em relação aos fatores de risco alguns estudos foram realizados na tentativa de identificar possíveis variáveis, Dorny (2000) em um estudo soroepidemiológico em bovinos na Bélgica detectou que as fêmeas leiteiras com idade superior a cinco anos apresentaram uma prevalência de 5,1% de cisticercose e com idade entre três a quatro anos de 6,3%. Comparando-se com as vacas tipo corte da mesma faixa etária encontrou respectivamente 4,0% e 3,9%; induzindo a interpretação de que o manejo e o contato mais permanente do homem com as vacas leiteiras do que com as de corte, resulta numa maior contaminação ambiental e em conseqüência uma alta prevalência da cisticercose. No Brasil, Souza et al. (2007b) encontraram uma prevalência aparente eqüitativa de cisticercos, sendo que nos machos foi encontrado o índice de 3,81% e nas fêmeas 3,93%, em relação a faixa etária verificou-se que animais entre 18 a 36 meses apresentaram prevalência de 4,50%; 36 a 48 meses a prevalência foi de 2,32% e os animais acima de 48 meses apresentaram índices de 3,63%, não havendo diferença estatística para estas variáveis. Segundo Ngowi et al. (2004) a alta prevalência de cisticercose suína está diretamente correlacionada com o grande número de chiqueiros existentes em determinada região. Em humanos os principais fatores de risco associados aos complexo teníasecisticercose são: consumo freqüente de carne de suínos infectados; precária higiene individual, de moradia e das instalações; condições sócio-econômicas; falha no conhecimento do ciclo de vida do parasito; suínos circulando ao redor das casas e que possuem acesso às excretas humanas; carne crua ou mal cozida; manipuladores de alimentos com deficiente higiene pessoal e disposição inadequada de carcaças infetadas (MARQUES et al., 2008). De acordo com Rey (1992) fatores econômicos (relação entre o poder aquisitivo e o custo de alimentação cárnea, por exemplo), culturais (dietas

19 vegetarianas, consumo tradicional de pescado, de aves entre outros) e religiosos (interdição da carne de boi, ou da carne de porco) tendem a expor menos ou mais certas classes sociais, certos grupos sociais ou mesmo determinadas populações. Ainda que as tênias sejam encontradas em indivíduos de todas as idades, sua freqüência é maior no grupo etário de 20 a 40 anos. O complexo teníase-cisticercose caracteriza-se como uma zoonose clássica de grande importância em saúde pública em diversos países do mundo (OIE, 2005). Este complexo é relatado em diversos países da Europa, África, Ásia e Américas (SOUZA et al., 2007b). O conhecimento da prevalência da doença, tanto no homem como nos animais, é deficiente devido à falta de dados sistemáticos e fidedignos, comparáveis. De acordo com revisão de Takayanagui & Leite (2001) a neurocisticercose, atualmente, é infreqüente nos países desenvolvidos como Japão, Canadá e na maior parte da Europa Ocidental. Nos Estados Unidos da América era considerada doença rara, mas nas últimas duas décadas tem sido observada com maior freqüência devido ao fator migratório populacional dos países latinos-americanos, particularmente do México e da América Central. Na Ásia, a neurocisticercose mostra-se freqüente nas Filipinas, Tailândia, Coréia do Sul e principalmente na Índia e China. Ainda segundo estes autores no Brasil, a neurocisticercose, é diagnosticada com elevada freqüência nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Góias. Os valores da prevalência de cisticercose bovina provêm dos serviços de inspeção veterinária em matadouros. Esta inspeção é realizada em vários países do mundo, porém os métodos diagnósticos post mortem utilizados, geralmente possuem diferenças entre si. Desta forma, torna-se difícil a comparação dos resultados obtidos pelos diferentes países, podendo os mesmos ser discutidos apenas de maneira genérica (UNGAR; GERMANO, 1992). A situação atual da teníase e da cisticercose humana e animal no Brasil é pouco conhecida, devido à escassa divulgação dos dados obtidos junto ao Serviço de Inspeção Federal e laboratórios de saúde pública. Este fato se deve a ausência de um programa efetivo de controle desta zoonose, e também por não haver obrigatoriedade de notificação dos casos humanos (MARQUES et al., 2008). Marques et al. (2008) analisaram a prevalência de cisticercose bovina em bovinos oriundos dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Góias, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Tocantins e do Uruguai no período de janeiro de 1996 a 2000, em dois matadouros-frigoríficos da região centro-oeste do Estado de São Paulo, sob Inspeção Federal e demonstraram uma prevalência de 8,76% em São Paulo,

20 7,53% no Paraná, 5,92% em Minas Gerais; 4,74% no Mato Grosso do Sul; 4,16% em Goiás; 1,89% no Uruguai e 0,71% no Mato Grosso. Estudo retrospectivo realizado por Santos et al. (2008) no município de Jequié, Bahia no período de agosto de 2004 a julho de 2006 analisando os mapas nosográficos mensais relativos aos exames post mortem diários realizados pelo Serviço de Inspeção demonstrou uma prevalência de 1,74% para cisticercose bovina dos bovinos abatidos neste período, ocorrendo variações entre as prevalências de 1,01% em junho de 2005 até 2,62% em novembro de Ainda segundo estes autores do total de órgãos, condenaram-se 51,31% em decorrência da cisticercose, das 95 carcaças (25,26%) foram condenadas pela presença maciça de cisticercos. Souza et al. (2007a) ao avaliarem bovinos em São José dos Pinhais, Paraná encontraram uma prevalência de 3,82%. No estado de Goiás, no ano de 2002, foram detectadas carcaças bovinas com o cisticerco vivo, o que corresponde a 0,6% do total dos animais abatidos em frigoríficos inspecionados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) e pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE) (PAULA; COUTO, 2003). Abreu et al. (2001) estudaram a ocorrência de cisticercos em carnes de bovinos e suínos comercializadas em estabelecimentos varejistas e avulsos (ambulantes e feirantes) no município de Seropédica, Rio de Janeiro, e não encontraram casos positivos referentes ao complexo teníase-cisticercose. No município de Três Rios, Rio de Janeiro, foram inspecionados bovinos, tendo sido encontrado 14 (0,36%) animais infectados. Destes 14 animais infectados três eram procedentes do município de Barra Mansa, quatro de Valença, um de Rio Bonito, dois de Petrópolis, três de Três Rios e um do município de Xiador (Minas Gerais) (FONSECA et al., 2001). Os índices de cisticercose no rebanho bovino brasileiro vêm aumentando nos últimos anos, sendo que em algumas regiões considerado como o principal achado post mortem (IWAKURA; JUSTINO, 2004). Quando presente nos animais a cisticercose bovina não apresenta sintomas, entretanto afeta de maneira irreversível os produtores, pois quando detectada, no abate, acarreta prejuízos, em virtude da condenação parcial ou total das carcaças e órgãos parasitados (MAIO, 2006) e da depreciação do valor da carne por ser destinada para salga, conserva ou congelamento (BRASIL, 1997). As perdas econômicas são elevadas na balança comercial do país, visto que ao considerar uma rebanho de animais e uma prevalência média de cisticercose de 5,0% com taxa de desfrute de aproximadamente 30,0%, os prejuízos diretos seriam de ordem de R$ 24,5 milhões/ano (SANTOS, 1993). Na América Latina

21 a perda econômica devido à cisticercose é de aproximadamente US$ 164 milhões. Na África as perdas estão estimadas entre US$ e milhões, onde a impossibilidade prática de manter o gado livre da infecção continua frustrando o crescimento de uma indústria de carne rentável em muitos países em desenvolvimento MINOZZO et al., 2002). Os prejuízos econômicos são distribuídos ao longo da cadeia produtiva da carne. Entretanto, o segmento intermediário dos matadouros frigoríficos arca com a maior parcela, devido às imposições do mercado, principalmente dos produtores de bovinos que tradicionalmente não admitem descontos pecuniários pela infecção de seus animais (carcaças) pela cisticercose, a não ser em casos de condenações totais das carcaças acompanhadas de declarações técnicas dos destinatários do Sistema Oficial de Inspeção. Os principais prejuízos para os frigoríficos são: seqüestro de carcaças e seu posterior destino condicional ao tratamento térmico; aumento dos custos com mão de obra dos manipuladores e eletricidade. O retorno econômico é adiado pelas técnicas condicionais; pela condenação total das vísceras; desvalorização da carcaça recortada na pesquisa dos cisticercos. Além do grande risco do consumidor detectar cistos viáveis em cortes de carnes resfriadas, comercializadas em embalagens à vácuo com a identificação da marca comercial da carne (frigorífico) e o mesmo vir a sofrer demandas judiciais de indenizações e denúncias públicas por intermédio dos órgãos de defesa dos consumidores e ONGs (SOUZA et al., 2007b). O diagnóstico envolvido neste complexo epidemiológico é baseado em métodos convencionais de exame direto e na identificação morfológica das formas parasitárias (MONTERO et al., 2003). Morfologicamente os ovos da Taenia solium são praticamente indiferenciáveis dos da Taenia saginata, mas tal distinção pode ser conseguida pela reação cadeia da polimerase (PCR) (OIE, 2005). Em animais o diagnóstico é realizado pela inspeção, entretanto cada país tem regulamentos diferentes em relação à inspeção, mas invariavelmente o músculo masseter, a língua e o coração são cortados e examinados e os músculos intercostais e o diafragma inspecionados, em muitos países o músculo tríceps também é cortado (URQUHART et al., 1996). Durante a inspeção post mortem de carcaças e vísceras o médico veterinário e inspetores auxiliares podem deparar-se com diferentes formas de apresentação do cisticerco, que são classificados em vivas ou calcificadas e localizadas ou generalizadas, de acordo com o aspecto larval e distribuição na carcaça (BRASIL, 1997). Segundo Bionde et al. (2000) as carcaças e órgãos são encaminhados ao Departamento de Inspeção Final

22 (DIF), para que se faça uma reavaliação dos achados post mortem. Quando existem dúvidas quanto ao aspecto do cisticerco, geralmente são classificados como vivos para evitar possíveis riscos à saúde do consumidor. A inspeção de carnes é uma das principais ferramentas na prevenção da teníase, sendo o conhecimento da localização dos cisticercos essencial para a eficiência da inspeção (CÔRTES, 1984). Os métodos de inspeção padronizados são limitados a cortes superficiais em localizações preferenciais do cisticerco e músculos facilmente acessíveis, esses podem fornecer dados para a inspeção que nem sempre são confiáveis (BRASIL, 1996). Apesar das limitações, a inspeção continua sendo um método importante e específico de identificação da infecção no animal. Essa técnica identifica carcaças com infecções maciças e leves e serve como uma advertência precoce do grau de infecção em uma propriedade ou comunidade. As críticas feitas às limitações da inspeção de rotina são baseadas em trabalhos experimentais usando técnicas de fatiamento, não rotineiras no serviço de inspeção, além do que estas técnicas inviabilizariam a comercialização da carne (MINOZZO et al., 2002). De acordo com Souza et al. (2007b) a discrepância dos resultados encontrados por diversos autores sobre a distribuição dos cisticercos nos locais de predileção provavelmente seja devida a alguns fatores, tais como: não padronização de técnicas; pequenos números de animais examinados; estudos realizados com populações grandes, porém de áreas geográficas diferentes; diferenças nas idades dos animais abatidos; densidade demográfica na área de origem dos animais abatidos; sistema de criação do gado. Segundo Santos et al. (2008) os principais locais de visualização dos cisticercos são a cabeça e o coração. Entretanto, outros locais são considerados como de predileção, tais como: língua, diafragma e faringe (WIESNER, 1973). Fernandes et al. (2002) observaram uma prevalência de cisticercose, na cabeça de 45,89%; no coração de 59,84% e na língua de 0,26% dos bovinos abatidos no município de Andradina estado de São Paulo no período de janeiro de 2000 a de dezembro de 2002 sob Inspeção Federal. Moreira et al. (2002) observaram as localizações preferenciais dos cistos vivos e mortos e encontraram: cabeça (61,5%), coração (27,2%), carcaça (6,4%), língua (2,2%), diafragma (1,9%), carcaça (1,0%), língua (0,6%) e fígado (0,2%). Relataram ainda que o coração foi o órgão mais afetado, com uma freqüência superior a 50,0% dos casos de cisticercose calcificada e de 50,0% para o total encontrado. Na cisticercose viva a cabeça foi o órgão mais afetado em mais de 50,0% dos casos, seguida do coração. Enquanto Corrêa et al. (1997) em um estabelecimento sob Inspeção Estadual

23 no município de Santo Antônio das Missões no Rio Grande do Sul encontraram 353 (4,63%) animais positivos para cisticercose, dos quais 221 (62,6%) apresentavam cisticercos no coração, 97 (27,43%) na cabeça e 35 (9,91%) na língua. Em alguns estudos os casos de cisticercos calcificados em animais jovens sobressaem aos achados de cisticercos vivos, o que segundo Fernandes e Buzetti (2001) isto ocorre devido à resposta imunológica, a calcificação nesses animais ocorre ao longo do seu desenvolvimento, ao passo que os animais com idade mais avançada, a calcificação não ocorre de imediato. As carcaças são condenadas quando apresentam infestações intensas, entende-se por infestação intensa a comprovação de um ou mais cistos em incisões praticadas em várias partes da musculatura e numa área correspondente a aproximadamente à palma da mão, quando se verifica infestação discreta ou moderada, após cuidadoso exame sobre os músculos, neste caso devem ser removidas e condenadas todas as partes com cistos, inclusive todos os tecidos circunvizinhos; as carcaças são recolhidas as câmaras frigoríficas ou desossadas e a carne tratada por salmoura, pelo prazo de vinte e um dias, esse período pode ser reduzido para dez dias, desde que a temperatura seja mantida sem oscilação e no máximo a 1ºC, podem ser aproveitadas as carcaças que apresentem um cisto já calcificado, após a remoção e condenação desta parte. Quando o número de cistos for maior do que a infestação moderada, mas não alcançado a generalização da carcaça será destinada a esterilização por calor (BRASIL, 1996). No homem, o diagnóstico de cisticercose cerebral depende principalmente da detecção de cisticercos por técnicas de varredura de tomografia axial computadorizada (TAC) (URQUHART et al., 1996). Testes sorológicos utilizando o método de hemaglutinação indireta e de imunofluorescência indireta podem ser úteis para o diagnóstico. Ainda assim seu valor é limitado por não detectar cerca de 40,0% dos casos de parasitismo. As provas imunológicas contribuem ainda para a caracterização específica, quando outros métodos se mostrarem inadequados (REY, 1992). A Organização Panamericana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde consideram o complexo teníase-cisticercose na América Latina um importante problema de Saúde Pública, estabelecendo índices de 1,0% para teníase e 0,1% para cisticercose em humanos, e 5,0% para cisticercose em animais como endêmicos (PATGE, 2004). A incidência da cisticercose está diretamente ligada a condições econômicas, sociais e culturais de cada local, principalmente onde a população não possui hábitos de higiene e pouco esclarecimento sobre as doenças parasitárias (FALAVIGNA et al., 2006).

24 Segundo Monteiro et al. (1992) a cisticercose bovina pode ser utilizada indiretamente como um indicador das condições precárias de higiene da população. A ação preventiva da teníase apóia-se em um conjunto de medidas que visa impedir a infecção do homem pela T. saginata e, com isto, interferir na propagação e bloquear o ciclo desse parasito na natureza (SOUZA et al., 2007b). Os programas de controle devem ser precedidos e seguidos por inquéritos, necessários para: estabelecer a distribuição geográfica e a prevalência das teníases e cisticercoses, no homem e nos animais, oferecendo subsídios para a compreensão dos processos de transmissão; fornecer os dados epidemiológicos preliminares para o planejamento e a implementação das medidas de controle; assegurar o monitoramento e a posterior avaliação dos resultados do controle, bem como dos indicadores da vigilância epidemiológica (REY, 1992). Ainda segundo este autor os dados devem provir de várias fontes, tais como: informações existentes nos serviços veterinários e médicos e inquéritos específicos sobre a prevalência das infecções em humanos e em animais hospedeiros. A Organização Panamericana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde propuseram em 1993 duas estratégias para o controle da teníase/cisticercose: Programas de intervenção a longo prazo: esta estratégia engloba um conjunto de medidas consideradas ideais na prevenção da teníase/cisticercose, incluindo adequada legislação, aprimoramento das condições de saneamento ambiental, educação sanitária da população, modernização da suinocultura e eficácia na inspeção da carne; Intervenção a curto prazo: os elevados custos da modernização da infra-estrutura sanitária e a lentidão do processo de desenvolvimento sócio-econômico e cultural da população justificam uma atuação imediata nas comunidades endêmicas através do tratamento de teníase em massa da população. O controle do complexo teníase-cisticercose requer melhorias nas condições sócio-econômicas, no saneamento básico e na educação sanitária, além de mudanças de certo hábitos culturais. Todavia, a formação do conhecimento nas universidades e o repasse de informações a pequenas comunidades pode mudar as condições de vida das comunidades (SERÊA et al., 2006). Outras medidas como a criação extensiva dos animais, quando possível, associada a um cronograma eficiente de vermifugação dos animais, melhorias nas condições higiênico-sanitária da população que possa a vir contaminar as pastagens, como por exemplo, controle das verminoses e melhorias no saneamento básico, e um Serviço de Educação em Saúde eficiente, atuações positivas

25 das autoridades públicas, possam ser a saída para diminuir os índices altos de cisticercose bovina nas diversas regiões do Brasil (VOLLKOPFÝ et al., 2008). A cisticercose é um problema de saúde pública, e não pode ser desconsiderado nem pelos órgãos públicos (fiscalizadores), nem pela comunidade (consumidores) (UNGAR; GERMANO, 1992). O Médico Veterinário possui um papel fundamental na Saúde Pública, promovendo a disseminação do conhecimento sobre o complexo teníasecisticercose, bem como empregando todas as ferramentas profissionais disponíveis para impedir a expansão e promover a erradicação desta zoonose (MARQUES et al., 2008). De acordo com Silva et al. (2003) é de responsabilidade do médico veterinário a inspeção dos animais no abate, a fim de evitar que chegue ao consumidor carne contaminada, e para o diagnóstico é utilizado nas linhas de abate a inspeção visual.

26 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O complexo teníase/cisticercose é uma questão de saúde pública que está estritamente relacionada com aspectos sociais, culturais e sanitários, sendo que o homem é sua única fonte de contaminação. A cisticercose no animal é de difícil diagnóstico no ante-mortem e a mesma só é detectada no pós-mortem e isto se faz necessário a criação de um programa de controle eficaz, uma vez que a erradicação se torna quase impossível em países como o Brasil, onde existem muitas diferenças sociais divididas em grande extensão territorial. No ciclo evolutivo do complexo teníase/cisticercose temos dois parasitas que são Taenia solium e Taenia saginata, ambos são a forma adulta do parasita, o primeiro tem como hospedeiro intermediário o suíno e forma larvar o Cysticercus cellulosae e o segundo tem como hospedeiro intermediário o bovino e forma larvar o Cysticercus bovis. Os dois parasitas têm como hospedeiro definitivo o homem. O homem pode se contaminar com a taenia através de ingestão de carne crua ou mal cozida. Outro problema na transmissão são os hábitos pouco higiênicos de algumas pessoas. Os sintomas de uma pessoa com teníase são: insônia, anorexia, apetite exagerado, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarréias e o problema se agrava quando ocorre a neurocisticercose, onde o cisticerco fica localizado no sistema nervoso central, provocando convulsões e distúrbios psiquiátricos. Atualmente a utilização do praziquantel e albendazol tem sido eficaz na terapêutica da neurocisticercose. As medidas profiláticas do complexo teníase/cisticercose incluem estratégias de prevenção a longo prazo com trabalhos de educação sanitária que devem ser realizados em escolas e junto as comunidades, e a curto prazo com tratamento da teníase de toda a população.

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