Objectivos para orientar o estudo dos conteúdos de História da Cultura e das Artes 10º Ano. Módulo 2: A Cultura do Senado
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- Ivan Cordeiro Machado
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1 Objectivos para orientar o estudo dos conteúdos de História da Cultura e das Artes 10º Ano ( ) Professor: Luís Paulo Ribeiro Módulo 2: A Cultura do Senado A O século I a. C./d. C., o século de Augusto (o tempo) 1 Relacionar as expressões: Século de Augusto e Pax Romana R/ - O chamado século de Augusto está associado à ideia de Pax Romana, porque a eficácia governativa do imperador Octávio César Augusto permitiu ao império romano viver um longo período de paz. 2 Referir o conjunto de aspectos que explicam a eficácia da organização político administrativa do império romano. R/ - a) Existência de um poder autocrático. ( ) 3 - Enunciar as principais características do mundo romano. R/ - a) Domínio militar; b) Centralização político-administrativa; ( ) 4 Analisar os vários níveis de realização do poder imperial. R/ - a) No plano militar restabeleceu a ordem e a disciplina militar e estimulou o espírito de conquista; b) No plano político reformou o aparelho político-administrativo aumentando o poder imperial e reduzindo o poder do Senado; c) No plano social Promoveu a paz ( Pax Romana ) criando uma estrutura social fortemente hierarquizada (patrícios, plebeus e escravos); d) No plano cultural usou a prosperidade económica para proteger as artes e o trabalho intelectual; 1
2 e) No plano religioso restabeleceu a religião tradicional ligada ao culto dos antepassados e criou o culto imperial. 5 - Dizer em que consistiu o fenómeno da romanização. R/ - Consistiu numa política cultural destinada a levar o modo de vida romana às restantes partes do Império. Para isso, os romanos realizaram obras por todo o Império. a) Abrindo estradas (as vias romanas); b) Construindo cidades à imagem e semelhança de Roma; c) Levantando pontes, aquedutos, templos, termas, arcos de triunfo e mausoléus ; d) Desbravando florestas, fazendo arroteamentos dos campos e fundando indústrias; e) Construindo equipamentos sociais como bibliotecas B Roma: o modelo urbano no império (o espaço) 6 Identificar os povos fundadores da cidade de Roma. R/ - Povos fundadores de Roma (século VIII a. C. ano 753) a) Latinos (povo que habitava o monte Palatino); b) Sabinos (povo que habitava o monte Quirinal). Neste período Roma não passava de uma grande aldeia urbanisticamente desorganizada, constituída por montes rodeados de terrenos alagados de água que mais tarde foram drenados de modo a permitir o alargamento contínuo do espaço habitado. 7 Avaliar o papel desempenhado pelos etruscos na renovação urbanística de Roma. R/ - O domínio de Roma pelos etruscos no século VII a. C., a implantação do regime monárquico e a realização das primeiras grandes obras, como a Cloaca Máxima. 8 Mencionar os principais momentos e intervenientes relacionados com a renovação urbanística de Roma. R/ - a) O domínio etrusco (século VII a. C.); b) A expulsão dos etruscos, o fim do regime monárquico e a implantação do regime republicano no ano de 509 a. C.; 2
3 c) O longo período da República (de 509 a 27 a. C) e a construção do império romano: - Crescimento urbano de Roma; - Desenvolvimento de uma política de conquistas; - Intensificação das actividades económicas facilitada pelas vias romanas; - Crescimento populacional de Roma e renovação urbanítica; - Roma, centro do mundo ( todos os caminhos vão dar a Roma ). 9 Referir os dois paradigmas estabelecidos pela cidade de Roma. R/ - A cidade de Roma, enquanto Urbe ou modelo a seguir, transformou-se num duplo paradigma para todo o mundo romano: a)paradigma a nível administrativo e civilizacional apesar de as cidades do império apresentarem diferentes estatutos jurídicos (municípios, colónias ) todas elas, enquanto sedes de administração regional, dispunham de uma estrutura interna baseada no modelo das instituições e órgãos governativos da cidade de Roma; b) Paradigma a nível urbanístico porque cada cidade era uma pequena Roma com o seu fórum, as suas termas, basílicas, anfiteatros, templos distribuídos num espaço urbano organizado em torno de dois eixos viários ortogonais (o cardo e o decúmano). C O Senado: os senadores e o cursus honorum (o local) 10 Definir os conceitos de senado, de retórica e de cursus honorum. R/ - a) Senado órgão legislativo e deliberativo do Estado Romano(principal órgão político da República); b) Retórica arte de bem falar. Era a principal arma de discussão argumentativa necessária ao sucesso dos senadores; c) Cursus honorum carreira das honras baseadas em magistraturas hierarquizadas 11 Definir o conceito de Direito romano. História. R/ - Conjunto de normas jurídicas compiladas pelos romanos ao longo da sua 3
4 12 Apontar as duas principais características do Direito Romano. R/ - a) Racionalidade e lucidez dos princípios gerais enunciados; b) Pragmatismo na análise das situações do quotidiano de carácter económico, social, familiar, étnico e político, bem como na forma de encarar as várias regiões do império. D A língua latina: a construção do latim; o latim de Cícero; o latim do limes (síntese 1) 13 Situar no tempo o aparecimento e o período de formação da língua latina. R/ - A formação da língua latina vai desde cerca de 1700 a. C. até ao ano de 509 a. C. (início do regime republicano) e atinge o seu apogeu no século I a. C., período em que se torna a língua oficial de todo o império. 14 Identificar os diferentes falares mediterrânicos que influenciaram a língua latina no seu período de formação. R/ - O latim recebeu influências: a) etruscas; d) gregas (desde o século VII b) gaulesas; através da Magna Grécia) c) do dialecto cartaginês; 15 Situar no tempo o período de ouro da língua latina. R/ - O período entre o século Ia. C. e o século II d. C. é o período de ouro da língua latina cultivado por grandes figuras da cultura romana: 16 Indicar o nome de alguns dos principais cultores do latim vernáculo. R/ - Estes são os nomes de maior destaque: a) Virgílio; d) Séneca; b) Horácio; e) Tácito; c) Tito Lívio; f) Lucano. Obs: Estes autores deram origem a uma das literaturas mais desenvolvidas da Antiguidade. 17 Distinguir entre o latim erudito e o latim popular ou latim do limes. R/ - Depois do seu período de ouro o latim assumiu 2 formas distintas: a) O latim erudito - falado pelas elites e baseado na pureza e rigor gramatical; b) O latim popular ou do limes falado a nível local e sujeito a alterações. 4
5 18 Explicar o surgimento das línguas novilatinas. R/ - A partir do século III d. C., o latim erudito deixou de ser falado e restringiu-se à forma escrita. O latim do limes generalizou-se como língua falada e deu origem às actuais línguas novilatinas que depois de sofrerem transformações ao nível dos vários romances (falares) medievais, levaram ao aparecimento do a) Português; b) Espanhol; c) Italiano; d) Francês; e) Romeno. E O ócio, os tempos do lúdico; os jogos do circo; a preocupação com as artes (síntese 2) 19 Interpretar o sentido do termo ócio no contexto da cultura romana do tempo da República e do tempo do Império. R/ - Tempo livre vivido com dignidade numa entrega às tarefas da cultura e consequente enriquecimento do espírito. Esta ideia de ócio é própria do período republicano e ainda se conserva, em parte, no período imperial, na medida em que as elites romanas, admiradoras da cultura grega entregam o cuidado da educação dos filhos aos pedagogos gregos. Contudo, no período imperial a ideia de ócio sofre alterações, na medida em que vai para além das preocupações culturais e intelectuais, para valorizar os vários jogos públicos tradicionais: a) Corridas de cavalos no Circo Máximo (selecção do melhor animal para sacrificar e oferecer aos deuses); b) As grandes procissões associadas a representações teatrais (mostra ritual dedicada à apresentação pública das estátuas dos deuses); c) Os combates rituais entre gladiadores e feras (ritual sagrado destinado a oferecer aos deuses os gladiadores mortos em combate). Obs: Todos estes jogos revestiam uma dimensão religiosa, na medida em que funcionavam como oferta dos humanos aos deuses 5
6 20 Descrever a atitude das classes mais cultas face à generalização do gosto popular pelos jogos violentos, como os combates de gladiadores. R/ - De entre todos os jogos, o combate de gladiadores foram os que se tornaram mais populares. Contudo, o seu carácter violento e irracional suscitou a sua rejeição pelas classes mais cultas e pela aristocracia que como Catão (95 46 a. C.) se preferiu suicidar do que viver para assistir ao colapso dos bons costumes da República. Tal rejeição das classes cultas e aristocráticas fez com que estas se refugiassem nas villas elegendo um modo de vida bucólico, ligado aos prazeres simples do campo, ao gosto da leitura, da música, da filosofia e das artes. F A ARTE ROMANA I Arquitectura 21 Justificar a importância da arquitectura no contexto da arte romana. R/ - A arquitectura constitui a expressão máxima do génio artístico do povo romano. Constitui, igualmente, o maior legado artístico de Roma. 22 Identificar a grande obra de referência da arquitectura romana e da arquitectura ocidental até ao século XVI. R/ - Como obra de referência da arquitectura romana existe Os Dez Livros da Arquitectura de Vitrúvio, arquitecto do tempo do imperador Octávio César Augusto. 23 Mencionar as principais características da arquitectura romana em termos gerais e em termos específicos. R/ - A principal característica da arquitectura romana residia no pragmatismo e na funcionalidade porque se preocupava com a resolução de problemas práticos/técnicos da arte de construir e tinha por objectivo dar resposta a necessidades: a) Demográficas; b) Económicas; c) Políticas; d) Culturais. Desse pragmatismo e funcionalidade fazem parte as seguintes características: a) Utilitas (utilidade); b) Firmitas (solidez); 6
7 c) Decorum (decoro/dignidade; d) Venustas (beleza); e) Grandeza/monumentalidade; f) Poder e força 24 Relacionar a arquitectura romana com os avanços tecnológicos que a acompanharam. R/ - a) Variedade e plasticidade dos materiais utilizados (pedra, mármore, tijolo, madeira e vários tipos de opus ; b) Criação de novos sistemas construtivos (arcos, abóbadas, cúpulas e arcadas); c) Desenvolvimento das técnicas e dos instrumentos de engenharia: - Aperfeiçoamento dos conhecimentos de orografia e topografia, - Criação de técnicas de terraplanagem, - Desenvolvimento dos processos de embasamento e de suporte, - Invenção das cofragens e cimbres, - Utilização de grampos de metal para fortalecer as juntas. 25 Referir as preocupações dos arquitectos romanos face à utilização das ordens arquitectónicas gregas. R/ - Os avanços tecnológicos foram acompanhados pelo desenvolvimento de uma exagerada decoração ornamental (o chamado barroquismo) mediante a adopção de ordens da arquitectura grega (colunas, capitéis, entablamentos e frontões) sem preocupações estruturais (como as contempladas na Secção de Ouro ), mas apenas como elementos decorativos. 26 Indicar as duas ordens arquitectónicas criadas pelos romanos. R/ - Dentro dessas preocupações, essencialmente, decorativas criaram-se duas novas ordens: a) A ordem toscana (semelhante à dórica) b) A ordem compósita (semelhante à coríntia). 7
8 27 Referir as funções da arquitectura religiosa romana. R/ - A arquitectura religiosa romana desempenha, simultaneamente, funções religiosas, políticas e sociais. Reveste-se, por isso, de uma grande importância que deriva do facto de estar associada a dois aspectos centrais do mundo romano: a) O culto do imperador, com os seus templos, que se estendem a todas as partes do império; b) O culto prestado, por cada cidade, aos deuses protectores e que exigiam a construção de templos especiais. 28 Referir os vários tipos de arquitectura religiosa. R/ - Pelo seu valor sagrado e simbólico, os templos, os santuários e os simples altares assinalavam os lugares mais importantes das cidades e apresentavam, no essencial, dois aspectos distintos: a) Influências ítalo-etruscas e greco-helenísticas; b) Alterações estruturais e decorativas tipicamente romanas ao nível das plantas, coberturas, materiais utilizados etc Os exemplares mais antigos da arquitectura religiosa romana datam dos séculos IV e II a. C. e possuíam plantas redondas ou rectangulares (casos dos templos de Vesta e da Fortuna Virilis). 29 Caracterizar cada um dos tipos arquitectónicos referidos. R/ - Os templos do período republicano apresentam características comuns apesar da diversidade de plantas, materiais e dimensões: a) Erguiam-se sobre um podium ; b) Possuíam um aspecto frontal (fachada assinalada pelo pórtico e pelas escadarias de acesso ao templo (ao contrário o templo grego era omnilateral); c) Apresentavam uma planta rectangular com uma só cella ; d) Encontravam-se orientados no terreno (seguindo o eixo axial da cella ), tendo em conta a posição ocupada pelos augúres para observar o voo das aves antes da adivinhação; e) Na maioria das vezes não tinham peristilo, pois eram falsamente perípteros, na medida em que as colunas laterais se encontravam embebidas ou adossadas às paredes exteriores da cella ; 8
9 f) As colunas e o entablamento eram à maneira grega (seguindo uma das ordens), mas possuíam uma função meramente decorativa. Este modelo de templos do período republicano espalhou-se pelas províncias (ex.: Maison Carré, em Nímes, França). No contexto da arquitectura religiosa, os santuários merecem um especial destaque pelo seu aspecto grandioso e complexidade (eram constituídos por vastos recintos abertos para a paisagem e construídos como amplos anfiteatros rodeados de arcadas, atrás das quais estavam os templos, os alojamentos para sacerdotes e crentes, lojas e outras dependências (ver p. 110). Os exemplares mais sumptuosos e monumentais da arquitectura religiosa romana datam da época do imperial e encontram-se em grande número no Próximo- Oriente. Contudo, o mais notável de todos é o Panteão de Roma que, no entender de muitos é a melhor obra arquitectónica conservada dos tempos romanos. (Arquitectura e obras públicas) 30 Analisar os objectivos que presidiram à realização das obras públicas no mundo romano. R/ - Foi sobretudo no período imperial que tanto os imperadores como os governadores das províncias procuravam afirmar o seu poder e riqueza associando o seus nomes a obras públicas destinadas a embelezar a cidade e a melhorar as condições de vida da sua população. 31 Referir as obras públicas características do período republicano e do período imperial. R/ - No período da República as obras públicas consistiam, essencialmente, em grandes obras de engenharia civil com carácter prático e utilitário: estradas, pontes e aquedutos. No período imperial as obras públicas procuraram dar ênfase à vida pública em termos funcionais e lúdicos: a) Em termos funcionais, através da construção de fóruns constituídos por um conjunto de edifícios que, como as basílicas, mercados, templos e palácios, asseguravam as funções sociais que faziam do fórum um centro político, religioso, social e económico; 9
10 b) Em termos lúdicos, através da construção de edifícios que como os anfiteatros, teatros, termas e circos, asseguravam as condições de lazer e divertimento tão apreciados na vida quotidiana da época imperial. 32 Caracterizar as seguintes obras públicas: basílicas, anfiteatros, teatros e termas. R/ - a) Basílicas edifícios multifuncionais de grandes dimensões que serviam para albergar tribunais, cúrias e outras repartições públicas; b) Anfiteatros edifícios destinados aos jogos circenses. Edifícios de planta circular ou elíptica, sem cobertura e erguendo-se à altura de vários andares, (3 ou 4) sustentados por um complexo sistema de abóbadas que, por sua vez, sustentavam a arena e as galerias sob as bancadas; c) Teatros - Edifícios destinados a representações teatrais (semelhantes aos anfiteatros na forma e na decoração eram, no entanto, de menor dimensão); d) Termas Funcionavam como balneários públicos e eram importantes locais de encontro e convívio social no dia a dia, continham piscinas de água quente e fria, saunas, ginásios, estádios, hipódromos, salas de reunião, bibliotecas, teatros, lojas, amplos espaços verdes ao ar livre e apresentavam uma construção de escala monumental baseada em plantas onde se conjugavam, de forma harmoniosa, todos os espaços interiores e exteriores. A decoração utilizava revestimentos a mármore policromado, belas composições de mosaicos, estuques dourados e muita estatuária artística. (Arquitectura privada: as variantes da casa romana) 33 Determinar e caracterizar os dois tipos principais da arquitectura privada romana. R/ - a) Domus casa unifamiliar com a seguintes características: -Paredes exteriores feitas de tijolo e ladrilho cozido e o interior feito com taipa e estuques; - Aspecto baixo com telhado de cerâmica ligeiramente inclinado para o interior; - Aberta para dentro e fechada para fora; 10
11 - As divisões organizavam-se em torno de um ou dois pátios interiores (o atrium e o peristilo) que asseguravam a iluminação e ventilação da casa e, ainda, a circulação das pessoas; - Decoração interior baseada em pavimentos de mármore policromado ou de mosaicos. As paredes de estuque eram pintadas com belas representações; b) Insula Prédio urbano de arrendamento constituído por pequenos apartamentos (os cenacula) e destinado a alojar famílias mais pobres. Tinham em média 3 ou 4 andares, nalguns casos podia chegar aos 8 andares. O rés-dochão era utilizado para lojas abertas para a rua. Apresentava escadas íngremes, mau isolamento térmico e acústico, pequena altura do pé-direito, falta de arejamento e localizava-se, habitualmente, em ruas estreitas. (Arquitectura comemorativa) 34 Justificar a importância da arquitectura comemorativa romana. R/ - Reflecte o espírito histórico e triunfalista dos romanos e a sua consequente necessidade de assinalar e evocar os grandes feitos político-militares (Ex.: a Coluna de Trajano e os Arcos de Triunfo) (O urbanismo) 35 Explicar as preocupações urbanísticas do mundo romano. R/ - As referidas preocupações decorrem do facto de o mundo romano ser um mundo de cidades caracterizadas por um traçado de vias principais em linha recta (o cardo e o decúmano) e pela existência do fórum, enquanto centro político, religioso, social e económico. II ESCULTURA: o Homem enquanto indivíduo 36 Descrever os traços essenciais da escultura romana ao nível da estatuária e do relevo. R/ - A escultura romana caracteriza-se por ser realista e estar centrada na personalidade do indivíduo frequentemente representada sob a forma de busto (os romanos de espírito mais pragmático preferiam o realismo emocional da representação à perfeição clássica) 11
12 37 Analisar as técnicas próprias do relevo. R/ - A escultura do relevo foi utilizada pelos romanos com fins essencialmente ornamentais, comemorativos e narrativos ou históricos, tendo adoptado uma dupla técnica: a) Técnica de representação baseada: - Na exploração da profundidade através da gradação dos planos; - No recurso a diferentes tipos de relevo (alto, médio e baixo); - Nos efeitos de perspectiva e construção espacial; b) Técnica do escorço (arte de representar baseada num efeito de perspectiva em que um objecto/figura assume proporções menores do que a realidade) usada, sobretudo, na representação de cenas militares que, em muitos casos, chegam a ser caóticas devido à multiplicidade e sobreposição das personagens; c) Técnica da narração baseada na criação de cenas contínuas em que a figura principal surge repetida, as figuras secundárias colocadas lado a lado e as restantes são dispostas apenas com o objectivo de dar vivacidade e pormenor à narrativa (Coluna de Trajano). III A PINTURA E O MOSAICO (Pintura) 38 Indicar e caracterizar a diversidade temática da pintura romana. R/ - A pintura romana de carácter mural (feita a fresco e destinada a decorar os interiores) e móvel (feita a encáustica ou a têmpera sobre painéis de madeira) apresenta uma grande diversidade temática: a) Pintura triunfal que incide sobre cenas históricas (batalhas, episódios políticos ) e é usada com funções políticas, documentais e comemorativas; b) Pintura mitológica que incide sobre os mitos e mistérios da vida dos deuses narrados em composições ricas de personagens e colorido; c) Pintura de paisagem inspirada em cenas da natureza e marcada por uma fantasia de carácter bucólico e poético; d) Pintura de naturezas-mortas e de cenas de género _ caracterizadas pelo realismo e atenção ao pormenor; e) Pintura do retrato feita a fresco nas paredes ou a encáustica sobre painéis de madeira ou de metal à semelhança do que se fazia no Egipto. 12
13 39 Determinar o âmbito de utilização da pintura romana. R/ - A pintura romana era utilizada em: a) Edifícios públicos (basílicas, termas ); b) Edifícios religiosos (templos e túmulos ); c) Edifícios oficiais (villas e palácios ); d) Edifícios privados (habitações familiares) (Mosaico) 40 - Caracterizar a arte romana do mosaico. R/ - O mosaico romano é formado por pequenas tesselas de materiais coloridos (mármores, pedras várias e vidro) aplicadas sobre a argamassa fresca que cobria os locais de suporte, primeiramente o chão, depois as paredes exteriores e até os tectos de pequenas cúpulas. O professor: (Luís Paulo Ribeiro) 13
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