Objetivo da aula: Origens da ciência econômica. A Economia Política e sua critica (aula 1 Adam Smith)
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- Cíntia Farias Pereira
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1 Ciências Sociais (P.I) A Economia Política e sua critica (aula 1 Adam Smith) Temática: Economia e funcionamento social: fundamentos Adam Smith. Profa. Luci Praun Objetivo da aula: Conhecer as formulações clássicas do pensamento econômico, nesta aula, focadas nas elaborações dos fisiocratas e de Adam Smith. Origens da ciência econômica Séc. XVII Transformações Europa inflação e crises Séc. XVIII Crise do Antigo Sistema Colonial e Formação do Capitalismo Industrial 1
2 Fisiocratas Primeira Escola de Pensamento Econômico (Quesnay e Turgot) Problema posto Determinar as políticas públicas (políticas de impostos e subsídios): qual a fonte do valor e da riqueza? qual o conceito de riqueza das nações? qual a política econômica mais adequada ao desenvolvimento da sociedade? Base do modelo Fisiocrata Crítica da concepção estática de riqueza (característica do Mercantilismo) Há, para os fisiocratas, uma ordem natural na sociedade, tal como na natureza. Entretanto, essa ordem pode ser alterada pelos homens. Base do modelo Fisiocrata Identificação da mais-valia a partir do aumento da produção física (portanto, unicamente agrícola). apoio ao setor produtivo agrícola nacional (único capaz de produzir riqueza). Somente o setor agrícola é capaz de produzir excedente. Excedente, gerado por um elemento externo ao homem, a fertilidade da terra. 2
3 Teoria do excedente Sociedade dividida em três classes : Imagem 1 Classe produtiva Classe estéril Classe dos proprietários A. Smith e a Formação da Ciência Econômica Surgimento da Economia como Ciência Imagem 2 Enorme impacto sobre a cultura ocidental e sua concepção de história e sociedade Escocês, Professor de Filosofia Moral, nascido em Pai do Liberalismo Publica A Riqueza das Nações. Contexto histórico imediato Filosofia Iluminista. Décadas de 1760 e 1770: início da Revolução Industrial na Inglaterra. 1776: Independência dos EUA. 1789: Rev. Francesa. Over London by Rail, Gustave Doré, Imagem 3 3
4 Imagem 4 Thomas Hobbes estado natural Guerra de todos contra todos Autoconservação / egoísmo Filosofia moral de Smith Linha de pensamento que reage às teses de Hobbes Renúncia à liberdade Poder centralizado A riqueza das nações Texto iluminista, que oferece a base para a compreensão de seu tempo (revolução industrial) e a base de uma nova concepção de história e sociedade. Título remete ao debate com os fisiocratas e indica uma nova concepção de riqueza uma nova teoria do valor. Revendo questões Pressupostos da fisiocracia Renda residual Produto líquido Renda da terra Imagem 5 Fruto da produtividade / fertilidade da terra Pertencente ao proprietário 4
5 Superação dos limites fisiocráticos Trabalho humano: única fonte de valor, esteja ele situado na indústria, na agricultura ou em qualquer outra atividade. Smith restringe a relação direta entre a quantidade de trabalho e o preço dos produtos a um estado rude e original da sociedade. Formulação suficiente para a recusa das políticas mercantilistas e a crítica dos fisiocratas. Vídeo: Tempos modernos 3 min Parada para reflexão Tentem identificar quais as características da nova economia industrial, em formação à época de Smith, aparecem no filme de Chaplin e que só são compreensíveis a partir de uma nova teoria econômica. 10 min. 5
6 Divisão do trabalho Se o trabalho é fonte de valor e elemento determinante do preço dos produtos,então, o aumento da produtividade do trabalho é uma condição fundamental à redução dos preços, ao progresso e à sobrevivência em uma economia caracterizada pela concorrência. Para Smith o aumento da produtividade do trabalho resulta, em primeiro lugar, da divisão do trabalho. Exemplo de Smith A Manufatura de Alfinetes: Compara a produção de alfinetes por uma única pessoa com a produção que envolve divisão das diferentes tarefas entre os diversos trabalhadores: Com a divisão do trabalho um trabalhador produz, no mesmo tempo, 240 vezes mais do que sem essa divisão. Todos os homens são ricos ou pobres segundo o grau em que possam desfrutar das coisas necessárias (...). Contudo, uma vez estabelecida a divisão do trabalho, somente podemos obter uma pequena parcela dessas coisas mediante o esforço pessoal. (...) Um indivíduo será rico ou pobre de acordo com a quantidade de trabalho alheio de que possa dispor ou que se ache em condições de adquirir (Smith, A Riqueza das Nações) 6
7 Egoísmo e mão invisível Conseqüências do Conceito de Valor-Trabalho: O aumento da produtividade do trabalho é condição ao aumento da riqueza e ao progresso do homem e esse aumento é maior em uma economia de mercado e concorrencial Assim, uma sociedade de agentes egoístas, cada um deles voltado unicamente para seu próprio interesse, resultará no maior progresso possível para o conjunto de seus membros. Ao preferir fomentar a atividade do país e não de outros países ele [o capitalista] tem em vista apenas sua própria segurança; e orientando sua atividade de tal maneira que sua produção possa ser de maior valor, visa apenas a seu próprio ganho e, neste, como em muitos outros casos, é levado como que por mão invisível a promover um objetivo que não fazia parte de suas intenções. Aliás, nem sempre é pior para a sociedade que esse objetivo não faça parte das intenções do indivíduo. Ao perseguir seus próprios interesses, o indivíduo muitas vezes promove o interesse da sociedade muito mais eficazmente do que quando tenciona realmente promovêlo. (Smith, A Riqueza das Nações) 7
8 Liberalismo Assim, a forma mais adequada de política econômica seria a liberação da livre iniciativa, a liberdade de mercado, sem a intervenção do Estado na economia. Vídeo: Ilha da flores 2 min e 65 segs. Parada para reflexão Debate em Grupo: Considerar como se poderia utilizar a Teoria do Valor-Trabalho para se compreender, por exemplo, a introdução de tecnologia na indústria nas últimas décadas e o desemprego a ela associado. 10 min. 8
9 Smith e o liberalismo Entretanto, esse liberalismo econômico, é sustentado apenas parcialmente por Smith. Segundo ele, o Estado tem papel importante na regulação da economia e no fomento à concorrência. Smith, professor de filosofia moral e iluminista, caracteriza o bem da sociedade e o progresso do homem, e não o enriquecimento de uma classe, como fim da atividade econômica. O liberalismo radical e a recusa da ação do Estado, assim como a defesa apaixonada do mercado e da eficácia da mão invisível, não são facilmente sustentadas pela leitura dos textos de Smith. Aos governos caberia a tarefa de regular a competição capitalista. Smith e os temas da economia política clássica Problemas e temas deixados em aberto e que pautarão mais de meio século de investigação da economia: a. A Teoria do Valor-Trabalho exige articulação e descrição mais adequada, o que será feito principalmente por D. Ricardo e K. Marx. b. Explicar a remuneração do Capital e a Renda da Terra e as proporções em que isso ocorre. 9
10 c. Apontar de modo mais claro quais as políticas econômicas mais adequadas ao desenvolvimento da produção e à ampliação da riqueza da sociedade, bem como o papel que o Estado deve (ou não) desempenhar na economia. Economia, cultura e C. Sociais Aumento da produtividade do Trabalho como forma de acumulação e concorrência Divisão do Trabalho e Corrida tecnológica Descrição de uma Lógica do Capital Economia e História o modelo de desenvolvimento imanente das forças produtivas (e os limites da ação) Ciências Sociais (P.I) Boa Semana! Profa. Luci Praun 10
11 Referências Imagem 1 - Quesnay - Disponível em: Acesso em: 20 de março de Imagem 3 Disponível em: Acesso em: 20 de março de Imagem 4 - Hobbes - Acesso em 20 de março de Imagem 5 - Cultivo do arroz
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