Táticas de produção e sustentação do humano em nós: por uma rede de cuidados despatologizantes. Ligia Moreiras Sena. Autora do Cientista Que Virou Mãe

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1 Táticas de produção e sustentação do humano em nós: por uma rede de cuidados despatologizantes Ligia Moreiras Sena Autora do Cientista Que Virou Mãe

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9 Quem sou eu e como cheguei até essa mesa hoje? formação insatisfações com a área interrupções x educação retorno à formação científica gravidez A busca de informação

10 a busca de informação choque de valores blog e participação em listas o rompimento grupo de discussão nova área o encontro com as mulheres mídias, etc REDE DE CUIDADOS

11 REDE DE CUIDADOS DESPATOLOGIZANTES EM BUSCA DO HUMANO EM NÓS

12 DESPATOLOGIZAR NÃO MEDICALIZAR Não considerar patológico e surpreendente o que é natural e esperado. Rejeitar a compulsão social atual de questionar se... É NORMAL.

13 É NORMAL?

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15 O QUE É NORMAL? NORMA Forma acordada, repetível de se fazer algo. Documento que contém uma especificação técnica ou outros critérios precisos desenvolvidos para serem utilizados consistentemente como uma regra, diretriz, ou definição. As normas tornam a vida mais simples e aumentam a confiabilidade e a efetividade de muitos produtos e serviços que usamos.

16 QUEM CRIOU A NORMA? A NORMA SERVE A QUÊ? A NORMA SERVE A QUEM?

17 Mas acontece que... Os humanos são viciados. São viciados em regras Luiz Fernando Tófoli

18 Normal ou Frequente? Qual a relação entre normalidade, frequência e hegemonia? Qualquer ataque à instituição médica suscita angústia. A promoção da saúde pela progressiva redução dos gastos da medicina e a sensata desprofissionalização dos cuidados médicos ainda parecem ideia irresponsável ou bizarra. Ivan Illich

19 A medicalização da infância, da educação, dos afetos, do corpo feminino, do parto apoia-se na hegemonia. A hegemonia é medicalizante.

20 DECORRÊNCIAS DA MEDICALIZAÇÃO alienação do corpo e da vida - diminuição da autonomia - experiências humanas como problemas médicos - processo de adoecimento: problemas na máquina humana - busca por problemas na máquina - soluções químicas ou cirúrgicas - aumento de procedimentos especializados; - desvaloriza o estilo de vida, os valores, os fatores subjetivos e sociais relacionados ao processo saúde doença.

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22 A medicina passa a ser uma oficina de reparos e manutenção, destinada a conservar em funcionamento o homem usado como produto não humano. Ele próprio deve solicitar o consumo da medicina para poder continuar se fazendo explorado. Illich

23 Como, então, desenvolver táticas de produção e sustentação do humano em nós por meio de uma rede de cuidados despatologizantes? Empoderamento Auto-estima Autonomia Informação A não banalização do mal REDES - COLETIVO

24 Ocupar todos os espaços As nossas redes de acolhimento estão agindo a favor do respeito às diferenças naturais ou a favor de que? Luiz Fernando Bilibio

25 Desaparecimentos e ausências também são provocados pela monocultura da escala dominante, segundo a qual a escala adotada como primordial determinaria a irrelevância de todas as outras possivelmente existentes. Lia Luz e Boaventura de Souza Santos ( O renascimento do parto e da (reinvenção da) emancipação social na blogosfera brasileira: contra o desperdício das experiências ) PRODUÇÃO DE AUSÊNCIAS SOCIOLOGIA DAS AUSÊNCIAS SOCIOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS

26 Conforme bem explica Boaventura de Sousa Santos, a sociologia das emergências consiste na amplificação simbólica de sinais, pistas e tendências latentes que, mesmo dispersas, embrionárias e fragmentadas, apontam para novas constelações de sentido no que respeita a compreensão e a transformação do mundo, pavimentando o caminho do cosmopolitismo subalterno. Este, na perspectiva do autor, consiste num vasto conjunto de redes, iniciativas, organizações e movimentos que lutam contra a exclusão econômica, social, política e cultural gerada pela globalização neoliberal. Lia Luz

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30 REDE DE CUIDADOS DESPATOLOGIZANTES EM BUSCA DO HUMANO EM NÓS

31 Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem. Lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize. Boaventura de Souza Santos

32 Vamos usar a informação científica pelo lado dos Jedis (Cida Moysés)