A BELA ADORMECIDA: DA AGRESSÃO SEXUAL À MEDIOCRIDADE. Introdução

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A BELA ADORMECIDA: DA AGRESSÃO SEXUAL À MEDIOCRIDADE. Introdução"

Transcrição

1 A BELA ADORMECIDA: DA AGRESSÃO SEXUAL À MEDIOCRIDADE Autora: Patrícia Aparecida Penkal de Castro (UNIANDRADE) Orientadora: Profa. Dra. Brunilda T. Reichmann(UNIANDRADE) Introdução Atualmente, quando lemos um livro ou vamos ao cinema assistir a uma releitura literária, nos deparamos com versões que fogem das estruturas tradicionais dos contos de fadas. Muitos elementos, até então utilizados, como as princesas que encontram seus príncipes encantados e vivem felizes para sempre dão lugar a versões com enredo modernizado, satirizado ou que contam o outro lado da história. Recentemente, inúmeros contos de fadas ganharam essas novas versões, dentre eles podemos citar Jasmine, princesa do conto Aladdin; Mulan, uma jovem chinesa do conto Mulan e ainda princesa Valente, do conto com mesmo nome, mulheres fortes e de personalidade, que buscam cada vez mais conquistar seu espaço, a igualdade e principalmente a superação. O enredo dessas histórias demonstra a figura feminina dando um novo significado as suas vidas. Além dessa transformação na figura feminina, é possível observar mudanças em personagens antes estereotipados e bem definidos que apresentavam a dualidade maniqueísta para representar o bem e o mal. Ao verificar a existência de inúmeros contos de fada que apresentam essa releitura na contemporaneidade, a partir dos contos clássicos, escolheu-se como objeto de estudo para este trabalho a história A Bela Adormecida. Para compreender agrande divergência de histórias deste conto, fez-se necessário realizar uma análise das diferentes versões a fim de verificar a forma como foram recontadas em seus contextos históricos, uma vez que os contos são inspirados na vida cotidiana de uma sociedade, seus comportamentos e atitudes. Optou-se em estruturar o artigo em três capítulos. No primeiro,aborda-se a história dos contos de fada, a presença das características patriarcais e maniqueístas nessas histórias e como a função dominadora que essas características representavam para as mulheres. Na segunda parte, descreve-se o enredo das principais versões do conto e as diferenças existentes entre eles, bem como o contexto em que foram escrito. Na terceira e última parte, aponta-se partes do enredo que demonstram as características do patriarcalismo e do maniqueísmo e as transformações que lhe dão uma nova roupagem. Apesar das inúmeras diferenças nas histórias desse conto clássico, uma coisa pode-se garantir: ele encantou e ainda encanta diferentes gerações. Pois, a adaptação

2 de uma história, não a torna melhor ou pior que a outra,mas faz com que se levante reflexões sobre as manifestações e transformações relacionadas à sociedade, com a forma de pensar das pessoas e com as realidades que as cercam, sejam elas sociais ou econômicas, retratando seu tempo e espaço. Patriarcalismo e maniqueísmo características marcantes dos contos de fadas Os contos de fadas, desde seu surgimento sempre seduziu crianças, jovens e adultos em virtude da forma como eram escritos. Eram fundamentais na formação da personalidade humana, uma vez que auxiliavam as pessoas a encontrar o significado da vida, à medida que aprendiam a compreender melhor a si e o mundo ao seu redor. Com relação a essa afirmação Bruno Bettelheim (2012) explica que são por meio dos contos de fadas que se pode aprender mais sobre os problemas interiores, tão frequentes na vida das pessoas. Nos contos de fadas, encontramos histórias de lindas princesas meigas e carinhosas, boas filhas que encontram seus príncipes, geralmente encantados, se casam e vivem felizes para sempre, representando o bem e o bom da história. Por outro lado, representando o mal, temos a bruxa malvada ou a madrasta, feia e velha que inveja a princesa e faz de tudo para acabar com sua felicidade, geralmente, essa figura maléfica, tem um fim trágico. Nesse breve descrição encontramos características marcantes dos contos de fadas, o patriarcalismo, representados pelas figuras masculinas que exercem domínio e controle sobre o matrimônio, sua família e principalmente suas filhas. Luiza Tomita (2002) descreve que o patriarcalismo Baseia-se numa hierarquia piramidal, cujo topo é ocupado pelo pater famílias, que não precisa ser o genitor ou o pai (pode ser o senhor feudal, o nobre, o rei), e que tem, na base, as mulheres, as crianças e os escravos". O domínio pelas filhas, nos contos de fadas, é transferido aos príncipes, que são dadas como prêmio ao herói que conseguiu derrotar o mal, uma vez que sozinhas essas mulheres não conseguiriam enfrentar. [...] a princesa passa a ser a representação de um prêmio, o objeto a ser recebido pelo homem forte e corajoso que vê, em sua prenda, o protótipo da fragilidade uma vez que, sem a ajuda masculina, ela não poderia se desprender das garras do mal. Sendo assim, as questões de subordinação da mulher ao homem, conforme a ideologia patriarcal, podem ser vislumbradas nos contos de fadas que primarão por traçar estereótipos que reforcem não só a submissão feminina, mas também o padrão de beleza ideal. (BATISTA, 2011, p. 95)

3 A citação acima corrobora com a descrição feita anteriormente, pois reforça a presença de outra característica importante presente nos contos de fadas o maniqueísmo representado pelos heróis, belos e fortes e os vilões feios, perversos e malvados. Vladimir Propp (1997), explica que Seguem-se: o duelo com o adversário (cuja forma mais importante é o combate com o dragão), o retorno e a perseguição. [...] o herói [...] passa por uma provação cumprindo tarefas difíceis, tornar-se rei e casa, em seu reino ou no do sogro (PROPP, 1997, p. 4). A submissão da figura feminina em relação à masculina, os estereótipos e a distinção entre o bem e o mal e em qual lado a pessoa deve seguir são dilemas encontrados pelo ser humano desde o surgimento da antiguidade. A forma encontrada para demonstrar esses dilemas, foi pela utilização das histórias orais que posteriormente se transformaram em contos, ou seja, histórias mais curtas que os outros gêneros literários. Como os contos de fadas atingiam um grande número de pessoas, nada melhor que utilizá-los para transmitir os valores considerados fundamentais para que se houvesse uma sociedade harmônica.a maior parte da população, que lia os contos, eram os camponeses e os trabalhadores, por este motivo, era necessário usar uma linguagem de fácil compreensão para mostrar as estruturas da sociedade, como deveriam se comportar, e o que acontecia às pessoas que fugiam aos padrões estabelecidos. Ao contrário do que acontece em muitas estórias infantis moderna, nos contos de fadas o mal é tão onipresente quanto a virtude. Em praticamente todo conto de fadas o bem e o mal recebem o corpo na forma de algumas figuras e ações, já que bem e mal são onipresentes na vida e as propensões para ambos estão em todo homem. É essa dualidade que coloca o problema moral e requisita a luta para resolvê-lo. [...] Nos contos de fadas, como na vida, a punição ou temor dela é apenas um fator limitado de intimidação do crime. A convicção que o crime não compensa é um meio de intimidar muito mais efetivo, e esta é a razão pela qual nas estórias a pessoa má sempre perde. (BETTELHEIM, 2012, p. 7) Bruno Bettelheim (2012) afirma que,apesar da intenção moralizante, a escolha por uma determinada virtude acaba acontecendo de acordo com a experiência pessoal e a influência que esta exerce na vida da pessoa. E que, como toda grande arte, seu significado será diferente para cada pessoa, podendo ser diferente também para uma mesma pessoa em vários momentos de sua vida. As diferentes versões do conto A Bela Adormecida Assim como afirma BetinaHillesheim (2002), contar história é relatar acontecimentos diversos reais ou imaginários. Não é contado de uma única forma é

4 adaptado de acordo com as necessidades de quem o conta. Uma história sempre deriva de outra. E com os contos de fadas não foi diferente. Sabe-se que no século XIV, os contos eram histórias com enredos que falavam de sexo, violência, canibalismo, insinuações sexuais e fome e, por este motivo, não eram apropriadas para as crianças. Essas histórias refletiam aquilo que os camponeses vivenciavam. Robert Darnton (1986) explica: os camponeses franceses, no início da França moderna, habitavam um mundo de madrastas e órfãos, de labuta inexorável e interminável, e de emoções brutais, tanto aparentes como reprimidas". A primeira versão da história A Bela Adormecida, foi escrita no século XVII, na Itália por GiambattistaBasile intitulada como Sol, Lua e Talia. Esta história faz parte de uma coleção de contos folclóricos publicados no livro LoCunti de li Cunto, publicado postumamente em Conta à história que, após o nascimento da filha, o rei, convocou os sábios do reino para que eles verificassem como seria o futuro da menina. O rei, ao saber que a filha morreria após espetar o dedo em uma farpa de linho, fez todos os esforços possíveis para manter a menina longe desse material. Porém, um dia, a menina encontra um fuso e espeta a farpa de linho embaixo da unha, caindo desacordada. O rei, acreditando que a filha está morta, colocao corpo da menina sentado em uma poltrona em uma casa no meio do bosque. Um rei de um reino vizinho estava caçando e encontra a casa, entrae vêa menina sentada na poltrona. Ele tenta acordá-la, sem sucesso.como a jovem era muito bela, o rei, tomado pelo desejo, leva a jovem para o quarto e a estupra. Após saciar seus desejos, vai embora e deixa a donzela ali abandonada.nove meses depois, Talia dá a luz a duas crianças que recebem cuidados das fadas que as batizam de Sol e Lua. Com fome, uma das crianças tenta encontrar o seio da mãe e ao encontrar seu dedo, achando que é seu seio começa a sugá-lo tirando a farpa do dedo da mãe que desperta no mesmo instante, sem entender o que está acontecendo. Um dia, o rei relembra sua aventura e resolve ir até o bosque. Ao entrar na casa se depara com a princesa e as duas crianças. Ele explica o que aconteceu a Talia e prometemandar buscá-la. O rei era casado e sua mulher, a rainha, descobre a existência de Talia e seus filhos. A rainha, manda buscar os filhos do rei e manda que o cozinheiro mate-os e os sirva no jantar. Posteriormente, manda buscar Taliaordena que ela seja queimada viva. Quando Talia está preste a ser jogada na fogueira, o rei chega e questiona sua esposa sobre o que está acontecendo. Ela explica ao rei que descobriu sua traição e que havia servido seus próprios filhos no jantar para ele.

5 O rei desesperado ao ouvir a história manda chamar o cozinheiro que explica que não teve coragem de matar as crianças e que as mesmas estavam seguras com sua mulher. Quando a mulher chegou com os filhos do rei, ele ordenou que sua esposa, a rainha, fosse jogada na fogueira por tanta maldade. O rei, Talia e os filhos viveram uma longa vida no reino. Na história de GiambattistaBasile (1634) percebe-se a proximidade de fatos com as histórias que provavelmente foram contadas pelos camponeses. As histórias adaptadas do contexto social dos camponeses eram contadas em diferentes situações e dessa forma chegaram a corte francesa, primeiro oralmente e depois pela publicação do livro de Charles Perrault (1697). Ao coletar historias populares, Perrault inicia um processo de resgate de uma literatura que vinha sobrevivendo, durante séculos, de boca em boca, sendo desprezada pela cultura erudita, Perrault não criou as narrativas de seus contos, mas as adaptou para que estas se adequassem à corte francesa do rei Luiz XIV. Foram as narrativas folclóricas contadas pelos camponeses, governantas e servetes que inicialmente forneceram matéria-prima para esses contos. (ALBERTI, 2006, p. 24) Em seu livro, Contesmamèrel ove também conhecido com Histórias da Mamãe Ganso, publicado em 1697, é possível encontrar o conto de Perrault, baseado na história de Sol, Lua e Talia. Foi intitulado de The SleepingBeauty in the Wood e, podese dizer que esta versão, apesar das diferenças, assemelha-se muito ao conto de Basile (1634). A história de Perrault (1697) conta que um jovem príncipe que adorava caçar, avistou por cima dos arvoredos as torres de um castelo. Curioso, buscou saber a história que cercava aquele castelo. Descobriu que o rei e a rainha desejavam muito ter um filho. A rainha teve uma filha e o rei resolveu então fazer a festa de batizado convidando as fadas do reino. Como eram oito fadas e o rei só tinha sete pratos de ouro optou em não convidar a fada mais velha que ficou muito zangada. No dia do batizando, quando as fadas estavam dando os dons à menina, a fada mais velha apareceu e lançou lhe uma maldição, dizendo que a menina iria crescer e aos quinze anos espetaria o dedo em uma roca e morreria. A fada mais jovem, ainda não havia concedido o seu dom a princesa, apesar de não poder desmanchar amenizou a maldição dizendo que a princesa não morreria e sim dormiria em um sono profundo por cem anos, e que despertaria ao receber um beijo de amor. Ao ouvir aquela historia, o príncipe resolveu ir até o castelo para averiguar se a história era verdadeira. Chegando lá, encontrou todas as pessoas do reino dormindo. Foi até um quarto e encontrou uma moça muito bonita dormindo aproximou-se dela e a beijou, despertando-a. O príncipe ficou muitos dias com a princesa, mas precisava

6 voltar para seu reino e sempre que podia, retornava ao castelo para ver sua amada. Destes encontros nasceram dois filhos chamados de Cravo e Rosa. Com a morte do rei, o príncipe foi coroado e mandou buscar a princesa e os dois filhos recebendo-a como rainha soberana. Essa atitudedeixou a rainha, esposa de seu pai, furiosa e logo teve a ideia de matar a princesa e os dois filhos assim que pudesse. Quando o rei foi para a guerra, a rainha mandou chamar um criado ordenou que ele matasse os filhos da princesa e servisse no jantar. O criado não teve coragem de fazer isso e no lugar das crianças serviu um cabrito. Também ordenou que a princesa fosse queimada viva. Quando iam colocar fogo na princesa o rei chega e a salva. A rainha ao ver o filho, saltou pela janela e quebrou o pescoço. O criado mandou buscar Cravo e a Rosa e os devolveu ao rei e a rainha. O rei recompensou o criado e todos viveram felizes para sempre. Percebe-se na história de Perrault (1967) uma mistura entre elementos da vida real com elementos imaginários. Esses elementos eram utilizados pelo autor porque pretendia retratar as lendas e os contos coletados de forma irônica e moralizante. Outra versão muito conhecida deste conto é a história escrita pelos Irmãos Grimm (1812) também se assemelha muito a história de Perrault (1697). Ana Claudia Theodoro (2012) justifica essas semelhanças explicando que, as histórias de Perrault (1687) tornaram-se tão conhecidas em toda a Europa e, para se adequarem à cultura e pensamentos da época precisaram passar por adaptações. Com a popularização desses contos, possibilitou que os Irmãos Grimm (1812)conhecessem as histórias de Perrault (1687) e a partir daí criaram suas versões. Os Grimm (1812) ao contar suas histórias, preocuparam-se em estabelecer uma identidade nacional à Alemanha, com isso relacionaram as tradições populares alemãs a suas histórias. [...] os Irmãos Grimm não só adaptaram, como também adequaram os contos, a fim de inseri-los numa realidade burguesa e de religião protestante, diferente dos conceitos aristocráticos trazidos por Perrault. Preceitos como os diferentes modelos de comportamento para o homem e para a mulher foram mantidos e enfatizados pelos Grimm, mas tanto o erotismo como as expressões cristã foram exorcizadas, acordando com o ideal patriarcalista da burguesia. (THEODORO, 2012, p. 21) A versão do conto A Bela Adormecida dos Irmãos Grimm (1812) contam o rei e uma rainha desejavam ter um filho. Um dia, enquanto a rainha se banhava, um sapo apareceu e lhe deu a notícia de que ela daria a luz a uma menina. Quando a menina nasceu, o rei organizou uma grande festa convidando a todos do reino e as fadas que dariam graças a menina. Acontece que no reino havia treze fadas e o rei só possui doze pratos de ouro e, por este motivo, uma das fadas

7 não foi convidada. No final da festa, as fadas presentearam a menina com dotes mágicos. Quando onze das fadas da havia dado as virtudes entrou a fada que não havia sido convidada e lançou uma maldição sobre a princesa, quando a menina completasse quinze anos, espetaria o dedo num fuso e morreria. A fada que ainda não havia presenteado a princesa com sua virtude disse que não poderia quebrar a maldição, mas que ao invés da morte, a princesa dormiria um sono profundo de cem anos. O rei a fim de evitar a maldição mandou que todos os fusos do reino fossem queimados. Porém, no dia em que ia completar quinze anos, a menina encontrou um fuso em uma velha torre e a maldição se concretizou.ao redor do reino, cresceu uma cerca de espinhos e este cobriu todo o castelo surgindo a lenda sobre a Bela Adormecida. Muitos príncipes tentaram penetrar a cerca de espinhos, mas não obtiveram sucesso.depois de muitos anos, um jovem príncipe ouviu a história da Bela Adormecida, e sem pensar, decidiu ir até lá. Como os cem anos já haviam se passado, os espinhos haviam se transformados em flores e por si só se abriam para o príncipe passar.ao entrar no castelo, o príncipe observou que todos do reino dormiam, ele passou em diversos cômodos até que chegou à torre do castelo onde encontrou a princesa dormindo. Ele ficou maravilhado com sua beleza, inclinou-se e beijou-a quebrando assim a maldição. O príncipe casou com a princesa e viveram felizes para sempre. Observa-se que a história dos Irmãos Grimm (1812) é uma versão mais romântica. Também foi a mais aceita e divulgada sendo adaptada para o balé Tchaikovsky (1890) e servindo como texto base para o filme da Disney e também de outros livros e filmes de outras empresas. A versão fílmica do conto A Bela Adormecida, foi lançado em 1959, pelos estúdios da Disney. Apesar de estar baseada nos contos orais, esta versão foi adaptada a uma estética romântica e infantilizada. No conto da Disney, o rei e a rainha têm uma filha que nasce linda, cheia de graça e beleza. O rei organiza a festa de batizado da menina e convida todas as pessoas do reino e as fadas, porém esqueceu-se de convidar uma delas que fica furiosa e no dia da festa lança uma maldição sobre a menina, que ela espetaria seu dedo em um fuso e morreria. Como apenas duas fadas havia dados os dons a princesa, a terceira fada, mesmo sem poder quebrar a maldição disse que a princesa não dormiria e desertaria quando um beijo de amor lhe fosse dado. Os anos se passaram e a maldição se concretizou. A princesa espetou o dedo em um fuso e caiu num sono profundo. Muitos anos se passaram e um dia um príncipe andando pelo bosque onde Aurora dormia, avistou a princesa e apaixonou-se por sua beleza. Foi até

8 ela e tomou-as nos braços dando-lhe um beijo de amor e despertando-a do sono profundo. O príncipe casou com a princesa e os dois viveram felizes para sempre. A versão Disney (1959) do conto, mostra uma realidade diferente, apesar de preservar alguns acontecimentos das demais versões. Porém, Souza (2014) afirma que no filme a narrativa caminha em outro sentido.virtudes como a bondade, a caridade e o amor ao próximo são ressaltados mais de uma vez como quesitos necessários para a felicidade e realização pessoal. A última versão analisada é a do filme Malévola (2014), que traz mudanças significativas na história. Essas variações representam as mudanças sofridas na cultura das sociedades contemporâneas e no arquétipo clássico da mulher.o filme conta outro lado da história, humanizando a personagem da fada má mostrando o lado mal das fadas boas. Contradiz as versões anteriores, uma vez que Malévola não lançou a maldição apenas por não ter sidoconvidada para o batizado e sim por que foi vítima de uma dura traição. Malévola é órfã e na infância conhece Stefan, um garoto também órfão. Malévola se apaixona porstefan,uma pessoa gananciosa e que por ambição (ser rei,herdar o trono), aceita o desafio do rei em acabar com Malévola arrancando-lhe as asas e fingindo tê-la matado. Fato este que faz com que ela deixe de ser fada e se transforme em bruxa decidindo se vingar de Aurora, a filha de Stefan.Nobatizado de Aurora, Malévola lança uma maldição na menina. O que ela não contava é que iria se apaixonar pela princesa a ponto de protegê-la em diferentes situações de sua vida demonstrando sua real essência. Quando a maldição está prestes a se concretizar Malévola se arrepende, porém, não consegue desfazer a maldição e a princesa cai em um sono profundo. Arrependida, Malévola vai atrás do príncipe e pede que ele beije Aurora na tentativa de acordá-la. Infelizmente, o beijo do príncipe não desperta a princesa e Malévola arrependida do que fez beija a menina morta. Tal é a surpresa quando a princesa acorda após o beijo dado por Malévola, demonstrando que o amor maternal de Malévola éverdadeiro.o rei inconformado com a situação humilha a bruxa e quase a mata. Aurora que também ama Malévola, ao vê-la quase morta devolve suas asas. Com isso, a bruxa se recupera derrota o rei que morre.o amor entre Malévola e Aurora consegue unir os dois reinos: o dos humanos e o das fadas. Ao final aparece a história sendo narrada por Aurora já idosa. Esta história confirma as mudanças na sociedade e na forma como as mulheres eram vistas.

9 A Bela Adormecida: da agressão sexual a mediocridade Ao analisar as versões do conto A Bela Adormecida, percebe-se que a personagem da princesa passa por inúmeras transformações afim de acompanhar as mudanças sociais, principalmente com relação a posição das mulheres e dos estereótipos. Assim mudam-se os costumes, mudam-se as identidades dos homens e suas relações sexuais. E o recurso à metamorfose nos contos maravilhosos contemporâneos são exemplos das transformações vivenciadas por nossa sociedade atual. Isso não quer dizer que nos contos de fadas tradicionais não havia metamorfose, pelo contrário, ela era recorrente nessas histórias, porém não no sentido de proporcionar uma mudança de sentido ou de perspectiva, como fazem as histórias contemporâneas. (THEODORO, 2012, p. 31) Para iniciar a análise observaremos como cada história tem início. Em todas as versões analisadas, o rei, pai da menina, aparece como responsável pela menina e seu futuro. Este fato pode ser observado, pois é ele quem está encarregado de convidar os sábios e as fadas para o batizado. A figura da mãe não é evidenciada na história de Basile (1634), é citada nas demais versões, mas não chega a ganhar destaque em nenhuma delas. Outro fato interessante é que nas versões de Basile (1634) o nome da menina só é mencionado no meio da história, na de Perrault (1687), a menina não tem nome, e nas demais versões é que seu nome passa a ter uma importância. Ao comparar o início das diferentes versões do conto, evidencia-se a relação existente entre a realidade e o conto, uma vez que seus discursos refletem os comportamentos adotados socialmente. O fatodo rei ser o responsável e o fato das crianças não terem inicialmente nome demonstram um discurso de poder do homem e o silenciamentoquanto a importância do papel da mulher na sociedade. Ruth B. Bottigheimer (1987, p. 51 apud MARTINS, 2005, p. 17) afirma que o discurso pode ser visto como uma forma de dominação, em que o uso da fala é umindicador de valores sociais e da distribuição do poder dentro da sociedade, evidenciando o poder masculino no silenciamento das mulheres. A visão da inferioridade e da subordinação das mulheres mostra que existe uma ideologia sexista e de despersonalização destas na religião e na sociedade. A ideologia que veicula a inferioridade e subordinação das mulheres é reproduzida por meio de um discurso androcêntrico, dentro do sistema patriarcal. (TOMITA, 2002, p. 60) Outro aspecto a ser observado, são os atributos dados a princesa. Na primeira versão não há referencias a beleza de Talia. Nas versões de Perrault (1687), dos

10 Grimm (1812) e Disney (1959), as fadas atribuem dons e beleza a princesa evidenciando os padrões de estereótipos. Padrões esses reforçados nas características atribuídas às fadas, sendo as boas belas e são convidadas para o batizado enquanto que as más são velhas e feias ou são esquecidas ou não são convidadas para o batismo. A mulher enquanto objeto, fica nitidamente representada na versão de Basile (1634), quando Taliaé estupra. RosemanyRuether (1993) explica que o estupro não resulta de um desejosexual incontrolável, o que na verdade ele revela é o desprezo e hostilidade contra asmulheres. A autora evidência que o estupro nunca acontece isoladamente,normalmente, é seguido de violência e mutilação transformando a mulher em objeto, sendo tratada como mercadoria. Na versão do filme Malévola (2014), a princesa Aurora é estuprada, mas assume a condição de mulher objeto quando é oferecida pelo pai como prêmio a aquele que conseguir derrotar e matar Malévola. Nas versões de Perrault (1687), Irmãos Grimm (1812) e Disney (1959) a princesa apresenta-se como a boa moça a espera do príncipe encantado, uma forma de recompensa por sua beleza, bondade e submissão. A questão da opressão em relação à princesa aparece em todas as versões, o que muda é a roupagem que cada um dos opressores assume, estabelecendo as relações de poder e evidenciando o mal. Na versão Sol, Lua e Talia (1634), a esposa do rei assume esse papel, ao se mostrar enciumada pela traição do marido, tentando matar os filhos e a própria Talia sem demonstrar a menor compaixão em seus atos. Na versão de Perrault (1687), é a mãe do príncipe que assume a responsabilidade pela maldade por ciúmes do filho tenta matar a nora e os netos. Ambas as protagonistas das maldades tem um fim trágico, a morte. Nas versões dos Grimm (1812) e Disney (1959) não há referências ao destino das fadas más. O que é evidenciado, assim como nas demais histórias é que a princesa é salva pelo príncipe e que viveram felizes para sempre. O filme Malévola (2014) é a versão que mais se difere dos demais. Ele aborda a questão de que o mal em algumas situações pode ser justificado pelas interferências dos fatos. Outro aspecto ressaltado nessa versão que, o bem e o mal assumem significados diferentes de acordo com o ângulo que são vistos. O mesmo acontece com o belo e o feio.o que o enredo mostra é que, Malévola só lança sua maldição sobre a menina, pois foi traída pelo seu pai, o grande amor de sua vida. E essa foi a forma encontrada por ela para fazer com que ele sofresse da mesma forma como ele havia feito com ela. O que ela não contava é que viria a amar a princesa.

11 Os aspectos relacionados a feiura e a maldade também ganham outra conotação, aqui a maldade não é representado pelo feio, muito pelo contrário Malévola é dotada de uma beleza arrasadora. O mal também não é tão mal assim, e os sentimentos de uma pessoa pode mudar, a ponto de Malévola se arrepender de ter lançado a maldição na menina tentando reverter a situação. Outro aspecto que demonstra o arrependimento é que após a concretização da profecia, Malévola se desespera e manda buscar o príncipe para tentar reverter o mal que tinha cometido. Apesar do príncipe beijar a princesa, ela não desperta o que revela que, nos dias atuais, o amor entre um homem e uma mulher não são suficientes para quebrar uma maldição. O que faz a princesa despertar e o beijo de Malévola, que demonstra um amor maternal e incondicional por Aurora. No final do filme, outra representação das mudanças sociais é a demonstração da força feminina quando Malévola, apesar de ferida consegue derrotar o rei matandoo e livrando-se da dominação. Com todas as modificações observadas percebe-se que os contos não são criados aleatoriamente, eles estão inseridos em um contexto histórico, que muda constantemente, rearticulando a realidade e transformando a linguagem, com isso, a literatura demonstra que as próprias mentalidades mudam não só com relação ao comportamento moral, mas também, com relação às questões éticas, a ausência de hierarquização e nos perfis tanto masculinos como femininos. Referências A BELA ADORMECIDA. Direção: Clyde Geronime. EUA: Walt Disney AnimationStudios, ALBERTI, P. B. Contos de Fadas tradicionais e renovados: uma perspectiva analítica. Dissertação. Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 2006 BATISTA. E. R. Cinderela sob a perspectiva de gênero. Interdisciplinar. Disponível em: pdf. Acesso em: 02 nov BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. Trad. A. Caetano. 27. reimp.são Paulo: Paz e Terra, 2012.

12 DARNTON, R. O grande massacre de gatos, e outros episódios da história cultural francesa. Tradução de Sonia Coutinho. Rio de Janeiro: Graal, HILLESHEIM, B. Entre a literatura e o infantil: uma infância. Porto Alegre: ABRAPSO, MALÉVOLA. Direção: Robert Stromberg. EUA: Walt Disney Animation Studios, MARTINS, M. C. E foram (?) felizes para sempre... : (sub) versões do feminino em Margareth Atwood, A. S. Byatt e Angela Carter. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, PROPP, V. As raízes históricas do conto maravilhoso. SP: Martins Fontes, RUETHER, R. R.Sexismo e religião. Rumo a uma teologia feminista. SãoLeopoldo: Sinodal, SOUZA, B. C. B. De Basile a Disney: uma comparação entre Sol, Lua e Talia e A Bela Adormecida.Literartes. Disponível em: Acesso em: 11 nov THEODORO, A. C. N. Era uma vez... As metamorfoses nos contos de fadas contemporâneos. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, TOMITA. L. Valente: rompendo tradições. Revista Mandrágora, São Paulo, v. 18, n. 18, p , VOLOBUEF, K. A Bela Adormecida Charles Perrault. Disponível em: Acesso em 23 out VOLOBUEF, K. A Bela Adormecida Irmãos Grimm. Disponível em: Acesso em 23 out VOLOBUEF, K. Sol, Lua e Talia. Disponível em: Acesso em 23 out

IMPORTÂNCIA DOS CONTOS INFANTIS PARA EDUCAÇÃO

IMPORTÂNCIA DOS CONTOS INFANTIS PARA EDUCAÇÃO IMPORTÂNCIA DOS CONTOS INFANTIS PARA EDUCAÇÃO Magna Flora de Melo Almeida Ouriques 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) mellomagna@gmail.com Co-Autor Renan de Oliveira Silva 2 rennanoliveira8@gmail.com

Leia mais

O menino e o pássaro. Rosângela Trajano. Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava

O menino e o pássaro. Rosângela Trajano. Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava O menino e o pássaro Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava comida, água e limpava a gaiola do pássaro. O menino esperava o pássaro cantar enquanto contava histórias para

Leia mais

GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA A

GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA A A GERAÇÃO DO CONHECIMENTO Transformando conhecimentos em valores www.geracaococ.com.br Unidade Portugal Série: 6 o ano (5 a série) Período: MANHÃ Data: 12/5/2010 PROVA GRUPO GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA

Leia mais

AS VIAGENS ESPETACULARES DE PAULO

AS VIAGENS ESPETACULARES DE PAULO Bíblia para crianças apresenta AS VIAGENS ESPETACULARES DE PAULO Escrito por: Edward Hughes Ilustradopor:Janie Forest Adaptado por: Ruth Klassen O texto bíblico desta história é extraído ou adaptado da

Leia mais

Reflexões e atividades sobre Ação Social para culto infantil

Reflexões e atividades sobre Ação Social para culto infantil Reflexões e atividades sobre Ação Social para culto infantil Apresentaremos 4 lições, que mostram algum personagem Bíblico, onde as ações praticadas ao longo de sua trajetória abençoaram a vida de muitas

Leia mais

Era uma vez um príncipe que morava num castelo bem bonito e adorava

Era uma vez um príncipe que morava num castelo bem bonito e adorava O Príncipe das Histórias Era uma vez um príncipe que morava num castelo bem bonito e adorava histórias. Ele gostava de histórias de todos os tipos. Ele lia todos os livros, as revistas, os jornais, os

Leia mais

Texto 2. Julinho, o sapo

Texto 2. Julinho, o sapo Texto 2 Nós vamos ler um texto bem diferente do texto 1. Também tem princesa, sapo, mas o que acontece é difícil de imaginar. Nestes versos você vai encontrar uma pista. Lá no brejo tem um sapo que canta

Leia mais

Os Quatro Tipos de Solos - Coração

Os Quatro Tipos de Solos - Coração Os Quatro Tipos de Solos - Coração Craig Hill Marcos 4:2-8 Jesus usava parábolas para ensinar muitas coisas. Ele dizia: 3 Escutem! Certo homem saiu para semear. 4 E, quando estava espalhando as sementes,

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex praticante Clarice Local: Núcleo de Arte Grécia Data: 08.10.2013 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA

Leia mais

Concurso Público Psicologia Clínica Caderno de Questões Prova Discursiva 2015

Concurso Público Psicologia Clínica Caderno de Questões Prova Discursiva 2015 Caderno de Questões Prova Discursiva 2015 01 Homem de 38 anos de idade chegou ao atendimento por pressão de amigos, pois está convencido de que em seu caso não se trata de doença. Lúcido, fala espontaneamente

Leia mais

Carta de Paulo aos romanos:

Carta de Paulo aos romanos: Carta de Paulo aos romanos: Paulo está se preparando para fazer uma visita à comunidade dos cristãos de Roma. Ele ainda não conhece essa comunidade, mas sabe que dentro dela existe uma grande tensão. A

Leia mais

4 o ano Ensino Fundamental Data: / / Atividades de Língua Portuguesa Nome:

4 o ano Ensino Fundamental Data: / / Atividades de Língua Portuguesa Nome: 4 o ano Ensino Fundamental Data: / / Atividades de Língua Portuguesa Nome: Olá, amiguinho! Já estamos todos encantados com a sua presença aqui no 4 o ano. Vamos, agora, ler uma história e aprender um pouco

Leia mais

Anna Júlia Pessoni Gouvêa, aluna do 9º ano B

Anna Júlia Pessoni Gouvêa, aluna do 9º ano B DEPOIMENTOS A experiência que tive ao visitar o Centro Islâmico de Campinas foi diferente e única. É fascinante conhecer novas culturas e outras religiões, poder ver e falar com outro povo e sentir o que

Leia mais

Unidade 2: A família de Deus cresce José perdoa

Unidade 2: A família de Deus cresce José perdoa Olhando as peças Histórias de Deus:Gênesis-Apocalipse 3 a 6 anos Unidade 2: A família de Deus cresce José perdoa História Bíblica: Gênesis 41-47:12 A história de José continua com ele saindo da prisão

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

Dia 4. Criado para ser eterno

Dia 4. Criado para ser eterno Dia 4 Criado para ser eterno Deus tem [...] plantado a eternidade no coração humano. Eclesiastes 3.11; NLT Deus certamente não teria criado um ser como o homem para existir somente por um dia! Não, não...

Leia mais

REGISTROS REUNIÃO DO PROGRAMA ENERGIA SOCIAL NA E.E SALVADOR MORENO MUNHOZ. TEORODO SAMPAIO - SP

REGISTROS REUNIÃO DO PROGRAMA ENERGIA SOCIAL NA E.E SALVADOR MORENO MUNHOZ. TEORODO SAMPAIO - SP 1 REGISTROS REUNIÃO DO PROGRAMA ENERGIA SOCIAL NA E.E SALVADOR MORENO MUNHOZ. TEORODO SAMPAIO - SP Data: 01/09/2012 Horário: 18h às 20h. Munhoz Município: Teodoro Sampaio Carneiro da Silva Gonçalves Número

Leia mais

Acorda, seu Zé Preguiça, hoje é domingo. Dia do Senhor. A sua mãe tá passando a roupa que você separou ontem, e o seu café já está pronto, só

Acorda, seu Zé Preguiça, hoje é domingo. Dia do Senhor. A sua mãe tá passando a roupa que você separou ontem, e o seu café já está pronto, só Acorda, seu Zé Preguiça, hoje é domingo. Dia do Senhor. A sua mãe tá passando a roupa que você separou ontem, e o seu café já está pronto, só esperando a sua boa vontade. Felipe tentou voltar a dormir,

Leia mais

Eclipse e outros fenômenos

Eclipse e outros fenômenos Eclipse e outros fenômenos Oficina de CNII/EF Presencial e EAD Todos os dias vários fenômenos ocorrem ao nosso redor, muito próximo de nós. Alguns são tão corriqueiros que nem percebemos sua ocorrência.

Leia mais

Unidade 04: Obedeça ao Senhor Josué obedece, o muro cai

Unidade 04: Obedeça ao Senhor Josué obedece, o muro cai Histórias do Velho Testamento Histórias de Deus:Gênesis-Apocalipse 3 a 6 anos Unidade 04: Obedeça ao Senhor Josué obedece, o muro cai O velho testamento está cheio de histórias que Deus nos deu, espantosas

Leia mais

A.C. Ilustrações jordana germano

A.C. Ilustrações jordana germano A.C. Ilustrações jordana germano 2013, O autor 2013, Instituto Elo Projeto gráfico, capa, ilustração e diagramação: Jordana Germano C736 Quero-porque-quero!! Autor: Alexandre Compart. Belo Horizonte: Instituto

Leia mais

Juniores aluno 7. Querido aluno,

Juniores aluno 7. Querido aluno, Querido aluno, Por acaso você já se perguntou algumas destas questões: Por que lemos a Bíblia? Suas histórias são mesmo verdadeiras? Quem criou o mundo? E o homem? Quem é o Espírito Santo? Por que precisamos

Leia mais

Rica. Eu quero ser... Especial ???????? Luquet. Um guia para encontrar a rota da prosperidade. Apoio: por Mara. Elas&Lucros

Rica. Eu quero ser... Especial ???????? Luquet. Um guia para encontrar a rota da prosperidade. Apoio: por Mara. Elas&Lucros ???????? Apoio: Rica Eu quero ser... Um guia para encontrar a rota da prosperidade por Mara Luquet 81 Era uma vez... Era uma vez uma princesa, dessas que passeiam pelos campos e bosques e são muito bonitas

Leia mais

Atividades Lição 5 ESCOLA É LUGAR DE APRENDER

Atividades Lição 5 ESCOLA É LUGAR DE APRENDER Atividades Lição 5 NOME: N º : CLASSE: ESCOLA É LUGAR DE APRENDER 1. CANTE A MÚSICA, IDENTIFICANDO AS PALAVRAS. A PALAVRA PIRULITO APARECE DUAS VEZES. ONDE ESTÃO? PINTE-AS.. PIRULITO QUE BATE BATE PIRULITO

Leia mais

SAMUEL, O PROFETA Lição 54. 1. Objetivos: Ensinar que Deus quer que nós falemos a verdade, mesmo quando não é fácil.

SAMUEL, O PROFETA Lição 54. 1. Objetivos: Ensinar que Deus quer que nós falemos a verdade, mesmo quando não é fácil. SAMUEL, O PROFETA Lição 54 1 1. Objetivos: Ensinar que Deus quer que nós falemos a verdade, mesmo quando não é fácil. 2. Lição Bíblica: 1 Samuel 1 a 3 (Base bíblica para a história o professor) Versículo

Leia mais

A Play é uma empresa de Pesquisa e Conteúdo Inteligente voltada para o público de 0 a 18 anos e família.

A Play é uma empresa de Pesquisa e Conteúdo Inteligente voltada para o público de 0 a 18 anos e família. A Play é uma empresa de Pesquisa e Conteúdo Inteligente voltada para o público de 0 a 18 anos e família. Baseada em São Paulo, trabalha com psicólogos, sociólogos, antropólogos e semiólogos com o objetivo

Leia mais

Cópia autorizada. II

Cópia autorizada. II II Sugestões de avaliação Português Compreensão de texto 2 o ano Unidade 5 5 Unidade 5 Compreensão de texto Nome: Data: Leia este texto expositivo e responda às questões de 1 a 5. As partes de um vulcão

Leia mais

A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar. www.proenem.com.br

A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar. www.proenem.com.br A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar www.proenem.com.br INSTRUÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo

Leia mais

JESUS ACALMA A TEMPESTADE

JESUS ACALMA A TEMPESTADE Bíblia para crianças apresenta JESUS ACALMA A TEMPESTADE Escrito por: Edward Hughes Ilustradopor:Janie Forest Adaptado por: Ruth Klassen O texto bíblico desta história é extraído ou adaptado da Bíblia

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

Contos de ensinamento da tradição oral

Contos de ensinamento da tradição oral Contos de ensinamento da tradição oral Os chamados contos de ensinamento, fazem parte da grande herança cultural formada pelos contos transmitidos oralmente, de geração para geração, ao longo de milênios.

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. Autor: José Marcos da Silva Instituição: UFF/CMIDS E-mail: mzosilva@yahoo.com.br RESUMO A presente pesquisa tem como proposta investigar a visão

Leia mais

Terra de Gigantes 1 APRESENTAÇÃO

Terra de Gigantes 1 APRESENTAÇÃO Terra de Gigantes Juliana de MOTA 1 Alexandre BORGES Carolina de STÉFANI Emilia PICINATO João Paulo OGAWA Luara PEIXOTO Marco Antônio ESCRIVÃO Murilo ALVES Natália MIGUEL Orientado pelos docentes: João

Leia mais

OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA

OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA Luiz Cleber Soares Padilha Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande lcspadilha@hotmail.com Resumo: Neste relato apresentaremos

Leia mais

Para gostar de pensar

Para gostar de pensar Rosângela Trajano Para gostar de pensar Volume III - 3º ano Para gostar de pensar (Filosofia para crianças) Volume III 3º ano Para gostar de pensar Filosofia para crianças Volume III 3º ano Projeto editorial

Leia mais

Entendendo a série. Os evangelhos narram inúmeros encontros de pessoas com Jesus e como suas vidas foram transformadas a partir desses encontros.

Entendendo a série. Os evangelhos narram inúmeros encontros de pessoas com Jesus e como suas vidas foram transformadas a partir desses encontros. Entendendo a série Os evangelhos narram inúmeros encontros de pessoas com Jesus e como suas vidas foram transformadas a partir desses encontros. Retrospectiva Uma mulher pecadora acolhida pela Graça de

Leia mais

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES - FACELI SELEÇÃO E COMENTÁRIO DE CENAS DO FILME GLADIADOR LINHARES

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES - FACELI SELEÇÃO E COMENTÁRIO DE CENAS DO FILME GLADIADOR LINHARES FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES - FACELI SELEÇÃO E COMENTÁRIO DE CENAS DO FILME GLADIADOR LINHARES 2011 FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES FACELI Ana Cistina de Souza Pires Grasiela Sirtoli

Leia mais

Desafio para a família

Desafio para a família Desafio para a família Família é ideia de Deus, geradora de personalidade, melhor lugar para a formação do caráter, da ética, da moral e da espiritualidade. O sonho de Deus para a família é que seja um

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR OS VALORES NA EDUCAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR OS VALORES NA EDUCAÇÃO A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR OS VALORES NA EDUCAÇÃO Eliane Alves Leite Email: li.phn.louvoregloria@hotmail.com Fernanda Cristina Sanches Email: fer_cristina2007@hotmail.com Helena Aparecida Gica Arantes

Leia mais

TIPOS DE RELACIONAMENTOS

TIPOS DE RELACIONAMENTOS 68 Décima-Segunda Lição CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS DE QUALIDADE Quando falamos de relacionamentos, certamente estamos falando da inter-relação de duas ou mais pessoas. Há muitas possibilidades de relacionamentos,

Leia mais

UMA ESPOSA PARA ISAQUE Lição 12

UMA ESPOSA PARA ISAQUE Lição 12 UMA ESPOSA PARA ISAQUE Lição 12 1 1. Objetivos: Ensinar que Eliézer orou pela direção de Deus a favor de Isaque. Ensinar a importância de pedir diariamente a ajuda de Deus. 2. Lição Bíblica: Gênesis 2

Leia mais

Casa Templária, 9 de novembro de 2011.

Casa Templária, 9 de novembro de 2011. Casa Templária, 9 de novembro de 2011. Mais uma vez estava observando os passarinhos e todos os animais que estão ao redor da Servidora. Aqui onde estou agora é a montanha, não poderia ser outro lugar.

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO. Duas crianças da primeira série de uma Escola Municipal de Vila Velha. P., 6 anos, sexo masculino. C., 6 anos, sexo feminino.

IDENTIFICAÇÃO. Duas crianças da primeira série de uma Escola Municipal de Vila Velha. P., 6 anos, sexo masculino. C., 6 anos, sexo feminino. A CRIANÇA E A LINHA IDENTIFICAÇÃO Duas crianças da primeira série de uma Escola Municipal de Vila Velha. P., 6 anos, sexo masculino. C., 6 anos, sexo feminino. OBJETIVO Analisar o processo de uma atividade

Leia mais

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59 Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br Graduada em pedagogia e fonoaudiologia, Pós-graduada em linguagem, Professora da Creche-Escola

Leia mais

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012.

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012. MALDITO de Kelly Furlanetto Soares Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012. 1 Em uma praça ao lado de uma universidade está sentado um pai a

Leia mais

Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados

Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados Por Maria Teresa Somma Com o intuito de entender os motivos que levam franqueados a transferir o seu negócio, foi realizada uma pesquisa exploratória

Leia mais

Meu nome é Rosângela Gera. Sou médica e mãe de uma garotinha de sete anos que é cega.

Meu nome é Rosângela Gera. Sou médica e mãe de uma garotinha de sete anos que é cega. Prezado Editor, Meu nome é Rosângela Gera. Sou médica e mãe de uma garotinha de sete anos que é cega. Gostaria de compartilhar com os demais leitores desta revista, minha experiência como mãe, vivenciando

Leia mais

Em um campo inabitado, cheio de flores, em

Em um campo inabitado, cheio de flores, em Para onde foi o meu dinheiro? A fábula das abelhas. Em um campo inabitado, cheio de flores, em uma terra distante, havia uma colméia diferente das demais. Tudo nessa colméia era muito bem organizado, limpo

Leia mais

A VIDA DO REI SALOMÃO

A VIDA DO REI SALOMÃO Momento com Deus Crianças de 07 a 08 anos NOME: DATA: 17/08//2014 A VIDA DO REI SALOMÃO Versículos para Decorar: 1 - Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente,

Leia mais

CINEMA E PÓS-MODERNIDADE

CINEMA E PÓS-MODERNIDADE CINEMA E PÓS-MODERNIDADE Clarissa Souza Palomequé Urbano 2010 www.lusosofia.net Covilhã, 2009 FICHA TÉCNICA Título: Cinema e Pós-modernidade: Brilho eterno de uma mente sem lembranças e os relacionamentos

Leia mais

DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69. 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos

DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69. 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69 1 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos 2. Lição Bíblica: Daniel 1-2 (Base bíblica para a história e

Leia mais

Jefté era de Mizpá, em Gileade, terra de Jó e Elias. Seu nome (hebraico/aramaico - יפתח Yiftach / Yipthaχ). Foi um dos Juízes de

Jefté era de Mizpá, em Gileade, terra de Jó e Elias. Seu nome (hebraico/aramaico - יפתח Yiftach / Yipthaχ). Foi um dos Juízes de Jefté era de Mizpá, em Gileade, terra de Jó e Elias. Seu nome (hebraico/aramaico - יפתח Yiftach / Yipthaχ). Foi um dos Juízes de Israel por um período de seis anos (Jz 2:7 ). Jefté viveu em Gileade e foi

Leia mais

O mar de Copacabana estava estranhamente calmo, ao contrário

O mar de Copacabana estava estranhamente calmo, ao contrário epílogo O mar de Copacabana estava estranhamente calmo, ao contrário do rebuliço que batia em seu peito. Quase um ano havia se passado. O verão começava novamente hoje, ao pôr do sol, mas Line sabia que,

Leia mais

Pretérito Imperfeito do Indicativo

Pretérito Imperfeito do Indicativo Pretérito Imperfeito do Indicativo eu tu você ele ela nós vós vocês eles elas Pretérito Imperfeito do Indicativo formas -ar falava falavas falava falávamos faláveis falavam Verbos regulares -er / -ir comia

Leia mais

Educação Patrimonial Centro de Memória

Educação Patrimonial Centro de Memória Educação Patrimonial Centro de Memória O que é história? Para que serve? Ambas perguntas são aparentemente simples, mas carregam uma grande complexidade. É sobre isso que falarei agora. A primeira questão

Leia mais

Resumo da dissertação de mestrado do Professor César Vicente da Costa. Da Escola Estadual Padre Ezequiel Ramin, Juina-MT.

Resumo da dissertação de mestrado do Professor César Vicente da Costa. Da Escola Estadual Padre Ezequiel Ramin, Juina-MT. Resumo da dissertação de mestrado do Professor César Vicente da Costa. Da Escola Estadual Padre Ezequiel Ramin, Juina-MT. O FACEBOOK COMO ESPAÇO DE CIRCULAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DE TEXTOS DE UMA TURMA DO 9º

Leia mais

THALES GUARACY. Liberdade para todos. Leitor iniciante. Leitor em processo. Leitor fluente ILUSTRAÇÕES: AVELINO GUEDES

THALES GUARACY. Liberdade para todos. Leitor iniciante. Leitor em processo. Leitor fluente ILUSTRAÇÕES: AVELINO GUEDES Leitor iniciante Leitor em processo Leitor fluente THALES GUARACY Liberdade para todos ILUSTRAÇÕES: AVELINO GUEDES PROJETO DE LEITURA Maria José Nóbrega Rosane Pamplona Liberdade para todos THALES GUARACY

Leia mais

RUTE, UMA HISTÓRIA DE AMOR

RUTE, UMA HISTÓRIA DE AMOR Bíblia para crianças apresenta RUTE, UMA HISTÓRIA DE AMOR Escrito por: Edward Hughes Ilustradopor:Janie Forest Adaptado por: Lyn Doerksen O texto bíblico desta história é extraído ou adaptado da Bíblia

Leia mais

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria Samaria: Era a Capital do Reino de Israel O Reino do Norte, era formado pelas 10 tribos de Israel, 10 filhos de Jacó. Samaria ficava a 67 KM de Jerusalém,

Leia mais

Coleção: Encantando a Gramática. Autora: Pâmela Pschichholz* palavras que existem no mundo. Lá, várias famílias vivem felizes.

Coleção: Encantando a Gramática. Autora: Pâmela Pschichholz* palavras que existem no mundo. Lá, várias famílias vivem felizes. Coleção: Encantando a Gramática Autora: Pâmela Pschichholz* Um lugar diferente Em um vilarejo chamado classes Gramaticais moram todas as palavras que existem no mundo. Lá, várias famílias vivem felizes.

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 59 Discurso em ato comemorativo do

Leia mais

POR QUE O MEU É DIFERENTE DO DELE?

POR QUE O MEU É DIFERENTE DO DELE? POR QUE O MEU É DIFERENTE DO DELE? Rafael chegou em casa um tanto cabisbaixo... Na verdade, estava muito pensativo. No dia anterior tinha ido dormir na casa de Pedro, seu grande amigo, e ficou com a cabeça

Leia mais

Edison Mendes. A realidade de uma vida

Edison Mendes. A realidade de uma vida Edison Mendes A realidade de uma vida Rio de Janeiro Barra Livros 2014 Copyright 2014 by Edison Mendes Todos os direitos reservados à Barra Livros Proibida a reprodução desta obra, total ou parcialmente,

Leia mais

Bíblia para crianças. apresenta O SÁBIO REI

Bíblia para crianças. apresenta O SÁBIO REI Bíblia para crianças apresenta O SÁBIO REI SALOMÃO Escrito por: Edward Hughes Ilustradopor:Lazarus Adaptado por: Ruth Klassen O texto bíblico desta história é extraído ou adaptado da Bíblia na Linguagem

Leia mais

Os dois foram entrando e ROSE foi contando mais um pouco da história e EDUARDO anotando tudo no caderno.

Os dois foram entrando e ROSE foi contando mais um pouco da história e EDUARDO anotando tudo no caderno. Meu lugar,minha história. Cena 01- Exterior- Na rua /Dia Eduardo desce do ônibus com sua mala. Vai em direção a Rose que está parada. Olá, meu nome é Rose sou a guia o ajudara no seu projeto de história.

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

18/11/2005. Discurso do Presidente da República

18/11/2005. Discurso do Presidente da República Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de entrega de certificado para os primeiros participantes do programa Escolas-Irmãs Palácio do Planalto, 18 de novembro de 2005

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO Atualizado em 11/01/2016 MOTIVAÇÃO Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação

Leia mais

ESTUDO 1 - ESTE É JESUS

ESTUDO 1 - ESTE É JESUS 11. Já vimos que Jesus Cristo desceu do céu, habitou entre nós, sofreu, morreu, ressuscitou e foi para a presença de Deus. Leia João 17:13 e responda: Onde está Jesus Cristo agora? Lembremo-nos que: Jesus

Leia mais

Educação Sexual: Quem ama cuida. Cuide-se!*

Educação Sexual: Quem ama cuida. Cuide-se!* Educação Sexual: Quem ama cuida. Cuide-se!* SANTOS, Jessica Suriano dos 1 ; ANJOS, Antônio Carlos dos 2 ; RIBEIRO, Álvaro Sebastião Teixeira 3 Palavras-chave: Educação Sexual; Doenças Sexualmente Transmissíveis;

Leia mais

1 O que é terapia sexual

1 O que é terapia sexual 1 O que é terapia sexual Problemas, das mais diversas causas, estão sempre nos desafiando, dificultando o nosso diaa-dia. A vida é assim, um permanente enfrentamento de problemas. Mas existem alguns que

Leia mais

DAVI, O REI (PARTE 1)

DAVI, O REI (PARTE 1) Bíblia para crianças apresenta DAVI, O REI (PARTE 1) Escrito por: Edward Hughes Ilustradopor:Lazarus Adaptado por: Ruth Klassen O texto bíblico desta história é extraído ou adaptado da Bíblia na Linguagem

Leia mais

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL RESUMO Luana da Mata (UEPB) 1 Patrícia Cristina de Aragão Araújo (UEPB) 2 Este artigo tem como objetivo refletir como as brincadeiras

Leia mais

COMO FUNCIONA NOSSA CONSULTORIA DE MARKETING DIGITAL ESPECIALIZADA EM VENDAS ONLINE

COMO FUNCIONA NOSSA CONSULTORIA DE MARKETING DIGITAL ESPECIALIZADA EM VENDAS ONLINE www.agenciaatos.com.br COMO FUNCIONA NOSSA CONSULTORIA DE MARKETING DIGITAL ESPECIALIZADA EM VENDAS ONLINE APLICAÇÃO DA CONSULTORIA EM VENDAS ONLINE É assim que os resultados são gerados. No entanto, é

Leia mais

A fábula da formiga. Post (0182)

A fábula da formiga. Post (0182) A fábula da formiga Post (0182) Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz. O gerente besouro estranhou a formiga trabalhar sem

Leia mais

Uma volta no tempo de Atlântida

Uma volta no tempo de Atlântida Cristais mestres Esse curso, tratar-se de conhecimentos sagrados deixados por mestres antigos e passados adiante por aqueles que acreditavam que os que descobrissem zelariam por ele. Há muitos anos atrás,

Leia mais

Prof. José Joaquim Fundador da Sociedade das Comunidades Catequéticas. Aprendendo com Jesus

Prof. José Joaquim Fundador da Sociedade das Comunidades Catequéticas. Aprendendo com Jesus Prof. José Joaquim Fundador da Sociedade das Comunidades Catequéticas Aprendendo com Jesus Apresentação É com a maior confiança na compreensão e aceitação dos nossos queridos catequistas que levo a público

Leia mais

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Edna G. Levy A questão da gravidez na adolescência é muito mais comum do que parece ser, a reação inicial e geral é que este problema só acontece na casa dos outros, na nossa

Leia mais

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele O Plantador e as Sementes Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele sabia plantar de tudo: plantava árvores frutíferas, plantava flores, plantava legumes... ele plantava

Leia mais

Façamos o bem, sempre!

Façamos o bem, sempre! Façamos o bem, sempre! Gl 6:9,10 "E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente

Leia mais

MODELOS MENTAIS E SEUS IMPACTOS NAS EQUIPES Por: Veronica Ahrens

MODELOS MENTAIS E SEUS IMPACTOS NAS EQUIPES Por: Veronica Ahrens MODELOS MENTAIS E SEUS IMPACTOS NAS EQUIPES Por: Veronica Ahrens O que são Modelos Mentais? Segundo Peter Senge, modelos mentais são pressupostos profundamente arraigados, generalizações, ilustrações,

Leia mais

*Doutora em Lingüística (UNICAMP), Professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

*Doutora em Lingüística (UNICAMP), Professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV). PRÁTICAS DE LEITURA EM SALA DE AULA: O USO DE FILMES E DEMAIS PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS EM AULAS DE LÍNGUA - PORTUGUESA 52 - Adriana da Silva* adria.silva@ufv.br Alex Caldas Simões** axbr1@yahoo.com.br

Leia mais

8º ANO ENSINO FUNDAMENTAL PORTUGUÊS GABARITO

8º ANO ENSINO FUNDAMENTAL PORTUGUÊS GABARITO 8º ANO ENSINO FUNDAMENTAL PORTUGUÊS GABARITO 1. A alternativa que melhor completa a frase abaixo é: Até agora, você queria conhecer os das coisas existentes. Daqui para a frente, acrescente outra pergunta:

Leia mais

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO Texto: Apocalipse 22:1-2 Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da RUA principal da cidade. De

Leia mais

Como conseguir um Marido Cristão Em doze lições

Como conseguir um Marido Cristão Em doze lições Como conseguir um Marido Cristão Em doze lições O. T. Brito Pág. 2 Dedicado a: Minha filha única Luciana, Meus três filhos Ricardo, Fernando, Gabriel e minha esposa Lúcia. Pág. 3 Índice 1 é o casamento

Leia mais

O Pequeno Livro da Sabedoria

O Pequeno Livro da Sabedoria Lauro Henriques Jr. (org.) O Pequeno Livro da Sabedoria Ensinamentos de grandes mestres para você ter uma vida mais feliz Baseado em Palavras de Poder Prefácio PARA UMA VIDA MAIS FELIZ Todos nós já passamos

Leia mais

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural Marcos Santos Figueiredo* Introdução A presença dos sindicatos de trabalhadores

Leia mais

Áudio. GUIA DO PROFESSOR Síndrome de Down - Parte I

Áudio. GUIA DO PROFESSOR Síndrome de Down - Parte I Síndrome de Down - Parte I Conteúdos: Tempo: Síndrome de Down 5 minutos Objetivos: Auxiliar o aluno na compreensão do que é síndrome de Down Descrição: Produções Relacionadas: Neste programa de Biologia

Leia mais

#CRIESEUCAMINHO AULA 1 - EXERCÍCIOS DE REFLEXÃO MEDO DE MUDAR VONTADE DE MUDAR

#CRIESEUCAMINHO AULA 1 - EXERCÍCIOS DE REFLEXÃO MEDO DE MUDAR VONTADE DE MUDAR CRIE SEU CAMINHO AULA 1 - EXERCÍCIOS DE REFLEXÃO Na primeira aula do curso introdutório do Programa Crie seu Caminho, você pôde compreender a origem da dor que se manifesta em todas as pessoas que desejam

Leia mais

MARIA, ESTRELA E MÃE DA NOVA EVANGELIZAÇÃO

MARIA, ESTRELA E MÃE DA NOVA EVANGELIZAÇÃO MARIA, ESTRELA E MÃE DA NOVA EVANGELIZAÇÃO anuncie a Boa Nova não só com palavras, mas, sobretudo, com uma vida transfigurada pela presença de Deus (EG 259). O tema da nova evangelização aparece com freqüência

Leia mais

Jesus declarou: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo. (João 3:3).

Jesus declarou: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo. (João 3:3). Jesus declarou: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo. (João 3:3). O capítulo três do Evangelho de João conta uma história muito interessante, dizendo que certa noite

Leia mais

Título do Case: Diversidades que renovam, transformando novas realidades

Título do Case: Diversidades que renovam, transformando novas realidades Título do Case: Diversidades que renovam, transformando novas realidades Categoria: Práticas Internas. Temática: Pessoas. Resumo: A motivação dos funcionários é importante para incentivar o trabalho e

Leia mais

Animação Sociocultural. No PAís do Amor

Animação Sociocultural. No PAís do Amor No PAís do Amor Há muito, muito tempo, num reino que ficava Mais Longe que Bué Bué longe, vivia-se com muito amor e alegria. Os dias eram passados em festa e eram todos muito amigos. Nesse reino havia

Leia mais

Nem o Catecismo da Igreja Católica responde tal questão, pois não dá para definir o Absoluto em palavras.

Nem o Catecismo da Igreja Católica responde tal questão, pois não dá para definir o Absoluto em palavras. A pregação do Amor de Deus, por ser a primeira em um encontro querigmático, tem a finalidade de levar o participante ao conhecimento do Deus Trino, que por amor cria o mundo e os homens. Ao mesmo tempo,

Leia mais

Compartilhando a Sua Fé

Compartilhando a Sua Fé Livrinho 2 Pàgina 4 Lição Um Compartilhando a Sua Fé O Propósito desta Lição Agora que você descobriu a alegria de pecados perdoados e de uma nova vida em Cristo, sem dúvida quer que os seus familiares

Leia mais

QUESTÃO 1 Texto para as questões 1, 2 e 3.

QUESTÃO 1 Texto para as questões 1, 2 e 3. Nome: N.º: endereço: data: Telefone: E-mail: Colégio PARA QUEM CURSARÁ O 7º ANO EM 2012 Disciplina: PoRTUGUÊs Prova: desafio nota: QUESTÃO 1 Texto para as questões 1, 2 e 3. Considere as afirmações I.

Leia mais

PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil

PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil Introdução Mauri J.V. Cruz O objetivo deste texto é contribuir num processo de reflexão sobre o papel das ONGs na região sul

Leia mais