O jogo teatral e a formação do sujeito. Tecnologia e escola: Inte(g)rações. Sequestro do CO 2. Reflexões sobre a leitura.

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3 revista de educação editada e produzida pelo colégio medianeira ISSN Diretor Pe. Rui Körbes, S.J. Vice-diretor Prof. Adalberto Fávero Coordenador Administrativo e Financeiro Gilberto Vizini Vieira Coord. Comunitário e de Esporte Prof. Francisco Alexandre Faigle Coordenação Editorial e Revisão Nilton Cezar Tridapalli Luciana Nogueira Nascimento (MTB 2927/82v) Projeto Gráfico e Diagramação Sonia Oleskovicz Ilustrações Kelly Tavares Viviane Vallim Sonia Oleskovicz (montagens e tratamento) Colaboraram nesta edição André Tezza, Carlos Renato Monteiro, Eduardo Túlio Baggio, Fabiana Hitomi Ono Ishiruji, Francisco Carlos Rehme, Geraldo Vieira de Magalhães, Gladimir Nascimento, Juliana Cavassin, Juliana Cristina Heleno, Marcelo Weber e Maria Célia Martirani. Tiragem 3000 exemplares Papel Reciclato Suzano 90g/m2 (miolo) Reciclato Suzano 240 g/m2 (capa) Número de Páginas 48 EQUIPE PEDAGÓGICA Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª à 4ª séries Coordenadora Profª Silvana do Rocio Andretta Ribeiro Ensino Fundamental de 5ª e 6ª séries Coordenadora Profª Eliane Dzierwa Zaionc Ensino Fundamental de 7ª e 8ª séries Coordenadora Profª Roberta Uceda Ensino Médio Coordenador Prof. Marcelo Pastre Coordenador de Pastoral Pe. Guido Valli, S.J. Marketing Luciana Nogueira Nascimento Coordenador de Midiaeducação Nilton Cezar Tridapalli O jogo teatral e a formação do sujeito Juliana Cavassin... 5 Água: reuso, redução do uso ou conservação? Gladimir Nascimento... 9 As vozes do documentário Michaud: entre os crocodilos e as serpentes Eduardo Tulio Baggio Tecnologia e escola: Inte(g)rações Nilton Cezar Tridapalli Sequestro do CO 2 Fabiana Hitomi Ono Ishiruji Reflexões sobre a leitura Juliana Cristina Heleno Em cena: o leitor Maria Célia Martirani A infância por um fio Geraldo Vieira de Magalhães A filosofia enquanto exercício do cotidiano Carlos Renato Moiteiro Relativismo cultural e o filme Quem quer ser um milionário André Tezza Itupava: úmidas e silenciosas, pedras que contam história Francisco Carlos Rehme Os artigos publicados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião dos editores e do Colégio Nossa Senhora Medianeira. A reprodução parcial ou total dos textos é permitida desde que devidamente citada a fonte e autoria. CRÔNICA Prefação Marcelo Weber Linha Verde Av. José Richa, Prado Velho Curitiba Paraná fone / fax mediacao@colegiomedianeira.g12.br 3

4 Ler ou não ler, eis a questão!? Na verdade, não deveria haver questão ou dúvida quando se trata de leitura. Ela é imprescindível para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e capazes de compreender seu contexto e agir a partir dele para a transformação da sociedade. Ler é construir, elaborar, alimentar e realimentar corpo, mente e alma. É ato de pesquisar constantemente as tramas da história, do ser humano e do futuro que queremos para nós e nossos filhos. Ler é caminhar na contramão da massificação, do desrespeito a diversidade e do preconceito. Quem nos fala sobre isto nesta edição é a professora Juliana Heleno e também a escritora Maria Célia Martirani quando trata da relação entre o leitor e seu livro. Não existe livro ou autor sem o leitor. Ler é sentir e permitir ser sentido, é troca e reciprocidade entre leitor, autor e a própria obra. Nesta mesma linha de relações passa o trabalho do Teatro e do jogo teatral, importante no relacionamento do sujeito consigo mesmo, seja ele ator, diretor ou plateia. O cinema, outra forma de leitura de contexto, está nas análises do filme "Quem quer ser um milionário?" e do documentário "Michaud: entre os crocodilos e as serpentes". Para completar o círculo de mídia e comunicação, a tecnologia, mocinha e vilã do contexto escolar no qual estão inseridas diferentes gerações, enfrenta uma realidade de interações que precisa ser constantemente revista e atualizada, sob o risco de se falar linguagens que se opõem, que não conversam, em um mesmo ambiente, em um mesmo contexto. Partindo para outro extremo, mas que não deixa de envolver a leitura, veremos maneiras simples de conservar o meio ambiente voltando nossas ações para o reuso, redução e conservação da água e para o seqüestro de carbono - termo que ainda causa estranhamento e dúvidas entre a maioria das pessoas. E, a partir desta edição, publicamos uma seqüência de crônicas do artista e historiador Marcelo Weber que se aventura em uma mistura de humor, ideias e receitas. Delicioso. Aproveite tudo e depois de saborear, experimentar, construir, refletir, desconstruir... escreva para nós: mediacao@colegiomedianeira.g12.br. Boa leitura. Luciana Nogueira Nascimento A respeito do artigo sobre eblogs, de autoria das Profªs Letícia e Luciane, gostaria de manifestar a minha admiração pelo trabalho. O conteúdo dos três blogs apresentados é vasto e muito estimulante para os jovens aprendizes. Nota-se que, mais do que consistir de um artefato tecnológico, o blog tem o poder de ampliar ilimitadamente as dimensões da sala de aula, tornando a experiência dos alunos ainda mais motivadora. Parabéns às Professoras "blogueiras" pela proatividade em buscar novas ferramentas didáticas. Aproveito a oportunidade para sugerir ao Colégio Medianeira que fomente esta expansão para o espaço cibernético no seu meio acadêmico, tomando medidas, tais como: efetuar uma enquete entre todos os professores visando obter informações de blogs de outros Professores do colégio, bem como de suas sugestões; criar uma página, dentro do site do colégio, com links para os blogs dos seus professores, além de links com sugestões dos mesmos; criar uma oficina de construção de blogs para os Professores que desejarem desenvolver também a sua ferramenta de comunicação. Um abraço que transfoma Alberto Heitor Molinari Sempre aluno (Colégio Medianeira) Graduado em Bacharelado em Informatica (UFPR) Especialista em Tecnologia da Informação (UFPR) Mestrando em Informática Industrial (UTFPR) E o mais importante: Pai do Davi e do Caio (1º ano e 3ª série) mediacao@colegiomedianeira.g12.br 4

5 O jogo TEATRAL e a formação do sujeito Por Juliana Cavassin Além de sermos homo sapiens, somos também homo ludens, e isso diz respeito à nossa capacidade lúdica para o jogo. Veja como o jogo teatral é importante para o relacionamento do sujeito consigo mesmo e com o outro, seja ele ator, diretor, plateia... 5

6 Dentre algumas das metodologias do ensino do Teatro, uma de grande importância é a denominada "Jogos Teatrais", da norte-americana Viola Spolin ( ). Além da contribuição para o ensino e a prática da arte cênica, as técnicas abrangem o campo da arte-educação. Também conhecido como método de teatro improvisacional (Improvisação para teatro é o nome do primeiro livro publicado no Brasil, em 1979, pela editora Perspectiva), no que se refere à aplicação para atores e diretores/professores, tem-se nele o auxilio técnico de todas as fases do processo de ensaio de uma peça: seleção, escolha de elenco, harmonia, aquecimento, criação de espaço cênico, superação de ansiedade de estreia, amadurecimento e integração de participantes ao projeto teatral... No que diz respeito ao campo da arte-educação, pode-se apontar o quanto a metodologia é capaz de influenciar na formação emocional, social e cognitiva não só de atores, mas de qualquer participante, o que contribui amplamente para a formação do sujeito. METODOLOGIA DO JOGO TEATRAL Nos Jogos de Viola Spolin, sempre se têm bem definidos para diretor/professor os objetivos que apontam o principal resultado que se espera obter para resolver questões da pessoa, do grupo e/ou do ensaio da peça (como dificuldades de relacionamento, projeção de voz, unidade, cena, foco, etc). Esse último, especificamente, tem uma importância fundamental em todos os jogos, já que é o foco que permite ao jogador manter o olho mental vivo como um atleta o mantém na bola em movimento. Ele também garante o envolvimento de todos os participantes em cada momento durante o processo. O foco coloca o Jogo em movimento e todos se tornam parceiros na medida em que prestam atenção aos mesmos problemas a partir de diferentes pontos de vista; todos os jogadores devem confiar no foco e deixá-lo trabalhar como se fosse a bola de um jogador de futebol. Mas o Jogo Teatral, ao contrário do futebol, não possui um "foco material", "físico" como levar a bola ao gol. As regras são específicas para cada Jogo, dadas através da instrução do professor/diretor, e levam os jogadores a resolverem o problema com consciência, criatividade e uso do corpo. Deve-se responder a situação proposta de forma cênica, mantendo claramente para a plateia (também considerada, junto ao professor/diretor, como "jogadora") os princípios da unidade dramática: quem, onde e o que está acontecendo. Enquanto ocorre o Jogo, o professor/diretor emite as instruções para abrir espaço de tempo, movimento e transformação. São expressões simples e diretas que surgem espontaneamente no momento em que os jogadores estão em ação, mas cujo vocabulário elimina a orientação autoritária e a síndrome da aprovação/desaprovação. Por exemplo, fala-se "compartilhe sua voz com a plateia" ao invés de "projete sua voz!" A instrução deve gerar ou manter a energia crescente, pois é o apoio entre jogadores e diretor/professor para atingir o organismo total do que se processa. Mesmo assim, apesar da instrução, cada indivíduo deve encontrar seu próprio caminho através do esforço pessoal e consequente harmonia coletiva. Com a prática, jogar se torna cada vez mais lúdico, orgânico e 6

7 espontâneo, principais fundamentos do método spoliniano; Na medida em que o valor do jogo e do próprio ato de jogar tornavam-se mais claros, a palavra "jogo" substituiu a expressão "solução de problemas". As explicações sobre técnicas, intenções, etc. tornaramse desnecessárias. A procura lógica e racional dessas informações tinha sido ultrapassada pelo foco do jogo teatral. (SPOLIM, p. 15, 2001) Ao fim de cada Jogo, plateia, professor/diretor e jogadores de palco participam de uma avaliação. Nela, discute-se se a proposta foi realizada de maneira efetiva, as dificuldades que surgiram e como foram resolvidas, se o foco se manteve, as oportunidades, outros jogos e ideias relacionados, etc. Enfim, nesse momento, todo o grupo revela o que foi aprendido, percebido e/ou realizado no curso do Jogo. A FORMAÇÃO DO SUJEITO Percebe-se que, no contexto da arte-educação, a importância dos Jogos se aplica à educação estética pelo teatro, às demais linguagens artísticas (que sempre se relacionam) e também à aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora, uma vez que se tratam de experiências que envolvem o grupo, o corpo e a mente para responder os desafios. Maior divulgadora de Viola Spolim no Brasil, a pesquisadora Ingrid Koudela (ECA/USP) apresenta estudos que revelam o desenvolvimento humano que os jogos proporcionam de acordo com o modelo piagetiano de desenvolvimento intelectual. Os estudos mostram que a criatividade dramática proporciona um meio de atividade adaptativa para a criança que influencia na descentralização cognitiva, social e moral. No desafio intelectual do criador, ator, plateia e/ou crítico, utilizam-se esquemas cognitivos e afetivos para a estruturação da realidade objetiva; ao jogar, o individuo e/ou grupo precisam efetivar a passagem do teatro concebido como ilusão para a uma realidade cênica. Essa passagem é a quebra do egocentrismo do indivíduo e seu mundo particular para que se transforme em jogo socializador, ou seja, é a transformação da subjetividade pessoal em objetividade coletiva, um pressuposto do ser sujeito e cidadão. Isso porque resolver os problemas propostos no jogo exige além das habilidades racionais: exercita-se, com o jogo, a emoção e a intuição. A intuição emerge no lado direito do cérebro, na mente metafórica, área x, a área do conhecimento que está além das restrições de cultura, raça, educação, psicologia e idade; ela é mais profunda do que as máscaras de maneirismos, preconceitos, intelectualismos que a maioria de nós veste no cotidiano. (SPOLIM, p.18, 2001). Dessa forma, intuir também implica estar livre de opiniões, atitudes, preconceitos e julgamentos pré-concebidos para vivenciar soluções no momento presente. É por isso que o ato de jogar requer presença "aqui e agora"; é necessário viver no tempo presente e não no tempo da memória, já que o jogo só acontece no tempo presente. Nesse sentido, Spolim diferencia o estar à espera (permitir que o desconhecido se aproxime: momento de arte/vida) do esperar por (passado/futuro) no ato do Jogo, e, consequentemente, na vida. A autora afirma: Como indivíduos, somos isolados uns dos outros, cheios de limitações, medos, tensões, competitividade, preconceitos e atitudes preconcebidas. Se a nossa abertura for mais do que apenas uma esperança, um sentimento, uma palavra, então certas condições deverão ser atendidas. A primeira delas deveríamos chamar de mutualidade ou confiança. O verdadeiro jogo produzirá confiança. (SPOLIM,p.18, 2001) Então, vemos que as relações intra, extra e interpessoais são desenvolvidas, pois a prática dos Jogos possibilita a aproximação de si mesmo e dos outros jogadores, exercitando o pensar, agir e sentir e revelando que a técnica é sim 7

8 muito importante, mas o processo é tão amplo, dinâmico e lúdico no que se refere às relações humanas que vão além da metodologia e do teatro: são parte da comunicação e relacionamento humanos, princípio básicos para que o indivíduo se desenvolva plenamente como sujeito. (Comente este artigo em mediacao@colegiomedianeira.g12.br) REFERÊNCIA: Juliana Cavassin é formada em Educação Artística - Artes Cênicas (FAP) e Jornalismo (PUCPR), com especialização em Fundamentos do Ensino das Artes (FAP) e Mestrado em Educação (PUCPR). É ex-aluna e professora de Teatro desde 2003 do Colégio Medianeira; também é professora do curso de Licenciatura em Teatro da Faculdade de Artes do Paraná (2007) e presta serviços na área de Artes, Educação e Comunicação para várias instituições como SENAC-PR, ITDE e UFPR. Contato:jupalomar@hotmail.com. SPOLIM, V. O jogo teatral no livro do diretor. Perspectiva, JOGOS TEATRAIS - O FICHÁRIO DE VIOLA SPOLIN VIOLA SPOLIN Editora Perspectiva Viola Spolin figura seguramente entre os maiores professores de teatro, não só nos Estados Unidos. Onde quer que seu método e seus ensinamentos tenham chegado, não importando o país ou a língua, eles fizeram escola. 'Improvisação para o teatro', sua famosa coleção de jogos, exercícios de atuação e comentários, continua tão atual hoje quanto na época de sua aparição inicial, assim como sua crescente difusão na rede escolar brasileira vem comprovando. Para melhor instrumentá-la na prática de sua aplicação, Viola Spolin fez uma seleção especial de jogos teatrais, dispostos em fichas separadas em uma caixa, servindo ao trabalho em sala de aula. Por meio de 'Jogos Teatrais', professores e alunos podem viver a experiência teatral, com grande benefício para seu ensino e aprendizado. O JOGO TEATRAL NO LIVRO DO DIRETOR VIOLA SPOLIN Editora Perspectiva Este livro é uma aplicação prática do famoso método pelo qual Viola Spolin foi chamada 'a grã-sacerdotisa do teatro improvisacional'. A autora mostra, de forma lúdica, como suas técnicas podem ser utilizadas em larga variedade de situações, e também para o amadurecimento e a integração dos participantes do projeto teatral. 8

9 ÁGUA: reuso, REDUÇÃO DO USO ou conservação? Por Gladimir Nascimento Muitas vezes a tecnologia tem sido vista como instrumento redentor de todos os problemas. Em muitos casos, no entanto, outras soluções se tornam mais eficazes e econômicas, desde que acompanhadas por conscientização e mudança de pequenos hábitos. Com dados e contas surpreendentes, este artigo nos revela formas simples de economia de água. 9

10 A coisa chata sobre a pesquisa é que frequentemente ela nos desaponta, ao comprovar o oposto daquilo que acreditávamos ser verdade. O método científico não tem charme, nem senso de humor, nem compromisso com as nossas convicções, e pouco se lhe dá se o resultado da investigação é sem graça, contrário às nossas expectativas ou uma completa afronta ao senso comum. Lamento-me dessa maneira porque investi dois anos em uma pesquisa para comprovar que o reuso de águas servidas (água que sai da pia, do chuveiro, das lavadoras e tanques) é uma alternativa viável e até mesmo imprescindível contra a escassez de água em Curitiba e região metropolitana. Era uma ideia arraigada e a pesquisa deveria servir simplesmente para embasá-la, assim como pretendia defender a lei municipal que tornou esse reuso de água obrigatório para novas construções em Curitiba. Bem, esse era o resultado esperado, porém... Porém o fato é que a defesa do reuso de água chega a ser uma ingenuidade, quando o consideramos no contexto da nossa cidade e dos municípios vizinhos. Há aqui uma pergunta: por que sempre imaginamos uma solução tecnológica para os problemas ambientais? Será uma desculpa para nosso comportamento poluidor? Será, ao contrário, uma punição autoimposta? (pois um "remédio" como o reuso de água equivale à autoflagelação). Será que não queremos enxergar o simples e o necessário, então nos pomos a divagar sobre soluções radicais? Reaproveitar a água é nobre, mas a tecnologia para fazê-lo, embora sedutora, não se justifica enquanto não tomarmos muitas outras medidas urgentes e óbvias no nosso contexto. Então vamos ao contexto: em 1970, a população da região metropolitana de Curitiba era de 1 milhão de habitantes; em três décadas e meia, ela triplicou. A maior parte desses moradores instalou-se justamente nas áreas que pressionam os mananciais de onde tiramos nossa água de beber. É um problema parecido com aquele da cobra que engole o próprio rabo: quanto mais população, maior o volume de água necessário, e menor o volume disponível, já que esses habitantes degradam justamente as nascentes, rios, matas ciliares e áreas de aquífero. Este fato deve ser o alvo prioritário das políticas públicas, leis, debates, aulas, pesquisas e todo tipo de esforço contra a falta de água potável. O problema é grave e caro. Baseada em um estudo dos engenheiros Osvaldo Dalarmi e Cléverson Andreolli (que, aliás, é pai de uma aluna do Medianeira), a Sanepar elaborou um imenso e imensamente dispendioso plano de investimentos, a ser cumprido até o ano de Os dois engenheiros acreditam que entre 2025 e 2050 atingiremos o limite da exploração dos recursos hídricos mais próximos. Depois teremos de captar água a mais de 50 quilômetros de distância e a uma altitude 500 metros abaixo do planalto curitibano, com um custo de bombeamento 10 vezes maior que o atual, que corresponde a 10% da tarifa, aproximadamente. Portanto, o que pagamos hoje na conta de água vai dar somente para o bombeamento. E não é apenas porque a população vai crescendo, mas principalmente porque vai crescendo em cima dos mananciais. Logo, cada centavo que deixamos de gastar na conservação desses mananciais será cobrado com juros altíssimos quando tivermos de procurar água em outra freguesia. Reuso é a medida adequada para regiões onde a água praticamente não existe. No deserto da Namíbia, por exemplo, onde foi pela primeira vez praticado inclusive para fornecer água "potável". Não é o nosso caso, nossa região tem água, só precisamos cuidar bem dela. Nosso problema é que não damos a mínima para os recursos naturais. Se as coisas continuarem assim, então de fato um dia só nos restará beber a água com a qual já tomamos banho. Os recursos hídricos devem ser compreendidos no conjunto de cada bacia hidrográfica e gerenciados de maneira integrada, considerando: Conservação dos mananciais; Educação conservacionista; Melhores práticas na captação, tratamento e distribuição da água; 10

11 Combate metódico ao desperdício; Lógica tarifária e Generalização do uso de dispositivos e métodos economizadores nas edificações. Vamos checar? O que a nossa valorosa companhia de saneamento investe na conservação dos mananciais dos quais tira água e dinheiro? No ano passado, esse valor cresceu um pouco, graças aos recursos federais do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), mas, descontando esse reforço, vemos que no ano de 2005, por exemplo, a Sanepar investiu em Meio Ambiente R$ 1,9 milhão. No ano seguinte, R$ 1,2 milhão e em 2007 R$ 2,5 milhões, dos quais somente R$ 51 mil viriam de recursos próprios. Para dar uma ideia de como são míseros esses recursos, basta mostrar a Ata da 43ª Assembleia Geral Ordinária da Sanepar, que avaliou o balanço de 2006 da companhia, distribuiu aos acionistas o lucro de R$ 49,7 milhões e provisionou, para remuneração dos conselheiros e administradores, para o exercício de 2007, o valor de R$ 4,3 milhões. Ou seja, a empresa destinou para remuneração dos conselheiros e administradores 70% mais do que todo o seu investimento em Meio Ambiente. E o combate ao desperdício? Em julho de 2007, a diretoria da Sanepar apresentou as obras da Estação de Tratamento de Água Miringuava, que custou R$ 143 milhões. Ela adiciona ao sistema mil litros de água por segundo. Com a conclusão de obras complementares, chegará a 2 mil litros por segundo, o que representa um aumento de 25% na oferta de água tratada, que antes do Miringuava encontrava-se em torno de 8 mil litros por segundo. Recapitulando: a companhia investiu R$ 143 milhões, pagos por nós, para aumentar o fornecimento em 25%. E sabe quanto ela deixa vazar na própria rede distribuidora? 32%. As perdas nas redes de abastecimento ocorrem em todo o mundo e a média brasileira é de assustadores 42%. Existe um limite técnico para além do qual não se consegue impedir o vazamento, porém falar de reuso de água quando um terço de toda a água captada e tratada simplesmente é jogado fora antes de chegar aos imóveis é, no mínimo, um desvio de prioridade. E a educação conservacionista? Você já foi atingido por algum programa desse tipo? Seus filhos foram? Qual foi o resultado? Qual foi a insistência? E as tecnologias economizadoras, elas foram divulgadas para você? Existe alguma em sua casa? A companhia de Saneamento estimulou você a adotá-las? Pelo menos informou a respeito? E a lógica tarifária? Se fôssemos pagar pelo que a água realmente custa, não daríamos conta. Só conseguimos pagar a fatura todo mês porque não estão incluídos ali os custos ambientais da operação. Mas esses custos existem, e, como sabem os contabilistas, não dá para esconder custos por muito tempo. Em algum ponto a dívida será cobrada. Reuso de água é um recurso interessante para indústrias e alguns tipos específicos de construções. Hotéis, por exemplo. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, o Brasil possui aproximadamente 25 mil hotéis e pousadas. Um hotel com 100 apartamentos, usados em média 10 horas por dia, consome diariamente cerca de 15 mil litros de água. Curitiba tem 18 mil leitos de hospedagem. Admitindo-se 2 leitos por apartamento, chega-se a um consumo diário de água no setor hoteleiro na cidade em torno de 8,226 milhões de litros. Considerando uma ocupação média de 70%, reduz-se para 5,758 milhões de litros. O reuso, desde que combinado com outras tecnologias economizadoras, pode baixar em 50% o consumo de um hotel, o que teoricamente significaria poupar 2,879 milhões de litros por dia. Cada curitibano consome, em média, 240 litros por dia, ou litros por mês; logo, a economia de 2,879 milhões de litros na rede de hotéis substituiria o consumo de curitibanos. É como economizar toda a água consumida pelo bairro do Atuba, por exemplo, que, segundo o IBGE, tem 12,6 mil habitantes. Ou suprimir o consumo da população do Tingui, que é de 11,6 mil pessoas. Uma economia interessante. Porém, fora dessas edificações especiais, como os hotéis, o reuso é a última medida tecnológica em uma lista que tem 6 itens e que está 11 11

12 no quadro a seguir. Ele ilustra de modo rudimentar as vantagens relativas entre dispositivos economizadores simples, como os aeradores de torneiras e os redutores de vazão, e aqueles que exigem mudanças no sistema hidráulico: uso de água de chuva e reuso de águas servidas. CONSIDERARAM-SE TRÊS NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO POSITIVOS: BOM = ÓTIMO= EXCELENTE= E TRÊS NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO NEGATIVOS: RUIM = PÉSSIMO= PROIBITIVO= A aplicação desses três níveis sobre cada diferente aspecto de cada uma das tecnologias consideradas permite uma comparação simplificada entre elas, sendo o conceito resultante de cada medida um posicionamento numérico direto em relação às demais. Os conceitos, no entanto, são atribuídos pelo Autor, considerados um em relação aos outros, e naturalmente admitem avaliações destoantes. COMPARAÇÃO DE TECNOLOGIAS ECONOMIZADORAS DE ÁGUA CUSTO POTENCIAL DE ECONOMIA DIFICULDADE TÉCNICA RESISTÊNCIA CULTURAL RETORNO DE INVESTIMENTO MANUTENÇÃO CONCEITO FINAL AERADORES DE TORNEIRAS 18 REDUTORES DE VAZÃO 18 DESCARGA DE CAIXA ACOPLADA 14 CAVALETES INDIVIDUAIS 14 ÁGUA DE CHUVA 5 REUSO DE ÁGUA -8 (3 = excelente; 2 = ótimo; 1 = bom; -1 = ruim; -2 = péssimo; -3 = proibitivo ) 12

13 Senhores, apresento-lhes o aerador de torneiras, o redutor de vazão e a descarga de caixa acoplada. Juntas, essas 3 tecnologias tremendamente simples e baratas têm um efeito economizador comparável ao do dispendioso, complexo e temerário reuso de água. A descarga acoplada todo mundo conhece, é aquela que tem uma caixa sobre o assento sanitário, em vez da válvula Hydra (mas cuidado, sem manutenção ela acaba tendo vazamentos terríveis). Aerador é aquela peneirinha que se coloca na ponta da torneira e redutor de vazão é uma espécie de registro que se instala no encanamento e que regula a pressão da água nos nossos chuveiros, por exemplo. O uso dessas geringonças é altamente positivo. Melhor que isso, para economizar, só mesmo o conselho do meu encanador: nada de banho gostoso. Para ter uma ideia do que custa um único banho demorado, use uma banheira e feche a saída. Ao final do banho compare o que ficou estancado, multiplique pelo número de moradores da sua casa e pelo número de dias do mês. O resultado é um volume de água e um peso na consciência que não tem reuso que resolva. Para concluir, resta dizer que a utilidade do reuso de água é a de ser uma ameaça. Não é solução, mas sim a punição que infalivelmente virá para os que não fizeram o dever de casa. Que ele nos sirva como advertência para que acabemos com o desperdício em nossas próprias residências e locais de trabalho e lazer. E, principalmente, que sirva de instrumento de pressão sobre nossos políticos e gestores públicos, para que levem a sério esse problema explosivo que é a progressiva escassez de água em Curitiba e nas cidades vizinhas. (Comente este artigo em mediacao@colegiomedianeira.g12.br) Gladimir Nascimento é jornalista profissional (UFPR), mestre em Tecnologia e Meio Ambiente (UTFPR) e especialista em Sistema de Gestão Ambiental (PUC-PR). É pai de dois alunos e dois ex-alunos do Medianeira e um dos idealizadores da nova webradio A ÁGUA JOSÉ GALIZIA TUNDISI TAKAKO MATSUMURA A água é cada vez mais um recurso estratégico para a humanidade, pois mantém a vida no planeta Terra, sustenta a biodiversidade e a produção de alimentos e suporta todos os ciclos naturais. As grandes civilizações dependem e dependerão da água para sua sobrevivência econômica e biológica, e para o desenvolvimento econômico e cultural. Folha Explica A Água aborda, de forma didática, questões como as propriedades essenciais de água, seus usos múltiplos, os impactos nos recursos hídricos e suas consequências. A ÁGUA - UM DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL JOÃO MARCOS ADEDE Y CASTRO Editora Nuria Fabris A presente obra referese aos direitos humanos e direitos fundamentais referidos ou não na Constituição Federal. Ela traça panorama histórico da legislação ambiental brasileira, com ênfase aos recursos hídricos, examina a legislação constitucional e infraconstitucional, a legislação esparsa sobre águas e incursiona sobre o direito internacional das águas. Com isto, permite o conhecimento sobre a legislação, mas chama o leitor para refletir sobre a importância da água como elemento de dignidade, desenvolvimento sustentável e, sem sombra de dúvida, como direito humano fundamental. Ou seja, rompe o paradigma de exame exclusivamente legal para propor uma discussão de caráter social, humano e sistêmico. 13

14 As vozes do documentário MICHAUD: ENTRE OS CROCODILOS E AS SERPENTES Por Eduardo Tulio Baggio Um dos gêneros cinematográficos mais desenvolvidos no Brasil, o documentário mostra inúmeros meios de mostrar a sua voz. Acompanhe algumas reflexões sobre isso a partir do documentário paranaense Michaud: entre os crocodilos e as serpentes. 14

15 As teorias do cinema documentário tratam constantemente das vozes ou estilos dos filmes. Esses conceitos buscam demonstrar quais as opções discursivas dos filmes e, por consequência, seus pressupostos éticos e suas características de linguagem. Este texto propõe uma observação - sob o ponto de vista dos quatro principais estilos do cinema documentário - de um filme roteirizado e dirigido por mim, que se chama Michaud: entre os crocodilos e as serpentes. Esse documentário foi idealizado a partir da análise das possibilidades de estratégias e estilos desenvolvidas no decorrer da história do cinema documentário. Desde os primeiros filmes de Robert Flaherty, Joris Ivens, John Grierson, Dziga Vertov, Alberto Cavalcanti, Paul Rotha, Basil Wright, e outros pioneiros, o documentarismo busca colocar-se ideologicamente. Essa busca constante por uma colocação que seja ideologicamente interessante, dadas as circunstâncias e o contexto em que o documentarista está inserido, geraram maneiras diferentes de relação do documentarista com o tema e com o público. Bill Nichols diz que o documentário usa estratégias de estilo variadas, que mudam com o passar do tempo, e que nesse sentido sua evolução ocorre da mesma forma que a evolução do filme ficcional, que também mudou e muda de estratégias dentro de sua história. E mudam em grande parte pelas mesmas razões: os modos dominantes do discurso expositivo mudam, assim como a arena de debate ideológico. O realismo confortavelmente aceito por uma geração parece um artifício para a geração seguinte. Novas estratégias precisam ser constantemente elaboradas para representar "as coisas como elas são", e outras para contestar essa representação (2005, p.47). Segundo Nichols, a história do documentário apresenta quatro estilos principais e cada um deles tem suas características próprias quanto à forma e no que diz respeito às posturas ideológicas. Esses estilos têm seu ponto central marcadamente determinado pela "voz". Frame do vídeo documentário Michaud: entre os crocodilos e as serpentes (...) na evolução do documentário a disputa entre formas centrou-se na questão da "voz". Por "voz" refirome a algo mais restrito que o estilo: aquilo que, no texto, nos transmite o ponto de vista social, a maneira como ele nos fala ou como ele organiza o material que nos apresenta. Nesse sentido, "voz" não se restringe a um código ou característica, como o diálogo ou o comentário narrado. Voz talvez seja algo semelhante àquele padrão intangível, formado pela interação de todos os códigos de um filme, e se aplica a todos os tipos de documentário (NICHOLS, 2005, p.50). A primeira dessas vozes é a do estilo de discurso da tradição griersoniana 1, também conhecida como "voz de Deus". A segunda, a do Cinema Direto 2, que "prometia um aumento do 'efeito verdade' graças à objetividade, ao imediatismo e à impressão de capturar fielmente acontecimentos ocorridos na vida cotidiana de determinadas pessoas." (NICHOLS, 2005, p.48). A terceira voz é representada pelos filmes de entrevistas, "às vezes profundamente reveladores, às vezes fragmentados e incompletos, esses filmes forneceram o modelo para o documentário contemporâneo." (NICHOLS, 2005, p.49) Por fim, Nichols cita o que seria a voz mais recente do documentário, a voz do estilo autorreflexivo. "Esse novo documentário autorreflexivo mistura passagens observacionais com entrevistas, a voz sobreposta do diretor com intertítulos, deixando patente o que esteve implícito o tempo todo: o 15

16 documentário sempre foi uma forma de re-presentação, e nunca uma janela aberta para a 'realidade'." (NICHOLS, 2005, p.49). Nichols ainda apresenta a condição evolutiva desses estilos ao tentarem corrigir problemas encontrados em seus antecessores: "o cinema direto e suas variantes procuraram resolver certas limitações da tradição 'voz de Deus'. O filme de entrevistas buscou resolver as limitações de grande parte do cinema direto ( )" (NICHOLS, 2005, p.64). possíveis enquanto mediadores, é que as vozes do cinema documentário foram pensadas para o documentário Michaud: entre os crocodilos e as serpentes. A principal intenção deste documentário era mostrar o encontro da equipe de realização do documentário com as pessoas que são as herdeiras de um momento histórico tão particular como foi a colonização da então península de Superagui (após a abertura do Canal do Varador, a península tornou-se uma ilha). Sendo assim, a voz que foi utilizada como estilo principal do documentário foi a voz do Cinema Verdade, ou do documentário interativo, pois o vídeo documentário trabalha fundamentalmente com o deslocamento, as conversas e entrevistas e a condução da equipe. A forma como foi constituída a equipe, que viajou para fazer as captações de imagens e sons para o documentário, demonstra a intenção de trabalhar essencialmente como no Cinema Verdade. Os registros foram feitos em duas câmeras que eram dispostas de forma livre, em movimento, e permitindo que uma fizesse o registro da outra e ambas mostrassem a equipe. Da mesma forma, um fotógrafo still fez parte da equipe e registrou imagens estáticas que fazem parte do vídeo. Tais imagens demonstram em muitos momentos a atividade da equipe e enfatizam a intenção de marcar e abrir para o público o processo de realização do documentário. Frame do vídeo documentário Michaud: entre os crocodilos e as serpentes Essa é uma forma típica da evolução paradigmática, em busca da razão a partir de pressupostos que negam a razão de quem anteriormente procurou estabelecer seus princípios. Neste sentido, as teorias do cinema documentário enfrentam-se entre si e geram uma contraposição que Fernão Pessoa Ramos chamou de um "diálogo de surdos" (2000). As vozes dos documentários são as suas marcas características. Mais ainda, são o registro das posturas dos documentaristas, das suas intenções, das suas perspectivas teóricas e, principalmente, das suas proposições enquanto mediadores e a consequente responsabilidade ética dos condutores desse processo. Partindo desse princípio, das proposições Porém, a sequência inicial do vídeo tem características que remetem a duas vozes distintas. Por um lado, mostra a equipe se reunindo para a viagem que resultaria no vídeo documentário, características típica da voz do documentário interativo, ou Cinema Verdade. Por outro lado, exibe textos explicativos sobre a vida de William Michaud, o que caracteriza um procedimento do Documentário Clássico ou Documentário Expositivo É possível notar também pequenos trechos do vídeo, especificamente de fotografias estáticas, em que aparecem marcas do documentário de observação, ou do Cinema Direto, através do registro cotidiano da vida dos morado- 16

17 FICHA TÉCNICA DO VÍDEO res de Superagui; mas essas são menos numerosas e representativas. Posso então concluir que o vídeo Michaud: entre os crocodilos e as serpentes é um documentário de múltiplas vozes, como são muitos outros documentários. Mas, mais do que isso, que a definição dessas vozes reflete o caminho ético proposto pelos realizadores no sentido de expor os processos de realização, marcar a característica de mediação e criar um discurso aberto e não absoluto. Esses são pressupostos típicos do Cinema Verdade e que foram entrecortados em alguns poucos momentos pelos pressupostos do Documentário Clássico e do Cinema Direto. (Comente este artigo em mediacao@colegiomedianeira.g12.br) Roteiro Direção Pesquisa e Assistência de Direção Direção de Fotografia Assistência de Câmera e Microfonista Fotografias Câmera Adicional Produção Assistência de Produção Edição Assistência de Edição Trilha Sonora Adriano Justino e Eduardo Baggio Eduardo Baggio Adriano Justino Vinícius Sguarezi e Osvaldo Santos Lima Ricardo Brown de Oliveira Osvaldo Santos Lima Adriano Justino Diana Moro Cleiton Saviski Eduardo Baggio Heloísa Todeschini Paisagem Progressiva #1 Frames do vídeo documentário Michaud: entre os crocodilos e as serpentes 17

18 Eduardo Baggio é graduado em Jornalismo pela UFPR, especialista em Comunicação Audiovisual pela PUCPR e mestre em Comunicação e Linguagens pela UTP. Trabalhou em televisões, rádios, agências de publicidade e produtoras de cinema. Teve seus vídeos e filmes independentes exibidos em festivais nacionais e internacionais, com mais de 10 prêmios no Brasil e no exterior. É professor de cinema. NOTAS 1 John Grierson foi diretor e produtor de documentários. Líder da Escola Inglesa de documentários, desenvolveu, junto com seus colegas, uma forma descritiva e didática de compor seus filmes. 2 Escola de documentários norteamericana que teve muito impacto por sua observação distanciada da realidade. Os principais diretores foram Robert Drew, Albert e David Maysles, Richard Leacock, D.A. Pennebaker e Frederick Wiseman. O Colégio Medianeira dispõe de uma cópia do documentário discutido neste artigo (Michaud - entre crocodilos e serpentes) e pode ser emprestado à sua comunidade de alunos, pais e educadores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NICHOLS, Bill. A Voz do Documentário. In: RAMOS, Fernão Pessoa. (org). Teoria Contemporânea do Cinema (Volume II). São Paulo : Editora Senac, p PENAFRIA, Manuela. O Filme Documentário: história, identidade, tecnologia. Lisboa : Edições Cosmos, O plano-sequência é a utopia - O paradigma do filme-zapruder. In: Congresso de Pós-Graduação em Comunicação, RAMOS, Fernão Pessoa. O que é documentário? In: Estudos de Cinema SOCI- NE. Editora Sulina e FAMECOS, Cinema Verdade no Brasil. In: TEIXEIRA, Francisco Elinaldo. (org). Documentário no Brasil: tradição e transformação. São Paulo : Summus, p DOCUMENTÁRIO NO BRASIL FRANCISCO ELINALDO TEIXEIRA (organizador) Editora Summus Uma coletânea exclusivamente voltada para um domínio importante na cultura audiovisual contemporânea: o campo do documentário cinematográfico. Trata-se da primeira iniciativa deste gênero no Brasil. Embora com uma vasta e rica cinematografia documentária, nossa cultura carece inteiramente de obras de referência para os estudiosos do assunto e o público em geral. O livro reúne textos de doze especialistas no tema, de São Paulo e do Rio de Janeiro, recobrindo cerca de oitenta anos de nossa produção documental. 18

19 Sainte-Chapelle, Paris Tecnologia e escola: INTE(G)RAÇÕES Por Nilton Cezar Tridapalli O avanço tecnológico no campo das comunicações torna indispensável e urgente que a escola integre esta nova linguagem audiovisual - que é a linguagem dos alunos - sob pena de perder o contato com as novas gerações (Maria Luiza Belloni) 19

20 A foto do vitral da página anterior é da belíssima Sainte-Chapelle, localizada em Paris e construída no século XIII, por Luís IX - depois, São Luís. Trata-se de uma capela de dois andares. Isso mesmo; existe uma capela sobre a outra e ao conjunto se deu o nome de Sainte-Chapelle, que, numa tradução literal, é Santa Capela. Esse é apenas um exemplo dos inúmeros vitrais espalhados pelo mundo e pelo tempo, e que tiveram seu apogeu na Europa e durante a Idade Média. Fascinante. Visitar um lugar desses mais de sete séculos depois de edificado é um maravilhamento para os olhos. E, se os olhos forem mesmo a janela da alma... Essa louca mistura entre arte e religiosidade, entretanto, não se dava apenas por motivos estéticos. Os vitrais tiveram, na maioria dos casos, uma função na sociedade para a qual foram idealizados e construídos. Não havia, como hoje há, a noção de que a arte deveria ser livre de funções pedagógicas. Com um forte controle da Igreja, os vitrais serviram para fins didáticos e tinham - de forma mais ou menos convencional - uma estrutura narrativa, geralmente a serviço de histórias bíblicas. Sim, as Bíblias existiam, mas quem as poderia ler? Uma multidão de analfabetos constituía a grande parte dos povos medievais. Com pregações em latim e com a palavra inacessível, qual seria um meio eficaz de levar a público o que a Igreja julgava interessante para o espírito dos pobres pecadores? Mais do que capricho, mais do que a utilização em si dos murais, eles contribuíram, com sua função pedagógica, para a educação religiosa de uma população sem acesso à linguagem escrita por parte de quem controlava os conteúdos julgados apropriados. As edificações góticas, com suas torres apontadas virtualmente para o infinito, bem como as igrejas barrocas e seus virtuosismos rebuscados e tamanhos descomunais, fazem do homem um ser apequenado perante a grandeza e beleza de algo infinitamente maior do que ele. Pergunta: faz sentido querer saber se, ao entrarmos em uma dessas igrejas, o que nos arrebata é a forma ou o conteúdo delas? Os conteúdos, com suas narrativas bíblicas ou suas torres pontiagudas ou seus anjos rebuscados, são a sua própria forma. E funcionam como meios de fazer algo chegar até alguém; se, de um lado, como no exemplo, vemos a Igreja querendo dizer algo a alguém, ela se utiliza de meios - com forma e conteúdo em um pacote único e indissociável - para chegar a esse alguém. Utiliza-se, portanto, de recursos mediatos, e não imediatos, já que há algo - no nosso caso, vitrais e edificações - servindo de interface que traduz o interesse de um grupo para outro grupo. Se interface é, segundo o Dicionário de Comunicação de Barbosa & Rabaça, a "união física e geralmente também lógica entre dois sistemas que não poderiam ser conectados diretamente", esses me parecem bons exemplos do que queremos dizer. A história das religiões é um prato cheio de exemplos para mostrar aquilo que Marshall McLuhan, em parceria com Quentin Fiore, vai falar em 1967, na obra The medium is the message. É claro, porém, que o espectador é mais do que espectador, já que ele não apenas recebe (à tabula rasa) a intenção do meio. Ele interage com ela e lhe empresta significados. Porque se a linguagem funcionasse linearmente, e em sentido único, todos entenderiam a suposta Mensagem da mesma forma. E ninguém teria morrido na fogueira ou carnavalizado os dogmas eclesiásticos... A seguir por esse raciocínio, chegamos à conclusão de que mídia é algo que conjuga forma e conteúdo e que remonta aos tempos de antanho na História da humanidade. Poder-se-ia dizer até aos tempos da Pré-História, já que mídia é qualquer interface que se interponha entre duas ou mais instâncias da comunicação, com o objetivo, em tese, de facilitar o contato que seria difícil de acontecer de forma imediata. O mediato pode, em muitos casos, ser um facilitador de contatos na impossibilidade ou dificuldade de a comunicação se dar de forma imediata. Não podemos ter nosso articulista preferido do jornal diretamente na nossa casa o tempo todo. Mas queremos lê-lo. Para isso, existe uma mídia (ou o jornal impresso, ou o rádio, ou a TV, ou o jornal do site de notícias etc) que dá condições e facili- 20

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