Ethos e Estratégias Enunciativas da Primeira Presidenta da República do Brasil: uma análise da entrevista de Dilma Rousseff ao Fantástico 1

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1 Ethos e Estratégias Enunciativas da Primeira Presidenta da República do Brasil: uma análise da entrevista de Dilma Rousseff ao Fantástico 1 Jairo da Silva e SILVA 1 Universidade da Amazônia, Belém, PA RESUMO À luz da Análise do Discurso de linha francesa, buscamos, neste trabalho, verificar os enunciados da presidenta 3 Dilma Rousseff em entrevista ao programa Fantástico, analisando suas estratégias de enunciação e o construto de um ethos, pelo qual se constrói o sujeito primeira presidenta do Brasil, demonstrando assim, quais os efeitos de sentido são produzidos por Dilma Rousseff. PALAVRAS-CHAVE: Análise do discurso; Ethos; Enunciação; Entrevista; Dilma Rousseff INTRODUÇÃO O objetivo deste artigo é investigar a constituição do ethos da primeira mulher presidente do Brasil, a presidenta Dilma Rousseff, e suas estratégias de enunciação em entrevista dada ao programa Fantástico, da Rede Globo, a entrevista teve como interlocutor a jornalista Patrícia Poeta, foi gravada no dia 08 de setembro de 2011, e exibida no dia 12 da mesma data, a gravação foi realizada em dois espaços, primeiro no Palácio da Alvorada e depois no Palácio do Planalto, em Brasília/DF. Depois de 33 homens terem ocupado o cargo de maior posição do governo do país, a presidência da República, no dia 31 de outubro de 2010, a ex-ministra civil do governo Lula, Dilma Rousseff, foi eleita a primeira presidente do Brasil, segundo Santos: Apesar de serem 192 os Estados com assento nas Nações Unidas e a maioria serem repúblicas, o ano 2011 começa com apenas nove mulheres, por todo o mundo, no posto de presidente da república. Em percentagem: 4,6 por cento de mulheres na constelação global de presidentes. O total de nove mulheres no cargo presidente da república é atingido precisamente neste 1º de Janeiro, com a posse de Dilma Rouseff, no Brasil. Ressaltamos também que nestas mesmas eleições, das 513 vagas na Câmara Federal somente 45 foram preenchidas por mulheres e das 81 vagas para o Senado Federal somente 10 1 Trabalho apresentado no Grupo de Trabalho da II Conferência Sul-Americana e VII Conferência Brasileira de Mídia Cidadã. 1 Mestrando em Comunicação, Linguagens e Cultura da UNAMA, jairodasilvaesilva@hotmail.com 3 Estrategicamente Dilma Rousseff faz questão de ser chamada presidenta, assim, neste trabalho, faremos uso desta forma. 1

2 são senadoras. Diante do exposto, buscamos responder às indagações: que imagens a presidenta constrói de si mesma para responder à jornalista? Que estratégias enunciativas são utilizadas no discurso de Dilma Rousseff? Pontuaremos respostas baseados na Análise de Discurso de linha francesa, disciplina que relaciona o discurso à sua exterioridade, levando em consideração os processos de produção e circulação de sentidos. Apropriaremos-nos assim, de teóricos que abordam a questão do discurso político, entre eles: Charaudeau (2004, 2006a, 2006b), Maingueneau (1999, 2005a, 2005b), Orlandi (1999, 2002 e 2005). ANÁLISE DO DISCURSO A análise do discurso de linha francesa (doravante AD) surgiu na década de 1960 do século XX. Segundo Gregolin (2007, p. 11): A análise do discurso é um campo de pesquisa cujo objetivo é compreender a produção social de sentidos, realizada por sujeitos históricos, por meio da materialidade das linguagens. A AD se diferencia da análise do conteúdo a partir do momento em que se importa com a forma em que foi dito e não o que se disse, pois busca compreender os processos de produção de sentidos, considerando assim, os aspectos históricos, sociais e ideológicos que envolvem estes processos. Ao teorizar sobre a linguagem, o estruturalista Ferdinand de Saussure, exclui de seus estudos o externo e o sujeito, estudiosos buscaram compreender tais elementos desconsiderados por Saussure, destacamos os estudos de Benveniste, com sua conhecida teoria da enunciação, considerando que o funcionamento da língua é dado a partir de um ato individual de utilização: É na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito; porque só a linguagem fundamenta na realidade, na sua realidade que é a do ser, o conceito de ego. A subjetividade de que tratamos aqui é a capacidade do locutor se propor como sujeito. (Benveniste, 1995, p. 286) Na mesma década em que Benveniste propõe a teoria da enunciação, Michel Pêcheux surge com a Análise do Discurso, em 1969, com a obra Análise Automática do Discurso, em que considera o discurso como objeto de análise, diferenciando-o tanto da língua quanto da fala, onde discurso não é simplesmente o ato de dizer algo, há outros aspectos que são considerados importantes, a saber: ideologia e contexto social, ambos atrelados à exterioridade da linguagem. Segundo Orlandi (2005, p.19-20), para a AD: A língua tem sua ordem própria, mas só é relativamente autônoma (distinguindo-se da Lingüística, ela reintroduz a noção de sujeito e de situação na análise de linguagem); b) a história tem seu real afetado pelo simbólico (os fatos reclamam sentidos); c) o sujeito da linguagem é descentrado, pois é afetado pelo real da língua e também pelo real da história, não tendo o controle sobre o modo como elas o afetam. Isso redunda em dizer que o sujeito discursivo funciona pelo inconsciente e pela ideologia. 2

3 Por se tratar de um método que gera possibilidades de interpretações, cabe ao analista do discurso selecionar conceitos de acordo com o corpus a ser analisado, percebendo as possibilidades de sentidos além das entrelinhas da materialidade de seu objeto de análise, considerando o espaço enunciativo, os sujeitos envolvidos. Quanto aos elementos teóricos da AD, neste trabalho, priorizamos reflexões acerca de constituição do ethos no discurso político e estratégias de enunciação utilizadas pela presidenta Dilma Rousseff. ETHOS NO DISCURSO POLÍTICO Em relação ao discurso político, é perceptível que o político trabalhe em seu discurso a projeção de sua imagem, necessária para que ele consiga atrair, seduzir o interlocutor, para que o mesmo aceite suas ideias. Segundo Charaudeau (2006, p ): Qualquer que seja o lugar de aparição, o discurso político não constitui um ornamento da conduta política, colocada em palavras, explicada ou comentada, vestida com mais ou menos felicidade, enfim, uma superestrutura. O discurso é constituído do político. Ele está intrinsecamente ligado à organização da vida social como governo e como discussão, para o melhor e para o pior. Ele é ao mesmo tempo, lugar de engajamento de seu posicionamento e de influência do outro. As concepções de ethos provem da Retórica na Antiguidade, quando o orador projeta a sua própria imagem, a imagem de si mesmo. Em Maingueneau encontramos a retomada de ethos para a AD. Para o autor: O enunciador deve legitimar seu dizer: em seu discurso, ele se atribui uma posição institucional e marca sua relação a um saber. Para ele o conceito de ethos está intimamente ligado à noção de cena de enunciação. (CHARAUDEAU & MAINGUENEAU, 2004, p ) Para a AD, segundo Charaudeau (2006), o ethos não é necessariamente a imagem real do enunciador, pois não se trata a seu caráter, mas à sua capacidade em transmitir credibilidade ao enunciatário. O ethos, enquanto imagem que se liga àquele que fala, não é uma propriedade exclusiva dele; ele é antes de tudo a imagem de que se traveste o interlocutor a partir daquilo que diz. O ethos relaciona-se ao cruzamento de olhares: o olhar do outro sobre aquele que fala, olhar daquele que fala sobre a maneira como ele pensa que o outro o vê Ora, para construir a imagem do sujeito que fala, esse outro se apóia ao mesmo tempo nos dados preexistentes ao discurso- o que ele sabe a priori do locutor e nos dados trazidos pelo próprio ato de linguagem. (2006, p. 115) 3

4 Segundo Charaudeau (2006, p. 43) que o discurso político é, ao tempo, lugar de engajamento do sujeito, de justificação de seu posicionamento e de influência do outro. Encontramos nos estudos de Charaudeau (2006, p ) que o processo de formação do ethos, através do discurso, é composto por quatro diferentes estratégias discursivas que são necessárias para o construto da imagem do político: a palavra da promessa (aqui se aborda a realidade e busca-se a credibilidade, onde se tenta convencer ao público a fim de obter um ethos credível), a palavra da decisão (aqui se destaca um problema comum no país, onde o político mostra soluções para o mesmo, e que esta solução será aplicada em seu governo), a palavra de justificação (lembra-se o motivo de uma determinada ação ter sido tomada, abrindo possibilidades para que novas ações sejam tomadas também) e a palavra de dissimulação (onde o político se antecipa, abrindo espaço para a negação de qualquer coisa que tenha sido dito anteriormente). Assim, percebemos que o ethos é uma das ferramentas da qual se vale o enunciador, em seu discurso, para atingir seus objetivos: legitimar a enunciação de seu discurso, fazendo com que seus co-enunciadores acreditem, creiam e sejam seduzidos por ele. ESTRATÉGIAS ENUNCIATIVAS Como já expomos anteriormente, a AD não busca analisar o conteúdo do que se fala, pois conforme Charaudeau (2006), não compete ao analista do discurso analisar se é verdade ou não o que diz o político, mas uma análise sobre seus enunciados, que ele tem como verdade e quer também que seus enunciatários assim os tenham. Na tentativa de que seus enunciatários acreditem em seu discurso, o político se vale de estratégias enunciativas: As estratégias discursivas empregadas pelo político para atrair a simpatia do público dependem de vários fatores: de sua própria identidade social, da maneira como ele percebe a opinião pública e do caminho que ele faz para chegar até ela, da posição dos outros atores políticos, quer sejam parceiros ou adversários, enfim, do que ele julgar necessário defender ou atacar: as pessoas, as idéias ou as ações. (CHARAUDEAU, 2006, p.82) Entre as estratégias enunciativas que se valem os políticos, neste trabalho analisamos a persuasão, a argumentação. Charaudeau (2006) aborda várias tipologias de argumentação, pois, ao listar os mais utilizados pelos políticos, o autor ressalta os argumentos pela força de 4

5 crenças compartilhadas, pelo peso das circunstâncias, pela vontade da ação, pelo risco, pela desqualificação do adversário e aqueles que refletem à sua própria autoridade. Assim, a partir de suas estratégias enunciativas, em busca da confiança, admiração, credibilidade, o político tenta atrair ao maior número possível de cidadãos, passando a imagem de que seria e/ou teria o perfil perfeito para ser o governante. O político deve, portanto, construir para si uma dupla identidade discursiva: uma que corresponda ao conceito político, enquanto lugar de constituição de um pensamento sobre a vida dos homens em sociedade, outra que corresponda à prática política, lugar das estratégias da gestão do poder: a primeira constitui o que chamamos de posicionamento ideológico do sujeito do discurso; a segunda constrói a posição do sujeito no processo comunicativo. (CHARAUDEAU, 2006, p.79) Charaudeau (2006) considera que esta dupla identidade discursiva, é caracterizada por um eu nós, isto é, uma identidade do singular coletivo: é a voz de todos na sua voz, ao mesmo tempo em que se dirige a todos como se fosse apenas o porta-voz de um Terceiro enunciador de um ideal social. (CHARAUDEAU, 2006, p. 80). Assim o enunciador apresenta três tipos de vozes: a do Terceiro, a do Eu e a voz do Tu, onde todos equivalem a um Nós, dentro de um só corpo social abstrato. Este Nós exerce o papel de guia. É através deste contato direto entre enunciadores que o sujeito político vai se construindo, e conseqüentemente viabiliza a construção de seu ethos. ENTREVISTA: Algumas considerações Segundo Charaudeau (2006, p. 16), se queremos estudar os discursos que se manifestam e circulam nos lugares sociais, precisamos de uma categorização deles. Assim, como o corpus a ser analisado neste trabalho é o gênero entrevista, torna-se necessário algumas considerações sobre o mesmo. Especificamente sobre a entrevista jornalística, o autor francês (2006, p. 215), a entrevista jornalística possui características de qualquer entrevista, mas, além disso, ela é especificada pelo contrato midiático: entrevistador e entrevistado são ouvidos por um terceiro-ausente, o ouvinte, num dispositivo triangular. 5

6 Motivado pela abordagem dialógica da linguagem, na qual se reconhece que o discurso nasce e forma-se a partir da interação dos sujeitos, Charaudeau apresenta o discurso relatado como a palavra do outro presente no ato de enunciação, retomando assim o conceito (proposto pelo linguista russo Mikhail Backtin ) de polifonia1, em que são reconhecidas as diferentes vozes constituintes do discurso, isto é, o discurso relatado é caracterizado pelo encaixe de um dito em outro dito. Da mesma forma, Maingueneau (2002, p. 139) afirma que o discurso relatado constitui uma enunciação sobre outra enunciação. Esse fenômeno é muito usado no discurso jornalístico, uma vez que a notícia é construída a partir das informações recolhidas em diversas fontes. Ao apresentar diversos segmentos de entrevista, Charaudeau (2006) ressalta que a entrevista política se define pela proposta de concernir à vida cidadã, e pela identidade do entrevistado. O entrevistado é um ator representante de si mesmo ou de um grupo que participa da vida política ou cidadã, no qual provém certo poder de decisão ou de pressão. O entrevistador, por sua vez, tenta extrair do convidado o máximo de informações e fazer aparecer às reais intenções do mesmo. A partir das considerações expostas, partimos para o corpus a ser analisado, que é constituído de transcrições de recortes da entrevista da presidenta Dilma Rousseff, ao programa Fantástico, da Rede Globo, mediada pela jornalista Patrícia Poeta. ETHOS E ESTRATÉGIAS ENUNCIATIVAS DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF EM ENTREVISTA AO FANTÁSTICO Até o dia 12 de setembro de 2011, segundo o boletim informativo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a presidenta Dilma Rousseff, oficial e exclusivamente havia concedido no mesmo ano o total de oito entrevistas, sendo que televisivas apenas quatro, e esta quarta, já dito anteriormente, foi ao programa Fantástico, da Rede Globo, mediada pela apresentadora da Revista Eletrônica, Patrícia Poeta. 6

7 Na análise do corpus, a presidenta busca construir a sua imagem, o seu ethos de mulher forte, que tem atitude, que é decisiva, mas que ao mesmo tempo não deixa de ser feminina, de ser uma mulher com suas necessidades e particularidades. Patrícia Poeta: Como é que é acordar todo dia como Presidente da República? Presidenta: É como todo mundo acorda, Patrícia... Geralmente, Patrícia, eu acordo cedo porque eu caminho. Eu volto e aí você tem de, de fato, procurar uma roupa, rápido. Patrícia Poeta: Tem alguém que escolhe as suas roupas, tem alguém que lhe ajuda nisso, nessa tarefa ou não? Presidenta: Não, não. É inviável, é pouco eficiente. Você tem de dar conta das suas necessidades. Pelo fato de você ter virado Presidente, você não deixa de ser uma pessoa e é bom que você seja responsável por tudo que diz respeito a você mesma. Patrícia Poeta: É impressão minha ou a senhora tem usado mais saias, mais vestidos? Presidenta: Ah eu tenho usado... Eu tenho usado mais saia do que antes. Eu poderia continuar usando só calça comprida, mas eu acho que, pelo fato de eu ser mulher, tem horas que eu tenho de afirmar essa característica feminina. Patrícia Poeta: Tem tempo pra cuidar do visual, se preocupar com isso? Presidenta: Olha, isso faz parte da minha condição de Presidenta. Eu não posso sair sem ter um cuidado com a minha aparência. Patrícia Poeta: Quem é que faz, por exemplo, a sua maquiagem e o seu cabelo todo dia? Presidenta: Eu mesma. [faço minha própria maquiagem e meu cabelo] Patrícia Poeta: A senhora mesma? Presidenta: Eu mesma. Patrícia Poeta: Ah é? A senhora aprendeu a se maquiar? Presidenta: Eu sabia desde... há muitos anos eu não me maquiava porque eu não queria. Nota-se que a presidenta busca a construção de um ethos apoiando-se na figura da mulher que é responsável por si mesma, por [suas] atividades básicas e essenciais para qualquer mulher, e que não é pelo fato de ser presidenta do país que abrirá mão de sua imagem feminina: Você tem de dar conta das suas necessidades. Pelo fato de você ter virado Presidente, você não deixa de ser uma pessoa e é bom que você seja responsável por tudo que diz respeito a você mesma. Dilma se apropria da figura da mulher responsável e independente: isso faz parte da minha condição de Presidenta. Eu não posso sair sem ter um 7

8 cuidado com a minha aparência. E em Eu mesma. [faço minha própria maquiagem e meu cabelo]. Ainda que muitos gramáticos e linguistas discutam sobre o gênero do substantivo presidente, que por se tratar de um nome classificado como comum de dois, se o masculino é o presidente, o feminino deveria ser a presidente, como já havíamos exposto, Dilma Rousseff faz questão ser tratada como presidenta: isso faz parte da minha condição de Presidenta. É nítido o ethos da mulher que deve ser feminina, que sua própria condição de mulher assim o exige: Eu tenho usado mais saia do que antes. Eu poderia continuar usando só calça comprida, mas eu acho que, pelo fato de eu ser mulher, tem horas que eu tenho de afirmar essa característica feminina. A construção do ethos da presidenta é voltado para a figura maternal, feminina, quando perguntada se assiste novela: Hoje não dá, não tenho mais tempo. Mas às vezes até assisto um capítulo aqui, outro ali... E geralmente eu procuro assistir os últimos. Perguntada sobre o sentimento em ser avó: Fico o dia inteiro com ele... Brinco, levo ele para nadar... Uai, faço tudo que toda avó faz, tudo... Olha, eu vou te falar, é um papel fantástico. É mãe com açúcar. Perguntada se sabia cozinhar: Eu sei. Algumas coisas eu faço direito; outras, não. Ao responder sobre seu prato preferido, Dilma busca se aproximar do ethos do povo brasileiro, que apesar de ser de descendência europeia prefere o típico arroz e feijão, refeição esta, que geralmente é o sustento de milhares e milhares de brasileiros: Patrícia Poeta: Qual é o seu prato preferido? Presidenta: Arroz, feijão, bife, batata frita e salada de tomate com alface... No início da segunda parte da entrevista, a jornalista diz que o trajeto entre os Palácios da Alvorada e do Planalto a casa e o trabalho da Presidente da República leva quatro minutos: É ela quem faz questão de me destacar esse detalhe de eficiência e rapidez, duas qualidades que aprecia muito. Dilma Rousseff agrega a seu ethos a imagem de que é muito prática, ágil, rápida, eficiente. Ainda sobre a construção de um ethos feminino e com atitude, analisamos o excerto: Patrícia Poeta: Perguntamos à Presidente sobre a importância das mulheres no seu governo, em especial das ministras Gleisi Hoffmann, Miriam Belchior e Ideli Salvatti... O comando político tem, aí, três mulheres, não é? Como é que tem funcionado esse clube? Presidenta: Eu acho que é sempre bom combinar homens e mulheres, porque nós todos somos complementares. A mulher, eu acho, que ela é mais analítica, ela tem uma capacidade maior de olhar o detalhe, de procurar aquela perfeição, uma certa... Nós somos, assim, mais obcecadas. 8

9 Patrícia Poeta: E os homens? Amazônia e o direito de comunicar Presidenta: Os homens têm uma capacidade de síntese, dão uma contribuição no sentido de ser mais, eu diria assim, objetivos no detalhe. Eles sintetizam uma questão, a mulher analisa. Então, essa complementaridade é muito importante. Mulher é capaz, porque, senão, não educava filho. Dilma se apropria de sua condição de mulher para reforçar a construção de um ethos forte, convicto, analítico, é um ethos voltado para a figura maternal e capaz: Mulher é capaz, porque, senão, não educava filho. Salientamos ainda, que a presidenta busca o tempo todo em seu discurso a valorização da mulher, bom exemplo é o que em sua sala, no Palácio do Planalto, destacou-se que há uma obra da pintora brasileira Djanira da Motta e Silva, que segundo Dilma Uma homenagem à uma mulher, das maiores pintoras deste país. Outro excerto que merece destaque nossa análise é sobre a imagem durona que a mídia tem passado sobre a presidenta Dilma Rousseff: Patrícia Poeta: Agora, Presidente, vamos esclarecer algo que eu acho que virou meio lenda aqui, que é o jeitão da Presidente, que é o estilo. A senhora é durona mesmo? Presidenta: Uma vez eu disse e ninguém entendeu... Eu disse achando que eu estava fazendo uma ótima piada, mas o pessoal não entendeu direito, não Eu disse o seguinte, é que eu sou a única mulher dura cercada de homens todos meigos aqui. Nenhum é duro, nenhum é tranquilo e firme, então, é uma coisa absurda. Só porque eu sou mulher e estou em um cargo que, obviamente, é de autoridade, eu tenho de ser dura. Se fosse um homem... Você já viu alguém chamar... Aqui no Brasil alguém falar: Não, fulano está num cargo e ele é... Patrícia Poeta: Durão. Presidenta:...uma pessoa durona. Não. Homem pode ser durão, mulher não. Patrícia Poeta: A senhora acha, então, que é pelo fato de a senhora ser mulher? Presidenta: É, e eu sou uma pessoa assertiva, que neste cargo que eu ocupo, eu tenho de exercer a autoridade que o povo me deu. Eu tenho de achar que podemos sempre um pouquinho mais, que vamos conseguir um pouquinho mais, e que vai sair um pouco mais perfeito, vai... e que a gente vai conseguir. Se eu não fizer isso, eu não dou o exemplo e as coisas não saem. Patrícia Poeta: E vale bronca nessa hora, por exemplo? Presidenta: Olha, a bronca faz parte e é uma bronca meiga. É aquela... Patrícia Poeta: Dá um exemplo para a gente. 9

10 Presidenta: Isso não está certo, não pode ser assim. Patrícia Poeta: Nesse tom. Presidenta: Ah é, é esse tom. Não está certo e não pode ser assim. Em seu discurso, Dilma representa o ethos de mulher com atitude, mulher que mesmo sendo feminina, não pode perder de vista sua firmeza, sua capacidade de tomar decisões importantes e necessárias. Já havíamos exposto que Charaudeau (2006, p. 80) apresenta a dupla identidade coletiva, onde o enunciador apresenta três tipos de vozes: a do Terceiro, a do Eu e a voz do Tu, onde todos equivalem a um Nós, dentro de um só corpo social abstrato, percebemos esta dupla identidade nos enunciados da presidenta: É, e eu sou uma pessoa assertiva, que neste cargo que eu ocupo, eu tenho de exercer a autoridade que o povo me deu. Eu tenho de achar que podemos sempre um pouquinho mais, que vamos conseguir um pouquinho mais, e que vai sair um pouco mais perfeito, vai... e que a gente vai conseguir. Se eu não fizer isso, eu não dou o exemplo e as coisas não saem. Ao mesmo tempo em que há um sujeito Eu, ele se desdobra em um Nós/a gente. A entrevista ainda segue sobre a imagem da primeira presidenta da República: Patrícia Poeta: E quando falam, por exemplo, do seu temperamento, isso incomoda a senhora de alguma forma, ou não, a senhora não está nem aí para isso? Presidenta: Sabe o que é, Patrícia? Ossos do ofício. Tem vários ossos do ofício de ser Presidente. Um é esse. O caso, por exemplo, da luta contra a corrupção são ossos do ofício da Presidência, ou seja, é intrínseco à condição de Presidente zelar para que o dinheiro público seja bem gasto. Depois, eu tenho uma responsabilidade pessoal, também, nessa direção. Mas... Afim de não ter seu ethos desconstruído, sobre o seu temperamento, a presidenta transpõe sua resposta, apresentando como estratégia o dever de um presidente da República, afirmando assim um ethos de responsável, de exigente, por seu discurso, temos um enunciador ativo, engajado pela responsabilidade em construir um país maior e melhor. Sobre os acertos da presidenta em oito meses de governo, a jornalista pergunta: Patrícia Poeta: Qual a senhora acha que foi, nesses oito meses, o seu maior acerto? 10

11 Presidenta: Nesses oito meses? Deixa eu pensar. Por que eu estou pensando? Porque eu não posso te dar várias... Porque eu acho que em algumas coisas eu acertei bastante. Eu vou falar... eu acho que foi muito acertado, logo de início, ter entregue os remédios de graça. Sabe por que eu estou falando isso? Porque eu acho que a pessoa que não tem dinheiro para comprar um remédio e precisa, eu acho que é um drama humano violento. Aqui nesta mesa nós decidimos que a gente ia garantir e assegurar, para todas as pessoas do Brasil que sofrem de diabetes e pressão alta, que a gente ia assegurar o acesso ao medicamento de graça, porque nós somos o único país que faz isso nessa proporção. Por isso que eu tenho orgulho disso. Eu podia dar uma segunda? Presidenta: Olha, Patrícia, eu fico muito orgulhosa de uma outra coisa. É outra coisa que não é, assim, grande, mas para mim é importante. É importante reduzir imposto. Então, eu gostei de fazer isso. Para quem? Para o SuperSimples e para o MEI. Patrícia Poeta: Em abril, a Presidente reduziu impostos pagos pelos microempreendedores individuais, os chamados MEI. E em agosto, propôs a diminuição dos impostos das pequenas empresas. Presidenta: Então, eu acho que são as duas coisas de que eu mais me orgulho, entre outras. Se você deixar, eu penso em mais umas dez. Nós tiramos 40 milhões de pessoas da pobreza. Essas pessoas são, hoje, de classe média. O meu maior compromisso é garantir para a população brasileira, para esses 40 milhões, mais os outros que já usavam, garantir educação pública de qualidade, saúde de qualidade e segurança pública de qualidade. Percebemos que o enunciador busca reafirmar seu ethos de mãe dos pobres, dos mais necessitados, dos mais desfavorecidos:... Eu acho que foi muito acertado, logo de início, ter entregue os remédios de graça. Sabe por que eu estou falando isso? Porque eu acho que a pessoa que não tem dinheiro para comprar um remédio e precisa, eu acho que é um drama humano violento. Aqui nesta mesa nós decidimos que a gente ia garantir e assegurar, para todas as pessoas do Brasil que sofrem de diabetes e pressão alta, que a gente ia assegurar o acesso ao medicamento de graça... É outra coisa que não é, assim, grande, mas para mim é importante. É importante reduzir imposto. Então, eu gostei de fazer isso. Para quem? Para o SuperSimples e para o MEI. Nós tiramos 40 milhões de pessoas da pobreza. Essas pessoas são, hoje, de classe média. O meu maior compromisso é garantir para a população brasileira, para esses 40 milhões, mais os outros que já usavam, garantir educação pública de qualidade, saúde de qualidade e segurança pública de qualidade. Dilma busca passar imagem de que é a única capaz de tais realizações, se mostra como capaz, ativa: porque nós somos o único país que faz isso nessa proporção. Por isso que eu tenho orgulho disso. 11

12 Ao repetir sucessivas vezes a palavra qualidade, o enunciador mostra que este é o seu dever enquanto governante, oferecer o melhor para o povo brasileiro: garantir educação pública de qualidade, saúde de qualidade e segurança pública de qualidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao analisar a entrevista da Presidenta Dilma Rousseff ao programa global Fantástico, percebemos a constituição de um ethos da mulher com fibra, líder, autêntica, ativa, que é eficiente e capaz de resolver todos os problemas do país, sem perder as características da feminilidade, associando a sua imagem a figura maternal e decisiva quando necessário. Em seus enunciados, Dilma estrategicamente, se apresenta como uma mulher forte, porém sensível às necessidades dos mais desfavorecidos, pois ao abrir a porta de sua intimidade, busca a desconstrução do ethos durona, sobre seu temperamento, argumenta que faz parte da condição de ser chefe, transportando seus enunciados para um engajamento e compromisso com o social, pois ao político, importa um ethos de ativo, responsável e comprometido com seus governados, é o que Dilma buscou fazer na entrevista: um discurso para os interesses do povo brasileiro, em especial aos mais necessitados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENVENISTE, É. Problemas de lingüística geral. 2 v. Campinas: Pontes, 1989, CHARAUDEAU, P. e MAINGUENEAU, D. Dicionário de Análise do Discurso. São Paulo: Contexto, CHARAUDEAU, P. Discurso das Mídias. São Paulo: Contexto, 2006a. CHARAUDEAU, P. Discurso Político. São Paulo: Contexto, 2006b. GREGOLIN, M. R. Análise do Discurso e Mídia: A reprodução de identidades. Comunicação, mídia e consumo. São Paulo, ESPM, v.4, nº 11, p , Nov MAINGUENEAU, D. Novas Tendências em Análise do Discurso. Campinas: Pontes, Análise de Textos de Comunicação. São Paulo, Cortez, 2005a. Gênese dos discursos. Curitiba: Criar, 2005b ORLANDI, Eni. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes,

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