RETIFICAÇÃO ELETROQUÍMICA: UM ESTUDO DE CASO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RETIFICAÇÃO ELETROQUÍMICA: UM ESTUDO DE CASO"

Transcrição

1 6º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 6 th BRAZILIAN CONFERENCE ON MANUFACTURING ENGINEERING 11 a 15 de abril de 2011 Caxias do Sul RS - Brasil April 11 th to 15 th, 2011 Caxias do Sul RS Brazil COF RETIFICAÇÃO ELETROQUÍMICA: UM ESTUDO DE CASO João Cirilo da Silva Neto jcirilo@araxa.cefetmg.br CEFET-MG-Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais-Campus IV Araxá. Av. Ministro Olavo Drummond, 25, Bairro São Geraldo, Araxá- MG. Resumo A retificação eletroquímica (electrochemical machining- ECG) em inglês é a combinação da retificação convencional com a usinagem eletroquímica. O equipamento é utilizado de forma semelhante à retificação convencional, exceto que o rebolo é condutor de eletricidade e é ligado ao pólo negativo (cátodo) de uma fonte de potencia. A peça a ser retificada também deve ser condutora que é ligado ao pólo positivo (ânodo) da fonte de potencia. A remoção do material ocorre a partir da combinação da ação abrasiva com ação eletrolítica, através de um fluxo de eletrólito (normalmente nitrato de sódio ou cloreto de sódio). A retificação eletroquímica é muito utilizada na usinagem de materiais muito duros que podem causar elevado desgaste ao rebolo e danificar a superfície da peça e pela geração de altas temperaturas na interface peça-rebolo. O objetivo principal deste trabalho é mostrar um estudo de caso sobre o desenvolvimento de um processo híbrido de usinagem não tradicional, utilizando uma retificadora convencional para criar um protótipo de retificadora eletroquímica. Como a retificação eletroquímica é processo híbrido, foi possível comparar os resultados dos dois processos e a retificação eletroquímica mostrou-se adequada para usinar o aço rápido. A metodologia para realização do trabalho iniciou-se com a criação do protótipo a partir de uma retificadora convencional, testes do equipamento, ensaios de retificação eletroquímica e análise dos resultados. Palavras-Chave. Retificação, Retificação Eletroquímica, Aço Rápido 1. INTRODUÇÃO A retificação eletroquímica é um processo não tradicional de usinagem que combina usinagem eletroquímica e retificação convencional na usinagem de materiais muito duros, resistentes e condutores de eletricidade. Pela natureza eletroquímica do processo, o material da peça é removido sem produzir rebarbas, sem geração de calor e sem distorções (EVERITE MACHINE PRODUCTS, 2010). Retificadoras convencionais têm sido convertidas para viabilização da retificação eletroquímica. O princípio de funcionamento da retificação eletroquímica, no que se tange à ação eletrolítica, obedece a Lei de Faraday da eletrólise (HARDISTY AND MILEHAN, 1993) que é a dissolução anódica de um metal condutor numa solução salina. Desta forma, pela eletrólise do ferro, por exemplo, pode-se explicar como ocorre a retirada desse material da peça durante a ação eletroquímica (SWAIN, 2010). Ou seja, quando o ferro é mergulhado numa solução aquosa de NaCl, por exemplo, e uma diferença de potencial é aplicada entre os eletrodos, várias reações podem ocorrer no anodo e no catodo, em que algumas são mais importantes para remoção do material que outras, conforme se explica a seguir. A Figura 1 representa o caso onde o catodo é feito de cobre eletrolítico e o anodo de aço (basicamente ferro). De forma simplificada, as reações eletroquímicas que ocorrem entre os íons produzidos durante a oxidação do anodo e aqueles decorrentes da dissociação são: NaCl Na + Cl e H 2 O H + OH : 2 + 2e H 2 Fe 2+ e + 2( OH ) Fe( OH ) OH Fe( ) 3 Fe( OH ) OH H (1) Tais reações explicam a formação de H 2 na região mais próxima do catodo e a desintegração da peça de aço pela dissociação de Fe que se transforma em precipitados de hidróxidos de Ferro. As leis de Faraday consideram que a taxa de remoção de material dissociado depende do material (no caso o ferro) e da intensidade de corrente (I), conforme a expressão 4. (2) (3) Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2011

2 Figura 1. Eletrólise do ferro numa solução aquosa de NaCl (MCGEOUGH,1988, HARDISTY and MILEHAN, 1993). E I ( TRM ) e = (4) d A onde E é o equivalente eletroquímico = z F sendo: A = peso atômico do elemento químico; z = valência do elemento; F = constante de Faraday = C; I = intensidade de corrente; d = densidade do material. Observa-se, desta expressão, que a (TRM) e não depende das características mecânicas (como dureza, fragilidade, entre outras) do material e sim de suas características eletroquímicas e condutibilidade elétrica para permitir a passagem de corrente. Este artigo relata a experiência adquirida na transformação de uma retificadora convencional em retificadora eletroquímica que é processo de usinagem não tradicional. O projeto foi desenvolvido na Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, e se mostrou adequado para usinagem de materiais de baixa usinabilidade. Na elaboração do trabalho, foi feita uma revisão bibliográfica sobre a retificação eletroquímica, destacando os aspectos relacionados aos benefícios do processo de usinagem. Em seguida, é apresentada a metodologia para criação do protótipo a partir de uma retificadora convencional, testes do equipamento, ensaios de retificação eletroquímica e análise dos resultados. 2. PROCESSO DE RETIFICAÇÃO ELETROQUÍMICA (ECG) O processo de retificação eletroquímica, ou Electrochemical Grinding (ECG) em inglês, que surgiu na Rússia no início da década de 1950, é a combinação da usinagem eletroquímica com a retificação convencional para remoção de materiais duros ou resistentes e condutores de eletricidade (EVERITE MACHINE PRODUCTS, 2010). De acordo com Benedict (1987), as retificadoras eletroquímicas são semelhantes às retificadoras convencionais. Contudo, há diferenças fundamentais entre elas que podem ser observadas na Tabela 1. Os rebolos da retificação eletroquímica são semelhantes aos da retificadora convencional, com a exceção de que os rebolos da retificação eletroquímica usam aglomerantes e abrasivos condutores de eletricidade. Tabela 1. Comparação entre retificação convencional e retificação eletroquímica. Retificação convencional Remoção de material por abrasão Utiliza fluído de corte Rebolo condutor ou não (não importa) Não necessita de fonte de potência Não sofre efeito de ações corrosivas importantes Retificação eletroquímica Remoção de material cerca de 10% por abrasão e em torno de 90% por ação eletroquímica. Utiliza fluido eletrolítico (solução aquosa de NaCl, NaNO 3, entre outros.) Rebolo condutor Necessita de uma fonte de potência de baixa tensão e alta corrente. O rebolo é ligado ao polo negativo (-) da fonte e a peça ao polo positivo (+) da mesma. A peça (+) e o rebolo (-) devem ser isolados do restante do equipamento. Sofre a ação corrosiva do eletrólito: necessita de uso de materiais resistentes à corrosão.

3 A Figura 2 mostra um esquema simplificado do processo de retificação eletroquímica. No referido esquema, (3) representa o rebolo condutor ligado ao polo negativo da fonte, (4) representa a peça ligada ao polo positivo da mesma. A fonte (1) de baixa tensão e alta corrente (contínua ou pulsada) provoca na interface rebolo-peça reações de dissociação anódica e catódica nas regiões da peça e do rebolo respectivamente. O fluido eletrolítico é conduzido do reservatório (6) pela bomba (9), passando através do filtro (8) e medidor de vazão (10) até ser introduzido na área de trabalho, provocando e preenchendo um pequeno volume entre a ferramenta e a peça, permitindo a ação eletrolítica. 1 Fonte de potência; 2 Isolamento do eixo do rebolo; 3 Rebolo condutor de eletricidade; 4 Peça a ser retificada; 5 Bocal de suprimento de eletrólito; 6 Reservatório de eletrólito; 7 Cuba eletrolítica; 8 Filtro tipo prensa; 9 Bomba centrífuga; 10 Medidor de vazão. Figura 2. Esquema simplificado do processo de retificação eletroquímica (BENEDICT, 1987). A remoção do material ocorre a partir da combinação da ação eletroquímica e da ação mecânica. As partículas abrasivas se espalham além da superfície condutiva do contato e isto cria uma pequena distância entre o rebolo e a peça. A ação eletrolítica começa quando a distância é preenchida com um eletrólito e o rebolo é carregado. De acordo com Benedict (1987), aproximadamente 90% da remoção de material ocorre por ação eletroquímica e 10% por ação mecânica de abrasão. Isto explica o fato da vida do rebolo ser cerca de dez vezes maior que a vida de um rebolo de uma retificadora convencional, quando se retifica materiais com dureza superior a 60 HRc. Outro fato que explica a longa vida do rebolo é a redução do arco de contato mecânico do rebolo com a peça se comparado com o arco de contato de um rebolo convencional. A Figura 3 mostra a comparação do arco de contato do rebolo com a peça na retificação convencional e eletroquímica respectivamente. Figura 3. Comparação do arco de contato do rebolo com a peça na retificação convencional e eletroquímica (BENEDICT, 1987) Fases da remoção do material Segundo Boothroyd and Knight (1989), a retificação eletroquímica é uma modificação do processo de usinagem eletroquímica. A ferramenta do eletrodo é substituída por um rebolo abrasivo condutor, sendo em muitos casos usado um rebolo de CBN. O eletrólito é alimentado entre a peça e rebolo na direção do movimento periférico do mesmo que dirige o eletrólito contra a superfície da peça pela ação da rotação. Segundo referido autor, a taxa de remoção do material (TRM) pode ser expressa pela Equação 5.

4 TRM = TRM e + TRM m onde: TRM = Taxa de remoção de material total. TRM e = Taxa de remoção de material por ação eletrolítica TRM m = Taxa de remoção de material por ação abrasiva. (5) Conforme a Figura 4, na retificação eletroquímica a remoção do material ocorre em três fases, sendo duas fases eletroquímicas e uma fase mecânica (BENEDICT, 1987). Figura 4. Três fases da remoção do material na retificação eletroquímica. A fase 1 (cuja ação ocorre no setor α) é inteiramente eletroquímica, localizando-se dentro da zona da aresta principal do rebolo, onde óxidos são formados na superfície da peça e arrastados pela ação do eletrólito. A remoção de material na fase 2 (corresponde ao setor β) é mecânica e começa no ponto onde os abrasivos estão em contato direto com a peça de trabalho. E isto aprisiona o eletrólito entre os grãos abrasivos salientes, formando, assim, minúsculas pilhas eletrolíticas. Aumentando-se a ação da pressão do eletrólito para suprimir a formação de bolhas de gás na abertura peça-rebolo, pode-se aumentar a taxa de remoção do material. A remoção de material na fase 3 (ângulo γ) é novamente eletroquímica, devido ao fato de existir uma pequena distância na saída da peça em contato com o rebolo onde continua a existir a passagem de corrente elétrica. Esta fase remove muito pouco material, mas tende a remover eletroquimicamente qualquer risco ou rebarbas que eventualmente possam ter sido formados na superfície da peça. 3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS As retificadoras convencionais podem ser transformadas em retificadoras eletroquímicas, desde que sejam feitas algumas modificações, substituições ou acréscimos de certos componentes (BENEDICT, 1987). Para viabilização da retificadora eletroquímica, alguns componentes foram projetados e executados e outros simplesmente incorporados à retificadora. Na execução deste trabalho foram retirados da retificadora cilíndrica universal a contra-ponta e o dispositivo de retificação interna. Além disso, foi dado um giro de 90 no cabeçote porta-peça para executar a operação. A Figura 5 mostra o esquema simplificado para a operação. Este tipo de operação foi escolhido prevendo-se o desenvolvimento da retificadora eletroquímica e para criar condições de se retificar a barra redonda de aço rápido ABNT M2. 1 Mesa; 2 Cabeçote porta-peça; 3 Mandril; 4 Peça; 5 - Cabeçote porta-rebolo; 6 Rebolo. Figura 5. Esquema da retificadora cilíndrica universal para a operação de retificação plana tangencial de mergulho com a mesa parada.

5 3.1. Incorporação e desenvolvimento de componentes eletroquímicos Foi incorporada à pesquisa: uma fonte de potência tem a seguinte especificação: Entrada: 220 volts, 167 A, 3 fases e freqüência de 60 Hz; Saída: 0 a 25 volts, 0 a 2000 A com corrente pulsada. Uma fonte de potência em equipamentos de usinagem eletroquímica, que é a mesma usada na retificação eletroquímica, deve apresentar a seguintes características: ser versátil, ou seja, ser capaz de trabalhar tanto em corrente continua quanto em corrente pulsada, ter alto fator de potência e também deve ter alta velocidade de resposta dos sinais de controle e um efetivo sistema de proteção contra curto-circuito (MALAQUIAS. 1996). Outro componente importante incorporado à retificadora foi o circuito do eletrólito, que tem três funções básicas: agir como condutor para facilitar a passagem de corrente elétrica entre a peça e ferramenta (neste caso é o rebolo), remover os detritos formados devidos as reações químicas que ocorrem durante o processo na região de trabalho e resfriar a região de usinagem. O circuito eletrolítico é um dos principais componentes da máquina, pois este deve garantir que o eletrólito permaneça com suas propriedades (temperatura, concentração e ph) praticamente constantes na região de trabalho (SWAIN, 2010). O princípio de operação do circuito (Figura 6) pode ser explicado da seguinte maneira: acionando-se a bomba 1 o eletrólito é conduzido até a cuba onde ocorrem as reações químicas. Neste instante a bomba 2 também já esta ligada e faz o vácuo na descarga para conduzir o eletrólito até o decantador. Então a bomba 3 conduz o eletrólito até o filtro tipo prensa, que faz a limpeza do mesmo e finalmente o conduz para o reservatório novamente. Como o circuito é fechado e as operações se repetem sucessivamente. Figura 6. Esquema do circuito eletrolítico incorporado à retificadora eletroquímica (CRUZ & MALAQUIAS, 1999). A Figura 7 mostra a vista principal do circuito eletrolítico. Onde é mostrado o decantador, que tem a função de separar as partículas mais pesadas dos resíduos formados durante a retificação eletroquímica. Figura 7. Vista geral do circuito eletrolítico (CRUZ & MALAQUIAS, 1999). Os componentes desenvolvidos são a cuba eletrolítica, sistemas de conexão e isolamento elétrico da máquina (eixo do rebolo e da peça), além de um rebolo de nitreto de boro cúbico (CBN) de aglomerante metálico, encomendado e fornecido como patrocínio pela Winter do Brasil, de acordo com condições exigidas por esta pesquisa.

6 A cuba eletrolítica é o local onde ocorre a usinagem. O ambiente dentro dela é extremamente corrosivo, pois o eletrólito é uma solução de água e sal. Neste trabalho, a cuba foi fabricada de chapas de acrílico transparente de 6 mm de espessura e tem um volume de 25 litros Durante o desenvolvimento da retificadora eletroquímica foi preciso preocupar-se com a corrosão dos componentes da máquina, pois neste trabalho utilizou-se uma máquina convencional sem proteção corrosiva. Desta forma, a cuba eletrolítica foi projetada para ser ocupada pelo rebolo condutor e por todo volume de eletrólito necessário para a retificação. A Figura 8 mostra a cuba eletrolítica criada para utilização na retificação eletroquímica. Figura 8. Vista geral da cuba eletrolítica utilizada na retificadora eletroquímica. A cuba foi montada no cabeçote porta-rebolo de modo que a mesma acompanhava o movimento de avanço do rebolo, ou seja, para viabilização do projeto optou-se por uma cuba solidária ao rebolo. Então, o eletrólito entrava por cima da cuba na direção da zona de retificação entre a peça e o rebolo e saía pelo fundo da mesma, através de uma válvula de descarga, retornando ao circuito sem entrar em contato com a estrutura da retificadora. Como a retificadora eletroquímica trabalha com um rebolo condutor de eletricidade, cujo material abrasivo aqui é nitreto de boro cúbico (CBN) de aglomerante metálico. Neste trabalho, a energização do eixo do rebolo, que funciona como catado, foi feita através de escovas coletoras feitas de cobre. A opção por escovas de cobre levou em consideração as características da fonte de potência disponível no Laboratório de Usinagem Não Tradicional, que também foi projetada para alta corrente e baixa tensão. A tensão foi conectada diretamente nestas escovas de cobre para energizar o rebolo condutor. Para ligar as escovas ao eixo do rebolo condutor de eletricidade foi usado um porta-escovas do motor de partida de motores de combustão interna a diesel, com capacidade de 150 A em regime contínuo ou até 1600 A para corrente de pico. Tal intensidade de corrente seria superior àquela a ser usada nos testes com retificadora eletroquímica. A Figura 9 mostra o porta-escovas usado na conexão elétrica do eixo do rebolo. Figura 9. Fixação do porta-escovas na parte externa da cuba eletrolítica Após a montagem das escovas no porta-escovas, foram cortadas 4 chapas de cobre (espessura 1.5 mm, largura 20 mm e comprimento 140 mm) que foram dobradas, furadas e montadas no porta-escovas, visando a conexão com polo negativo (catodo) oriundo da fonte de potência. Para o contato das escovas foi construído um flange de cobre roscado com diâmetros escalonados. Esta construção obedeceu às condições de montagem da cuba eletrolítica e do rebolo. A Figura 10 mostra o flange de cobre montado no rebolo e usado no contato com as escovas.

7 Figura 10. Flange de cobre montado no rebolo e usado no contato com as escovas. A pressão das escovas no flange montado no eixo do rebolo foi feita através de molas helicoidais. Tomou-se o cuidado de se fazer o diâmetro do flange de contato com as escovas com medidas semelhantes àquelas contidas no eixo do motor de partida de motores a diesel, com o objetivo de se evitar pressão exagerada nas molas que empurravam as escovas. Um dos problemas existentes na retificação eletroquímica se refere ao isolamento elétrico. O isolamento da peça (polo positivo) e do rebolo (polo negativo) foi feito de material plástico (nylon). Para a peça foi projetado um suporte com diâmetro e comprimento suficientes para encaixe da amostra, tomando-se o cuidado de deixar-se um comprimento suficiente para a retificação. No isolamento do eixo do rebolo foi utilizada uma bucha cônica montada com ajuste por interferência no eixo do rebolo. A análise do isolamento elétrico foi feita com um multímetro, onde se verificou que não houve passagem de corrente entre os componentes isolados eletricamente. Na ligação da fonte de potência à retificadora eletroquímica foi utilizado um cabo elétrico especificado para soldagem a arco elétrico, cuja secção transversal era 100 mm 2. De acordo com Marques (1991), este cabo está dimensionado para transmitir uma corrente de aproximadamente 500 A, quando se tem corrente continua ou pulsada. A fonte de potência disponível no laboratório de usinagem não tradicional trabalhava com 4 cabos, contudo, em função da corrente exigida neste trabalho, foi suficiente a ligação de um cabo para o anodo (positivo) e outro para o catodo (negativo). Finalmente, ainda visando a criação da retificadora eletroquímica, foi solicitado um rebolo à Winter do Brasil Ltda., de acordo com as características exigidas na montagem da máquina existente. O rebolo cedido pela referida empresa foi de nitreto de boro cúbico (CBN), com ligante metálico, cuja especificação é CBN 150 N ( ) M. De acordo com a NBR 6166 da ABNT (1995), CBN (abrasivo de nitreto de boro cúbico), 150 (granulação fina), N (dureza média), ( ) significa que este rebolo não tem estrutura definida de acordo com referida norma e M (aglomerante ou ligante metálico). Após a criação e incorporação de componentes, foi possível concluir o desenvolvimento da retificadora eletroquímica a partir de uma retificadora cilíndrica universal, cujas principais diferenças visuais podem ser observadas nas Figuras 11 e 12 (antes e depois da transformação, respectivamente). Figura 11. Retificadora cilíndrica universal montada para execução da operação de retificação convencional plana tangencial de mergulho com a mesa parada (antes da transformação).

8 Figura 12. Vista principal e final da retificadora eletroquímica desenvolvida a partir de uma retificadora cilíndrica universal (SILVA NETO, 1999) 4. RESULTADOS E ANÁLISES DOS ENSAIOS COM A RETIFICADORA ELETROQUÍMICA A operação da retificadora eletroquímica desenvolvida é mostrada na Figura 13, onde tal operação foi executada com a peça já montada no cabeçote porta-peça. Aproximava-se dela o rebolo através do movimento de avanço rápido do cabeçote porta-rebolo. Neste ponto, desligava-se o avanço automático do rebolo, deixando uma distância de aproximadamente 1 mm para ajustar a operação. A seguir, liga-se o eletrólito e a fonte de potência. Acionava-se o avanço automático do rebolo. No momento em que o multímetro M começava a registrar corrente elétrica fornecida pela fonte de potência através do shunt, começava-se a cronometrar o tempo. Após 5 voltas completas do anel graduado do avanço automático do cabeçote porta-rebolo (que corresponde a 5 mm de comprimento de retificação), desliga-se a fonte de potência e a alimentação do eletrólito, recuava-se o rebolo. Retirava-se, então a peça para limpeza e proteção em banho de óleo para minimizar os possíveis efeitos da corrosão causada pelo eletrólito. Figura 13. Esquema simplificado da retificadora eletroquímica para execução da operação de retificação O rebolo usado nesta operação foi o nitreto de boro cúbico (CBN) de aglomerante e metálico, com rotação de 1850 rpm, diâmetro igual a 250 mm, largura igual a 10 mm e velocidade periférica de 25 m/s. Os principais parâmetros de usinagem podem ser observados resumidamente na Tabela 2. Com a utilização dos parâmetros de usinagem apresentados na Tabela 2, foram executados 16 ensaios experimentais de retificação eletroquímica, com o objetivo de avaliar o desempenho preliminar da retificadora desenvolvida na operação de retificação plana tangencial de mergulho com a mesa parada.

9 Tabela 2. Parâmetros de corte da retificação eletroquímica Parâmetros Valores Tipo de operação Retificação plana tangencial de mergulho com a mesa parada Velocidade de avanço do rebolo V f (mm/min) 0,5 e 1,00 Rotação do rebolo (rpm) 1850 Diâmetro externo do rebolo (mm) 250 Velocidade periférica do rebolo (m/s) 25 Material do rebolo: nitreto de boro cúbico Especificação: CBN 150 N ( ) M (CBN) Peça a ser usinada Barra φ 8x75 mm (63 a 64 HRc) Material da peça Aço rápido ABNT M2 -superkobalt 12% Composição (elemento de liga-%) Co-12;Cr-4,25;Mo-5;W-6,2;V-1,9;C-0,9 e Fe-69,75 Área da superfície em contato (cm 2 ) 0,5 Eletrólito Solução aquosa de NaNO 3 Concentração do eletrólito 300 g por litro de água Vazão do eletrólito (litros por hora) 400 e 600 Tensão da fonte 8 e 12 V As amostras usinadas por retificação eletroquímica apresentaram uma camada escura devido à ação corrosiva do eletrólito. Após cada operação esta camada era retirada e as peças eram imediatamente limpas e colocadas em banho de óleo com a finalidade de minimizarem-se os efeitos da ação corrosiva e prolongada do eletrólito. Para avaliação visual das superfícies geradas durante a retificação convencional e eletroquímica foram escolhidas aleatoriamente duas amostras, uma de cada processo, com o objetivo de se comparar o aspecto geral da superfície gerada em cada amostra retificada. Na operação de retificação convencional, conforme a Figura 14, houve grande formação de rebarbas nas barras de aço rápido, pois o rebolo (com Al 2 O 3 ) não conseguiu retirar todo o material, onde notou-se que grande parte deste material foi somente deslocado de um ponto para outro em função da compressão do rebolo sobre a peça, que provocou um aumento do diâmetro da peça na zona de retificação. A Figura 15 mostra a superfície perpendicular do aço rápido atacada pelo rebolo convencional, evidenciando também o efeito da queima da peça. Figura 14. Grande formação de rebarbas Figura 15. Efeito da queima da peça Contudo, as peças usinadas com retificação eletroquímica, Figura 16, apresentam acabamento superficial, aparentemente, melhor, pois não houve aumento do diâmetro da barra nem formação acentuada de rebarbas. Figura 16. Peças usinadas com retificação eletroquímica A retificação do aço rápido com rebolo convencional apresentou uma rugosidade média (Ra) de 2,8 µm, enquanto que a rugosidade média (Ra) com a retificação eletroquímica foi de 0,6 µm. Em ambos os casos, o apalpamento foi feito perpendicularmente à direção de corte, como sugere a ABNT NBR 4287 (2002). Mesmo com a diferença entre os

10 valores da rugosidade ser expressiva, no caso da retificação com Al 2 O 3, se fossem consideradas as rebarbas, esta diferença poderia ser bem maior, pois não foi possível posicionar o apalpador do rugosímetro portátil (Surftest 211) nos pontos onde estas rebarbas estavam concentradas. 5. CONCLUSÕES Como a retificação eletroquímica é a combinação da retificação convencional com a usinagem eletroquímica, o metal é dissolvido eletroliticamente e menos sujeito a formação de rebarbas. Além disso, como o arco de contato mecânico do rebolo com a peça é reduzido, reduzem-se a temperatura e a pressa na interface rebolo-peça. A meta principal do trabalho, que era o desenvolvimento de uma retificadora eletroquímica a partir de uma retificadora cilíndrica universal foi atingida, pois em função das características da superfície geradas preponderou a ação eletroquímica sobre a ação mecânica de abrasão. 6. AGRADECIMENTOS O autor agradece à Diretoria do CEFET-MG pela oportunidade de participar do COBEF À Winter do Brasil pelo valoroso patrocínio do rebolo metálico de nitreto de boro cúbico (CBN). 7. REFERÊNCIAS Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), 1995, Ferramentas abrasivas, NBR 6166, Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), 2002, Especificações geométricas do produto (GPS) - Rugosidade: Método do perfil - Termos, definições e parâmetros da rugosidade NBR ISO 4287: Rio de Janeiro, 18p. Benedict, G. F., Nontraditional Manufacturing Processes, Electrochemical Grinding, New York, Marcel Dekker, PP Boothroyd, G., Knight, 1989, W. A., Fundamentals of Machining and Machine Tools, Nonconventional Machining Processes, Chapter 14, Second edition, Marcel Dekker, INC., New York, pp Cruz, C., Malaquias, E.S., 1999, Pesquisa em Usinagem Eletroquímica na UFU, Revista Ciência e Tecnologia, Uberlândia. Everite Machine Products. 2010, Electrochemical grinding technology. Disponível em: Acesso em: 03 nov Hardisty, A. R., Milehan, H. S., 1993, A Finite Element Simulation of the Electrochemical Machining Process, Annals of the CIRP, Volume 42, England, pp 201. Malaquias, E. S., 1996, Contribuição Para o Desenvolvimento de um Protótipo de Equipamento de Usinagem Eletroquímica, Dissertação de Mestrado, UFU, Uberlândia, 79p. Marques, P. V., 1991, Tecnologia da Soldagem, UFMG, ESAB S.A, pp-52, Belo Horizonte. McGeough, J. A., 1988, Advanced Machining Processes, London, Chapman and Hall,. Silva Neto, J. C. 1999, Transformação de uma retificadora cilíndrica universal em retificadora eletroquímica. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais. Swain, A. K. 2010, Preparation of Coated Microtools for Electrochemical Machining Applications, Thesis, University of Nebraska Lincoln.USA. Abstract ELECTROCHEMICAL GRINDING: A STUDY OF CASE The electrochemical grinding (ECG) is the combination of conventional grinding with the electrochemical machining. The equipment is used similarly to conventional grinding, except that the wheel is electrically conductive and is connected to the negative (cathode) of a power supply. The workpiece to be rectified should also be conductive which is connected to the positive (anode) of the power supply. The removal of material occurs from the combination of abrasive action with electrolytic action through a flow of electrolyte (usually sodium nitrate or sodium chloride). Electrochemical grinding is widely used in machining of hard materials that can cause high wear to the grinding wheel and damage the workpiece surface and the generation of high temperatures on piece-tool interface. The main objective of this paper is a study of case on development of a hybrid process of non-traditional machining using a conventional grinder to create an electrochemical grinding prototype. As the electrochemical grinding is a process hybrid was possible to compare the results of both processes and electrochemical grinding proved adequate for machining of high speed steel. The methodology for carrying out the work began with the creation of the prototype from a conventional grinding machine, testing equipment, testing of electrochemical grinding and analysis of results. Keywords: Grinding, Electrochemical Grinding, High Speed Steel

DESENVOLVIMENTO DE UMA RETIFICADORA ELETROQUÍMICA A PARTIR DE UMA RETIFICADORA CILÍNDRICA UNIVERSAL

DESENVOLVIMENTO DE UMA RETIFICADORA ELETROQUÍMICA A PARTIR DE UMA RETIFICADORA CILÍNDRICA UNIVERSAL DESENVOLVIMENTO DE UMA RETIFICADORA ELETROQUÍMICA A PARTIR DE UMA RETIFICADORA CILÍNDRICA UNIVERSAL João Cirilo da Silva Neto Claudionor Cruz Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Engenharia

Leia mais

RETIFICAÇÃO DO AÇO RÁPIDO ABNT M6 COM REBOLOS DE NITRETO DE BORO CÚBICO (CBN) E ÓXIDO DE ALUMÍNIO (Al 2 O 3 ).

RETIFICAÇÃO DO AÇO RÁPIDO ABNT M6 COM REBOLOS DE NITRETO DE BORO CÚBICO (CBN) E ÓXIDO DE ALUMÍNIO (Al 2 O 3 ). RETIFICAÇÃO DO AÇO RÁPIDO ABNT M6 COM REBOLOS DE NITRETO DE BORO CÚBICO (CBN) E ÓXIDO DE ALUMÍNIO (Al 2 O 3 ). João Cirilo da Silva Neto Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Engenharia Mecânica

Leia mais

Aula 17 Projetos de Melhorias

Aula 17 Projetos de Melhorias Projetos de Melhorias de Equipamentos e Instalações: A competitividade crescente dos últimos anos do desenvolvimento industrial foi marcada pela grande evolução dos processos produtivos das indústrias.

Leia mais

Universidade Paulista Unip

Universidade Paulista Unip Elementos de Produção de Ar Comprimido Compressores Definição Universidade Paulista Unip Compressores são máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar, admitido nas condições atmosféricas,

Leia mais

USINAGEM. Prof. Fernando Penteado.

USINAGEM. Prof. Fernando Penteado. USINAGEM 1 USINAGEM Usinagem é um processo onde a peça é obtida através da retirada de cavacos (aparas de metal) de uma peça bruta, através de ferramentas adequadas. A usinagem confere à peça uma precisão

Leia mais

Discussão sobre os processos de goivagem e a utilização de suporte de solda

Discussão sobre os processos de goivagem e a utilização de suporte de solda Discussão sobre os processos de goivagem e a utilização de suporte de solda Liz F Castro Neto lfcastroneto@gmail.com Dênis de Almeida Costa denis.costa@fatec.sp.gov.br 1. Resumo Na soldagem de união, a

Leia mais

INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DA CORRENTE

INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DA CORRENTE UNP-130408 1 de 6 INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS A vida útil das correntes transportadoras e elevadoras está diretamente ligada aos cuidados com a instalação, lubrificação

Leia mais

P L A N E J A M E N T O D E P R O C E S S O

P L A N E J A M E N T O D E P R O C E S S O P L A N E J A M E N T O D E P R O C E S S O 3 Planejamento de Procesos de Fabricação O Planejamento do processo é a ligação entre a engenharia do produto e a manufatura. Diz respeito à seleção dos processos

Leia mais

Corte Plasma. Processo de corte plasma

Corte Plasma. Processo de corte plasma Corte Plasma Processo de corte plasma CORTE PLASMA Plasma Três estados físicos da matéria: Sólido - Gelo Líquido - Água Gasoso - Vapor A diferença básica: o quanto de energia existe em cada um deles. Gelo

Leia mais

Rugosidade. O supervisor de uma empresa verificou que. Um problema. Rugosidade das superfícies

Rugosidade. O supervisor de uma empresa verificou que. Um problema. Rugosidade das superfícies A UU L AL A Rugosidade O supervisor de uma empresa verificou que os trabalhos de usinagem não estavam em condições de atender aos requisitos do projeto. Por isso, contratou um técnico para explicar ao

Leia mais

Manual Técnico. Transformadores de Potência. Versão: 5

Manual Técnico. Transformadores de Potência. Versão: 5 Manual Técnico Transformadores de Potência Versão: 5 Índice 2 8 Página 1 1 INTRODUÇÃO Este manual fornece instruções referentes ao recebimento, instalação e manutenção dos transformadores de potência a

Leia mais

Trabalho Prático N o :. Técnica Operatória da Soldagem SMAW

Trabalho Prático N o :. Técnica Operatória da Soldagem SMAW Trabalho Prático N o :. Técnica Operatória da Soldagem SMAW 1. Objetivos: Familiarizar-se com o arranjo e a operação do equipamento utilizado na soldagem manual com eletrodos revestidos. Familiarizar-se

Leia mais

Usinagem I. 2016.1 Parte I Aula 6 Processos não convencionais e MicroUsinagem. Prof. Anna Carla - MECÂNICA - UFRJ

Usinagem I. 2016.1 Parte I Aula 6 Processos não convencionais e MicroUsinagem. Prof. Anna Carla - MECÂNICA - UFRJ Usinagem I 2016.1 Parte I Aula 6 Processos não convencionais e MicroUsinagem Processos não- convencionais O termo usinagem não tradicional refere- se a este grupo, que remove o material em excesso de uma

Leia mais

Conectores Elétricos Rotativos

Conectores Elétricos Rotativos Conectores Elétricos Rotativos Serior aos coletores escovas convencionais Blindado com rolamentos de esferas Maior confiabilidade, livre de manutenção Livre de ruídos elétricos Resistência de condução

Leia mais

68 Usinagem por. eletroerosão. Suponha que um amigo seu, que vai patrocinar

68 Usinagem por. eletroerosão. Suponha que um amigo seu, que vai patrocinar A U A UL LA Usinagem por eletroerosão Suponha que um amigo seu, que vai patrocinar uma importante competição esportiva, esteja encarregado de providenciar um grande número de medalhas. O problema é que

Leia mais

Usinagem com Altíssima Velocidade de Corte

Usinagem com Altíssima Velocidade de Corte Capítulo 2 Revisão da Literatura Usinagem com Altíssima Velocidade de Corte 2.1. Aspecto Histórico A primeira sugestão de um trabalho com HSM foi feita por Salomon, em 1931, que propôs que existiria uma

Leia mais

AULA 34 PROCESSO DE RETIFICAÇÃO: SELEÇÃO E CUIDADOS

AULA 34 PROCESSO DE RETIFICAÇÃO: SELEÇÃO E CUIDADOS AULA 34 PROCESSO DE RETIFICAÇÃO: SELEÇÃO E CUIDADOS 265 34. PROCESSO DE RETIFICAÇÃO: SELEÇÃO E CUIDADOS 34.1. Introdução Para obter uma boa operação de usinagem em retificação, alguns cuidados devem ser

Leia mais

Diamantados e CBN. Abrasivos Diamantados. Tipos de diamante Industrial:

Diamantados e CBN. Abrasivos Diamantados. Tipos de diamante Industrial: iamantados e CN Abrasivos iamantados Tipos de diamante Industrial: Sintéticos: Em forma de pó, pastilhas ou insertos; Naturais: Em forma de pó, pedra bruta ou lapidada; Nitreto de boro cúbico-cn: Em forma

Leia mais

Retificação. UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina FEJ Faculdade de Engenharia de Joinville

Retificação. UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina FEJ Faculdade de Engenharia de Joinville UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina FEJ Faculdade de Engenharia de Joinville Retificação DEPS Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas Visão sistêmica de um processo de usinagem Aplicação

Leia mais

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento 30 Capítulo VIII Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Parte 3: Método da queda de potencial com injeção de alta corrente e ensaios em instalações energizadas Jobson Modena e

Leia mais

Retificação: conceitos e equipamentos

Retificação: conceitos e equipamentos Retificação: conceitos e equipamentos A UU L AL A Até a aula anterior, você estudou várias operações de usinagem executadas em fresadora, furadeira, torno, entre outras. A partir desta aula, vamos estudar

Leia mais

Tolerância geométrica de forma

Tolerância geométrica de forma Tolerância geométrica de forma A UU L AL A Apesar do alto nível de desenvolvimento tecnológico, ainda é impossível obter superfícies perfeitamente exatas. Por isso, sempre se mantém um limite de tolerância

Leia mais

PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM CIRCUITOS HIDRÁULICOS QUE OCASIONAM FALHAS EM BOMBAS HIDRÁULICAS

PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM CIRCUITOS HIDRÁULICOS QUE OCASIONAM FALHAS EM BOMBAS HIDRÁULICAS INFORMATIVO TÉCNICO N 019/09 INFORMATIVO TÉCNICO PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM CIRCUITOS HIDRÁULICOS QUE OCASIONAM FALHAS EM BOMBAS HIDRÁULICAS 1/21 INFORMATIVO TÉCNICO N 019/09 O PRINCIPAL COMPONENTE DE

Leia mais

2 Sistema de Lajes com Forma de Aço Incorporado

2 Sistema de Lajes com Forma de Aço Incorporado 2 Sistema de Lajes com Forma de Aço Incorporado 2.1. Generalidades As vantagens de utilização de sistemas construtivos em aço são associadas à: redução do tempo de construção, racionalização no uso de

Leia mais

ELETRÓLISE - TEORIA. Eletrólitos são condutores iônicos de corrente elétrica. Para que ocorra essa condução, é necessário:

ELETRÓLISE - TEORIA. Eletrólitos são condutores iônicos de corrente elétrica. Para que ocorra essa condução, é necessário: ELETRÓLISE - TEORIA Introdução Dentro do estudo de eletroquímica temos a eletrólise, que consiste num processo não-espontâneo, baseado na decomposição de uma espécie química (eletrólito) por uma corrente

Leia mais

Acumuladores hidráulicos

Acumuladores hidráulicos Tipos de acumuladores Compressão isotérmica e adiabática Aplicações de acumuladores no circuito Volume útil Pré-carga em acumuladores Instalação Segurança Manutenção Acumuladores Hidráulicos de sistemas

Leia mais

Centro de Seleção/UFGD Técnico em Refrigeração ==Questão 26==================== Assinale a alternativa que define refrigeração.

Centro de Seleção/UFGD Técnico em Refrigeração ==Questão 26==================== Assinale a alternativa que define refrigeração. Técnico em Refrigeração ==Questão 26==================== Assinale a alternativa que define refrigeração. (A) O movimento de energia de frio dentro de um espaço onde ele é necessário. (B) A remoção de calor

Leia mais

Guilherme Fabricio Aosani CONSTRUÇÃO DE UM DISPOSITIVO PARA USINAGEM ELETROQUÍMICA

Guilherme Fabricio Aosani CONSTRUÇÃO DE UM DISPOSITIVO PARA USINAGEM ELETROQUÍMICA Guilherme Fabricio Aosani CONSTRUÇÃO DE UM DISPOSITIVO PARA USINAGEM ELETROQUÍMICA Horizontina 2014 Guilherme Fabricio Aosani CONSTRUÇÃO DE UM DISPOSITIVO PARA USINAGEM ELETROQUÍMICA Trabalho Final de

Leia mais

ENERGIA DO HIDROGÊNIO - Célula de Combustível Alcalina

ENERGIA DO HIDROGÊNIO - Célula de Combustível Alcalina Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Programa de Pós Graduação em Engenharia Elétrica PPGEE0030 - INTRODUÇÃO ÀS ENERGIAS RENOVÁVEIS Docente: Professor Doutor João Tavares Pinho Discente:

Leia mais

AULA 33 PROCESSO DE RETIFICAÇÃO: OPERAÇÕES DE CORTE

AULA 33 PROCESSO DE RETIFICAÇÃO: OPERAÇÕES DE CORTE AULA 33 PROCESSO DE RETIFICAÇÃO: OPERAÇÕES DE CORTE 257 33. PROCESSO DE RETIFICAÇÃO: OPERAÇÕES DE CORTE 33.1. Introdução As peças que serão retificadas, normalmente, chegam à retificadora com um sobremetal

Leia mais

EFEITO DO CORTE NAS PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DE AÇOS ELÉTRICOS M. Emura 1, F.J.G. Landgraf 1, W. Rossi 2, J. Barreta 2

EFEITO DO CORTE NAS PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DE AÇOS ELÉTRICOS M. Emura 1, F.J.G. Landgraf 1, W. Rossi 2, J. Barreta 2 EFEITO DO CORTE NAS PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DE AÇOS ELÉTRICOS M. Emura 1, F.J.G. Landgraf 1, W. Rossi 2, J. Barreta 2 1 Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo IPT 2 Instituto de Pesquisas

Leia mais

EXPERIÊNCIA Nº 4 ESTUDO DE UM TROCADOR DE CALOR DE FLUXO CRUZADO

EXPERIÊNCIA Nº 4 ESTUDO DE UM TROCADOR DE CALOR DE FLUXO CRUZADO EXPERIÊNCIA Nº 4 ESTUDO DE UM TROCADOR DE CALOR DE FLUXO CRUZADO 1. CONCEITOS ENVOLVIDOS Convecção de calor em escoamento externo; Transferência de calor em escoamento cruzado; Camada limite térmica; Escoamento

Leia mais

COLETÂNEA DE INFORMAÇÕES TÉCNICAS AÇO INOXIDÁVEL. Resistência à corrosão dos aços inoxidáveis

COLETÂNEA DE INFORMAÇÕES TÉCNICAS AÇO INOXIDÁVEL. Resistência à corrosão dos aços inoxidáveis COLETÂNEA DE INFORMAÇÕES TÉCNICAS AÇO INOXIDÁVEL Resistência à corrosão dos aços inoxidáveis Formas localizadas de corrosão Os aços carbono sofrem de corrosão generalizada, onde grandes áreas da superfície

Leia mais

Rodas Laminadas EXL e Discos Roloc EXL Scotch-Brite Industrial

Rodas Laminadas EXL e Discos Roloc EXL Scotch-Brite Industrial 3 Rodas Laminadas EXL e Discos Roloc EXL Scotch-Brite Industrial Dados Técnicos Fevereiro/2004 Substitui: Janeiro/2002 Página 1 de 8 Introdução: As Rodas Laminadas EXL e EXL Roloc Scotch-Brite para rebarbação

Leia mais

MANUTENÇÃO EM MANCAIS E ROLAMENTOS Atrito É o contato existente entre duas superfícies sólidas que executam movimentos relativos. O atrito provoca calor e desgaste entre as partes móveis. O atrito depende

Leia mais

------------------------------- -----------------------------Henflex. Henflex------------------------------ Índice

------------------------------- -----------------------------Henflex. Henflex------------------------------ Índice Índice 1.Características Gerais... 2 2.Seleção do Tamanho do Acoplamento... 2 2.1- Dimensionamento dos acoplamentos Henflex HXP para regime de funcionamento contínuo... 2 2.2 Seleção do Acoplamento...

Leia mais

AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO MOTOR INCLUEM...

AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO MOTOR INCLUEM... Motores H-Compact COMPACTO, REFRIGERAÇÃO EFICIENTE A importância crescente da economia de energia, dos requerimentos ambientais, da procura por dimensões menores e das imposições dos mercados nacionais

Leia mais

9º ENTEC Encontro de Tecnologia: 23 a 28 de novembro de 2015

9º ENTEC Encontro de Tecnologia: 23 a 28 de novembro de 2015 ANÁLISE DE DISTORÇÕES HARMÔNICAS Michelle Borges de Oliveira¹; Márcio Aparecido Arruda² ¹Universidade de Uberaba, Uberaba Minas Gerais ²Universidade de Uberaba, Uberaba Minas Gerais oliveiraborges.michelle@gmail.com;

Leia mais

COMPRESSORES. Ruy Alexandre Generoso

COMPRESSORES. Ruy Alexandre Generoso COMPRESSORES Ruy Alexandre Generoso É o componente básico de qualquer sistema pneumático. O ar é comprimido em um sistema pneumático, de forma que possa ser usado para puxar, empurrar, realizar trabalho

Leia mais

VALIDAÇÃO DO MODELO DE ELETROCOAGULAÇÃO FLOTAÇÃO NO TRATAMENTO DE EFLUENTE TÊXTIL VISANDO À REMOÇÃO DE DQO, UTILIZANDO REATOR EM BATELADA.

VALIDAÇÃO DO MODELO DE ELETROCOAGULAÇÃO FLOTAÇÃO NO TRATAMENTO DE EFLUENTE TÊXTIL VISANDO À REMOÇÃO DE DQO, UTILIZANDO REATOR EM BATELADA. VALIDAÇÃO DO MODELO DE ELETROCOAGULAÇÃO FLOTAÇÃO NO TRATAMENTO DE EFLUENTE TÊXTIL VISANDO À REMOÇÃO DE DQO, UTILIZANDO REATOR EM BATELADA. T. C. PARENTE 1, R.V.SAWAKI 1, J.E.C. ALEXANDRE 2, A.C. LIMA 3,

Leia mais

FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA CURSO DE ELETRÔNICA E MECÂNICA

FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA CURSO DE ELETRÔNICA E MECÂNICA FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA CURSO DE ELETRÔNICA E MECÂNICA Wind Charger Felipe Cezimbra Rubo Guilherme Vier Lucas Dagostin Roveda Muriel Müller Becker Introdução Nosso projeto

Leia mais

AQUECEDOR SOLAR A VÁCUO

AQUECEDOR SOLAR A VÁCUO AQUECEDOR SOLAR A VÁCUO Aquecedor Solar a vácuo utiliza o que existe de mais avançado em tecnologia de aquecimento solar de água. Esse sistema de aquecimento utiliza a circulação natural da água, também

Leia mais

Afiação de ferramentas

Afiação de ferramentas A UU L AL A Afiação de ferramentas Após algum tempo de uso, as ferramentas de corte geralmente se desgastam, apresentando trincas ou deformações na forma e nas propriedades. Devido a este desgaste, as

Leia mais

Válvulas controladoras de vazão

Válvulas controladoras de vazão Generalidades Válvula controladora de vazão variável Válvula de controle de vazão variável com retenção integrada Métodos de controle de vazão Válvula de controle de vazão com pressão compensada temperatura

Leia mais

ANÁLISE DE FALHA EM VIRABREQUIM DE MOTOR V8

ANÁLISE DE FALHA EM VIRABREQUIM DE MOTOR V8 ANÁLISE DE FALHA EM VIRABREQUIM DE MOTOR V8 Telmo Roberto Strohaecker UFRGS, PROFESSOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM Sandro Griza UFRGS, DOUTORANDO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM Rodrigo André Hoppe

Leia mais

Espaço SENAI. Missão do Sistema SENAI

Espaço SENAI. Missão do Sistema SENAI Sumário Introdução 5 Corrente elétrica 6 Descargas elétricas 6 Unidade de medida da intensidade de corrente elétrica 8 Cargas que se movimentam 10 Corrente contínua 10 Resistência elétrica 11 Origem da

Leia mais

Sensores e Atuadores (2)

Sensores e Atuadores (2) (2) 4º Engenharia de Controle e Automação FACIT / 2009 Prof. Maurílio J. Inácio Atuadores São componentes que convertem energia elétrica, hidráulica ou pneumática em energia mecânica. Através dos sistemas

Leia mais

Fundamentos Equipamentos Consumíveis Técnica operatória Aplicações Industriais. Definição e princípio de operação:

Fundamentos Equipamentos Consumíveis Técnica operatória Aplicações Industriais. Definição e princípio de operação: Fundamentos Equipamentos Consumíveis Técnica operatória Aplicações Industriais Fundamentos Definição e princípio de operação: A soldagem a arco com eletrodo de tungstênio e proteção gasosa (Gas Tungsten

Leia mais

FOGÃO ELÉTRICO. Manual de Instruções SIEMSEN. (0xx) 47 255 2000 LINHA DIRETA

FOGÃO ELÉTRICO. Manual de Instruções SIEMSEN. (0xx) 47 255 2000 LINHA DIRETA Manual de Instruções METALÚRGICA SIEMSEN LTDA. Fone: +55 (0 )47 255 2000 - Fax: +55 (0 )47 255 2020 Rua: Anita Garibaldi, nº 262 - Bairro: São Luiz - CP: 52 CEP: 88351-410 - Brusque - Santa Catarina -

Leia mais

UFPR TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS PROF. ALESSANDRO MARQUES. Especificações Geométricas de Produto. Geometrical Product Specifications (GPS)

UFPR TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS PROF. ALESSANDRO MARQUES. Especificações Geométricas de Produto. Geometrical Product Specifications (GPS) UFPR METROLOGIA MECÂNICA DIMENSIONAL Especificações Geométricas de Produto Geometrical Product Specifications (GPS) TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS PROF. ALESSANDRO MARQUES Tolerâncias geométricas As peças ao

Leia mais

TESTES DE VIDA EM FRESAMENTO COM REDUÇÃO DO NÚMERO DE FERRAMENTAS

TESTES DE VIDA EM FRESAMENTO COM REDUÇÃO DO NÚMERO DE FERRAMENTAS TESTES DE VIDA EM FRESAMENTO COM REDUÇÃO DO NÚMERO DE FERRAMENTAS André Richetti Jovani Panato Márcio Bacci da Silva Álisson Rocha Machado Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Engenharia Mecânica,

Leia mais

Série 521 Para relógios comparadores, sensores tipo apalpadores e relógios apalpadores com graduação de 0,001 mm. Especificações

Série 521 Para relógios comparadores, sensores tipo apalpadores e relógios apalpadores com graduação de 0,001 mm. Especificações Calibradores de Relógios Comparadores Para calibração de relógios comparadores digitais e analógicos, relógios apalpadores, sensor tipo apalpador com capacidade máxima de 5 mm. Graduação: 0,0002 mm Série

Leia mais

TTT 2012 - VI Conferência Brasileira sobre Temas de Tratamento Térmico 17 a 20 de Junho de 2012, Atibaia, SP, Brasil

TTT 2012 - VI Conferência Brasileira sobre Temas de Tratamento Térmico 17 a 20 de Junho de 2012, Atibaia, SP, Brasil ESTRATÉGIAS DE CONTROLE PARA FORNO DE TRATAMENTO TÉRMICO A. A. Alcantara E. A. Tannuri (3) (1), (2) (1) Sun Metais Ltda. Rua Brasiliense, 79 Santo Amaro CEP 04729-110 - São Paulo - SP - alexaalcantara@gmail.com

Leia mais

Período de injeção. Período que decorre do início da pulverização no cilindro e o final do escoamento do bocal.

Período de injeção. Período que decorre do início da pulverização no cilindro e o final do escoamento do bocal. CAPÍTULO 9 - MOTORES DIESEL COMBUSTÃO EM MOTORES DIESEL Embora as reações químicas, durante a combustão, sejam indubitavelmente muito semelhantes nos motores de ignição por centelha e nos motores Diesel,

Leia mais

D E P E R Í C I A T É C N I C A

D E P E R Í C I A T É C N I C A MOACYR MOLINARI perito engenheiro L A U D O D E P E R Í C I A T É C N I C A Que faz MOACYR MOLINARI, brasileiro, casado, residente à rua, Curitiba-PR, professor universitário efetivo da UFPR e da UTFPR

Leia mais

Automatismos Industriais

Automatismos Industriais Automatismos Industriais Introdução à Pneumática Nos actuais sistemas de automação a pneumática é um elemento muito importante pois está presente num vasto numero de aplicações, seja como sistema totalmente

Leia mais

EMENTÁRIO. Princípios de Conservação de Alimentos 6(4-2) I e II. MBI130 e TAL472*.

EMENTÁRIO. Princípios de Conservação de Alimentos 6(4-2) I e II. MBI130 e TAL472*. EMENTÁRIO As disciplinas ministradas pela Universidade Federal de Viçosa são identificadas por um código composto por três letras maiúsculas, referentes a cada Departamento, seguidas de um número de três

Leia mais

Manual Técnico e Certificado de Garantia

Manual Técnico e Certificado de Garantia Parabéns! Você acabou de adquirir um ventilador de teto com luminária, especialmente criado para trazer mais conforto e beleza aos ambientes. Com design diferenciado o Efyx Nauta é pré-montado. Siga todas

Leia mais

Manual de Instruções. Lavadora Ultra-sônica. Aquecida

Manual de Instruções. Lavadora Ultra-sônica. Aquecida Lavadora Ultra-sônica Aquecida Manual de Instruções SANDERS DO BRASIL LTDA. Rua Adelino Carneiro Pinto, 56 - Centro Santa Rita do Sapucaí - MG CEP: 37540-000 www.sandersdobrasil.com.br / sanders@sandersdobrasil.com.br

Leia mais

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES:

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES: 9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES: 9.1 OTIMIZAÇÃO E MONITORAMENTO DA OPERAÇÃO DOS TRANSFORMADORES Os transformadores são máquinas estáticas que transferem energia elétrica de um circuito para outro, mantendo

Leia mais

Lubrificação IV. Notou-se excessivo ruído no sistema de mudança. Sistema selado

Lubrificação IV. Notou-se excessivo ruído no sistema de mudança. Sistema selado A U A UL LA Lubrificação IV Introdução Notou-se excessivo ruído no sistema de mudança da caixa de câmbio de um automóvel. Um mecânico verificou que a caixa de câmbio estava com problemas por falta de óleo.

Leia mais

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS BRITADOR DE MANDÍBULAS - ZL EQUIPAMENTOS.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS BRITADOR DE MANDÍBULAS - ZL EQUIPAMENTOS. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS BRITADOR DE MANDÍBULAS - ZL EQUIPAMENTOS. 1. DESCRIÇÃO. Os britadores de mandíbulas projetados e fabricados pela ZL Equipamentos são maquinas robustas confeccionadas com matéria-prima

Leia mais

Curso de Engenharia de Produção. Processos de Fabricação

Curso de Engenharia de Produção. Processos de Fabricação Curso de Engenharia de Produção Processos de Fabricação Soldagem: - Grande aplicação nas atividades industriais que existem no mundo moderno: construção naval, ferroviária, aeronáutica e automobilística,

Leia mais

Introdução ao Estudo da Corrente Eléctrica

Introdução ao Estudo da Corrente Eléctrica Introdução ao Estudo da Corrente Eléctrica Num metal os electrões de condução estão dissociados dos seus átomos de origem passando a ser partilhados por todos os iões positivos do sólido, e constituem

Leia mais

Laminação controlada permite a obtenção de folhas de aço-carbono ultrafinas

Laminação controlada permite a obtenção de folhas de aço-carbono ultrafinas 78 Corte & Conformação de Metais Novembro 2010 Laminação controlada permite a obtenção de folhas de aço-carbono ultrafinas A recente tendência de miniaturização de componentes, como por exemplo nas indústrias

Leia mais

Introd. Física Médica

Introd. Física Médica Introd. Física Médica Aula 04 Atenuação de RX 2012 http://www.upscale.utoronto.ca/generali nterest/harrison/flash/nuclear/xrayinte ract/xrayinteract.html 2 Propriedades do alvo Boa Condutividade Térmica:

Leia mais

O FORNO A VÁCUO TIPOS E TENDÊNCIA 1

O FORNO A VÁCUO TIPOS E TENDÊNCIA 1 O FORNO A VÁCUO TIPOS E TENDÊNCIA 1 João Carmo Vendramim 2 Marco Antonio Manz 3 Thomas Heiliger 4 RESUMO O tratamento térmico de ligas ferrosas de média e alta liga já utiliza há muitos anos a tecnologia

Leia mais

INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO

INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO ANTES DE UTILIZAR A PLACA DE FOGÃO SUGESTÕES PARA A PROTECÇÃO DO AMBIENTE PRECAUÇÕES E RECOMENDAÇÕES GERAIS SUGESTÕES PARA POUPANÇA DE ENERGIA CUIDADOS E MANUTENÇÃO GUIA PARA RESOLUÇÃO

Leia mais

Mancais de deslizamento - Buchas formadas Parte 1: Dimensões

Mancais de deslizamento - Buchas formadas Parte 1: Dimensões ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas OUT 1998 NBR 14220-1 Mancais de deslizamento - Buchas formadas Parte 1: Dimensões Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13-28º andar CEP 20003-900 - Caixa

Leia mais

Artigo Descrição Núm. do artigo Cabo de conexão universal Cabo de conexão, fêmea-fêmea, universal

Artigo Descrição Núm. do artigo Cabo de conexão universal Cabo de conexão, fêmea-fêmea, universal Cabos Os cabos de tomada que se utilizam são especialmente robustos, fabricados por Amphenol (serie C 16 1/7pin) ou Binder (serie 693/7pin) para as balanças WL 103 e Fischer (tipo 104/4pin) para a WL 104.

Leia mais

Tratamento Térmico. Profa. Dra. Daniela Becker

Tratamento Térmico. Profa. Dra. Daniela Becker Tratamento Térmico Profa. Dra. Daniela Becker Diagrama de equilíbrio Fe-C Fe 3 C, Fe e grafita (carbono na forma lamelar) Ligas de aços 0 a 2,11 % de C Ligas de Ferros Fundidos acima de 2,11% a 6,7% de

Leia mais

Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da energia necessária para o aquecimento de água que usamos em casa.

Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da energia necessária para o aquecimento de água que usamos em casa. Mais Questões Isildo M. C. Benta, Assistência Técnica Certificada de Sistemas Solares Quanto poupo se instalar um painel solar térmico? Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da

Leia mais

Física. Questão 1. Questão 2. Avaliação: Aluno: Data: Ano: Turma: Professor:

Física. Questão 1. Questão 2. Avaliação: Aluno: Data: Ano: Turma: Professor: Avaliação: Aluno: Data: Ano: Turma: Professor: Física Questão 1 (Unirio 2000) Um aluno pegou um fina placa metálica e nela recortou um disco de raio r. Em seguida, fez um anel também de raio r com um fio

Leia mais

Soniclean. Manual de Instruções. Lavadora Ultra-sônica. Aquecida

Soniclean. Manual de Instruções. Lavadora Ultra-sônica. Aquecida Lavadora Ultra-sônica Soniclean 6 Aquecida Manual de Instruções SANDERS DO BRASIL LTDA. Rua Adelino Carneiro, 56-1º Andar - Centro Santa Rita do Sapucaí - MG CEP: 37540-000 www.sandersdobrasil.com.br /

Leia mais

PREDIAL AQUATHERM CATÁLOGO TÉCNICO

PREDIAL AQUATHERM CATÁLOGO TÉCNICO PREDIAL AQUATHERM CATÁLOGO TÉCNICO Qualidade Confiança Tradição Inovação Tecnologia ÍNDICE Por que a TIGRE escolheu o Sistema Aquatherm para o Brasil? 05 Características técnicas 06 Instruções de instalação

Leia mais

Circuitos Retificadores

Circuitos Retificadores Circuitos Retificadores 1- INTRODUÇÃO Os circuito retificadores, são circuitos elétricos utilizados em sua maioria para a conversão de tensões alternadas em contínuas, utilizando para isto no processo

Leia mais

PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA

PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA Marcelo da S. VIEIRA 1, Elder Eldervitch C. de OLIVEIRA 2, Pedro Carlos de Assis JÚNIOR 3,Christianne Vitor da SILVA 4, Félix Miguel de Oliveira

Leia mais

Palavras chave: defeitos de solda, pulso eco, redes neurais artificiais, transformada de wavelet

Palavras chave: defeitos de solda, pulso eco, redes neurais artificiais, transformada de wavelet DETECÇÃO DE DEFEITOS EM JUNTAS SOLDADAS UTILIZANDO UM CLASSIFICADOR NEURAL ALIMENTADO POR SINAIS ULTRASSÔNICOS PRÉ- PROCESSADOS PELA TRANSFORMADA DE WAVELET Francisco G. de Paula¹, Maria Cléa S. de Albuquerque

Leia mais

CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA

CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA CORRENTE CONTÍNUA E CORRENTE ALTERNADA Existem dois tipos de corrente elétrica: Corrente Contínua (CC) e Corrente Alternada (CA). A corrente contínua tem a característica de ser constante no tempo, com

Leia mais

Fresamento. UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina FEJ Faculdade de Engenharia de Joinville

Fresamento. UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina FEJ Faculdade de Engenharia de Joinville UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina FEJ Faculdade de Engenharia de Joinville Fresamento DEPS Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas Visão sistêmica de um processo de usinagem Aplicação

Leia mais

LIGAÇÕES INTERATÔMICAS

LIGAÇÕES INTERATÔMICAS UNIDADE 2 - LIGAÇÕES INTERATÔMICAS 2.1. FORÇAS DE LIGAÇÃO FORTES Importante conhecer-se as atrações que mantêm os átomos unidos formando os materiais sólidos. Por exemplo, uma peça de cobre contém 8,4x10

Leia mais

Travas e vedantes químicos

Travas e vedantes químicos A U A UL LA Travas e vedantes químicos O mecânico de manutenção de uma empresa de caminhões tentava eliminar, de todas as formas, um vazamento de óleo que persistia na conexão de um manômetro de um sistema

Leia mais

TUTORIAL FONTE LINEAR

TUTORIAL FONTE LINEAR TUTORIAL FONTE LINEAR Agradecemos a oportunidade de aprendizagem prática: Agradecimentos Programa de Educação Tutorial (PET) do MEC/SESu pelo suporte para o desenvolvimento deste tutorial. Francisco José

Leia mais

REDUÇÃO E OXIDAÇÃO EM SISTEMAS INORGÂNICOS

REDUÇÃO E OXIDAÇÃO EM SISTEMAS INORGÂNICOS REDUÇÃO E OXIDAÇÃO EM SISTEMAS INORGÂNICOS EXTRAÇÃO DE ELEMENTOS A definição original de oxidação foi a da reação que um elemento reage com oxigênio e é convertido em seu óxido. Comparativamente, redução

Leia mais

LEVANTADORES MAGNÉTICOS

LEVANTADORES MAGNÉTICOS LEVANTADORES MAGNÉTICOS UTILIZAÇÃO EM CARACTERÍSTICAS Sistemas de corte de chapas Ferramentarias e matrizerias Estocagem de aços e ferros Alimentação de máquinas operatrizes Coeficiente de segurança 3

Leia mais

Transitores de tempo em domínio de tempo

Transitores de tempo em domínio de tempo Em muitos processos, a regulação do caudal permite controlar reacções químicas ou propriedades físicas através de um controlo de variáveis como a pressão, a temperatura ou o nível. O caudal é uma variável

Leia mais

MANUAL DE INSTRUÇÕES REFRIGERADOR PARA ÔNIBUS MODELO G7

MANUAL DE INSTRUÇÕES REFRIGERADOR PARA ÔNIBUS MODELO G7 MANUAL DE INSTRUÇÕES Compact Indústria de Produtos Termodinâmicos Ltda. Fábrica: Est. BR-116 KM 152,3, 21940 Pavilhão 1 Bairro Planalto Caxias do Sul - RS - CEP 95070-070 Fone (0XX) 54-2108-3838- Fax:

Leia mais

2.0 FAÇA A CONFERÊNCIA DA CAPA DE PROTEÇÃO NO ATO DO RECEBIMENTO

2.0 FAÇA A CONFERÊNCIA DA CAPA DE PROTEÇÃO NO ATO DO RECEBIMENTO 1.0 INTRODUÇÃO Você adquiriu uma capa de proteção para piscina, confeccionada em Laminado de PVC reforçado com tramas de Poliéster. A Sodramar não fabrica o laminado, compramos e o transformamos em Capa

Leia mais

1) Entendendo a eletricidade

1) Entendendo a eletricidade 1) Entendendo a eletricidade 1 2) Circuitos Modelix 2 3) Utilizando o Sistema Esquemático Modelix-G (Modelix-Grafix) 6 4) Fazendo montagens com os Circuitos Modelix 7 5) Exercícios para treinar 8 Objetivo:

Leia mais

Manual Técnico de Instalação, Operação e Manutenção. Lavador de Ar

Manual Técnico de Instalação, Operação e Manutenção. Lavador de Ar Manual Técnico de Instalação, Operação e Manutenção ISO 9001:2008 VENTEC AMBIENTAL EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES LTDA Rua André Adolfo Ferrari, nº 550 - Distrito Industrial Nova Era - Indaiatuba - São Paulo

Leia mais

Bomba d água rara: a solução é a remanufaturar!

Bomba d água rara: a solução é a remanufaturar! Bomba d água rara: a solução é a remanufaturar! Os primeiros motores faziam uso do sistema de termossifão, que utilizava o aquecimento da própria água para circulá-la pelo motor. Porém, com o aumento da

Leia mais

Fontes de Alimentação

Fontes de Alimentação Fontes de Alimentação As fontes de alimentação servem para fornecer energia eléctrica, transformando a corrente alternada da rede pública em corrente contínua. Estabilizam a tensão, ou seja, mesmo que

Leia mais

Disjuntor a Vácuo uso Interno

Disjuntor a Vácuo uso Interno Disjuntor a Vácuo uso Interno D27 - U 1 Sumário 1. Aplicação... 3 2. Condições Normais de Serviço... 4 3. Principais Parâmetros Técnicos... 4 4. Estrutura e Operação do Disjuntor... 5 4.1. Estrutura Geral:...

Leia mais

Guia do Professor. Olá Professor(a)! Este Guia tem por finalidade ajudar você a conduzir as atividades propostas para o estudo da Eletrólise!

Guia do Professor. Olá Professor(a)! Este Guia tem por finalidade ajudar você a conduzir as atividades propostas para o estudo da Eletrólise! Olá Professor(a)! Este Guia tem por finalidade ajudar você a conduzir as atividades propostas para o estudo da Eletrólise! O vídeo Eletrólise faz parte do Programa A Química nossa de cada dia, Foi produzido

Leia mais

Figura 6.1 - Ar sangrado do compressor da APU

Figura 6.1 - Ar sangrado do compressor da APU 1 Capítulo 6 - SANGRIA DE AR 6.1 - Finalidade e características gerais A finalidade da APU é fornecer ar comprimido para os sistemas pneumáticos da aeronave e potência de eixo para acionar o gerador de

Leia mais

Características do processo

Características do processo SOLDAGEM POR OXIGÁS Processo de soldagem que utiliza o calor gerado por uma chama de um gás combustível e o oxigênio para fundir o metal-base e o metal de adição A temperatura obtida através da chama é

Leia mais

CORROSÃO DOS MATERIAIS METÁLICOS

CORROSÃO DOS MATERIAIS METÁLICOS Capítulo 8 CORROSÃO DOS MATERIAIS METÁLICOS 8.1 Conceitos gerais A corrosão pode ser definida como a dissolução eletroquímica de metais em íons, liberando elétrons, que ocorre quando metais dessemelhantes

Leia mais

Transformadores a seco. Indutores e reatores (chokes) a seco Para aplicações de componentes eletrônicos de potência, transmissão e distribuição

Transformadores a seco. Indutores e reatores (chokes) a seco Para aplicações de componentes eletrônicos de potência, transmissão e distribuição Transformadores a seco Indutores e reatores (chokes) a seco Para aplicações de componentes eletrônicos de potência, transmissão e distribuição 2 Indutores e reatores (chokes) a seco Reatores ABB para requisitos

Leia mais

Exemplos de condutores: cobre, alumínio, ferro, grafite, etc. Exemplos de isolantes: vidro, mica, fenolite, borracha, porcelana, água pura, etc.

Exemplos de condutores: cobre, alumínio, ferro, grafite, etc. Exemplos de isolantes: vidro, mica, fenolite, borracha, porcelana, água pura, etc. Condutores e Isolantes Condutores: São materiais caracterizados por possuírem no seu interior, portadores livres de cargas elétricas (elétrons livres), desta forma, permitindo a passagem de uma corrente

Leia mais

ME-38 MÉTODOS DE ENSAIO ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS-DE-PROVA CILÍNDRICOS DE CONCRETO

ME-38 MÉTODOS DE ENSAIO ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS-DE-PROVA CILÍNDRICOS DE CONCRETO ME-38 MÉTODOS DE ENSAIO ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS-DE-PROVA CILÍNDRICOS DE CONCRETO DOCUMENTO DE CIRCULAÇÃO EXTERNA 1 ÍNDICE PÁG. 1. INTRODUÇÃO... 3 2. OBJETIVO... 3 3. S E NORMAS COMPLEMENTARES...

Leia mais