VIOLÊNCIA PRATICADO POR MILITAR

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1 VIOLÊNCIA PRATICADO POR MILITAR Takao Ikeda. Graduado pela Academia de Policia Militar do Barro Branco, em 1987, no Curso de Formação de Oficiais. Bacharel em Ciências Jurídicas - Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, em Pós-graduado pelo Centro de Aperfeiçoamento e Estudos Superiores da Polícia Militar do Estado de São Paulo, mestrado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, em É professor de Direito Processual Penal Militar da Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB). Atualmente é Major de Polícia Militar do Estado de São Paulo, exercendo a Chefia do Departamento de Ensino e Pesquisa da APMBB. Sumário 1 Introdução; 2 Crime Militar; 3 Crimes Propriamente e Impropriamente Militares; 4 Militar em Serviço; 5 Lesão Corporal Contra Civil; 6 Justiça Militar Estadual; 7 Conclusão; 8 Bibliografia. Palavra-chave Direito penal militar, crime militar, crime propriamente militares, crimes impropriamente militares, militar em serviço, lesão corporal, justiça militar estadual. 1 Introdução Embora o códex castrensis, editado em 21 de outubro de 1969, seja uma legislação mais recente que o código penal brasileiro de 1940, a referida norma já vigora há trinta e nove anos e, portanto, surpreende-nos pela insipiência de muitos juristas quanto ao entendimento do que vem a ser crime militar, quais as suas classificações e quem julga os crimes militares. Um dos principais motivos deste desconhecimento talvez se deva ao fato do estudo do direito penal militar ser ignorado por quase a totalidade dos estabelecimentos de ensino superior, os quais preferem incluir nos currículos dos cursos de graduação e pós-graduação, disciplinas diversas e por vezes sem relevância, desconsiderando a lex castrensis. Outra razão, supomos, é a dos juristas e operadores do direito não detectarem atrativos no estudo do direito penal militar, em razão da sua especialidade e de pequenas demandas judiciais.

2 2 seguinte: Sobre a problemática analisada acima, Ronaldo João Roth 1 concluiu o [...] que no Brasil, no período de 1925 a 1930, o ensino do Direito Militar no quinto ano do Curso de Direito era obrigatório por lei, tornando-se, com a reforma da lei do ensino, facultativo. Mesmo assim, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, um dos primeiros Cursos de Direito no Brasil, ao lado da Faculdade de Direito de Recife, ambos instituídos pela Lei de , manteve essa matéria no currículo do Curso de Direito até idos de 1936, registrando-se que durante vários anos ela foi ministrada pelo professor e jurista Basileu Garcia. (ROTH, 2003, p. 72). Porém, atualmente, a situação tem se alterado pós constituição de 1988, que em razão da maior divulgação do crime militar e da justiça militar, passaram, então, a surgir maior número de artigos e pareceres no ramo do direito penal militar. Diversos livros deste ramo do direito foram editados, culminando por instituições de ensino superior abrir cursos de pós-graduação em strictu sensu e latu sensu. Soma-se a estes fatores a questão do maior interesse por parte da oficialidade, estimulado pela Instituição, em aprofundar e se especializar no campo do Direito Penal e Processual Penal Militar. Após este preâmbulo, necessário para o estudo do tema em questão, iniciaremos, primeiramente, definindo o que vem a ser crime militar, crimes propriamente e impropriamente militares, militar em serviço e lesão corporal contra civil. Mas, antes de tudo, o que vêm a ser Direito Penal Militar? Entendemos que a melhor definição é a do jurista Jorge Alberto Romeiro, que transcrevemos abaixo: O direito penal militar é um direito penal especial, porque a maioria de suas normas, diversamente das de direito penal comum, destinadas a todos os cidadãos, se aplicam exclusivamente aos militares, que têm especiais deveres para com o Estado, indispensáveis à sua defesa armada e à existência de suas instituições militares. (ROMEIRO, 1994, p. 4). Para reforçar o entendimento do que vem a ser Direito Penal Militar, citamos também a definição de Cícero Robson Coimbra Neves e Marcello Streifinger. In verbis: Consiste no conjunto de normas jurídicas que tem por objeto a determinação de infrações penais, com suas conseqüentes medidas coercitivas em face da violação, e ainda, pela garantia dos bens juridicamente tutelados, mormente a regularidade de ação das forças militares, proteger a ordem jurídica militar, fomentando o salutar desenvolver das missões precípuas atribuídas às Forças Armadas e às Forças Auxiliares. (NEVES; STREIFINGER, 2005, p. 33). 1 Ronaldo João Roth é Juiz Auditor da 1ª Auditoria Militar da Justiça Militar do Estado de São Paulo.

3 Pelos conhecimentos jurídicos obtidos ao longo da nossa vida profissional, podemos também definir Direito Penal Militar como sendo o arcabouço jurídico de normas garantidoras e assecuratórias dos pilares das instituições militares, a disciplina, a hierarquia, os deveres e obrigações militares. 2 Crime Militar Para nós, crimes militares são aqueles definidos em lei, ou seja, que estão expressamente estabelecidos como tal, adotando-se, portanto, o critério ratione legis. O fundamento legal se encontra no inciso LXI, do artigo 5º, artigo 124, e 4º do artigo 125, todos da Carta Magna. In verbis: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXI ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. (grifo nosso) Art À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. (grifo nosso) Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar. Art Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. 4. Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (grifo nosso) Portanto, das citações acima, depreende-se que crime militar é o que a lei define, objetivamente como tal. (grifo nosso). Tais definições se encontram especificadas no Código Penal Militar 2, em seus artigos 9º e 10 respectivamente, crimes militares em tempo de paz e em tempo de guerra. Sendo o Código Penal Militar uma lei especial (jus singulari) e não uma lei excepcional (privilegium). O Professor Ivo d Aquino, quando da edição do Código Penal Militar, avaliou crime militar da seguinte maneira: Para conceituar o crime militar em si, o legislador adotou o critério ratione legis, isto é, crime militar é o que a lei considera como tal. Não define: Enumera. Não quer isto dizer que não haja cogitado dos critérios 3 2 Código Penal Militar, Decreto-Lei nº 1001, de 21 de outubro de 1969.

4 doutrinários ratione personae, ratione loci, ou ratione numeris. Apenas não estão expressos. Mas o estudo do art. 9º do Código revela que, na realidade, estão todos ali contidos. (AQUINO, 1970, p. 100). No entanto, a melhor definição de crime militar, encontramos nas palavras do ilustre e renomado jurista Célio Lobão: É a infração penal militar que lesiona bens ou interesses vinculados à destinação constitucional das Instituições Militares, às suas atribuições legais, ao seu funcionamento e à sua própria existência, e no aspecto particular da disciplina, da hierarquia, da proteção à autoridade militar e ao serviço militar. (LOBÃO, 2006, p. 56). Em nossas palavras definimos que crimes militares são aqueles descritos na lei especial, Código Penal Militar. Oportuno consignar ainda quanto ao assunto que somente em 1992, com o pronunciamento no ábeas Corpus nº PB, o Supremo Tribunal Federal derrogou a Súmula que não considerava militar, os delitos cometidos pelos policiais militares no exercício da atividade de policiamento ostensivo e de trânsito. In verbis: Justiça Militar Estadual: Competência. Crime Militar praticado por policial-militar, ainda que em função de policiamento civil. Superação da Súmula 297, desde a inovação da Emenda Constitucional nº 7/77, que a Constituição a manteve. (HC nº PB STF). 3 Crimes Propriamente e Impropriamente Militares Analisando os dispositivos constitucionais citados no inciso LXI, do artigo 5º, artigo 124 e 4º do artigo 125, todos da Carta Magna, depreende-se ipso facto, a existência de crimes propriamente militares e, em contraposição, de crimes impropriamente militares. Destarte, crimes propriamente militares são aqueles cuja ação penal somente pode ser intentada contra militares, tendo em vista a sua situação funcional, ou seja, exige uma qualidade pessoal do agente, abarcando os crimes que não possuam igual definição na lei penal comum, tais como a deserção, a embriaguez em serviço e a violência contra superior. Para o eminente jurista Célio Lobão, crimes propriamente militares são entendidos como sendo: 4 3 Súmula nº 297 STF: Oficiais e praças das milícias dos estados no exercício de função policial civil não são considerados militares para efeitos penais, sendo competente a justiça comum para julgar os crimes cometidos por ou contra eles.

5 Infração penal, prevista no Código Penal Militar, específica e funcional do ocupante do cargo militar, que lesiona bens ou interesses das Instituições Militares, no aspecto particular da disciplina, da hierarquia, do serviço e do dever militar. (LOBÃO, 2006, p. 84) Já os crimes impropriamente militares, ou acidentalmente militares, por sua vez, podem ser cometidos pelos militares e, em situações excepcionais, também por civis, abrangendo os crimes definidos de modo diverso ou com igual definição na legislação penal comum, como por exemplo, o roubo, o furto, a lesão corporal, o estelionato e a insubmissão. Porém, não basta que ocorra a subsunção do fato à norma típica, uma vez que os crimes militares apresentam tipicidade indireta, ou seja, há necessidade de se complementar as normas da parte especial com algumas das situações elencadas no artigo 9º do COM: Art. 9. Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: I os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; II os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum, quando praticados: a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar; f) revogada. III os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; 5

6 d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior. Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil, serão da competência da justiça comum. Célio Lobão assim definiu os crimes impropriamente militares: Infração penal, prevista no Código Penal Militar, que não sendo específica e funcional do ocupante do cargo militar, mas de natureza comum, que pelas circunstâncias especiais de tempo ou lugar em que são cometidos ou pelos danos que causam, lesionam bens ou interesses das Instituições Militares. (LOBÃO, 2006, p. 97-8). Portanto, a questão em estudo, lesão corporal praticado por militar em serviço contra civil, caracteriza-se como crime impropriamente militar, haja vista que o delito em apreço, previsto no códex castrensis, pode ser cometido tanto por militar como por civil. 4 Militar em Serviço Como verificamos anteriormente, excetuando-se os casos de crimes propriamente militares, para caracterizar o crime militar nos termos da letra c, do inciso II, do artigo 9º do COM, é preciso que o militar sujeito ativo do crime esteja em serviço (grifo nosso), circunstância esta introduzida no COM com o advento da Lei nº 9.299/96. In verbis: Art. 9. Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: [...] II os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum, quando praticados: [...] c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil. (grifo nosso) Militar em serviço não se confunde com militar de serviço. (grifo nosso). Pois, militar de serviço é aquele que se encontra escalado de serviço, já o militar em serviço é aquele que está efetivamente cumprindo o serviço para o qual foi designado ou determinado. Tal entendimento é crucial, pois para caracterizar crime militar nos termos da alínea c, do inciso II, do artigo 9º do COM, é necessário que no momento do crime esteja efetivamente de serviço, sem a qual com isso descaracteriza o crime 6

7 militar, como exemplo, citamos o caso de um militar de serviço escalado na guarda do quartel e no turno de folga, autorizado pelo superior, dirige-se a uma lanchonete próxima a unidade militar e neste local agride um civil, o entendimento doutrinário e jurisdicional a respeito é de que o crime é comum e não militar, conforme decisão prolatada no Rec. Crim nº Para melhor compreensão do que vem a ser militar em serviço, segue abaixo a transcrição da definição dada por Célio Lobão: 5 Lesão Corporal Contra Civil Militar em serviço é o que se encontra exercendo função do cargo militar, permanente ou temporário, decorrente de lei, decreto, regulamento, ato, portaria, instrução, ordem verbal ou escrita de autoridade militar competente. Pode ser função de natureza militar ou outro serviço executado pelo militar nessa qualidade. (LOBÃO, 2006, p. 127). 7 Conforme verificamos anteriormente, para que um determinado fato seja caracterizado como crime militar é preciso verificar se o crime cometido tem previsão no Código Penal Militar (ex vis legis) e se foi praticado em umas hipóteses do artigo 9º do CPM. No caso especificamente do crime de lesão corporal contra civil, cometida por militar em serviço, tal fato constitui crime militar, pois além do crime ter tipicidade (previsibilidade) no códex castrensis, embora também o tenha no código penal comum, configura em crime militar pelo fato de atender o disposto na alínea c, do inciso II, do artigo 9º do CPM, ou seja, foi cometido quando o militar estava em serviço. Há situações, no entanto, que mesmo o militar estando em serviço e agride um civil, surgem dúvidas se o crime é militar ou não, devido as circunstâncias em que ele foi cometido. Para tal, analisaremos alguns casos concretos. Civil que sofre lesão corporal praticada por policial-militar em co-autoria com um policial-civil. Nesta situação, o policial militar responderá na justiça especializada (justiça militar estadual) e o civil na justiça comum. É o que dispõe a Súmula 90 do Superior Tribunal de Justiça. In verbis:

8 Compete à justiça estadual militar processar e julgar o policial militar pela pratica do crime militar, e a comum pela pratica do crime comum simultâneo aquele. (Súmula 90 do STJ). Civil que sofre lesão corporal de natureza grave e leve causada por instrumento pérfuro-contundente efetuado por policial-militar em serviço. Apelação Criminal nº /05 TJM/SP (Processo nº /03 4ª Auditoria). Policial Militar participando de bloqueio policial efetua disparo de arma de fogo contra motociclista. Legítima defesa putativa não comprovada. Inobservância das cautelas necessárias. Lesões de naturezas grave e leve comprovadas por laudo pericial. Delito caracterizado. Apelação Criminal 1.576/84 TJM/MG. Lesão corporal dolosa (CPM, art. 209). Disparo desnecessário. Configuração. Lesão Corporal Dolosa. Comete-a o policial-militar que, ao tentar efetuar a detenção de um desordeiro, dispara o revólver sem necessidade, ferindo-o gravemente. Apelação Criminal 2.763/95 TJM/RS. Lesão corporal leve (CPM, art. 209). Condenação no juízo a quo. Apelo da defesa. Policial-militar que, a pretexto de fazer parar veículo em barreira de controle de trânsito, efetua disparo de arma de fogo contra o mesmo, atingindo um dos passageiros, contrariando orientação da Corporação e instrução adredemente recebida, pratica o delito de lesões corporais leves, previsto na legislação penal militar. Apelo da defesa negado. Decisão unânime. Apelação Criminal 2.952/97 TJM/RS. Lesão corporal grave. (CPM, art. 209, 1º). Decisão a quo que condena o acusado à pena de um ano de reclusão, negando-lhe o sursis. Apelo da defesa. Policial-militar, em serviço de policiamento ostensivo, que, ao atender ocorrência PM, envolvendo briga de casal, efetua disparo de revólver contra a vítima, provocando-lhe lesões de natureza grave, age com ilicitude. Auto de exame de corpo de delito complementar que não corresponde à qualificadora pela qual o acusado foi denunciado, cuja omissão não se corresponde à qualificadora pela qual o acusado foi denunciado, cuja omissão não se prestaria ao suprimento da prova indireta testemunhal, porque não desaparecidos os vestígios da materialidade. Apelo parcialmente provido, para desclassificar a imputação para lesão corporal leve (CPM, art. 209, caput), apenando o acusado em quatro meses de detenção e decretando a pretensão punitiva. Decisão unânime. Civil que sofre lesão corporal (agressão) por policial-militar em serviço. Configura a ilicitude tipificada no artigo 209 do CPM, quando o policial-militar em serviço causa lesão corporal em civil. Conforme jurisprudência assim demonstra: Apelação Criminal nº /05 TJM/SP (Processo nº /03 4ª Auditoria) - Lesões corporais de naturezas grave e leve - Caracterização - Pretendida absolvição por reconhecimento da excludente da legítima defesa putativa - Inocorrência - Materialidade dos delitos comprovadas por prova pericial e testemunhal - Condenação mantida. Apelação Criminal 2.755/95 TJM/RS. Lesões corporais leves (CPM, art. 209). Comete o delito de lesões corporais leves o policial-militar que 8

9 agride a vítima a pontapés, causando-lhe lesões que o afastaram do serviço por vinte e cinco dias. Não pode o apelante alegar situação de legítima defesa, visto ter dado início às provocações. Condenação mantida, à unanimidade. Apelação Criminal 2.489/92 - TJM/RS. Lesão corporal grave (CPM, art. 209). Preliminar de nulidade rejeitada à unanimidade. Configura-se o crime em tela, quando policiais militares, exorbitando de suas funções, agridem a vítima, sem motivação sequer plausível (debilidade permanente da função mastigatória). Apelação Criminal 2.029/97 - TJM/RS. Pratica o delito de lesões corporais graves (CPM, art. 209, 1º do CPM), o policial-militar que, no exercício funcional, detém civil e promove agressão mediante socos, pontapés e bastonadas, causando-lhe lesões internas que ensejaram intervenção cirúrgica emergencial. Materialidade comprovada. Afastada a tese de estrito cumprimento do dever legal, uma vez que o ato policial extrapolou os limites da energia necessária ao cumprimento do dever. Decisão unânime para negar recurso defensivo. Condenação mantida. Civil que sofre lesão corporal causada por viatura policial conduzida por policial-militar em serviço. Diferentemente das decisões que eram tomadas anteriormente, em que as justiças militares estaduais acolhiam na plenitude a Súmula 006 do STJ 4, declinando da competência em julgar policiais militares por acidente de trânsito que vitimava civil, atualmente, todas as justiças militares estaduais, inclusive a Justiça Militar do Estado de São Paulo, tem processado e julgado matérias sobre tais delitos, conforme constatamos abaixo: Habeas Corpus nº /07 - TJM/SP (Processo nº /06 3ª Auditoria) - Acidente de trânsito ocasionado por policial em serviço dirigindo "viatura militar" - Lesão corporal culposa contra civil - Tipificação prevista na alínea "c", do inciso II, do art. 9º c.c. art. 210, ambos do CPM - Competência da Justiça Castrense para julgar - Inteligência do art. 125, 4º da Carta Magna - Ordem denegada. Mesmo com a edição do Código Brasileiro de Trânsito (Lei nº de 23/09/1997), matéria específica para regular as normas de trânsito, não restou derrogado o Código Penal Militar, haja vista, ter sido este recepcionado pela Constituição Federal, a qual confere competência à Justiça Militar para processar e julgar os militares dos Estados nos crimes militares definidos em lei. Recurso Inominado nº /04 TJM/SP (Processo nº /04 1ª Auditoria) - Art. 146 do CPPM. Acidente de Trânsito - Prática culposa de lesões corporais por policial militar em atividade, na condução de viatura militar, com vítima civil - Competência da Justiça Militar Estadual - Inteligência do artigo 9º, inciso II, alínea "a" c/c artigo 210, ambos do CPM. Incabível a alegação de competência da Justiça Comum para julgamento do caso em questão, sob argumentação de que o Código de 9 4 Súmula 06 do STJ: Compete à justiça comum estadual processar e julgar delito decorrente de acidente de transito envolvendo viatura de policia militar, salvo se autor e vitima forem policiais militares em situação de atividade.

10 Trânsito Brasileiro é lei mais específica e mais rigorosa. Inexiste conflito aparente entre o Código de Trânsito e o Código Penal Militar, ambas às legislações especializadas, eis que tutelam bens jurídicos distintos. Apesar de promulgado anteriormente às normas de trânsito, o Código Penal Militar foi recepcionado pela Constituição Federal, encontrandose em plena vigência na tutela das instituições militares. Recurso Inominado nº /04 TJM/SP (Processo nº /04 1ª Auditoria). Art. 146 do CPPM. Acidente de Trânsito - Policial Militar em serviço dirigindo viatura militar, com vítima civil - Competência da Justiça Militar Estadual - Inteligência do artigo 9º, inciso II, alínea "a" c/c artigo 210, ambos do CPM - Súmula nº 06 do STJ - Inaplicabilidade. Incabível a alegação de incompetência da Justiça Militar para julgamento do caso em questão, sob argumentação de que ocorreu crime comum, por tratar-se de crime militar, nos termos do artigo 124 da Constituição Federal. Ausente o efeito vinculante, não há obrigatoriedade de aplicação da Súmula nº 06 do STJ nos julgados desta Corte Militar. Inexiste conflito aparente de normas entre o Código de Trânsito e o Código Penal Militar - ambas as legislações especializadas - eis que tutelam bens jurídicos distintos. Recurso Inominado - nº /04 TJM/SP (Processo nº /04 1ª Auditoria) - Art. 146 do CPPM. Acidente de Trânsito - Lesões Corporais provocadas por militares em militares, conduzindo veículo militar em serviço - Crime "inter milites" - Competência da Justiça Militar Estadual - Inteligência do artigo 124 da Constituição Federal c/c artigo 9º, inciso II, alínea "a" do CPM. Inexiste conflito entre o Código de Trânsito e o Código Penal Militar - ambas as legislações especializadas - eis que tutelam bens jurídicos próprios e distintos. Apesar de promulgado anteriormente às normas de trânsito, o Código Penal Militar não foi revogado ou derrogado, encontrando-se em plena vigência. Civis e militares que sofrem lesão corporal em decorrência de acidente de trânsito envolvendo viatura conduzida por militar do Exército e veículo conduzido por civil. O entendimento do Superior Tribunal Militar (STM), conforme pode ser verificado abaixo é de que em caso de acidente de trânsito em que resultar lesões a civis e militares, a justiça militar será competente para processar e julgar o militar que deu causa ao acidente resultando em lesões corporais e a justiça comum para processar e julgar o civil. In verbis: Acórdão nº /90 - STM. Acidente de trânsito. Crimes militar e comum. Conexão. Continência. A conexão e a continência não determinam a unidade processual, no caso de concurso entre a jurisdição militar e a comum, justificando-se a separação dos processos (artigo 102,alínea a, do CPPM e artigo 79, inciso I, do CPP). In casu, trata-se de acidente de trânsito, provocado por militar, com viatura do exército, resultando lesões corporais em outros militares e em civis. negado provimento ao recurso, para manter o despacho impugnado. Decisão unânime. 10

11 Civil que sofre lesão corporal por policial-militar em serviço, integrante de outra unidade da Federação. Acaso um civil venha a ser agredido por policial-militar em serviço e pertencente à outra unidade da Federação, o mesmo será processado e julgado pela justiça militar de seu Estado, é o que preconiza a Súmula 078 STJ. In verbis: de crimes. Compete à justiça militar processar e julgar policial de corporação estadual, ainda que o delito tenha sido praticado em outra unidade federativa. (Súmula 078 STJ). Civil que sofre lesão corporal por policial-militar em serviço e em concurso Na hipótese de um policial-militar em serviço cometer concurso de crimes, quanto a lesão corporal causada ao civil, será processado e julgado pela justiça militar estadual juntamente com outros crimes que forem militares, no entanto, se não forem de sua competência, serão apreciados pela justiça comum. É o que estabelece a Súmula 90 do STJ. In verbis: confraternização. Compete à justiça estadual militar processar e julgar o policial militar pela pratica do crime militar, e a comum pela pratica do crime comum simultâneo aquele. (Súmula 90 do STJ). Policial-militar que agride civil em seu domicílio ou em uma Para a definição se é crime militar ou não, faz-se necessário verificar se o miliciano estava ou não em serviço, pois conforme discorremos sobre o assunto, somente caracterizará crime militar nesta situação. Destarte, acaso o policial-militar esteja de serviço e deslocou-se para a sua residência ou a uma confraternização e neste local cometeu lesões corporais em civil, tal delito não será de competência da justiça castrensis, cabendo à justiça comum imputar a reprimenda prevista no artigo 129 do CP. Antes de encerrarmos este item, urge uma indagação quanto ao tema em estudo e que consideramos relevante analisarmos, se a vítima da agressão pelo militar for esposa, se deve ou não aplicar a Lei /06, mais conhecida como Lei Maria da Penha. Realizada pesquisa sobre tal tema não logramos encontrar doutrina ou jurisprudência a respeito, contudo, na nossa avaliação entendemos a sua inaplicabilidade, isto por várias razões, a primeira que a Lei /06 não estabeleceu expressamente a sua aplicabilidade no código penal militar e a segunda, em razão da 11

12 12 especialidade do código penal militar que não foi derrogado quando da edição da Lei Maria da Penha, estando em plena vigência. 6 Justiça Militar Estadual Nos termos do artigo 124 da Constituição Federal (CF), cabe à justiça militar estadual processar e julgar os crimes militares cometidos pelos policiais militares. In verbis: Art À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar. Verifica-se ainda que quando o crime for propriamente militar a competência para processar e julgar será do Conselho de Justiça, constituído do juiz de direito militar e de oficiais da Polícia Militar, e quando o crime for impropriamente militar a competência ficará adstrita ao Juiz de Direito Militar. Disposição esta contida no 5º do artigo 125 da CF, a qual transcrevemos abaixo: 7 Conclusão Art Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. 5. Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares. Procuramos com este trabalho evidenciar um ramo do direito, qual seja: o direito penal militar, ainda pouco estudado e pesquisado, mas em perfeita vigência e aplicabilidade prática, com o objetivo de aprimorar a prestação do serviço policial militar, mormente na sua atividade de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública. Definimos e contextualizamos o crime de lesão corporal praticada por militar em serviço contra civil. Para tanto, tivemos a preocupação de definir o que vem a ser crime militar, sua subdivisão em propriamente e impropriamente militar, o que vem a ser a expressão militar em serviço e, ainda, a competência das justiças militares dos estados.

13 13 Em um segundo momento, citamos várias jurisprudências a respeito do assunto, todas elas no sentido de que a lesão corporal praticada por militar em serviço contra civil constitui-se crime militar, de acordo com o disposto no artigo 209 do Código Penal Militar. Colocamos, também, várias situações já ocorridas e os devidos julgamentos, a fim de contextualizarmos o assunto em tela. Por fim, pretendemos com este estudo, dar a real importância que o tema exige, principalmente, para os operadores do direito penal militar, pois o correto posicionamento da questão somente tende a fortalecer as instituições policiais militares, principalmente diante do Poder Judiciário e a sociedade, visto que os delitos militares estão presentes no dia-a-dia da nossa atividade.

14 8 Bibliografia ROTH, Ronaldo João. Justiça Militar e as peculiaridades do juiz militar na autuação jurisdicional. São Paulo: Juarez de Oliveira, ROMEIRO, Jorge Alberto. Curso de Direito Penal Militar. São Paulo: Saraiva, AQUINO. Ivo d. Revista de Informação Legislativa. Brasília: julho/setembro, LOBÃO, Célio. Direito Penal Militar. 3. ed. Brasília: Brasília Jurídica, DE ASSIS, Jorge César. Comentários ao Código Penal Militar. 5. ed. Curitiba: Juruá, NEVES, Cícero Robson Coimbra; STREIFINGER, Marcello. Apontamentos de Direito Penal Militar. São Paulo: Saraiva, 2005.

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