JUSTIÇA MILITAR. ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA
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- Luiza Caminha Azambuja
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1 JUSTIÇA MILITAR. ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA CONFORMAÇÃO CONSTITUCIONAL Constituição Federal (OBS: o Decreto 4.346/02 exige o cumprimento do contraditório na apuração das infrações disciplinares) Art. 92. São Órgãos do Poder Judiciário: VI - os Tribunais e Juízes Miltares Art São Órgãos da Justiça Militar I - o Superior Tribunal Militar; II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei. Composição do Superior Tribunal Militar - Art. 123-Constituição Federal: 15 Ministros - nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal: 3 - oficiais-generais da Marinha 4 - oficiais-generais do Exército--- todos da ativa e do posto mais elevado 3 - oficiais-gen. da Aeronáutica 5 - civis, escolhidos pelo Pres. Rep. - Brasileiros maiores de 35 anos, sendo: - 3 dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional; - 2 (dois), por escolha paritária, dentre juízesauditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar. Art À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar. Justiça Militar Estadual: Ainda, o art. 125, 5º, da CF/88 ( acrescentado pela Emenda 45/04), prevê: 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares. (grifei) *Lei de Organização Judiciária Militar. Lei Federal nº 8.457/92 Código Penal Militar (CPM) Dec.-lei 1.001, de Código de Processo Penal Militar (CPPM). Dec.-lei 1.002, de
2 JUSTIÇA MILITAR FEDERAL Lei 8.427/92 - Órgãos da Justiça Militar Superior Tribunal Militar Auditoria de Correição Conselhos de Justiça Juízes Auditores Juízes Auditores Substitutos São 12 Circunscrições Judiciárias Militares, cada qual compondo uma Auditoria da Justiça Militar CONSELHOS DE JUSTIÇA 1) Conselho Especial de Justiça - processo e julgamento de Oficiais, exceto oficiais-generais(stm). Composição: 1 Juiz Auditor - 4 Juízes Militares de posto superior ao acusado ou igual posto, desde que mais antigo. 2) Conselho Permanente de Justiça (não oficiais) Composição: 1 Juiz Auditor - 1 Oficial Superior (Presidente) - 3 oficiais até Capitão. Renova-se a cada 3 meses. Justiça Militar Estadual Constituição Federal Art. 125, 3º, 4º, 5º(NR EC 45/04) 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares. (grifei) Constituição Estadual Art A Justiça Militar é constituída, em primeiro grau, pelos Conselhos de Justiça e, em segundo, pelo Tribunal de Justiça ou por Tribunal de Justiça Militar. 1º. A lei poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, o Tribunal de Justiça Militar, quando cumprido o requisito do art. 125, 3º, da Constituição Federal. 2º. Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os policiais militares nos crimes militares definidos em lei, cabendo ao 2
3 tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação dos praças. Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Paraná Artigos 53 a 58 Art. 53. A Justiça da Polícia Militar será exercida: I - pelos Conselhos Militares e pelo Juiz de Direito de Vara da Auditoria da Justiça Militar, em primeira instância, com jurisdição em todo o Estado; II - pelo Tribunal de Justiça, em segunda instância. Art. 54. O Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar será exercido por Juiz de Direito da Comarca de Curitiba. Art. 55. A Auditoria compor-se-á, além do Juiz de Direito e de um Promotor de Justiça, de um Escrivão e de um Oficial de Justiça. Parágrafo único. Para os cargos de Escrivão e Oficial de Justiça, o Juiz Auditor requisitará um oficial inferior e uma praça depré da corporação respectivamente. Art. 56. Quanto à composição dos Conselhos Militares, observar-se-á, no que for aplicável, o disposto na legislação da Justiça Militar. Art. 57. Em seus eventuais impedimentos ou ausências, o Juiz da Vara da Auditoria da Justiça Militar será substituído por Juiz de Direito Substituto, designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça. (Considerar a nova redação do artigo 125 da CF/88 EC 45/04 acima transcrito) Art. 58. Compete aos órgãos da Justiça Militar, em primeiro grau, o processo e o julgamento dos crimes militares, praticados pelos oficiais e praças da Polícia Militar do Estado e seus assemelhados, bem como de outros assim definidos por lei, regulando-se sua jurisdição e competência pelas normas traçadas na legislação militar. CONSELHOS DE JUSTIÇA 1) Conselho Especial de Justiça - processo e julgamento de Oficiais. Composição: 1 Juiz Auditor - 4 Juízes Militares de posto superior ao acusado ou igual posto, desde que mais antigo. 2) Conselho Permanente de Justiça (não oficiais) Composição: 1 Juiz Auditor - 1 Oficial Superior (Presidente) - 3 oficiais subalternos. Renova-se a cada 3 meses. MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR Constituição Federal - art. 128, inciso I, alínea c ; Lei Complementar nº 75/93 3
4 RITOS PROCEDIMENTAIS Código de Processo Penal Militar Aplicação do CPPM - art. 1º Polícia Judiciária Militar - art. 7º e seguintes Inquérito Policial Militar - art. 8º RITO PROCESSUAL COMUM 1) Inquérito Policial Militar - Prazo para conclusão (artigo. 20): preso = 20 dias solto = 40 dias - prorrogável por + 20 dias(dilig.) 2) Denúncia - prazo para conclusão (artigo. 77 a 79): preso = 5 dias solto = 15 dias - prorrogável até 3 vezes(45 dias) Preferência dos processos - art ) Recebimento da denúncia - arts. 399 e s.s. citação e designação do interrogatório (7 dias) 48 horas para opor exceções (art.407) revelia - art. 412 Prazos para instrução - artigo contados do recebimento da denúncia: réu preso - 50 dias réu solto - 90 dias Atos onde é exigida a formação do Conselho: interrogatório acareação testemunhas 4) Audiência de testemunhas da denúncia - artigo 417 (possibilidade da defesa arrolar suas test. Até 5 dias após a inquirição das test. Acusação) 5) Audiência de testemunhas de defesa Limite de testemunhas mais informantes e 3 testemunhas normativas=referidas 6) Diligências - art. 427 (similar ao 499 do CPP) 4
5 7) Alegações Escritas - 8 dias (assistente 5 dias) - mais de 5 acusados c/def.difer dias 8) Saneador - artigo designa dia e hora para julgamento 9) Sessão de Julgamento: art. 432 presentes TODOS os juízes - abre a sessão leitura de peças alegações orais - 3 h. - réplica/tréplica = 1 h. permite-se apartes, desde que autorizados deliberação do conselho ordem de votação: - 1º auditor - juiz militar + moderno p/ mais antigo OBS: concurso de crime contra militar ou instituição mil. e crime contra civil adota-se o rito do CPPM, promovendo-se os atos do colegiado quanto ao primeiro e, na mesma instrução, produz-se os atos para o crime contra civil. Ao final o colegiado julga o primeiro e o juiz auditor julga o segundo. Artigos 435 e 437 RITOS ESPECIAIS Da Deserção em Geral Habeas Corpus Restauração de Autos Competência Originária do STM Correição Parcial 5
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