A MULTA DO ARTIGO 475-J NOS TRIBUNAIS SUPERIORES 1

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1 1 A MULTA DO ARTIGO 475-J NOS TRIBUNAIS SUPERIORES 1 Thaíze Cristine Tadiotto* RESUMO As inovações introduzidas no direito processual civil pela lei /2005 desencadearam uma série de discussões acerca daquilo que o legislador não previu com exatidão quando da elaboração da lei. Além de regular a nova sistemática para a execução de títulos judiciais, chamada agora de cumprimento da sentença, a lei trouxe uma previsão até então inédita no processo brasileiro, uma multa de 10% sobre o valor total da condenação para os casos em que há o descumprimento da sentença judicial. Essa multa, prevista no artigo 475-J do Código de Processo Civil, tem provocado, há tempos, fortes discussões doutrinárias e jurisprudenciais, e os embates, vão desde controvérsias acerca do funcionamento do procedimento do cumprimento da sentença, as formas de liquidação da mesma, à especificidades da aplicação da multa, como, sua natureza jurídica, qual seria o marco inicial para a contagem do prazo de 15 dias, se há necessidade de intimação pessoal do devedor para pagamento, bem como, questões referentes à aplicabilidade dessa às execuções provisórias e trabalhistas, mas isso tudo, sempre buscando atender aos objetivos maiores dessa reforma: a busca por um processo mais célere e eficiente. INTRODUÇÃO As alterações no processo civil provenientes da entrada em vigor da lei /2005 foram muito significativas, em especial, no que se refere ao processo de execução, pois, de acordo com o novo modelo implementado pela lei, a execução de título judicial deixou de caracterizar-se como um processo 1 Artigo extraído do Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, aprovado com grau máximo pela banca examinadora composta pela Orientadora Profª. Mariângela Guerreiro Milhoranza, e pelas Examinadoras Profª. Denise Pires Fincato e Profª. Márcia Büring, em Acadêmica da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. thaize.tadiotto@gmail.com

2 2 autônomo e passou a ser uma etapa do processo de conhecimento, convertendo-se, em fase de cumprimento de sentença. Considerando que a lei acarretou muitas mudanças, é importante que se diga que surgiram também inúmeras dúvidas e interpretações, especialmente, acerca daquilo que o legislador não esclareceu de forma impositiva, sendo omisso ou simplesmente por aderir à simplicidade da reforma, como é o caso, por exemplo, da discussão sobre qual seria o marco inicial para a contagem do prazo para o cumprimento de sentença, discussão enriquecida justo que o dispositivo do art. 475-J é singelo e enxuto, não mencionando nenhum marco inicial para a contagem do prazo. Logo, para aqueles atuantes no processo civil, seja como operador do direito, como parte, ou até mesmo, apenas como mero expectador, a possibilidade de ver uma dívida adimplida com maior celeridade é com certeza um grande avanço de um sistema processual que até a entrada em vigor desta lei parecia sustentar a dicotomia de dois processos. Enquanto no processo de conhecimento se conseguia uma condenação, por exemplo, para que essa atingisse sua eficácia, fazia-se necessário iniciar um novo processo, o processo de execução. 1 O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA Considerando que em 2005 o processo civil teve sua estrutura profundamente reformulada e a execução por quantia certa de título executivo judicial que, até então, via de regra, dava-se na forma de um processo autônomo e independente, passou a representar apenas mais uma fase do processo de conhecimento, chamada agora de cumprimento da sentença. No dizer de Ada Pellegrini Grinover 2 Decorrente de projeto de Athos Gusmão Carneiro, amplamente debatido no Instituto Brasileiro de Direito Processual Civil e, depois, com a comunidade jurídica, a Lei /2005 traz profunda modificação em todo o direito processual brasileiro e seus institutos. A principal característica da lei denominada de cumprimento da sentença consiste na eliminação da figura do processo autônomo de execução fundado na sentença civil condenatória ao pagamento de quantia certa, generalizando o disposto nos arts. 461 e 461-A do CPC. Agora, a efetivação dos preceitos contidos em qualquer 2 GRINOVER, Ada Pellegrini. Cumprimento da Sentença. In BRUSCHI, Gilberto Gomes. Execução Civil e Cumprimento da Sentença. São Paulo: Método, 2006, p. 15.

3 3 sentença civil condenatória se realizará em prosseguimento ao mesmo processo no qual esta for proferida. Assim, para a melhor compreensão da nova moldura processual instaurada pela lei /05, faz-se primordial tecer algumas considerações quando à tipologia dos processos, comparando a classificação anteriormente adotada, com a nova sistemática aduzida pela lei. Nesse contexto, o processo civil estruturava-se da seguinte forma: havia três grupos de processos, o processo de conhecimento, pelo qual buscava-se a tutela jurisdicional para ter um direito declarado e reconhecido; o processo de execução, pelo qual materializava-se o direito declarado no processo de conhecimento; e o processo cautelar, utilizado para resguardar o resultado útil de um outro processo, portanto, meramente assecuratório e dependente do processo principal. Porém, apenas os dois primeiros processo de conhecimento e processo de execução é que foram objeto das alterações legais, sofrendo contundentes modificações. O processo de execução deixou de ser um processo autônomo para representar, então, uma fase do processo de conhecimento e assim, consolidou-se a idéia de que em um mesmo processo podem existir atividades cognitivas e executórias. Também, das palavras de Antônio Notoriano Jr. e Gilberto Gomes Bruschi 3 desvenda-se o salutar entendimento de que [...] Rompeu-se com a tradicional dicotomia entre processo de conhecimento e de execução, tornando-se desnecessário o processo autônomo de execução com a nova citação daquele que fora condenado a cumprir determinada obrigação. [...] Tem-se assim que, ao menos na teoria, a simplificação foi radical, pois elimina a executio ex intervallo (com todos os percalços a ela inerentes, sobretudo a citação obrigatória e pessoal do executado), passando a ensejar o cumprimento da sentença, desde que a obrigação nela contida não tenha sido cumprida pelo devedor, ainda que pendente eventual recurso sem efeito suspensivo. Deste modo, verifica-se que a execução, através do cumprimento da sentença, passa a ser uma fase subsequente à decisão condenatória e busca a efetivação, com maior celeridade e eficiência, do comando judicial. 3 NOTORIANO JÚNIOR, Antônio; BRUSCHI, Gilberto Gomes. Os prazos processuais e o cumprimento da sentença. In BRUSCHI, Gilberto Gomes. Execução Civil e Cumprimento da Sentença. São Paulo: Método, 2006, p. 38.

4 4 2 PECULIARIDADES DO ARTIGO 475-J Talvez, a maior inovação conferida pela lei às execuções, tenha sido a inédita multa do artigo 475-J, o qual, pioneiramente no processo civil brasileiro, prevê uma multa de 10% sobre o valor total da condenação para aquele réu que não adimplir a obrigação pela qual foi condenado dentro de um prazo de 15 dias. A partir dessa tão importante inovação surgiram também, inúmeras dúvidas e distintas interpretações quanto a esse dispositivo legal, em especial, acerca daquilo que o legislador não esclareceu quando da redação do artigo, como é o caso, por exemplo, da discussão sobre qual seria o marco inicial para a contagem do prazo para o cumprimento da sentença, bem como, qual a natureza jurídica da multa, dentre outros. 2.1 A NATUREZA JURÍDICA DA MULTA Segundo interpretações distintas, esse caráter poderia ser coercitivo, punitivo ou, até mesmo, híbrido, o que nos remontaria à necessidade de uma análise de caso, podendo, de acordo com cada situação específica, deixar de atender as expectativas de um processo de execução mais simples e célere. Para os consagrados doutrinadores Luiz Rodrigues Wambier; Teresa Arruda Alvim Wambier e José Miguel Garcia Medina 4, a multa do artigo 475-J, do CPC, atua como uma medida coercitiva, ao passo que a incidência da multa não sujeita-se à apreciação do juiz e sim, unicamente, ao caso de haver o descumprimento da condenação por parte do executado. Conforme elucidam Com efeito, é prevista uma medida executiva coercitiva ope legis, já que o descumprimento da obrigação reconhecida na sentença condenatória acarretará a incidência de multa de 10% sobre o valor da condenação. [...] A norma do art. 475-J do CPC impõe, de modo taxativo, a incidência da multa no caso de descumprimento da condenação, não podendo o juiz optar entre esta e outra medida coercitiva. [...] Com o art. 475-J do CPC, o uso da coerção para o cumprimento da sentença que condena ao pagamento de soma em dinheiro se generalizou, embora a medida coercitiva admissível se restrinja à multa. (grifo da autora) Todavia, quadra registra, que para os autores supramencionados, a multa do art. 475-J, justamente por ser medida coercitiva e não punitiva, pode 4 WAMBIER, Luiz Rodrigues; WAMBIER, Tereza Arruda Alvim; MEDINA, José Miguel Garcia. Breves Comentários à Nova Sistemática Processual Civil 2. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 144 e 145.

5 5 ser cumulada com a multa do art. 14, inc. V e parágrafo único do CPC, que prevê punição quando as partes agirem contra os provimentos judiciais, ou seja: praticar atos atentatórios ao exercício da jurisdição. De igual teor é o entendimento do eminente Ministro Luiz Fux, para o qual a multa do art. 475-J é de imposição legal e tem caráter coercitivo, não havendo margem para atuação da discricionariedade do juiz 5. Deste modo, atribuir caráter coercitivo à multa significa entender que ela possui um efeito psicológico sobre o condenado, ou seja: para que ele não pague um valor ainda maior, é melhor que cumpra imediatamente com a condenação. A segunda vertente é no sentido de atribuir à multa caráter punitivo, isso porque, para essa prestigiosa parcela da doutrina, a incidência da multa somente ocorrerá caso o executado não cumpra com a condenação voluntariamente dentro do prazo estabelecido, e assim, por descumprimento da lei, sofreria o réu a devida punição. Defendendo o caráter punitivo da multa estão juristas como Nelson Nery Júnior e Rosa Maria Andrade Nery 6, José Maria Rosa Tesheiner 7, Vítor J. de Mello Monteiro 8, Daniel Amorim Assumpção 9, Ernane Fidélis dos Santos 10, dentre outros. Para José Maria Rosa Tesheiner e outros 11 : A incidência de multa é incondicionada. Não se trata de astreinte, ou seja, de multa para coagir o devedor, mas de pena, à semelhança da multa contratual. Já, Daniel Amorim Assumpção 12, quando assevera: servindo, portanto, como uma sanção processual ao sujeito que se nega a cumprir sua obrigação 5 FUX, Luiz. A Reforma do Processo Civil: comentários e análise crítica da reforma infraconstitucional do poder judiciário e a reforma do CPC. 2. ed. revisada e ampliada. Niterói: Impetus, 2008, p NERY JÚNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria Andrade. Código de Processo Civil comentado e legislação extravagante. 9. ed. rev., amp. e atual., São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2006, p TESHEINER, José Maria Rosa (Coord.) ET alii. Nova Sistemática do Processo Civil. 2.ed. Caxias do Sul: Plenum, 2006, p MONTEIRO. Vítor J. de Mello. Da multa no cumprimento de sentença. In BRUSCHI, Gilberto Gomes (Coord.). Execução Civil e Cumprimento da Sentença. São Paulo: Método, 2006, p. 493 e NEVES, Daniel Amorim Assumpção; et al. Reformas do CPC. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p SANTOS, Ernane Fidélis dos. As Reformas de 2005 do Código de Processo Civil. São Paulo: Saraiva, 2006, p TESHEINER, José Maria Rosa (Coord.) ET alii. Nova Sistemática do Processo Civil. 2.ed. Caxias do Sul: Plenum, 2006, p. 121.

6 6 de pagar quantia já reconhecida em sentença, claramente aponta sua posição, repudiando, de pronto, qualquer outra atribuição que não a de natureza punitiva à multa. Há ainda, como última orientação, uma corrente doutrinária, capitaneada por Fredie Didier Júnior, Paula Sarno Braga e Rafael Oliveira 13, entendendo que a multa poderia possuir caráter híbrido, ou seja, poderia adaptar-se à situação, alterando seu caráter de acordo com o momento processual. Para os processualistas defensores da natureza híbrida, a multa tem dupla finalidade, primeiramente caracteriza-se como medida coercitiva, servindo apenas de fator motivacional para o adimplemento dentro do prazo legal e, posteriormente, caracteriza-se como uma sanção, punindo onerosamente o inadimplemento (com o acréscimo de 10% sobre o total da condenação). Louvável também é a posição de Luiz Guilherme Marinoni 14, para o qual a multa na essência será coercitiva, contudo, pode resultar em um caráter sancionador quando, ainda que não gere o adimplemento no prazo, pune o devedor dando origem à execução por expropriação de bens, nesse sentido Acontece que o objetivo da multa, em relação à sentença que impõe o pagamento de soma, é de convencer o devedor a pagar. É claro que a multa pode não lograr intento, como pode acontecer em relação às obrigações de fazer, de não-fazer e de entrega de coisas, quando, então, o valor da multa deverá ser cobrado através da execução por expropriação. Porém, ninguém jamais ousou penar que a multa não tem efetividade diante das obrigações de fazer (p. ex.) apenas porque pode não levar ao adimplemento. É que a multa deve ser vista como coerção e como sanção. O fato de que ela pode se transformar em sanção pecuniária, após não ter atingido o seu verdadeiro fim (coercitivo), jamais afastou e nem poderia a idéia de que constitui uma imprescindível técnica executiva para a tutela dos direitos. Ou melhor: admite-se que a multa deva ser utilizada como técnica de coerção indireta, para se tentar eliminar a necessidade da execução direta (p. ex., no caso de obrigação de fazer fungível), ainda que ela possa não gerar o adimplemento, e assim ter que ser cobrada através da execução de expropriação. (grifo da autora) 12 NEVES, Daniel Amorim Assumpção; et al. Reformas do CPC. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p DIDIER JÚNIOR, Fredie; CUNHA, Leonardo José Carneiro; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 5. Salvador: Juspodivm, 2009, p MARINONI, Luiz Guilherme. A efetividade da multa na execução da sentença que condena a pagar dinheiro. Jus Navegandi, Teresina, ano 9, n. 500, 19 nov. 2004, p. 4 e 5. Disponível em: Acesso em: 28 ago 2010.

7 7 Assim, em que pese os outros posicionamentos, talvez seja esta última corrente, que atribui à multa dupla finalidade, o melhor posicionamento a ser adotado, pois, deste modo, serviria a multa, ou de contramotivo (coerção), ou de punição para o inadimplemento (sanção), mas de igual forma, e sempre, objetivando o cumprimento da condenação 15. Portanto, após palavras de Marinoni e acompanhando o entendimento do emérito doutrinador Araken de Assis 16, pode-se concluir que independente do posicionamento adotado, no que concerne o caráter da natureza da multa, o objetivo maior dessa está em oferecer incentivo econômico ao devedor, tornando não só vantajoso o cumprimento espontâneo, como também, oneroso o inadimplemento. 2.2 O TERMO A QUO PARA A CONTAGEM DO PRAZO Em conseguinte, dando andamento à análise das questões controversas do art. 475-J, bem como, a falta de especificidade do dispositivo, elencam-se mais dois temas relevantes. O primeiro tema refere-se ao fato do legislador não identificar, e diga-se de passagem: sem nenhuma exatidão; qual seria o marco inicial para a contagem do prazo do cumprimento de sentença. Já, o segundo diz respeito à necessidade, ou não, de intimação pessoal do réu da sentença, para o decurso do prazo. Pois bem, os temas podem ser discorridos concomitantemente, sem prejuízo de vício, justo que para uma gama da doutrina o segundo tema é que poderia responder o primeiro. Contudo, antes de discorrer sobre os distintos posicionamentos doutrinários, cumpre, primeiramente, aduzir o que dispõe o caput do art. 475-J Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de 15 (quinze) dias, o montante da condenação será acrescido de multa de 10% (dez por cento) e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. (grifo da autora) A partir do caput do suprareferido artigo, o que de fato vislumbra-se é que a lei impõe o prazo de 15 dias para que a parte condenada pague o valor 15 DIDIER JÚNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 2. Salvador: Juspodivm, 2007, p ASSIS, Araken de. Cumprimento da Sentença. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 213.

8 8 do inadimplemento sem multa, ou seja, efetue o pagamento espontâneo da condenação. Inicia-se pela corrente mais adeptos e que devido ao fato de já haver posicionamento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça a seu favor, provavelmente prevalecerá ao longo dos tempos. Aderindo a essa corrente, defendendo a idéia de que o prazo começa quando se perfectibiliza a eficácia da decisão, ou seja: quando se dá o trânsito em julgado da sentença, o recebimento do recurso cabível sem efeito suspensivo ou quando ocorre a fixação de quantia a ser paga, no caso de liquidação, destacam-se, dentre outros, doutrinadores como Araken de Assis 17, José Maria Rosa Tesheiner 18, Athos Gusmão Carneiro 19, Humberto Theodoro Júnior 20 e Guilherme Rizzo Amaral 21, conforme explanado a seguir. Para o experiente doutrinador gaúcho Araken de Assis 22, o prazo para o cumprimento da sentença flui a partir do momento em que o crédito torna-se exigível, ou seja, a contar do trânsito em julgado do último provimento jurisdicional condenatório. Complementa ainda, que o objetivo da multa é tornar vantajoso para o réu o pagamento espontâneo da condenação. Quem também encapa essa idéia, e de forma contundente, é José Maria Rosa Tesheiner 23, que defende como termo dies a quo para a contagem do prazo, o simples trânsito em julgado da decisão, independente, se proveniente de sentença ou acórdão, conforme pondera O trânsito em julgado ocorrerá, na maioria dos casos, em outra instância, motivo por que se poderia sustentar que o termo inicial do prazo fixado para pagamento seria o da intimação do despacho de cumpra-se, quando do retorno dos autos. Mas isso implicaria a concessão de um prazo, que pode estender-se por vários meses, a um devedor já condenado porque deve e porque em mora. 17 ASSIS, Araken de. Cumprimento da Sentença. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 212 e TESHEINER, José Maria Rosa. Execução de sentença regime introduzido pela lei nº /05. Revista Jurídica. Porto Alegre, n. 343, p , maio 2006, p CARNEIRO, Athos Gusmão. Do Cumprimento da Sentença, conforme a lei /2005. Parcial retorno ao medievalismo? Por que não? In Revista da Ajuris. n. 102, v. 33, p.51-78, jun. 2006, p THEODORO JÚNIOR, Humberto. As novas reformas do código de processo civil. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p AMARAL, Guilherme Rizzo. Cumprimento e Execução da Sentença sob a Ótica do Formalismo-Valorativo. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008, p. 184 e ASSIS, Araken de. Cumprimento da Sentença. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 212 e TESHEINER, José Maria Rosa. Execução de sentença regime introduzido pela lei nº /05. Revista Jurídica. Porto Alegre, n. 343, p , maio 2006, p. 22.

9 9 Logo, para o Professor Tesheiner, mesmo que a decisão que tenha transitado em julgado seja de um colegiado, essa transitará em julgado ainda na superior instância, sem necessidade alguma de intimação do executado, até mesmo, porque, não haverá necessidade do juiz autorizar o pagamento, que poderá ser feito independente dos autos. Também, faz-se mister indagar que as posições supra aventadas, no que referem-se a desnecessidade absoluta de intimação do réu, estão de acordo com o entendimento de Humberto Theodoro Júnior 24, no entanto, com a devida ressalva dos casos em que houver decisão em sede de recurso, qual seja Se o trânsito em julgado ocorre em instância superior (em grau de recurso), enquanto os autos não baixarem à instância de origem, o prazo de 15 dias não correrá, por embaraço judicial. Será contado a partir da intimação às partes, da chegada do processo ao juízo da causa Conforme Theodoro Jr., o cumprimento de sentença deve ocorrer no processo de origem e, deste modo, apenas quando os autos estiverem disponíveis poderá haver pagamento por parte do executado, e isso, considerando que o patrono deste tenha sido intimado da baixa dos autos. Nesta direção, insta esclarecer, também, e pelo simples prazer ao argumento, a posição de Guilherme Rizzo Amaral 25, que faz a seguinte avaliação acerca da multa O art. 475-J não faz expressa referência ao trânsito em julgado de tais decisões, colocando-se a questão acerca de se ele é necessário para que se inicie o prazo de 15 dias para o cumprimento da sentença (ou acórdão). Enquanto não transitar em julgado a sentença ou acórdão, o cumprimento voluntário só será exigido caso haja provocação do devedor e intimação específica do devedor, caso em que constituirá cumprimento provisório da sentença. Ainda, Guilherme Rizzo Amaral 26 vai mais além, e com veemência esclarece seu posicionamento a respeito da inexistência da necessidade de intimação O dispositivo também não indica a necessidade de intimação específica para cumprimento voluntário da sentença, fazendo referência apenas à condenação do devedor e seu eventual 24 THEODORO JÚNIOR, Humberto. As novas reformas do código de processo civil. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p AMARAL, Guilherme Rizzo. Cumprimento e Execução da Sentença sob a Ótica do Formalismo-Valorativo. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008, p AMARAL, Guilherme Rizzo. Cumprimento e Execução da Sentença sob a Ótica do Formalismo-Valorativo. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008, p

10 10 descumprimento. Todavia, uma vez transitada em julgado a sentença (ou acórdão), cremos ser desnecessária a intimação do devedor para cumpri-la, bastando a simples ocorrência do trânsito em julgado para que se inicie o prazo de 15 dias para o cumprimento voluntário.[...] Hoje, o devedor dispõe de 15 dias a contar do trânsito em julgado para pagar, e somente após o decurso desse prazo é que incidirá a multa de 10%. Ou seja: sustentar a necessidade de intimação pessoal do réu para cumprir voluntariamente a sentença transitada em julgado não só consistiria má resolução do conflito entre efetividade e segurança, como também retrocesso em comparação a sistemática anterior. (grifo da autora) Portanto, como bem se vê, para o autor, a contagem do prazo deve efetivar-se a partir do trânsito em julgado da decisão e, a necessidade de intimação deve ser desconsiderada, sob pena de tornar o novo procedimento ineficaz quanto aos seus objetivos, por exemplo, o de dar celeridade ao processo. Defendendo teses opostas as anteriormente explanadas, e compartilhando das mesmas definições, destacam-se doutrinadores como Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery 27, Daniel Amorim Assumpção 28, Cássio Scarpinella Bueno 29, José Eduardo Carreira Alvim e Luciana Gontijo Carreira Alvim Cabral 30, dentre outros, que aduzem ser necessária a intimação do réu, porém essa pode ser em qualquer forma idônea prevista em lei, como, por exemplo, na pessoa do advogado constituído nos autos. A lição de Nelson Nery Jr. e Rosa Maria Andrade Nery 31 sugere que o juiz, no dispositivo da sentença, aufira a necessidade de intimação do executado, na pessoa de seu advogado, para o devido pagamento da condenação, sob pena de incidência da multa prevista no art. 475-J. Assim, bem salientam os autores O devedor deve ser intimado para que, no prazo de quinze dias a contar da efetiva intimação, cumpra o julgado e efetue o pagamento da quantia devida. A intimação o devedor deve ser feita na pessoa de 27 Código de Processo Civil comentado e legislação extravagante. 9 ed. São Paulo: RT, 2006, p NEVES, Daniel Amorim Assumpção; et al. Reformas do CPC. São Paulo: RT, 2006, p. 216 e BUENO, Cássio Scarpinella. Variações sobre a multa do caput do art. 475-J do CPC na redação da Lei /2005. In: WAMBIER, Tereza Arruda Alvim (Coord.). Aspectos Polêmicos da Nova Execução de Títulos Judiciais Lei /2005. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p ALVIM, José Eduardo Carreira; CABRAL, Luciana Gontijo Carreira Alvim. Cumprimento da Sentença. Curitiba: Juruá, 2006, p Código de Processo Civil comentado e legislação extravagante. 9 ed. São Paulo: RT, 2006, p. 641.

11 11 seu advogado, que é o modo determinado pela Reforma da Lei /05 para a comunicação do devedor na liquidação e na execução para o cumprimento da sentença. A intimação do advogado do devedor, que se faz, de regra, pela imprensa oficial, para o cumprimento do julgado é ato de ofício do juiz, em decorrência do impulso oficial do CPC 262. Outra forma que pode ser adotada para a intimação do devedor é o juiz, no dispositivo da sentença, determinar algo como: transitada em julgado, intime-se o devedor, na pessoa de seu advogado, para pagar em quinze dias, sob pena de multa de 10% sobre o valor da condenação. Pode fazer isso porque é providência que deve ser tomada ex officio. Dando seguimento, ainda no mesmo sentido, Daniel Amorim Assumpção Neves 32, também admite ser possível apenas a intimação do advogado, muito embora, acredite que isso poderia acarretar em incertezas, justo que seria apenas presumível que as partes estivessem a par do prazo para satisfazer a obrigação. Cássio Scarpinella Bueno 33 não é tão radical (e lê-se radical no sentido de pregar a não intimação do réu como uma violação do direito ao contraditório), mas também defende que a intimação do réu para o cumprimento da sentença deva dar-se mediante intimação do procurador do mesmo, e isso, principalmente, para garantir que o executado tenha ciência do curso do processo. Conforme prevê Forte na noção constitucional de que o cumprimento escorreiro do julgado pressupõe adequada publicidade e condições materiais suficientes que atestem que há uma decisão judicial eficaz, apta para ser cumprida, é que ainda prefiro, com renovadas vênias, manter o entendimento de que o prazo do art. 475-J depende de prévia ciência do devedor, por intermédio de seu advogado, de que o julgado reúne condições suficientes para cumprimento. Alega o autor, inclusive, que a simples expressão cumpra-se o acórdão ou qualquer outro despacho do juiz que expressasse o trânsito em julgado da decisão, poderiam, desde que publicado no diário Oficial, indicar o prazo quinzenal para o cumprimento da sentença (ainda, é claro, sem a incidência da multa). Ainda quanto à corrente que defende a intimação do devedor na pessoa de deu procurador, em especial quando comparada a corrente que defende a 32 NEVES, Daniel Amorim Assumpção; et al. Reformas do CPC. São Paulo: RT, 2006, p. 216 e BUENO, Cássio Scarpinella. Variações sobre a multa do caput do art. 475-J do CPC na redação da Lei /2005. In: WAMBIER, Tereza Arruda Alvim (Coord.). Aspectos Polêmicos da Nova Execução de Títulos Judiciais Lei /2005. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 143.

12 12 intimação pessoal do executado (o terceiro posicionamento doutrinário), são pertinentes algumas palavras de Eduardo Giovelli 34 Entender pela suficiência da intimação ao advogado em substituição ao anterior sistema, no qual o devedor era citado pessoalmente para pagar ou nomear bens em 24 horas, resulta em inequívoco avanço e economia de tempo e atividade jurisdicional, atendendo ao principal objetivo reformista, a agilização do processo em favor do credor que busca a satisfação da obrigação. E a regra do Código de Processo Civil, conforme arts. 234 e 236, é a intimação via advogado mediante a publicação no órgão oficial, sendo a intimação pessoal da parte exceção a correr somente quando a lei expressamente dispor, sendo que, como dito alhures, a Lei é silente neste aspecto. Por fim, apenas para que conste, também corroboram esse posicionamento: Celso Anicet Lisboa 35, José Eduardo Carreira Alvim e Luciana Gontijo Carreira Alvim Cabral 36 e, de igual forma, entendem que o prazo para incidência da multa é contado da intimação ao advogado do devedor. Não obstante ao entendimento ora vislumbrado, porém, com algumas peculiaridades, está o terceiro posicionamento doutrinário que, sem mais delongas, é a tese que defende como sendo o marco inicial para a contagem do prazo referido no artigo em questão, a intimação pessoal do devedor da sentença. Em verdade, essa parece ser a corrente mais conservadora, e pode-se dizer que o seu sustentáculo está no argumento de que o cumprimento da obrigação se constitui em ato personalíssimo da parte, não sendo um ato próprio do seu procurador. Também, defendendo essa opinião, estão os nobres processualistas Luiz Rodrigues Wambier, Tereza Arruda Alvim Wambier e José Miguel Garcia Medina 37 A intimação se dá para que seja cumprido ato pela própria parte, independentemente da participação do advogado, sob pena de sanção pecuniária que será suportada pela própria parte. [...] 34 GIOVELLI, Eduardo. Condições e possibilidades de implementação da multa ante o não cumprimento voluntário da decisão condenatória: a questão da efetividade do art. 475-J do CPC. In Revista da AJURIS, Ano 36, n. 113, p , mar. 2009, p LISBOA, Celso Anicet. A Reforma do Código de Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p ALVIM, José Eduardo Carreira; CABRAL, Luciana Gontijo Carreira Alvim. Cumprimento da Sentença. Curitiba: Juruá, 2006, p WAMBIER, Luiz Rodrigues; WAMBIER, Tereza Arruda Alvim; MEDINA, José Miguel Garcia. Sobre a necessidade de intimação pessoal do réu para o cumprimento da sentença, no caso do artigo 475-J do CPC (Inserido pela lei /2005). In Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil. n. 42, p , jul./ago 2006, p. 72.

13 13 argumento Segundo pensamos, é necessário distinguir os atos que exigem capacidade postulatória dos atos materiais de cumprimento da obrigação. [...] O cumprimento da obrigação não é ato cuja realização dependa de advogado, mas é ato da parte. Ademais, ainda sustentam a intimação pessoal com o seguinte Nada justifica, à luz dos mais rudimentares e básicos princípios constitucionais do processo, que se corra o risco de a própria parte não ser cientificada. Na hipótese, devem ser respeitados tanto o princípio do contraditório (em resumo, direito de informação a respeito dos atos processuais), quanto o princípio do devido processo legal (que abarca todas as demais regras processuais, inclusive aquelas relativas às figuras do juiz, do Ministério Público e do Advogado). Ou seja, percebe-se que para esses autores, que o ato de cumprimento ou descumprimento da obrigação é algo que incumbe somente ao executado, e por isso, é a intimação pessoal do mesmo que deve ser considerado o marco inicial para a contagem do prazo e, nenhuma outra forma, sob argumento de ser prejudicial ao próprio executado. Deste modo, verifica-se na doutrina pátria, bem como, ainda, em entendimento jurisprudencial, divergentes opiniões. Para alguns, a intimação pessoal do executado faz-se necessária uma vez que o cumprimento da sentença não é ato do advogado e sim do devedor, ora executado. Além do mais, questiona-se que a não intimação pessoal do executado confrontar-se-ia com princípios constitucionais, quais sejam: princípio de contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Porém, como visto, há uma boa gama da doutrina que entende ser desnecessária a intimação pessoal do devedor, bastando que seja intimado seu procurador, uma vez que este é seu representante legal ao longo do processo e, somente ele, tem poderes para tanto. Também, justifica-se de que em sendo necessária intimação pessoal do executado, a fase de cumprimento de sentença deixaria de atingir o objetivo para o qual foi proposta, que é o de dar celeridade ao processo. Enfim, em busca de respostas para as mais distintas dúvidas que circundam as lacunas deixadas no artigo 475-J, do CPC, e considerando as notáveis mudanças introduzidas por essa nova sistemática, no que compete ao cumprimento se sentença, é mister analisar todas as possibilidades, desde que plausíveis e reconhecidas pela doutrina, sem ignorar, contudo, o que os

14 14 Tribunais acabam por adotar, pois, embora no Brasil a doutrina processual civil seja forte, o que acaba valendo, no final das contas, é o que pensam os Tribunais Superiores. 2.3 A APLICABILIDADE DA MULTA NA EXECUÇÃO PROVISÓRIA Assim como quase todas as inovações abarcadas pela lei /2005 são controvertidas na execução definitiva, de igual forma, também são na execução provisória e, por isso, especialmente tratando-se do art. 475-J, seria por demasiado crer que a doutrina entraria em consenso quanto à aplicabilidade da multa no procedimento da execução provisória, e assim, por tratar-se de tema controverso, aduzir-se-ão os mais salutares posicionamentos. Por derradeiro, inicia-se pelo posicionamento pró incidência da multa de 10% nas execuções provisórias e, nesse sentido, Athos Gusmão Carneiro 38 profere a seguinte conclusão Embora se cuide de questão controvertida, tranquilamente considero que, para a incidência da multa, basta transcurso do prazo de 15 dias sem que o pagamento tenha sido feito voluntariamente pelo devedor condenado, e esse prazo automaticamente corre a partir da data em que a condenação tornou-se exequível exequível em execução definitiva ou em execução provisória. Logo, percebe-se que para o Ministro aposentando do Superior Tribunal de Justiça, o dispositivo legal não oportuniza muitas interpretações, acreditando que é clara a orientação do legislador, não sendo, por nenhum, simplista e vazia. Também Guilherme Rizzo Amaral 39 pensa que é aplicável a multa do art. 475-J à execução provisória, criticando, de certo modo, àqueles que negam seu cabimento Havendo justa expectativa do devedor no deslinde de seu recurso, haverá vozes sustentando ser contra o telos do art. 475-J a imposição da multa nele prevista nas hipóteses de descumprimento da sentença em sede provisória. Entretanto, ao franquear ao credor a possibilidade de requerer não apenas o cumprimento provisório, mas também a execução provisória do julgado, a lei reconhece a mesma exigibilidade às sentenças e acórdãos com ou sem trânsito em julgado, modificando-se apenas as 38 CARNEIRO, Athos Gusmão. As novas leis de reforma da execução: algumas questões polêmicas. Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil. n. 48, p , jul./ago 2007, p AMARAL, Guilherme Rizzo. In OLIVEIRA, Carlos Alberto Álvaro de (Org.). A Nova Execução: comentários à lei nº , de 22 de dezembro de Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 96 e 97.

15 15 garantias necessárias para o desenvolvimento do procedimento expropriatório. [...] Não estando suspensa a exigibilidade do decisum, admite-se a execução (e, agora, o cumprimento) provisória com as mesmas ferramentas e mecanismos à disposição na execução definitiva (arresto, penhora etc.), mas com os cuidados e garantias inerentes à execução provisória (caução, iniciativa e responsabilidade do credor etc.). Enfim, para Amaral, a multa de 10% será aplicada, também caso o devedor desatenda à intimação para cumprir a sentença em sede de cumprimento provisório 40. Em entendimento diverso, portanto, defendendo a não aplicabilidade da multa de 10% nas execuções provisórias, estão, dentre outros, Humberto Theodoro Júnior, Ernani Fidélis dos Santos, Carlos Alberto Álvaro de Oliveira e José Maria Rosa Tesheiner. Para o conceituado processualista Humberto Theodoro Júnior 41 A multa em questão é própria da execução definitiva, pelo que pressupõe sentença transitada em julgado. Durante o recurso sem efeito suspensivo, é possível a execução provisória, como faculdade do credor, mas inexiste, ainda, a obrigação de cumprir espontaneamente a condenação para o devedor. Por isso não se pode penalizá-lo com a multa pelo atraso naquele cumprimento. Oportuno rememorar, apenas às guisa da melhor compreensão do tema, o que o autor conceitualmente previu para a execução provisória [...] a execução provisória, que só pode ocorrer em casos de títulos executivos judiciais e que tem caráter excepcional, é a que se passa, nas hipóteses previstas em lei, quando a situação do credor é passível de ulteriores modificações, pela razão de que a sentença que reconheceu seu crédito não se tornou ainda definitiva, dada a existência de res judicata. 42 Portanto, para o autor, a multa do art. 475-J não será aplicada na execução provisória, tendo em vista, que é apenas mera faculdade (ou livre opção) do credor, correndo por sua conta e risco, sem poder, no entanto, penalizar o devedor antes do trânsito em julgado Idem, p THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Processo Civil: Processo de execução e cumprimento de sentença, processo cautelar e tutelas de urgência. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Vol. II, 36. ed., Rio de Janeiro: Forense, 2004, p THEODORO JÚNIOR, Humberto. As Novas Reformas do Código de Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p. 144.

16 16 José Maria Rosa Tesheiner 44 também prega a impossibilidade de aplicar a multa de 10% na execução provisória, e destaca que o empecilho está na incompatibilidade dos atos praticados pelo condenado, como explica Tendo havido a interposição de recurso sem efeito suspensivo, como o especial, cabe execução provisória, pelo valor da condenação, mas não se pode, nesse caso, exigir do devedor, inconformado com a condenação, que efetue o pagamento, sob pena de acréscimo de 10%, o que implicaria exigir-lhe a prática de atos incompatíveis. Por fim, muito embora a doutrina tenha encontrado argumentos contundentes na defesa de ambas as correntes, tanto pró como contra a incidência da multa de 10% nas execuções provisórias, não há como olvidar que o artigo 475-O (próprio da execução provisória) prevê, sem seu texto legal, que naquilo em que não for específico, subsidiariamente, será aplicado o procedimento padrão da execução definitiva e, por esta razão, não seria errado pensar que novamente, o legislador pecou pela singeleza, pois se quisera explicitar a não incidência da multa, deveria ter esclarecido melhor o dispositivo. 2.4 A MULTA NAS EXECUÇÕES TRABALHISTAS A possibilidade da aplicação da multa prevista no art. 475-J do Código de Processo Civil nas execuções trabalhistas, fundada, basicamente, na aplicação subsidiária deste quando a CLT for omissa, conforme reza o art. 769 da CLT, foi por muito tempo, e ardorosamente, defendida por doutrinadores e juízes, olvidando, assim, verdadeiros embates nas Varas do Trabalho. Nesse escólio, destaca-se, dentre outros, Sergio Pinto Martins 45 para o qual a aplicação subsidiária do CPC deve ser analisada da seguinte forma: A regra será a seguinte: primeiro o intérprete irá se socorrer da CLT ou de lei trabalhista nela não inserida. Inexistindo disposição nestas, aplica-se a Lei nº 6.830/1980. Caso esta última norma não resolva a questão será observado o CPC (art. 769 da CLT). [...] A parte do 475-J do CPC que impõe multa de 10% na execução é aplicável no processo do trabalho, pois há omissão na CLT. Esta não trata da referida multa. Há compatibilidade com o processo do trabalho, visando receber o crédito trabalhista, que tem natureza alimentar. O objetivo da norma é dar maior celeridade ao andamento do processo para o recebimento da verba devida ao empregado 44 TESHEINER, José Maria Rosa. Execução de sentença regime introduzido pela lei nº /05. In Revista Jurídica. Porto Alegre, n. 343, p , maio 2006, p MARTINS, Sérgio Pinto. Aplicação do Artigo 475-J do CPC no Processo do Trabalho. In Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil. v. 19, n. 226, p , abr. 2008, p. 9 e 10.

17 17 E completa 46 Há quem entenda que o artigo não se aplica no processo do trabalho em razão da previsão do art. 882 da CLT, que remete ao art. 655 do CPC, mas permite ao devedor nomear bens à penhora. Nada impede que o devedor nomeie bens à penhora, mas tem de pagar o que deve, sob pena de pagar a multa de 10%. Aliás, para o autor, não está entre os objetivos da multa, dar causa a enriquecimento do credor (à custa do devedor), mas, justamente, coagir o condenado ao pagamento, possibilitando, assim, mais celeridade e efetividade às execuções. Em similar posicionamento verifica-se o entendimento de Élisson Miessa dos Santos 47, para o qual há sim possibilidade de aplicação da multa, inclusive, por que interpretar sua aplicação restritivamente impediria a utilização de muitas outras medidas de coerção econômica, conforme relata [...] ao admitirmos que a imposição de coerção econômica deva ser interpretada restritivamente, estaríamos impedindo a aplicação no processo do trabalho da multa por ato atentatório ao exercício da jurisdição (art. 14, parágrafo único, do CPC), por litigância de má-fé (arts 17 e 18 do CPC), a imposição de astreintes (art. 461 e 461-A do CPC), a multa pelos embargos de declaração protelatórios (art. 538 do CPC), a multa pelo ato atentatório à dignidade da justiça (art. 601 do CPC), dentre outras. Orienta ainda 48 [...] também não deve prevalecer o argumento de que, em face da diferença procedimental entre o processo do trabalho e o processo civil, o art. 475-J não poderia ser aplicado na seara trabalhista. Isso porque as alterações do processo civil buscaram inspiração no processo trabalhista, o que significa que visaram aproximar-se dele. Nesse contexto, é sabido por todos que o processo trabalhista na verdade impõe uma fase executiva, como na nova lei processual, tanto que pode ser iniciada ex offício pelo juiz. Com efeito, o sincretismo exaltado na nova lei já perfilhava nos trilhos do processo trabalhista. E encerra argüindo que a não-incidência do art. 475-J do CPC no processo do trabalho equivale a se negar a aplicação da efetividade processual na tutela dos direitos fundamentais de segunda dimensão, logo, entende que 46 Idem, p SANTOS, Élisson Miessa dos. A multa do artigo 475-J do CPC e sua aplicação no processo do trabalho. In Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil. v. 19, n. 226, p , abr. 2008, p SANTOS, Élisson Miessa dos. A multa do artigo 475-J do CPC e sua aplicação no processo do trabalho. Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil. v. 17, n. 207, p , set. 2006, p. 79.

18 18 tal interpretação leva ao absurdo de se pensar que o Estado deve atuar com maior rigor nas relações civis do que nas trabalhistas 49. No entanto, em que pesem os argumentos supramencionados, há forte posicionamento no sentido oposto, e corroborando a tese daqueles que consideram inaplicável a multa do art. 475-J na justiça do trabalho, destacamse os professores Mariângela Guerreiro Milhoranza e Maurício de Carvalho Góes 50, que ensinam [...] é certo que a Carta Celetista não é omissa quanto ao procedimento de cumprimento da sentença e acerca da forma de citação do executado, motivo pelo qual, in casu, resta inaplicável a multa preconizada pelo art. 475-J do CPC à fase de execução trabalhista. [...] Nesta senda de entendimento, entendemos que não há espaço para a aplicação da multa em questão no processo do trabalho, seja porque o devido processo legal mínimo deve ser observado no que diz respeito à regra de aplicação subsidiária normativa, seja pelo fato de que em muitos dos casos, a simples aplicação da multa de 10% sobre o valor total do débito não impede o devedor de procrastinar o feito. Argúem, ainda, que a Justiça do Trabalho, por si só, possui um rito célere, assim como, independente da não aplicação da multa, poderá ter seu rito procrastinado por meios próprios, conforme referem 51 A fase de execução trabalhista, por si só e pelas suas disposições, já detém rito célere, sendo que, na prática, os entraves protelatórios se originam em fatos que vão desde a própria previsão legal de medidas que atrasam a satisfação do crédito até problemas estruturais da justiça do trabalho. [...] A fase executória celetista oferece medidas e formas de protelar o feito, sendo que, na prática, não raro se vislumbra situações em que o fato do juiz optar por dar vista às partes para a manifestação sobre o cálculo antes de proferir decisão homologatória, na forma do art. 879, 2º da CLT, por si só, abrevia a satisfação do crédito e arrasta o processo por meses em decorrência das vindas e vindas dos autos. Também, aduzem que, justamente pela CLT trazer previsão no seu art. 880 do prazo de 48 horas para que o devedor cumpra a sentença, não há que 49 SANTOS, Élisson Miessa dos. A multa do artigo 475-J do CPC e sua aplicação no processo do trabalho. Revista IOB de Direito Civil e Processual Civil. v. 17, n. 207, p , set. 2006, p MILHORANZA, Mariângela Guerreiro; GÓES, Maurício de Carvalho. Estudos sobre a multa do artigo 475-J do CPC e, também, sobre sua aplicabilidade na justiça do trabalho. In Justiça do Trabalho. Porto alegre: HS Editora, ano 26, n. 302, p , fev. 2009, p MILHORANZA, Mariângela Guerreiro; GÓES, Maurício de Carvalho. Estudos sobre a multa do artigo 475-J do CPC e, também, sobre sua aplicabilidade na justiça do trabalho. In Justiça do Trabalho. Porto alegre: HS Editora, ano 26, n. 302, p , fev. 2009, p. 29.

19 19 se falar em multa do art. 475-J do CPC, uma vez, que nesse o prazo seria de 15 dias 52. E, por fim, referem que a segurança jurídica que as partes buscam, na justiça do trabalho, está ligada à observação do procedimento Importa mencionar que não se pode perpetrar ofensa ao art. 769 da CLT e ao próprio princípio do devido processo legal, sob o mero argumento de busca da celeridade, mesmo num processo, cuja natureza, desde sua gênese, resta imbuída de caráter alimentar. Ora, a regra de aplicação subsidiária do direito processual comum ao direito processual do trabalho serve de pilar para a segurança jurídica que as partes litigantes buscam, ainda mais numa fase de expropriação e satisfação de um crédito obreiro. Indicam, inclusive, que se a Justiça do Trabalho necessita de modernização, em busca da efetividade, não será baseada em uma construção de formas híbridas de execução e, sim, de uma modificação de todo procedimento executório, e pelas vias legais. Contudo, a recente manifestação da Seção I - Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, mexeu com esses posicionamentos quando venceu a tese do Ministro Brito Pereira, no sentido da incompatibilidade da norma nas execuções trabalhistas. O pronunciamento do TST sustentou a incompatibilidade da multa com as execuções trabalhistas, visto que, segundo o voto do Ministro Relator Brito Pereira, a regras que regem esses processos, no que concerne a matéria, são incompatíveis. Enquanto no processo do trabalho o art. 880 da CLT estipula prazo de 48 horas para que o executado pague o débito ou garanta a execução, sob pena de penhora; no processo civil, conforme caput do art. 475-J, o prazo é de 15 dias para o executado saldar a dívida sob pena de ter que pagar multa 10% sobre a quantia total da condenação. 53 Ademais, segundo o Relator, o artigo 769 da CLT só permite a aplicação subsidiária da norma processual civil quando houver omissão da legislação sobre o tema e compatibilidade das normas. Logo, considerando que a CLT tem dispositivos específicos para tratar de liquidação e execução de sentença, 52 MILHORANZA, Mariângela Guerreiro; GÓES, Maurício de Carvalho. Estudos sobre a multa do artigo 475-J do CPC e, também, sobre sua aplicabilidade na justiça do trabalho. In Justiça do Trabalho. Porto alegre: HS Editora, ano 26, n. 302, p , fev. 2009, p Informações disponíveis no link < Acesso em: 30 set

20 20 que são os artigos 876 a 892, a aplicação subsidiária do artigo 475-J afronta o comando do artigo celetista. Destarte, embora a matéria pareça estar se encaminhando para o consenso, a partir dessa manifestação do TST, caracterizaria imprudência não referir que há resistência, e que essa, é encabeçada por ninguém menos que Sergio Pinto Martins, conforme alhures esposado. 3 A MULTA E A INTERPRETAÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES ANÁLISE JURISPRUDENCIAL Dentre tantas questões polêmicas oriundas da nova sistemática do cumprimento da sentença, são as questões que circundam o artigo 475-J, indubitavelmente, as que tiveram maior repercussão nos Tribunais Superiores. Cumpre rememorar, e em consonância com o disposto no capítulo dois desse trabalho, que assim como na doutrina brasileira, as questões acerca de qual seria o marco inicial para a contagem do prazo de 15 dias e se há necessidade de intimação do devedor para o cumprimento da condenação, tiveram repercussões também e principalmente, nas turmas dos tribunais superiores. Ademais, as controvérsias também se referem à legitimidade da aplicação da multa nos procedimentos de execução provisória, bem como, de execuções trabalhistas e assim, é nesse sentido que no último capítulo desse trabalho burcar-se-ão esclarecer o posicionamento de dois desses Tribunais Superiores, do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior do Trabalho, acerca das melhores interpretações para as lacunas deixadas pela lei. 3.1 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA STJ O atual posicionamento do Superior Tribunal de Justiça frente às questões que tratam da aplicação da multa prevista no art. 475-J no cumprimento da sentença, e em especial, às questões que referem-se ao marco inicial para a contagem do prazo de 15 dias, e a desnecessidade de intimação pessoal do devedor para o cumprimento da sentença, parece encaminhar-se para um entendimento pacífico, uma vez que há algum tempo as decisões são reiteradas no sentido de não haver necessidade de intimação pessoal do condenado.

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