O seguimento da sífilis congênita em crianças tratadas ao nascer

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1 9-20 O seguimento da sífilis congênita em crianças tratadas ao nascer ARTIGO ORIGINAL O seguimento da sífilis congênita em crianças tratadas ao nascer Follow-up of congenital syphilis in children treated at birth Inês Aparecida Laudares Kawaguchi 1,2 Daniela Mendes dos Santos Magalhães 1,2 Iracema de Mattos Paranhos Calderon 2 Adriano Dias 2 1 Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Brasília-DF, Brasil 2 Programa de Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia da Faculdade de Medicina de Botucatu, São Paulo, Brasil Correspondência Daniela Mendes dos Santos Magalhaes Rua 14 Norte, lote 3, apartamento 204, Edifício Residencial Parque das Águas, Águas Claras, Basília-DF , Brasil. danymendes@yahoo.com.br Recebido em 15/janeiro/2014 Aprovado em 19/fevereiro/2014 RESUMO Objetivo: Descrever o manejo clinico inicial e seguimento terapêutico dispensado aos recém-nascidos com diagnóstico de sífilis congênita na ocasião do parto e a partir da alta em maternidades públicas do Distrito Federal, Brasil. Método: Coletou-se informações do prontuário médico hospitalar e fichas de notificação compulsória da conduta clínica inicial e seguimento terapêutico dos 81 casos de sífilis congênita notificados ao Sistema Nacional de Agravos de Notificação, no ano de Resultado: A realização de hemograma ocorreu em 46,9%, e os exames radiológicos de ossos longos em 81,4%. Quatro crianças (4,9%) fizeram o acompanhamento conforme protocolo do Ministério da Saúde. Em relação ao seguimento bimensal até os 12 meses de vida houve 93,8% de casos ignorados e não foi encontrado nenhum registro de seguimento completo até os 18 meses de idade. Conclusão: O manejo clínico inicial e o seguimento terapêutico do recém-nascido com sífilis congênita no Distrito Federal não é realizado de forma adequada e está em desacordo com as diretrizes definidas pelo MS. Palavras-chave: Sífilis; Sífilis Congênita; Epidemiologia Com. Ciências Saúde. 2014; 24(3):

2 ABSTRACT Purpose: Describe the initial clinical management and therapeutic monitoring dispensed for newborns diagnosed with congenital syphilis at birth and as of the high public hospitals in the Federal District, Brazil. Methods: Collected informations from the initial clinical management and continuity of care accorded to 81 newborns diagnosed with congenital syphilis reported to the National System of Diseases of Notification in Results: The hemogram occurred in 46.9%, and radiological long bone in 81.4%. Four children (4.9%) followed up according to the protocol of the Ministry of Health in relation to bi-monthly follow- -up until 12 months of age was 93.8% of cases ignored and found no record of complete follow-up at 18 months old of age. Conclusions: The initial clinical management and therapeutic follow-up of newborns with congenital syphilis in the Federal District is not carried out adequately and does not accordance with the guidelines set by the Ministry of Health. Keywords: Syphilis; Syphilis Congenital; Epidemiology INTRODUÇÃO A sífilis congênita (SC) é uma doença infecciosa que resulta da transmissão vertical do Treponema pallidum, que pode ocorrer em qualquer fase da gestação ou estágio clínico da doença materna. As formas graves da infecção resultam em malformações e alta mortalidade 1,2 nos recém-nascidos (RN). Acredita-se que os principais fatores relacionados à incidência da SC sejam falhas nas medidas profiláticas e na assistência pré-natal, precocidade sexual, prática de sexo inseguro, automedicação, desconhecimento da doença, imunodeficiência e uso de drogas 3-5. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, mais de 300 milhões de pessoas são infectadas por alguma doença sexualmente transmissível (DST) e, destas, cerca de 12 milhões o são por sífilis. Em países em desenvolvimento, a incidência anual de sífilis na gestação varia entre 10 e 15% 6-8. Na América Latina e Caribe, estima-se que o total de casos na população adulta seja de cerca de três milhões e, no Brasil, que a prevalência varie entre 1,4 e 2,8% com uma taxa de transmissão vertical ao redor de 25% 9. No Brasil, entre 1998 e 2009, foram notificados casos de SC. Dados epidemiológicos do Ministério da Saúde do Brasil (2011) apontam uma variação entre 1,2/1.000 nascidos-vivos (NV) na região Centro-Oeste e 2,4/1.000 NV na região Norte 10,11, como as regiões com menor e maior taxa de detecção, respectivamente, no país. No Distrito Federal (DF), o Sistema de Informações de Agravos de Notificação da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SINAN/SES/ 222 Com. Ciências Saúde. 2014; 24(3):

3 O seguimento da sífilis congênita em crianças tratadas ao nascer DF) informa que entre 1980 a 1990 a prevalência de SC variou entre 0,1 e 0,8/1.000 NV, entre 1991 e 2001, de 0,6 a 1,8/1.000 NV e entre 2002 a 2009, de 1,8 a 1,5/1.000 NV. Nestes 29 anos, o DF notificou casos de sífilis congênita 12. Estes números demonstram um aumento crescente dos registros de sífilis congênita, realidade em outras regiões brasileiras, com mortalidade perinatal relevante, sem nenhuma expectativa de controle e sugerem que as mesmas estratégias fracassadas das últimas décadas são mantidas, embora a meta de redução de sífilis exista desde 1993 e as diretrizes de rastreamento e tratamento sejam amplamente divulgadas 13. O Plano Nacional de Redução de Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis pactuou entre estados e municípios brasileiros metas para redução escalonada e regionalizada das taxas de transmissão vertical da SC. Por este pacto, o MS definiu como meta o alcance de uma incidência menor ou igual a um caso por mil NV 14. A OMS recomenda estratégias para a eliminação da SC, mediante a redução da prevalência de sífilis em gestantes e prevenção da transmissão vertical da doença, baseadas em quatro pilares: a) assegurar comprometimento sustentado com a política de eliminação da doença; b) aumentar acesso e qualidade de cuidados de saúde para mãe e bebê, assegurando que todas as gestantes realizem o rastreamento e o tratamento adequado, diminuindo a frequência de oportunidades perdidas de rastreamento de mulheres e de cuidados neonatais; c) rastrear e tratar todas as gestantes infectadas e parceiros, bem como todas gestantes e recém-nascidos de mulheres infectadas não tratadas durante a gestação; d) estabelecer e adequar a vigilância, monitorização e sistemas de avaliação, bem como desenvolver indicadores da doença 15. A investigação de SC é desencadeada em situações em que a mãe com sífilis (evidência clínica ou laboratorial) é diagnosticada durante a gestação, parto ou puerpério; ou em todo indivíduo entre dois e treze anos de idade com suspeita clínica e/ ou epidemiológica de sífilis congênita, situação denominada sífilis congênita tardia 14,15. O protocolo do MS para o seguimento da SC institui consultas ambulatóriais mensais até o sexto mês de vida e bimensais a partir do sexto mês, até completar um ano; realização de testes não-treponêmicos (VDRL Veneral Disease Research Laboratory) aos 1, 3, 6, 12 e 18 meses de idade, interrompendo o seguimento com dois VDRL negativos consecutivos; realização de teste treponêmico por aglutinação de partículas (TPHA) ou teste fluorescente por absorção de anticorpos (FTA-Abs) após os 18 meses de idade para a confimação do caso. Na presença de sinais clínicos deve-se proceder a repetição dos exames sorológicos. A elevação do título sorológico ou sua não negativação até os 18 meses de idade determinam a reinvestigação da criança e que, tratada, deve ter acompanhamento oftalmológico, neurológico e audiológico semestral, durante dois anos. Na presença de líquido cerebroraquidiano (LCR) inicialmente alterado, deve ser realizada uma reavaliação liquórica a cada seis meses até a sua normalização. Alterações persistentes e/ou evidências clínicas neurológicas indicam avaliação clínico-laboratorial completa e retratamento 16. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o manejo clínico incial e seguimento terapêutico dispensado aos recém-nascidos com diagnóstico de SC na ocasião do parto e a partir da alta em maternidades públicas do DF. MÉTODO Trata-se de um estudo descritivo realizado em seis hospitais públicos do Distrito Federal, dois localizados em Brasília (Asa Sul e Asa Norte) e quatro em Regiões Administrativas do DF (Gama, Taguatinga, Celândia e Samambaia), através de dados secundários dos casos de SC notificados no ano de Estes hospitais foram escolhidos por apresentarem os maiores números de notificações de SC em uma série temporal entre os anos de 2003 e 2007, quando foram responsáveis por 54,8% dos casos notificados. A casuística foi definida pelos 70 casos notificados e investigados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (DIVEP/SES/DF) e acrescida de mais 11 casos de sífilis tardia investigados por um núcleo regional de vigilân- Com. Ciências Saúde. 2014; 24(3):

4 cia epidemiológica de um dos hospitais que fizeram parte deste estudo, totalizando 81 casos. A coleta de dados foi realizada em duas etapas: a primeira, partindo da notificação dos casos nas Bases de Dados da DIVEP/SES/DF e, a segunda, pela busca ativa dos prontuários e fichas de notificação das mães e recém-nascidos nos Núcleos de Vigilância Epidemiológica e hospitais que fizeram parte deste estudo. As informações foram registradas em instrumento estruturado, composto por questões com abrangência sociodemográfica materna (escolaridade, cor de pele, estado civil), obstétrica (realização de pré-natal, número de consultas), antecendentes de sífilis na gestação (situação sorologica no pré-natal e parto) e seguimento do RN com SC (tratamento por ocasião do parto e acompanhamento ambulatorial). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Estado de Saúde (CEP/FEPECS/SES-DF), sob protocolo n.º 066/2010. RESULTADOS A Tabela 1 traz as características sociodemográficas e os antecedentes obstétricos das gestantes que geraram RN com notificação de SC. Tabela 1. Distribuição das mães dos recém-nascidos notificados como sífilis congênita no ano de 2008 de acordo com variáveis sociodemográficas e antecedentes obstétricos, Brasília/DF, 2010 Variáveis n % % acumulado Analfabeta 5 6,2 6,2 Ensino fundamental 32 39,5 45,7 Escolaridade Ensino médio 14 17,3 63,0 Ensino superior 3 3,7 66,7 Não Informado 27 33,3 100,0 Sim 12 14,8 14,8 Mora com parceiro Não 12 14,8 29,6 Não Informado 57 70,4 100,0 Urbana 72 88,9 88,9 Local da residência Rural 7 8,6 97,5 Peri urbana 0 0,0 00,0 Ignorada 2 2,5 100,0 Branca 6 7,4 7,4 Negra 4 4,94 12,3 Cor da pele Amarela 2 2,5 14,8 Parda 28 34,6 49,4 Ignorado 41 50,6 100,0 Sim 71 87,7 87,7 Realizou pré-natal nesta gestação Não 9 11,1 98,8 Não Informado 1 1,2 100,0 224 Com. Ciências Saúde. 2014; 24(3):

5 O seguimento da sífilis congênita em crianças tratadas ao nascer ,6 8, ,2 14,8 Número de consultas ,7 39,5 Mais de ,0 60,5 Nenhuma 6 7,4 67,9 Não Informado 26 32,1 100, ,4 7,4 Número de VDRL realizados no prénatal ,8 19, ,2 25,9 Nenhuma 14 17,3 43,2 Não Informado 46 56,8 100,0 Reagente 79 97,5 97,5 Situação sorológica no parto Não Reagente 1 1,2 98,8 Não informado 1 1,2 100,0 No pré-natal 38 46,9 46,9 No momento do parto/curetagem 20 24,7 71,6 Momento do diagnóstico de sífilis Puerpério 16 19,8 91,4 Ignorado 5 6,2 97,5 Não realizado 2 2,5 100,0 Realizou teste treponêmico Sim 26 32,1 32,1 Não 55 67,9 100,0 Adequado 16 19,8 19,8 Não adequado 35 43,2 63,0 Tratamento realizado Não Realizado 26 32,1 95,1 Ignorado 1 1,2 96,3 Não Informado 3 3,7 100,0 Sim 6 7,4 7,4 Sífilis em gestação anterior Não 2 2,5 9,9 Ignorado 73 90,1 100,0 Não 19 23,5 23,5 Diagnóstico de HIV Outras DST 1 1,2 24,7 Não Informado 61 75,3 100,0 Com. Ciências Saúde. 2014; 24(3):

6 Entre os 81 casos notificados, 71 gestantes (87,7%) fizeram o pré-natal, destas, 20 mulheres (24,7%) realizaram entre cinco e seis consultas, 17 (21,0%) mais de seis consultas, 26 (32,1%) não havia informações a respeito de acompanhamento pré-natal e 14 (17,3%) não realizaram nenhum exame de VDRL. Chama a atenção o número de gestantes com registro de VDRL não informado (56,8%) durante o pré-natal. Das gestantes (n=81), 97,8% apresentaram situação sorológica reagente no parto, 46,9% tiveram o diagnóstico de sífilis no pré-natal, 32,1% não foram tratadas para sífilis no pré-natal, 88,9% informaram residência em área urbana, e em relação a escolaridade, 39,5% das gestantes possuiam apenas o ensino fundamental. A Tabela 2 se refere ao manejo clínico e conduta terapêutica na presença de SC. A realização de hemograma ocorreu em 38 casos (46,9%), enquanto que os exames radiológicos de ossos longos em 66 deles (81,4%). Quatro crianças (4,9%) fizeram o acompanhamento da SC conforme protocolo do MS. Para o acompanhamento bimensal até os 12 meses de vida, evidenciaram-se 76 casos ignorados (93,8%). Quanto ao seguimento completo até os 18 meses de idade, não se obteve nenhum registro de que tenha sido realizado. Tabela 2. Distribuição dos recém-nascidos de acordo com dados sobre a sífilis congênita, conduta terapêutica e seguimento clínico, Brasília/DF, 2010 Variáveis n % % Acumulado Sinais clínicos de infecção congênita Sim 23 28,4 28,4 Não 58 71,6 100,0 VDRL de sangue periférico 80 98,7 Exames realizados no rastreamento Hemograma 38 46,9 Rx de ossos longos 66 81,4 Punção liquórica 50 61,7 A1 5 6,2 6,2 Tratamento recebido* A ,3 60,5 A ,9 86,4 Outros 11 13,6 100,0 Seguimento ambulatorial mensal nos primeiros seis meses Sim 8 9,9 9,9 Não 4 4,9 14,8 Ignorado 69 85,2 100,0 Seguimento ambulatorial bimensal do sexto ao 12 mês História de retratamento Local de acompanhamento e/ou tratamento da sífilis congênita Ignorado 76 93,8 93,8 Não 5 6,2 100,0 Ignorado 74 91,4 91,4 Não 7 8,6 100,0 Serviço especializado 4 4,9 4,9 Centro de saúde 1 1,2 6,2 Ignorado 76 93,8 100,0 Desfecho da sífilis congênita em até 18 meses de idade Sem informação sobre o seguimento ,0 226 Com. Ciências Saúde. 2014; 24(3):

7 O seguimento da sífilis congênita em crianças tratadas ao nascer DISCUSSÃO Este estudo, baseado em dados secundários, esteve sujeito à qualidade dos registros, que apresentaram grandes deficiências em considerável número de prontuários e fichas de notificação, pelo preenchimento incompleto ou inadequado das informações. As características das mães dos RN com sífilis congênita neste estudo são semelhantes às encontradas em outros estudos realizados no Rio de Janeiro 17,18 e Rio Grande do Sul 19, mulheres com pouca escolaridade e baixa renda. Em outro estudo multicêntrico nacional sobre soroprevalência em uma amostra de mulheres, mostrou que o maior risco para o VDRL positivo estava associado, além de outros fatores, a pouca escolaridade materna e baixa renda familiar 20. Estes dados sugerem que a sífilis na gestação se configura como um problema importante da população feminina, particularmente, das mulheres mais pobres, com menor acesso às informações e serviços e menor repertório para tomar decisões, especialmente às relacionadas à saúde. Neste estudo, chama a atenção o percentual de mulheres residentes em área urbana, que deveriam ter um maior acesso aos serviços de saúde, e não tiveram oportunidade de diagnóstico precoce e tratamento adequado. Este resultado sugere que, embora a sífilis em gestante não esteja restrita às camadas mais empobrecidas da população, as condições de vida em grandes centros urbanos podem ser importantes marcadores de acesso Em relação à assistência pré-natal, a maior parte dos registros relatou o acompanhamento pré-natal (87,7%), porém com baixo percentual (24,7%) de seguimentos com número de consultas considerado adequado pelo MS. No entanto, chama a atenção o número de mulheres com triagem sorológica no pré-natal não informada (56,8%), com tratamento inadequado (43,2%) e reagentes à sífilis no momento do parto (97,5%). Resultados semelhantes foram encontrados no estudo sentinela-parturiente, onde uma alta porcentagem de gestantes havia realizado pré- -natal, mas o diagnóstico da sífilis na gravidez fora feito em pouco mais da metade dos casos. Nessa população de mais de 16 mil parturientes verificou-se, ainda, que entre as mulheres que fizeram seis ou mais consultas de pré-natal, a cobertura de testes de sífilis, como preconizada, foi baixa (26,2%) 30. Magalhães et al. 31, ao descreverem a ocorrência de sífilis em gestantes no Distrito Federal nos anos de 2009 e 2010, encontraram resultados semelhantes em relação ao pré-natal, em que o início precoce da assistência não assegurou um desfecho favorável, mesmo entre as mulheres com mais de seis consultas. Estes achados reforçam que apenas a observância de um número mínimo de consultas não garante a qualidade da assistência prestada e que, mesmo assim, perdem-se oportunidades de diagnóstico precoce e tratamento adequado, fato já relatado por outros autores 7,27,32. A falta de registro sobre o pré-natal, em fichas de notificação/investigação da sífilis congênita e prontuários obstétricos, revelam baixa qualidade dos registros e um pré-natal qualitativamente deficiente em mais de 50% dos casos estudados. Os RN nascidos de mães consideradas inadequadamente tratadas devem ser submetidos ao exame físico e ao VDRL, além de realizarem hemograma completo, estudo radiográfico de ossos longos e punção lombar para exame do líquor. O recém-nascido, em função dos achados clínicos e laboratoriais é submetido a esquemas padronizados de tratamento que variam desde a aplicação em dose única de penicilina benzatina até várias doses diárias de penicilina cristalina por dez dias 33. Quanto ao manejo clínico dos RN, observou- -se a falta de seguimento das recomendações do MS em um número considerável de casos. O hemograma, apesar da facilidade de acesso e execução, foi o exame mais negligenciado, realizado em menos da metade dos casos (46,9%), seguido da punção liquórica (61,7%). Para que o exame do líquor seja considerado adequado na avaliação do RN com sífilis congênita, é necessária realização da contagem das células, dosagem das proteínas e realização do VDRL no líquor. A ausência de laudos completos quando o exame era realizado, reforça a omissão de informações médicas e na conduta clínica do RN. Ressalte-se que em alguns laudos verificou-se a informação de falta de reagente para a realização Com. Ciências Saúde. 2014; 24(3):

8 do exame. O mesmo foi observado na interpretação do hemograma e, neste caso, foi recorrente a não localização dos resultados dos exames. O estudo radiográfico dos ossos longos e VDRL de sangue periférico foram os exames complementares mais solicitados, no entanto, não foram localizados registros de alterações encontradas, mesmo nos casos de RN com sinal clínico de doença congênita. Achados semelhantes foram encontrados por Donalísio et al. em estudo sobre a investigação da sífilis congênita na microrregião de Sumaré/SP 34. Considerando a frequente irregularidade dos registros, a ausência dos resultados de exames, mesmo muitas vezes solicitados, mas sem a devida localização no prontuário, fica evidente o despreparo e falta de infraestrutura nos serviços de assistência. Observou-se que 11 recém-nascidos (13,6%) receberam tratamento diferente da penicilina e foram, por isso, considerados inadequadamente tratados de acordo com o preconizado pelo MS. Este dado sugere que o tratamento destes bebês está sendo negligenciado ou talvez oferecido por oportunidade, em algum momento da infância diante da necessidade do uso de antibioticoterapia com penicilina, independentemente da dose, via de administração ou apresentação da droga correta para a fase clínica da SC. Sob quaisquer desses aspectos, é reiterado o desconhecimento e/ou a negligência na abordagem da doença. O protocolo para tratamento da SC é de baixo custo, fácil e está bem fundamentado na literatura 16, a falta do tratamento adequado pode acarretar danos irreversíveis e progressivos, prejudicando o desenvolvimento infantil com lesões ósseas, articulares, neurológicas, oftalmológicas que surgem após os dois anos, quando o tratamento não é iniciado até o terceiro mês de vida, e prejudicarão o indivíduo por toda sua vida. A penicilina é a droga de escolha para o tratamento, tem baixo custo e não existe relato de resistência treponêmica à droga, dentre as doenças congênitas, a SC é a que tem melhores condições para a erradicação. Mesmo diante destas facilidades, mas devido à falta de adesão aos protocolos, falta de insumos para o diagnóstico materno precoce ou da baixa qualidade de informações, os serviços de saúde continuam a prestar uma assistência precária aos RN com SC. Quando se inicia o seguimento do RN pode- -se estar diante de duas situações: 1) o VDRL estava positivo ao nascimento, mas se tratava de anticorpos maternos, portanto passivos, e o recém-nascido não tinha sífilis; 2) o VDRL era positivo porque o recém-nascido estava infectado. Em ambas as situações, o acompanhamento clínico inicial deve ser mensal. Na primeira situação, o exame de VDRL deverá ser realizado com um, três, seis, 12 e 18 meses, caso o VDRL seja negativo aos três meses descarta- -se a SC. Na segunda situação, o VDRL deverá ser realizado aos 30 dias, três, seis, 12 e 18 meses, o VDRL permanecendo positivo aos três meses, a criança é considerada infectada. Em todos os casos, deverá ser feito acompanhamento clínico, mensalmente, e oftalmológico, neurológico e audiológico 16. Não foi possível verificar o seguimento dos RN a partir da alta hospitalar. Não havia qualquer registro nos prontuários, tanto maternos quanto infantis, sobre seguimento clínico ou laboratorial. Saliente-se que a falta de informações ou informações incompletas corroboraram para a impossibilidade de extrair mais a respeito do seguimento dos casos, além da perda de oportunidade de conhecermos o sucesso do tratamento na maternidade e, principalmente, monitorar o seguimento terapêutico assistencial, situação que poderia contribuir enormemente com os serviços de saúde, uma vez que são poucos os trabalhos científicos que abordam o seguimento terapêutico das crianças com sífilis. CONCLUSÃO O estudo mostrou que o manejo clínico inicial e o seguimento terapêutico do RN com sífilis congênita no Distrito Federal não é realizado de forma adequada e está em desacordo com as diretrizes definidas pelo MS. Os resultados obtidos nesta investigação reforçam a necessidade de um melhor acompanhamento clínico de crianças com SC, contribuindo para a diminuição da morbidade e mortalidade relacionadas a este agravo. AGRADECIMENTOS À Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS/SES-DF) pelo financiamento. 228 Com. Ciências Saúde. 2014; 24(3):

9 O seguimento da sífilis congênita em crianças tratadas ao nascer REFERÊNCIAS 1. Brasil, Ministério da Saúde,Guia de Vigilância Epidemiológica 7ª ed Brasilia: Ministério da Saúde, Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde da Mulher. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher: princípios e diretrizes/ministério da Saúde, Brasília: Editora do Ministério da Saúde, p. 3. Araújo EC, Costa KSG, Silva RS, Azevedo VNG, Lima FAS. Importância do pré-natal na prevenção da sífilis congênita. Revista Paraense de Medicina. 2006; 20(1). 4. Saloojee H, Valephi S, Goga Y, Afadapa N, Steen R, Lincetto O. The prevention and management of congenital syphilis:an overview and recommendations. Bulletin of the World Health Organization, June 2004,82(6). 5. Grumach SA, Matida HL, Heukelbach J, Coêlho HLL, Ramos Jr AN. A (des)informação relativa à aplicação da penicilina na rede do sistema de saúde do Brasil: O caso da sífilis. Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis. 2007:19(3-4): Brasil, SUS Panorâmico VII. Painel Indicadores do SUS n.º 3, MS, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Monitoramento e Avaliação da Gestão do SUS, Schetini J, Ferreira DC, Passos MRL, Salles EB, Santos DDG, Rapozo DCM. Estudo da Prevalência de Sífilis Congênita em um Hospital da Rede SUS de Niterói RJ. Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis. 2005; 17(1): World Heath Organization. Investment case for eliminating mother-to-child transmission of syphilis: promoting better maternal and child health and stronger health systems. Geneva: WHO; p Wendel DG, Sheffield JS, Hollier LM, Hill JB, Ramsey PS, Sánchez PJ. Treatment of Syphilis in Pregnancy and Prevention of Congenital Syphilis. Clinical Infectious Diseases 2002; 35(Suppl 2): Boletim Epidemiológico Aids e DST: versão preliminar. Brasília (DF): Ministério da Saúde. Disponível em gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2011/50652/vers_o_preliminar_ pdf. Acesso em 23 de abril de Watson-Jones D, Changalucha J, Gumodoka B, Weiss H, Rusizoka M, Ndeki L et al. Syphilis in pregnancy in Tanzania. I. Impact of maternal syphilis on outcome of pregnancy. Journal Infectious Diseases. 2002; 186(7): Boletim Epidemiológico de DST/AIDS do Distrito Federal. Governo de Distrito Federal. Secretaria de Estado de Saúde. Subsecretaria de Estado de Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Gerência de DST/AIDS e Hepatites. Brasilia. Novembro de Amaral E. Sífilis na gravidez e óbito fetal: de volta para o futuro. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012; 34(2): Organização Mundial de Saúde. Eliminação Mundial da Sífilis Congênita: Fundamento Lógico Estratégia para Acção. OMS, Paz LC, Pereira GF, Matida LH, Saraceni V, Ramos Jr NA. Vigilância epidemiológica da sífilis congênita no Brasil: definição de casos, Boletim Epidemiológico AIDS/ DST. Rio de Janeiro, Ano I, nº 1, Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretrizes para o controle da sífilis congênita. Brasília, p. 17. Saraceni V, Guimarães MHFS, Theme Filha MM, Leal MC. Mortalidade perinatal por sífilis congênita: indicador da qualidade da atenção à mulher e à criança. Cadernos de Saúde Pública. 2005; 21(9): De Loranzi DRS, Madi JM. Sífilis congênita como indicador da assistência pré-natal. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2001; 23(10): Com. Ciências Saúde. 2014; 24(3):

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