Gil Carlos R. Medeiros Mauricio Nunes Porto. Universidade Federal de Pelotas
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- Ricardo Lage Farias
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1 768 FACILIDADE DE ACESSO À IMAGENS METEOROLóGICAS Gil Carlos R. Medeiros Mauricio Nunes Porto Universidade Federal de Pelotas RESUMO Apresenta-se um sistema para multiplicação de acesso imediato e controlado a recursos visuais gerados por radar ou satélites meteorológicos. 1. INTRODUCÃO O uso de equipamentos avançados de monitoração atmosférica para coleta de dados meteorqlógicos, tais como radar e unidades receptoras de satélites, é um fator primordial para a eficácia dos procedimentos usuais de previsão de tempo, bem como de geração de bases de dados para pesquisas na área. No entanto, a disponibilidade destes recursos, no Brasil, é restrita a poucos centros de pesquisa e serviços oficiais de previsão de tempo. É imprescindível portanto, a ampliação da abrangência de acesso a estes recursos. de forma a disseminar, pelas diversas organizações interessadas, a possibilidade de análise e interpretação de informações visuais, tão logo sejam geradas pelos referidos equipamentos. Além disso, estas imagens devem ser organizadas em bases de dados para uso em outros projetos de pesquisa em meteorologia. Este trabalho tem como objetivo a apresentação de um sistema computac~onalpara a realização dos propósitos acima descritos, implementado com os recursos existentes no Centro de Pesquisas Meteorológ1cas da Universidade Federal de Pelotas. 2. RECURSOS GERADORES DE IMAGENS Os recursos de geração de imagens, objetos deste trabalho. são dois: um Radar Meteorológico e um SITIM. O Sistema de Radar Meteorológico é composto por um radar banda-s controlado por um sistema de computação. Este sistema é formado por um computador MICROVAX 11 e um software especializado, denomi~ado Sistema" Interativo de Informações de RadarCIRIS).
2 769 Sua finalidade e a aquisição de dados brutos do Radar e a geração de diversos produtos meteorológicos (intensidade de precipitação, precipitação acumulada, velocidade do vento, turbulência, ocorrência de granizo, etc), que são expostos localmente, na forma de imagens, através de um monitor de vídeo espec i a I i zad o (7). Os processos componentes do IRIS são caracterizados conforme as funções que desempenham (10). O primeiro (INPUT) controla a antena e faz a ingestão dos dados para "buffers" de entrada, os quais são utilizados para o preenchimento dos cubos (estruturas de dados tridimenslonais) por um processo especifico (FILL), apos as devidas conversões. A partir dos cubos devidamente preen.chidos, são gerados os produtos (processo PROOUCTS) selecionados no menu de operação. Conforme os produtos são concluídos, entram em ação os processos de armazenamento (ARCHIVE) e de visualização e transmissão (XMIT) das imagens a estações remotas. O SITIM é um slstema de computação com capacidade de aqulsição, armazenamento e tratamento de imagens meteorologicas recebidas de satélite através de um WEFAX (8). 3. BANCO DE IMAGENS As imagens originárias dos recursos acima citados, constituem importante fonte de informações para o trabalho do meteorologlsta, ~rincipalmente no que diz respeita a pesquisas que envolvam avaliações de ocorrências históricas. E necessário, no entanto, que estas imagens sejam organizadas em bancos de dados que facilitem o acesso ao usuário no momento de suas necessidades. Para a organização deste Banco de Imagens, com as imagens selecionadas do Radar e de Satélite, é utilizado um sistema CYBER 930 como "mainframe" da instalação, configurado como hospedeiro de uma rede local COCNET (1 e 4). A transferência destas imagens, desde as unidades geradoras até o CYBER 930, se dá por intermédio ne linhas diretas de comunicação de dados. O MICROVAX está conectado através de uma porta serial, ao dispositivo de interface de terminais da rede ÇDCNET (2), da mesma forma que o sistema SITIM.
3 DISTRIBUICÃO DE IMAGENS Os usuários de imagens meteorológicas acessam o banco de dados assim organizado, através de microcomputadores padrão PCxt, local ou remotamente conectados à rede CDCNET estabelecida. A distribui~ão das imagens catalogadas, será realizada no momento de seu arquivamento ou, posteriormente, por solicitação de ocorrências históricas, através dos parâmetros de data e hora. As imagens são fornecidas aos usuários, visualmente nos monitores de seus microcomputadores. 5. IMPLEMENTACÃO Para a Implementação do acesso às imagens meteorológicas geradas remotamente, conforme proposto no escopo deste trabalho, varias etapas podem ser identificadas, tais como: transferência dos arquivos de imagens do MICROVAX e do SITIM para o "mainframe", organização do Banco de Imagens no CYBER, conexão do usuário ao CYBER, transferência dos arquivos de imagens aos micros (terminais dos usuários) e adequação das Imagens aos recursos gráficos existentes nestes equipamentos. A transferência dos arquivos-imagem para o computador remoto CYBER 930, é realizada pelo processo XMIT do sistema IRIS, que divide os mesmos em pacotes e os envia sob controle de um protocolo próprio. Tal protocolo espera, ao final do envio de cada pacote, uma resposta acusando a recepção correta. ou uma ordem de repeti~ão ou de cancelamento Para o "mainframe" se comunicar adequadamente com o IRIS, através desse protocolo, foi necessário definir procedimentos particulares de tratamento da linha de comunicação correspondente, tanto na CDCNET (3) como no MICROVAX (6). Além disso. foi desenvolvido um programa, para constituir o processo que monitora constantemente esta linha, com a função de reconhecer a recepção dos pacotes que compõem um arquivo-imagem, controlando seu seqüenciamento. Este mesmo programa, encarrega-se ainda de descartar arquivos que não possuam conteúdo significativo, e compactar os demais para armazenamento no Banco de Imagens. A conexão entre DS microcomputadores dos usuários e o "mainframe" é implementada por intermédio do utilitário de comunicações PROCOMM (9). A transferência de arquivos entre os mesmos é controlada pelo protocolo XMODEM (5 e 9).
4 771 Para o microcomputador PC do usuário, foi desenvolvldo um programa que faz a requisição das imagens desejadas, controlando o tipo e a freqüêncla com que as mesmas são tomadas. Ao receber os arquivos de imagens, o programa apresenta-os na tela do micro, usando automaticamente a melhor resolução possível. O atendimento das solicitações dos usuários é realizado por um segundo processo definido para o "mainframe". Tal processo e constituído por um programa específico e por uma estrutura de dados para controle dos usuários e do acesso ao Banco de Imagens. Este programa recebe a requisição atraves de um arquivo com informações de identificação do usuário, do tipo de imagem requerida e outros dados de controle. Verificada a autorização do usuárlo e a dlsponlbilidade do produto desejado, é enviado o correspondente arquivo, caso contrário, mensagens são enviadas para sua orientação. 6. ACESSO ÀS IMAGENS Para que o usuário esteja habllitado a acessar o Banco de Imagens, é necessario que o mesmo possua uma cópia personalizada do programa que controla as requisições. O usuárlo interage com o programa através de uma interface simples, onde seleciona as funções desejadas e tem acesso a uma serle de informações sobre o estado atual de operação. As requlslções podem ser realizadas de forma automática ou por intervenção do operador, após a identificação do usuário e a escolha do tipo de imagem. No modo automático, as imagens são recebidas a intervalos regulares determinados pelo operador, havendo a possibilidade de sincronização com os processos de geração das mesmas. 7. CONSIDERACõES FINAIS O utilitário PROCOMM é ativado diretamente pelo programa de controle de requisições. A linha de comunicação só permanece ativa durante o tempo da transferência dos arquivos, o que aumenta a eficiência do sistema. O uso do protocolo XMODEM, neste processo, garante um alto grau de confiabilidade e integridade dos dados, mesmo quando a comunicação é efetuada por meio de modem e linha telefônlca externa.
5 772 Na visualização das imagens no micro, há uma perda de conteúdo informativo quando configurado apenas com vídeo padrão CGA, devido principalmente ao número de cores ou tonalidades disponíveis no modo gráfico. Com uma placa padrão EGA, é mantida a resolução existente no monitor do Radar (fig. 1). A transferência dos arquivos do SITIM será realizada por um processo seletivo a ser definido. O Banco de Imagens ainda esta organizado de forma simplista e sua estrutura definitiva será também objeto de outro trabalho. 8. BIBLIOGRAFIA 1 CONTROL DATA CORPORATION. CDC~EI_CQQ~e~tual_Q~e~~ie~ CDC~EI_DI_IQ~tallatiQQ_aQá_Che~~Qut_tlaQual CDC~EI~_IecmiQal_IQte~fa~e_U~age CXaEB_23~_CQm~utec_S~~tem ~QSL~E_S~~tem_U~age DIGITAL EQUIPMENT CORPORATION. tli~(º~tl2_u~g[~2_tlªqgª ENTERPRISE ELECTRONICS CORPORATION. DQEELEB_WEeI~E8 SUB~EILLe~CE_BeDeB_O~ecatiDg_Iostcu~tioos INPE. Sistema_áe_Be~e~~iQ_e_~isualiza~ãQ_de_lmageos_WEEeX~ Maoual_dc_Usuácio. São José dos Campos. 9 PIL SOFTWARE SYSTEMS. EBQCQtltl_~ec~iQQ_e_3_EcQgcam_Befe~eQ~e Maoual SIGMET+LASSEN RESEARCH. BeDeB_Btl~_Q~ecatQ[~~_tlaQual CPN.t PL RADAR ':::::... I 15:14 26I8'l1lJl ;:;:;; ::: li.' I.' -m.' Fig. 1: Imagem do Radar mostrada em PCxt com EGA.
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