ABES recebe missão indiana no Rio
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- Amadeu Cássio Zagalo Varejão
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1 PROJETO DO BANCO MUNDIAL ABES recebe missão indiana no Rio A ABES vai receber no Rio de Janeiro a visita de uma missão de técnicos de saneamento de diversas regiões da Índia, que vêm ao Brasil por sugestão do Banco Mundial para conhecer as soluções de saneamento aqui aplicadas, especialmente na área rural. A ABES, devido à longa experiência no setor, foi escolhida pelo Banco Mundial para ser difusora de conhecimentos sobre saneamento para países emergentes. Os 12 integrantes da missão indiana vão trocar informações com os técnicos brasileiros também no Ceará. Estão previstas palestras sobre o setor de saneamento no Brasil, inclusive sobre o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e também regulação no Ceará. Haverá ainda uma palestra no Rio sobre a Copanor, uma empresa criada pela estatal mineira Copasa para gerenciar projetos de saneamento rural. No Ceará, os indianos vão conhecer o Sisar, administrado pela Cagece, que implantou e gerencia um programa extenso de saneamento em pequenas comunidades. A visita deve durar uma semana. UNIVERSALIZAÇÃO EM DEBATE Dante defende viabilização do Plansab O Brasil precisa rever seus modelos e criar as condições para que o setor de saneamento consiga cumprir as metas de universalização dos serviços de água e esgoto até 2033, conforme prevê o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), que entrou em vigor no ano passado. Esta é uma das conclusões dos especialistas que participam em Curitiba, no final de janeiro, do Fórum Horizontes do Saneamento, promovido pela Sanepar. O evento reuniu mais de 600 especialistas do Brasil, da Europa, da Ásia e das Américas, (Leia mais na página 3). 1
2 A PALAVRA DO PRESIDENTE A soma de nossos esforços A ABES vem, há muitos anos, buscando ampliar sua participação nos organismos colegiados públicos e privados do país. Nosso interesse é de, como representantes da sociedade civil, contribuir de forma decisiva na construção das normas e legislações que regem as questões ambientais no Brasil. A cada dia vimos notando que essa contribuição surge aqui e ali, de forma positiva, como sustentáculo técnico de legislações vitais para alimentar os esforços no rumo da universalização dos serviços básicos de saneamento, sem os quais os conceitos de sustentabilidade seriam impraticáveis. A representatividade da ABES se amplia a cada dia. Nossa entidade acaba de ser pré-indicada para assumir participação em área decisiva e importante, agora no Grupo de Trabalho Interinstitucional de Acompanhamento do Plansab, o Plano Nacional de Saneamento Básico recentemente aprovado. Essa participação deriva de nossa presença no Conselho Nacional de Meio Ambiente Conama, onde damos nossa contribuição técnica, onde introduzimos nossa visão do saneamento básico no país, razão do trabalho da ABES de quase 50 anos. Temos como meta mudar o cenário das condições sanitárias do país. Cada representante nosso é responsável, em nome da Associação, por assentar um tijolo nessa construção que estamos tocando. 2
3 SANEAMENTO QUEBRADO Dante: déficit alcança 50% das companhias No auditório, técnicos de várias regiões do mundo O presidente da ABES, Dante Ragazzi Pauli, disse durante o Fórum Horizontes do Saneamento, promovido em Curitiba pela Sanepar, que é necessário encontrar alternativas que permitam o cumprimento das metas do Plano Nacional de Saneamento Básico, recentemente aprovado. Em 2010, das 27 companhias estaduais de saneamento, 14 eram deficitárias. Quem opera no vermelho, não faz investimentos para expandir serviços e atender as demandas da população. Os desafios são muito grandes e é necessário buscar alternativas e estabelecer propostas factíveis para que as metas do Plansab sejam cumpridas, afirmou Dante. Durante o debate, o presidente da Associação da Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), José Carlos Barbosa, também defendeu a revisão dos modelos de financiamento e de gestão disponíveis ao setor e sugeriu que, a exemplo das agências reguladoras, o papel de indutor e grande coordenador nacional deva ser 3 desempenhado pela Secretaria de Saneamento do Ministério das Cidades. Precisamos estabelecer uma agenda propositiva, que se aproprie da contribuição das companhias que detêm o conhecimento técnico e maior poder de articulação - São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais - a fim de que o setor avance em todo o país, disse Barbosa. A presidente da Sabesp, Dilma Seli Pena, falou da experiência da companhia paulista no desenvolvimento de projetos em parceria com empresas privadas. Com a parceria público-privada, a Sabesp está buscando agilizar processos e atingir metas mais rapidamente, disse Dilma. Com a locação de ativos, a Sabesp está desenvolvendo oito projetos para a construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) no interior do Estado. A presidente da Sabesp aponta como vantagem dessa modalidade o fato de as companhias de saneamento não se endividarem, abrindo espaço em sua capacidade de financiamento para outros projetos, pois na locação de ativos quem entra com os recursos são as empresas privadas que vencem as licitações. Existe uma linha de financiamento da Caixa Econômica Federal específica para essas parcerias, disse. Dilma Seli Pena
4 SUDESTE SEM CHUVAS Sabesp dá bônus por economia de água O Sistema Cantareira, que abastece 10 milhões de pessoas em São Paulo, entrou em nível crítico devido à falta de chuvas e ao calor recorde nos últimos anos. Por isso, a Sabesp, empresa de saneamento do Estado, decidiu premiar com um bônus de 30% em suas contas de água todo consumidor que nos próximos 12 meses reduzir o consumo em 20%. O benefício terá validade para as contas dos meses de referência de fevereiro a agosto, que chegarão aos consumidores de março a setembro. A conta do cliente abastecido pelo Sistema Cantareira terá um informe com a meta de redução a ser O reservatório da Cantareira se ressente da falta de chuvas atingida. O consumidor poderá também observar seu histórico de consumo de 12 meses na Agência Virtual da Sabesp: www9.sabesp.com.br/agenciavirtual. O INSUMO INVISÍVEL Brasil exporta muita água virtual O Brasil é hoje um dos maiores exportadores globais de água virtual, conceito criado para explicar a quantidade de água empregada em processos produtivos. A China adotou uma política de aumentar as importações de culturas de elevado uso de água, como a soja, o que reduz a demanda de água na Ásia, mas aumenta a dependência de quem produz mercadorias que necessitam de irrigação em Mato Grosso, explica Maria Victória Ramos Ballester, professora do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba. Para países situados em regiões que sofrem com escassez hídrica, o comércio de água virtual é atraente e benéfico. Por meio da importação de mercadorias que consomem muita água durante seu processo produtivo, nações, estados e municípios podem aliviar as pressões que sofrem sobre suas próprias fontes, esclarece a professora. Quando um produto, seja ele qual for, é comercia- lizado entre países, estados ou municípios, entende-se que a água utilizada em seu processo fabril também foi exportada, completa. (Fonte: Instituo GeoDireito). Maria Victória Ramos Ballester CENA/USP 4
5 EXPEDIENTE ÁGUA MESMO NA SECA Captação flutuante no interior da Bahia A Embasa acaba de inaugurar um sistema de captação de água no interior da Bahia que garante o abastecimento mesmo em época de estiagem. O sistema utiliza dois conjuntos motobombas sobre um flutuante na barragem do Rio Antonio, em Guajeru, com vazão de 40 metros cúbicos por hora. Uma adutora de 20,6 quilômetros leva a água bruta à cidade. A barragem comporta 1 milhão de metros cúbicos de água. Duas bombas levam água a 20km de distância ABES Informa é um informativo eletrônico da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES, atualizado quinzenalmente e enviado via Internet para todos os sócios da entidade. RESPONSÁVEIS: Presidente Nacional da ABES Maria Isabel Pulcherio Guimarães Diretora Executiva EDITOR DE CONTEÚDO: Romildo Guerrante (MTB RJ) PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Fino Traço Programação Visual abes@abes-dn.org.br Clique aqui para ver as edições anteriores CURSOS Avaliação Econômica e Financeira para Contrato de Programa no Setor de Saneamento Básico 19 e 20/02/2014 Florianópolis/SC Curso de Hidráulica de Rios com Uso de HEC-RAS em Combinação com Softwares GIS Livres 17 a 21/03/2014 Pinheiros/SP Mais informações: atividadescapacitacao@abes-dn.org.br NOVOS SÓCIOS Adriana Campa Veja (SP), Alexandre Santos Dias (SP), Bruna de Oliveira Passos (BA), Davi Magalhães Lopes (RJ), Denilson Ferreira de Jesus Silva (SP), Elaine Aparecida da Silva (PI), Fabricio Jacques Vieira (SC), Felipe Ribeiro Nunes Moreira (BA), Flávia Mourão Parreira do Amaral (MG), Gabriela Marques de Oliveira Vieira (BA), Giulio Scapinelli (SP), Ísis Ribeiro do Nascimento (AM), João Roberto Peixoto (GO), José Francisco Buda (SP), José Luiz Facchini (SP), José Ricardo Teixeira Freitas (SP), Julia Righi de Almeida (RJ), Juliana Gervasio Nunes (MT), Kelly Francelina dos Santos (SP), Leandro Pinheiro da Silva Paixão (SP), Lissa Gomes Araujo (PI), Luis Felippe Mendonça de Souza (RJ), Luiz Antonio Zorzi de Miranda (SP), Luiz Flávio Reis Fernandes (MG), Maria Regina de Aquino Silva (SP), Mariana Wyse Abaurre Cavalheiro (SP), Max Henrique Aranha de Macedo (GO), Pedro Gabriel Brandão Barros de Sousa (RN), Rafael de Souza Guimarães (SP), Roberto de Monte Baccar Pilz (RS), Roberto Giovani de Mattos Pereira (RJ), Samantha Rivelli Rodrigues Zaratim (GO), Thiago Arlindo Pereira (SC), Walber Nagot (SP) e Yuri Teixeira Núñez (PA). 5
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