UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS - CEJURPS CURSO DE DIREITO

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS - CEJURPS CURSO DE DIREITO OS EFEITOS PATRIMONIAIS DO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS NO CASAMENTO, NOS CASOS DE DISSOLUÇÃO POR SEPARAÇÃO JUDICIAL E POR MORTE, DIANTE DO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO. RENATA CARVALHO SERAGLIO Itajaí, outubro de 2006

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS - CEJURPS CURSO DE DIREITO OS EFEITOS PATRIMONIAIS DO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS NO CASAMENTO, NOS CASOS DE DISSOLUÇÃO POR SEPARAÇÃO JUDICIAL E POR MORTE, DIANTE DO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO. RENATA CARVALHO SERAGLIO Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Dr. Diego Richard Ronconi Itajaí, outubro de 2006

3 O homem, quando perfeito, é o melhor dos animais, mas é também o pior de todos quando afastado da lei e da justiça, pois a injustiça é mais perniciosa quando armada, e o homem nasce dotado de armas para serem bem usadas pela inteligência e pelo talento. Aristóteles

4 MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS: À Deus, por ter sido um amigo fiel em todas as horas; Aos meus pais Antonio Carlos e Hilda e meu irmão João Antonio, pela compreensão e companheirismo por todo tempo em que me ausentei da vida familiar em prol desse ideal; À minha avó Eloina, pelas vezes em que veio de longe passar uns dias comigo, quando eu estava sozinha ou triste e a minha avó Izila, pelo incentivo e carinho, demonstrando sempre as mulheres fortes e corajosas que são; exemplos a serem seguidos; As pessoas maravilhosas que fizeram grande diferença na minha vida: Mariana Matiello, pela amizade desde os tempos de colégio e por todos os momentos de batepapos, descobertas, festas que passamos juntas; Marinês Dassoler Marcon, por estar sempre por perto, me incentivando, ajudando no que fosse preciso, sendo um ombro amigo que pude contar em todas as horas, e Davi Rodrigo Bianchi, pelo amor e carinho, sendo meu porto seguro, durante este tempo em que estive longe de casa;

5 Ao Doutor Artur Jenichen Filho pelo carinho com que sempre teve comigo e com seus funcionários, tratando todos com respeito e humildade, e por tudo que me ensinou durante os três anos que trabalhei na Vara da Família, Órfãos, Infância e Juventude na Comarca de Balneário Camboriú/SC; E ao meu ilustríssimo orientador, Diego Richard Ronconi, pela atenção dispensada durante todo o tempo de elaboração deste trabalho e pelo incentivo para que eu siga a carreira da advocacia. À todos vocês, o meu Muito Obrigada!

6 ESTE TRABALHO DEDICO ESPECIALMENTE: A minha mãe, Hilda Carvalho Seraglio, por estar sempre presente na minha vida, dando todo amor, afeto e amizade que preciso. Saiba que jamais vou esquecer o que um dia escreveste no meu livro de direito de família aproveite tua faculdade para seguir os princípios do bem e acredite sempre que não existe bem maior do que uma família unida pelo amor e respeito às individualidades ; E ao meu pai Antonio Carlos Seraglio, pelo amor e por ser um exemplo de persistência e dedicação total pelo que faz, tendo sempre batalhado para proporcionar o melhor que eu poderia querer para minha vida.

7 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Itajaí (SC), outubro de 2006 Renata Carvalho Seraglio Graduanda

8 PÁGINA DE APROVAÇÃO A presente monografia de conclusão do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, elaborada pela graduanda Renata Carvalho Seraglio, sob o título Os Efeitos Patrimoniais do Regime da Comunhão Parcial de Bens no Casamento, nos casos de dissolução por Separação Judicial e por Morte, diante do Ordenamento Jurídico Brasileiro, foi submetida em 18 de outubro de 2006, à banca examinadora composta pelos seguintes professores: Dr. Diego Richard Ronconi [Orientador e Presidente da Banca], Maria Fernanda Gugelmin Girardi [Membro da Banca], Maria Inês França Ardigó [Membro da Banca], e aprovada com a nota 10 [dez]. Itajaí (SC), outubro de 2006 Dr. Diego Richard Ronconi Orientador e Presidente da Banca Msc. Antônio Augusto Lapa Coordenação da Monografia

9 ROL DE CATEGORIAS Rol de categorias que a Autora considera estratégicas à compreensão do seu trabalho, com seus respectivos conceitos operacionais. Aqüestos Imagina-se, geralmente, que no Regime da Comunhão Parcial de Bens haja a participação dos cônjuges somente nos bens adquiridos posteriormente ao casamento, na vigência deste, também conhecido como aqüesto. [RONCONI, 2002, p. 01]. Bens Incomunicáveis São incomunicáveis os bens e direitos levados para o casamento pelos cônjuges, que compõe o patrimônio próprio de cada um, juntamente com os bens e direitos por eles adquiridos a título gratuito durante a constância da sociedade conjugal [NERY JÚNIOR, 2005, p. 785]. Casamento O casamento é o vínculo jurídico entre homem e mulher que visa o auxílio mútuo material e espiritual, de modo que haja uma integração fisiopsíquica e a constituição de uma família [DINIZ, 2002, p. 39]. Pacto Antenupcial É a convenção em que os nubentes fixam o Regime de Bens de seu casamento [MARTINS, 2001, p. 119]. Regime da Comunhão Parcial de Bens A Comunhão Parcial, também chamada comunhão de aqüestos ou de adquiridos, é o regime no qual cada um dos cônjuges mantém como próprios os seus bens anteriores ao casamento, comunicando-se os adquiridos onerosamente na vigência da sociedade conjugal [WALD, 2002, p. 124].

10 Regime da Comunhão Universal de Bens [...] é aquele pelo qual não só todos os seus bens presentes ou futuros, adquiridos antes ou depois do matrimônio, mas também as dívidas passivas tornam-se comuns, constituindo uma só massa. Instaura-se o estado de indivisão, passando a ter cada cônjuge o direito à metade ideal do patrimônio comum [DINIZ, 2002, p. 155]. Regime da Participação Final nos Aqüestos É convencional a presente espécie, pela qual cada cônjuge conserva como de seu domínio os haveres que trouxe para o casamento, e os conseguidos ao longo de sua duração, administrando-os e aproveitando os seus frutos. Mas, na época da dissolução do vínculo conjugal, procede-se à divisão do acervo constituído a título oneroso durante o casamento [RIZZARDO, 2005, p. 653]. Regime da Separação Total de Bens [...] é aquele em que os cônjuges conservam não apenas o domínio e a administração e disponibilidade de seus bens presentes e futuros, como também a responsabilidade pelas dívidas anteriores e posteriores ao casamento [RODRIGUES, 2004, p. 190]. Regime Legal Regime Legal de Bens é aquele ao qual o Código dá preferência, isto é, aquele da escolha posterior à vontade dos nubentes, escolha esta, agora, do próprio legislador, que no silêncio das partes, decide ser este 1 e não outro o melhor estatuto de regência das relações patrimoniais do casamento [HIRONAKA, 2003, p. 05]. Regime Matrimonial de Bens O Regime de Bens do casal é o estatuto pelo qual os cônjuges se hão de reger nas suas relações patrimoniais, durante toda sua vida, estatuto que é também obrigatório para os respectivos herdeiros, e bem assim, para terceiros, que tenham relações patrimoniais com os cônjuges, ou melhor, hajam de exercer ação 1 O Regime Legal de Bens escolhido pelo legislador foi o da Comunhão Parcial de Bens.

11 nos bens destes para o reembolso dos seus créditos [CUNHA GONÇALVES apud Nery Júnior, 2005, p.775].

12 SUMÁRIO RESUMO... XIII INTRODUÇÃO CAPÍTULO NOÇÕES GERAIS SOBRE CASAMENTO BREVE HISTÓRICO ACERCA DO CASAMENTO NATUREZA JURÍDICA DO CASAMENTO REQUISITOS PARA O CASAMENTO IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS FORMAS DE PARENTESCO IMPEDIMENTO PROPRIAMENTE DITO CAUSAS SUSPENSIVAS OPOSIÇÃO DOS IMPEDIMENTOS CAUSAS DE DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO ANULAÇÃO E NULIDADE DO CASAMENTO SEPARAÇÃO JUDICIAL MORTE DIVÓRCIO...42 CAPÍTULO OS REGIMES MATRIMONIAIS DE BENS NO CASAMENTO CONCEITO DE REGIME MATRIMONIAL DE BENS IMPORTÂNCIA DO REGIME MATRIMONIAL DE BENS OS PACTOS ANTENUPCIAIS ESPÉCIES DE REGIMES MATRIMONIAIS DE BENS NO BRASIL REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS REGIME DA PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQÜESTOS REGIME DA SEPARAÇÃO TOTAL (ABSOLUTA) DE BENS Regime da Separação de Bens Convencional Regime da Separação de Bens Obrigatória...64

13 2.5 POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS...67 CAPÍTULO O REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS E SEUS EFEITOS PATRIMONIAIS NOS CASOS DE SEPARAÇÃO JUDICIAL E MORTE ABRANGÊNCIA DOS EFEITOS PATRIMONIAIS COMUNHÃO PARCIAL DE BENS: DIVISÃO DE BENS EM CASO DE SEPARAÇÃO JUDICIAL (DISSOLUÇÃO INTER VIVOS) DA DISSOLUÇÃO POR SEPARAÇÃO JUDICIAL DA DIVISÃO DE BENS NO CASO DE SEPARAÇÃO JUDICIAL COMUNHÃO PARCIAL DE BENS: DIVISÃO DE BENS EM CASO DE MORTE (DISSOLUÇÃO CAUSA MORTIS) E A PROTEÇÃO DO CÔNJUGE SUPÉRSTITE DA DISSOLUÇÃO POR MORTE DA DIVISÃO DE BENS NO CASO DE MORTE DIVISÃO DE BENS DO CÔNJUGE EM CONCORRÊNCIA COM DESCENDENTE DO DE CUJUS Divisão de Bens, se o cônjuge falecido não deixou bens particulares Divisão de Bens, se o cônjuge falecido só deixou bens particulares, mas não bens comuns Divisão de Bens, se o cônjuge falecido deixou bens comuns e particulares...95 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS

14 RESUMO O estudo sobre o tema Os Efeitos Patrimoniais do Regime da Comunhão Parcial de Bens no Casamento, nos casos de Dissolução por Separação Judicial e por Morte, diante do Ordenamento Jurídico Brasileiro tem por finalidade aprofundar o conhecimento sobre o Regime da Comunhão Parcial de Bens, visando a realização de uma monografia, para a conclusão do curso e obtenção do grau de bacharel em Direito, pela Universidade do Vale do Itajaí. No primeiro capítulo será tratado sobre noções gerais do casamento, sua evolução histórica, natureza jurídica, requisitos, impedimentos e causas de dissolução. Já o segundo capítulo abordará os Regimes Matrimoniais de Bens estabelecidos pelo Código Civil, seus conceitos, importância, espécies, possibilidade de alteração e o pacto antenupcial. O terceiro capítulo terá como assunto a divisão de bens e os efeitos patrimoniais causados pelo Regime da Comunhão Parcial de Bens, nos casos de dissolução do Casamento por separação judicial ou no caso de morte. Utilizou-se o método indutivo para a elaboração do presente trabalho. O tema é atual e relevante, pois com o advento do Código Civil em 2002, houve uma drástica mudança no direito de família e sucessões. Quanto ao direito de família, quatro eram os Regimes de Bens previstos pelo Código Civil de Do atual Código Civil, retirou-se o Regime Dotal e em seu lugar surge o Regime da Participação Final nos Aqüestos. Além disto, o Regime Legal de Bens era o da Comunhão Universal de Bens. Este foi modificado pela Lei do Divórcio Lei n 6.515/77, adotando-se o Regime da Comunhão Parcial de Bens como o Regime Legal, tendo sido confirmado pelo atual Código Civil. Na seara de direito das sucessões, a ordem de vocação hereditária foi alterada, e o cônjuge torna-se herdeiro necessário. Assim, com a morte de um dos cônjuges, que tenha deixado bens particulares, sobre estes, o supérstite passa a concorrer com os descendentes e ascendentes na herança do de cujus. Ao concorrer com os descendentes, leva-se em conta o Regime de Bens adotado pelo casal. E aqui que reside uma das grandes controvérsias, pois o artigo deu margem a várias interpretações doutrinárias, que serão tratadas no terceiro capítulo.

15 xiv Palavras-chave: Casamento, Regime de Bens, Regime da Comunhão Parcial de Bens, Dissolução do Casamento.

16 INTRODUÇÃO A presente Monografia tem como objeto Os Efeitos Patrimoniais do Regime da Comunhão Parcial de Bens no Casamento, nos casos de Dissolução por Separação Judicial e por Morte, diante do Ordenamento Jurídico Brasileiro. Seus objetivos são: institucional, produzir uma monografia para obtenção do grau de bacharel em Direito, pela Universidade do Vale do Itajaí Univali; geral, analisar juridicamente os vários Regimes Matrimoniais de Bens, com ênfase ao regime da Comunhão Parcial de Bens e seus efeitos patrimoniais, inseridos no Código Civil; específicos, verificar e conceituar o instituto do Casamento na legislação e doutrina pátrias, bem como seus requisitos, impedimentos e causas de dissolução; enfatizar a importância, conceito, aspectos gerais, espécies e possibilidade de alteração dos Regimes Matrimoniais de Bens previstos pelo Código Civil, abordando, de forma geral, sobre o pacto antenupcial e identificar e levantar a abrangência patrimonial do Regime da Comunhão Parcial de Bens, assim como seus efeitos nos casos de dissolução por separação judicial e por morte. Para tanto, inicia se, no Capítulo 1, que trata sobre noções gerais do Casamento, através de um breve histórico desde a pré-história da humanidade até hoje com Constituição Federal e o Código Civil. Aborda-se ainda a natureza jurídica do referido instituto, seus requisitos, formas de impedimentos matrimoniais, parentesco, causas suspensivas e por fim as causas de dissolução do casamento. No Capítulo 2, tratando dos Regimes Matrimoniais de Bens estabelecidos pelo Código Civil, sua importância, espécies, possibilidade de alteração do Regime de Bens mesmo depois de casado, bem como os pactos antenupciais. No Capítulo 3, tratando dos efeitos patrimoniais do Regime da Comunhão Parcial de Bens e como fica a divisão de bens nos casos de

17 16 dissolução do casamento por separação judicial ou no caso de morte de um dos cônjuges. O presente Relatório de Pesquisa se encerra com as Considerações Finais, nas quais são apresentados pontos conclusivos destacados, seguidos da estimulação à continuidade dos estudos e das reflexões sobre os Efeitos Patrimoniais do Regime da Comunhão Parcial de Bens no Casamento, nos casos de Dissolução por Separação Judicial e por Morte. hipóteses: Para a presente monografia foram levantadas as seguintes a) os principais efeitos patrimoniais decorrentes da dissolução por morte entre cônjuges casados pelo Regime da Comunhão Parcial de Bens no direito brasileiro se referem aos direitos à herança dos bens particulares e comuns, que podem, ou não, se comunicar ao cônjuge sobrevivente; b) os efeitos decorrentes da dissolução por morte e da dissolução em vida do casamento, no Regime da Comunhão Parcial de Bens diferem, se a dissolução ocorreu inter vivos ou causa mortis, pois, no primeiro, os bens particulares do cônjuge não se comunicam ao outro, enquanto no segundo, pode haver comunicação. Quanto à Metodologia empregada, registra-se que, na Fase de Investigação foi utilizado o Método Indutivo, na Fase de Tratamento de Dados o Método Cartesiano, e, o Relatório dos Resultados expresso na presente Monografia é composto na base lógica Indutiva. Nas diversas fases da Pesquisa, foram acionadas as Técnicas, do Referente, da Categoria, do Conceito Operacional e da Pesquisa Bibliográfica, em conjunto com as técnicas propostas por Colzani [2001].

18 17 CAPÍTULO 1 NOÇÕES GERAIS SOBRE CASAMENTO 1.1 BREVE HISTÓRICO ACERCA DO CASAMENTO A pré-história da humanidade teve três principais épocas: o estado selvagem, a barbárie e a civilização. Foi a habilidade do homem no uso e desenvolvimento dos meios de produção que determinou a passagem de uma fase para a outra. A família também se desenvolveu paralelo a estes períodos, mas não foi o fator conclusivo da divisão [ENGELS, 2004, p. 27/32]. Engels [2004, p. 32] assim caracteriza cada época: Estado Selvagem período em que predomina a apropriação de produtos da natureza, prontos para serem utilizados; as produções artificiais do homem são, sobretudo, destinadas a facilitar essa apropriação. Barbárie período em que aparecem a criação de gado e a agricultura, e se aprende a incrementar a produção da natureza por meio do trabalho humano. Civilização período em que o homem continua aprendendo a elaborar os produtos naturais, período da indústria propriamente dita e da arte. No Estado Selvagem os Casamentos eram grupais, sendo as famílias subdivididas em: consangüíneas (os Casamentos eram por geração, excluíam-se pais e filhos das relações sexuais recíprocas), punaluano (foi um progresso da consanguínea, excluindo-se ainda os irmãos). Já a Barbárie foi caracterizada pelos relacionamentos de forma sindiásmica, aos pares, sendo de um para um, ou seja, uma mulher só poderia ter relações com um homem. Esta deu origem ao matriarcado, pois a descendência materna era sempre conhecida.

19 18 [ENGELS, 2004, p /49] Consoante, aduz Rosa [2001, p. 44]: A família nem sempre foi como é conhecida hoje. Em certo período da história, inexistiam instituições coletivas, não havendo a família constituída de forma absoluta. Os indivíduos se (re)uniam pelos mais diversos laços, sem a existência da monogamia. Havia pluralidade de parceiros, muitas vezes dificultando a imputação da respectiva paternidade. Os filhos, em regra, se criavam em torno das mães sem uma preocupação relevante na figura paterna. As uniões eram de grupos: clãs. Com a fase da Civilização, surge a família monogâmica, onde um homem e uma mulher procriariam, e o filho que nascesse da mulher escolhida seria filho daquele. Isto, para que o homem pudesse definir sua prole e ter para quem deixar sua riqueza, originando o parentesco paterno. Sobre a monogamia, considera Beviláqua [2001, p.53] que é uma união conjugal que serviria para manutenção da prole, preservando a dignidade da mulher com a moralidade social. Assim, a família evoluiu através dos tempos, surgindo o Casamento como uma forma de assegurar a manutenção do grupo e a legitimidade da prole. É entre os povos gregos, romanos e germânicos que se criam os contornos do Casamento, tanto na esfera religiosa quanto civil, tornandose base para o direito de família. Foi na Grécia Antiga que iniciou-se o debate sobre o Casamento, sua forma de instituição e regras. Explica Martins [2001, p.17] que: o Casamento, que era um ato privado e contratual, não escrito, sem qualquer intervenção do poder público, não o ligava sexualmente. Acrescenta ainda que foram os gregos que estabeleceram a patrilineariedade ou o direito hereditário. Em Roma o Casamento era informal, sendo um acordo de vontades (consensus) e durava enquanto existisse a intenção. Dissolvia-se de plano, sem formalidades, no momento em que um dos consortes desejasse, ainda

20 19 que fosse penalizado posteriormente [MARTINS, 2001, p.18]. Entre os cidadãos romanos o Casamento era único, sendo sucedido por um ato solene, podendo este ser de duas formas: o Casamento cum manu e o sine manu. No Casamento cum manu a mulher era desligada da família, levando todos os seus bens ao Casamento, ficando sujeita ao pater familias do marido ou do sogro, se ainda fosse vivo. Conforme assinala Diniz [2002, p. 52], poderia ter três tipos de solenidade: Confarreatio, que era um Casamento Religioso da classe patrícia, caracterizado pela oferta aos deuses de um pão de trigo; Coemptio, sendo um Casamento Civil de plebeus, celebrado pela venda fictícia do poder sobre a mulher, do pai para o marido, e o Usus, espécie de usucapião, no qual o marido adquire a mulher pela posse, consistente na vida em comum durante um ano. Já no Casamento sine manu, havia igualdade entre mulher e marido. Esta era emprestada ao marido, mas continuava a pertencer a sua família paterna (uxor) sendo proprietária de todos os seus bens, com exceção dos que entregava como dote [MARTINS, 2001, p. 19]. Foi a Lei das XII Tábuas que permitiu a dissolução de Casamento, por duas formas, conforme discorre Martins [2001, p. 26]: [...] o divortium (divertere afastar-se, separar-se ) e o repudium. O primeiro era chamado de divergência de pensamento dos cônjuges e ocorria por mútuo consentimento, o outro, uma dissolução unilateral que se operava com fórmulas violentas e cheias de desprezo. Assim, as religiões e a cultura de cada país foram influenciando o Casamento através dos tempos, desempenhando um grande papel, como Direito Canônico e o Direito Germânico. No Brasil é inegável a influência da Igreja Católica, tendo em

21 20 vista sua colonização ter sido por Portugal, país católico, que por muitos anos baseou-se no Direito Canônico. Sobre este, aduz Rosa [2001, p ]: Com a agregação da Moral Cristã, essa concepção foi mais recrusdecida: agravada. O monopólio sexual, com a conjugalização das relações sexuais de forma direta e recíproca, é tratado com todo o vigor possível, emergindo o cânone sexual maior da sonegação da fruição: o sexo somente se legitima para a procriação. [...] É de se destacar atualmente, por relevante, certo segmento da Igreja Católica no sentido de adequar sua doutrina à sociedade contemporânea em busca do verdadeiro cristianismo, vinculado ao amor ao próximo e no livre arbítrio responsável de seu destino. Após, novas crenças foram sendo trazidas ao Brasil, e como relata Diniz [2002, p. 53], obrigando que se estabelecessem outras formas de realizar Casamento, que não somente a católica. Então em 1890 o Decreto 181 instituiu o Casamento Civil em nosso país, tirando o valor jurídico que possuía até então o Casamento Religioso. A Constituição Federal de 1891 reafirmou o decreto em seu art. 72, 4, que prescrevia: A República só reconhece o Casamento Civil, cuja celebração será gratuita. Hoje a Constituição da República Ferderativa do Brasil de e o Código Civil de (Lei n /02) abordam o Casamento Civil, e possibilitam ainda ser requerido efeitos civis ao Casamento Religioso. 1.2 NATUREZA JURÍDICA DO CASAMENTO A palavra Casamento provém etimologicamente de casamentum, que é formada por casa, ae casa, casebre e pelo sufixo mentun intenção. Significando assim a vontade de duas pessoas, de diferente sexo, unirem-se, constituindo um lar comum [MARTINS, 2001, p. 05]. O Casamento é uma das formas de constituir família, estando prevista no art. 226 da Constituição Federal, bem como no art do 2 Doravante será denominado também como Constituição Federal ou CRFB/88. 3 Doravante será denominado também como Código Civil ou CC.

22 21 Código Civil, que dispõe: O Casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. O conceito de Casamento foi evoluindo através dos tempos. Em 1844, Borges Carneiro, apud Rodrigues [2004, p. 20] atrelava Casamento à religião, definindo: Matrimônio é associação permanente do homem e da mulher, instituída por Deus, para gerar e educar filhos, e para recíproco socorro de ambos. É originariamente um contrato: a Religião porém o consagrou e elevou à dignidade de sacramento. Um conceito mais moderno é o de Diniz [2002, p. 39]: [...] o vínculo jurídico entre o homem e a mulher que visa o auxílio mútuo material e espiritual, de modo que haja uma integração, fisiopsíquica e a constituição de uma família. Na ótica de Gonçalves [2002, p. 01] Casamento é a união legal entre um homem e uma mulher, com o objetivo de constituírem a família legítima. Várias são as definições de Casamento entre os doutrinadores, as semelhanças são de que o Casamento é uma união formal/solene entre duas pessoas de sexo diferente, que tenham a intenção de formar família. Quanto à sua natureza jurídica, o Casamento possui duas diferentes correntes doutrinárias, sendo elas a contratualista, também denominada como clássica ou individualista e a anticontratualista ou institucional. Há ainda a mista ou eclética que é a fusão das outras duas citadas. A corrente contratualista é fundada no Direito Canônico, tendo sido adotada por jusnaturalistas. Entende ser o Casamento um acordo de vontades, livremente manifestado, regido por um contrato civil, que estabelece regras comuns aos contratos.

23 22 Alguns adeptos desta vertente são Beviláqua [2001, p ] e Rodrigues [2004, p. 19]. Este conceitua: Casamento é o contrato de direito de família que tem por fim promover a união do homem e da mulher, de conformidade com a lei, a fim de regularem suas relações sexuais, cuidarem da prole comum e se prestarem mútua assistência. A concepção institucionalista tem o Casamento como uma instituição social organizada e ordenada na forma da lei, que estabelece sua forma, conteúdo e efeitos; porém nasce da vontade individual dos contraentes. Esta corrente é defendida por doutrinadores como Diniz [2002, p. 44], Wald [2002, p. 54] e Washington de Barros Monteiro. Diniz [2002, p. 43] acrescenta à definição anticontratualista: As partes são livres, podendo cada uma escolher o seu cônjuge e decidir se vai casar ou não; uma vez acertada a realização do matrimônio, não lhes é permitido discutir o conteúdo de seus direitos e deveres, o modo pelo qual se dará a resolubilidade da sociedade ou do vínculo conjugal ou as condições de legitimidade da prole, porque não lhes é possível modificar a disciplina legal de suas relações. Com relação à doutrina eclética ou mista, esta uniu os dois conceitos, classificando o Casamento como um ato complexo, pois possui características de negócio jurídico e de instituição. Aderente a esta concepção, ensina Santos [1999, p. 135]: Contrato sui generis de caráter pessoal e social: sendo embora um contrato, o Casamento é uma instituição ético-social, que realiza a reprodução e a educação da espécie humana. 1.3 REQUISITOS PARA O CASAMENTO Entre os doutrinadores Diniz [2004, p. 57], Martins [2001, p.

24 23 10] e Gonçalves [2002, p ] há consenso de que o Casamento reveste-se de três condições necessárias à sua existência jurídica: diversidade de sexo, celebração do ato por autoridade competente e consentimento dos nubentes. Não observados estes requisitos, tem-se o Casamento como inexistente. Para Venosa [2004, p. 118] ato inexistente é aquele que: [...] embora existente porque possui aparência material, o ato não possui conteúdo jurídico. Na verdade, o ato ou negócio não se formou para o Direito. Com relação à diferença de sexos, o Código Civil já disciplina, em seu art : O Casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados. Sobre o assunto, entende Venosa [2004, p. 120]: Se faltar esse requisito, a união de pessoas do mesmo sexo nada mais é do que aparência, simulacro de Casamento. No caso concreto, porém, havemos de atentar para as situações nas quais a definição do sexo é duvidosa e pode dar margem a gradações, nas hipóteses de hermafroditismo, por exemplo. Nessas situações, certamente poderá se configurar erro quanto à pessoa, quando a sede da discussão mudará de óptica para o campo da anulabilidade. A celebração do ato é solene, pública, atrelado a requisitos de ordem formal, e deve se dar por autoridade competente. Complementa Martins [2001, p. 10]: [...] celebração do ato por autoridade competente, não é só em razão de sua atribuição legal (ex ratione materiae 4 ), como ainda em função da circunscrição territorial dentro da qual pode oficiar 4 A competência é a delimitação da jurisdição, ou a demarcação da área dentro da qual cada juiz vai dizer o direito. Ratione materiae significa que a competência será definida em razão da matéria, ou seja, com base no assunto [FÜHRER, 2003, p. 51].

25 24 (ex ratione loci 5 ). O ato matrimonial deve obedecer às prescrições formais instituídas com caráter de ordem pública. Outros exemplos de não haver celebração é a de que se duas pessoas se declaram casadas redigindo um instrumento particular temporário ou no caso de o ato nupcial se der perante um simples particular, que se apresenta falsamente como juiz [DINIZ, 2004, p. 56]. Ainda com relação à incompetência ratione materiae, Pereira, apud Diniz [2004, p. 56] entende que o caso é de nulidade relativa por incompetência da autoridade (CC, art. 1550, VI) e não de inexistência, visto que a lei não distingue a autoridade incompetente ratione materiae da que o seja ratione loci. Importante ressaltar o art do Código Civil que dispõe: Subsiste o Casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de Casamentos, e nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil. Neste caso há a aplicação do princípio in dubio pro matrimônio 6, que protege a boa-fé dos nubentes [GONÇALVES, 2002, p. 34]. O consentimento deve ser voluntário e espontâneo. Sendo viciado, o ato pode ser anulado, contudo, se há ausência total de consentimento, omissão ou negativa do nubente, inexiste matrimônio. Verifica-se, desta forma, como sendo três os requisitos para validade do Casamento, sendo eles: a diversidade de sexos, celebração e consentimento. No caso de ausência de qualquer destes requisitos o ato se torna inexistente. 5 Ratione loci diz respeito à competência em razão das pessoas, isto é, sua definição será baseada na qualidade de certas pessoas [FÜHRER, 2003, p. 51]. 6 Significa que, em caso de dúvida, a situação será resolvida em favor do matrimônio.

26 IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS Antes de tecer comentários sobre os impedimentos matrimoniais, faz-se necessário definir e diferenciar as formas de parentesco Formas de parentesco A definição de Beviláqua [2001, p. 70] para parentesco é a relação que vincula entre si as pessoas procedentes de um mesmo tronco ancestral. Parentesco na linha reta é o ligado por consangüinidade, quando as pessoas descendem umas das outras, como, por exemplo, bisavô, avô, pai, filho, neto etc. Wald [2002, p. 36] define parentesco na linha colateral ou transversal como: é o existente entre indivíduos que, sem descender uns dos outros, têm todavia um ascendente comum. Assim, dois irmãos, sendo filhos dos mesmos pais, são parentes em linha colateral. Quanto à afinidade, afirma Venosa [2004, p. 268] não ser propriamente um parentesco, e sim um vínculo criado pelo Casamento, que une cada um dos cônjuges aos parentes do outro. O art do Código Civil também dá uma definição: Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade. O vínculo da afinidade, em linha reta, nunca se dissolve, nem com o divórcio. Este vínculo é o existente entre cônjuge e sogro ou cônjuge e enteado. Parentesco civil também é consanguíneo, pois deriva de um mesmo tronco comum, mas neste caso ele é criado pela lei ou por ato voluntário, como no exemplo da adoção [WALD, 2002, p. 35].

27 26 impedimentos matrimoniais. Definidos os parentescos, segue-se com as causas de Impedimento propriamente dito A doutrina dividia, pelo Código Civil de 1916, os impedimentos em três espécies: os dirimentes 7 públicos ou absolutos, os dirimentes privados ou relativos e por fim os impedimentes ou suspensivos ou proibitivos. Com o advento do Código Civil de 2002, surge uma nova divisão, conforme ilustra Pereira [2004, p. 81]: O Código Civil de 2002 modificou a organização dos impedimentos matrimoniais, separando os impedimentos propriamente ditos (art ), antigos impedimentos dirimentes públicos (art. 183, I a VIII) das causas suspensivas (art ), as quais, no Código de 1916, eram conhecidas como impedimentos impedientes (art. 183, I a VIII). Os impedimentos dirimentes privados foram incluídos entre as causas da anulação do Casamento previstas no art , de Os impedimentos propriamente ditos são verdadeiros empecilhos à realização do Casamento. Podem ser acusados por qualquer pessoa, e inclusive pelo Ministério Público, sua inobservância gera nulidade. O Casamento neste caso é tido como inexistente. Está disposto no art do Código Civil, que reza: Art Não podem casar: I os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II os afins em linha reta; 7 Dizem-se dirimentes porque a infração a qualquer deles infirma, ou pode infirmar, o Casamento. Com efeito, o Casamento contraído com infração a um impedimento dirimente torna nulo, ou anulável, o matrimônio [RODRIGUES, 2002, p. 40].

28 27 III o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V o adotado com o filho adotante; VI as pessoas casadas; VII o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. 68] conceitua: Referindo-se ao impedimento, Gomes, apud Diniz [2004, p. Consubstancia-se uma proibição que atinge uma pessoa em relação a outra ou a outras. Tal pessoa não é incapaz; tem capacidade para praticar o ato jurídico, apenas não se lhe permite que escolha certa pessoa para, com ela, constituir vínculo matrimonial. Tecnicamente, pois, não está legitimada a contrair núpcias com certas pessoas, mas é livre de fazê-lo com todas as outras que não se achem compreendidas na proibição. Numa palavra, é impedida de casar com determinada pessoa mas não é incapaz para o Casamento. Os impedimentos estão fundados em motivos morais, biológicos e eugênicos, pois visam evitar nascimento de filhos defeituosos e a repudia da sociedade, preservando a moralidade familiar, o respeito e a confiança na família. Ressalta-se comentário de Venosa [2004, p. 79] acerca da sanção no caso de Casamento realizado sem observância dos impedimentos: Vistos a contrario sensu, os impedimentos estampam requisitos para os nubentes, proibindo que se casem se não estiverem legitimados. Se, a despeito das proibições, os consortes contraírem Casamento, o ordenamento reagem com gradações, com a nulidade do ato, sua anulabilidade ou a imposição de sanção de outra natureza, como veremos. A legislação confunde por algumas vezes incapacidade com

29 28 impedimento, porém há uma grande distinção entre estas. A primeira trata da idade núbil, ou seja, podem casar aqueles que já tiverem atingido a maioridade civil ou quem já tiver completado dezesseis anos, desde que com autorização de seus representantes legais, conforme o art do Código Civil. Entretanto se houver impedimento, o impedido não está legitimado a casar com determinada pessoa (ex. ascendente com descendente), mas pode fazê-lo com outra pessoa. É o problema de falta de legitimação [GONÇALVES, 2002, p. 10]. A partir do art do Código Civil, os doutrinadores têm classificado os impedimentos em três grupos: impedimentos resultantes do parentesco, subdivididos em consangüinidade, afinidade e adoção (incisos I a V), impedimento resultante de Casamento anterior (inciso VI) ou de vínculo e impedimento decorrente de crime (inciso VII). Estes impedimentos, quando não observados, tornam o Casamento nulo. Quanto ao impedimento decorrente de parentesco por consangüínidade, assinala Diniz [2004, p. 71]: Portanto o impedimento abrange todo e qualquer grau de parentesco da linha reta, quer seja ele matrimonial, decorrente de justas núpcias, quer natural (CC, art ), proveniente de relações convivências concubinárias ou esporádicas. Analisa Venosa [2004, p ] a evolução do impedimento matrimonial resultante da adoção, do Código Civil de 1916 para o atual em vigor: A lei anterior entendia não haver impedimento de o adotado casar com filho anterior à adoção, pois nesse caso não haveria vínculos familiares mais profundos. No entanto, há que ser considerada a natureza da adoção decorrente do Estatuto da Criança e do Adolescente e do vigente Código. Por essa modalidade, a adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres (art. 41, ECA). Portanto, pelo presente dispositivo o adotado estará impedido de se casar com as irmãs anteriores ou posteriores à adoção. A restrição imposta a esse filho adotivo é de 8 Art , CC: O homem e mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.

30 29 igual magnitude imposta à família biológica. Existindo um Casamento válido, não é possível contrair um segundo. Aduz Gonçalves [2002, p. 13]: O impedimento só desaparece após a dissolução do anterior vínculo matrimonial pela morte, anulação ou divórcio. O Casamento Religioso anterior não constitui impedimento. No que diz respeito ao cônjuge ausente e a possibilidade de contrair novo matrimônio, este será tratado de forma mais completa no terceiro capítulo. O impedimento decorrente de crime existe, pois, com a morte do cônjuge presume-se que o cônjuge sobrevivente nutra uma repulsa ao agente que tirou ou tentou tirar a vida de seu consorte. Caso contrário subtendese ter havido interesse na morte. Sobre este impedimento, Pereira [2004, p. 87] sustenta que: O que caracteriza o impedimento é a condenação, não bastando mera acusação ou processo. A proibição vai alcançar obviamente o mandante ou autor intelectual, desde que condenado. E entender-se, por lei, ao que o for por tentativa de homicídio, ainda que de oura causa venha a falecer a vítima. Conforme art do Código Civil os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do Casamento, por qualquer pessoa capaz. Observa-se que o impedimento é apenas para crime doloso, e não se estende ao culposo, onde não houve a intenção de matar, nem no caso de absolvição ou na extinção da punibilidade Causas suspensivas As causas suspensivas da celebração do Casamento eram antes denominadas impedimentos impedientes ou proibitivos. O Casamento

31 30 realizado sob esta condição é válido, porém lhe é aplicado uma espécie de sanção, que é a obrigatoriedade da adoção do regime da separação de bens 9. Está prevista no art do Código Civil, que dispõe: art Não devem casar: I o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II a viúva, ou a mulher cujo Casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. De modo geral, as sanções visam evitar a confusão de patrimônios, confusão de sangue ou isentar o administrador da prestação de contas. Para evitar a confusão de patrimônios, foram estabelecidas duas causas suspensivas, a do art , incisos I e III do Código Civil. Venosa [2004, p. 94] e Gonçalves [2002, p. 15] defendem a hipótese de se realizar um inventário negativo, demonstrando que não há nada a ser partilhado, para evitar a aplicação da causa suspensiva, demonstrando não haver prejuízo ao herdeiro. O inciso III do referido artigo foi uma inovação no Código Civil. Procura também evitar que a partilha se torne prejudicada em virtude da confusão que causaria um novo Casamento, sem a dissolução definitiva e homologada do primeiro. Observa Gonçalves [2002, p. 15]: Contudo, a restrição 9 A obrigatoriedade deste regime está prevista no art , I, do Código Civil, que dispõe: É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento.

32 31 será afastada, provando-se a inexistência de prejuízo para o ex-cônjuge. A causa suspensiva disposta no inciso II do art do Código Civil é imposta somente a mulher, tem como escopo impedir a confusão de sangue (turbatio sanguinis), ou seja, a dificuldade de identificar a paternidade. Entretanto, se a nubente provar o nascimento de filho ou inexistência de gravidez, no prazo de 10 meses, poderá ser dispensada a aplicação da causa suspensiva (art , parágrafo único, CC) [VENOSA, 2004, p. 94]. Pereira [2004, p. 93] entende que deve ser aberta exceção na aplicação da causa suspensiva, nos referidos casos: [...] de ser o Casamento anterior anulado por impotência coeundi, desde que absoluta e anterior ao matrimônio ou quando resulta evidente das circunstâncias a impossibilidade física de coabitação entre os cônjuges. Relevante ainda a observação do referido doutrinador [2004, p. 93] quanto à previsão do art , IV do Código Civil: Trata-se de defender o incapaz contra o administrador de seus bens que procure num Casamento o meio de se livrar da prestação de contas. Não vale a quitação dada pelo próprio interessado, porque as contas se prestam in iudicio. O art , parágrafo único permite aos nubentes solicitar ao juiz a não aplicação das causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV do referido artigo, desde que provem a inexistência de prejuízo ao interessado Oposição dos impedimentos Quanto à oposição, tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas devem ser opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou se não puder fazê-lo, deve indicar o lugar onde possam ser obtidas (art ,CC). O período para ser oposto o impedimento é até o momento da celebração do Casamento, por qualquer pessoa capaz, e obrigatoriamente

33 32 pelo juiz ou oficial do registro se tomar conhecimento da existência de algum impedimento deve declará-lo, como disposto no art , caput e parágrafo único do Código Civil. Nas causas suspensivas a oposição deve ser feita no curso do processo de habilitação, sendo a argüição restrita aos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins (art , CC). Acrescenta Venosa [2004, p.97] quanto aos impedimentos opostos de má-fé: [...] dão margem à possibilidade de os responsáveis serem acionados por perdas e danos, que no caso serão fortemente de índole moral, como expressamente permite a atual Constituição. 1.5 CAUSAS DE DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO Foi a partir da criação da Lei n 6.515/77, que a regulamentação dos casos de dissolução da sociedade conjugal e do Casamento tornou-se possível. do Código Civil: Sobre o fim da sociedade conjugal, assim dispõe o art Art A sociedade conjugal termina: I pela morte de um dos cônjuges: II pela nulidade ou anulação do Casamento; III pela separação judicial; IV pelo divórcio. 1 O Casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. 2 Dissolvido o Casamento pelo divórcio direto ou por conversão,

34 33 o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial. Importante ressaltar que há uma grande diferença entre vínculo matrimonial e sociedade conjugal, conforme explica Diniz [2004, p. 229]: O Casamento é, sem dúvida, um instituto mais amplo que a sociedade conjugal, por regular a vida dos consortes, suas relações e suas obrigações recíprocas, tanto as morais como as materiais, e seus deveres para com a família e a prole. A sociedade conjugal, embora contida no matrimônio, é um instituto jurídico menor do que o Casamento, regendo, apenas, o Regime Matrimonial de Bens dos cônjuges, os frutos civis do trabalho ou indústria de ambos os consortes ou de cada um deles. Daí não se poder confundir o vínculo matrimonial com a sociedade conjugal. O 1 do art do Código Civil veio para resolver a problemática que havia com relação aos ausentes no Código Civil de Consoante aduz Venosa [2004, p. 86]: da sociedade conjugal em separado. O cônjuge ausente, não importando o tempo da ausência, não pode contrair novo matrimônio. A presunção de morte, no sistema de 1916, que possibilitava a sucessão provisória e definitiva não tinha efeito em matéria matrimonial. A morte presumida não dissolvia o Casamento. Nessa situação somente restaria ao cônjuge a possibilidade de obter o divórcio. No entanto, o corrente Código passou a admitir a morte presumida nos casos de abertura da sucessão definitiva (art. 6, CC) e nas hipóteses do art. 7, sem decretação de ausência. Essa presunção de morte opera, portanto, para todos os efeitos. Passar-se-á a analisar cada uma das formas de dissolução Anulação e nulidade do Casamento O Casamento quando realizado e observado todos os seus requisitos legais, gera os efeitos desejados pelos contraentes. Todavia, no caso de ter sido contraído de maneira viciada, isto pode conduzir à sua nulidade ou

35 34 anulabilidade [RODRIGUES, 2004, p. 78]. Diniz [2004, p. 233], são aqueles que: Primeiramente faz-se necessário definir atos nulos. Para Código Civil, que reza: [...] inquinados por algum vício essencial, não podem ter eficácia jurídica, ou seja, são aqueles que falta elemento essencial (consentimento, objeto lícito, sujeito capaz, forma prescrita em lei) à sua formação ou aqueles que, apesar de possuírem os elementos essenciais, foram praticados com simulação, infração à lei, à ordem pública e aos bons costumes. Os casos de nulidade de Casamento estão no art do Art É nulo o Casamento contraído: I pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil; II por infringência de impedimento. Na primeira hipótese, a nulidade do Casamento contraído por enfermo mental, refere-se àquele absolutamente incapaz, por não estar em seu juízo perfeito. Salienta Diniz [2004, p. 239] Nem mesmo se pode afirmar que podem casar nos intervalos de lucidez porque quem é louco é incapaz a qualquer tempo e para todos os efeitos. Quanto à infringência de impedimento matrimonial, este disposto no art do Código Civil, já foi abordado no presente capítulo, no Subtítulo 1.4.2, porém acrescenta Pereira [2004, p. 135]: As situações, erigidas em impedimentos, condizem com a ordem pública, e, assim sendo, não se coadunam com a subsistência do matrimônio. Conseqüência de tal peculiaridade é que, mesmo decretada a sua nulidade, alguns efeitos podem-lhe ser reconhecidos, em relação à prole e aos cônjuges, como no lugar próprio o Código admite. Diniz [2004, p. 233] relaciona casos em que pode ser

36 35 reconhecido efeitos do Casamento mesmo que decretado nulo: O Casamento nulo, mesmo sem ser putativo, acarreta efeitos como: (a) comprovação da filiação; (b) matrimonialidade dos filhos com o reconhecimento da maternidade e da paternidade; (c) manutenção do impedimento de afinidade; (d) proibição de Casamento da mulher nos 300 dias subseqüentes à dissolução da sociedade e do vínculo conjugal pela sentença que decreta a nulidade; e (e) atribuição de alimentos provisionais ao cônjuge que deles precisar enquanto aguarda a decisão judicial. A decretação de nulidade do casamento, pelos motivos elencados no art do Código Civil, pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público (art , CC). A nulidade se funda em motivos de ordem pública. Esclarece Pereira [2004, p.136] que podem ser de cunho econômico, exercido por credores e de cunho moral, exercido pelos próprios cônjuges, seus ascendentes, irmãos, cunhados e até mesmo pelos filhos. É essencial que seja demonstrado o interesse. A anulabilidade está relacionada a casos de consentimento defeituoso, manifestação de vontade imperfeita ou viciada por interferência de terceiro. Suas razões são fundadas em interesse dos cônjuges ou de certas pessoas [PEREIRA, 2004, p. 138]. As hipóteses do Casamento anulável estão dispostas no art do Código Civil: Art É anulável o Casamento: I de quem não completou a idade mínima para casar; II do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; III por vício da vontade, nos termos dos arts a 1.558; IV do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; V realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente

37 36 soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; IV por incompetência da autoridade celebrante. Parágrafo único. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicial decretada. A idade núbil, ou seja, idade mínima para casar é de dezesseis anos 10, desde que com autorização dos pais ou representantes legais (tutor, curador). No caso destes não consentirem ou discordarem, pode ser requerido suprimento judicial, onde o juiz analisará se a recusa é justa ou não, podendo autorizar a realização do ato nupcial. A autorização é essencial à habilitação, sua falta pode tornar anulável o Casamento [DINIZ, 2004, p ]. O Código Civil prevê exceção a este limite de idade, permitindo o Casamento para menores de 16 anos. Sobre o tema, escreve Diniz [2004, p ]: [...] em caso de gravidez ou para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal no caso de crime de sedução, de estupro, de desvirginamento da menor. Nessas hipóteses, o magistrado, para coibir a desonra, ou pôr termo ao processo criminal, supre a idade da menor, ordenando a separação de bens, que é, nesse caso, o regime obrigatório (CC, art , III). O vício da vontade encontra-se nos art a do Código Civil, e referem-se ao erro essencial sobre a pessoa, cujo rol é taxativo e no caso de coação. Art Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: I o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; 10 Art , CC: O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida maioridade civil.

38 37 II a ignorância de crime, anterior ao Casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal; III a ignorância, anterior ao Casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; IV a ignorância, anterior ao Casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado. No inciso I, o erro essencial é sobre a identidade, que pode ser física ou civil/social. Esclarece Gonçalves [2002, p. 41] que: No erro sobre a identidade física ocorre o Casamento com pessoa diversa, por substituição ignorada pelo outro cônjuge. [...] Identidade civil é o conjunto de atributos ou qualidade com que a pessoa se apresenta no meio social. Algumas pessoas são tidas como trabalhadoras, honestas, probas; outras, porém, como inidôneas, desqualificadas etc. Cita exemplo Pereira [2002, p ] de que: [...] não induz a erro o ter desposado uma viúva que se dizia solteira, mas é causa de anulação se o cônjuge vem a saber que seu consorte não é solteiro, mas, ao revés, teve o Casamento anulado por circunstâncias escandalosas. Monteiro, apud Diniz [2002, p. 249] define honra e boa-fé: [...] honra é a dignidade da pessoa que vive honestamente, que pauta seu proceder pelos ditames da moral; é o conjunto de atributos morais e cívicos que torna a pessoa apreciada pelos concidadãos. Boa fama é a estima social de que a pessoa goza, visto conduzir-se segundo os bons costumes. Estes requisitos só podem ser invocados quanto ao comportamento do outro cônjuge e não em relação a sua família. Venosa [2004, p. 133] cita alguns julgados como situações de erro essencial que possibilitam anulação:

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