e St. a Catarina: duas ruas que fazem milhões

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1 DESTAQUE P. 8-9 Av. da Liberdade e St. a Catarina: duas ruas que fazem milhões

2 Duas ruas que fazem milhões emprego e dão a milhares Uma avenida que é um luxo e uma rua que é de todos. São ambas destinos de compras e paraísos dos turistas que chegam a Lisboa e ao Porto conforme as cidades crescem, cada vez mais vibrantes. Entre lojas, casas e escritórios, aquelas duas artérias geram milhões de euros quando, naquela noite, a polícia o mandou parar. No início dos anos 80, Eric van Leuven tinha vindo da Holanda para estudar em Lisboa e caminhava na Avenida que liga o Marquês à Baixa. "Passava das quando dois polícias vieram ter comigo e perguntaram o que andava ali a fazer àquela hora", conta o atual responsável da consultora Cushman & Wakefield. Na altura, Lisboa ainda não vivia a liberdade em pleno. Hoje, a Avenida não tem hora para fechar. A artéria mais cara do para a economia. Textos: Ana Sanleze Sônia Santos Pereira país encheu-se de lojas, hotéis e Lisboa escritórios, que trouxeram emprego, turistas e movimento. Segundo dados da Cushman ao Di- A Liberdade não é nheiro Vivo, quem quiser dormir para na Avenida da Liberdade tem hoje 13 hotéis à escolha, a maior parte quem quer, de e só quatro ou cinco estrelas, num total de 1290 para quartos. Até 2021 deverá abrir mais um, o Turim Boulevard Hotel, que vai trazer quem pode mais cem quartos de primeira A Liberdade já passava por aqui classe ao quilómetro mais exclusivo da capital. Além dos hotéis, é nos escritórios que estão os maiores empregadores da Avenida. Sao 45 edifícios, com rendas que oscilam entre os 18 e os 21 euros por metro quadrado. Tranquilidade, Havas ou Novo Banco são alguns dos maiores. "Os edifícios são relativamente pequenos, não atraem grandes empresas", destaca Eric van Leuven. E quem quiser ir à Avenida para fazer compras tem 104 lojas à disposição. Prada, Cartier, Vuitton, Montblanc, Gucci, Longchamp, Dior... algumas das melhores do mundo estão lá. "As marcas pagam o que for preciso para terem uma loja na Avenida. Os preços das rendas oscilam entre 95 e 120 euros por metro quadrado", diz Francisco Quintela, managingpartner da Quintela & Penalva. Uma loja de 100 m

3 nónimo de Avenida da Liberdade há 15 anos. "A zona teve crises muito grandes, esteve muito degradada. No fim dos anos 80 era um desastre", lembra Pedro Mendes Leal, proprietário do Valverde Hotel e presidente da Associação Passeio Público, que nasceu da união de lojistas e empresários da Avenida numa altura em que faltava limpeza e segurança. Os problemas não desapareceram, "ainda falta melhorar passeios e jardinagem, por exemplo, que não condizem com o luxo que se quer ter na zona", diz. Problemas que não têm impedido a subida do preço das casas, que nos últimos anos atingiram níveis estratosféricos. Segundo Miguel Poisson, diretor-geral da Sotheby's, uma das imobiliárias com mais atividade na Avenida, o valor médio do metro quadrado é de 6266 euros mas pode chegar, "em casos excecionais", a dez mil. A Casafari, uma plataforma de imobiliário que faz o levantamento de todas as casas à venda em Lisboa, revela que há hoje 129 apartamentos disponíveis na Avenida da Liberdade. O mais barato? O To+l "para obras totais" por 130 mil euros. O mais caro é um T

4 Patrícia Araújo, responsável pela área do retalho da JLL, sublinha que "a procura é muito grande e é essa pressão que leva ao aumento dos preços". Luís Mesquita, responsável da CBRE no Porto, realça "a dinâmica brutal" da Bai- xa do Porto, onde Santa Catarina é epicentro, que "nunca tinha retão ingistado um crescimento tenso". A tendência é para manter e alargar a esfera até à Avenida dos Aliados, onde a aposta passa pelas lojas de luxo. "O preço do metro quadrado para arrendar numa zona premium de Santa Catarina pode atingir os 75 euros." MARTA COSTA Diretora de research da Cushman

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