BUSINESS BRIEFING COMÉRCIO DE LUXO LISBOA E PORTO
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- Alexandra de Caminha de Sequeira
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1 BUSINESS BRIEFING COMÉRCIO DE LUXO 3ª EDIÇÃO DEZEMBRO 2012 INTRODUÇÃO O comércio de rua continua a demonstrar um crescimento significativo no nosso país, em contraciclo com a indústria dos conjuntos comerciais. O retalho de luxo instala-se por definição em localizações de rua e tem vindo a evoluir de forma muito positiva em Portugal. Nos últimos anos, importantes insígnias como a Mi Miu, Miu Mi Prada, P d Marc M J b Loewe Jacobs, L e Gucci G i abriram lojas em Lisboa. Em breve aguarda-se a inauguração de outras marcas de relevo tais como Cartier ou Max Mara. As localizações por excelência do segmento de luxo são a Avenida da Liberdade em Lisboa e, ainda que com menor afirmação, a zona de Aviz no Porto. No caso de Lisboa, o crescente fenómeno de revitalização do Chiado tem também atraído marcas que beneficiam do importante fluxo de turistas de que esta zona é alvo ao longo de todo o ano. ano Cushman & Wakefield, Av. Liberdade 131-2º Lisboa, Portugal Dezembro
2 DEZEMBRO 2012 CONTEXTO NACIONAL O segmento de luxo privilegia a sua localização no comércio de rua e, pelas sinergias que cria, em zonas onde beneficie do fluxo de clientes das melhores unidades hoteleiras e edifícios de escritórios. Em Lisboa e no Porto, a localização das principais i i marcas de luxo segue igualmente esta tendência. Em Lisboa estas marcas situam-se maioritariamente na Avenida da Liberdade. Na cidade do Porto, onde esta segmentação não é tão evidente, é a zona da Avenida da Boavista, mais especificamente Aviz, que reúne a maior concentração de marcas de topo. Nestas localizações tem-se verificado uma evolução bastante positiva nos últimos anos. Em contraciclo com os restantes setores do mercado de retalho, estas zonas de comércio de rua têm vindo a tornar-se cada vez mais atrativas, com maior fluxo de compradores e, consequente, com um aumento da procura por parte dos operadores. Para tal tem contribuído uma cada vez maior consciencialização da necessidade de promover as principais artérias deste tipo de comércio através de uma gestão integrada por parte dos seus principais intervenientes, como sejam lojistas, hoteleiros e empresários de restauração. 2
3 COMÉRCIO DE LUXO Desde a última edição deste business briefing, em Dezembro do ano passado, registaram-se novas aberturas de marcas de luxo na cidade de Lisboa. A maioria escolheu a Avenida da Liberdade como o destino de eleição, nomeadamente a Miu Miu, Gucci, Stivali, Boutique dos Relógios Plus e Officine Panerai. Em breve inaugurarão outras insígnias de renome como Cartier, Guess e Max Mara. A Avenida da Liberdade conta hoje com um total de operadores múltiplos e internacionais cuja área de venda ascende a mais de m 2, dos quais cerca de 80% são marcas internacionais. Analisando por sector, a moda tem uma clara predominância, absorvendo 64% da área total. No que respeita ao Chiado, esta continua a ser a zona mais trendy de Lisboa, procurada por um conjunto alargado de público, onde se incluem turistas e pessoas ligadas ao mundo da cultura e das artes. Ainda que sem expressão dominante, o retalho de luxo nesta zona mistura-se em perfeita harmonia com outras marcas internacionais de posicionamento não tão elevado. Cartier Guess Max Mara Serão as próximas marcas a marcar presença na Avenida da Liberdade 3
4 DEZEMBRO 2012 A comprová-lo estão as opções feitas pela Hermès ou Swarovski ao elegerem esta zona para se instalarem. No total, entre operadores múltiplos e internacionais, estão ocupados mais de m 2 de área de venda, entre os quais as marcas internacionais representam 65%. Novamente o sector da moda é o mais relevante, com 68% do total. Em relação a preços de mercado no comércio de rua, tem-se verificado uma manutenção dos mesmos desde o final de Neste momento os valores mais elevados praticam-se na zona do Chiado, dada a falta de oferta nas ruas com maior procura, nomeadamente Rua Garrett, situando-se nos 80 /m 2 /mês. Com estes valores, a zona do Chiado é a 45ª localização mais cara do mundo, entre 62 cidades, de acordo com o estudo Main Streets Across The World 2012 publicado anualmente pela C&W, tendo descido 3 posições em relação a A zona da Avenida da Liberdade atinge atualmente os 72,5 /m 2 /mês. Denota-se que na zona lisboeta, uma parte importante dos clientes das lojas de retalho de luxo é composta por turistas, em especial para aqueles que não têm este tipo de oferta nos seus países de origem ou cujo valor dos produtos é mais elevado, nomeadamente os países PALOP e Brasil. Segundo dados da operadora de tax free, Global Blue, os clientes angolanos são os que mais adquirem em Portugal, contando com 44% das vendas tax free, seguidos por turistas provenientes do Brasil, Rússia e China. De acordo com a mesma empresa, de entre as 33 cidades europeias analisadas no Índice Global Blue, a capital portuguesa é a sétima melhor posicionada para compras em viagens internacionais, à frente de cidades como Milão, Amesterdão ou Bruxelas. Neste estudo, Lisboa foi considerada a melhor cidade na categoria de Cultura e Clima, graças ao número médio de horas de sol por dia. Já na categoria de Hotéis e Transportes, devido ao acesso rodoviário e ferroviário limitado até ao centro da cidade, Lisboa encontra-se nas últimas posições do ranking. Hermès Inaugurou em 1999 e foi uma das primeiras marcas de luxo a localizar-se no Chiado. 4
5 COMÉRCIO DE LUXO Contudo, os últimos dados publicados pela Associação de Turismo de Lisboa, revelam que, desde o início do ano, foram movimentados mais de 13 milhões de passageiros no aeroporto internacional de Lisboa mais 3,1% do que em igual período de 2011 num total de cerca de 120 mil voos. Também a nível de cruzeiros, o número de passageiros em trânsito aumentou em 3,1 % desde o início do ano, quando comparado com o período homólogo do ano passado, para um total de perto de 400 mil. Quanto ao retalho de luxo no Porto, a oferta deste tipo de comércio concentrase na Avenida da Boavista, nomeadamente na zona do Aviz. No Edifício Aviz, o sucesso da concentração deste tipo de lojas na sua galeria comercial levou a que a oferta se estendesse aos edifícios circundantes, contando com um total de cerca de m 2 de área de venda entre lojistas múltiplos e internacionais. Entre os principais retalhistas, destaque para a Ermenegildo Zegna, Rosa & Teixeira e MaxMara. A distribuição entre múltiplos e internacionais é equilibrada e, mais uma vez, o sector da moda é o predominante, com 75% da área de venda mencionada. 13 milhões Foi o número de passageiros que passaram pelo Aeroporto internacional de Lisboa desde Janeiro No Porto, e mais recentemente, a reabilitação de toda a zona dos Clérigos também tem atraído marcas trendy à zona, restaurantes, bares e hotéis. Deste fenómeno é exemplo a Marc by Marc Jacobs, inaugurada no ano passado nesta localização. O projeto Passeio dos Clérigos, resultante da reabilitação do antigo Clérigoshopping e parcialmente em funcionamento desde Setembro de 2012, pretende captar um conjunto de operadores que, muito embora não se posicionem totalmente no segmento de luxo, possam encontrar aqui uma zona renascida e com interesse para se instalarem. O crescente fluxo de turistas de que esta zona em particular, e a cidade do Porto como um todo, têm sido alvo, contribui com toda a certeza para este interesse crescente por parte dos retalhistas. 5
6 COMÉRCIO DE LUXO CONCLUSÃO O movimento contra-cíclico do comércio de rua em Portugal, quando comparado com os restantes setores do imobiliário e com a economia em geral, é resultado não só do subaproveitamento deste segmento nas últimas décadas, mas também da apetência natural que os operadores de luxo têm para estas localizações. li As marcas de luxo instalam-se por definição em lojas de rua, nas zonas mais nobres da cidade, com ocupação maioritariamente de escritórios e preferencialmente marcadas por fortes fluxos pedonais de turistas. Estes critérios são todos preenchidos nas localizações de comércio de rua de Lisboa e Porto. O crescente fluxo de turistas que ambas as cidades têm registado é outro dos fatores que contribui para um maior interesse no mercado nacional por parte dos principais operadores internacionais de marcas de luxo. Por último, as mais recentes revisões à lei do arrendamento em Portugal favorecem também a instalação de operadores internacionais, cuja estrutura de funcionamento exige condições de mercado em linha com as verificadas nos mercados mais desenvolvidos. Apesar da crise que o país atravessa, a evolução do setor de luxo em Portugal, com especial incidência nas cidades de Lisboa e Porto, deverá manter-se positiva no futuro, tendo em conta o potencial que ambas as cidades demonstram ainda para os operadores internacionais. Para mais informações ou para obter cópias adicionais deste estudo, por favor contacte: Filipa Mota Carmo Marketing filipa.carmo@eur.cushwake.com Este relatório contém informação publicamente disponível, e foi utilizada pela Cushman & Wakefield no pressuposto de ser correta e verdadeira. A Cushman & Wakefield declina qualquer responsabilidade, caso se venha a verificar o contrário. Nenhuma garantia ou representação, expressa ou implícita, é feita à veracidade da informação contida neste relatório, e a mesma é disponibilizada sujeita a erros. Para uma informação mais detalhada e atualizada sobre os vários sectores imobiliários aceda ao Knowledge Center da Cushman & Wakefield: Cushman & Wakefield. Direitos reservados. Cushman & Wakefield Av. da Liberdade, 131-2º Lisboa Portugal Tel.:
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