A DIRETORIA EXECUTIVA SINTHORESP Sindicato dos Empregados no Comercio Hoteleiro e Similares de São Paulo. Nesta.

Transcrição

1 SPaulo, 31 de Maço de A DIRETORIA EXECUTIVA SINTHORESP Sindicato dos Empregados no Comercio Hoteleiro e Similares de São Paulo. Nesta. A/C do Vice-Presidente, Sr. GILBERTO JOSE DA SILVA. MANOEL GONÇALVES LIMA, brasileiro, sócio da entidade sindical, reconduzido, mais uma vez por ordem judicial, vem a Vossas Senhorias, com fulcro no art. 38 e seus incisos, combinado com o art. 12, parágrafo 1º, requerer as medidas necessárias para o imediato AFASTAMENTO do cargo e funções de Presidente do Sr. Francisco Calazans Lacerda, com a instauração de procedimento disciplinar adequado, concluindo, ao final, com a EXCLUSÃO do indigitado senhor dos quadros da entidade sindical, pelo que passa a articular. Como vem sendo denunciado, a mais de uma década, pelas mais variadas formas, o indigitado Sr. Francisco NÃO faz parte da categoria representada pelo Sinthoresp, 1

2 valendo-se de documentos que SEMPRE falsearam a verdade dos fatos. Tal realidade, embora sempre ignorada pela diretoria da entidade sindical, talvez por ignorância, talvez por comodidade, talvez por covardia individual, fez com que o pretenso hoteleiro renovasse, por meios duvidosos, sua permanência na presidência da entidade, por mais de DUAS DÉCADAS. A comprometedora omissão da diretoria e conselho fiscal, durante todos esses anos, diante da gravidade dos fatos, é matéria a ser estudada no futuro próximo e a merecer especial atenção dos poderes constituídos, inclusive do Judiciário. Pois bem. Nesse passo, apreciando os documentos que SEMPRE falsearam a verdade dos fatos, esconderam, maquiaram e embaçaram a realidade, acabaram por criteriosa análise judicial, em processos judiciais distintos, que acabaram por concluir pelo óbvio, como se passa a transcrever parte das sentenças já transitadas em julgado. Proc. 1600/ ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO. O simples fato da CTPS do reclamante não contar com a baixa formal (ou a consignação da data de saída) não leva a concluir que seu contrato de trabalho está (ou esteve em vigor) nos últimos anos, pelo menos desde 1994 (ou seja, há 20 anos). 2

3 Mais uma vez, saliente-se que o reclamante não foi aposentado pelo exercício de atividade no comércio hoteleiro. Na verdade, ele se beneficou da aposentadoria conferida pelo Poder Judiciário, pelo exercício da função de juiz classista (ou vogal). E não como trabalhador da iniciativa privada (no comércio hoteleiro). O art. 530 da CLT estabelece que não podem ser eleitos para cargos administrativos ou de representação profissional, nem permanecer no exercício desses cargos, aqueles que não estiverem, desde dois anos antes, no exercício de atividade ou profissão dentro da base territorial do sindicato. O 2º do mesmo artigo é peremptório ao afirmar que os associados que estiverem desempregados ou sem trabalho também não podem exercer cargo de administração sindical ou de representação profissional. O fato do reclamante estar no exercício da presidência do SINTHORESP não tem o condão de lhe conferir legitimidade para o ajuizamento desta ação. Sua legitimidade até mesmo para permanecer no comando daquela entidade, em tese, é precária, pois pode ser discutida a qualquer momento, considerando que não preenche os requisitos legais para tanto (art. 530, CLT). A decisão judicial, com parte acima transcrita, foi publicada em 28/7/2014!!!. E não é só. O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, também julgou e reconheceu a INEXISTÊNCIA de relação de emprego há mais de 20 ANOS no ramo hoteleiro, como destacado no acordão, que se descreve parcialmente:- PROC. TRT/SP Nº ª. TURMA. 3

4 Vale destacar, a propósito, o depoimento pessoal do autor (Francisco Calazans) no sentido de que sempre foi da categoria hoteleira; que o único emprego do depoente foi no Hotel Jaraguá, como garçom, o qual fechou, passando a atuar como recepcionista no Hotel Excelsior, o que não se concretizou, por já se encontrar atuando no sindicato; daí, vieram eleições sucessivas, restando atualmente aposentado; que o depoente sempre foi presidente; houve autofalência do Hotel Jaraguá, componente do grupo Horsa, com filiais em todo País; que o depoente iniciou suas atividades no sindicato no dia 04/07/1956, admitido no Hotel Jaraguá, permanecendo por 16 anos como não-optante; que o primeiro mandato do depoente foi 15/08/1972, quando nomeado para junta governativa, (...); que o depoente aposentou-se como Juiz Classista; que o depoente ainda é presidente da FERTHORESP desde 1995, (...). (fl. 78/79, destacamos). Sublinhem-se, ainda, os documentos trazidos à colação, atestando admissão do autor no Hotel Jaraguá em 07/07/1956 (doc. 03, do volume apartado do autor), com anotações nas páginas 42 e 43, de sua CTPS, respectivamente, de afastamento das funções desde 15/08/1972 por ter sido nomeado Presidente da Junta Governativa do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de São Paulo sem remuneração deste Hotel, e de que suas funções passarão a ser de recepcionista no Hotel Excelsior localizado na Av. Ipiranga, 770, São Paulo em 04/01/1985 (doc. 04, do mesmo volume de documentos), com declaração de 18/09/2007, ademais, do Hotel que iniciou as atividades no ano de 1995, de que o Sr. Francisco Calasans Lacerda não é funcionário do HOTEL EXCELSIOR IPIRANGA LTDA., com início em 1995 (doc. 07, fl. 01 e doc. 15, fl. 01, do volume apartado da ré, destaques nossos). Insta ressaltar que o 4

5 autor se aposentou em 22/05/1990 como juiz classista temporário, representante dos trabalhadores, junto à 39ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP (docs. 07 e 15, do volume apartado do autor) A decisão judicial colegiada do Tribunal do Trabalho, com parte acima transcrita, foi publicada em 16/6/2015!!! Reconhecida, judicialmente, a verdade dos fatos, que sempre foi escondida do indigitado, para beneficiar-se indevidamente da falsa situação por ele inventada, a sua permanência na direção e nos quadros da entidade é verdadeira violação as regras legais e morais, além de desrespeito a toda a categoria representada. As práticas do indigitado violam regras básicas da legalidade, incursionam em inúmeros artigos do código penal brasileiro, além de afrontar, pela claríssima transgressão do Estatuto Social, art. 6º Já que nos últimos 20 anos NUNCA foi da categoria profissional; art. 12, III letra a violação grave do Estatuto; letra d Flagrante má conduta, fraude de direitos de companheiros; entre outros tantos. Assim, requer as Vossa Senhorias o imediato AFASTAMENTO do indigitado das funções como presidente do Sinthoresp, formando procedimento disciplinar adequado, legal e pleno, com direito a defesa e provas, concluindo ao final pela sua EXCLUSÃO da categoria profissional, declarando ainda a NULIDADE de todos os atos praticados nos últimos DEZ ANOS, na forma do art. 171 daquele diploma administrativo. 5

6 Nestes Termos, Pede e espera o deferimento, MANOEL GONÇALVES LIMA. Matricula de sócio