PERSPECTIVAS E SITUAÇÕES DO MANEJO DA BRACATINGA

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1 PERSPECTIVAS E SITUAÇÕES DO MANEJO DA BRACATINGA Jorge Zbigniew Mazuchowski Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciências Florestais Instituto EMATER 1. A BRACATINGA A popular bracatinga é derivada do nome guarani abaracaatinga, composto pelos termos aba (muito, abundante), ra (penas ou plumas), caa (arvore, mata) e tinga (branca). O nome indígena caracteriza a bracatinga como árvore ou mata branca, de muitas plumas. Carvalho (1994) indica que é classificada como Mimosa scabrella (Bentham), da família Fabaceae, subfamília Mimosoideae, com duas variedades botânicas - Mimosa scabrella var. scabrella, com floração no inverno e duas denominações populares diferenciadas pela cor da madeira (bracatinga-branca e bracatinga-vermelha), e Mimosa scabrella var. aspericarpa (bracatingaargentina) com floração na primavera-verão, diferenciada pela cor prateada das folhas. Apresenta um ciclo de vida relativamente curto, entre 20 e 25 anos. Forma um expressivo banco de sementes a partir do quinto ano. Carpanezzi (1997) quantificou de 90 a 190 sementes/m² de solo aos sete anos de idade, equivalentes a a plantas/hectare. Em árvores com 22 anos, em Colombo-PR, o índice de sobrevivência era de 18,7%. O florescimento abundante ocorre a partir do terceiro ano até a senescência da árvore, com flores reunidas em inflorescências. A frutificação ocorre entre novembro e março. A espécie é originária das regiões de clima subtropical do sul do Brasil, apresentando-se de forma contínua do sul de São Paulo ao norte do Rio Grande do Sul. Árvore pioneira e heliófila, perenifólia, ocorre principalmente em formações secundárias da floresta ombrófila mista, onde forma núcleos densos quase puros (ROTTA e OLIVEIRA, 1981). 2. MADEIRA DE BRACATINGA A lenha continua sendo a principal utilização da madeira de bracatinga. O poder calorífico da lenha é alto variando de a kcal/kg, ampliando no carvão de a kcal/kg, aliado ao alto rendimento na produção de 32,6 a 35,0 % com alta taxa de carbono fixo de 83,2 a 84,9% (SILVA et al., 1983). Apresenta maior rendimento em carvão e teor de carbono fixo, com madeira tendo qualidade superior à Eucalyptus grandis e E. viminalis, apesar do alto teor de cinzas. Atualmente, a demanda ampliou por madeira de bracatinga. A madeira roliça é usada em vigamentos e escoras na construção civil, enquanto a serrada serve para assoalhos, móveis e peças de mobiliário, construções e caixotaria em geral (MAZUCHOWSKI e BECKER, 2006).

2 Klitzke (2006) descreve como madeira pesada e com propriedades físico-mecânicas médias a altas, normalmente difícil de cortar mas fácil de aplainar ou lixar. É moderadamente densa, com massa específica aparente entre 0,65 e 0,81g/cm³, a 15% de umidade. O cerne é irregular, de coloração bege-rosada, com nuances mais escuras, textura grosseira, superfície um pouco áspera e de grã direita. Os compensados possuem aparência atrativa, com superfície lisa, retratabilidade relativamente alta mas de grande resistência mecânica. Devido ao nome da bracatinga estar fortemente vinculado a lenha e carvão vegetal, o mercado industrial estabeleceu a valorização da madeira com enfoque de nova roupagem comercial, sob a denominação de Amêndola (MAZUCHOWSKI, 2012). Barrichelo e Foelkel (1975) observaram que a celulose sulfato obtida da madeira de bracatinga apresentava razoável resistência à tração e arrebentamento, com baixa resistência ao rasgo. Como a resistência é semelhante à celulose sulfato obtida de Eucaliptus saligna, foi cogitada a possibilidade de uso da bracatinga para fabricação de papéis, principalmente para escrita e impressão, como fonte de fibras curtas. 3. SISTEMAS DE MANEJO DA BRACATINGA a) Sistema Florestal Tradicional (SFT). O bracatingal é implantado por semeadura ou por regeneração natural após queimada. A intervenção ocorre somente na fase adulta, aos sete anos de idade, quando é feito o corte raso, seguido da queima de resíduos, favorecendo a regeneração da espécie. A produtividade média de bracatingais é de 135,90 m³/ha (Carpanezzi e Laurent (1988). b) Sistema Agroflorestal Tradicional (SAFT). No SAFT são implantados cultivos agrícolas (principalmente milho e feijão) no primeiro ano, após a queimada, fato que exige capinas para reduzir a elevada densidade da bracatinga na fase inicial do ciclo, ficando de 10 a 40 mil plantas/hectare (Carpanezzi e Laurent (1988). A exportação de nutrientes pela colheita de milho e feijão representa 62 % das perdas de fósforo (P) e de 4 a 16 % das perdas de N, K, Ca e Mg, disponibilizados após a queimada. Por outro lado, a bracatinga como fixadora de nitrogênio e pela grande quantidade de serrapilheira produzida, permitem que a fertilidade do solo seja incrementada, ficando semelhante à perda verificada aos seis anos de idade do bracatingal (SOMARRIBA e KASS, 2001). c) Sistema Biguaçu de Santa Catarina Desenvolvido em Biguaçu (SC), com indução da regeneração pelo fogo, diferenciandose pela densidade de árvores, entre 600 a árvores/ha no final do primeiro ano. São realizadas podas ao longo da rotação, para garantir boa iluminação solar para o crescimento da mandioca produzida em consórcio com a bracatinga (DE LUCA e FANTINI, 2011).

3 Atualmente, estão sendo estimulados consórcios de palmiteiro (Euterpe edulis) e de açaí com bananeiras em áreas roçadas, em sistema agroflorestal com a bracatinga. d) Sistema San Ramón Costa Rica A bracatinga tem sido introduzida em outros países, sob a forma de plantios homogêneos e em sistemas agroflorestais, como na Guatemala, México, Ruanda e Costa Rica (CATIE, 1986). O sistema de San Ramón na Costa Rica é praticado em consórcio com o cultivo do café, para fornecimento de sombra e produção de lenha. As bracatingas são plantadas por mudas espaçadas 4,0 m ou 5,0 m, recebendo podas a partir do primeiro ano. Devido às dosagens de fertilizantes aplicadas nos cafezais, já aos 16 meses de idade, o DAP das árvores de bracatinga varia entre 8 a 11 cm, permitindo que a partir do final do 3º ano, a madeira seja aproveitada como lenha, além de utilização como postes e cercas.. e) Sistema Silvipastoril O sistema silvipastoril da Região Metropolitana de Curitiba consiste em consorciar a criação de animais com a bracatinga, sendo apreciadas pelo gado, nos meses de inverno, quando os pastos são escassos. Contudo, essa forragem apresenta baixa digestibilidade, com 13 a 22% de proteína bruta e 8% de tanino (MATTOS e MATTOS, 1980). A ausência de rebrota dos ramos cortados ou da touça dificultam o cultivo da bracatinga como forrageira. Adicionalmente, no verão, as árvores fornecem sombra e contribuem com a estética da paisagem nas propriedades e/ou microbacias. 4. PRODUTOR DE BRACATINGA Estudando a população rural do município de Bocaiúva do Sul PR, foram visitados 257 imóveis rurais com plantios de bracatinga manejada, quando foi caracterizada sua estagnação numérica, associada a uma forte miscigenação cultural e étnica. Verificou-se que a idade média dos proprietários rurais é bastante avançada, pois cerca de 58% apresentam mais de 50 anos de idade, fato preocupante para manutenção de silvicultura em bases vigorosas, típica para os produtores de bracatinga (MAZUCHOWSKI, 2012). Dos produtores entrevistados, apenas 42% possuem idade inferior a 50 anos, sendo herdeiros das propriedades e mais suscetíveis a mudanças no processo produtivo. Contudo, a maioria dos filhos já se retirou do meio rural, mantendo residência nas cidades, fato que explica a intensidade do fenômeno do êxodo rural ocorrido frente as poucas oportunidades existentes para a contratação e o pagamento da mão-de-obra com base no referencial urbano. a) Área Média de Corte Anual de Bracatinga Os indicadores de Mazuchowski (2012) demonstram que o processo produtivo mantém uma relativa linearidade entre a área de corte anual e a área de regeneração de bracatingais. A

4 paisagem regional forma um mosaico de áreas de bracatingais com idades seqüenciais de crescimento das árvores, similar a um tabuleiro de xadrez. A média de corte anual é inferior a 20 hectares, com predomínio de talhões entre 2 a 5 hectares de produção e corte, confirmando Dossa et al. (2004). A área passível de corte em 2006, com idade superior a 7 anos, era de 37% da área total de bracatingais, havendo um desajuste da área total de corte anual face restrições ambientais estabelecidas pelo IAP, pela aplicação da Lei nº de 22/12/2006 e da Portaria nº 108 de 13/07/2007, as quais priorizam a conservação da vegetação. b) Remuneração Mensal do Produtor de Bracatinga A permanência dos produtores no cultivo de bracatinga pode ser compreendida a partir da formação da renda total da propriedade. Em confirmação aos dados de Dossa et al. (2004), Mazuchowski (2012) verificou que a renda média total nas propriedades era de R$ 6.649,00, representando R$ 554,00 por mês ou R$ 369,00 por pessoa envolvida, enquanto em grandes propriedades, esse valor aumenta para R$ 768,61 por pessoa/mês. Quando a família possui um de seus membros aposentado pelo INSS, tornam a bracatinga uma atividade competitiva frente a renda média urbana, para pessoas de baixa qualificação profissional. Outrossim, a produção de bracatinga não exige trabalho durante o desenvolvimento das árvores, explicando a permanência de produtores de bracatinga no meio rural até uma idade avançada. Todos os produtores com áreas inferiores a 100 hectares apresentam problemas de renda, pois com 1,5 membros da família trabalhando com a bracatinga, apresenta uma média de remuneração de R$ 470,00 mensais. Como as áreas médias de corte de bracatinga são de apenas 6,3 hectares, geram uma renda média anual de R$ 8.592,50, ou seja, R$ 716,00 por mês na família por propriedade. No meio urbano da Região Metropolitana de Curitiba, o trabalhador recebe um salário mínimo, associado ao 13º salário, férias e FGTS, ou seja, recursos financeiros superiores aos recursos provenientes da madeira de bracatinga. c) Mosaico dos Bracatingais Os dados dos 257 imóveis rurais indicaram hectares de plantios manejados e área média de 11,30 hectares de bracatinga, formando 4 agrupamentos (MAZUCHOWSKI, 2012): 15% para plantios com até 2 anos (plantação de bracatinga que permite a execução das técnicas de limpeza de sub-bosque, raleio, adubação e desramagem). 25% para plantios entre 3 e 5 anos de idade (bracatingal que permite eventual execução de raleio e limpeza de sub-bosque, além da técnica da desramagem). 23% para plantios entre 5 e 7 anos (idade sem condições de manejo silvicultural). 37% para plantios com idade superior a 7 anos (madeira potencial para indústria pela seleção de toras acima de 20 centímetros de diâmetro). Em paralelo, no estudo da fertilidade dos principais solos com bracatingais, entre 1970 e

5 2010, ou de 6 ciclos de cultivo, demonstrou a redução dos níveis de fertilidade natural dos solos, com ph muito baixo, teor de Alumínio elevado e baixos teores de P, Ca e Mg. 5. AÇÕES PROMOCIONAIS 5.1 Projeto FAO na Região Metropolitana de Curitiba Pelo convênio firmado pelo Governo do Estado do Paraná com o Governo da França e a FAO, no período de 1987 a 1990, desenvolveram-se diversos estudos e pesquisas relacionadas ao sistema agroflorestal da bracatinga, tendo o município de Bocaiúva do Sul como base física do Projeto GCP/BRA/025/FRA (MAZUCHOWSKI e LAURENT, 1993). Além de pesquisas e geração de material de difusão, as ações buscaram a melhoria da produtividade dos bracatingais, destacando-se o incremento das técnicas de desbaste e da desrama das árvores Projeto URDI na Região Metropolitana de Curitiba Em Convênio envolvendo o Ministério da Integração Nacional, através da Agência de Desenvolvimento da Mesorregião do Vale do Ribeira-Guaraqueçaba com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, através do Instituto EMATER, entre 2003 a 2007, o Projeto Unidades Rurais de Desenvolvimento Integrado visou a produção e fornecimento de madeira de bracatinga com qualidade industrial, direcionada para a indústria moveleira, aliado ao fomento à instalação de indústrias regionais, formação de mão-de-obra especializada e parcerias entre produtores e indústrias (MAZUCHOWSKI e BECKER, 2006). Credenciada pelo Ministério da Integração Nacional para articular projetos de fomento econômico e social em 39 municípios localizados na região do Vale da Ribeira, a Agência de Desenvolvimento da Mesorregião Vale do Ribeira / Guaraqueçaba implantou em 2002, o Fórum Mesorregional de Desenvolvimento. Dentro das proposições, a retomada da bracatinga Mimosa scabrella Benth.constitui numa das atividades para desenvolvimento dos municípios, onde a atividade florestal representa ação-chave nas propostas de desenvolvimento regional. Em 2004, ocorreu a Oficina sobre Bracatinga no Vale da Ribeira, envolvendo lideranças, indústrias florestais e produtores para definir os rumos e atividades mediante parcerias da indústria florestal com produtores rurais e órgãos governamentais, perante a aceitação da madeira de bracatinga pelo mercado, evidenciada nas demandas da Itália, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Chile, Japão (MAZUCHOWSKI et al., 2004). 5.3 REDE SUL FLORESTAL A Rede Sul Florestal foi iniciada em Santa Catarina, sendo integrada por entidades de pesquisa, ensino e assistência técnica, com representantes dos Estados do Sul do Brasil.

6 Dentre as ações desenvolvidos destacam-se o fomento de bracatingais, com ênfase para produção de carvão vegetal pela Agricultura Familiar (RECH, 2011). Atualmente destacam-se como áreas de trabalho, os municípios de Biguaçu em Santa Catarina e Bituruna no Paraná. Frente a escassez de recursos florestais e à contínua necessidade para manutenção do modo de vida dos agricultores familiares, a estratégia voltou-se ao estabelecimento de roças em áreas com predomínio do capim-melado. Assim, passou-se a plantar espécies florestais para recompor o recurso florestal, possibilitando o aproveitamento na produção de lenha e o estabelecimento de roças. O sistema agroflorestal da bracatinga com mandioca constitui em sistema de cultivo da terra no qual os cultivadores se valem primeiramente de vegetação-base para produção agrícola, seguido do manejo de espécie florestal (MOURA, 2012). Originalmente, era dominante fazer roça após queima do capim-melado, embora os agricultores tivessem percepção de que a roça era mais produtiva se fosse feita com espécies florestais plantadas (ingazeiro, espinheiro e bracatinga). Contudo, frente as restrições ao manejo do ingazeiro (demora de crescimento e descontinuidade de produção após o corte raso) que levaram ao abandono da espécie quando comparada à bracatinga, fizeram com que fossem percebidas as vantagens do plantio manejado da bracatinga e a tornassem a espécie preferida, aliado a produção do carvão vegetal para ser disponibilizado no mercado. 5.4 Parceria SANEPAR-UFPR-EMATER Pesquisas sobre a utilização de lodo de esgoto na agricultura e na área florestal brasileira foram iniciadas em Parceria entre SABESP e empresas florestais com a ESALQ/USP e o Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA, em 1998, iniciaram as pesquisas sobre o uso de biossólidos em culturas florestais, através do PROBIO - Programa de Biossólidos em Plantações Florestais (POGGIANI et al., 2000). Visando solucionar a problemática dos baixos níveis de fertilidade dos solos e produtividade baixa dos bracatingais foi firmada parceria entre a SANEPAR-UFPR- Instituto EMATER, para fornecer lodo de esgoto alcalinizado nas propriedades rurais indicadas, visando aplicação em áreas definidas para fertilização, dentro dos padrões ambientais vigentes - Decreto nº 4954 e a Resolução CONAMA nº 375/06 a nível federal, aliado a Resolução SEMA nº 001/07 do Estado do Paraná. No trabalho desenvolvido entre 2006 e 2011, aplicando em bracatingais com 18 meses de idade, utilizou-se 3 dosagens de lodo de esgoto ( ton/ha), após realizado o desbaste das plantas, ao redor das árvores, em cobertura mas sem incorporação (MAZUCHOWSKI, 2012), destacando-se as seguintes conclusões:

7 A bracatinga respondeu positivamente à aplicação do lodo de esgoto, verificando-se que as maiores doses promoveram maiores respostas de crescimento, superando o tratamento com adubação mineral, em especial nos dois anos após a aplicação. A comparação entre a área testemunha e as áreas com aplicação de lodo de esgoto evidencia que o biossólido melhorou a fertilidade do solo. O lodo de esgoto tratado com calcáreo, aplicado na superfície do bracatingal, em dose única, proporcionou aumento do teor de matéria orgânica e da estabilidade dos agregados do solo na camada superficial, com alteração da composição de vegetação dominante no sub-bosque. 6 CONFLITOS DE LEGISLAÇÃO 6.1. Lei nº de 22/12/2006 Mata Atlântica A Lei da Mata Atlântica vetou a possibilidade de manejo de espécies nativas em florestas naturais (BRASIL, 2006). Nas áreas de bracatingais tradicionais formados pelo homem, o manejo da bracatinga está vinculado a Instruções Normativas (IN s) estaduais e o transporte à obtenção do Documento de Origem Florestal (DOF) instituído pelo IBAMA a nível nacional. As exigências aumentam os custos para quem quer cultivar a bracatinga. Em termos práticos, a partir da publicação da Resolução nº 310 em julho de 2002, tanto no Paraná como em Santa Catarina, ocorreu a eliminação de 50% das áreas de bracatingais existentes. A bracatinga foi estigmatizada como MATA ILEGAL, pois foi inviabilizado o livre manejo em pelo menos 60% da área nas propriedades Regulamentação Portaria nº 108 de 13/06/2007 no Paraná A Portaria do IAP nº 108 de 13/07/2007, estabelece os procedimentos administrativos no manejo da bracatinga no Paraná. Para obtenção do licenciamento de corte, o produtor apresenta requerimento ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), comprovando a regularidade em relação à Reserva Legal (Lei 4771/65, Dec. 387/99 e 3320/04), ou então, após a vistoria e notificação para se adequar à legislação. São considerados bracatingais puros as áreas onde ocorre na proporção mínima de 80% dos indivíduos florestais e os 20% restantes com outras espécies sucessoras do estágio inicial. A autorização de manejo poderá ser plurianual. A vistoria na área objeto de requerimento é obrigatória em todas as áreas superiores a 5 hectares. Considera-se manejo da bracatinga como atividade silvicultural tradicional que deve ser mantida na mesma área do imóvel, para garantir a perpetuidade da espécie, ou seja, quando o povoamento atingir a idade ideal é feito o corte e em seguida a mesma área é conduzida para a regeneração e produção para um novo ciclo da espécie.

8 6.3. Caso de Santa Catarina Em Santa Catarina, a Instrução Normativa IN nº 14 da FATMA determina a apresentação de 12 documentos específicos, incluindo projeto assinado por profissional habilitado e mapa georreferenciado da propriedade para viabilizar o manejo de bracatingais. Em contrapartida, o cultivo de eucalipto não possui qualquer norma ambiental específica que restrinja ao agricultor em conduzir, explorar e transportar o produto. Evidentemente que, apesar das vantagens comparativas que a bracatinga apresenta, trabalhando dentro da lei o seu cultivo fica inviabilizado economicamente e fomentando indiretamente o plantio do eucalipto. A percepção dos agricultores sobre as restrições ambientais em Santa Catarina, de forma unânime, é de que as leis que proíbem a supressão da vegetação ou de qualquer árvore nativa são injustas e motivo de indignação (MOURA, 2012). Além disso, a produção de carvão não é uma prática extrativista isolada, por integrar o sistema da Roça de Toco da região de Biguaçu, sendo o carvão um dos produtos gerados com bracatinga Necessidade de Desregulamentação da Bracatinga A bracatinga apresenta inúmeras vantagens econômicas que se refletem na economia regional, contribuindo para a dinamização da economia dos municípios. A demanda por lenha é um tema complexo, cuja solução simplificadora, em algumas regiões, causou ainda mais transferência de renda para a zona urbana. A desregulamentação favorecerá o cultivo da bracatinga em detrimento do eucalipto, fato positivo ambientalmente. Não existem razões concretas do ponto de vista ambiental para manutenção das atuais normas, pois a normatização inviabilizou seu cultivo e substituiu por espécies exóticas. A proposta é de correção da distorção provocada pela generalidade da legislação ambiental, centrada na proteção da natureza mas que acabou sendo motivo de prejuízos dos agricultores. Concretamente consiste na desregulamentação do plantio, do manejo, do corte e do transporte da bracatinga, a nível federal. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRICHELO, L.E.G; FOELKEL, C.E.B. Utilização de madeiras de essências florestais nativas na obtenção de celulose: bracatinga (Mimosa bracatinga), embaúba (Cecropia sp), caixeta (Tabebuia cassinoides) e boleira (Joannesia princeps). Piracicaba: IPEF, Scientia Forestalis n. 10, 1975, p BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Lei nº , de 22 de dezembro de Lei da Mata Atlântica. Diário Oficial da União, CARPANEZZI, A.A. Banco de sementes e deposição de folhedo e seus nutrientes em povoamentos de bracatinga (Mimosa scabrella Bentham) na região metropolitana de Curitiba. Rio Claro: UNESP (Tese de Doutorado)

9 CARPANEZZI, A.A. & LAURENT, J.M.E. (Ed.). Manual técnico da bracatinga (Mimosa scabrella Benth.). EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. Colombo, p. (EMBRAPA. CNPF. Documentos, 20). CARVALHO, P.E.R. Espécies florestais brasileiras - Recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. EMBRAPA Florestas. Colombo: EMBRAPA-CNPF. Brasília: EMBRAPA-SPI, p. il. (p ). CATIE - CENTRO AGRONOMICO TROPICAL DE INVESTIGACION Y ENSENANZA Departamento de Recursos Naturales Renovables. Mimosa scabrella. In: Silvicultura de espécies promisorias para producción de leña en América Central: resultados de cinco anos de investigacion. Turrialba, p DE LUCA, F.V.; FANTINI, A.C. Agricultura de corte e queima e manejo de bracatingais em Biguáçu (SC). Florianópolis: Curso de Agronomia p. il. DOSSA, D.; MONTOYA, L.J.; MACHADO, A.M.B. Cenário Sócio-Econõmico da Produção de Bracatinga. IN: Anais da Oficina sobre Bracatinga no Vale da Ribeira / Guaraqueçaba. Agência de Desenvolvimento da Mesorregião do Vale da Ribeira / EMATER-Paraná / EMBRAPA Florestas. Curitiba p. (p. 6-13). KLITZKE, R. J. Desenvolvimento de programa de secagem para madeira de Mimosa scabrella (bracatinga) com 26 mm de espessura. Curitiba: UFPR, FUFEF. Relatório Parcial p. il. (Convênio Agência de Desenvolvimento da Mesorregião do Vale do Ribeira/Guaraqueçaba). MATTOS, J. R.; MATTOS, N. F. A bracatinga. Porto Alegre: Instituto de Pesquisas de Recursos Naturais Renováveis, p. (Publicação IPRNR, 5). MAZUCHOWSKI, J.Z. Sistema de produção de bracatinga Mimosa scabrella Benth. sob técnicas de manejo silvicultural. Curitiba: Universidade Federal do Paraná (Tese de Doutorado em Engenharia Florestal) p. MAZUCHOWSKI, J.Z.; BECKER, J.C. Relatório de atividades do Projeto Unidades Rurais de Desenvolvimento Integrado 2004 a Instituto EMATER e Agência de Desenvolvimento da Mesorregião Vale do Ribeira / Guaraqueçaba. Curitiba: Relatório Técnico, p. il. MAZUCHOWSKI, J.Z.; LAURENT, J.M.E. Melhoramento da Produção Energética e Alimentícia na Agricultura Tradicional do Estado do Paraná (Projeto Bracatinga) Conclusões e Recomendações. EMATER-Paraná e FAO (Projeto GCP/BRA/025/FRA). Bocaiúva do Sul p.il. MAZUCHOWSKI, J.Z.; DA SILVA, V.P.; BECKER, J.C. Oficina sobre Bracatinga no Vale da Ribeira / Guaraqueçaba, 2004, Curitiba. Anais... Curitiba: Agência de Desenvolvimento da Mesorregião do Vale da Ribeira, EMATER-Paraná, EMBRAPA Florestas p. MOURA, C.M.M. de. Conhecimentos etno-ecológicos de agricultores familiares no contexto da roça de toco em Três Riachos Biguaçu-SC. Florianópolis: UFSC, Centro de Ciências Biológicas (TCC de Bacharel em Ciências Biológicas) p. il.

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